Física quântica é um ramo teórico da ciência que estuda todos os fenômenos que acontecem
com as partículas atômicas e subatômicas, ou seja, que são iguais ou menores que os átomos,
como os elétrons, os prótons, as moléculas e os fótons, por exemplo.
Todas essas micropartículas não podem ser estudadas sob a ótica da física clássica, pois não
são influenciadas pelas leis que a compõe, como a gravidade, a lei da inércia, ação e reação e
etc.
Ao contrário da física clássica, a física quântica é classificada como “não intuitiva”, isso
significa que, neste ramo de estudo, determinadas coisas são verdadeiras mesmo quando
aparentam não ser. Aliás, por ser considerada não intuitiva, a física quântica ficou conhecida
como uma “falsa teoria”.
Também conhecida por mecânica quântica, essa teoria revolucionária da física moderna
surgiu durante os primeiros anos do século XX, sendo o físico Max Planck (1858 – 1947) um
dos pioneiros a desenvolver os seus princípios básicos, e que contrariam grande parte das leis
fundamentais da física clássica. Planck foi o responsável, por exemplo, pela criação da
“constante de Planck” (E = h.v).
No entanto, foi Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, que batizou a equação de
Planck de quantum (palavra latina que significa “quantidade”) pela primeira vez. Quântico é
uma referência ao evento físico da quantização, que consiste na alteração instantânea dos
elétrons que contém um nível mínimo de energia para um superior, caso sejam aquecidos.
Mesmo que a teoria da física quântica esteja focada nos fenômenos microscópicos, estes são
refletidos em todos os aspectos macroscópicos, uma vez que todas as coisas no universo são
feitas a partir de moléculas, átomos e demais partículas subatômicas.
A partir de então, a física quântica se tornou a teoria base de vários outros ramos da física e da
química, como a física atômica, física nuclear, física molecular, química quântica, física de
partículas e etc. Aliás, os princípios da física quântica também são aplicados em vários setores
do conhecimento humano, revolucionando não apenas as Ciências Exatas, mas
também correntes filosóficas.
A principal ligação entre a física quântica e os conceitos filosóficos e espirituais, de acordo com
os defensores desta relação, está na condição de casualidade e incerteza desta teoria, que diz
ser possível a existência de duas situações diferentes e simultâneas para determinado corpo
subatômico.
Esse princípio foi observado na física quântica a partir da chamada "dualidade onda-
partícula", ou seja, quando uma partícula se comporta ora como partícula e ora como uma
onda, afirmação esta totalmente anormal perante a física clássica.
Partindo desta ideia, por exemplo, surgem diversas hipóteses teóricas de estudo, como
a “teoria dos vários mundos”, que diz ser possível a existência de diversas realidades
alternativas para cada indivíduo.
Essa relação é polêmica, pois consiste no debate entre dois núcleos distintos, sendo um
formado pelos que defendem a veracidade da influência quântica no plano espiritual, e outro
que nega totalmente o uso da mecânica quântica como modo de explicar a espiritualidade.
Para os que defendem a existência de uma relação entre a física quântica e o espiritual, a força
do pensamento humano poderia exercer um grande poder sobre a realidade individual de
cada pessoa, sendo ela, com as corretas indicações, capaz de alterar o mundo ao seu redor.
Em suma, a mente humana teria uma capacidade profunda de influenciar na disposição das
micropartículas atômicas ao redor das pessoas, do modo como elas se comportam e como elas
constroem a realidade de cada indivíduo. Para os estudiosos que acreditam nesta ideia, as
intenções das pessoas influenciariam a construção da realidade.