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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

Conceito: são os valores fundamentais que inspiram a criação e a aplicação do direito penal. São
sempre anteriores à norma jurídica. Existem princípios que já foram positivados pelo
ordenamento jurídico e princípios que não estão previstos na norma jurídica e são igualmente
aceitos no direito penal.

Finalidade: tem um papel de orientação para o legislador e o aplicador do direito a fim de


limitar o poder punitivo do Estado.

 Princípio da reserva legal/estrita legalidade : presente no art. 1º/CP. Neste mesmo


artigo está codificada o princípio da anterioridade. Também presente no art. 5º,
XXXIX/CF. É uma cláusula pétrea. Esse princípio garante a exclusividade da lei para
tipificação de infrações penais e cominação de penas; "monopólio da lei". A lei penal é
a fonte formal imediata do direito penal.

Medidas provisórias: existem duas posições sobre o assunto. O STF entende que sim, desde que
favoravelmente ao réu. Ex: estatuto do desarmamento, lei 10.826/03; o prazo dado para entregar
armas ilegais, prorrogado por MP, "abolitio criminis temporário".

Há doutrinadores que entendam que não. Com fulcro no art. 62, 1º, I, b/CF; expressamente,
proíbe as MPs de serem utilizadas no direito penal.

A origem histórica do princípio da reserva legal. Para uns, o postulado da legalidade nasceu no
Direito romano; para outros, na Carta do Rei João Sem Terra(1215), que é onde se encontra o
mais remoto registro.

Fundamentos: a) Jurídico - taxatividade, certeza ou determinação. A lei penal deve descrever


com precisão o [b]conteúdo mínimo[/b] da conduta criminosa. O desdobramento lógico deste
princípio é a proibição da analogia in mallam partem. "A reserva legal impóe também que a
descricáo da conduta criminosa seja detathada e específica, nao se coadunando com tipos
genéricos, demasiadamente abrangentes." Capez

b) Político - Proteção do ser humano contra o arbítrio do Estado. É um princípio compreendido


como um direito fundamental de primeira geração/dimensão. Estes são aqueles que buscam
resguardar o ser humano da ingerência indevida do Estado.

c) Popular - O STF fala na chamada dimensão democrática do princípio da reserva legal. O


povo, através dos seus representantes, cria crimes e comina penas.

Reserva legal/estrita legalidade x Legalidade

Há autores que tratam como sinônimos outros que não. O princípio da Legalidade(art. 5º, II)
abrange todo ato normativo do Estado(lei ordinária, delegada, decretos e etc. Art. 59/CF), é a lei
em sentido amplo.

A reserva legal (art. 5º XXXIX) exige lei em sentido estrito(formal e material). A lei em sentido
formal é criada de acordo com o processo legislativo previsto na CF. Em sentido material versa
sobre conteúdo constitucionalmente reservado à lei, pois, é necessário que a lei respeite o
conteúdo da CF, bem como dos tratados internacionais de direitos humanos, observando direitos
e garantias do cidadão.

Mandados(constitucionais) de criminalização - são as ordens emitidas pela CF ao legislador


ordinário, no sentido da criminalização de certas condutas. Esses mandados podem ser
expressos(explícitos) ou tácitos(implícitos). Nos expressos a ordem de criminalização consta
expressamente no texto constitucional, ex: Art. 225, 3°/CF quanto aos crimes ambientais. Nos
implícitos a ordem não está expressa na CF, mas esta ordem é extraída da interpretação
sistemática(global) da CF, ex: combate à corrupção do poder público, art. 37, caput/CF; ao citar
os 5 princípios "LIMPE", pode-se notar que a corrupção infringe todos estes princípios
constitucionais.

 Princípio da anterioridade - Art. 1°/CP e art. 5º, XXXIX/CF. Dois princípios distintos
na mesma lei que se complementam. A lei penal deve ser anterior ao fato cuja punição
se pretende. A consequência deste princípio é a irretroatividade da lei penal, pois, só se
aplica aos fatos futuros, salvo para favorecer o réu. Por força deste princípio, os crimes
praticados durante "vacatio legis" não serão puníveis.

 Princípio da alteridade - Desenvolvido de Claus Roxin, estabelece que não há crime


na conduta que prejudica somente a quem o praticou. O direito penal não pude
autolesão pelo princípio da alteridade. Ex: art. 28/Lei 11.340/06. O uso pessoal não é
crime, pois, não incrimina a conduta pretérita de usar; num uso que já se exauriu. O
objeto material é a saúde pública, quando a droga já foi usada e já não existe mais, não
há como prejudicar mais a saúde pública. Apenas o usuário é prejudicado, logo, pelo
princípio da alteridade não é punível.

 Princípio da proporcionalidade - Há autores que veem a dupla face deste princípio.


Este visa a proibição do excesso. É o garantismo negativo. Não se pode punir mais do
que o necessário para a proteção do bem jurídico, ex de falta de proporcionalidade: art.
276/CP(falsificação de medicação). Por outro lado, também há a proibição da proteção
insuficiente ou deficiente do bem jurídico. O garantismo positivo. Ex: Lei do abuso de
autoridade(4898/65), há possibilidade de pena de apenas 15 dias. Destinatários deste
princípio: Legislador(criação e cominação da pena), magistrado(aplicação da pena) e o
administrador público(execução da pena).

 Princípio da intervenção mínima - Surge na França em 1789, na declaração universal


dos direitos do homem e do cidadão, art. 8º. O direito penal só deve ser utilizado nas
hipóteses realmente necessárias, os demais ficam a cargo dos outros ramos do direito. É
o "direito penal mínimo". É o reforço do princípio da reserva legal, uma vez que as leis
criadas(reserva) devem ser necessárias(intervenção). Destinatários deste princípio:
*Legislador(criação necessária) e o **aplicador do direito(aplica-se com prudência.
Porém, se o legislador cria algo inútil, não se deve aplicar).

Este princípio se subdivide em dois:


*Fragmentariedade - também chamado de caráter fragmentário do direito penal. Abastrato,
surge naqueles raros episódios típicos em que a lei descreve um fato como crime; ao contrário,
quando ela nada disser, nao haverá espaco para a atuacáo criminal. Deve-se saber que nem todo
ilícito é ilícito penal.

Fragmentariedade às avessas - Ocorre em casos de Abolitio Criminis. Ex: adultério, sedução,


vadiagem...

**Subsidiariedade - Segundo Nelson Hungria, o direito penal é um "Soldado de reserva". A lei


penal só deve ser aplicada quando for necessária ao caso concreto. Esta é a última etapa de
proteção do bem jurídico, última ratio, quando os demais ramos não são capazes de proteger o
bem jurídico.

 Princípio da ofensividade ou lesividade - Só há crime quando a conduta lesa ou no


mínimo oferece perigo de lesão ao bem jurídico. Lesão = crimes de efetivo dano ou de
lesao. Perigo = basta a probabilidade de dano ao bem jurídico. Bens jurídicos são os
valores ou interesses relevantes para a manutenção e o desenvolvimento e da sociedade.
Apenas os bens jurídicos mais importantes são bens jurídicos penais.

Teoria constitucional do direito penal: Claus Roxin diz que a Constituição é a responsável por
identificar quais são os bens jurídicos merecedores de tutela penal. O direito penal só é legítimo
quando tiver amparo constitucional. Ex: Homicídio é crime porque a CF assegura o direito à
vida. A injúria é crime porque a CF garante a inviolabilidade da honra.

Exclusiva proteção do bem jurídico - significa que o papel do direito penal consiste,
exclusivamente, na proteção dos bens jurídicos previstos na CF. Não se destina a proteger
concepções políticas, morais, éticas, religiosas, filosóficas.

Espiritualização de bens jurídicos, liquefação ou desmaterialização - De acordo com Claus


Roxin, quando o direito penal antecipou a tutela, para punir o perigo, quando passou a se
preocupar também com o perigo aos direitos difusos e coletivos.

 Princípio do "non bis in idem" - Não se admite, em hipótese alguma, a dupla punição
pelo mesmo fato. Súmula 241/STJ.

 Princípio da responsabilidade penal subjetiva - Diz respeito ao dolo e à culpa. O


agente só pode responder penalmente se presente o dolo ou a culpa. O direito penal não
admite responsabilidade penal objetiva.

Dois resquícios da resp. penal objetiva - Actio libera in causa. Art. 28, II.

- Rixa qualificada, art. 137, p. único.

 Princípio da insignificância/criminalidade de bagatela - Surgiu no direito romano


"De minimus non curat practor", "os juízes e tribunais não cuidam daquilo que é
mínimo"; por muito tempo ligado ao direito civil. Na década de 1970 foi trazido para o
direito penal por Claus Roxin. Este princípio está interligado aos outros princípios
supracitados(intervenção mínima, não ofensividade, fragmentariedade) está ligado
também ao funcionalismo penal; se baseia em questão de [i]política criminal[/i].
Política criminal é adaptar a lei à realidade social.

Função: realizar uma interpretação restritiva da lei penal. Esse princípio sempre deve ser
analisado caso a caso.

Natureza jurídica: causa supralegal(não está prevista em lei) de exclusão da tipicidade(torna o


fato atípico).

A tipicidade se divide em formal e material: A formal é o juízo de subsubção(adequação) do


fato à norma. A material é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico.

Requisitos objetivos: dizem respeito ao fato; mínima ofensividade da conduta(1), ausência de


periculosidade social da ação(2), reduzido grau de reprovabilidade do comportamento(3),
inexpressividade da lesão jurídica(4).

Requisitos subjetivos: dizem respeito ao agente e à vítima. Agente reincidente e

agente com maus antecedentes: por si sós, não impedem a aplicação do princípio, segundo o
STF, mas deve ser analisado caso a caso. O STJ considera fato atípico. - REVISAR COM
LIVRO 2016 POSTERIORMENTE A POSIÇÃO DO STF.

Reiteração criminosa: Segundo STF e STJ, a habitualidade dos crimes, sendo o meio de vida do
agente impede a aplicação do princípio.

Militares: não é admitido o princípio, pois, a reprovabilidade do comportamento é altamente


reprovada. Pacífico no STF, HC:108884. Inf:670. HC:160435. Inf:491.

Vítima: é necessário observar a importância do bem para a vítima, além disso, deve-se analisar
o valor sentimental do bem.

Aplicabilidade/alcance: aplicável a todo e qualquer crime a ele compatível e não somente aos
patrimoniais, podendo ser aplicado aos crimes tributários. Não existe um valor exato ou máximo
nos crimes patrimonais para aplicação nos crimes patrimoniais, a jurisprudência varia em torno
de 20~22% do salário mínimo(nada exato, apenas estimativa). Nos crimes de
descaminho(tributário), admitem quando o tributo não ultrapassa 20 mil reais.

- O STJ entende que o princípio da insignificância só pode ser aplicado pelo juiz.

- Existem posições em contrário, entendendo o fato atípico, o delegado poderá aplicar.

Bagatela imprópria ou insignificância própria - A necessidade ou não da pena.

Na própria(que é a estudada acima) o fato é atípico, não se instaura ação penal.

Na imprópria(não tem previsão legal) o fato é típico e ilícito e o agente é culpável. Sendo assim,
há ação penal, porém, surge a situação de desnecessidade da pena. É uma ideia surgida na
Alemanha, a doutrina não concorda, em maioria, a situação em que a pena não é necessária para
o réu. Ex: furto simples, em que durante o tempo da morosidade do judiciário, o réu se casou,
trabalha, tem filhos, empregados a pena não ajudaria em nada a sociedade.
 Lei temporária e lei excepcional

A primeira é a que tem o seu período de vigência pré-estabelecido, tem prazo de validade. Ex:
Lei 12.663/2012 Lei geral da copa. Nesta lei, os tipos penais nela descritos tem validade até
31/12/2014.

A lei excepcional só vale em situações de anormalidade. Ex: Lei do racionamento de energia


elétrica. As leis supracitadas apresentam duas características fundamentais:

- São autorregováveis: seja pelo decurso do tempo ou pelo fim da situação de anormalidade.
Também chamadas de leis intermitentes. São dotadas de ultratividade. RE 768.494 PLENÁRIO
STF.

A lei temporária e excepcional continuam aplicáveis, mesmo depois de revogadas, desde que o
fato tenha sido praticado durante sua vigência. O fundamento da ultratividade é evitar que
manobras protelatórias levem a impunidade do fato.

 Tempo e lugar do crime

LUTA

Lugar - Ubiquidade(LU)

Tempo - Atividade(TA)

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. Essa teoria só vale para os crimes materiais(tipo penal com conduta e
resultado, exigido para consumação). Teoria da atividade.

- Aplica-se a lei em vigor ao tempo da conduta, salvo se a lei que estava em vigor ao tempo da
resultado for mais favorável.

- Imputabilidade é aferida no momento da conduta.

- Súmula 711/STF; crime continuado e crime permanente. A lei penal mais grave aplica-se ao
crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.

Crime permanente, aquele que se prolonga com o tempo, por vontade do agente. Ex: Art.
159/CP Crime de extorsão mediante sequestro. Em situação do referido tipo ocorrer, e durante
sua execução, vier lei que torne a pena do crime mais gravosa, esta será aplicada, mesmo que o
delito tenha sido iniciado antes; uma vez que o agente continuou a praticar o crime. No crime
permanente, este é renovado sempre.

Prescrição - O código adota como regra a teoria do resultado. Art. 111, I. A prescrição começa a
correr no momento que o crime se consuma.

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

- Teoria da ubiquidade. O lugar do crime é tanto o da conduta como também é o local do


resultado. Essa teoria somente se aplica aos crimes à distância ou espaço máximo, quando
conduta e resultado envolvem pluralidade de países. O fundamento dessa teoria é a soberania
dos países. Sendo assim, num caso de crime à distância, o agente pode ser processado,
condenado e cumprir pena nos dois países, porém, para evitar bis in idem o código trouxe no
art. 8º que diz: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Nos crimes plurilocais são aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em comarcas
diversas, porém, no mesmo país. A questão não envolve soberania e sim competência. Deve-se
optar pelo local do resultado como local do crime, essa é a regra do art. 70/CPP, sendo adotada
a "teoria do resultado".

Crimes plurilocais dolosos contra a vida - adota-se a teoria da atividade. Por criação doutrinária
e jurisprudencial. O STJ HC 73.451, Resp 1.195.265, Inf 482. Fundamento: a) Produção de
provas/busca da verdade real

b) Essência do Tribunal do Júri daquela localidade

 Interpretação extensiva do resultado:

- Essa interpretação pode ser feita contra o réu? Há três correntes:

1º Para Nucci e Luiz Regis Prado: É indiferente se a interpretação extensiva beneficia ou


prejudica o réu(a tarefa do intérprete e evitar injustiças). A CF não proíbe.

2º Para Luiz Flávio Gomes, socorrendo-se do princípio do in dubio pro reo, não admite-se
interpretação extensiva contra o réu(na dúvida, o juiz deve interpretar em seu benefício). Art.
22.2 do Estatuto de Roma usa essa tese.

3º Para Zaffaroni, em regra, não cabe interpretação extensiva contra o réu, salvo quando
interpretação diversa resultar num escândalo por sua notória irracionalidade. Adotada pelo STF
e STJ.

Na interpretação extensiva amplia-se o alcance da palavra. Ex: arma > qualquer elemento usado
como arma, não só o objeto criado com fim bélico.

Interpretação analógica: o legislador dá o exemplo da ação + o encerramento genérico. O juiz


fica autorizado a encontrar outros casos semelhantes aos exemplos. Como pode-se notar no
crime de homicídio, quando se prevê motivo torpe e meio cruel e permite ao juiz encontrar
outro semelhante.

Assim vê Rogério Sanches, Rogério Greco entende que as duas interpretações são as mesmas
coisas.

Interpretação analógica não se confunde com analogia. Esta não é forma de interpretação e sim
integração, na analogia parte-se do pressuposto de que não existe previsão legal empregada à
outra situação similar. No direito penal, a analogia só pode ocorrer se houver dois elementos: a)
Certeza de sua aplicação será favorável ao réu, "in bonam partem".

b) Existência de efetiva lacuna a ser preenchida(omissão involuntária do legislador e não a


omissão eloquente).
Ex: Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo: I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; - Aqui abrange união estável por
se tratar de omissão involuntária.

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a


pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.

- O crime de roubo não tem esse privilégio, aqui a lacuna não é involuntária, logo, mesmo sendo
uma analogia in bonam partem, não pode ocorrer. O silência do legislador aqui é eloquente e
não involuntário.

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