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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina

Departamento Acadêmico de Construção Civil - DACC


Curso Técnico em Saneamento
Análise Físico-Química de Água e Efluentes III
Prof. Dra Renata EI-Hage Meyer de Barros Osório.

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO​5

Alunas:
Hanyelle Anjos,
Mariana de Souza,
812

Florianópolis, 21 de agosto de 2018.


RESUMO

Neste relatório será apresentada a metodologia para a definição da Demanda


Bioquímica de Oxigênio de uma água residual. O processo realizado em duas etapas
utilizou-se também da determinação de oxigênio dissolvido, e da titulação com
Tiossulfato de Sódio. Por conseguinte a comparação do resultado com as leis
vigentes, sendo que DBO é um dos parâmetros mais influentes na escolha do tipo de
tratamento que será mais adequado ao efluente.

INTRODUÇÃO

Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana,


apresentam as suas características naturais alteradas. São classificadas em
doméstico, comercial e industrial, com características que variam de acordo com o
seu uso predominante.
De acordo com Alves de Souza (2018), a demanda bioquímica de oxigênio é
a quantidade de oxigênio utilizada por uma população mista de micro-organismos
durante a oxidação aeróbia, sendo assim inversamente proporcional ao oxigênio
dissolvido (OD), que indica o grau de aeração da água.
O teste da DBO​5 é um teste padrão para quantificar o consumo de oxigênio
dissolvido na água nos processos metabólicos desses micro-organismos variados.
O ensaio é realizado a uma temperatura constante e durante um período de
incubação, e o resultado é indicado pela diferença do OD das duas situações
impostas.
“Os principais fatores que determinam a DBO:
1. Oxigênio dissolvido
2. Micro-organismos: Seres capazes de oxidar a matéria orgânica em
água
3. Nutrientes: Nitrogênio, fósforo, enxofre, magnésio, ferro e cálcio.
4. Temperatura: Aumenta ou diminui a velocidade da reação de
oxidação.
5. Ph: Faixa ideal para a garantia de sobrevivência do organismos é de
6,5 a 8,5
6. Tempo: Para oxidação completa de matéria orgânica são necessários
cerca de 20 dias, mas convencionou-se que, o período de incubação é
de 5 dias, quando 70% da matéria orgânica é oxidada
7. Tóxicos: Mercúrio, cobre, zinco, cádmio, chumbo, cianetos são
exemplos de substâncias que podem levar os micro-organismos a
morte.” (OSÓRIO, 2018).

Na Estação de Tratamento de Esgoto, os tratamentos primários e


secundários ficam responsáveis pelo processo biológico assim removendo a DBO.
Após a retirada dos sólidos grosseiros no tratamento preliminar, a decantação ou
flotação diminuem em média 30% da demanda, e o processo de estabilização,
voltado para a remoção dos sólidos e matéria orgânica não sedimentável eliminam
cerca de 90% dos nutrientes.

PROCEDIMENTOS

MATERIAIS:
- Bomba de vácuo;
- Bureta de 25 mL;
- Béquer de 50 mL;
- 02 Frascos de DBO de 300 mL;
- 04 pipetas graduadas de 1 mL;
- Pipetas volumétricas;
- Proveta de 100 mL;
- Erlenmeyer de 250 mL;
- Estufa com controle de temperatura (20°C);
- Fita indicadora de pH;
- Pinça metálica;
- Suporte Universal.
REAGENTES:
- Água deionizada e saturada de O​2​;
- Solução tampão de fosfato;
- Solução de Sulfato de Magnésio (MgSO​4​.7H​2​O);
- Solução de Cloreto de Cálcio (CaCl​2​);
- Solução de Cloreto Férrico (FeCl​3​.6H​2​O);
- Solução de Ácido Sulfúrico 0,1 mol/L:
- Solução de Sulfato de Manganês para OD;
- Solução de Azida Sódica para OD;
- Ácido Sulfúrico concentrado;
- Solução indicadora goma de amido 1%;
- Solução de Tiossulfato de Sódio padronizado a 0,01 mol/L.

Para o preparo dos reagentes vide Guia de Preparação e Padronização de


Soluções.

Coleta e Preservação:

Recipiente plástico ou vidro

Quantidade de Amostra 02 frascos de 1L

Preservação resfriamento em gelo

Armazenamento e prazo de validade refrigeração a 4°C ​+​ 2°C máximo 48h

DETERMINAÇÃO DA DBO:
- Antes de iniciar a aula a Professora pôs em uma bombona plástica
água deionizada na quantidade suficiente para o preparo das
amostras, e a deixou aerar com o auxílio da bomba de vácuo, a fim
de alcançar a saturação de oxigênio;
- Pegou-se os frascos de DBO e preencheu até a metade com a água
saturada de oxigênio, cada um para uma etapa correspondente da
determinação;
- Em seguida, com o auxílio de uma pipeta transferiu-se 20 mL da
amostra de esgoto para os frascos de DBO;
- Acrescentou-se, com auxílio de pipetas, 1 mL de solução de cada um
dos nutrientes - Sulfato de Magnésio (MgSO​4​.7H​2​O), Cloreto de
Cálcio (CaCl​2​), Cloreto Férrico (FeCl​3​.6H​2​O) - a fim de potencializar o
meio em ambos os frascos;
- Completou-se os frascos de DBO com água aerada até transbordar e
tampou-os tomando cuidado para que não ficasse nenhuma bolha de
ar;
- Após identificado o frasco o colocou na estufa a 20°C para que
permanecesse 7 dias em maturação;
- Com o outro frasco iniciou-se a determinação do teor de oxigênio
dissolvido (OD) pelo método de Winkler modificado pela azida sódica;

DETERMINAÇÃO DO OXIGÊNIO DISSOLVIDO

- No frasco de DBO com a amostra preparada, adicionou-se 2 mL de


Solução de Sulfato de Manganês para OD, tomando-se o cuidado de
imergir a ponta da pipeta no interior do líquido, após isso, fechou-se o
frasco, sem deixar bolhas de ar em seu interior e agitou-se;
- Em seguida, adicionou-se 2 mL Solução de Azida Sódica para OD,
tomando-se o cuidado de imergir a ponta da pipeta no líquido a,
aproximadamente, 2 cm acima do fundo, após isso, fechou-se o
frasco, sem deixar bolhas de ar em seu interior e agitou-se;
- Após a vedação do frasco, escorreu-se o excesso de líquido por
inversão e homogeneizou-se;
- Deixou o precipitado formado decantar durante 10 minutos e em
seguida adicionou-se 2 mL de Ácido Sulfúrico concentrado,
agitando-o novamente como na etapa anterior;
- Após dissolver por completo o precipitado formado iniciou-se o
processo de titulação;
- Antes de iniciar a titulação, limpou-se a bureta com o titulante ​Tiossulfato de
Sódio, e a completou até o menisco, retirando todas as bolhas de ar que
estavam presentes;
- Mediu-se 50 mL da amostra com a proveta e a transferiu para o
Erlenmeyer;
- Iniciou-se a titulação até que a amostra passasse de amarelo forte
para amarelo claro;
- Após chegar na coloração desejada, adicionou-se 1 ml -
aproximadamente 10 gotas - de solução de Solução indicadora goma
de amido 1%;
- Prosseguiu-se a titulação até que alcançasse o ponto de viragem da
coloração azul para incolor;
- Anotou-se o volume gasto de titulante e repetiu-se o processo de
titulação mais uma vez;
- Com a média do titulante utilizado fez-se o cálculo da concentração
de O​2 com
​ a seguinte expressão:

mg/L O​2​ = ​M ​Na2S2O3​ . V ​Na2S2O3​ . 32000


4 . V​ amostra
Onde:
M ​Na2S2O3​: Molaridade do Tiossulfato de Sódio.
V ​Na2S2O3​: Volume do Tiossulfato de Sódio utilizado na titulação.
V​ amostra​: Volume da amostra analisada.

Logo:
mg/L O​2​ = ​0,01 . 3,85 . 32000
4 . 200
mg/L O​2 INICIAL​ = 6,16 mg/L

- Após a determinação do Oxigênio Dissolvido Inicial, esperou-se uma


semana para que a segunda amostra colocada na estufa fosse
analisada;
- Iniciou-se a determinação de Oxigênio Dissolvido final repetindo os
passos do procedimento da amostra anterior, anotou-se o volume
gasto de titulante e calculou novamente a concentração de O​2 :​

mg/L O​2​ = ​0,01 . 1,95 . 32000


4 . 200
mg/L O​2 FINAL​ = 3,12 mg/L

- Com os dois resultados de concentração de O​2 iniciou-se o cálculo de


DBO propriamente dita.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com os valores de concentração de O​2 das amostra, utilizou-se a


fórmula abaixo para determinar a Demanda Bioquímica de Oxigênio:

DBO = ​OD inicial (mg/L) - OD final (mg/L)


​Volume da amostra de esgoto (mL)
Volume da garrafa de DBO (mg/L)

DBO = ​ 6,16 - 3,12 ​ . 300


20

DBO = 38,76 mg/L


Com o resultado encontrado conclui-se que a cada litro de esgoto são
necessários cerca de 38,76 mg de O​2 para que as bactérias possam
decompor a matéria orgânica presente.

Ao comparar os resultados com a Apostila de Tratamento de Esgotos


Sanitários, feito por Roque Passos Piveli, tem-se as seguintes relações das
características físico-químicas dos esgotos por Metcalf & Eddy (1991):

Logo quando relacionado ao padrão DBO​5,20 pode-se dizer que o


esgoto é considerado fraco, contudo para determinar o tratamento
necessário que se enquadre aos padrões de lançamentos é preciso realizar
análises de diferentes aspectos para que o sistema seja amplamente
eficiente atendendo a legislação vigente, Resolução n° 430, de 13 de maio
de 2011.

CONCLUSÃO

Dado os resultados pode-se concluir que o valor encontrado de 38,76


mg/L é considerado fraco de acordo com a tabela de características
físico-químicas dos esgotos o resíduo analisado, o que só diz respeito a sua
concentração, pois de acordo com o CONAMA nº 430​/​2011 todos os
efluentes precisam de no mínimo uma remoção de 60%, sendo que este
limite só poderá ser reduzido no caso de existência de estudo de
autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do
enquadramento do corpo receptor.
A DBO é um dos principais indicativos da eficiência do tratamento de
uma ETE, além de ser um parâmetro que influencia diretamente no
dimensionamento de uma estação, já que seu cuidado se deve no
tratamento primário, influenciando diretamente na velocidade e tamanho das
pás de um aerador, e também no secundário, etapa que pode requirir
grandes áreas de acordo com o processo escolhido.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

OSÓRIO, Renata. Análise Físico-Química de Água e Efluentes I. Florianópolis, 2018.

ALVES DE SOUZA, Líria. Demanda Bioquímica de Oxigênio. Disponível em:


<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/demanda-bioquimica-oxigenio.htm>.
Acesso em: 17 ago. 2018.

PASSOS PIVELI, Roque. TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS. Disponível em:


<http://www.ctec.ufal.br/professor/elca/APOSTILA%20-%20TRATAMENTO%20DE%20ESG
OTOS.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2018.

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