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UNIDADE 1

ASPECTOS

GERAIS DOS PROJETOS DE PONTES

1.1 - DEFINIÇÕES

As pontes são estruturas em obra de arte destinadas a vencer


obstáculos naturais como cursos d'água, vales profundos, baías ou
obstáculos criados pelo homem como, por exemplo, um centro urbano ou
uma via expressa.

De um modo geral, quando o obstáculo é um centro urbano ou uma via


expressa, a ponte recebe o nome de viaduto ou elevado.

1.2 - ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES

Basicamente, uma ponte ou um viaduto é constituída de uma


superestrutura, mesoestrutura e infra-estrutura.

A superestrutura corresponde a parte da obra que recebe diretamente


as cargas do tráfego. Se compõe da laje, das vigas principais, das
transversinas, cortinas, dentes, consoles, chanfros, etc ...
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A mesoestrutura se compõe dos aparelhos de apoios, pilares e


vigas de contraventamento desses pilares. Os aparelhos de apoio se
encarregam de receber as cargas de peso próprio e de tráfego provenientes
do tabuleiro e transmitir para o topo dos pilares. Estes, por sua vez, se
encarregam de transmiti-las para as fundações.

A infra-estrutura se compõe das fundações que podem ser em


sapatas, blocos, estaqueamentos, caixões, etc. Transmitem todas as cargas
ao terreno.

Figura 1.1 – Partes integrantes de uma ponte.

Há obras complementares, elementos accessórios, que não se


enquadram na classificação anterior, mas que contribuem para integrar a
ponte como um todo. Entre eles podem ser citados:

a) Encontros - Tem por função receber os empuxos dos aterros de


acesso e impedir que transmitam aos outros pilares da ponte.

São muito utilizados quando há o perigo de destruição da saia do


aterro em virtude da erosão provocada pelas cheias.
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Figura 1.2 – Encontro na extremidade da ponte.

b) Placas de transição - Tem por função acompanhar o assentamento do


terreno quando este for muito recalcável. A declividade da placa não pode
ultrapassar a 1:200.

Uma extremidade da placa se apóia num console curto linear ao longo


da transversina extrema e a outra extremidade se apóia em uma sapata
corrida inserida no terrapleno.

Figura 1.3- Placa de transição na extremidade da ponte.


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c)Dolphins - São verdadeiras cortinas de estacas-prancha ou equivalente


destinadas a dar proteção aos pilares quanto aos choques de embarcações.

Figura 1.4 – Presença dos dolphins para proteção das fundações.


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1.3 - ELEMENTOS QUE COMPÕEM A SUPERESTRUTURA

Os principais elementos que compõem a superestrutura de uma ponte


cuja seção transversal é em forma de caixão celular são as vigas principais,
as lajes superior e inferior, os guarda-rodas, os guarda-corpos, a
pavimentação, as transversinas extremas e de apoio.

Figura 1.5 – Seção transversal da superestrutura em caixão celular.

Figura 1.6 – Corte longitudinal da superestrutura em caixão celular.


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Este esquema é empregado quando há restrições na altura da


construção ou estética da obra.

Quando a seção transversal à da forma de duas vigas principais sem a


laje inferior, a rigidez à torção do conjunto é menor. Faz-se necessária a
introdução de transversinas intermediárias para ajuda no combate de tal
efeito. É uma seção transversal aplicável quando não há restrição à altura de
construção ou a estética da obra.

Figura 1.7- Seção transversal da superestrutura em duas vigas principais.

Figura 1.8 – Corte longitudinal da superestrutura em duas vigas principais.


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1.4 - SEÇOES TRANSVERSAIS USUAIS

1.4.1 - Seção transversal com vigas principais em concreto


protendido

As vigas principais são pré-fabricadas em canteiro de serviço e


assentadas sobre os pilares. As transversinas e a laje superior podem ser
moldadas no local.

Figura 1.9 – Vigas principais em concreto protendido.

Modernamente, empregam-se lajes pré-fabricadas neste tipo de seção


transversal.
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1.4.2 - Caixão de células múltiplas com almas verticais e inclinadas sem


a laje em balanço

Este esquema de seção transversal possui uma imensa rigidez à


torção e pode ser adotado quando for exigida uma imposição de natureza
estática sendo excelente para centros urbanos.

Figura 1.10 – Superestrutura em células múltiplas.

1.4.3 - Tabuleiro de vigas múltiplas

Este esquema é adotado em obras que exigem um maior número de


faixas de tráfego e, consequentemente, maior largura do tabuleiro. As vigas
principais podem ser em concreto armado ou protendido.
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Figura 1.11 – Vigas múltiplas compondo a superestrutura.

1.4.4 - Seção transversal em caixão celular com bielas comprimidas

As bielas em estruturas metálicas dispostas de forma discretizada


trabalham à compressão e permitem uma maior largura da seção
transversal, possibilitando maior número de faixas de tráfego.

Figura 1.12 – Caixão celular composto de bielas comprimidas espaçadas.


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1.4.5 - Viaduto de vigas principais invertidas

Este esquema é próprio para vias elevadas em centros urbanos e


possui um tratamento acústico com materiais que absorvem o som. A
estética desfavorável pode ser compensada com um revestimento externo
das vigas.

Figura 1.13 – Superestrutura em vigas principais invertidas.

1.4.6 - Seção transversal usual para ferrovias

Há a necessidade de se conter a brita lastro através de um guarda


corpo rígido e contínuo.

Figura 1.14 – Superestrutura com duas vigas principais.


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Neste esquema de seção transversal podem ser adotados passeios


em ambos os lados acompanhados de guarda-corpos ou então passagem
de serviço em ambos os lados.

1.4.7 - Caixões celulares ligados pelas lajes em balanço

É um sistema de grande rigidez empregado para grande número de


faixas de tráfego.

Figura 1.15 – Caixões celulares ligados pelas lajes em balanço.

1.4.8 - Pontes em laje

As pontes em laje apresentam a seção transversal desprovida de


qualquer vigamento e podem ter um esquema estrutural simplesmente
apoiado ou contínuo.

Figura 1.16 – Ponte em laje.


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Quando a laje é simplesmente apoiada, em concreto armado, o vão


pode se situar na faixa de 12 m. Em se tratando de um esquema estrutural
contínuo, o vão pode se situar no limite de 20m.

Figura 1.17 – Ponte em laje.

O sistema estrutural com seção transversal em laje apresenta


algumas vantagens como a pequena altura de construção ( H = L/20 ), a boa
resistência à torção, a supressão de estribos e a simplicidade e rapidez de
execução.

É próprio para pequenas cargas e também é dotado de boa natureza


estética. O único inconveniente é o cálculo estrutural de lajes contínuas
que, embora contornado por hipóteses simplificadoras, elas podem
apresentar deformações não previstas no projeto.

Quando o peso próprio se torna muito excessivo, comum se adotar a


solução de seção transversal em laje alveolada, executada normalmente
com formas tubulares. Pode ser executada também com formas que
formam verdadeiras células dentro da seção transversal conforme indicado
na Figura 1.18.
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Figura 1.18 – Ponte em laje alveolada.

1.4.9 - Duas seções em caixões individuais ligados pelas lajes em


balanço e transversina de apoio

Neste esquema aparece uma transversina de apoio que liga as duas


seções em caixão e proporciona um maior enrijecimento do conjunto.

Figura 1.19 – Caixões celulares ligados pelas lajes em balanço.

Os pilares únicos para cada caixão são soluções ótimas para centros
urbanos.
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1.4.10 - Alguns valores referenciais para limitação de dimensões de


caixões celulares

A esbeltez de um caixão celular é definida pela relação entre o


comprimento L e a altura da seção transversal. O comprimento L é a
distancia entre os pontos de momentos nulos para carga permanente.

λ=L/H (1.1)

Uma seção em caixão celular deve possuir a relação de esbeltez


limitada a 40 (limite superior).

A espessura das paredes da alma sem os cabos de protensão deve


estar limitada a 250 mm inferiormente.

Quando se levam em conta os cabos de protensão, este limite é


definido por 200 mm mais o somatório das bainhas em mm.

A espessura mínima da laje inferior do caixão sem mísulas é de 150


mm ou L/30.

Quando a esbeltez do caixão celular está compreendida entre 30 e 40,


a laje inferior na região comprimida deve ser enrijecida com algumas
nervuras transversais a fim de se combater um pouco a plastificação do
concreto. Podem ser colocadas nervuras espaçadas do mesmo valor que o
comprimento transversal da laje inferior medido entre as faces internas das
vigas.
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Figura 1.20 – Seção transversal em caixão celular.

1.5 - CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES

As pontes podem ser classificadas quanto a sua finalidade, seu


material empregado e o tipo estrutural.

a) Classificação quanto à sua finalidade.

- rodoviárias
- ferroviárias
- passarelas
- utilitárias (assentamento de canalizações)

b) Classificação quanto ao seu material empregado.

- pontes em madeira
- pontes em estruturas metálicas
- pontes em concreto armado
- pontes em concreto protendido
- pontes em alvenaria de pedra
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c) Classificação quanto ao tipo estrutural empregado.

- pontes em laje
- pontes em vigas retas de alma cheia
- pontes em pórtico
- pontes em treliça
- pontes em arco
- pontes pênseis
- pontes estaladas

d) Classificação quanto aos processos executivos

- pontes concretadas no local com escoramentos


- pontes parcialmente pré-moldadas
- pontes totalmente pré-moldadas
- pontes executadas em balanços sucessivos com concretagem "in loco".
- pontes executadas em balanço sucessivos com elementos pré-moldados
ou aduelas.

e) Classificação quanto à natureza do sistema estrutural

- pontes de sistema estrutural isostático


- pontes de sistema estrutural hiperestático

f) Classificação quanto ao desenvolvimento do eixo

- pontes em eixo retilíneo


- pontes em curva
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g) Classificação quanto ao meio em que estão inseridas

- pontes marítimas
- pontes fluviais
- pontes lacustres
- elevados ou viadutos

Ha, entretanto, inúmeras outras classificações vinculadas a outros


critérios. Estas, aqui apresentadas, são as mais usuais.

1.6 - FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DAS SEÇÕES


TRANSVERSAIS USUAIS PARA AS PONTES

São inúmeros os fatores. Os principais que possuem maior destaque


são:

a) Tamanho do vão em correlação com o sistema estrutural que deve ser


adotado. Há sistemas estruturais que permitem que se vençam vãos bem
maiores que outros.

Segundo BERNARDO (1980, p. 19) uma ponte pênsil de cabos


portantes parabólicos pode apresentar um vão crítico da ordem de 4.000 m
(embora o maior vão realizado tenha sido de 1280 m na obra Golden Gate,
USA) ao passo que uma ponte dotada de vigas metálicas contínuas possa
apresentar um vão crítico da ordem de 1.100 m (embora o maior vão
realizado tenha sido de 564 m na obra em Quebec, Canadá).

b) Altura estrutural disponível limitada em função dos gabaritos impostos


pelos órgãos superiores.
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c) Processo de construção, meios disponíveis, equipamentos e materiais


empregados. Todos estes fatores têm íntima relação com a topografia da
região, a disponibilidade dos materiais e a economia do processo construtivo
escolhido, seja a obra em balanços sucessivos ou concretagem com
escoramentos.

d) Relação entre as cargas móveis e o peso próprio. Esta relação tem


interligação com a finalidade para a qual a obra vai ser executada.

Uma ponte ferroviária apresenta cargas móveis bem maiores do que


as rodoviárias. Isto implica diretamente na escolha de vigas em concreto
protendido bem como uma seção transversal adequada.

e) Número de faixas de tráfego que se deseja ter sem dúvida, o fator


preponderante na escolha da seção transversal de pontes rodoviárias.
Número de faixas de tráfego maiores implica na escolha de seções em vigas
múltiplas ou caixões de várias células podendo até mesmo ser interligados
pelas lajes em balanço.

Há inúmeros outros fatores que influenciam na escolha da seção


transversal. No que se refere a uma seção em caixão celular, pode-se dizer
que ela é muito utilizada em vigas contínuas em concreto protendido onde
as zonas de tração e compressão do concreto apresentem considerável
largura e a espessura das lajes contribui para a absorção dos momentos das
vigas principais. Além do mais, a seção em caixão permite uma variação da
sua largura graças ao engastamento das lajes em balanço com as vigas
principais.
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O conjunto como um todo apresenta uma excelente rigidez à torção e


permite ser empregado em pontes curvas e em viadutos em centros urbanos
por razões estéticas.

No caso de pontes pênseis e estaiadas, a seção em caixão celular é


imprescindível e a sua rigidez à torção é essencial.

1.7 - ELEMENTOS QUE COMPÕEM A MESOESTRUTURA

1.7.1 - Aparelhos de apoio

Há determinadas exigências de funcionamento para os aparelhos de


apoio. Dentre elas, podem ser citadas:

a) Os aparelhos de apoio devem transmitir aos pilares e fundações as


cargas verticais provenientes do peso próprio e carregamento móvel da
superestrutura.

b) Devem transmitir aos pilares e fundações as cargas horizontais em


forma de ações longitudinais provocadas pelos esforços de coação
(protensão, variação de temperatura e retração do concreto), esforços de
frenagem conjugado com a aceleração, empuxos de terra na cortina e nos
pilares.

c) Devem transmitir aos pilares e fundações as cargas horizontais em forma


de ações transversais provocadas pela ação do vento e ação dinâmica das
águas sobre os pilares.

d) Devem possibilitar deformações longitudinais e transversais tanto lineares


como angulares.
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São levados em consideração o tipo de material empregado nos


aparelhos de apoio e o sistema estrutural da ponte.

1.7.2 - Classificação dos aparelhos de apoio

Os aparelhos de apoio podem ser classificados quanto ao material


empregado e quanto à mobilidade da articulação.

a) Classificação quanto ao material empregado.

- Aparelhos metálicos - placas de chumbo


- rolos metálicos
- esferas metálicas

- Aparelhos de concreto - articulação Freyssinet


- ligação monolítica

- Aparelhos de borracha - neoprene

b) Classificação quanto à mobilidade da articulação.

b1 - Apoio articulado linear - Só permite rotações em torno de uma linha de


apoio. Como exemplo, cita-se a articulação Freyssinet. Os pinos de
ancoragem não permitem a transmissão das solicitações longitudinais de um
vão para o outro.
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Figura 1.21 – Articulação Freyssinet.

b2 - Apoio articulado linear com rotações em todas as direções - permite


rotações em todas as direções.

Como exemplo pode se citado o aparelho de neoprene.

Figura 1.22 – Aparelho de apoio em neoprene.

São permitidas todas as rotações em todas as direções tanto


longitudinais como transversais.

São permitidos deslocamentos lineares em ambas as direções.


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Em outro exemplo pode-se citar o aparelho esférico metálico.

As esferas metálicas permitem só rotações em todas as direções.


Da mesma forma os aparelhos pontuais em forma de semi-esfera metálica
admitem rotações em todas as direções.

Figura 1.23- Aparelhos esféricos metálicos.

Figura 1.24 – Aparelho em meia esfera metálica.


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b3 - Apoio linear com mobilidade transversal à linha de apoio - Permitem


deslocamentos longitudinais à superestrutura.

Figura 1.25 – Aparelhos de apoio em rolos metálicos.

Como exemplo são citados os rolos metálicos. São sempre colocados


entre placas metálicas permitindo deslocamentos longitudinais à
superestrutura.

São, em essência, apoios do primeiro gênero e empregados nos casos


em que os esforços parasitais são grandes e não podem ser transmitidos
integralmente para o topo dos pilares para que não ocorra a instabilidade
estrutural.
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b4 - Ligação rígida monolítica - Não constitui um aparelho de apoio


propriamente dito, mas sim, uma junção total da longarina com o pilar.

Figura 1.26 – Ligação monolítica da viga com o pilar.

Esta ligação é empregada em pontilhões de pequenos vãos e pilares


curtos onde os esforços horizontais parasitais não tenham relevância, face à
rigidez do conjunto.

1.7.3 - Pilares

Os pilares de pontes abrangem as soluções de pilar único ou de


pilares independentes de acordo com o tipo de superestrutura e altura
adotada para os mesmos.
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1.7.3.1 - Pilares parede

Os pilares parede estendem-se por toda a largura da superestrutura.

São preferidos em pontes fluviais por razões hidráulicas em virtude das


fortes correntezas e inundações.

Figura 1.27 – Pilares parede em alvenaria de pedra.


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Seções transversais usuais para os pilares paredes.

Figura 1.28- Seções transversais dos pilares parede.

As faces externas inclinadas são próprias para diminuir o efeito da


erosão superficial.

Tipos construtivos

Os tipos construtivos mais comuns são os pilares espessos em


alvenaria de pedra, os pilares maciços armados e os pilares vazados que
devem possuir armadura tanto na direção vertical (combate do efeito de
flambagem, vento e esforços horizontais) como na horizontal (fissuras).
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1.7.3.2 - Pilares comuns

Sendo dispostos de maneira independente (com ou sem vigas de


contraventamento), possibilitam na sua construção um menor consumo de
material, uma melhor visibilidade para a navegação e, consequentemente,
melhores possibilidades para cruzamentos esconsos.

Figura 1.29 – Pilares comuns em mesoestrutura de pontes.

A razão principal da escolha de pilares comuns é de natureza estática.


Torna todo o conjunto da super e mesoestrutura mais harmonioso e
equilibrado, principalmente, se a obra estiver localizada dentro ou nas
proximidades de centros urbanos.
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Seções transversais usuais para os pilares comuns

Figura 1.30 – Seções transversais dos pilares comuns.

Condições de apoio para os pilares comuns.

Figura 1.31 – Tipos de vínculos empregados nas extremidades dos pilares.

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