Inicialmente há um apanhado geral de valores que o candidato aponta como defendidos pelo
seu governo: "Propomos um governo decente, diferente de tudo aquilo que nos jogou em uma
crise ética, moral e fiscal". Nas primeiras páginas vemos uma defesa dos valores já
mencionados, vão desde liberdade, passando pela defesa da propriedade privada e da família
enquanto sagradas. Menções sobre corrupção, respeito à Constituição, direitos, liberdade de
imprensa e fraternidade onde se encontra o trecho: "Precisamos construir uma sociedade que
estenda a mão aos que caírem", voltaremos a esse trecho posteriormente. E finalmente a
menção ao marxismo cultural que é apontado como o culpado, junto ao gramscismo, por ter,
nos últimos 30 anos (?) minados os valores brasileiros através de governos de esquerda.
Após essa introdução segue-se para o capítulo "Mais Brasil, Menos Brasília", onde alguns
desafios são apresentados como o número de homicídios, alegando que mais de 1 milhão de
brasileiros foram assassinados desde a 1ª reunião do Foro de SP (?), e então uma afirmação de
que a epidemia de crack no país foi causada pelas filias das FARC, corrupção, infraestrutura e
desemprego. Segue-se uma defesa do liberalismo econômico, mencionando como o mesmo é
a melhor forma de promover desenvolvimento e como o Brasil nunca o adotou princípios
liberais em sua história Republicana seguindo pelo apontamento da necessidade de buscar um
superávit primário já em 2020.
As propostas de saúde envolvem a ideia de que o orçamento atual seria suficiente para suprir
a demanda alegando que o gasto do estado é compatível com a média da OCDE. A primeira
proposta diz respeito a um Prontuário Eletrônico Nacional que teria o objetivo de formar uma
base de dados sobre os pacientes com a finalidade de agilizar os atendimentos. Também se
fala de um Credenciamento Universal dos Médicos com compartilhamento do público com o
privado e diz que todo médico poderá atender a qualquer plano de saúde. Se fala dos Médicos
Cubanos, de uma carreira de Médico do Estado para áreas carentes e do dentista para
prevenção de partos prematuros Junto à inclusão de profissionais de educação física no
programa Saúde da Família para ativar as academias ao ar livre.
Na área da educação o mesmo discurso é repetido, ou seja, de que há recursos suficientes
para que esta seja oferecida com qualidade. Então fala-se que os conteúdos e o método de
ensino precisam ser mudados que é tecida uma crítica à "doutrinação" e "sexualização
precoce" e uma das teses defendidas pelo candidato surge: O investimento em educação deve
priorizar a educação infantil, fundamental e média ao invés do ensino superior. São
apresentados os dados no que se refere ao número de jovens fora da escola e se fala de
modernizar a educação, expurgar Paulo Freire, impedir a aprovação automática e se menciona
a questão da indisciplina nas escolas. A seguinte frase aparece em destaque: "Um dos maiores
males atuais é a forte doutrinação". Em seguida temos as universidades, apontando a busca
por parcerias privadas, fomentação do empreendedorismo e uma defesa da educação à
distância como algo que não deve ser vetado. A proposta de Integração é apresentada tendo
em vista a crítica da separação da divisão da educação nas diferentes instâncias com o governo
federal imbuído do ensino superior, estados médio/técnico e fundamental e municípios no
ensino primário e fundamental afirmando que não existe diálogo entre as três instâncias.
O restante do documento trata sobre economia e infraestrutura. Nesse sentido existe a ideia
de unificar os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio em um único
ministério intitulado Ministério da Economia que seria alinhado, mas independente do Banco
Central. Segue-se uma crítica ao tamanho do estado e e defesa do "Orçamento de Base Zero"
com defesa de cortes de despesas, redução de renúncias fiscais e de eliminação do déficit
público no primeiro ano e superávit no segundo. Fala-se do quebramento do "círculo vicioso
do crescimento da dívida" sendo reforçado com a realização de ativos públicos. Sobre os juros,
defende-se a redução através de desmobilização de ativos públicos, "com o correspondente
resgate da dúvida mobiliária", buscando reduzir em 20% o volume da dívida com privatizações
com algumas poucas exceções por seu caráter estratégico, concessões, vendas de
propriedades mobiliárias da União. Também diz que a redução natural do custo de vida,
através da redução do endividamento total, traria grau de investimentos positivo e
estabilidade monetária.
Sobre a CLT ele aponta que a pessoa ao entrar no mercado de trabalho poderia optar pela
criação de uma carteira de trabalho paralela que permitiria o contrato individual prevalecendo
sobre a CLT, mantendo os direitos constitucionais enquanto a tradicional manteria o
ordenamento jurídico atual. Fala-se também da permissão para escolha entre sindicatos
balizada na competição entre os mesmos. Em seguida é feita uma defesa de uma abertura
comercial, com redução de alíquotas e construção de novos acordos bilaterais e também
propostas de aumento da produtividade: desenvolvimento e fortalecimento do mercado de
capitais, estímulos à inovação e investimento tecnológico através de políticas "do lado da
oferta", como depreciação acelerada e abertura comercial a equipamentos necessários.
Requalificação da força de trabalho e apoio a "startups" e "scale-ups" de alto potencial,
"sempre em parceria com instituições privadas do mercado de capitais". No fim há uma
proposta de desburocratização do processo de abertura e fechamento de empresas com a
criação de um "Balcão único" que centralizaria os procedimentos com um tempo máximo de
30 dias para resolução da documentação.