Opinião do Grupo
Como foi visto acima, onde o Código Civil de 2002 adota a teoria da
Posse como a Objetiva, e isso vem acontecendo desde o Código Anterior de
1916, o grupo acha que essa teoria ficou um pouco retrógrada, onde não
requer nem a intenção de dono e nem o poder físico sobre o bem,
materializando-se como uma relação entre a pessoa e a coisa.
PROPRIEDADE
1- Conceito
Gozar ou fruir
Reaver ou buscar
Usar ou utilizar
Dispor ou alienar
2 – Classificações
3 – Restrições à propriedade
- Impenhorabilidade, incomunicabilidade;
- Lei do inquilinato nº 8245/91;
- Estatuto da Terra (L. 4.504/64) e da cidade (L. 10.257/91);
- Incorporação imobiliária, L. 4.591/64.
Voluntárias – as estabelecidas pelo proprietário, sem abrir mão
do seu direito, ou transferência a outrem, Ex: Hipoteca, doação,
testamento.
4 - AQUISIÇÂO DA PROPRIEDADE
Será originária quando a coisa for adquirida pela primeira vez, sem
que tenha havido nenhum outro proprietário anterior.
*Sucessão hereditária.
Formas originárias
O código civil atual trata da matéria no art. 1.251, caput, quando por
força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar
a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o
dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver
reclamado. Em sentido muito próximo, o art. 19 do Código de águas prevê que
se verifica a avulsão quando a força súbita da corrente de água arrancar uma
parte considerável de um prédio, levando-a para um outro prédio.
Requisitos genéricos
Do dispositivo legal, temos que, com relação á posse, não basta o simples
exercício prolongado pelo prazo de 10 anos, sendo necessária a continuidade
no exercício, e que este tenha de dado de forma mansa e pacífica.
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO
Está prevista no art. 1.238 e é conferido aquele que, por 15 anos, sem
interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, independentemente
de título e boa –fé.
Dispõe o caput do art. 191 da CF que” Aquele que, não sendo proprietário de
imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 5 anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade”. A regra foi reproduzida, na literalidade,
pelo art. 1.239 do CC de 2002. O instituto da usucapião constitucional ou
especial rural ( pro labore) também está regulamentado pela Lei 6.969/81,
principalmente quanto ás questões processuais, que merecerão estudo
aprofundado em seção própria.
Quanto aos requisitos dessa usucapião especial rural ou pro labore, podem ser
apontadas as seguintes:
d) Aquele que pretende adquirir por usucapião não pode ser proprietário
de outro imóvel, seja ele rural ou urbano.
OBS: Não há qualquer previsão quanto ao justo título e á boa-fé, pois tais
elementos se presumem de forma absoluta ( presunção iure et de iure) pela
destinação que foi dada ao imóvel, atendendo á sua função social.
Além desses requisitos gerais, cumpre destacar que o art.3° da Lei 6.969/81
proíbe que a usucapião especial rural ocorra nas seguintes áreas:
- Áreas indispensáveis á segurança nacional
Está prevista no art.183 caput da CF, pelo qual: ” Aquele que possuir como sua
área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando –a para a sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural”. A norma está reproduzida no art.1.240 do CC e no
caput do art. 9° da Lei 10.257/2001 ( Estatuto da Cidade).
d)Aquele que adquire o bem não pode ser proprietário de outro imóvel,
rural ou urbano; não podendo a usucapião especial urbana ser deferida
mais de uma vez.
OBS: Cumpre salientar que não há menção quanto ao justo título e á boa-
fé pela presunção absoluta ou iure et de iure de suas presenças
e) Aquele que adquire não pode ser proprietário de outro imóvel, rural ou
urbano.
OBS: Como já ficou claro, seja o índio integrado ou não, poderá ele adquirir
área por meio da usucapião especial, o que visa proteger a sua condição de
silvícola.
REGISTRO DO TÍTULO
- Princípios Pertinentes
– Atos registrários
OBS: Vale dizer que todas as regras transcritas são aplicadas para
os casos em que o tesouro é encontrado em propriedade privada. Se for
encontrado em terreno público, por óbvio, será do Estado.