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Temas Emergentes:
Direito do Trabalho:
A1: 21/9
A2: 23/11
11/11/2017: entrou em vigor. MP 808 mudou a reforma trabalhista. O prazo era março, e a
MP caiu, e então está valendo a reforma na sua íntegra.
O sócio retirante: responsabilidade subsidiária: até dois anos, após averbação do contrato.
Prescrição igual para os trabalhadores urbanos e rurais. A prescrição bienal conta a partir da
extinção do contrato de trabalho.
Se não houve o comparecimento do autor à audiência, arquiva-se. Vai poder entrar com uma
nova reclamação logo em seguida. Se você entrou com a petição inicial no prazo certo,
interrompe-se a prescrição.
Observação: art. 731 e 732: perempção provisória: exemplo: entrou-se com uma nova
reclamação provisória. Se não comparecer novamente (peça segunda vez), ocorrerá o
arquivamento e somente depois de 6 meses poderá entrar com uma nova reclamação
trabalhista. Observação: se for a própria pessoa que entrou sem advogado, já na primeira vez
ocorrerá a perempção provisória.
A interrupção da prescrição também ocorre mesmo que a reclamação trabalhista seja proposta
em juízo incompetente.
Art. 47: Se a carteira do empregado não for anotada, pagará R$ 3.000,00. Empresa de
pequeno porte e ME: R$ 800,00. Esse dinheiro é para o Estado.
Art. 58 §2º: não existe mais o cômputo das horas referente ao tempo despendido pelo
empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu
retorno (horas in itinere).
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda
a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda,
aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
Agora o regime parcial é de no máximo 30 horas: agora quem está no regime parcial (vinte e
seis horas) pode fazer até 6 horas extras.
Art. 59: duração diária do trabalho: não precisa mais de convenção ou acordo coletivo, pode
ser feito por acordo entre empregado e empregador a realização de horas-extras. Não pode
existir pré-contratação de horas-extras.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
Quem trabalha no regime integral, o prazo para a compensação será de seis meses.
Regime 12x36:
Art. 60, par. Único: não tem necessidade de exigência de licença prévia nas empresas que o
empregador definir essa jornada 12x36. Ou seja, é dispensada essa exigência.
Máximo de duas horas-extras por dia, por uma necessidade imperiosa poderá exceder esse
prazo: art. 61, §1º. Mas mesmo assim, não poderá exceder 12 horas.
Art. 62: pessoas que não podem fazer horas-extras: gerentes, pessoas que trabalham de forma
externa, teletrabalho.
Interjornada
Intrajornada:
4h: 0
4h-6: 15 min.
Esse intervalo de 1 hora agora poderá ser reduzido (se a empresa tiver refeitório, etc).
Obs: supressão de uma parte do intervalo: antes da reforma: era cobrado o valor integral do
intervalo (exemplo: duas horas de intervalo). §4º: agora paga-se somente o que o empregado
deixou de usufruir.
Art. 134.
10/8/2018
Art. 223-A até o art. 223-G; artigos da reforma mais criticados. Danos de natureza
extrapatrimonial. Danos à esfera moral, existencial da pessoa física ou jurídica.
Pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Marca, nome, segredo empresarial.
§1º fixação da indenização a ser paga a cada um dos ofendidos; com base no último
salário contratual do ofendido:
Se for o empregado que venha a provocar o dano moral: ele também precisa indenizar:
§2º do art. 223-G: observância dos mesmos parâmetros, de acordo com o salário de
seu ofensor;
Art. 394-A mulher gestante trabalhando em um local insalubre em grau máximo: as NRs
regulamentam sobre isso: se for grau máximo, a empregada gestante será afastada, e não
deixará de perceber o adicional de insalubridade.
Se for grau médio ou mínimo, precisará de um atestado médico; se ela precisar ser
afastada (gestação de risco por exemplo), assim será feito. Esse dispositivo foi muito criticado
pelos doutrinadores;
Art. 396: dois descansos de 30 minutos cada um. Contudo, as normas de intervalo podem ser
negociadas entre as partes, entre empregado e empregador. Pode ocorrer a ampliação da
jornada. O intervalo para a amamentação pode ser aumentado por mais de seis meses.
Art. 442-B: trabalhador autônomo: falta o requisito da subordinação. Existem muitas ações em
que o autônomo pede o vínculo empregatício, por isso foi normatizado. A contratação desse
autônomo, cumprida as formalidades, com ou exclusividade, de forma contínua ou não, afasta
a qualidade de empregado. O que não poderá existir é a subordinação. Inexistência de vínculo
empregatício.
§ 3º contrato de trabalho intermitente: que dá pausas, não é todos os dias (pausa de dias,
semanas, meses, etc); não é contínuo. É importante entender que existe o vínculo
empregatício. Alternação de prestação de serviços e de inatividade. Beneficiou alguns ramos
cujas atividades podem necessitar de profissionais de modo sazonal: restaurantes, bares,
buffets, etc. O salário será pago de acordo com os dias trabalhados.
Art. 444: o contrato pode ser objeto de livre estipulação. Houve a inserção do par. único. Diz
que a livre estipulação no que se refere ao caput, aplica-se inclusive nas hipóteses do conceito
do negociado vale sobre o legislado. Cuidado! Existem um rol de direitos que não podem fazer
parte dessa negociação. Observação: empregado de diploma superior, com salário igual ou
superior a duas vezes o teto da seguridade social, as partes podem negociar o que quiser.
Art. 448 “a”: sócio retirante (aquele que saiu da empresa): responsabilidade subsidiária
inicialmente; a responsabilidade subsidiária tem um prazo: dois anos depois da averbação do
contrato de retirada do sócio, salvo nas hipóteses de fraude. Esse artigo fala da
responsabilidade do sucessor: a empresa sucedida somente responderá solidariamente com a
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Art. 457: remuneração: salário + gorjeta. Existem vários tipos de salário (base, mínimo, in
natura, sobressalário, etc): a CLT agora retira do salário as percentagens e gratificações
ajustadas, diárias para viagens e abonos.
§2º importâncias, ainda que habituais (ajuda de custo, diárias para viagens, prêmios e
abonos) não integram a remuneração do empregado e não se incorporam ao contrato de
trabalho, não sendo base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Observação: Imposto de Renda é sobre tudo que você ganhar (salvo indenizações).
§4º prêmios: liberalidade (quem mereceu por um trabalho relevante, quem foi
destaque, etc): também não fazem parte do salário.
Art. 461: Equiparação salarial: assunto muito recorrente: paradigma (modelo) e o paragonado
(quem faz o pedido). Se as pessoas exercem funções idênticas (qualitativos e quantitativos)
merecem receber o mesmo salário, posto que importante é a atividade e não o nome do
cargo, desde que prestada ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial.
Súmula 6 do TST: essa súmula vai ter de sofrer alteração: mesmo empregador,
desde que na mesma região metropolitana (agora é no mesmo
estabelecimento empresarial).
Art. 468: Importante!! A regra é que os contratos não sejam alterados. Mas, existindo
necessidades, podem ser alterados, mas que haja um mútuo consentimento. Existem
pequenas alterações que podem ser feitas sem autorização do empregado. “jus variandi”.
§1º do art. 468: não é alteração: reversão do empregado (tirar o empregado efetivo de um
cargo de confiança anteriormente ocupado por ele). Antes da reforma, o TST tinha o
entendimento de que se o empregado contasse com mais de 10 anos de função, o empregador
poderia retirar o cargo, mas não a remuneração. Essa súmula do TST não valerá mais.
Art. 477: extinção contratual: anotação na carteira de trabalho, comunicar a dispensa aos
órgãos competentes, pagar as verbas rescisórias: devem ser especificadas a natureza de cada
parcela; o pagamento pode ser feito por cheque; quando o empregado for analfabeto, deve
ser feito em dinheiro ou depósito. A regra para o pagamento das verbas rescisórias é de 10
dias corridos após a rescisão contratual; multa para o não cumprimento do prazo: multa do
§8º: equivalente ao salário do empregado. Não há mais necessidade de homologação no
sindicato da categoria do empregado.
Art. 477-A e B: demissão em massa: não precisa ter autorização do sindicato. Não precisa estar
previsto na convenção ou acordo coletivo.
PDV: incentivos de remuneração para as pessoas que estão desmotivadas pedirem demissão.
Podem ser individuais ou plúrimas. Esse plano precisa estar previsto na convenção ou acordo
coletivo da categoria.
Art. 482: justa causa, quando o empresário incorre em multa: perda da habilitação dos
requisitos estabelecidos em lei para exercer a profissão, por conduta dolosa do empregado. O
motorista poderá ser demitido por justa causa.
Art. 484-A: nova modalidade de extinção contratual: por meio de acordo entre empregado e
empregador: verbas trabalhistas:
Aviso prévio e indenização do FGTS: o empregado só vai receber a metade:
metade do aviso prévio indenizado; poderá ser movimento até 80% da conta vinculada do
FGTS; não tem direito de ingressar no programa de seguro desemprego. É conhecido como
distrato.
507-A: contrato em que a remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo do teto da
previdência: poderá ser utilizada a lei de arbitragem entre as partes para os direitos
trabalhistas, mas a iniciativa tem de ser do empregado.
507-B: se a remuneração for superior a duas vezes o limite máximo do teto da previdência:
poderá ser firmado termo de quitação, feito no sindicato, liberando o empregador das verbas
trabalhistas;
510-A ao 510-D: representação dos trabalhadores na empresa. As empresas que tiver mais de
200 empregados, formarão uma comissão para que tenham representantes; mandato de um
ano; essa pessoa entra no rol da estabilidade por analogia ao dirigente sindical, com
estabilidade provisória; a estabilidade é desde a candidatura, desde que eleito; somente
poderá ser demitido após um ano do término do mandato. A demissão é diferente da
demissão do dirigente sindical, não necessitando de inquérito para apuração de falta grave.
Art. 578, 582, 583, 587: falam da contribuição sindical: assunto polêmico da reforma, a
contribuição sindical deixou de ser compulsória.
Art. 611-A: a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
(CLT e Constituição). Mas não é sobre qualquer assunto. Pode ser sobre: jornada de trabalho,
banco de horas anual, intervalo intrajornada, representantes dos trabalhadores no local de
trabalho, adesão ao Programa de Seguro-Emprego (PSE), plano de cargos, teletrabalho,
remuneração por produtividade, etc.
Acordo: uma empresa ou várias empresas mais o sindicato dos trabalhadores; o acordo vale
somente entre as partes;
Convenção coletiva: sindicato dos dois lados; efeito erga omnes para toda a categoria.
Art. 620: conflito entre normas (acordo e convenção coletiva): as condições estabelecidas no
acordo sempre irá prevalecer (antes era a teoria do conglobamento (eram conjugadas as
normas, aproveitando o que cada uma tinha de melhor).
17/8/2018.
Q.2 – R: “d”. o banco de horas pode ser negociado. Art. 611-A, inc. II da CLT. Não podem ser
negociados: seguro desemprego, descanso semanal remunerado preferencialmente aos
domingos, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias (a
partir de um ano acrescenta-se sempre 3 dias, até o limite máximo de 90 dias) nos termos da
lei e a remuneração de horas extras, sendo sempre 50% no mínimo.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para
jornadas superiores a seis horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei
no 13.189, de 19 de novembro de 2015; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal
do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como
funções de confiança; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VI - regulamento empresarial; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
VII - representante dos trabalhadores no local de
trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho
intermitente; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo
empregado, e remuneração por desempenho
individual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
X - modalidade de registro de jornada de trabalho; (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
XI - troca do dia de feriado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XII - enquadramento do grau de insalubridade; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia
das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos
em programas de incentivo; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.
Q.3 – R: “d”. não é em qualquer hipótese. Art. 7º, inc. XXXIII da CF. Trabalho noturno e
insalubre é proibido para menores de 18 anos, mas não é proibido em qualquer hipótese o
trabalho de menores de dezesseis anos; negociação coletiva pode aumentar a quantidade de
horas de trabalho. Reconhecimento das convenções e de acordos: é obrigatória a participação
dos sindicatos nas negociações coletivas? De forma genérica, sim, mas se colocar que é
obrigatória a participação dos sindicatos dos empregadores, a afirmação não será verdadeira,
posto que não é obrigatória nos acordos coletivos. Já na convenção coletiva é obrigatória a
participação. Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador é assegurado.
Q.4. R: “e” – art. 2º, §1º da CLT. Observação: art. 2º e 3º da CLT. Existindo a relação de
emprego tem vínculo trabalhista. Relação de trabalho é gênero, e tem várias espécies
(trabalhador avulso, estagiário, trabalho voluntário, autônomo, eventual etc). toda relação de
emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de
emprego. Para se caracterizar relação de emprego tem de ter: pessoa física, pessoalidade, não
eventualidade (habitualidade, constância), subordinação (subordinação jurídica, dever de
respeito, subordinação hierárquica), onerosidade (característica mais importante do contrato,
que é o salário); alteridade: nem todo doutrinador considera esta: os riscos da atividade
econômica são exclusivas a cargo do empregado. O empregado só pode ser pessoa física
(natural) e não pessoa jurídica. Os serviços também não precisam ter exclusividade. O que não
pode é trabalhar mais de 44 horas semanais para o mesmo empregador. O risco da atividade
dá o poder de decisão ao empregador. Observação: art. 6º da CLT: não se distingue entre os
trabalhos realizados no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do
empregado, até mesmo o realizado à distância, desde que estejam caracterizados os requisitos
da relação de emprego. Observação: horas-extras não são devidas a quem trabalha em
teletrabalho – art. 62, inc. III da CLT. Os meios telemáticos se equiparam para fins de
subordinação jurídica – par. único do art. 6º da CLT.
Q.9: R “a”: conceito de contrato a termo ou por prazo determinado. É admitido que o contrato
de trabalho tácito, expresso, verbal, escrito ou indeterminado. Entre um contrato de prazo
determinado e outro tem de ter pelo menos 6 meses: art. 452 da CLT. Experiência máxima que
pode ser exigida: 6 meses – art. 442-A da CLT. O contrato de experiência não pode exceder de
90 dias (não são três meses!!!) – art. 445, par. único da CLT.
Súmula nº 29 do TST
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local
mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial
correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.
Q. 12: “e”. Não podem ser compensadas as horas de redução do aviso prévio pelo pagamento
de horas extras: S. 230 do TST. Observação: desídia é causa de justa causa: receberá saldo de
salário, férias vencidas se houver acrescidas de 1/3 constitucional, e não recebe aviso prévio.
Na despedida indireta é devido o aviso prévio: receberá tudo, tem direito a levantar o FGTS e à
indenização do FGTS; culpa recíproca: aviso prévio, décimo terceiro e férias proporcionais em
50 % - art. 487, §4 da CLT e S. 14 do TST. O pagamento relativo ao período do aviso prévio,
trabalhado e indenizado, está sujeito ao depósito do FGTS=> S. 305 do TST. Nem sempre será
reduzida as duas horas no aviso prévio, por exemplo, quando o empregado pedir demissão
(empregado que promoveu a demissão). Além disso, quem escolhe a redução será o
empregado.
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo
motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua
resolução com a antecedência mínima de:
I - 3 dias, se o empregado receber, diariamente, o seu salário;
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que
tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na
empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao
empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso,
garantida sempre a integração desse período no seu tempo de
serviço.
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao
empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao
prazo respectivo.
§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo,
para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a
média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.
§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida
indireta. (Parágrafo incluído pela Lei nº 7.108, de
5.7.1983)
Q.14.R: “c”. 30 horas semanais: regime parcial. No regime parcial pode-se fazer horas extras se
for até 26 horas semanais; não serão descontados e nem computados como jornada aquelas
que variem até 5 minutos de entrada e saída, no limite de até dez minutos diários – art. 58,
§1º da CLT. Intervalo interjornada: mínimo de 11 horas entre uma jornada de trabalho e outro.
Não excedendo 6 horas a jornada de trabalho, quando ultrapassarem 4 horas, o intervalo
mínimo será de 15 minutos. Poderá exceder no máximo 2 horas para fins pagamento de horas
suplementares.
(...)
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de
2012)
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído
pela Lei nº 12.740, de 2012)
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da
mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio
de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de
2012)
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de
trabalhador em motocicleta.
24/8/2018.
QUESTÃO 01
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado
na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para
trabalhar como programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande. No contrato
de trabalho as partes convencionaram como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após
dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba
rescisória, retornando para Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o
trabalhador resolveu ajuizar reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme
a regra de competência territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara
do Trabalho de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.
R.”d”: fundamento: caput do art. 651 da CLT. Não cabe foro de eleição. Competência na justiça
do trabalho: art. 651 da CLT (competência territorial – “ratione – loci”). Competência material:
art. 114, da CF. Regra: local da prestação dos serviços. Mas existem exceções no art. 651 da
CLT: trabalhador que trabalha no estrangeiro, viajante, etc.
Art. 114 da CF. EC nº 45/2004: ampliou a competência da justiça do trabalho. A justiça do
trabalho julgava apenas as relações de emprego, mas com a emenda, houve reforma do Poder
Judiciário, ampliando a competência da justiça do trabalho: passou a julgar relação de trabalho
(autônomo, intermitente, avulso, temporário, e relação de emprego). O art. 114 traz outras
competências: disputa de base territorial por sindicatos, ação em face do empregador que não
fez a inscrição do PIS, etc. Previdência social é de competência da justiça federal
(aposentadorias, pensões, etc).
QUESTÃO 02
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram regras
sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a compõem. Em
observância a tais normas,
a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para
anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por
inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.
b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, interpretou
ser da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas entre o Poder Público e
seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.
c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria simples do Senado Federal.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados
exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização por
dano moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda Constitucional n°
45/2004, visto que o texto original da Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça
Especializada.
QUESTÃO 03
A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estrutura da Justiça do
Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento,
a) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, que
comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos próprios Regionais,
alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional.
b) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
c) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal,
e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas,
atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais próxima.
d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado
envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão julgados e processados na
Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos de natureza constitucional.
e) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, que serão
recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
R.: “b”.
“a”: quem escolhe é o presidente da República. O Senado Federal faz a sabatina. Art. 111-A e
seguintes, até o 116.
“b”: certo: §1º do art. 115 da CF: instalação da justiça itinerante (que vai até à população) pelo
TST, com a realização de audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
“c”: art. 112 da CF: a lei criará varas do trabalho nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
“d: no que diz respeito à relação de trabalho e relação de emprego, a competência será da
justiça do trabalho: MS, habeas corpus, habeas data, etc: são admitidos na justiça do trabalho,
com competência do TRT. Art. 114, IV da CF.
“e”: os TRTs são compostos por 7 e não 9 – art. 107 da CF.
QUESTÃO 04
O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, compreendendo em sua estrutura o Ministério
Público do Trabalho. Sobre a organização desse último, é correto afirmar que
a) os Procuradores Regionais do Trabalho poderão atuar tanto nos Tribunais Regionais do
Trabalho quanto nas Varas do Trabalho, de forma residual.
b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador-Geral da República indicado em
lista tríplice pelos seus pares e nomeado pelo Congresso Nacional.
c) dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do
Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a
Corregedoria do Ministério Público do Trabalho.
d) os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal
Regional do Trabalho da 10ª Região – Distrito Federal, com sede em Brasília.
e) o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho será composto pelo Procurador-Geral
do Trabalho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, quatro Subprocuradores-Gerais do
Trabalho e quatro procuradores regionais do trabalho, todos eleitos pelos seus pares.
R.: “c”.
“a”: os procuradores já começam a atuar nos TRT’s. Lei Complementar 75/93 – organização do
Ministério Público – art. 82 até 85.
“b”: o chefe do Ministério Público do Trabalho: procurador-geral do Trabalho.
“c”: certo: art. 85 da LC 75/93.
“d”: os subprocuradores-gerais do Trabalho atuam em todos os TRTs.
“e”: art. 85, inc. III, da LC/93: composição errada.
QUESTÃO 05
Os atos processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e dependem
de manifestações dos sujeitos do processo. Termo, por sua vez, é a reprodução gráfica do ato
processual. Quanto aos prazos, diz-se necessário que os atos processuais caminhem para
frente, observando determinadas regras quanto ao tempo. No que diz respeito aos atos, termos
e prazos processuais a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece:
a) Os atos processuais sempre serão públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20
horas.
b) A penhora poderá realizar-se em domingo, mas não em dia feriado, mediante autorização
expressa do juiz ou presidente.
c) Os prazos que vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminarão no primeiro dia
seguinte, independentemente de ser dia útil ou não.
d) Os prazos contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento, e
são contínuos e irreleváveis, não podendo, em nenhuma hipótese, ser prorrogados pelo juiz ou
tribunal.
e) Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou na
hipótese de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do
servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 horas, ao Tribunal de origem.
R.: “e”.
Reforma trabalhista modificou os prazos, contando-os somente em dias úteis. Não confundir
horário de funcionamento com o horário para realização das audiências e dos atos praticados.
“a”: errado: nem sempre os atos serão públicos, posto que a lei e o interesse social poderão
prescrever diferente. Art. 770 da CLT.
“b”: errado. Poderá se realizar aos domingos e feriados, mediante expressa autorização do juiz
competente, par. único do art. 770 da CLT
“c”: errado. os prazos que vencerem sábado, domingo e feriado terminarão no primeiro dia útil
seguinte;
“d”: errado. Os prazos são contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo mas inclui
o dia do vencimento. Podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário e situações
de força maior. O juiz pode ordenar também a ordem das produções de prova. art. 775, §1º,
inc. I da CLT.
“e”: certa. Par. único do art. 774 da CLT: Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser
encontrado o destinatário ou na hipótese de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado,
sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 horas, ao Tribunal de
origem. Se o correio não devolver, presume-se que a pessoa foi notificada.
QUESTÃO 06
No tocante às custas processuais, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que
a) o pagamento das custas, sempre que houver acordo, caberá à Reclamada, pois deu causa
ao processo.
b) as custas serão, em qualquer caso, pagas pelo vencido, antes do trânsito em julgado da
decisão.
c) no processo de execução são devidas custas, de responsabilidade do executado ou do
exequente, conforme o caso, sendo pagas após a liquidação de sentença.
d) não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas
processuais.
e) apenas nos dissídios individuais, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão à base de 1%, sem observância de importância mínima.
R.: “d”.
“a”: errado. se houve acordo, o pagamento será dividido em partes iguais aos litigantes: art.
789, §3º da CLT.
“b”: errado. Art. 789, §1º da CLT: serão recolhidas pela parte vencida, que se recorrer, deverá
ser recolhida no prazo normalmente de 8 dias e se não recolher fará após o trânsito em
julgado, por meio da guia GRU.
“c”: responsabilidade do executado e serão pagas ao final: art. 789, “a” da CLT.
“d”: certo. Art. 789, §2º da CLT: não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e
fixará o montante das custas processuais.
“e”: errado. Tanto nos dissídios individuais ou coletivos de trabalho, qualquer ação e
procedimento da justiça do trabalho, as custas relacionadas ao processo de conhecimento
incidirão na base de 2%, com observação de um mínimo (R$ 10,64) e de um teto (4x o teto do
regime de previdência social) – art. 789 da CLT.
QUESTÃO 07
Considerando a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho em relação aos
prazos no processo do trabalho, é correto afirmar que
a) à parte, quando da interposição do recurso, incumbe o ônus de provar, mediante prova
documental, a existência de feriados forenses que autorizem a prorrogação do prazo recursal.
b) tendo sido a parte intimada na sexta-feira, a contagem do prazo inicia-se na segunda-feira
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que o início do prazo se dará no
dia útil que se seguir.
c) tendo sido a parte intimada no sábado, a contagem do prazo inicia-se na segunda-feira
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que o início do prazo se dará no
dia útil que se seguir.
d) os mesmos são interrompidos durante o recesso forense e as férias coletivas dos Ministros
do Tribunal Superior do Trabalho.
e) incumbe à parte o ônus da prova do não recebimento ou da entrega da notificação em prazo
superior a 24 horas após a sua postagem.
R.: “b”
“a”: errado. Só na hipótese de feriados locais (feriados forenses não). S. 385 do TST.
“b”: certo. Intimação na sexta começa a correr o prazo na segunda feira, salvo se não houver
expediente, caso que flui no dia útil a seguir. S. 1 do TST;
“c”: errado. intimada ou notificada a parte no sábado, será no primeiro dia útil subsequente à
contagem do prazo – terça-feira: S. 262 do TST.
“d”: errado. Os prazos não são interrompidos e sim suspensos. S. 262 do TST. Observação: o
início do prazo (que é o dia em que foi notificado) é diferente do início da contagem.
“e”: errado. O prazo é de 48 horas: S. 16 do TST.
QUESTÃO 08
Quanto às partes e procuradores que figuram no Processo do Trabalho, a Consolidação das
Leis do Trabalho estabelece:
a) A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada.
b) Nos dissídios coletivos, é obrigatória aos interessados a assistência por advogado.
c) No processo do trabalho não é admitida a acumulação de várias reclamações em um
mesmo processo, ainda que haja identidade de matéria e se tratem de empregados da mesma
empresa ou estabelecimento.
d) Os empregadores não poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e
acompanhar as suas reclamações até o final.
e) A reclamação trabalhista do menor de 21 anos será feita por seus representantes legais e,
na falta destes, apenas pelo sindicato ou curador nomeado em juízo.
R.: “a”.
“a”: certo. Art. 791, §3º da CLT. Mandato tácito.
“b”: errado: Art. 791, §2º: no dissídio coletivo o advogado é facultativo. Antes o jus postulandi
somente podia acontecer nos dissídios individuais.
“c”: errado: ações plúrimas – podem sim. Art. 842 da CLT. Sendo várias reclamações e
havendo identidade de matéria e mesma empresa.
“d”: errado: os empregadores podem reclamar pessoalmente, desacompanhado de advogados.
Cuidado com a S. 425 do TST (limita o art 791 da CLT). Não é até o final, limita-se às varas do
trabalho e aos TRTs. Em algumas ações também se exige a presença do advogado.
“e”: a reclamação do menor será feita pelos seus representantes legais, ou pelo sindicato,
ministério público estadual ou curador nomeado em juízo, art. 793 da CLT.
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado
em juízo.
QUESTÃO 09
Analisando o normativo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho quanto à nomeação de
advogado com poderes para o foro em geral na Justiça do Trabalho,
a) dá-se pela juntada prévia de instrumento de procuração, com firma devidamente
reconhecida.
b) a nomeação poderá ser efetivada mediante simples registro em ata de audiência, a
requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
c) apenas o trabalhador poderá reclamar sem a presença de advogado, uma vez que o
princípio do jus postulandi somente se aplica à parte hipossuficiente.
d) o advogado pode atuar sem que lhe sejam exigidos poderes outorgados pela parte, em
razão da previsão legal do jus postulandi.
e) nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência por advogado constituído
necessariamente por instrumento de mandato, com firma devidamente reconhecida.
R.: “b”.
“a”: errada. Art. 104 do CPC. O advogado pode praticar atos urgentes sem procuração. Não é
necessário autenticar as cópias que o advogado junta ao processo: S. 383 do TST.
“b”: certo. Art. 791, §3º da CLT. Mandato tácito.
“c”: errado. empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente na justiça do
trabalho (até o TRT). O princípio do jus postulandi se aplica também a quem não é
hipossuficiente;
“d”: errado. Não está relacionado com o jus postulandi. O conceito apresentado no item está
relacionado com a possibilidade de se caminhar no processo sem advogado. Art. 104 do CPC
e S. 382 do TST.
“e”. errado. Art. 791, § 2º da CLT: nos dissídios coletivos o advogado é facultativo.
QUESTÃO 10
Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência dominante do TST, analise as seguintes
afirmações e marque a alternativa correta:
I. A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas,
quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão
dispensadas da juntada de instrumento de mandato. Por outro lado, é essencial que o
signatário, ao menos, declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação
do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
II. Na Justiça do Trabalho, a exibição dos estatutos da empresa em juízo é condição de
validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, nos termos do art. 12, VI,
do CPC de 1973, independente de impugnação da parte contrária.
III. O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora
proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória.
Porém, nessa hipótese é obrigatória a citação de todos os empregados substituídos, por se
tratar de litisconsórcio passivo necessário.
IV. No Processo do Trabalho são válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que
não haja no mandato poderes expressos para substabelecer.
V. A ausência da data da outorga de poderes no mandato judicial juntado aos autos constitui
irregularidade de representação, que implica na desconsideração de todos os atos praticados
pelo causídico.
a) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão erradas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
R.: “a”.
I: certo. O servidor já está investido no cargo de procurador. S. 436 do TST.
II: errado. OJ 255 da SDI-I do TST: art. 12 CPC/73 não obriga a exibição do estatuto da
empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu
procurador, nos termos do art. 12, VI, do CPC de 1973, salvo se houver impugnação da parte
contrária.
III: errado. Se o sindicato é o substituto processual, não precisa citar todos os empregados. S.
406, inc. II do TST. É descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos.
IV: certo. S. 395, inc. III do TST: são válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que
não haja no mandato poderes expressos para substabelecer.
V: errado. OJ 371 da SDI-I: A ausência da data da outorga de poderes no mandato judicial
juntado aos autos não caracteriza irregularidade de representação. Conta-se para a
regularidade dos autos da data da juntada nos autos.
QUESTÃO 11
Em relação às audiências no Processo do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho
estabelece:
a) Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de
10 minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de
conciliação e, não se realizando esta, será proferida a decisão.
b) Se, até 30 minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. c)
O juiz do trabalho deve manter a ordem nas audiências, mas não poderá mandar retirar do
recinto os assistentes que a perturbarem, pois a sala de audiência é local público.
d) A audiência de julgamento será contínua, não se admitindo, em nenhum caso, concluí-la em
outro dia.
e) As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão apenas na
sede do Juízo, em dias úteis previamente fixados, entre 8 e 17 horas, não podendo ultrapassar
5 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
Resposta: “a”. art. 850 da CLT. Razões finais (alegações finais), com prazo não excedente de
10 minutos, mas na prática leva-se por escrito, logo em seguida renova-se a conciliação e se
não acontecer, a decisão será proferida.
B: Art. 815, par. único da CLT: 15 minutos para o juiz (esse prazo não vale para as partes e
nem para o advogado). OJ 245 SBD-I: o atraso é só para o juiz.
C: Art. 816 da CLT: o juiz pode retirar.
D: se não for possível, o juiz poderá marcar para outra data a sua continuidade, nos termos do
art. 849 da CLT.
E: serão públicas e realizadas na sede do juízo, mas não será somente assim, posto que existe
a justiça itinerante. Horário das audiências: de 08h00 às 18h00 (Art. 813 da CLT). Não pode
confundir o horário de audiência com o horário possível da prática de atos processuais na
justiça do trabalho (art. 770 da CLT).
QUESTÃO 12
Com relação ao procedimento sumaríssimo, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece
que
a) os dissídios individuais, cujo valor não exceda a 60 vezes o salário mínimo vigente na data
do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
b) o juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas,
considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar
excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às
regras de experiência comum ou técnica.
c) estão incluídas no procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração
pública direta, autárquica e fundacional.
d) sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á a parte contrária em
até 5 dias, a critério do juiz.
e) em nenhuma hipótese admitir-se-á a realização de prova técnica, incumbindo ao juiz,
quando sua realização for necessária, converter o rito para o procedimento ordinário.
R: “B”: art. 852 “d” da CLT: princípio do inquisitivo na justiça do trabalho: liberdade para dirigir
a audiência.
A: falsa: art. 852, “a” da CLT. Se o processo tiver envolvendo administração pública direta,
autárquica ou fundacional, mesmo que não ultrapasse os 40 salários mínimos, o procedimento
será o ordinário.
C: não pode: art. 852 “a” par. Único da CLT
D: art. 852, “h” da CLT: deverá haver manifestação imediata da parte contrária.
E: art. 852, “h”, §4º: no procedimento sumaríssimo, somente quando a prova do fato o exigir, ou
for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o
prazo, o objeto da perícia e nomear perito. Dessa forma, existe a possibilidade.
QUESTÃO 13
A respeito das provas no procedimento sumaríssimo,
a) ainda que não requeridas previamente, todas provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento.
b) a necessidade de produção de prova pericial na reclamatória trabalhista impede o seu
processamento por este rito.
c) sobre documentos apresentados por uma das partes, a parte contrária manifestarse-á no
prazo de 24 horas.
d) as testemunhas devem comparecer à audiência independentemente de intimação, sob pena
de perda da prova.
e) cada parte poderá ouvir, no máximo, três testemunhas.
R: “A”: todas as provas, inclusive as testemunhais, serão produzidas na audiência de
instrução.
B: quando o fato exigir ou for legalmente permitido, será deferida a prova técnica. art. 852, “h”,
§4º
C: a manifestação é imediata: art. 852 h, §1º da CLT.
D: Art. 852 h, §2º da CLT: não se fala em perder prova.
E: art. 852, h, §2º da CLT: duas.
QUESTÃO 14
No tocante à liquidação de sentença, em regra, de acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho, é certo que
a) a liquidação não abrangerá o cálculo das contribuições previdenciárias devidas, que deverá
ser executada de forma independente em razão da natureza do crédito.
b) elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz deverá abrir às partes prazo comum de 10 dias
para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância,
sob pena de preclusão.
c) na liquidação, pode-se modificar a sentença liquidanda bem como discutir matéria pertinente
à causa principal.
d) tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz deverá nomear perito para a
elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com
observância, entre outros, do teto de três salários mínimos regionais.
e) elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz
procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de
preclusão.
R: “E”: certo. § 3º do art. 879 da CLT. Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares
da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de
10 (dez) dias, sob pena de preclusão.
A: errado. As contribuições previdenciárias fazem parte da liquidação da sentença. Tipos de
liquidação. Arbitramento, Artigo ou por Cálculos. A mais comum na justiça do trabalho é por
cálculos: abre-se prazo para a reclamante e reclamada se pronunciarem. Art. 879, “a” da CLT.
A prescrição não atinge as contas previdenciárias.
B: errado. Depois da reforma, o prazo de 10 mudou para 8 dias. §2º do art. 879 da
CLT. Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum
de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores
objeto da discordância, sob pena de preclusão.
C: §1º do art. 879 da CLT: não pode modificar a sentença liquidanda, só quanto aos cálculos;
D: critérios dos valores que são apurados pela razoabilidade e proporcionalidade: §6º do art.
789 da CLT.
QUESTÃO 15
Alguns procedimentos e ações especiais são amplamente aplicados na Justiça do Trabalho.
Sobre a ação rescisória e o mandado de segurança no processo do trabalho à luz das súmulas
do Tribunal Superior do Trabalho:
a) A ação rescisória tem como um de seus fundamentos a violação literal de disposição de lei,
razão pela qual não é necessário que haja a expressa indicação, na petição inicial da ação
rescisória, do dispositivo legal violado.
b) Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente começa
a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir do momento
em que tem ciência da fraude.
c) A sentença normativa proferida ou transitada em julgado posteriormente à sentença
rescindenda é considerado documento novo apto a viabilizar a desconstituição de julgado em
ação rescisória.
d) O prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo
de petição fere direito líquido e certo passível de ajuizamento de mandado de segurança, uma
vez que o agravo de petição deve delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de
discordância.
e) O jus postulandi conferido às partes pela Consolidação das Leis do Trabalho limita-se às
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, alcançando inclusive a ação
rescisória e o mandado de segurança.
Obs: Ação rescisória: procedimento especial, que visa desconstituir a coisa julgada. MS: direito
líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data.
R: “B”: certo. S. 100, inc. VI do TST: Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial
da ação rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no
processo principal, a partir do momento em que tem ciência da fraude. (ex-OJ nº 122 da SBDI-
2 - DJ 11.08.2003).
QUESTÃO 17
Em relação à liquidação da sentença e à execução no Processo do Trabalho, a Consolidação
das Leis do Trabalho estabelece:
a) Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir
matéria pertinente à causa principal.
b) Somente as decisões passadas em julgado e os acordos, quando não cumpridos, poderão
ser executados na Justiça do Trabalho.
c) Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz
procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 8 dias, sob pena de preclusão.
d) Requerida a execução, o juiz ou Presidente do Tribunal mandará expedir mandado de
citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo, ou, quando se tratar de
pagamento em dinheiro, exceto de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em
72 horas ou garanta a execução.
e) Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora dos bens,
tantos quantos bastem ao pagamento da condenação, sem os acréscimos de custas e juros de
mora.
QUESTÃO 18
No tocante à liquidação de sentença, em regra, de acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho, é certo que
a) a liquidação não abrangerá o cálculo das contribuições previdenciárias devidas, que deverá
ser executada de forma independente em razão da natureza do crédito.
b) elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz deverá abrir às partes prazo comum de 10 dias
para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância,
sob pena de preclusão.
c) na liquidação, pode-se modificar a sentença liquidanda bem como discutir matéria pertinente
à causa principal.
d) tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz deverá nomear perito para a
elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com
observância, entre outros, do teto de três salários mínimos regionais.
e) elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz
procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de
preclusão.
QUESTÃO 19
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante ao Recurso Ordinário,
considere:
I. Nas reclamações trabalhistas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário terá
parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este
entender necessário o parecer, com registro na certidão.
II. Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, não poderão designar Turma para o
julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas
sujeitas ao procedimento sumaríssimo, devendo o julgamento ocorrer simultâneo com os
demais Recursos.
III. Terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente
do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente.
IV. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento,
registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I, II e IV. c) III e IV. d) I e II. e) I, III e IV.
QUESTÃO 20
Na audiência, após o depoimento pessoal das partes, a oitiva das testemunhas e o
encerramento da instrução processual, o Juiz, na mesma oportunidade, proferiu sentença,
julgando procedente em parte a reclamação. As partes saíram intimadas. Sabendo-se que a
audiência ocorreu no dia 01/11, uma 5ª feira e que dia 02/11 é feriado, bem como que o prazo
para interposição de recurso ordinário é de oito dias, é correto afirmar que a data final para
interposição da medida processual é
a) 16 de novembro.
b) 15 de novembro.
c) 12 de novembro.
d) 13 de novembro.
e) 14 de novembro.
14/9/2018
Procedimentos:
Sumaríssimo: até 40 salários. 852 – A CLT
Sumário: até dois salários.
Ordinário: