Anda di halaman 1dari 8

Espuma no óleo lubri cante: problemas e

soluções
09/07/2017

Marcos Thadeu Lobo


Engenheiro Mecânico Graduado Pela Universidade Estadual De Campinas ( Unicamp ) em
1985. Ingressou na Petrobras Distribuidora S/A em 1986 como profissional de Suporte
Técnico em Produtos. E atualmente exerce a função de Consultor Técnico Sênior.

A formação de espuma é um problema relativamente comum em sistemas lubrificados a


óleo. Por ser um tanto quanto difícil a solução do problema é essencial a realização de
ensaios precisos para se determinar a causa-raiz da formação de espuma.

Figuras 1/2 – Formação de espuma em sistemas lubrificados a óleo

A espuma é um conjunto de pequenas bolhas de ar que se acumulam na superfície do


fluido ou próximo a ela. Em casos severos, a espuma pode vazar para fora da máquina
através dos respiradouros, visores e varetas de nível.

A espuma é um eficiente isolante térmico, de forma que o controle de temperatura do


óleo lubrificante pode tornar-se bastante difícil onde houver a sua excessiva formação.
A presença de ar em óleo lubrificante pode levar à rápida oxidação do óleo lubrificante,
cavitação, redução das propriedades lubrificantes e falhas catastróficas em sistemas
hidráulicos, redutores de velocidade, turbinas a vapor, hidráulicas ou movidas a gás
natural etc.

Figura 3 – Amostra de óleo lubrificante com espuma

As causas da formação de espuma em óleos lubrificantes são várias:

– contaminação por água;

– contaminação por particulados sólidos;

– retirada do aditivo antiespumante aderido a material particulado sólido


(possivelmente pela prática de filtração ultra-fina ou tecnologias de separação
eletrostática);

– problemas mecânicos que provocam aeração do fluido;

– Excesso de óleo no reservatório de óleo lubrificante, em sistemas de lubrificação por


banho de óleo ou salpico;

– contaminação cruzada do óleo lubrificante com outros tipos de óleos lubrificantes;

– contaminação do óleo lubrificante com graxa;

– excessiva aditivação antiespumante em face de formulação incorreta ou por


readitivação utilizando pacote de aditivos inadequado;
Figuras 4/5 – Formação de espuma em reservatório de óleo lubrificante

Para se tentar determinar a causa-raiz da formação de espuma em óleos lubrificantes


pode-se tentar, primeiramente, quantificar-se o volume de água presente e efetuar-se
uma contagem de partículas, porque a formação de bolhas de ar é bastante auxiliada
pelos citados contaminantes, que promovem um ponto de nucleação para as bolhas de
ar.

É importante que técnicas de desagaseificação sejam utilizadas na preparação da


amostra antes do ensaio de contagem de partículas pois, se houver formação de espuma
no óleo lubrificante, as bolhas de ar no fluido poderão ocasionar uma contagem de
partículas anormalmente alta que, por sua vez, poderia levar a tentativas incorretas de
solução do problema.
Se a contagem de partículas não revelar qualquer contaminação significativa, pode-se
tentar um ensaio de filtração em membrana utilizando-se elemento filtrante de tamanho
de poro bastante pequeno (1 mícron ou menor) e examiná-la, minuciosamente, sob
elevada ampliação. Pode-se tentar, ainda, o ensaio de Insolúveis em Pentano ( ASTM
D4055-E ) para se quantificar a contaminação por material particulado sólido
extremamente fino que poderia servir de nucleação para as bolhas de ar.

Tendência à formação de espuma e sua estabilidade


Pode-se solicitar ao laboratório de análise de óleos lubrificantes em uso que efetue os
ensaios de tendência à formação de espuma e estabilidade da espuma. Estes ensaios
são descritos na norma ASTM D982 e são efetuados conjuntamente.

A tendência à formação de espuma descreve a quantidade de espuma gerada


imediatamente após o fluido ser agitado e aerado, sendo a estabilidade da espuma o
volume de espuma remanescente após 10 minutos da interrupção da aeração do óleo
lubrificante. Este ensaio permite a “Opção A” que existe para garantir que o
antiespumante esteja bem disperso no óleo lubrificante antes do início do ensaio.

Esta opção deve ser solicitada quando se ensaiar óleos lubrificantes utilizados na
lubrificação de engrenagens devido à natureza do aditivo antiespumante comumente
utilizado nestes produtos. A comparação da tendência à formação da espuma e
estabilidade da espuma pode indicar se a causa da espuma é um problema de origem
mecânica, se o problema é devido à contaminação do óleo lubrificante ou é referente à
aditivação.

Figura 6 – ASTM D892: ensaio de tendência à formação e estabilidade de espuma

Contaminação cruzada com outro óleo


A contaminação cruzada do óleo lubrificante com outro tipo de lubrificante geralmente,
contribui para a formação de espuma e outros tipos de problemas, visto que aditivos
diversos dos existentes no óleo lubrificante original podem concorrer com o
antiespumante e impedir a sua adequada ação.

Com vistas a verificar se está ocorrendo contaminação cruzada, analise uma amostra de
óleo lubrificante novo retirada do tambor, balde ou tanque de armazenamento em granel
referente aos elementos originais constituintes e compare com amostra de óleo
lubrificante em uso.

Os elementos que constituem o óleo lubrificante em uso devem ser similares aos do
óleo lubrificante novo ainda que, pequenas diferenças possam ocorrer em função da
depleção de aditivos. É bom atentar para elementos ( cálcio, magnésio, boro,
molibdênio, fósforo, enxofre etc ) que se encontram presentes na aditivação do óleo
lubrificante em uso mas que não se evidenciam no óleo lubrificante novo. É interessante
verificar-se, também, a presença de elementos que possam indicar contaminação com
graxa, se houver esta possibilidade.

Figuras 7/8 – Antes de se tentar readitivação com antiespumante, verificar se o


problema é de origem mecânica (ex.: entrada de ar; nível de óleo)

Analisar amostras de óleo lubrificante novo oriundo do tambor, balde ou tanque de


armazenamento em granel e do óleo lubrificante em uso permitirá que se saiba se
houve reposição do óleo lubrificante existente no maquinário com produto inadequado
ou se o problema é oriundo da planta formuladora de óleos lubrificantes ( problemas na
formulação do produto, problemas no envasamento etc.). O uso de espectroscopia
utilizando-se FTIR (Infravermelho por Transformadas de Fourier) é bastante útil nestas
considerações.
Uma solução para cada tipo de problema

Em grande parte das situações de formação de espuma em óleos lubrificantes será


necessário a substituição completa da carga de óleo lubrificante ou drenagem parcial e
posterior reposição. Porém, se houver contaminação da carga de óleo lubrificante por
outro tipo de produto, provavelmente, será necessária a realização de flushing, operação
de custo elevado, principalmente, se envolver equipamentos que comportem grandes
volumes de óleo lubrificante.

Nestes casos pode-se tentar um recondicionamento da aditivação antiespumante da


carga de óleo lubrificante, procedimento que, nem sempre, tem garantia de sucesso. É
importante frisar-se que se o problema da formação de espuma for de origem mecânica
a readitivação da carga de óleo lubrificante com aditivo anti-espumante não será bem
sucedida.

Por isto, é de fundamental importância que, antes de se efetuar esta operação, seja
investigada com bastante propriedade a causa-raiz da formação de espuma na carga de
óleo lubrificante com vistas a evitar-se esforços e gastos desnecessários.

Figuras 9/10 – A readitivação com antiespumante não será procedimento bem sucedido
se a causa-raiz da formação de espuma for mecânica

Antes de iniciar o procedimento de drenagem e flushing do sistema é importante que se


tenha tratado a causa-raiz do problema da formação de espuma. Se houve contaminação
por água ou material particulado sólido é fundamental controlar-se o ingresso de
contaminantes antes de se iniciar o processo de filtração com elementos filtrantes de
porosidade (micragem) bastante fechada, visto que ainda que o aditivo antiespumante
esteja dissolvido no óleo lubrificante, e comumente não seja retido por sistema de
filtração multi-passagem, pode ocorrer, particularmente em óleos lubrificantes de
engrenagens, que a remoção de contaminantes sólidos possa remover, também, a
aditivação antiespumante que possa estar aderida a esses materiais ou ao elemento
filtrante.

Identi car os contaminantes é importante


Se o problema da formação de espuma da carga de óleo lubrificante foi devido à
contaminação cruzada com outro tipo de óleo lubrificante, isso pode ser corrigido com
identificação dos fluidos lubrificantes com código de cores e treinamento do pessoal de
manutenção.

Se o problema deveu-se à contaminação por graxa, é importante que se dimensione a


quantidade de graxa a ser aplicada na relubrificação, a sua periodicidade, e verifique se
os procedimentos corretos de relubrificação estão sendo aplicados.

O projeto do tanque de armazenamento de óleo lubrificante em granel, o traçado da


linha de retorno de óleo lubrificante para o tanque de armazenamento e entrada de ar na
linha de sucção da bomba de óleo lubrificante são problemas mecânicos muito comuns
que levam à formação de espuma.

Figuras 11/12 – A formação de espuma pode ser devido à depleção da aditivação


antiespumante ou a problemas de origem mecânica

Regras simples e práticas podem nos auxiliar na avaliação, em campo, de problema


referente à formação de espuma:
– a ocorrência de bolhas grandes que não se desfazem após cerca de 30 minutos de
desligamento do maquinário podem indicar a depleção do aditivo, e poderão ser
corrigidos com readitivação do antiespumante;

– a ocorrência de bolhas diminutas que se desfazem, quase completamente, após cerca


de 30 minutos de desligamento do maquinário podem indicar problema de origem
mecânica que não serão corrigidos com readitivação de antiespumante;

Descobrir-se a causa-raiz da formação de espuma em óleos lubrificantes pode ser um


desafio. Porém, através de processos de eliminação de motivos é possível chegar-se à
real origem do problema e corrigí-la.

Outros artigos do Autor

Filtração de óleos novos podem aumentar


desempenho de máquinas
15/03/2018 0

Possíveis causas de espessamento de óleos


lubri cantes para engrenagens
16/02/2018 0

A coloração dos gases de exaustão trazem muita


informação
31/01/2018 0

Normas sobre emissões gasosas impactam


projetos de motores e lubri cantes
16/01/2018 0

Descargas eletrostáticas no sistema de lubri cação


03/01/2018 0

Anda mungkin juga menyukai