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ARCAD, Ce. OP Cees Lelee, Aske Madore (992 CAPITULO DOTS SA Gon Uaee AREALIDADE 7‘I" EA CONSCIENCIA O IMPRESSIONISMO Cee rograma desde 1847: realism integral, abordagem ditets da realidad, independente de qualquer poética previamente constituida. Era a superagiio simultinea do “cléssico” edo “tomantico” enquanto poéticas destinadas a mediar, condi nar eorientar a relagio do artista com a realidad. Com isso, Courbet nko negaaimportin- cia da hist6ria, dos grandes mestres do passado, mas afirma que des nfo se herdaumacon- cepeio de mundo, um sistema de valores ou um ideal de arte, e sim apenas a experiencia de ‘enfrentara realidade e seus problemas com os meios exclusivos da pincura. Para além da rup- tura comas poéticas opostas e complementares do “léssicn” e do “tomantico”,o problema ‘quesecolocavaerao deenfrentara realidadescm o suporte dearnbos,liberrarasensacao sual de qualquer experitncia ou nogio adquirida e de qualquer postura previamente orde- nada que pudesse prejudicar sua iediaticidade, ea operagio pictbrica de qualquer regra ou costume téenico que pudesse comprometer sua represencagio através das cores. © movimento impressionista, que rompeu-decididamente as pontes com o passado ¢ abriy caminho pata 2 pesquisa ardstica moderna formou-se em Pazis enc 1860 ¢ 1870; apresenitou-se pela primeira vez ao piiblico em 1874, com uma exposicZo de artistas “inde pendentes’ no estidio do Fotdgrafo Nadar. E diffcil dizer se era maior o interesse do fotdgrafo por aqueles pintores ou 0 dos pinto- res pela fotografia; o que é certo, em todo caso, & que um dos méveis da reformulagzo pic- térica foi a necessidade de redefini sua esséncia e finalidades frente ao novo instrumenco de apreensio mecinica da realidad. ‘A definigo remonta ao comentario irdnico de um critico sobre um quado de Monet, inticulado Zmpresin, soleil levant, mas foi adotada pelos artistas, quase por desafio, nas ex- posigécs'seguinces.. As figuras emergentes do grupo. séo: MONET, Renom, Decas, Cezanave, Pissanso, Ststey. Na primeira fase da pesquisa participou também um amigo de Monet, J. F Bazitte (1841-70), morto em combate na guerra franco-prussiana. Embora considerado um precursor, MANET no fzia parte do grupo: de ao, est artista mais velho ¢ 4 fumoso desenvolvera a tendéncia realista num sentido essencialmente visual, afastendo- se, porém, do integralisman de Courber ¢remerendo os pincores modemnos 4 experiénciade estres do pasado muito distances do Classicismo académico: Velisquez, Rubens, Frans Hals, Recusa o embate brutal coma realidade, propondo, ao éontréio, libertara percepgio de qualquer preconceito au convencionalismo, para manifesté-la em sua pleniude de agao cognitive: © retorno atm leque de valores, que Courbet rejeitava, sem divida aastou-o do extremismo revolucionstio (Courbet vied a aderir impetuosamente & Comuna) ¢ aproxi- SIR ANA Cae Hse renee 26. citron ARSNOAEE AcONSCIENCA ‘mou-o, pelo contririo, deliteraas e poets (fbi amigo dé Baudelaire e depois de Mallarmé). “Ap6s 1870, acercou-se cada ver mais do Impressionism, eliminando 0 chiarescura€os tons intermediitios esolucionando as elagSes ronais em relagdes cromiéticas. A primeira exposi- ‘40 no estédio do forsgrafo Nadar, seguiram-seas de 1877, 1878, 1880, 1881, 1882, 1886, sempre provocando reagSes escandalizadas na critica oficial eno piblico bem pensance. Os Ainicos criticos que compreenderam a importincia do movimenco foram Duret ¢ Durancy, ainda, com algunas reservas, 0 eseicor Pmmile Zola, amigo de Cézanne. Nenhur interes- se ideolgico ou politica comum unias jovens “revoluciondtios” da arte: Pissarro era de et- _querda; Degas, conservador; outros, indiferentes. Nao tinham um programa preciso, Nas discussbes no café Guerbois, porém, haviam concordado sobre alguns pontos: 1) a avéisio pelaarte académica dos salons oficais;2) a orientagio realists; 3) 0 tatal desinteresse pelo ob- {eto —a preferéncia pela paisagem ¢ a nacureza-morta; 4) a recusa dos habites de atelié de dispor¢ iluminar os modelos, de comegar desenhando o contomo para depois passar 0 chiaroscuro. & cot; 5) 6 trabalho en plein-ar, 0 estudo das sombras coloridas das relagbes entre cores complementares. Quanto aest diltimo ponto, hd uma refertncia inegivel 8 teo- ria dptica de Cheveeul sobre os concrastes simuleineos; a tentativa deliberada de fandar 2 pinqura sobreasleiscienificas da visio ocorrerd apenas em 1886, com o Neo-Lmpressionis- ‘mo de SEURAT e SIGNAC. “Meso antes da exposicio de 1874, as motivagées einteresses das diversos componen- tes do grupo nfo sfo os mesmos. Monet, Renoir, Sisley, Pissarro reaizam um estudo 20 vi- +o direto, experimental; trabalhando de preferéncia 3s margens do Sena, propéem-serepre- senear da maneira mais imediata, com uma técnica tapida esem reoques, a impresiaelumi- znosa ea transparéncia da armosfera e da Sgua com notas cromiticas puras, independente- mente de qualquer gradasio de chiaroscuro, debxando de utilizar o preto paraescurecerasco- res na sombra. Ocupando-se exclusivamente da sensaga0 visual, evitam a “pocticidade” do tema, 2 emogio e comogio rominticas. Cézanne e Degas, pelo contrétio, consideram a pes- ‘quist histéria ti importante quanto ada nacureza; Cézanne, principalmente, dedica mui- to tempo a estudar as obras dos grandes mestres no Louvre, fazendo esbosos e cdpiasinter- precativas. File defende que, para definira esséncia da operacio pictérica, é preciso recxaminar sia hhist6ria; mas, como Monet e os outros também aspiram ao mesmo objetivo através da in- vestigacio das possibilidades eécnieas atuais, as dois processos convergem para im mesmo fim: demonstrar que a experiéncia da realidade que serealiza com a pintura é uma experién- cia plena e legitima, que ndo pode ser substituida por experiéncias realizadas de outras ma- neitas. A técnica pietériea &, portanto, uma técnica ie éoiihecimento que nio pode ser ex clufda do sistema cultural do mundo modémo, eminentemente cientfico, Nao sustentam ‘que, numa época cientifca, 3 arte deva fingir ser Ciemtifica; indagam-se sobre o cardter € a fungio possiveis da arte numa época cienifica,e como devese transforma para ser um téc~ nice rigorasa, como. técnica industrial, que depende da cincia: Neste sentido, pode-se de- rmonserar que a pesquisa impressionistaé, na pincura, 0 paralelo da pesquisa ecrutual dos «engenheiros no campo da construsio, En0s62polémica dos impressionistas contra os aca- dérmicos ésemlhante & dos construtores contra os arquitetos-decoradores, como tambért cxistem claras analogias entre o espaco pictérico dos impressionistas eo espago construtivo da nova arquitesura em ferro [Em ambos os casos, ni se parte de uma concepeso predeterminada do espagor espa ‘ose determina na obra pela relagio entre seus elementos consticutivos.' Gintve Cashes Maro tps 8600 etm, Pw ‘Code Mane: alr ein 8667 5 Pai Musée COs,

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