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ESTABELECIMENTO DA INQUISIÇÃO
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Composto e impresso na Imprensa da PORTUOAL-BRASIL
Rua da Alegria, 100 — Lisboa
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ESTABELECIMENTO
DA INQUISIÇÃO
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PORTUGAL
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nrotesaor da Facaldade de Letras da L'DiTer3Ída<l« de Lt3b*i
TOMO I
Livraria Bertrand
LISBOA
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 9
gitima.
Aterrada a burguesia começou a ver na li-
berdade a espoliação e congraçou-se, em boa
parte, com o absolutismo, esquecendo-se de
que elle representava igualmente espoliações,
violências e tyrannias de séculos e de que to-
das as affrontas e damnos de que tem de vin-
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 13
Dezembro de 1852.
LIVRO I
LIVRO I
28 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
gadores ou dominicanos
O nome de inquisidores da fé tinha sido
dado a esses diversos legados do papa mas ,
essência
Apesar dos extremos rigores decretados
para a repressão das heresias ou, talvez, por
causa desses mesmosrigores, os bispos e as
inquisições dependentes creadas em
delles
1229 procediam mais frouxamente do que, no
enteniler do papa, cumpria á extirpação do
erro. A ordem dos dominicanos ou pregado-
HISTORIA Da inquisição Ah
54 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 07
LIVRO II
(1) Ibid
;
(1) Ibia.
116 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
(1) Ibid.
ItS líISTORFA DA INQUISrçÃO
(1) Ibid.
128 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
—
lamente diziam elles— pôde haver o caracter,
mas falta o essencial do sacramento, e a violên-
cia que invalida qualquer conversão não consis-
te somente em dar punhadas nos peitos.» (1)
madas (2).
Estas cousas passavam-se em fevereiro de
1497. No principio de abril expediram-se or-
dens para que em todo o reino se tirassem
aos judeus que tinham preferido o desterro ao
baptismo os filhos menores de quatorze an-
(1) Góes (1. cit.) diz que foram vinte mil os indi-
víduos reunidos por esta occasião nos Estáos. Os
Estáos eram um palácio que occupava, pouco mais
oú menos, o terreno do theatro de D. Maria ii. A
afíirmativa de alli se ajuntarem e agasalharem
20;000 pessoas é materialmente impossível. A nar-
ração de Góes é absurda, porque, apesar de horrí-
vel, occulta metade da verdade. As Memor. Mss.
da Ajuda concordam com Góes em que vieram alli
20:000 pessoas, mas, descubnndo o painel das atro-
cidades que então se practicaram, painel que a sen-
tença do bispo do Algarve alumia de uma luz si-
nistra, fazem-nos comprehender como era possível
ir-se recolhendo ahi avultado numero de indiví-
duos.
(2) «alli lhe tornarão a tomar nouamente os ou-
tros fylhos sem oulhar a Mem. Mss. da Aju-
idf.de»:
da, 1. cit.
HISTORIA oa inquisição 155
—
cit. «Abraham Usque, Isahak A.barvanel, Rabbi
Juhudá Hayat y Rabbi Abraham Zaculo refieren
estos hechos como testigos»: De los Rios, Estúdios
sobre los Judios d'Espana, pag. 211.
(2) «somente sete ou viii cafres contumasses a
que elRei mandou dar embarcaçam para os luga-
res dalém»: Mem. Mss. da Ajuda, 1. cit.
156 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
p. 148, 149.
11
16 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
teiramente de uma
das mais importantes li-
berdades do resto dos cidadãos.
Estas providencias creavam uma lucta en-
tre a vigilância do governo e a astúcia dos
judeus, lucta na qual, mais de uma vez, a pri-
meira havia de ficar vencida. Afora os diver-
sos expedientes a que, em geral, os christãos-
novos podiam recorrer, querendo illudir as
provisões dos alvarás de 20 e 21 de bril, ha-
via,em particular, para os opulentos a corru-
pção dos officiaes públicos ou de outras pes-
soas que, a troco de largas recompensas, se
arriscassem a favorecê-los na fuga, com des
prezo da lei. As tentativas deste género não
foram, todavia, sempre felizes, e houve indi-
vidues processados por transportarem fami-
Uas hebréas do Algarve para Berbéria (1).
cit.
.
(1) Ibid.
'1) Ibid.
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 171
HISTORIA Da inquisição 1 75
121.
178 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
(2) Ibid.
186 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
de n. comparativamente, para os
Manuel, foi,
13
194 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
LIVRO III
núncio. —
Esforços de Duarte da Paz em Roma e
procedimento singular da corte portuguesa. Bre- —
ve de 17 d'outubro de 1532 suspendendo a Inqui-
sição. —
Enviatura de D. Martinho de Portugal.
Deslealdades mutuas. —
Villania de Duarte da
Paz. —
Estado da lucta nos principies de 1533.
12.
14
210 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
f. 8 V.
(2) «rationibus publicis et notoriis, quibus rex Em-
manuel motus, de consilio suorum magnatorum
fuit
Ibid. f. 8.
f. 86 e 87 V.
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 213
(2) em Portu-
«o dito rei queria fazer Inquisição
gal, e por esta causa o mãodara chamar»: Acenliei-
ro, 1. cit.
234 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
cit.
cit.
HISTORIA D INQUISIÇÃO 237
lar-lhe, fora um
irmão seu, que, mandado ar-
rebatar de Portugal por elle noutro tempo,
para o educar na verdadeira crença, logo que
poderá fugir-lhe voltara a Lisboa e ahi segui-
ra a ocultas a religião de Moysés (2). O fana-
tismo (talvez, antes, a hypocrisia) levado a es-
N.» 46
248 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
de D. João m
em Roma Não acharam nelle
os christãos-novos favor ou misericórdia. Apre-
sentaram-se como accusadores dos réus dous
habitantes de Gouveia, Richarte Henriques e
um certo Barbuda, e foi tal o numero das
testemunhas a favor da accusação que, apesar
dos receios manifestados pelos juizes daquella
villa sobre os meios de corrupção de que os
dia.
(I) Ibid. f. 15 V.
256 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
segg
i9
258 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
Decorreu um
tremor de terra Os frades co-
meçaram practicas e sermões, attri-
a fazer
buindo o phenomeno a castigo do céu por
peccados que nomeiadamenle designavam e
annunciando novo abalo a que fixavam dia e
hora. Os christãos-novos começaram a es-
conder-se espavoridos, signal evidente de que
a elles se referiam as allusôes dos pregado-
res. Gil Vicente, vendo, talvez, propinqua a
renovação das scenas de 1506 e condoído das
pobres familias hebréas, meias mortas de
terror, soube exercer bastante mfíuencia para
reunir os fanáticos denunciadores de tantos
males no claustro do convento dos francisca-
nos e, em vehemente e solido discurso, lhe
demonstrou o absurdo das suas doutrinas. A
intelligencia do poeta pôde illuminar, emfim,
aquelles rudes espíritos, e os incitamentos
para se perturbar a paz publica cessaram.
Pregando aos pregadores as máximas da san
razão, o Plauto português representava um
auto de novo género, impedindo com um dis-
curso grave, embora a situação do orador
tivesse um lado cómico, que Santarém se
convertesse em theatro de horrível tragedia (1)
(1) Id Q)id.
í2) «per reginam uxorem suam et aiioa potentes
lominos»: Memoriale, Ibid. f. 21 v
HISTORIA OA rNOUíSiçAo 265
jubarrota !
(1) Ibid.
18
274 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
il; Ibid.
(2) Carta de 6. Neto, a eirei de 1 de agosto de
1531, DO Corpo Chronol., P. 1, M. 47. N.° 2.
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 275
19
290 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
tes de publicada.
292 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
f. 27 V.
298 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
178 V.
304 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
20
âÔ6 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
(2) Ibjd.
HISTORIA DA INQUISIÇÃO 315
(2) Ibid.
320 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
21
3^2 HISTORIA DA INQUISIÇÃO
FIM DO TOMO I
índice
Pag.
Prologo 5 a 19
LIVRO I
feitos. —
Concilio de Latrãoe providen-
cias de Lucilio III. Pontificado de —
Innocencio iii. —
Inquisidores delegados
—
no sul da França. Domingos de Gus-
mão e os dominicanos. Leis de Fri- —
derico ii. — Systema inquisitória! pro-
priamente dicto: seus primeiros pas-
sos. Concilio narbcnnense de 1235. —
—
Roberto Búlgaro. —
Regulamento do
Concilio de Béziers relativo á Inquisi-
ção. Esta dilata-se na Itália. Reacções.
Mutuas vinganças. —
A Inquisição na
França central. —
Modificações da ins-
tituição na Itália. —
Sua decadência em
França, e progressos na Península. —
Portugal exempto delia nos séculos xin
22
—
Pag.
e XIV, e teiido-a só nominalmente no
XV. — Desenvolvimento do poder inqui-
no resto da Hespanha. Estabe-
sitorial
lecimento definitivo da Inquisição hes-
panhola como tribunal permanente.
Os judeus hespanhoes, convertidos e
não convertidos. —
Bulia de Sixtu iv
instituindo a Inquisição. —
Cortes de
Toledo em 1480. —
Instituição do tribu-
nal em Sevilha. Resistências Atroci-
dades dos inquisidores. —
Politica tor-
tuosa de Roma. —
Creaçào de um in-
quisidor-mór e de um conselho supremo
em Castella. — Frei Thomaz de Tor-
quemada. Primeiro código mquisito-
rial. —
Nova organisação da Inquisição
aragonesa. Assassínio de Pedro de
Arbuès. Crueldades dos inquisidores
para com os conversos. —
Expulsão dos
judeus d'Hespanha 23 a lOS
LIVRO 11
Pag.
Cia da corte do Coslella. —
Debates so-
bre a expulsão dos judeus. Ordena-se
a saída dos sectários do mosaismo e
do islamismo. Tyrannias e deslealda-
des practicadas nessa conjunclura.
Conversão fort^-ada dos judeus. Leis
favoráveis aos pseudo-conversos. —
Symptomas de perseguição popular.
Tentativas de emigração doschristãos-
novos. Obstáculos. —
Novas manifesta-
ções do ódio do vulgo, mcitado pelo
fanatismo. Horrível matança dos chris-
tãos-novos de Lisboa. Procedimento
severo contra os culpados. Mudança—
de politica. Providencias protectoras e
de tolerância a favor dos perseguidos.
— Confiança imprudente dos christãos-
novos. —
Meneios occultos de fanatis-
mo. Tentativas sem resultado para o
estabelecimento da Inquisição. Situa- —
ção da raça hebréa durante os últimos
annos do reinado de D. Manuel. Morte
deste príncipe 107 a 199
LIVRO III
Pag.
do reino. — Accusagões repetidas con-
tra os judaisanles. Inquerilos e dela-
ções secretas. Themudo e Firme-fé.
— Influencia da Inquisição castelhana.
— Manifestações contra os christãos-
novos. Desordens em Gouveia e seus
resultados. Perseguição em Olivença.
— Reacção dos espiritos mais illustra-
dos contra a intolerância. Gil Vicente
e o bispo de Silves —
Resolve-se o es-
tabelecimento de um tribunal da fé.
Instrucções ao embaixador em Roma.
Difficuldades que ahi se encontram.
Obtem-se a primeira bulia da Inquisi-
ção. Suas provisões. Demora na exe-
cução e causas do facto. — Lei de 14
de junho de 1.532. Terror dos christãos-
novos. Diligencias que fazem para
obstar ã erecção do novo tribunal. —
Excitação produzida pela lei de 14 do
junho. Scenas anarchicas em Lamego.
— Os christãos-novos recorrem a Ro-
ma. Duarte da Paz enviado como pro-
curador delles. — O papa manda o bispo
de Sinigaglia núncio a Portugal. — Ca-
racter do núncio. —Esforços de Duarte
da Paz em Roma e procedimento sin-
gular da corto portuguesa — Breve de
17 d*outubro de 1532 suspendendo a
Inquisição— En viatura de D. Martinho
de Portugal. —Deslealdades mutuas.
— Villania de Duarte da Paz— Estado
da lucta nos princípios de 1533 ... 203 a 327
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1730 Araújo, Alexandre
H407 Historia da origem e
t.l estabelecimento da inquisição
em Portugal por A. Herculano
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