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O Caminho da Prosperidade

Acabei de ler o documento intitulado "O Caminho da Prosperidade" o qual apresenta as


propostas de plano de governo do candidato Jair Bolsonaro. Inicialmente pude constatar que o
documento é construído sobre uma base de viés religioso, pois a frase "Deus acima de todos"
consta em cada página da proposta, além disso há também um viés conspiratório no
documento, isto é, menções ao Foro de SP, doutrinação, gramscismo, marxismo cultural e
Paulo Freire são encontradas ao longo da leitura.

Inicialmente há um apanhado geral de valores que o candidato aponta como defendidos pelo
seu governo: "Propomos um governo decente, diferente de tudo aquilo que nos jogou em uma
crise ética, moral e fiscal". Nas primeiras páginas vemos uma defesa dos valores já
mencionados, vão desde liberdade, passando pela defesa da propriedade privada e da família
enquanto sagradas. Menções sobre corrupção, respeito à Constituição, direitos, liberdade de
imprensa e fraternidade onde se encontra o trecho: "Precisamos construir uma sociedade que
estenda a mão aos que caírem", voltaremos a esse trecho posteriormente. E finalmente a
menção ao marxismo cultural que é apontado como o culpado, junto ao gramscismo, por ter,
nos últimos 30 anos (?) minados os valores brasileiros através de governos de esquerda.

Após essa introdução segue-se para o capítulo "Mais Brasil, Menos Brasília", onde alguns
desafios são apresentados como o número de homicídios, alegando que mais de 1 milhão de
brasileiros foram assassinados desde a 1ª reunião do Foro de SP (?), e então uma afirmação de
que a epidemia de crack no país foi causada pelas filias das FARC, corrupção, infraestrutura e
desemprego. Segue-se uma defesa do liberalismo econômico, mencionando como o mesmo é
a melhor forma de promover desenvolvimento e como o Brasil nunca o adotou princípios
liberais em sua história Republicana seguindo pelo apontamento da necessidade de buscar um
superávit primário já em 2020.

Finalmente chegamos às propostas, a primeira delas diz respeito ao número de ministérios


que seriam reduzidos com unificação de alguns deles, defesa do orçamento de base zero,
detalhado à frente, redução dos ditames burocráticos do estado, sendo esse o motivo do
slogan: "Mais Brasil, Menos Brasília". Em seguida são apresentadas as propostas de segurança
que se valem de um documentário chamado A Guerra do Brasil para construir a série de dados
que são apresentados referentes ao número de homicídios e são mencionados os números de
mortes de policiais que seriam condecorados no Panteão da Pátria de da Liberdade. Ao fim se
fala de investimentos nas forças policiais, "prender e deixar preso", ou seja, acabar com
progressão de penas e saídas temporárias, redução da maioridade penal para 16 anos,
reformulação do estatuto do desarmamento, porém sem detalhar quais elementos do
estatuto seriam flexibilizados, segue-se por proteção jurídica aos policiais, tipificar como
terrorismo invasões de propriedades, remover relativizações da propriedade privada na
Constituição e redirecionamento da política de direitos humanos para as vítimas.

As propostas de saúde envolvem a ideia de que o orçamento atual seria suficiente para suprir
a demanda alegando que o gasto do estado é compatível com a média da OCDE. A primeira
proposta diz respeito a um Prontuário Eletrônico Nacional que teria o objetivo de formar uma
base de dados sobre os pacientes com a finalidade de agilizar os atendimentos. Também se
fala de um Credenciamento Universal dos Médicos com compartilhamento do público com o
privado e diz que todo médico poderá atender a qualquer plano de saúde. Se fala dos Médicos
Cubanos, de uma carreira de Médico do Estado para áreas carentes e do dentista para
prevenção de partos prematuros Junto à inclusão de profissionais de educação física no
programa Saúde da Família para ativar as academias ao ar livre.
Na área da educação o mesmo discurso é repetido, ou seja, de que há recursos suficientes
para que esta seja oferecida com qualidade. Então fala-se que os conteúdos e o método de
ensino precisam ser mudados que é tecida uma crítica à "doutrinação" e "sexualização
precoce" e uma das teses defendidas pelo candidato surge: O investimento em educação deve
priorizar a educação infantil, fundamental e média ao invés do ensino superior. São
apresentados os dados no que se refere ao número de jovens fora da escola e se fala de
modernizar a educação, expurgar Paulo Freire, impedir a aprovação automática e se menciona
a questão da indisciplina nas escolas. A seguinte frase aparece em destaque: "Um dos maiores
males atuais é a forte doutrinação". Em seguida temos as universidades, apontando a busca
por parcerias privadas, fomentação do empreendedorismo e uma defesa da educação à
distância como algo que não deve ser vetado. A proposta de Integração é apresentada tendo
em vista a crítica da separação da divisão da educação nas diferentes instâncias com o governo
federal imbuído do ensino superior, estados médio/técnico e fundamental e municípios no
ensino primário e fundamental afirmando que não existe diálogo entre as três instâncias.

O restante do documento trata sobre economia e infraestrutura. Nesse sentido existe a ideia
de unificar os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio em um único
ministério intitulado Ministério da Economia que seria alinhado, mas independente do Banco
Central. Segue-se uma crítica ao tamanho do estado e e defesa do "Orçamento de Base Zero"
com defesa de cortes de despesas, redução de renúncias fiscais e de eliminação do déficit
público no primeiro ano e superávit no segundo. Fala-se do quebramento do "círculo vicioso
do crescimento da dívida" sendo reforçado com a realização de ativos públicos. Sobre os juros,
defende-se a redução através de desmobilização de ativos públicos, "com o correspondente
resgate da dúvida mobiliária", buscando reduzir em 20% o volume da dívida com privatizações
com algumas poucas exceções por seu caráter estratégico, concessões, vendas de
propriedades mobiliárias da União. Também diz que a redução natural do custo de vida,
através da redução do endividamento total, traria grau de investimentos positivo e
estabilidade monetária.

A reforma da previdência é defendida aqui através de um modelo de capitalização introduzido


paralelamente e paulatinamente, com benefícios de redução de encargos trabalhistas aos que
optarem por este modelo. Também seria criado um fundo para bancar o período de transição
e financiamento da previdência. Em seguida é apresentada uma reforma tributária, com
redução da carga bruta junto aos programas de privatização, controle de gastos e
desburocratização. Simplificação de tributos, descentralização e municipalização,
discriminação de receitas tributárias específicas para a previdência em direção à migração para
o sistema de capitalização com redução de tributação sobre os salários, mecanismos capazes
de criar um sistema de imposto negativo e renda mínima universal e defesa de que os "pagam
muito paguem menos e os que sonegam e burlam, paguem mais". Segue-se a defesa do tripé
macroeconômico vigente com câmbio flexível (mais ainda), meta de inflação e fiscal (com
maior ortodoxia) e apresentação da proposta de independência do Banco Central com
mandatos fixos, metas e métricas para a diretoria.

No âmbito da economia há ainda uma ampla defesa dos processos de privatização e do já


mencionado programa de renda mínima sem muitos detalhes, apenas propondo a
modernização de aprimoramento do Bolsa Família e do Abono Salarial, "com vantagens para
os beneficiários" (Quais?). Na questão da privatização são apresentados alguns dados
deficitários com um custo de empresas dependentes da União de R$ 122,3 bilhões e retorno
de R$ 89,35 bilhões e que algumas dificuldades políticas seriam contornadas com "Golden
Shares" com o BNDES atuando como um "banco de investimentos" da união garantindo o
máximo de valor pelos ativos públicos.

Sobre a CLT ele aponta que a pessoa ao entrar no mercado de trabalho poderia optar pela
criação de uma carteira de trabalho paralela que permitiria o contrato individual prevalecendo
sobre a CLT, mantendo os direitos constitucionais enquanto a tradicional manteria o
ordenamento jurídico atual. Fala-se também da permissão para escolha entre sindicatos
balizada na competição entre os mesmos. Em seguida é feita uma defesa de uma abertura
comercial, com redução de alíquotas e construção de novos acordos bilaterais e também
propostas de aumento da produtividade: desenvolvimento e fortalecimento do mercado de
capitais, estímulos à inovação e investimento tecnológico através de políticas "do lado da
oferta", como depreciação acelerada e abertura comercial a equipamentos necessários.
Requalificação da força de trabalho e apoio a "startups" e "scale-ups" de alto potencial,
"sempre em parceria com instituições privadas do mercado de capitais". No fim há uma
proposta de desburocratização do processo de abertura e fechamento de empresas com a
criação de um "Balcão único" que centralizaria os procedimentos com um tempo máximo de
30 dias para resolução da documentação.

A partir da página 69 do documento há algumas propostas sobre infraestrutura, sempre em


direção à privatização e todo o arcabouço liberal com unificação de diversas secretárias dentro
do âmbito da Agricultura. Na questão de energia fala-se do um prazo para licenciamento
ambiental para operação de hidrelétricas de no máximo 3 meses, aponta expansão da matriz
energética eólica e fotovoltaica no Nordeste e elevar a importância do gás natural, além de
uma desburocratização na exploração do petróleo no país e continuidade dos preços da
Petrobras seguindo o mercado internacional, com suavização das flutuações de curto prazo
através de mecanismos de hedge. Venda de parte substancial da "capacidade de refino, varejo,
transporte e outras atividades" da Petrobras. E finaliza com aumento da importância do da
malha ferroviária e da infraestrutura portuária e dos aeroportos. Ao fim temos uma menção a
um Novo Itamaraty deixando de lado as ditaduras e fortalecendo acordo com outros países,
democracias latinas e ênfase em acordos unilaterais.

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