Disciplina
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Elaborada por:
Uberlândia - 2014
Estado Nutricional
É a condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de
nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos,
bioquímicos, clínicos e dietéticos (Christakis, 1973)
Consumo Gasto
Indicadores
São instrumentos utilizados para medir periodicamente as modificações que ocorrem
numa população, sejam estas de ordem natural ou devidas a determinado programa ou
atividade.
Avaliação antropométrica
Peso e altura
Diâmetro e comprimento ósseos
Espessura das dobras cutâneas
Circunferências
Vantagens
É um método barato, porém, exige treinamento intenso
Muito valioso, especialmente, em regiões muito pobres em que os sinais são
nítidos;
Fácil coleta.
Desvantagens
Exige pessoal treinado
Falta de especificidade dos sinais patológicos
Exames bioquímicos
Deficiência Nutricional
reservas celulares
Lesões bioquímicas
Alterações funcionais
Alterações anatômicas
Estado Nutricional
Excesso ou desequilíbrio de
Insuficiência de consumo Normalidade consumo e/ou utilização
(carência nutricional) Nutricional (distúrbio nutricional)
Gordura subcutânea
Gordura visceral
Compartimentos que variam com o sexo e a idade
Antropometria
Avaliação bioquímica
Inquéritos alimentares
Indicadores sociais, econômicos e culturais
Fases do crescimento
Fatores de crescimento
Classificação
Herança genética
Fonte: <estudmed.com.sapo.pt/trabalhos/prolactina_2.htm>
Pré-natais
Pós-natais
Fatores socioeconômicos
Fatores psicossociais
Processos mórbidos
Nutricionais
Atividade física
Crescimento e desenvolvimento
Tecido ósseo
Tecido muscular
Tecido adiposo
1) Tecido ósseo
3) Tecido adiposo
Referencias bibliográficas
Apresenta elevada velocidade de crescimento, nos dois primeiros anos de vida, com
declínio gradativo e pronunciado até os 5 anos
Essenciais Peso
Comprimento / Estatura
Peso
Estatura / Comprimento
Com a criança sentada ou apoiada no colo, sem adereços na cabeça posicione a fita
métrica rente as sobrancelhas da criança e faz-se a circunferência tracionando
firmemente a fita, possibilitando uma medida que se aproxime ao máximo da medida do
crânio
Com a criança sentada ou apoiada no colo, com o tórax despido, o braço ao longo do
corpo um pouco afastado, posicione a fita métrica no ponto médio de maior diâmetro.
Voltam-se os braços rentes ao corpo e faz-se a leitura da medida ao final de uma
expiração normal
Perímetro braquial
IMC/Idade (IMC/I)
Para a população
Para indivíduos
Percentis
- Refere-se à posição que o valor da medida ocupa com relação aos 100% da
distribuição de referência
- Exemplo, uma criança com determinada idade cujo peso se encontra no percentil
25 pesa mais do que 25% da população de referência da mesma idade
- Sistema de classificação mais empregado na prática pediátrica, servindo de base
para a construção dos gráficos e o acompanhamento do crescimento
Classificação de Gómez
Classificação de Macias
Classificação de Waterlow
Classificação da Obesidade
Crianças
Waterlow
OMS
Referências bibliográficas
Curvas do IMC/idade
Feminino
- Mamas
M1 - mama infantil.
M2 (8-13 anos) - fase de broto mamário, com elevação da mama e aréola como
pequeno montículo.
M3 (10-14 anos) - maior aumento da mama, sem separação dos contornos.
M4 (11-15 anos) - projeção da aréola e das papilas para formar montículo
secundário por cima da mama.
M5 (13-16 anos) - fase adulta, com saliência somente nas papilas.
- Pelos pubianos
P1 - fase de pré-adolescência (não há pelugem).
P2 (9-14 anos) - presença de pelos longos, macios e ligeiramente pigmentados ao
longo dos grandes lábios.
P3 (10-14,5 anos) - pelos mais escuros e ásperos sobre o púbis.
P4 (11-15 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente
menor que a do adulto.
P5 (12-16,5 anos) - pelugem do tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha.
Masculino
- Genitália
G1 (9,5-13,5 anos) - pré-adolescência (infantil).
G2 (10-13,5 anos) - crescimento da bolsa escrotal e dos testículos, sem aumento do
pênis.
G3 (10,5-15 anos) - ocorre também aumento do pênis, inicialmente em toda a sua
extensão.
G4 (11,5-16 anos) - aumento do diâmetro do pênis e da glande, crescimento dos
testículos e do escroto, cuja pele escurece.
G5 (12,5-17 anos) - tipo adulto.
- Pelos pubianos
P1 - fase de pré-adolescência (não há pelugem).
P2 (9-11-15,5 anos) - presença de pelos longos, macios e ligeiramente pigmentados
na base do pênis.
P3 (11,5-16 anos) - pelos mais escuros e ásperos sobre o púbis.
P4 (12-16, 5 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é
consideravelmente menor que a do adulto.
P5 (13-17 anos) - pelugem do tipo adulto, estendendo- se até a face interna das
coxas.
Aferição de Peso
Balança eletrônica
Balança mecânica
2º passo: verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la girando lentamente o calibrador
4º passo: após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada
7º passo: mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos
10º passo: travar a balança, evitando assim, que sua mola desgaste, assegurando o
bom funcionamento do equipamento
11º passo: realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível
da escala a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores
1º passo: a balança deve estar ligada antes da criança ser colocada sobre a mesma.
Esperar que a balança chegue no zero
4º passo: aguardar que o valor do peso seja fixado no visor e realizar a leitura
1º passo: a balança deve estar ligada antes da criança, adolescente ou adulto ser
colocado sobre a mesma. Esperar que a balança chegue ao zero
2º passo: colocar a criança, adolescente ou adulto, no centro do equipamento, com o
mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos
ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição
3º passo: aguardar que o valor do peso seja fixado no visor e realizar a leitura
4º passo: anotar o peso no prontuário da criança. Retirar a criança, adolescente ou
adulto
6º passo: marcar o peso de crianças menores de 7 anos de idade no Cartão da Criança
Pode ser definido em função de parâmetros como idade, biotipo, sexo e altura.
Aceita-se como normal as faixas entre 10% abaixo ou acima do PI
Peso ♂ = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69
Peso ♀ = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35
F) Pacientes amputados
- Peso Ajustado
Menores de 24 meses
Infantômetro
Estadiômetro
Antropômetro vertical
3º passo: os ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte
interna de ambos os joelhos. Unir os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas
A) Envergadura do braço
B) Extensão do braço
- Com o paciente deitado em superfície plana, de costas com o rosto para cima,
dobra-se o joelho esquerdo de modo que o calcanhar forme um ângulo de 90º com a
superfície.
- Comprimento tibial (CT): medida da borda súpero medial da tíbia até a borda do
maléolo medial inferior
O Corpo humano é composto por água, massa muscular, órgãos, líquidos e tecido
adiposo, sendo que com a somatória de todos esses componentes temos o PESO
CORPORAL TOTAL
Componentes
Músculo esquelético: mais presente nos homens do que nas mulheres. Quanto
maior a massa muscular, maior é o gasto energético.
Diretos
Indiretos
Duplamente indiretos
Aplicação do método
- São afixados eletrodos nas extremidades dos membros dominantes, com o paciente
deitado, com as pernas afastadas e os braços em paralelo afastados do troco.
- A corrente é emitida pelos eletrodos distais e captada pelos eletrodos proximais.
- O programa analítico que acompanha a BIA, recebe os dados de peso, altura, idade,
sexo e atividade física.
- O sistema avalia os percentuais encontrados de massa muscular, tecido adiposo e
água corporal, além de fornecer a TMB e as necessidades calóricas totais do
indivíduo.
- Atividade física: a sudorese da prática de exercícios físicos tem efeito diurético, além
de alterar a temperatura da pele e influenciar na leitura da resistência
Método de mensuração
Através da adequação da CB
% CB = CB obtida x 100
CB percentil 50
Adequação (%)
Diagnóstico
CB PCT CMB
Depleção grave <70 <60 <70
Depleção moderada 70 – 80 60 – 80 70 – 80
Depleção leve 80 – 90 80 – 90 80 – 90
Adequado/Eutrofia 90 – 110 90 – 110 90 – 110
Sobrepeso 110 – 120 110 – 120 ---
Obesidade > 120 > 120 ---
Fonte: HEYMSFIELD, 1999; BLACKBURN & THORNTON, 1979.
CMB = CB – ( x PCTmm)
Método de mensuração
Método de mensuração
Método de mensuração
Aplicação dos resultados obtidos a partir das medidas das pregas cutâneas
2) Medidas Derivadas
B) % de Gordura
♀ (18 a 55 anos)
(∑ 3 PC = PCT + PC Coxa + PCSI)
♀ (18 a 55 anos)
(∑ 7 PC = PCT + PC Coxa + PCSI + PC Peitoral + PC Abdominal + PCSE + PC Axilar
média)
♂ (18 a 61 anos)
DC = 1,11200000 - (0,00043499 x (∑ 7 PC))+(0,00000055 x (∑ 7 PC)2) – (0,00028826 x
idade)
% Gordura = [(14,37/DC) – 3,93] x 100
Referência bibliográfica
1) M.S., sexo masculino, branco, natural de Uberlândia, bancário, peso atual 70,0kg e 1,64m e
CC: (Circunferência da Cintura): 108 cm. Calcule:
a) IMC, Peso ideal (mínimo, médio e máximo - deve ser calculado para todos os exercícios).
Avalie a CC.
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
2) M.I.S, sexo masculino, 43 anos, operário, 1,83m, Com peso atual de 63,7kg, sendo que seu
peso habitual é de 74 kg, sua PCT = 8,3mm, CB= 26,4cm. Relata uma perda de peso nos
últimos 6 meses. Calcule:
a) lMC, Peso ideal, % peso ideal, % perda de peso, CMB e adequação, Adequação de CB,
Adequação do PCT, avalie cada dado antropométrico encontrado.
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
3) D.M.G., sexo masculino, 58 anos, natural de Belo Horizonte, internou-se no HC, com
anorexia, disfagia e vômitos. Com diagnóstico de mega esôfago chagásico. Será submetido
a uma esofagectomia. Relata perda de peso nos últimos 3 meses.
Dados antropométricos: PH= 58,0kg, PA= 45,7kg, Altura: 1,58m, CB= 25cm, PCT = 8mm
a) IMC, Peso ideal, % peso ideal, % perda de peso, CMB, adequação de CB, PCT e CMB.
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
5) J.P.S., 40 anos, sexo masculino, branco, natural de Uberaba, hipertenso, cardiopata, foi
atendido no ambulatório de nutrição. Dados antropométricos: PA: 85,0 kg Estatura: 1,60m
CB: 31,5cm, PCT: 16,5mm.
Na anamnese constatou-se: Número de refeições: 3
Alimentos mais consumidos: enlatados, carne, miúdos, frituras, ovos e salgados
Faz uso abusivo de sal. Nega uso de medicamentos no momento. Não faz atividade física.
Apresentando edema: ++/4+.
Com base no caso clínico apresentado calcule:
a) IMC, Peso ideal, % peso ideal, Avaliar CB, PCT e CMB
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
7) J.P.S., 23 anos, sexo masculino, pesando 87,0 kg, estatura: 1,75. Praticante de atividade
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético.
Antropometria: CB: 36,0cm PCT: 10,0mm PCB: 8,0mm PCSE: 9,5mm PCSI: 12,0mm
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
9) J.B.C, sexo feminino, 67 anos, natural de Uberlândia. Após avaliação de rotina foi encaminha
a avaliação nutricional. Dados antropométricos: Peso: 72,0kg, Altura: 1,65m, CB: 32,5 cm PCT:
27,5mm
a) Peso estimado, Altura estimada, Peso ideal, Calcule IMC estimado, CMB. Avalie CB e PCT
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
10) M.A.B., 21 anos, sexo feminino, pesando 67,0 kg, estatura: 1,65. Praticante de atividade
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético.
Antropometria: CB: 30,0cm PCT: 20,5mm; PCcoxa: 10,0mm; PCSI: 15,5 mm; PCabdominal:
22,0mm; PCpeitoral: 8,0mm; PCSE: 21,0mm; PCaxilar média: 7,5mm.
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
11) J.P.T., 27 anos, sexo masculino, pesando 72,0 kg, estatura: 1,75. Praticante de atividade
física. Procurou o nutricionista para um planejamento dietético.
Antropometria: CB: 33,0cm PCT: 9,5mm; PCcoxa: 8,0mm; PCSI: 12,5 mm; PCabdominal:
20,0mm; PCpeitoral: 7,0mm; PCSE: 12,0mm; PCaxilar média: 5,5mm.
a) IMC, Peso ideal, Avaliar CB e PCT, Calcular CMB e avaliar % de gordura corporal
b) Diagnóstico nutricional final e evolua em prontuário.
Proteínas Plasmáticas
Proteínas Totais
Albumina
Limitações
- Vida média de 18 a 20 dias
- nas doenças hepáticas, infecção e trauma
Transferrina
- Transporte de ferro no plasma
- Aumentada na carência de ferro, gravidez, sangramentos e hepatite aguda
- Proteína de fase aguda negativa
- Reduzida em várias anemias, hepatopatias crônicas, neoplasias, sobrecarga de
ferro, infecção
- Vida média de 7 a 8 dias
Índice Prognóstico
Índice de Risco Nutricional (IRN) (Am J Clin Nut, 1988; 47: 35765)
IRN = 1,519 x Alb x 0,417 x (PA/PH) x 100
Onde: Alb: albumina sérica g%; PA: peso atual; PH: peso habitual
Índice Creatinina-Altura
- Medida da alteração na massa proteica total obtida pela diferença entre nitrogênio
ingerido na dieta e o nitrogênio urinário excretado na forma de ureia
- Melhor método quantitativo e dinâmico de observar a continuidade da terapêutica
nutricional
- Não pode fornecer um quadro do estado nutricional atual do paciente
Limitações
- Coleta da urina de 24h
- Perda de N pela pele e mucosa
- Perdas fecais, menstrual e em fístulas
BN = N ingerido – N excretado + 4 g
HEMOGRAMA
Hemoglobina (Hb)
Quando se diz que uma pessoa tem o hematócrito de 40 significa que 40% do volume
sanguíneo são células vermelhas e o restante corresponde ao plasma.
Referencia bibliográfica
1- O.T.P. 50 anos, sexo masculino, pedreiro, desempregado há um ano foi internado com
diagnóstico de pneumonia queixando perda de peso recente (~ 3 meses) e fraqueza muscular.
Ao exame clínico emagrecido, pele ressecada, desidratado e sem edemas. Hábito intestinal:
constipação. Anamnese alimentar: apetite diminuído em relação ao habitual. Nega distúrbios
gástricos, aversões ou intolerância alimentares. Etilista, ingere cerca de 2 a 5 doses de cachaça
ao dia.
- Antropometria: Peso habitual: 74,0 kg Peso atual: 56,0 kg Estatura: 180 cm PCT: 8,0mm CB:
25,0 cm
- Exames Bioquímicos: Albumina = 3,0 mg/dl ( 3,5 a 5,0 mg/dl)
Hemoglobina = 11,5 mg/dl (N = 14 a 18 mg/dl)
Linfócitos = 1500/mm3
Baseado na H.M.A. e nos dados antropométricos, clínicos e bioquímicos apresentados, dê o
diagnóstico nutricional completo do paciente. Apresente os cálculos que julgar necessário para o
diagnóstico.
2- M.J, sexo masculino, 8 anos, portador de Leucemia Linfoide Aguda (LLA) há 6,5 anos, tendo
feito quimioterapia seis anos ( até 6 meses atrás). Há uma semana apresenta quadro de dor nos
mmii, lombalgia e picos febris. Está recebendo dieta para imunodeprimido por via oral com boa
aceitação. Analise os exames bioquímicos e dê o diagnóstico nutricional.
Ht = 3,2 x 106/mm3 Hb = 10,4g/dl Hm = 32,2% VCM = 80,2 mcm3 HCM = 21,3pg
3 3
Leuc = 1100/mm Linf = 1400/mm
3- JRD, sexo masculino, natural de Uberlândia, 60 anos, casado, aposentado. Há três meses
evoluindo com dor epigástrica e vômitos alimentares. Por meio da EDA e biópsia diagnosticou-se
tumor de estômago. Com quadro de síndrome de obstrução. Foi indicada a gastrectomia
subtotal. Como a doença de base é maligna optou-se pela intervenção cirúrgica imediata (apesar
do paciente encontrar-se bastante debilitado) e realização de apoio nutricional no pós-operatório.
- Antropometria (pré-operatório) Peso atual – 62 Kg I Peso habitual - 71 Kg I Altura - 180 cm I
Albumina - 2,4 mg/dl I linfócitos - 1600/mm3
- Baseado na história clínica e nos dados antropométricos e bioquímicos apresentados,
responda:
a) Calcule o percentual de perda de peso. Como você caracteriza o tipo de desnutrição?
b) Calcule IRN
c) Dê o diagnóstico final completo do paciente evoluindo em prontuário.
4- M.G., sexo feminino, 20 anos, universitária, classe média-alta, natural de Uberaba. Ao exame
clínico: dentição normal, sem alterações visíveis na cavidade oral, emagrecida, mucosas
coradas, sem edemas. Queixa de fraqueza muscular. Hábito intestinal: normal. Anamnese
alimentar: sempre teve pouco apetite, nega distúrbios gástricos, aversões ou intolerância
alimentares.
- Antropometria: Peso habitual: 45,0 kg atual: 41,0 kg Estatura: 152cm PCT: 14,0mm
CB:24,0cm
- Exames Bioquímicos: Albumina - 3,4mg/dl Ht: 3,0x103/mm3 Hb: 11,0 mg/dl HCM: 28pg/erit
VCM: 108mm3/erit Leucócitos – 1500 mm3
Baseado na história clínica e nos dados antropométricos e bioquímicos apresentados dê o
diagnóstico nutricional completo da paciente. Apresente os cálculos que julgar necessário para o
diagnóstico.
5- S.C.S, 26 anos, sexo masculino, vítima de TCE, apresentava os seguintes dados: peso atual =
69Kg , estatura = 184 cm, albumina = 3,0 mg/dl, creatinina urinária de 24h = 19,8. Calcule ICA e
avalie o estado nutricional.
O exame clínico nutricional tem sido e continua sendo um importante método para
determinação do estado nutricional. Este exame por si só tem menor valor, mas
como complemento da avaliação total é de suma importância.
Deficiência Nutritiva
Reservas celulares
Lesões bioquímicas
Alterações funcionais
Alterações anatômicas
Vantagens:
Desvantagens:
Cabelos Unha
Pele Sistema celular subcutâneo
Lábios Olhos
Gengivas Sistema nervoso
Língua Sistema ósseo
1. Crianças com edema que têm entre 60-80% do peso esperado para a idade são
classificadas como tendo Kwashiorkor. Causado por uma baixa relação proteína-
energia na dieta. Dietas de desmame, pobres em proteínas, parecem ser a sua
principal causa nas regiões do mundo onde essa desnutrição é endêmica, como na
África Central.
2. Aquelas sem edema, pesando menos que 60% de peso esperado para a idade, são
consideradas marasmáticas.
Pele
Hiperqueratose folicular:
Hipertrofia dos folículos pilosos por
obstrução dos mesmos pelo epitélio
queratinizado. A "pele de ganso" aparece
primeiro ao longo das faces anteroexternas
das pernas e póstero-externas dos
antebraços. Estendendo se às coxas, dorso,
abdômen e nádegas.
Olhos
Papilas filiformes
- Atrofia: Redução das papilas. Torna-se tão intensa que se encontram zonas
lisas, ao redor das papilas filiformes.
Papilas fungiformes
Dentes
Pescoço
Tórax
Abdômen
1) O transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos é uma das funções da hemoglobina.
Para sua síntese, além da porfirina do ferro, são essenciais:
a) fósforo e cobre b) cobre e vit. K c) cobre e vit. C d) fósforo e vit. K
2) A deficiência na metabolização do ácido pirúvico é a principal causa das alterações do
sistema nervoso central e periférico. Essa deficiência resulta de uma carência de:
a) vit. B12 b) Riboflavina c) vit. C d) Tiamina
3) Cabelos ressecados, quebradiços e com faixa despigmentada (sinal de bandeira) são
sinais característicos da deficiência de:
a) Calorias b) Calorias e Proteínas c) Proteínas d) Proteínas e vitaminas
4) A constipação intestinal pode ser causada por uma dieta baixa em fibras, por uso de
medicamentos que contêm ferro, alumínio, cálcio, e também, por carência da seguinte
vitamina:
a) niacina b) tiamina c) piridoxina d) riboflavina
5) O mineral que tem função similar ao cálcio e que, em uma quantidade excessiva, pode
inibir a calcificação óssea é o:
a) cloro b) fósforo c) potássio d) magnésio
6) Vitamina hidrossolúvel cuja deficiência provoca alterações nos nervos periféricos, edema e
IC é a:
a) tiamina b) piridoxina c) riboflavina d) ácido pantotênico
7) A vitamina, cuja fonte dietética é o fígado, carnes magras, cereais, legumes e sua deficiência
pode causar manifestações clínicas como dermatose, diarreia e demência.
a) niacina b) biotina c) tiamina d) folacina
8) Estomatite angular, glossite, queilose, edema de língua, hipertrofia das papilas fungiformes
caracterizam a deficiência de:
a) ácido ascórbico b) riboflavina c) tiamina d) flúor
9) O processo de ressecamento da pele, com ruptura e descamação da mesma pode ocorrer
por deficiência de qual micronutriente?
a) Vit A b) Vit. do complexo B c) Vit. C d) Zinco
10) O raquitismo é distúrbio metabólico e nutricional. Geralmente é causado pela deficiência de
vitamina D que controla a utilização de dois minerais importantes na formação e bom
desenvolvimento ósseo que são:
a) potássio e cálcio c) cálcio e fósforo b) ferro e potássio d) fósforo e
cloro
11)Algumas carências vitamínicas trazem como consequência doenças. O raquitismo,
escorbuto, beribéri e a cegueira noturna são sequelas que poderiam ser evitadas, aumentando-
se o aporte das seguintes vitaminas, respectivamente:
a) C – D – A - B6 b) D – C – B1 - A c) B1 – A – B6 – C d) A – B6 – D – B1
16) Em uma dieta estritamente vegetariana pode ocorrer carência da seguinte vitamina:
a) B12 b) B1 c) A d) C
17) As vitaminas do complexo B são responsáveis, em sua ausência dietética, por uma série
de doenças de carências nutricional. Dentre as mais comuns estão as causadas pela ingestão
deficiente de tiamina, niacina e cobalamina. Assinale a opção que apresenta, respectivamente,
as doenças de carência dessas vitaminas:
a) Beribéri, raquitismo, anemia perniciosa
b) Pelagra, xeroftalmia, beribéri
c) Raquitismo, xeroftalmia, estomatite angular
d) Beribéri, pelagra, anemia megaloblástica
19) O indivíduo anêmico pode apresentar palidez do globo ocular, podendo adquirir coloração
amarela, essa característica indica deficiência de:
a) Vitamina A b) Vitamina C c) Ferro d) Cromo
20) As vísceras ou miúdos são órgãos internos de cor vermelha-escura. O coração, rins,
língua e o fígado, que contêm vitaminas do complexo B e vitamina A, possuem também alto
teor de:
a) Ferro b) Sódio c) Cálcio d) Enxofre
Desnutrição
Bioquímicos
Antropométricos
Clínicos
Importantes mas nenhum pode ser considerado único e suficiente para predizer,
isoladamente, o risco nutricional.
Limitações
Difícil manuseio
Método simples
Baixo custo
5 % perda pequena
5% a 10% potencialmente significativa
> 10% definitivamente importante
Duração em semanas
5. Exame físico
Tríceps
Nos idosos, a inspeção da sobra da pele deve ser complementada pela palpação,
afim de não se confundir a perda da elasticidade cutânea com a perda de gordura
Áreas interósseas e palmares das mãos visualização dos tendões nesta região
constitui sinal de perda significativa de gordura subcutânea
Deltóide e quadríceps
A ASG foi desenhada de modo a se obter poucos resultados falsos positivos, isto
é, o paciente classificado como desnutrido grave tem poucas chances de ser nu-
trido ou moderadamente desnutrido.
Detsky A.S., McLaughlin Jr, Baker Jp, et al. What is subjective global assessment of
nutritional status? JPEN 1987;11: 8-13
Avaliação Dietética
Inquéritos dietéticos
Validade
Reprodutibilidade ou replicabilidade
Prospectivos
- Registro alimentar
- Pesos e medidas
Vantagens
Desvantagens
Depende da memória
Requer treinamento
Ingestão prévia atípica
Bebidas e lanches tendem a ser omitidos
Sub ou superestimação
Exemplo – 1
Recordatório 24 horas (R24h)
Nome:________________________Data:___/___/___ Registro:_________
Refeição Hora Local Alimento Quantidade
Desjejum
Colação
Almoço
Lanche
Jantar
Ceia
Vantagens
Baixo custo
Rápido de ser aplicado
Autoadministrado ou utilizado por outro profissional
Pode descrever padrão de ingestão alimentar
Desvantagens
Não fornece informações sobre quantidade se qualitativo
Utilizar listas compiladas para a população geral pode não ser útil
para grupos com diferentes padrões alimentares
Pode ocorrer subestimação
Difícil análise sem uso de computadores e programas especiais
Informações
R24h e QFCA
Tratamento dietético anterior
Preferências, intolerâncias, aversões, nº. de refeições, apetite, horários e local das
refeições, atividade física, etc.
Vantagens
Leva em consideração sazonalidade
Completa e detalhada descrição qualitativa e quantitativa da ingestão alimenta
Minimiza as variações que ocorrem dia-a-dia
Fornece boa descrição da ingestão usual
Desvantagens
Requer treinamento
Depende da memória
Exige tempo
3 - Orçamento Familiar
Vantagens
Desvantagens
Entrevistado
- Incompreensão quanto ao que está sendo questionado
- Sub ou superestimação do consumo
- Erro na estimativa do tamanho da porção
- Omissão do uso de suplementos
- Falha de memória
Entrevistador
- Registro incorreto das resposta e/ou descrição incompleta de alimentos
- Omissão intencional
- Demonstrar aprovação ou desaprovação do padrão alimentar
- Erro na conversão em gramas da medida caseira
Referências bibliográficas
CINTRA, I.P., HEYDE, M.E., SCHIMITZ, B.A., FRANCESCHINI, S.C. TADDEI, J.A.A.C.,
CUPARRI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 1ª ed., 2002, 406p.
IMC (kg/m )
2
Classificação Adequação do peso (%) Estado nutricional
< 16,0 Desnutrição grave 95 – 110 Eutrófico
16,0 – 16,9 Desnutrição moderada 85 – 94 Desnutrição leve
17,0 – 18,4 Desnutrição leve 75 – 84 Desnutrição moderada
18,5 – 24,9 Eutrofia < 74 Desnutrição grave
25,0 – 29,9 Sobrepeso (pré-obeso) Fonte: Blackburn e cols, citado por Duarte, 2007.
30,0 – 34,9 Obesidade grau I
35,0 – 39,9 Obesidade grau II
≥ 40,0 Obesidade grau III
Faixa de normalidade simplificada
Sexo CB(cm) PCT (mm) CMB (cm) AMB(cm2)
Masculino 29,5 12,5 25,5 28,1
Feminino 28,5 16,5 23,2 22,2
Estado nutricional segundo a Circunferência do Braço (CB), Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT)
Desnutrição
Eutrofia Sobrepeso Obesidade
Grave Moderada Leve
CB <70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120%
CMB < 70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% --- ---
PCT < 60% 60 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120%
Membro Amputado Proporção de Peso % Edema Peso hídrico
Mão 0,8 + tornozelo 1,0 kg
Antebraço 2,3 ++ joelho 4,0 kg
Braço até o ombro 6,6 +++ raiz da coxa 6,0 kg
Pé 1,7 ++++ anasarca 12,0 kg
Perna abaixo do joelho 7,0 Ascite leve 2,2 kg
Perna acima do joelho 11,0 Ascite moderada 6,0 kg
Perna inteira 18,6 Ascite grave 14,0 kg
Estimativa de altura
Homens = [(2,02 x AJ) – (0,04 x I)] + 64,19 Mulheres = [(1,83 x AJ) – (0,24 x I)] + 84,88
AJ: Altura do joelho em centímetros, I: Idade em anos
Percentis de prega cutânea tricipital (cm) de acordo com a idade para mulheres
Idade Percentil
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Percentis de circunferência muscular do braço (CMB cm) de acordo com a idade para mulheres
Idade Percentil
5 10 15 25 50 75 85 90 95
Padrão
Sexo Interpretação do PCT Área Muscular do Braço = Área Muscular sem osso
CB PCT CMB
> 120% Obesidade (CMB - x PCT)2 - 10
Homens 29,5cm 12,5mm 25,5cm Homens 4
110% - 120% Sobrepeso
Mulheres 28,5cm 16,5mm 23,2cm 90% - 110% Adequado/Eutrofia
80% - 90% Depleção leve (CMB - x PCT)2 – 6,5
Mulheres 4
60% - 80% Depleção moderada
< 60% Depleção grave
(HEYMSFIELD, 1999)