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Jesus:

A
Outra
Face
“Eu enganei eles !”

A “boa-nova” que não


foi
contada!
• Jesus era realmente o Messias prometido pelas
Escrituras?
• Por que sua doutrina era semelhante a de outros
“deuses” e “semi-deuses” pagãos?
• A “concepção virginal” é uma realidade bíblica?
• Jesus viveu o que pregou?
• Os judeus rejeitaram Jesus, ou Jesus rejeitou o
judaísmo?
A Genealogia de Jesus – Algumas Questões
Vitais.
1) Por que Mateus diz em seu evangelho que o
rei Jorão gerou Uzias (cf. Mat. 1:8), quando II
Crôn. 22:1 diz que o rei gerou Acazias ?

2) Por que Mateus 1:11 diz que Josias gerou


Jeconias, quando na verdade Josias gerou
Jeocaz ? (II Rs. 23:30-31).

3) Por que Mateus 1:11 inclui Jeconias na


linhagem de Jesus, quando sabemos por Jer.
22:24,28-30 diz claramente que esse rei
estava privado de seus direitos, e ninguém de
sua linhagem poderia voltar a reinar
novamente em Judá ?

4) Por que Mateus diz em 1:13 que Zorobabel


gerou um desconhecido “Abiúde” quando esse
nome não aparece na lista dos descendentes
de Zorobabel que pode ser encontrada em I
Crôn. 3:19-20 ?

1) Mateus diz em 1:13 que Zorobabel gerou um


desconhecido “Abiúde” quando esse nome
não aparece na lista dos descendentes de
Zorobabel que pode ser encontrada em I Crôn.
3:19-20 ?
2) Como Jesus pode ser descendente de

Davi, sendo que sua genealogia desemboca


em José, pai adotivo de Jesus ? (Mat. 1:16)

3) Se a adoção é um processo aceitável

para se incluir alguém numa linhagem como


se admite no caso de Jesus, por que então o
S’nhor D’us disse que não seria Eliezer o
herdeiro de Abraão, e sim um filho legítimo
do patriarca ? (Gen. 15:2-4)

4) Por que Mateus diz que Jesus descende de


Davi através de Salomão (1:16) quando Lucas
diz que foi por meio de Natã, outro filho do
grande rei ? (Luc. 3:31) – Salomão e Nata
eram irmãos: Como pode Jesus ter
descendido de dois irmãos ao mesmo tempo ?

5) Como Jesus poderia ter sido descendente de


Judá, ou ter pertencido à tribo de Judá,
sendo que a linhagem tribal vinha do lado
paterno (Num. 1:18), e José não era pai
biológico de Jesus ?

10)Alguns comentaristas cristãos dizem que


Maria era da tribo de Judá, e até descendente
de Davi, embora mesmo o novo testamento
nada diga a respeito. Como pode ela ter sido
descendente de Davi e pertencente à tribo de
Judá, sendo que ela era prima de Isabel, que
era das “filhas de Aarão” (ou seja, da tribo de
Levi) cf. Luc. 1:5 e 36-38 ?

11)Convém observar que a maldição sobre a


linhagem de Jeconias é algo tão sério que,
mesmo Zorobabel sendo um fiel servo de D’us,
chamado “anel de selar”(Ageu 2:23), não foi
coroado rei após o retorno do cativeiro
babilônico. Zorobabel tinha ancestrais reais (entre
eles,o malfadado Jeconias!), mas coube-lhe tão
somente o cargo de administrador ou governador
do antigo reino de Judá. Ele jamais foi coroado
rei ou sequer assentou-se sobre o trono de Davi.
Na verdade, jamais houve desde o início do
cativeiro babilônico rei legítimo sobre Judá. Por
certo, Zorobabel é o “renovo” profetizado em Zac.
6:12-13, pois o capítulo 4:9-10 desse mesmo livro
assim o diz. Convém lembrar que na época de
Zorobabel, os judeus encontravam-se livres, em
sua própria terra, mas mesmo assim, não ousaram
coroar um descendente de Jeconias! Como fica
então a declaração do suposto “anjo” de que
Jesus herdaria o “trono de Davi” sendo ele
próprio um descendente de Jeconias ? (Luc. 1:31-
32)
Quebraria D’us a Sua palavra ? Alteraria Ele
agora o que saiu de Seus lábios ? (Veja Jer.
22:24,28-30 , Mal. 3:6 e Num. 23:19)

A Origem Tribal:
Era Jesus da Tribo de Judá e da Casa Real de
Davi ?

São vários os textos do “novo testamento”


que afirmam que Jesus era da tribo de Judá, um
dos doze filhos de Jacó (Israel), cf. Gen. 29:35.
Outros textos do “novo testamento” identificam-
no também como membro da Casa Real de Davi,
como por exemplo, Heb. 7:14 e Apoc. 5:5.
Aparentemente, nada de errado com isso, até que
investiguemos o caso com mais profundidade.
Antes de mais nada, deve-se observar que:

1) A origem tribal

paterno, cf. Num. 1:18.


vinha do lado

2) O casamento inter-tribal (entre as

diferentes tribos) era proibido, cf. Num.


36:6-7 e 13.
Analisemos agora a possibilidade de que
Jesus tenha sido realmente um descendente de
Judá e “filho”de Davi. Não se atribui a José a
paternidade de Jesus --- isso seria uma
“blasfêmia” ou heresia de acordo com a ortodoxia
cristã. O “novo testamento” declara que Jesus era
filho de José “como se supunha” (Luc. 3:23), isto
é, ele era filho de José apenas legalmente
falando.
O “novo testamento” liga Jesus a José, e este
a Judá, como vemos em Mat. 1:2. O que faltaria
explicar aqui é: Como pode Jesus ser descendente
consangüíneo de Judá, se ele não tem ligação
genética alguma com José ? Logo, se a origem
tribal vinha pelo lado do pai, então por mais que
se forcem os textos, não se consegue provar que
Jesus era descendente direto de Judá e de Davi!
Também, sendo o casamento inter-tribal proibido
pela lei judaica, então de nada adiantaria se Maria
fosse descendente de Judá e de Davi, pois ainda
assim, Jesus não passaria de um réles plebeu.

...E, quanto à Maria ?

Sabemos pelo relato de Luc. 1:5 que Isabel


era das “filhas de Aarão”, isto é, ela descendia do
primeiro sumo-sacerdote. Aarão era por sua vez,
da tribo de Levi, a tribo dos sacerdotes (Ex. 4:14).
Isabel, sendo também dessa tribo, casara-se com
um sacerdote da ordem de Abias, chamado
Zacarias. Sabemos então por estas informações
que os dois eram levitas, e cumpriram o requisito
da lei que proibia o casamento inter-tribal.
Maria, mãe de Jesus, era prima de Isabel
(Luc. 1:36-38) sendo portanto sua parente
consangüínea. Não há referência em outras
passagens do “novo testamento”que apóie a
suposição de que Maria era da tribo de Judá, e
muito menos, descendente de Davi. O “novo
testamento” deixa claro que ela era levita.

Mas, não nasceu Jesus em Belém da Judéia?


Isso não faria dele um descendente de Judá?

Quando à suposição comumente aceita de


que Jesus nasceu em Belém da Judéia (nome
romano do antigo reino da Judéia), veja o
capítulo V desse estudo.
Perguntamos: Será que o fato de que há
inúmeros palestinos nascidos em território
israelense faz deles descendentes de Jacó ? É
claro que não! Os palestinos são de distante
origem filistia e edomita, duas nações
extremamente inimigas de Israel, dos
descendentes de Jacó.
De igual forma, o fato de morar em
Jerusalém, ou ter nascido nessa cidade não fez de
Ana, filha de Fanuel, uma suposta profetisa do
“novo testamento”, membro da tribo de Judá. Ela
era, de acordo com Luc. 2:36-37 da tribo de Aser,
que fazia parte do antigo reino do norte.
Assim Jesus, de igual forma, ainda que
tivesse nascido em Belém da Judéia, nem por isso
poderia ser chamado de “descendente de Judá”,
uma vez que Maria, sua mãe, era provavelmente
levita, e José, pelo menos de acordo como “novo
testamento” não tinha ligação genética alguma
com o fundador do cristianismo.

Genealogia de Maria em Lucas 3:23-38 ?


Absurdo!!

Alguns exegetas cristãos desonestos tentam


engenhosamente associar a genealogia fornecida
por Lucas à Maria --- o que não passa de um
insulto à inteligência e mesmo ao senso comum.
O “novo testamento” não declara, nem mesmo
implicitamente que ela era da descendência de
Davi; Lucas afirma entretanto, que José era da
“casa” (família ou descendência) do grande rei;
mas, observe bem o verbo no singular!
“Assim, subiu José da Galiléia, da cidade de
Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi,
chamada Belém, porque ERA da casa e família
de Davi” (Luc. 2:4)

Ainda assim, como sabemos, a genealogia


dada por Lucas também desemboca em José, e
embora possam dizer que José foi colocado ali no
lugar de Maria devido ao costume judaico de não
se incluir mulheres em genealogias, temos a dizer
que isso não é verdade, pelo menos no que diz
respeito ao “novo testamento”; é o próprio
Mateus que cita Tamar, Raabe, Rute e
implicitamente, Bate-Seba, esposa de Urias, em
sua lista! Outro ponto que deve ser lembrado aqui
é que a tradição cristã sempre identificou um tal
Joaquim e uma tal Ana como pais de Maria; esses
nomes não aparecem na lista genealógica dada
por Lucas!

II – Jesus --- Nascido de Concepção


“Virginal”?
Os evangelistas Mateus e Lucas afirmam que
Jesus nasceu de uma concepção virginal. Marcos e
João nada dizem a respeito. Mateus tenta “provar”que
Jesus foi concebido por uma virgem fazendo uso de
Isaías 7:14. Para começo de conversa, as diferenças
entre a fonte (Is. 7:14) e a citação (Mat. 1:23) são
gritantes. Será de grande utilidade analisarmos ambas
em seu contexto e idiomas originais:
Isaías 7:14
‫לאונמע ומש תארקו ןב תדלויו הרה המלעה‬
‫הנה‬
(hinneh, ha almah harah, vê-yolêdet ben vê-kara’t
shemô Immanuel)
“Eis que a jovem engravidou, e está gerando um
filho, e chamará o seu nome Emanuel”

Esta é uma tradução literal do original hebraico.


Concordam com esta tradução a BMD (Bíblia
Mensagem de Deus) parcialmente e a JPB (Jewish
Press Bible, em inglês) totalmente.
Vejamos agora como citou Mateus esta mesma
passagem em seu texto grego:

Mateus 1:23
Ίδου ή παρθένος Έν γαστρί έξει καί τέξεται υίόν
καί καλέσουσιν τό όνομα άυτου Έμμανουήλ
(idou he-parténos em gastri eksei kai teksetai
hyion, kai kalesousin to onoma autou Emmanuel)
“Eis que a virgem concebeu e dá a luz a um filho e
chamarão o seu nome Emanuel”

As Diferenças

1. O que o texto original de Isaías diz ser uma


“jovem”, Mateus transforma em “virgem”. (Veja
item 6, a seguir)

2. O texto hebraico de Isaías define o sujeito da


sentença pelo uso do artigo –‫( ה‬ha-), e o texto
grego de Mateus, também, pelo uso do artigo ή
(he). Fica claro então, pelo uso do artigo
definido em ambos os textos que a pessoa a
quem o texto se refere era já conhecida, isto é,
tratava-se de uma pessoa que já vivia nos dias
de Isaías. Ao dizer, “a jovem concebeu”, o
profeta Isaías estava falando seguramente de
alguém que todos ao seu redor já conheciam!
Compare: “uma jovem” --- qualquer uma;
poderia ser qualquer jovem, inclusive com
possibilidade de cumprimento futuro. Mas o
texto original não diz, como vimos, “uma
jovem”, mas sim:
“a jovem” --- Era alguém que todos
conheciam, uma jovem em particular, com
cumprimento imediato para aquela situação.

3. Isaías usa o completo, um tempo verbal hebraico


normalmente traduzido como passado, ou
quando muito, presente; o profeta, ao dizer:
hinneh há-almah harah (“eis que a jovem
engravidou”) demonstra que a ação do verbo já
se cumpriu em seu próprio tempo. Convém
notar que aqui Isaías usa uma construção
incomum, inclusive empregando o particípio
presente yolêdet (“está gerando”), entendido por
alguns como um gerúndio simples. Caso o
profeta tencionasse algum cumprimento futuro
(como quer o cristianismo), ele teria dito:

‫ןב הדילוהו המלעה הרהו‬


(vê-harah há-almah ve-holidah ben)
“E a jovem conceberá e dará luz a um filho”

4. A profecia de Isaías 7:14 exige um cumprimento


literal, e apenas um cumprimento, pois o uso
do artigo pelo profeta impede um “segundo
cumprimento”, frustrando assim, os objetivos
dos “eruditos” de plantão. Por que a profecia só
pode ter um cumprimento ? A resposta óbvia
para esta pergunta é que a mensagem de Is. 7:14
era um “sinal”, não para toda a humanidade
(como imaginam os cristãos), mas apenas para o
rei Acaz:

“Continuou o S’nhor a falar com Acaz dizendo:


pede para ti ao S’nhor teu D’us um sinal...Eis
que a jovem concebeu e está gerando um
filho...” (Is. 7:10-1)

5. O texto hebraico de Isaías diz: “e (ela) chamará o


seu nome
Emanuel”. Mateus, por conta própria, afirma: “e
chamarão o seu
nome Emanuel”. Deliberadamente, o embusteiro
evangelista adultera a Palavra de D’us na
tentativa de servir seus propósitos. Isaías diz
que é a jovem mãe que chamaria seu filho de
Emanuel; Mateus afirma que as pessoas é quem
o chamariam por esse nome. Qual a finalidade ?
Era intenção de Mateus convencer o maior
número possível de pessoas à sua “fé”; para
tanto, buscou fazer de seus conversos em
potencial, participantes da “profecia”. Dessa
forma eles se convenceriam que fatos
relacionados à vida de Jesus já haviam sido
profetizados nas Escrituras! Mera fraude
“piedosa”!

6. Como vimos anteriormente na citação do


original acima, Isaías usou o termo hebraico
‫( המלע‬almah) em seu texto do cap. 7:14. Ocorre
que esta palavra jamais significou “virgem”,
como quer o cristianismo, especificamente na
conhecida citação de Mateus 1:23. Veja como
uma obra cristã define o vocábulo ‫המלע‬
(almah):

‫ המלע‬f., cs. ‫תומלע‬: mulher jovem (Dicionário Hebraico-


Português/Aramaico Português – Sinodal/Vozes, pg. 181)

Como pode-se perceber, o termo almah refere-se


não tecnicamente à uma “virgem”, mas sim, à
uma “jovem mulher” em idade de se casar, pois
o hebraico tem uma palavra especifica para
descrever uma virgem: esta palavra é ‫הלותב‬
(betulah)!

Por que Isaías usa o termo “jovem” e não


“virgem” ?

Pelo simples fato de que a mulher que já


concebeu, não pode obviamente ser mais
chamada de “virgem”! Fosse essa a intenção do
profeta, ele não teria usado “almah”, mas sim,
“betulah”. Isaías conseguia raciocinar melhor
que todo o cristianismo, pois não via lógica
numa “virgem” concebendo e sendo mesmo após
a concepção ainda tratada como “virgem”! Veja
como a BLH (Bíblia na Linguagem de Hoje)
traduz a passagem de Isa. 7:14 :

“Pois o mesmo Senhor lhes dará um sinal: a


jovem que está grávida dará à luz um filho, e
porá nele o nome de Emanuel”
(Bíblia Sagrada, NTLH-SBB)

Entretanto, a mesma versão traduz da seguinte


forma Mat. 1:23 :
“A virgem ficará grávida e terá um filho que
receberá o nome de Emanuel”

É óbvio que os autores dessa versão sabem


muito bem que Mateus está citando Isaías 7:14.
Entretanto, se compararmos os textos dentro da
mesma versão, poderíamos nos surpreender com
as diferenças! A mais gritante: “A jovem que
está grávida [tempo presente]” (Is. 7:14) passa
“num toque de mágica” (e de fraude!) a ser “a
virgem que ficará grávida”[tempo futuro]!
Vemos aqui toda a desonestidade dos
“eruditos”do cristianismo.

A prova definitiva de que “almah” não significa


“virgem”

Salomão disse que há quatro coisas que ele não


conhecia: “o caminho da águia no céu, o
caminho da cobra na penha, o caminho do navio
no meio do mar, e o caminho do homem com
uma virgem” (Prov. 30:19). O que há em comum
entre essas quatro declarações do sábio de Israel
? Note: a águia quando voa no céu, não deixa
sinal algum – ela passa, e não podemos dizer que
ali ela esteve. A cobra quando passa sobre uma
pedra (penha) também não deixa sinal algum – é
impossível dizer que o réptil passou por ali. De
igual forma, o navio quando passa, também não
deixa sinal algum – as águas se fecham na
seqüência, e nada pode ser evidenciado. E,
quanto ao caminho do homem com uma
“virgem”? É claro que temos aqui uma metáfora,
falando do relacionamento íntimo do homem
com uma mulher. Se a tradução desta passagem
da maioria das versões cristãs estiver correta,
será que ela faria sentido ? Será que o “caminho
do homem com uma virgem” não deixaria
“sinal” algum, tal como ocorre com a águia no
céu, a cobra na penha e o navio no mar? Sim, há
algo de errado com as versões cristãs que
traduzem a última palavra desse verso (Prov.
30:19) como “virgem”, pois é evidente que o
relacionamento do homem com uma virgem
deixa sinais. O fato é que aqui, Salomão não usa
a palavra hebraica “betulah”, mas sim, “almah”
--- Veja o original:

‫םיתעדי אל עבראו ינממ ואלפנ המה השולש‬


(*)
(Shloshá hemá nif’lu mimeni, vê-arbá lo
yedátim)
Três coisas me são maravilhosas, e quatro não
conheço
‫םימשב רשנ ךרד‬ ‫רוצ ילע שחנ ךרד‬
(dêrech nesher ba-shamáyim, dêrech nachash
alai tsur)
O caminho da águia no céu; o caminho da cobra
sobre a penha
‫םי־בלב הינא־ךרד‬ ‫המלעב רבג ךרדו‬
(dêrech oniá be-lêv yam, ve-dêrech gêver be-
almah)
O caminho do navio no meio do mar, e o
caminho do homem com uma jovem
(*) Nota: o hebraico é lido da direita para a esquerda.
E agora? Será que o texto faz sentido? Sim, pois
a palavra ‫( המלע‬almah) não descreve a condição
sexual necessariamente; refere-se isso sim, mais
à idade da mulher, por isso deve ser traduzida
como “jovem”. Vemos então que as quatro
declarações de Salomão agora fazem sentido: tal
como a águia no céu, a cobra sobre a penha e o
navio no mar, o relacionamento íntimo de um
homem com uma “jovem” (e não com uma
“virgem”!) também não deixa sinais. É óbvio que
aqui Salomão não estava pensando numa
“virgem”; caso contrário, ele teria usado a
palavra ‫( הלותב‬betulah) e suas palavras não
fariam mais sentido!

A Explicação da Profecia

Já que como vimos, a interpretação cristã de


Isaías 7:14 não faz sentido, tratando-se
obviamente de uma manipulação, várias
perguntas surgem: Quem é a “jovem mulher” a
quem o texto se refere? Quem é o “Emanuel”?
e, por que o texto diz: “E a jovem
engravidou(concebeu)” usando o tempo passado,
sendo que esta profecia foi dada por volta de
742 a.E.C.?
Bem, respondamos uma pergunta à cada vez. O
contexto do capítulo 7 de Isaías fala acerca das
pressões internacionais e das ameaças de
invasão do reino de Judá, à partir da aliança
entre o reino rival de Israel e a Síria (Is. 7:1).
D’us concede ao ímpio rei Acaz um sinal que o
faria crer na preservação de Judá, embora o rei
conhecesse bem a sua culpa e tentasse se
ocultar sob uma capa de piedade, afirmando que
não ousaria pedir ao S’nhor um “sinal” (Is. 7:7-
12). Diante da recusa de Acaz, o S’nhor D’us
concede o sinal à toda casa de Davi, dizendo:
“Portanto, o mesmo S’nhor vos dará um sinal:
a jovem concebeu, e está gerando um filho, e
ela chamará seu nome Emanuel” . Esta frase
pareceria estranha para Acaz, caso ele não
soubesse de quem se tratava, pois Isaías disse:
“a jovem”, e não “uma jovem” qualquer! Outro
detalhe importante é o uso que o profeta faz do
tempo passado, quem em hebraico pelo menos,
é bem claro nesse texto: “a jovem engravidou”,
o que determina uma ação já ocorrida naquele
tempo, ainda que recentemente. Por estas
razões, as evidências apontam para a jovem
rainha Abia, esposa de Acaz, até porque sua
gravidez era um sinal para a casa de Davi --- e,
obviamente, o filho que ela estava gerando seria
futuramente, rei de Judá. Este filho não era
outro senão o bom rei Ezequias, que por haver
feito o que era reto aos olhos do S’nhor, e por
haver restaurado a verdadeira adoração, ter
destruído o inimigo assírio, e por ser da casa de
Davi se enquadra perfeitamente no título de
Emanuel, que significa “D’us Conosco” (v. II
Crôn. Caps. 29-30. O rei Acaz e Abia tiveram
outros filhos antes de Ezequias (II Crôn. 28:1-3),
o que justifica o uso que o profeta fez da palavra
“almah”(jovem), e não “betulah”(virgem) em
7:14!

Ezequias, “D’us Conosco”


Vejamos agora as características que
demonstram claramente que o rei Ezequias é o
filho que seria chamado de “Emanuel” (Is. 7:14).
Em primeiro lugar, é preciso notar que
“Emanuel” não deve ser entendido como nome
próprio --- e isso, até mesmo o cristianismo
concorda, visto que nem mesmo Jesus recebeu
esse nome; os cristãos também entendem que
“Emanuel”é um título. A diferença é que esses
aplicam-no a Jesus, e os judeus, a Ezequias.
Pergunta-se: por que os judeus aplicam a
Ezequias esse título? A resposta é simples e
baseada nas Escrituras Sagradas. Há diversas
características da vida de Ezequias que
apontam-no como o “Emanuel”. Vejamos a
primeira delas.
Quando Senaqueribe, rei da Assíria invadiu
Judá, Ezequias demonstrou com palavras
proféticas sua confiança no Eterno, D’us de
Israel:

‫וניהלא הוהי ונמעו רשב עורז ומע‬


(Imo z’roa bassar, vê-imanu Adonay Eloheinu)
“Com ele está o braço da carne, mas conosco, o
Eterno nosso D’us”
(II Crôn. 32:8)

As Escrituras prosseguem, neste mesmo verso


afirmando que o povo recobrou ânimo com as
palavras de Ezequias. Observe as palavras em
destaque azul no texto acima; Elas declaram a
quem se aplica o título de “Emanuel”.
Outras características que demonstram que
Ezequias é o Emanuel podem ser encontradas
num outro texto de Isaías, analisado a seguir.
Por que Ezequias (e não Jesus!) cumpriu Is. 9:6-
7?

Diz esta passagem:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos


deu...”

Observe o tempo verbal em destaque azul na


passagem: tempo passado! Isaías proferiu estas
palavras no ano 740 a.E.C., e ao usar os verbos
no PASSADO, certamente não estava se
referindo a Jesus, que nasceria 740 anos no
FUTURO! Fica claro que Isaías estava
mencionando outra pessoa, uma pessoa que
vivia em seus dias!

Continua o texto:
“O principado está sobre seus ombros...”

Jesus NUNCA foi chamado de “príncipe”no


sentido temporal. A acusação que o levou à
morte não foi a de se fazer “príncipe”, mas sim,
“rei” dos judeus (João 19:4/Mar. 15:26). Quando
Isaías escreveu esse texto, Ezequias ainda era
um menino, e sendo filho do rei Acaz (II Rs.
18:1), era conseqüentemente um “príncipe”. O
que Isaías diz: “o principado está sobre seus
ombros” é coerente com a história de Ezequias,
pois naquela época, sendo ainda menino, era um
“príncipe” e não “rei”.

Quais outros títulos Ezequias receberia?


“Maravilhoso, Conselheiro, D’us Forte, Príncipe
da Paz”
Convém notar que os dois primeiros títulos são
na verdade apenas um no texto hebraico, a
saber, ‫( ץעוי אלפ‬pêle yoetz) ou, “maravilhoso
conselheiro”. Por que Ezequias seria
“maravilhoso conselheiro”? Porque ele confiou
no Eterno, seu D’us, “de maneira que depois
dele não houve seu semelhante entre todos os
reis de Judá, nem entre os que foram antes
dele” (II Rs. 18:5). Segundo as Escrituras,
nenhum outro rei dos judeus foi maior do que
Ezequias, antes ou mesmo depois dele! Logo,
por mais que Jesus fosse “rei dos judeus” ou que
tivesse direito ao trono (o que já vimos não ser o
caso!) ele teria sido nada mais do que outro rei
qualquer, nada mais do que um simples rei,
menor do que Ezequias!
E Jesus? Será que poderia receber o título de
“maravilhoso”? Comparemos as vidas de
Ezequias e Jesus, para ver quem merece esse
título.
“Maravilhoso”
Ezequias
Extirpou a idolatria dos termos de Judá (II Rs.
18:4)

Jesus
Estimulou entre seus discípulos a idolatria de
sua própria pessoa, pois disse: “Ninguém vem ao
Pai se não por mim” (João 14:6) e, “quem vê a
mim, vê ao Pai” (João 14:9)

Ezequias
Confiou plenamente no S’nhor seu D’us (II Rs.
18:5)

Jesus
Não confiou em D’us, pois por que diria, “Pai,
afasta de mim esse cálice” (Mat. 26:39) se veio
para morrer? ao morrer, por que teria dito,
“Deus meu, Deus meu, por que me
abandonaste?” (Mat. 27:46). Isto demonstra
fraqueza e falta de confiança em D’us, já que ele
cria que esse seria seu destino inevitável.

Ezequias
Guardou os mandamentos da Lei de Moisés, com
total fidelidade (II Rs. 18:6)

Jesus
Não guardou os mandamentos da Lei de Moisés,
pois disse: “A Lei e os Profetas duraram até
João” (Luc. 16:16). Lembre-se que o texto refere-
se a João Batista, precursor de Jesus. Logo, ele
não poderia ter cumprido algo que durou até
ANTES dele! (Para maiores detalhes sobre Jesus
e seu comportamento com relação à Lei, veja os
caps. deste estudo)

Ezequias
Não serviu aos reis estrangeiros (II Rs. 18:7)

Jesus
Jesus serviu os reis estrangeiros, pois disse:
“Daí a César o que é de César” (Mat. 22:21) ---
desta maneira, ele legitimou a ocupação romana
da Judéia. Não é esta a obra do verdadeiro
Messias, pois este quando vier, libertará os
judeus da opressão dos gentios e congregará os
desterrados de Israel (Zac. 12:2-6).

Ezequias
Feriu os inimigos do S’nhor (II Rs. 18:8)

Jesus
Não feriu os inimigos do S’nhor, antes,
acovardou-se diante deles, dizendo: “O meu
reino não é daqui (terreno)” (João 18:36). Na
parábola do trigo e do joio, ele diz que o
“campo” onde a semente é lançada, é o mundo
(Mat. 13:38) e em Mat. 13:41 ele diz que os
anjos virão e colherão do seu reino tudo o que
causa escândalo. O que entendemos disso? Que
diante de seus ilustres iludidos, o arqui-
embusteiro dizia que seu “reino” era o mundo,
onde semeia-se e colhe-se. Entretanto, diante
das autoridades e dominadores romanos ele,
querendo livrar-se da acusação de insurreição
política, disse: “Meu reino não é deste mundo”.

Ezequias
Reparou o templo do S’nhor (II Crôn. 29:3)

Jesus
Não reparou o templo do S’nhor --- e isso, por
dois motivos: O templo estava em perfeita
ordem, funcionando em seu tempo, e não havia
abominações de idolatria a serem retiradas. Ele
entretanto disse que seus seguidores não mais
adorariam em Jerusalém, e conseqüentemente
no templo sagrado (João 4:21).

Ezequias
Ordenou a reconsagração dos sacerdotes (II
Crôn. 29:5).

Jesus
Não ordenou que os sacerdotes se consagrassem
ao serviço divino; antes, iludiu e enganou alguns
deles, fazendo-os crer em suas mentiras,
desviando-os do D’us Eterno (João 12:42).

Ezequias
Fez uma aliança de fidelidade com o S’nhor (II
Crôn. 29:10).

Jesus
Ao contrário do que fez Ezequias, a suposta
“aliança” que Jesus teria estabelecido não foi
baseada na fidelidade ao concerto que D’us
havia feito com Israel no Sinai. A chamada
“nova aliança” de Jesus buscou eliminar a
Aliança Eterna (veja Dan. 7:25).

Conclusão:

1. Como pode Jesus ser o “Maravilhoso” de Is.


9:6-7 se os cristãos aplicam a profecia do
“Servo Sofredor”(Is. 53) a ele, e esta
profecia diz que o Servo “não tem parecer
ou formosura” (Is. 53:2)?
2. Como pode ele ser chamado de
“Maravilhoso” se todos os supostos
“milagres” e “maravilhas” que Jesus teria
operado sempre dependiam do nível de fé
das pessoas?
3. Como pode ser ele o “Maravilhoso” sendo
que rejeitava a Lei Divina (Torah), pois
violava abertamente os mandamentos nela
contidos? Como poderia ser chamado
“maravilhoso” sendo que não via as
maravilhas que procedem da Lei? (Sal.
119:18 e 129)
4. Como pode ser Jesus chamado de
“Maravilhoso” sendo que o único que opera
maravilhas é o S’nhor D’us (Sal. 72:18;
136:4)? Jesus violou a Lei Divina e sempre
a contestava, dizendo: “Ouvistes o que foi
dito aos antigos... eu, porém, vos digo...” .
As Escrituras dizem que até mesmo a
oração daqueles que se recusam a ouvir a
Lei é abominável (Prov. 28:9) --- quanto
mais as pretensas “maravilhas” operadas
pelos tais.
5. Como pode ser ele chamado de
“Maravilhoso” quando todos os “sinais”que
fazia tinham o único e confesso objetivo de
desviar a atenção do povo simples do D’us
Único e Verdadeiro para ele mesmo? Veja:
“Crede que o Pai está em mim, crede pelo
menos por causa das mesmas obras” (João
14:11)

“Jesus operou.. outros sinais miraculosos...


estes porém foram escritos para que creiais
que Jesus é o Cristo”(João 20:30-31)

“Tenho-vos mostrado muitos milagres


procedentes de meu Pai. Por qual destes me
apedrejais? Responderam os judeus: Não te
apedrejamos por milagre algum, mas por
blasfêmia, porque sendo tu mero homem, te
fazes D’us a ti mesmo!” (João 10:32-33)

O texto de Deut. 13:1-3 nos adverte contra os


falsos profetas que viriam operando “sinais” e
“milagres”, buscando com isso desviar a
atenção do povo para si mesmos ou para
outros deuses. Foi exatamente isso que Jesus
fez!

“Conselheiro”
Será que poderíamos facilmente dar o título de
“Conselheiro” a Jesus? Que espécie de
conselhos ele deu?
1. “Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã,
pois o amanhã se preocupará consigo
mesmo” (Mat. 6:34) --- Eis aqui um
“conselho” de Jesus sobre a preocupação
com o sustento pessoal. Mas, o que diz a
Torah?
“Do suor do seu rosto comerás o teu pão”
(Gen. 3:19)

2. “Há eunucos que se fizeram eunucos pelo


reino dos dos céus; quem puder aceitar
isso, aceite-o” (Mat. 19:12) --- O que diz a
Torah quanto a este “conselho” de Jesus?
“Ninguém que tenha se tornado eunuco por
acidente ou mutilação entrará na
assembléia do S’nhor” (Deut. 23:1)

3. Outro “brilhante conselho” de Jesus:


“Granjeai amigos com as riquezas da
injustiça...” (Luc. 16:9)
O que dizem as Escrituras?
“As riquezas granjeiam muitos amigos...”
(Prov. 19:4)
“A riqueza nada vale no dia da ira...” (Prov.
11:4)
“Ai daquele que ajunta para si bens mal
adquiridos para por o seu ninho no alto, a
fim de se livrar das garras do mal” (Hab.
2:9).

4. Que outro conselho deu Jesus aos seus


ilustres iludidos?
“Crede em Deus, crede também em mim”
(João 14:1)
O que dizem as Escrituras?
“Tirai dentre vós os deuses estranhos.
Preparai o vosso coração ao S’nhor e servi
a Ele só” (I Sam. 7:3)
No chamado “novo testamento” temos
vários exemplos de pessoas iludidas pelos
‘conselho’ de Jesus que passaram a adora-lo
como a um deus, esquecendo-se do mais
fundamental mandamento da Lei: aquele
que diz respeito à idolatria! (Mat. 2:2/15:24-
25/João 9:38).

E quanto a Ezequias? Que conselhos deu ele


ao povo?
“Consagrai-vos agora, e consagrai a casa
do S’nhor!” (II Crôn. 29:5)
“Tirai do santuário a imundícia”(II Crôn.
29:5b)
“Não sejais negligentes...” (II Crôn. 29:11)
“Filhos de Israel! Voltai-vos ao S’nhor!” (II
Crôn. 30:6)
“Não sejais como vossos pais...infiéis ao
S’nhor” (II Crôn. 30:7)
“Não endureceis vossa cerviz” (II Crôn.
30:8)
“Se vos converterdes ao S’nhor, então
acharão misericórdia” (II Crôn. 30: 9)
“Ezequias dirigiu palavras de
encorajamento...” (II Crôn. 30:22)”
“Esforçai-vos e tende bom ânimo” (II Crôn.
32:7)
“E o povo recobrou ânimo com as palavras
de Ezequias, rei de Judá” (II Crôn. 32:8)

Fica evidente comparando essas passagens


com aquelas que dizem respeito a Jesus que
somente o rei Ezequias pode ser o
“Conselheiro” de Is. 9:6-7.

Deus Forte

Os cristãos dizem que Jesus é o deus eterno,


todo-poderoso (Apoc. 1:8 e 17,18). Se isso é
assim, como podem dizer que ele é o deus
forte de Is. 9:6-7? Será que a expressão
“deus forte” pode ter o mesmo sentido de
“deus todo-poderoso”? É claro que não!
Quem é simplesmente “forte”, não pode
todas as coisas, por isso, não é “todo-
poderoso”!
Eles então devem decidir se Jesus é o “deus
forte” de Is. 9:6-7 ou o “deus todo-poderoso”
de Apoc. 1:8 e 17,18! Para o judaísmo, ele
não é nem nunca foi nem um, quanto menos
o outro!
Como pode Jesus ser o “deus forte” sendo
que houve coisas que ele não pode fazer e
outras que ele desconhecia? Por exemplo:

o Ele não pode curar certas pessoas em Nazaré


(Mat. 13:58)

o Não pode fazer aparecer figos na figueira


infrutífera (Mat. 21:18-19). Pelo contrário,
tratou de amaldiçoa-la, fazendo-a secar,
violando o mandamento que proíbe a
destruição de árvores frutíferas (Deut.
20:19-20)

o Jesus disse que a enfermidade de Lázaro


não acabaria em morte (João 11:4), o que
sabemos não ser verdade, pois Lázaro tinha
morrido como o próprio Jesus admite mais
tarde (João 11:14)

o Jesus teve fome (Mat. 4:2), sede (João


19:28) e sentiu cansaço (João 4:6) ---algo
impróprio para alguém que era “deus forte”!

o Jesus desconhecia as Escrituras, citando-as


erroneamente diversas vezes (compare Mat.
12:3-4 com I Sam. 21:1-4 etc.) --- também
algo muito impróprio para alguém que é
“deus” e autor das Escrituras!!
Uma advertência a todos os cristãos
sinceros: D’us não sofre das mesmas
fraquezas humanas !!

O Verdadeiro Sentido da Expressão “Deus


Forte”

Enganam-se aqueles que pensam que a


expressão “deus forte” de Isaías 9:6-7 refere-
se ao D’us Eterno, Único e Verdadeiro. Por
que? Simplesmente pelo fato que a palavra
“deus” ‫( לא‬èl) ou ‫`( םיהלא‬elohim) em hebraico,
pode ser aplicada de diversas formas,
diferentemente do português.
Etmologicamente, a palavra hebraica èl ou
`elohim significa um ser poderoso, ou com
autoridade, baseada na raiz semita ‫`( לוא‬ul)
significando: ser forte, majestoso ou
poderoso. Portanto, estas palavras podem
ser aplicadas não apenas ao D’us Todo-
Poderoso, como também a homens e anjos.
Vejamos alguns exemplos:

‫הערפל םיהלא ךיתתנ האר השמ־לא הוהי רמאיו‬


Va-yiomer Há-Shem el Moshê: Reê
netatíkha `elohim le-far”o
E disse o Eterno a Moisés: Vê tenho te
posto como Deus sobre faraó
Êxodo 7:1

Podemos ver por esse texto, que Moisés foi


chamado de “Deus” pelo próprio S’nhor!
Entretanto, convém deixar bem claro: Moisés
não era, nunca foi nem nunca será o D’us
Eterno! Ele foi tão somente dotado de
autoridade e poder. O que quer que ele
dissesse ou fizesse, era como se o próprio D’us
Eterno estivesse atuando!
Vejamos mais uma passagem:

\yhlal wl hyht htaw…


...ve-atah tihieh lo le-Elohim
...e tu lhe serás por Deus
Êxodo 4:16

Em mais essa passagem, Moisés é chamado de


“Deus”, dessa vez perante Aarão. Examinemos
agora uma passagem dos Salmos:

\yhlam fum whrsjtw...


…vê-techasrehu meat me-Elohim
...um pouco menor do que Deus (“deuses”) o
fizeste
Salmo 8:5-6

Nesta passagem, vemos os anjos sendo


chamados de “deuses”, ou “seres poderosos” ---
compare este texto com Heb. 2:7 para se
certificar disso. Na seqüência, mais um texto
dos Salmos:

\ta \yhla ytrma yna...


...ani amarti Elohim atem
...eu disse: vós sois deuses
Salmo 82:6
Como vemos pelo contexto (v. 7) desse salmo,
os juízes de Israel também são chamados de
“deuses” , elohim em hebraico. O primeiro
verso desse salmo mostra o Eterno D’us
presidindo a assembléia dos “deuses”, juízes
instituídos pela autoridade divina, que, embora
recebendo esse título de honra, não julgavam
com justiça; por isso, morreriam como homens
comuns (Veja também Ex. 22:8-9 e 27 – de
preferência no hebraico).

Concluímos então, que o termo “Deus” como


entendido pelas Escrituras, é também
empregado com relação a seres dotados de
grande autoridade, como Moisés, os anjos e os
juízes de Israel. Por esta razão, o profeta usou
o termo “Deus” em relação a Ezequias na
passagem de Is. 9:6-7. Que outro rei de Judá
teve mérito maior de ser assim designado?
Lembre-se do que ele fez como “Maravilhoso” e
“Conselheiro” se comparado a Jesus ou a
qualquer outro homem.

E mais: Devemos notar também que o título


“Deus Forte” não pode se referir ao D’us
Eterno, o Altíssimo --- isto porque Ele é
sempre chamado de D’us Todo-Poderoso, e não
de Deus Forte! Um “Deus” simplesmente
“Forte”, não pode ser classificado como o D’us
Todo-Poderoso!
(Gen.17:1/Ex.6:3/Jó11:7/13:3/21:15/22:3/22
:17/29:5/31:35/34:10/34:12/35:13/37:23)
Ezequias, rei de Judá, pode ser chamado de
“Deus Forte” porque era uma pessoa de
autoridade e poder, e que, ao contrário de
Jesus, fez realmente a vontade de D’us. Além
do mais, o próprio nome de Ezequias no
hebraico, testifica que ele era o “Deus Forte”
de Is. 9:6-7. Veja:

Ezequias = hyqzj (Chiz’kiah)


qzj = (chiz’k) – forte, fortalece
hy = (yah) – o S’nhor

Dessa forma, aprendemos que até mesmo o


nome do grande rei Ezequias testifica que ele
era o “Deus Forte” de Is. 9:6-7, pois
queEzequias significa literalmente, “O S’nhor
(D’us) fortalece/é forte”.
Cumprindo ainda o papel de uma pessoa com
grande autoridade (“Deus Forte”), o bom rei
Ezequias também intercedeu várias vezes por
seu povo --- por exemplo: quando muitos ainda
não estavam preparados para celebrar a
Pessach (Páscoa), e quando os assírios
ameaçaram o reino de Judá (II Crôn. 30:18-
20/II Rs. 19:15-19)

Pai da Eternidade

Note que Jesus no “novo testamento” NUNCA é


chamado de “PAI”, mas sim de “FILHO”! (Mat.
4:3/14:33/27:43/Mar. 3:11/Luc. 4:3 e
41/João 1:49/At. 9:20) --- Inclusive, na bem
conhecida “fórmula batismal” de Mat. 28:19-
20, cita-se o “Pai, o Filho e o Espírito Santo”.
Nenhum cristão jamais pensou em afirmar que
ali, Jesus referia-se a si mesmo quando
mencionou o “Pai”. Por que? Pelo simples fato
que no mesmo texto aparece o “Filho”, termo
que ele mesmo usou inúmeras vezes com
relação a si mesmo.
Outrossim, convém notar que a palavra “pai”
ba (av) em hebraico, também significa
“ancestral, fonte ou originador”.
Entendemos que Ezequias é o “pai (originador,
fonte) da eternidade” de Is. 9:6-7. Mas,
eternidade do que ? Vejamos o contexto
restante da passagem:

“Do incremento deste principado e da paz, não


haverá fim...”
Isaías 9:7

O que isto quer dizer? A passagem mostra que,


à partir do reinado de Ezequias, a linhagem
davídica que finalmente traria o Messias seria
preservada para sempre ---- por esta razão ele é
denominado “pai da eternidade”, o preservador
da linhagem da casa de Davi, uma fortaleza de
fidelidade ao S’nhor em meio à aberta
apostasia de seus contemporâneos. Na
seqüência do texto, vemos o “incremento” do
principado de Ezequias, isto é, o Messias,
reinando sobre o trono de Davi para sempre! E
já que foi mencionado em Is. 9:6-7 o “trono de
Davi”, cabe lembrar que Jesus não tem direito
a ele, uma vez que descende de Jeconias (v.
Jer. 22:28-30/Mat. 1:11) – Jesus está
EXCLUÍDO da linhagem messiânica para
sempre!

Príncipe da Paz

Os cristãos de forma geral, gostam de se referir


a Jesus como o “Príncipe da Paz”; entretanto,
para nós, é fundamental que observemos se o
caráter e as atitudes de Jesus promoveram ou
poderiam promover a paz. Vejamos o que ele
disse e fez.

• “Não penseis que vim trazer paz à terra, NÃO


VIM TRAZER PAZ, mas a espada!” (Mat. 10:34)
• “Vim lançar FOGO na terra!” (Luc. 12:49)
• “Quanto àqueles meus inimigos que não
quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os
aqui e MATAI-OS na minha presença!” (Luc.
19:27)
• “E orando, não useis de vãs repetições COMO
OS GENTIOS” (Mat. 6:7)
• “Insensatos e cegos...cheios de
rapina...sepulcros caiados” (Mat. 23:19,25,27)

Temos aqui, notáveis exemplos de Jesus como


“Príncipe da Paz”! Ele disse que não veio para
trazer a paz, mas sim, a espada; disse ter vindo
para “lançar fogo à terra” e matar os
“incrédulos”. De forma idêntica, ele
preconceituosamente rotula os gentios como
ignorantes e destituídos de quaisquer
qualidades (o interessante é que Paulo diz que
Jesus veio para “derrubar a parede de
separação” que supostamente existia entre
judeus e gentios! (Ef, 2:11-15); por fim, critica
asperamente os líderes do judaísmo, fazendo o
cristão mediano pensar que todos eles não
passavam de uma corja de aproveitadores e
falsários da Palavra de D’us. Quanto a esta
última acusação de Jesus, veremos logo a
seguir quem era verdadeiramente o
aproveitador e falsário!
Seriam essas atitudes compatíveis com alguém
que receberia o título de “Príncipe da Paz”?
Usemos do bom senso!

Por que Ezequias é o “Príncipe da Paz?

Porque ele promoveu a paz entre as tribos de


Israel, buscando uni-las no cumprimento dos
mandamentos do S’nhor (II Crôn. 30:1-27); nos
seus dias, muitas nações foram invadidas e
completamente devastadas pelos assírios; o
reino de Judá, entretanto, teve paz todos os
dias de Ezequias (II Crôn. 32:22-23). Fica
evidente então, que o reinado de Ezequias é
um bom símbolo do futuro reino messiânico,
onde haverá paz abundante e onde finalmente
as tribos de Israel estarão unidas para sempre
num concerto de paz (Is. 11:1-12/Ez. 37:21-
28)

Conclusão

Abrimos esse longo “parêntesis” sobre Is. 9:6-7


porque acreditamos que esta passagem pode
esclarecer muito a respeito do Emanuel de Is.
7:14. Pois bem: de posse de todas as
informações sobre essa passagem, agora basta
que examinemos Isaías 7:15 --- sendo esta
porção o chamado “golpe de misericórdia”
sobre quaisquer tentativas de colocar Jesus
como o “Emanuel”!

“Manteiga e mel comerá até que saiba rejeitar


o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que
este menino (o “Emanuel”) saiba rejeitar o mal
e escolher o bem, a terra ante cujos reis
tremes de medo será desamparada”

Muito bem: sabemos que tanto os verso 14


quanto o 15 de Isaías 7 foram dirigidos a Acaz,
o ímpio rei de Judá na época (Is. 7:10). A terra
ante cujos reis Acaz tremia de medo era a
Síria, agora em aliança com o reino rival de
Israel (Is. 7:2). Entretanto, a promessa divina é
que, antes mesmo que o menino que serviria
de sinal para Acaz e toda a casa de Davi (o
Emanuel) soubesse distinguir o mal do bem, os
inimigos seriam destruídos e desamparados.
De fato, Rezim rei da Síria seria mais tarde
morto por Senaqueribe (II Reis 16:9), e o reino
de Israel acabaria sendo levado para o exílio
entre 730-722 aEC (II Reis 17:22-23).
Se Jesus então é o “Emanuel” de Is. 7:14,
também o é no verso 15! Como então poderia
se cumprir o verso 15 em sua vida? Convém
notar que o “Emanuel” era um sinal apenas
para Acaz e para a casa de Davi e não para
todo o povo! O que significaria Jesus para Acaz
e para a casa de Davi naquela época? Nada!
Que nações foram desamparadas antes de
Jesus conhecer o bem e o mal? Nenhuma!
Entretanto, todos esses detalhes se encaixam
perfeitamente na vida de Ezequias, o grande
“Emanuel” de Is. 7:14-15.

III. Mães Virgens e Filhos Semi-


Deuses? Endereço Errado!!

Para o judeu praticante, a idéia de uma


suposta “mãe-virgem” tendo um filho gerado
por um deus é algo repugnante e inaceitável,
por vários motivos:
• Não há indícios na história sagrada que isso
algum dia ocorreria em Israel, entre os judeus.
Houve que se perverter o texto das Escrituras
para que isso se tornasse possível --- foi o que
vimos no estudo anterior. Todavia, o
cristianismo não conseguiu perverter o texto
original, e sim, apenas suas “versões”; isso
valeu muito como uma segurança para os
sinceros pesquisadores da verdade. Quem crê
num suposto “nascimento virginal” não está
encarando as Escrituras nem como a fonte
doutrinária judaica e muito menos como a
Palavra de D’us! Está encarando as Escrituras
na verdade, como uma obra comum, com
influências pagãs. Não está de forma alguma
levando a sério a mensagem dos profetas,
interpretando-a sob a ótica judaica plenamente
autorizada pelo S’nhor (veja Sal. 147:19-20),
mas sim, interpreta-a pela perspectiva pagã e
helenista do cristianismo.
• Não afirmamos com isso que uma “concepção
virginal” fosse algo difícil demais para D’us
realizar. Cremos em milagres bem maiores do
que esse, realizados pelo Eterno em favor de
Seu povo, tanto no passado quanto no presente
da história de Israel. Simplesmente o que
afirmamos aqui é que NÃO existe tal
possibilidade no contexto bíblico!
• Não há condição alguma da matéria densa
suportar a “plenitude da divindade” como
afirma o arqui-herege Saulo de Tarso (“apóstolo”
Paulo). D’us, segundo crê o judaísmo, é
atemporal e aespacial; Ele não é sujeito a tempo
ou espaço. Ele criou as dimensões, mas nãopode
também estar sujeito à elas. Ele é o Tudo e o
Nada ao mesmo tempo: não se pode dividir o
Tudo pois é infinito; também não se pode
dividir o Nada pois é a negação de todas as
concepções, a abstração absoluta --- o nihil. O
“nada” de D’us preenche todo o universo,
entretanto o Seu “algo” não está em lugar
algum. O Eterno não pode compartilhar de
nossas percepções sensoriais, pois é Espírito
perfeito. É por isso que a idéia cristã da
“plenitude” da divindade habitando um corpo
físico, material, como o de Jesus é inconcebível
e a mais grosseira heresia de acordo com as
Escrituras. A despeito das alegações sobre a
“natureza divina” de Jesus e sua suposta
“filiação sobrenatural”, todos os cristãos
admitem que ele tinha um corpo físico,
tangível, constituído de matéria orgânica
normal, células, órgãos, etc. Pensar de modo
diferente já era considerado heresia no meio
cristão desde os dias primitivos, mesmo no
tempo dos “apóstolos”, pelo que vemos II João
7. O que seria então desse corpo físico,
material, limitado caso TODA a plenitude da
divindade nele habitasse? Tal concepção cristã
perde o senso do ridículo, pois quando Paulo diz
que “nele (em Jesus) habita corporalmente toda
a plenitude da divindade” (Col. 2:9), se esquece
de que o S’nhor é Aquele “que o céu, e até o céu
dos céus” não podem conter (I Rs. 8:27/II Crôn.
2:6). Como poderia então um mero corpo
humano, mesmo o mais santificado que fosse,
conter “toda” a plenitude da divindade? Diz
também o Salmista: “Se subir ao céu, tu estás
lá; se fizer minha casa no sheol, tu ali também
estás” (Sal. 139:8) --- com isto, vem a pergunta:
Existe algum lugar que de D’us esteja vazio? É
óbvio que não! D’us preenche todas as coisas,
todo o universo, a expansão do ilimitado entre
tempo e espaço. D’us não é transgressor de Sua
próprias leis! O FINITO não pode conter o
INFINITO! Temos aqui além da impossibilidade
racional, também a possibilidade teológica uma
vez que o D’us Eterno habitando a matéria
nunca fez parte da fé de Israel, pois “céu é o
Seu trono, e a terra é o estrado de Seus pés” (Is.
66:1).

Nota adicional: Outro absurdo na declaração do


arqui-herege e arqui-“analfabeto” de Escrituras
Paulo de Tarso: ele fala sobre “toda a plenitude”
da divindade habitando em Jesus. Mas, o que
significa “plenitude”? ---- TOTALIDADE! Além
do absurdo teológico, o absurdo gramatical:
Paulo diz “TODA A TOTALIDADE” – será isso
possível em qualquer idioma?

• O conceito de uma “concepção virginal” não se


originou com o cristianismo. Essa idéia absurda
já figurava no pensamento pagão a milênios! Os
antigos povos idólatras do antigo oriente
acreditavam que de tempos em tempos, seus
“deuses” se faziam carne e habitavam entre os
homens --- soa familiar? O próprio “novo
testamento” admite tal idéia como algo comum
naquela época; Paulo e Barnabé teriam sido
confundidos com Zeus e Hermes (ou, Mercúrio)
pelos habitantes da Licaônia; aqueles pagãos
pensaram que os dois “deuses” tomaram forma
humana (“se fizeram carne”) e vieram visita-los;
outra vez, na ilha de Malta, Paulo após ter sido
supostamente picado por uma víbora e
sobrevivido, foi mais uma vez confundido com
um “deus”em forma humana (At. 14:11/28:6). O
curioso é notar que nem Paulo nem qualquer
outro discípulo de Jesus foram confundidos
como “deuses” pelos judeus. Por que? A
resposta para essa questão é que isso nunca fez
parte do pensamento ou da teologia judaica.
Esses “deuses” ou “semi-deuses” pagãos eram
sempre associados às deusas-mães, todas elas
virgens de acordo com a mitologia. Essas
“virgens” eram sempre visitadas pelos “deuses”
superiores, e acabavam gerando deles um
infante divino. Temos vários exemplos dessas
estórias fantasiosas na mitologia grega, mas foi
em Babilônia que o culto às deusas virgens
realmente floresceu.
Semíramis e Tamuz, por exemplo, eram
cultuados em toda a Mesopotâmia desde tempos
imemoriais; no Egito, a virgem-mãe era a deusa
Ísis, e seu filho, Hórus; na Índia, uma “gopi”
(virgem) teria gerado Iezu Krishna; em Canaã,
Aserá e seu filho, Baal. Em cada um desses
cultos pagãos, a mãe virgem do semi-deus era
associada à imagem da lua (o aspecto feminino
das detestáveis divindades pagãs), visto ser ela a
precursora do sol (símbolo dos filhos
supostamente gerados pelas mães-virgens). A
lua anunciava a cada noite a chegada de um
novo dia, antecedendo o sol; daí a ligação entre
o culto aos deuses gerados por virgens e o
adoração ao astro-rei. Deve-se a isso o fato de o
cristianismo ter adotado desde muito cedo o
domingo como dia de descanso em vez do
sábado, considerado uma instituição judaica,
pelos primitivos pais gregos da Igreja. Em
diversas línguas, tanto antigas quanto
modernas, a palavra “domingo” tem o sentido
de “dia do sol” ---- por exemplo,
Latim (clássico): Dies Solis
Alemão: Sonntag
Inglês: Sunday
Japonês: Nichiyobi
No Egito, onde o cristianismo cedo deitou suas
raízes, o culto aos mitos solares era muito
difundido. Foi ali que o helenismo (fusão das
culturas grega e orientais) desenvolveu-se ao
extremo. No país dos faraós, Ísis e Hórus eram
cultuados assim como Áton, o disco-solar. As
próprias Escrituras Sagradas demonstram como
o culto ao sol era comum no Egito, e por certo,
muito bem organizado com um complexo ritual
e um bem treinado exército de sacerdotes.
Potífera, sogro de José, era sacerdote de Om
(Gen. 41:45). Após a conquista de Alexandre
Magno (séc. III aEC), a cidade de Om passou a
ser chamada de Heliópolis, a cidade do sol; não
se pode ter certeza, mas é bem provável que Om
seja uma variante hebraica do nome Amom, um
outro mito solar egípcio. No antigo Egito, a
dupla divindade mãe-filho, lua-sol também se
fazia presente através dessas muitas
abominações --- e também foi ali que a idéia de
uma concepção virginal de Jesus passou a
ganhar cada vez mais aceitação entre os
cristãos, facilmente influenciados pela
Septuaginta, versão grega das Escrituras, e
também por Filo e Aristóbulo, apóstatas de
Alexandria (Egito) que se divertiam profanando
as Escrituras misturando-as com conceitos
estranhos, e interpretando-as em conformidade
com a filosofia e mitologia dos gregos. A idéia
de Jesus como um “deus” gerado por
“concepção virginal” resolveria, segundo a
teologia cristã, o problema do pecado “original”
herdado de Adão. Segundo o cristianismo, o
Messias deveria ser um homem de origem
divina, um elo entre “Deus” e os seres humanos,
um semi-deus, sem pecado, diferente do
restante da raça humana “decaída”. Da
necessidade de se ligar o divino ao humano, sem
a condição pecaminosa, surgiu a assimilação do
mito da “concepção virginal”. Como vemos, isso
não passa de uma grosseira adaptação de
antigas crenças pagãs.

IV. Jesus Segundo as Fontes Judaicas


Muitas questões surgem após tudo isso que
acabamos de verificar. Por exemplo: Se Jesus não
nasceu então de forma miraculosa (i.e., por
“concepção virginal”) qual então é a história
verdadeira sobre sua vida? Por que o cristianismo
forjou descaradamente uma “profecia” para
fundamentar uma doutrina? Pode-se aceitar tudo
o mais que se fala sobre Jesus sendo que sua
origem divina está definitivamente descartada?
Pode-se crer no que se encontra sobre Jesus nas
fontes judaicas, uma vez que o povo judeu
obviamente não o aceita como Messias?
Se o Jesus dos Evangelhos não é uma pessoa
histórica, de onde surgiu toda a estória contada
no “novo testamento”? O nome
hebraico/aramaico para os cristãos sempre foi
“notzrim”. Este nome deriva-se da raiz netzer que
significa um broto, ou renovo, um óbvio símbolo
messiânico. O fato é que já havia pessoas
chamadas de notzrim no meio judeu pelo tempo
do Rabi Yehoshua Ben Perachiah (c. 100 a.EC).
Embora os cristãos modernos declarem que o
cristianismo começou por volta do primeiro
século dessa era, é evidente que os primitivos
cristãos em Israel se consideravam uma
continuação do movimento notzri que já existia a
mais de 150 anos. Um dos mais notáveis notzrim
foi um homem chamado Yeshu Ben Pandera,
também conhecido como Yeshu Há-Notzri. Os
eruditos do Talmud sempre admitiram que a
estória de Jesus começou através da história
desse Yeshu. O nome hebraico/aramaico para o
Jesus dos Evangelhos sempre foi Yeshu (ou sua
variante Yeshua), e o equivalente hebraico para
“Jesus Nazareno” sempre foi Yeshu Há-Notzri.
Yeshu é uma abreviatura de Yeshua, e não de
Yehoshua. Na realidade, sabemos muito pouco
sobre a vida dessa Yeshu. Todas as obras
modernas que mencionam seu nome, usam como
referência informações tomadas de antigas fontes
judaicas, como a Tosefta e a Baraita, compostas
pelo mesmo tempo em que a Mishná (Talmud),
mas não contidas nela. Dado ao fato de que a
história de Yeshu é bastante danosa ao
cristianismo, alguns autores cristãos tentam
diminuir seu valor, dizendo tratar-se de “lendas
judaicas”. Essa atitude cristã não é, entretanto, de
todo nova. Como tais relatos já circulavam no
primitivo meio cristão, o próprio Paulo tratou de
desprestigia-los, dizendo a outro comparsa:

“...repreende-os severamente para que sejam sãos


na fé, não dando ouvidos à fábulas judaicas...”
(Tito 1:14/I Tim. 1:3-4)

Tanto na Tosefta quanto na Baraita, o pai de


Jesus é chamado Pandera ou Panteiri. Essas são
formas hebraico-aramaicas de um nome grego. Em
hebraico, a terceira consoante do nome é escrito
com um dálet ou um tet. Como prova de que a
história de Yeshu Ben Pandera ou, Yeshu Há-
Notzri era bem conhecida nos primitivos meios
cristãos (como afirmamos acima) citamos o
filósofo Celso, o qual foi bastante famoso por sua
crítica mordaz ao cristianismo primitivo, por
volta do ano 178 EC. Celso argumentava que ele
havia ouvido de um judeu que Maria, a mãe de
Jesus tinha se divorciado de seu marido, um
carpinteiro, após ter sido provado que ela era uma
adúltera. Ela teria perambulado pela Galiléia em
vergonha e ignomínia, dando à luz a Jesus em
lugar secreto. Seu pai verdadeiro era um soldado
romano chamado Panderas. De acordo com o
escritor cristão Epifânio (c. 320-403 EC), o
apologista cristão Orígenes (c. 185-254 EC) teria
dito que “Panteras” (ou “Panter”) era um apelido
de Jacó, pai de José, o pai adotivo de Jesus.
Tertuliano, outro “pai da Igreja” cita uma obra
judaica Toledot Yeshu em 198 EC com o mesmo
objetivo. Todavia, esta obra cita diversas vezes
Yeshu Ben Pandera, e Tertuliano faz uso dela para
defender o cristianismo! Nessa porção da Baraita,
Maria (Miriam) já desposada com outro homem,
adultera com um guerreiro chamado Pandera, e
seu marido leva o caso ao Rabi Shimeon Ben
Shetah. Ocorre o divórcio e Maria dá a luz a Yeshu
em segredo. Algum tempo depois, Yeshu já
crescido, caminhava diante dos Sábios com a
cabeça descoberta (um evidente sinal de
desrespeito e falta de religiosidade), enquanto eles
discutiam o tratado Nezikin. Como reação, os
eruditos se perguntavam se tal atitude não era
devido ao fato de que ele seria filho de uma
niddah (“impura”). Yeshu então entrou na
discussão e deu sua própria interpretação da
passagem em estudo, afirmando que Moisés não
poderia ser o maior dos profetas pelo que pediu
conselhos a Jetro. Isso fez com que os rabinos
começassem a investigar ainda mais as suas
origens e descobriram então através de Rabi
Shimeon Ben Shetah que ele era realmente fruto
de adultério, o que fez com que Yeshu tivesse que
fugir para a Alta Galiléia. O tempo passou e Yeshu
volta secretamente para a Judéia, onde aprende a
pronúncia do Inefável Nome de D’us, escreve-o
sobre um pergaminho e coze-o sob a pele de sua
coxa. Através de seu uso incorreto, passa a ser um
conhecido exorcista e curador nas imediações,
fazendo alguns discípulos diretos e indiretos.
Temos na Baraita Toledot Yeshu, os nomes dos
cinco (apenas cinco e não doze!) discípulos
originais de Yeshu: Mattai, Todah, Buni, Netzer e
Naki. Por esse tempo, Yeshu passa a se considerar
o Messias, e também Filho de D’us, e devido à
profanação do Nome Sagrado e de suas práticas
conectadas à magia hermética, ele é conduzido
várias vezes à prisão. Finalmente, ele é capturado
em Tiberiades, mas, escapando de seus
perseguidores, vai a Jerusalém e com alguns
discípulos entra no Templo, onde é desmascarado
e preso. Julgado, dá-se algum tempo para que se
apresentem testemunhas em seu favor, o que não
ocorre, e assim, ele é “pendurado na véspera da
Páscoa” (Talmud Sanhedrin, 43b)
Além de Yeshu, outro personagem da história
judaica também contribuiu para a formação do
mito sobre Jesus; seu nome era Ben Stada. Assim
como no caso de Yeshu, todas as informações que
dispomos sobre Ben Stada vem da Tosefta e das
Baraitas. De acordo com essas fontes, algumas
pessoas pensavam que esse “milagreiro” e
exorcista teria aprendido artes mágicas no Egito,
e outros achavam que ele era demente. Ele era um
impostor e foi pego através de testemunhas
ocultas, ou infiltradas entre seus seguidores.
Acabou sendo apedrejado em Lod (Lida).
Na Tosefta, Ben Stada é chamado de Ben
Sotera ou Ben Sitera. Sotera é sem sombra de
dúvidas uma forma hebraico-aramaica do nome
grego Swthroj (soteros), que significa “salvador”
(já ouviu algo parecido?).
Visto existir pouquíssimas informações sobre
Ben-Stada, muitas conjecturas apareceram sobre
quem ele realmente era. Sabemos pela Gemara
(Talmud) que ele era confundido com Yeshu. Isso
provavelmente tem a ver com o fato de que ambos
ensinavam doutrinas estranhas e estavam
seguramente envolvidos com feitiçarias e práticas
mágicas. Essa aparente confusão de nomes e
personagens faz até certo sentido se analisarmos o
nome Ben Stada e se levarmos em conta que ele
também é chamado na tradição judaica de Ben
Pandera. O nome “Stada” lembra a expressão
aramaica “stat da” que significa, “ela se perdeu”
--- assim, Ben Stada poderia significar “o filho
daquela que se perdeu”. Por esta razão pensa-se
que esta expressão refere-se à mãe de Yeshu, que
era uma adúltera. Até certo ponto está certo
afirmar então que trata-se de apenas um
personagem histórico cujo nome era Yeshu Ben
Pandera (Yeshu filho de Pandera) mas que também
era conhecido pelo apelido de Ben Stada (Filho da
Perdida). Sobre isso, Rabi Ben Azzai escreve:
“Encontrei um rolo genealógico em Jerusalém
que dizia: esse tal é filho bastardo de uma
adúltera”.
A bem da verdade, a idéia de que Maria havia
sido uma adúltera nunca saiu do inconsciente
coletivo da cristandade. Houve a “fuga”
psicológica da criação do caráter virginal e de uma
concepção miraculosa daquele que seria adorado
como ”filho de deus” --- entretanto, o peso do
testemunho judaico e das pessoas que viveram a
história era grande na época, e não se pode assim
tão facilmente se desvencilhar da verdade. A
solução encontrada? Dividir o caráter de Maria em
dois: um puro e virginal, para que se pudesse
manter a idéia de um “salvador” (lembra do Ben
Sotera?) sem pecado; essa seria Maria, a mãe de
Jesus; a outra parte, uma prostituta, uma mulher
de reputação pra lá de duvidosa --- é aí que entra a
mitológica figura de Maria, só que Madalena! A
idéia das duas Marias (na verdade, uma!) seguindo
a Jesus por toda a parte “caiu como uma luva” no
pensamento pagão tal como faziam Demeter e
Perséfone, seguindo Dionísio na mitologia grega.

Outras estórias sobre o Mito

Talmud (tratado Shabbat 104b) – Nessa porção do


Talmud, Jesus (ou, Yeshu) é chamado de “mago”
que aprendeu suas artes mágicas no Egito.
Talmud (tratado Sanhedrin 43 a) – Nessa passagem
temos os nomes dos cinco discípulos originais de
Jesus (Yeshu): Mattai, Buni, Todah, Naki e Netzer.
Talmud (tratado Shabbat 109 a/b) – Encontramos
nessa seção, uma declaração sobre a “doutrina” de
Yeshu. Aqui, ele é chamado como “aquele que
estraga a comida (Torah)”.
Pirkei Avot V. 19 – Nessa parte, Yeshu (Jesus) é
comparado a Balaão, o ímpio profeta que seduzia
outros a comer dos sacrifícios idólatras.

“Eu engane i eles ”

Resumindo o que aprendemos neste capítulo:


1. O Jesus dos evangelhos é claramente uma
personagem fictícia.
2. Sua vida, conforme narrada pelos evangelhos
foi na verdade baseada na vida de dois
apóstatas judeus que viveram cerca de 100
anos antes da época em que supostamente
Jesus viveu. Seus nomes eram Yeshu Ben
Pandera e Ben Stada.
3. Yeshu Ben Pandera era filho de uma adúltera
(daí a necessidade de se criar uma espécie de
“concepção virginal” para Jesus, pois como
seria possível o suposto “salvador da
humanidade” ser filho de uma pecadora?).
Entretanto, o cristianismo jamais conseguiu
se desvencilhar do caráter duvidoso da mãe de
Yeshu (“Jesus”). Prova disso é que houve que
se dividir o caráter de Miriam (Maria) em duas
personagens distintas e completamente
diferentes: uma, de aspecto virginal, tal como
as deusas-mães dos pagãos (no caso, Maria) e
outra, pecaminosa, a prostituta também
chamada Maria, mas com o apelido de
Madalena.
4. Tanto Yeshu Ben Pandera quanto Ben Stada
fugiram para o Egito (temos um reflexo disso
nos evangelhos, em Mat. 3:13-16)
5. Ambos ensinavam doutrinas estranhas ao
judaísmo e eram abertamente praticantes da
magia e feitiçarias (lembra da visita dos magos
ao “menino Jesus” em Mat. 2:1-10? Não é
mesmo interessante?)
6. Tanto um como o outro foram executados por
suas práticas abomináveis --- Yeshu Ben
Pandera inclusive foi executado na véspera de
Pessach (Páscoa). Já ouviu algo parecido?
(João 19:14)
7. Embora os cristãos digam que sua “religião”
teve início a dois mil anos, sabemos que um
grupo chamado “notzrim” (nazarenos) já
existiam a cerca de 150 anos.
V. A Origem Mítica do Culto a Jesus

“E o machado já está posto à raiz das árvores, e


toda árvore que não produzir bons frutos será
cortada e lançada no fogo” (Mat. 3:10)
O machado “posto à raiz das árvores” é uma clara
alusão a Jesus, feita por João Batista.
Aparentemente uma comparação simples e
ingênua, não fosse a mesma figura usada desde
tempos ancestrais a outros “deuses”, e alguns
deles com nomes bastante sugestivos como por
exemplo ESUS (faz lembrar alguém?). Esse tal
Esus era o “deus” das florestas e da vegetação
entre os gauleses (antigos habitantes da França) e
o mesmo “deus” formava uma trindade com
outros dois ídolos. O poeta latino Lucano faz
alusão a Esus numa de suas obras, as “Farsálias”;
nesse poema, Lucano refere-se ao ídolo como
“Esvs Horrensque Autaribus” (Esus de terríveis
altares), visto que, segundo se presumia, ele exigia
sacrifícios humanos. Esus era comumente
representado nos monumentos antigos brandindo
um machado contra uma árvore; como podemos
ver, as semelhanças entre JESUS e ESUS vão bem
mais além do que simplesmente seus nomes.

Baal, um “deus” defunto...

Esus tinha um outro “deus colega” em Canaã, não


de nome semelhante ao seu, mas igualmente
suposto protetor das matas, da vegetação e das
colheitas: seu nome era BAAL, figura
conhecidíssima das Escrituras Sagradas. Seu
nome significa “mestre”, “amo”, “dono” e
“senhor”. Seu culto se expandiu desde Canaã
(antigo Israel) até a Fenícia. O deus fajuto aparece
em vários monumentos cananeus também
brandindo um machado contra uma árvore. Diz
Martin Metzger:

“Na época da seca, Baal é morto por seus


antagonistas, Jam e Mot, as personificações
míticas do mar e da morte, permanecendo preso
no mundo subterrâneo, de modo que toda a
vegetação morre. No início da época das chuvas,
Baal é libertado do reino da morte com o auxílio
de sua irmã e esposa Anate, e ressurge para uma
nova vida de modo que toda a vegetação volta a
florescer” (História de Israel, pg. 49 – Ed. Sinodal,
1989)

Já ouvimos algo semelhante: um “deus” que


morre e ressurge (ressuscita) para uma nova vida!
É curioso notar que, no hemisfério norte, a
primavera começa em abril, por isso a suposta
“ressurreição” de Baal era celebrada nesse mês.
Não é nesse mesmo mês de abril que celebra-se a
“páscoa” cristã que marca a suposta
“ressurreição” de Jesus? Mas que “coincidência”
interessante...

Tamuz, o “deus” cujo símbolo é a cruz

Uma outra estória interessante sobre o panteão


dos deuses pagãos refere-se a Tamuz. Esse “deus”
babilônico teria existido primeiramente sob forma
humana (mais um??) na pessoa do filho de
Semíramis, esposa do Nimrod bíblico (Gen. 10:8-
10). É óbvio que as Escrituras nada dizem a
respeito: trata-se apenas de crenças supersticiosas
e idolátricas dos antigos babilônios. Antiguíssimas
tradições mesopotâmicas afirmam que o próprio
Nimrod era filho de Semíramis.
Conseqüentemente, ela concebera Tamuz do
próprio filho. Nimrod seu pai tornara-se
extremamente corrupto, praticante de artes
mágicas, advinhação e bruxaria. Ele, de acordo
com a lenda teria sido o fundador do antigo
império babilônico.
Semíramis, sua esposa e mãe, passou a ser
considerada “deusa” após a morte de Nimrod. A
ímpia rainha aproveitou-se da ocasião para
declarar seu filho-esposo como o “deus sol”,
passando o mesmo a ser conhecido como Bel ou
Baal. Mais tarde, o mito foi levado até Canaã,
sendo amplamente adotado pelos pagãos
cananeus. Em Canaã, Semíramis passou a ser
conhecida como Astarte, ou Astarote. Parece
evidente que esse culto infame chegou de certa
forma a se fixar ainda que ilegitimamente mesmo
entre os hebreus (Jz. 6:25-32).
Semíramis, segundo diz a lenda, exigia sacrifícios
humanos, e embora se declarasse virgem, deu a
luz a um filho, a quém chamou Tamuz, afirmando
que o espírito de Bel (Baal/Nimrod) era o pai.
Tamuz passou a ser considerado uma
“reencarnação” de Nimrod. A partir daí,
Semíramis passou a ser representada como a lua,
recebendo o apelido de Istar ou, Astarte/Astarote,
que significa “oculta, escondida” --- uma óbvia
menção à sua suposta “virgindade”. A palavra
estrela ou astro lembra o nome dessa abominação
babilônica. Em antigos monumentos e estatuária
mesopotâmica, Semíramis era representada como
uma virgem carregando o “deus-sol” em seus
braços. Já viu ou ouviu algo semelhante?
O mito Baal/Tamuz foi amplamente divulgado
pelo médio oriente à partir do século VIII e VII
a.EC, e entre os fenícios, ficou sendo conhecido
como Adônis. Por meio dos fenícios, ativos
comerciantes e navegadores, o mito chegou à
Grécia. Adônis, na mitologia grega, morria e se
levantava novamente, para propiciar “salvação”
por meio da catarse (expurgo de tudo o que é
“mal”).
Voltando ao mito original, a lenda babilônica
afirma que a morte de Tamuz era celebrada
anualmente entre a primavera e o verão (no
hemisfério norte), mais precisamente na primeira
metade do que hoje seria o mês de junho. Era
costume nessa época “chorar a morte de Tamuz”
por todo o vasto império. Esses rituais envolviam
um culto ao luto e à fertilidade. O grande pranto
por Tamuz chegou até mesmo a atrair os judeus
apóstatas (Ez. 8:14-15); era costume dos
adoradores carregaram a imagem de seu “deus”
morto por todas as partes, tal como se faz hoje em
dia no feriado cristão de “corpus Christi”,
curiosamente no mesmo mês de junho!!
Fato ainda mais curioso: A CRUZ já era usada
naqueles tempos como símbolo de Tamuz! Veja a
citação do livro “The Cross in Ritual,
Architecture and Art” (A Cruz nos Rituais,
Arquitetura e Arte) :
“É um fato estranho, contudo inquestionável, que
nas eras muito anteriores ao nascimento de
Cristo, e desde então, em terras intactas ao
ensino da Igreja, a cruz tem sido usada como
símbolo sagrado...o Baco grego, o Tamuz tírio, o
Bel caldeu e o Odin nórdico, todos foram
simbolizados pelos seus devotos por um
instrumento cruciforme” ( de G.S. Tyack, pág. 1 –
Londres, 1900)

“An Expository Dictionary of the New Testament”


(Dicionário Expositivo do Novo Testamento):
“A forma da cruz de duas vigas teve sua origem
na antiga Caldéia e foi usada como símbolo do
deus Tamuz (tendo a forma do tau místico, a
letra inicial do seu nome...Assim se adotou o tau,
ou o T, na sua forma mais freqüente, com a peça
transversal abaixada um pouco para representar
a cruz de Cristo” (W.E. Vine, pg. 256 – Londres
1962)

Eruditos cristãos de todas as


denominações ficam perplexos ao estudar
a origem da cruz do cristianismo; dizemos
de “todas” as denominações porque,
embora admita - se que apenas a Igreja
Católica Romana adore (ou como
a cruz “tau” era usada
como símbolo de Tamuz
preferem, “venere”) a cruz, sabemos pelas
epístolas de Paulo que era seu costume,
“vangloriar-se na cruz de Cristo” !

Como o símbolo de Tamuz foi adotado pelo


Cristianismo
O ponto decisivo da adoção da cruz como símbolo
do cristianismo foi dado muito provavelmente
ainda nos tempos do Império Romano, por volta
de 313 EC, a data da conversão do imperador
Constantino ao cristianismo. Como ocorreu essa
conversão? Em 306 EC, Constantino sucedeu a
seu pai, e por fim, junto com Licínio, tornou-se
co-regente do Império Romano. Ele foi
seguramente influenciado por sua mãe, e por sua
própria crença na proteção dos “deuses”. Antes de
partir para uma batalha na região de Roma,
Constantino afirmou que tivera um sonho em que
uma voz lhe disse para pintar um monograma das
iniciais do nome “Cristo” em grego nos escudos de
seus soldados. Ele assim fez, e próximo à ponte do
rio Milvius em 312 EC, Constantino derrotou as
forças do exército de Mexêncio --- segundo ele
mesmo, sob a proteção do monograma, composto
pelas letras CR, do nome Cristoj (Christos). Pouco
depois desse espisódio, Constantino aparecera
como cristão; começara então a receber apoio de
muitos membros da nova fé em seu governo.
Assim, em 313 EC ele proclama o Edito de Milão,
decretando o cristianismo como “religião oficial”
do Império Romano, fazendo com que dessa
forma, milhões de pessoas que numa noite
dormiram como pagãs e idólatras, se acordassem
no outro dia como novos “cristãos”. Obviamente
usamos os termos “pagãs e idólatras” aqui apenas
para efeito de contraste, porque como vimos,
pouca diferença (se é que alguma) havia entre o
paganismo romano e o cristianismo já naquela
época.
A marca ao lado é o conhecido
“monograma de Constantino”.
Esse compõe-se de duas letras
gregas , X (chi) e P (rho)
sobrepostas. Foi esse emblema
que o imperador romano mandou
pintar sobre os escudos de seus
soldados. De acordo com os
cristãos, esse símbolo representa
o nome “Cristo” em grego.
Entretanto, esse mesmo símbolo
já fora usado desde tempos
imemoriais em contextos pagãos
e idólatras!
Na verdade, nesses contextos, o símbolo
representava uma CRUZ (veja as hastes da mesma
na forma de um “X”) idêntica à usada no culto a
TAMUZ, visto que o “tau” (letra T) inicial do nome
do ídolo na antiguidade era sempre na forma de
um X; posteriormente, ganhou a forma de um T.
Hoje em dia, os cristãos dizem que a cruz em
forma de X é a “cruz de santo André”
supostamente martirizado na Etiópia. Algumas
moedas cunhadas no tempo de Herodes, o Grande
(falecido no ano 4 aEC) também trazem o mesmo
símbolo: se foram cunhadas ANTES do nascimento
de Jesus, então como se explicaria a presença de
tal emblema, se é realmente exclusividade do
cristianismo?
Será que Herodes era “cristão”?

Os Dezesseis “Salvadores” Crucificados


Kersey Graves, em seu famoso livro “The Sixteen
Crucified Saviors” (Os Dezesseis Salvadores
Crucificados), explica como a idéia de um “deus”
que morre como “expiação” pelos pecados dos
fiéis sempre foi comum à todas as culturas pagãs.
Em seu questionamento, ele cita Paulo, o arqui-
apóstata, dizendo: “Pois nada me propus saber
entre vós, senão a Jesus Cristo, e este
crucificado” (II Cor. 2:2). Graves diz que essa
declaração de Paulo parece ter sido colocada com
a nítida intenção de cercear, limitar o pensamento
cristão; esse mau exemplo foi seguido de perto
pelo cristianismo primitivo e também pela Igreja
que o sucedeu. Num mundo totalmente dominado
pelas estórias pagãs de deuses e semi-deuses que
voluntária e altruisticamente entregavam suas
vidas em prol de seus fiéis, era imperativo que
Paulo e os demais líderes cristãos limitassem a já
curta mentalidade dos fiéis e seguidores, a fim de
que pensassem apenas em Jesus como um deus
“crucificado”, recebendo-o sem questionamentos
como um personagem histórico que agora,
reassumia seu caráter supostamente “eterno”.
Hoje em dia, todo cristão gosta de pensar em
Jesus como um bom e amável “deus” que se
entregou em “sacrifício” para “salvar” seus
seguidores: “só Jesus!”, dizem eles --- só ele foi
capaz disso! Será?
Estudiosos do mundo todo discordam. Há milênios
atrás, os Persas tinham o mesmo sentimento com
relação a Mitra; os antigos astecas do México, até
algum tempo antes das missões cristãs
espanholas, deleitavam-se em Quetzacoatl, o deus
branco e de barba que, de igual forma, sacrificou-
se por eles. Graves argumenta que a Igreja em seu
início, tentou inúmeras vezes obliterar as
evidências de que outras culturas tinham um
credo semelhante ao defendido pelo cristianismo,
pelo simples fato de que, agora senhora do mundo
e herdeira do Império Romano, a Igreja precisava
assegurar sua posição de destaque ; se o
cristianismo não tivesse nada de diferente para
oferecer, então qual seria a finalidade de sua
existência? Assim, teve início uma verdadeira
“guerra santa” não só contra tudo o que era
diferente, mas também contra tudo que era
semelhante ao cristianismo. Para tanto, templos
pagãos foram transformados em igrejas, deuses,
semi-deuses e heróis mitológicos foram
“cristianizados”, ganhando o status de “santos”,
personagens que não apenas nunca foram cristãos
mas também nem sequer existiram. Todavia, algo
não se conseguiu ocultar: o fato de que o sucesso
do cristianismo entre os gentios deveu-se, sem
dúvida alguma, às semelhanças inegáveis da
doutrina cristã com as antigas crenças pagãs.
Então, a gruta onde adorava-se Tamuz passou a
ser determinado como o local exato do
nascimento de Jesus, e isso de acordo com o
testemunho de um peso-pesado do cristianismo
primitivo: Jerônimo. Algum tempo mais tarde, o
grande templo de Diana em Éfeso, vira uma igreja
dedicada à Maria, então proclamada como
“teótokos” (mãe de deus). Edificam-se diversas
igrejas em Roma, entre as quais, uma sobre a
colina do Vaticano, outrora um templo dedicado à
Cibele (também chamada de Juno). Kersey Graves
prova em seu livro que, uma das semelhanças
mais notáveis entre o cristianismo e as outras
religiões pagãs é o fato de todas elas terem o seu
próprio “deus-crucificado”. De acordo com o
autor, esses são os dezesseis “deuses” que teriam
sido crucificados ANTES de Jesus:
1. IEZU KRISHNA, crucificado na Índia (1200 aEC)
2. SAKIYA MUNI, crucificado na Índia (600 aEC)
3. TAMUZ, crucificado em Babilônia (ou Suméria)
4. WITTOBA DOS TELLINGONESIC, crucificado
em 522 aEC
5. IAO DO NEPAL, crucificado no Nepal em 622
aEC
6. ESUS dos Celtas, crucificado em 834 aEC
7. QUETZALCOATL, crucificado no México em
587 aEC
8. QUIRINUS de Roma, crucificado em 506 aEC
9. AESCHYLLUS PROMETEUS, crucificado em 547
aEC
10.THULLIS do Egito, crucificado em 1170 aEC
11.INDRA do Tibet, crucificado em 725 aEC
12.ALCESTOS DE EURÍPEDES, crucificado em
600 aEC
13.ATYS da Frigia, crucificado em 1170 aEC
14.CRITE da Caldéia, crucificado em 1200 aEC
15.BALI de Orissa, crucificado em 725 aEC
16.MITRA da Pérsia, crucificado em 600 aEC.

O Que Há Em Um Nome?

A pergunta do dramaturgo inglês William


Shakespeare pode ser parcialmente respondida
por outra gema do pensamento: “há mais
mistérios entre o céu e a terra do que supõe
nossa vã filosofia”. Muito cedo no cristianismo o
nome “Cristo” passou a ser usado não mais como
uma tradução para o grego do termo “mashiach”
(messias), mas assumiu a função de “sobrenome
divino” para Jesus de Nazaré. A palavra está
enraizada no termo criw (chrio), que significa
“ungir, untar” (especificamente um cavalo para a
batalha). Verificamos que esta palavra foi
introduzida em outras nações quando se fez a
tradução das Escrituras para o grego (a
Septuaginta) cerca do séc. III aEC. Onde quer que
no texto hebraico aparecesse a palavra mashiach
(ungido), os tradutores verteram-na para
christos. Ciro, o rei da Pérsia, foi chamado de
“ungido” em Is. 45:1, e no Salmo 105:15, a forma
plural é usada com relação aos patriarcas. Nas
Escrituras, o termo “mashiach” (ungido) limita-se
em seu uso apenas ao rei judeu, aos sacerdotes,
aos ancestrais dos israelitas e a Ciro.
Já a palavra grega “Christos” vinha sendo usada a
milênios entre as escolas de mistérios do oriente,
como nome e título de avatares e supostas
“encarnações” de divindades --- tudo isso em
épocas bem anteriores a que supostamente Jesus
teria vivido.
A forma do nome “Christos” tem uma semelhança
pra lá de suspeita com inúmeras divindades
egípcias. Tachut, mais conhecido por Thot tem
sua forma latina como “Mercúrio”, e a grega
“Hermes”. Thot no Egito, era conhecido como o
“deus da magia”, o deus dos magos, e a palavra
em si, quando vertida para o hebraico, significa
“sob, embaixo”. A mesma raiz hebraica tjt
(tachat) significa “em lugar de” e por extensão,
“substituto”. Em latim, o termo seria “inferus”,
de onde extraímos o termo português “inferno”
(lit., “o lugar que fica embaixo”). Entre os
egípcios, Thot era conhecido como “o senhor de
maa”. “Maa” ou, “Maat” significa “verdade”
(similar ao hebraico tma = emet). MAA KHERU,
que significa “palavras verdadeiras”, é a base ao
que parece para a forma latina “Mercúrio”.
Mercúrio ou Hermes, era conhecido como o deus
da fala, da palavra, patrono dos oradores,
conforme deixa transparecer mesmo o “novo
testamento”:
“Chamaram Júpiter a Barnabé, e MERCÚRIO a
Paulo, porque este era o que FALAVA” (At. 14:12).
A letra ou sinal hieróglifo egípcio KH é
geralmente transcrito no grego pela letra c,
pronunciada guturalmente como “ch”. O KHERU
dos egípcios seria então o CHERU (vertido para o
grego) formado pelos sinais CH-R. Estas
consoantes formam, como vimos anteriormente,
o famoso criptograma grego CR (transliterado
“ch-r”) dos primitivos cristãos, que ainda hoje
pode ser visto nas catacumbas de Roma, e em
muitos outros antigos monumentos cristãos. É
crença generalizada que esse monograma (usado
também por Constantino) refere-se ao deus dos
cristãos, “Cristo”, escrito em grego CRISTOS, e
isso, em todos os documentos cristãos. No
evangelho de João (cap. 1:1), Jesus é chamado de
VERBO, em grego, o “logoj”, significando “a
palavra”, uma clara alusão ao Mercúrio latino,
deus da palavra, dos oradores e porta-voz dos
deuses; ou ao Thot egípcio, deus das profundezas,
senhor da magia. Cabe também salientar que nas
antigas “escolas de mistério” do oriente, o termo
“christos” era usado mesmo séculos antes do
cristianismo como uma referência às diversas
encarnações de deuses que desceram a terra para
orientar seus seguidores. O mesmo termo já era
usado com relação a Zoroastro (“a semente das
estrelas” em persa), cujo nome também pode ser
interpretado como “filho de(dos) deus(es)”. Eis aí
parte da origem do culto a Jesus --- suas fontes
não tem nada a ver com as Escrituras; são antes
um vívido reflexo e ressurgimento de antigos
mitos e cultos de mistérios, todos eles,
abomináveis de acordo com a Torah e os profetas
(Lev. 19:31/20:6 e 27/Deut. 18:11/Jer. 27:9).

A Origem de “José” como “Pai de Jesus”

Por que as pessoas crêem que a mãe de Jesus


chamava-se Maria e seu marido José? Por que os
não-cristãos acusam-na de adultério, quando os
cristãos a tem como uma “virgem”? Para
sabermos a verdade, devemos investigar alguns
eventos relacionados a história de Yeshu. Não
esperamos com isso reconstituir fidedignamente
toda a verdade sobre o mito de Jesus, visto serem
muitos detalhes ainda confusos e até de aspectos
lendários, mas temos certeza que existem outras
opções além daquela de se aceitar cegamente
tudo o que diz o “novo testamento”.
O nome JOSÉ para o padrasto de Jesus é fácil de
se explicar. O movimento notzri (nazarenos) era
particularmente popular entre os samaritanos.
Enquanto os fariseus aguardavam um Messias
descendente de David, os samaritanos
aguardavam um Messias que restaurasse o reino
setentrional de Israel. Os samaritanos
enfatizavam sua descendência parcial das tribos
de Efraim e Manassés, que eram descendentes do
José da Torah. Os samaritanos se consideravam
“bnei Yosef” isto é, “filhos de José”, e visto terem
crido que Jesus era seu Messias, passaram a ver
nele o “filho de José”. A população de fala grega,
que tinha pouco, se é que algum conhecimento da
língua hebraica/aramaica e das verdadeiras
tradições judaicas, podem ter facilmente
confundido os fatos e crer que verdadeiramente
Jesus era filho de um tal “José”. Esta conjectura
pode ser facilmente atestada se notarmos que o
nome do pai do José dos evangelhos de acordo
com Mateus é Jacó, exatamente como o nome do
pai do José da Torah! Mais tarde, outros cristãos
que entendiam que o Messias deveria ser
descendente de David, tentaram ligar José a
David --- dessa forma, apareceram na tradição
cristã as duas genealogias contraditórias de Jesus
como apresentadas em Mateus e Lucas. Quando
então surgiu no meio cristão que a idéia de que
Maria deveria ser uma “virgem”, o José mítico foi
relegado à simples posição de seu marido e
padrasto de Jesus.

A Origem Mítica do nome “Maria”

A estória que Maria (Miriam) era uma adúltera não


foi obviamente aceita pelos primitivos cristãos. A
estória da “concepção virginal” foi certamente
inventada para “limpar o nome” de Maria.
Entretanto, a estória dessa tal “concepção
virginal” não foi criada pelos cristãos.
Nascimentos virginais eram comuns entre as
crenças pagãs no mundo oriental, como já
anteriormente vimos. Todos os personagens que
seguem foram supostamente gerados por virgens:
Rômulo e Remo, Perseu, Zoroastro, Mitra, Osíris-
Aion, Agdistis, Átis, Tamuz, Adônis, Koribas e
Dionísio. A crença pagã sobre a união de “deuses”
com humanas (virgens ou não) era ainda mais
comum. Muitos personagens na mitologia pagã
eram tidos como fruto dessas uniões. A crença
cristã de que Jesus era filho de “Deus” com uma
“virgem” era uma típica superstição greco-
romana. Filo de Alexandria (c. 30 aEC – 45 EC) já
falava sobre a crença predominante entre os
pagãos de uniões entre “deuses” e humanas.
O falso deus TAMUZ, sobre quem já falamos
bastante em capítulos anteriores, era adorado ao
norte de Israel como filho da virgem Myrra. O
nome Myrra lembra superficialmente o nome
Miriam/Maria, e é possível que essa estória
mitológica em particular tenha influenciado a
doutrina cristã do que qualquer outra. Assim
como Jesus, Tamuz era sempre chamado “Adon”
(senhor) --- o deus Adônis na mitologia grega era
equivalente ao Tamuz sírio. Como veremos mais
adiante, as conexões entre Jesus e Tamuz vão
bem mais além do que isso.

“O Nazareno” de Nazaré?

Os primitivos cristãos achavam que o Messias


deveria nascer em Belém. Esta crença deriva-se de
uma má interpretação de Miquéias 5:2, que
simplesmente determina que Belém era a cidade
onde a linhagem davídica começara. Por crerem
que Jesus era o Messias, os primitivos cristãos
automaticamente associaram seu nascimento à
cidade de Belém. Mas por que cria-se também que
ele vivera em Nazaré? A resposta é bastante
simples. Os primitivos cristãos falantes da língua
grega não sabiam o que a palavra “nazareno”
significava. A forma grega mais primitiva desse
nome é Nazwraioj (“nazoraios”), derivado de
ayrwxn (“natzoryia”), equivalente aramaico do
hebraico yrxwn (“notzri”)
---lembre-se que yrxwnh uwcy ( “Yeshu ha
Notzri” ) é o nome original para “Jesus o
Nazareno”. Os primitivos cristãos pensavam então
que “nazareno” fosse uma referência à aldeia de
Nazaré, e assim, passaram a conjecturar que Jesus
tivesse vivido nessa cidadezinha da Galiléia. Na
verdade, como já havíamos visto anteriormente, o
termo refere-se à seita dos notzrim
(“renovos”/”rebentos”) que já existia há mais de
150 anos antes do suposto nascimento de Jesus
dos evangelhos. Eles simplesmente ignoram o fato
de que a cidade de Nazaré é chamada em hebraico
trxn (“Natzrat”) e Nazareno é ytrxn (“Natzrati”),
nada tendo a ver com o termo notzri, que
designava não uma cidade, mas sim, uma facção
político-religiosa.

Razões para cremos no Nascimento Virginal???

Don Stewart, conhecido pensador cristão em sua


obra , “101 Perguntas que as Pessoas mas Fazem
sobre Jesus” (págs. 61-62) afirma que existem
quatro razões para que se creia no “nascimento
virginal” de Jesus. Analisemos estas quatro
razões:

1. A primeira dessas razões seria em relação a


Jesus como “deus-filho”, a segunda pessoa da
“trindade”. Afirma ele que “se Jesus tivesse
sido filho biológico de José, ele não poderia
ser ‘filho de Deus’. Assim, segundo Stewart,
Jesus não passaria de um mero ser humano
comum, e não mais ‘filho de Deus’ como
afirmam claramente as Escrituras; sua
existência então teria tido um princípio, não
mais seria eterna. Como diz a Bíblia: ‘no
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus’ (João 1:1)”.

Refutação:
Esta passagem da obra de Don Stewart contém o
maior número de erros por centímetro quadrado da
história literária universal. Vejamos:
a) JESUS NÃO É NENHUM ‘DEUS-FILHO’, até
porque foi o próprio S’nhor D’us de Israel que
disse: “Vede agora que Eu, Eu o sou, e mais
NENHUM deus comigo” (Deut. 32:39 –ARC). Não
há referência em nenhuma parte das Escrituras
a um suposto “deus-filho”, pois nelas, o Eterno
é sempre chamado de “Pai”. Vejamos agora
quem é o FILHO DE D’US:
Está escrito no livro dos Provérbios, “...qual é o
nome do Seu Filho (i.e., de D’us) se é que o
sabes?” --- e é o próprio S’nhor que responde
essa pergunta: “ISRAEL É MEU FILHO MEU
PRIMOGÊNITO” (Ex. 4:21). Disse mais: “...Eu te
disse, Deixa ir o MEU FILHO para que me
sirva” (Ex. 4:23).
Por intermédio do profeta Jeremias, disse o
S’nhor: “Porque Eu sou um PAI PARA ISRAEL”
(31:9) e também pelo profeta Oséias:
“ISRAEL...do Egito chamei o MEU FILHO” (11:1)
Onde estão as referências de que D’us é alguma
vez chamado de “Filho” nas Escrituras, ou
ainda, referências que afirmam a existência de
um “deus-filho”? Os cristãos é que devem
apresenta-las!!
b) Don Stewart afirma também em sua obra que
“as Escrituras claramente declaram que Jesus
é o Filho de Deus” --- só se for no “novo
testamento” porque, nas VERDADEIRAS
Escrituras, já vimos quem é o FILHO DE DEUS:
ISRAEL!! Entretanto, se afirmarem que trata-se
das “Escrituras” do “novo testamento”,
respondemos que dificilmente alguém poderá
ter esses escritos profanos como Escritura após
estudar os outros tópicos desse trabalho ---
aqui, analisaremos as contradições, erros e
manipulações encontradas nos evangelhos e
epístolas da Bíblia cristã.
É interessante notar que na mesma proporção
que o “novo testamento” declara que Jesus é o
“filho de Deus” (ou “deus-filho”), o Alcorão
também declara que Mohammed (Maomé) é “o
mensageiro de Deus e o selo dos profetas”
(Surah 33:40). Crêem os cristãos nesta
declaração alcorânica simplesmente porque
está escrito no livro que os muçulmanos
consideram sagrado? --- Claro que não!! Da
mesma forma, os judeus não aceitam as
declarações feitas sobre Jesus no chamado
“novo testamento”. Elas precisam estar
embasadas nas Escrituras que eles (os cristãos)
chamam de “antigo testamento”. Como pode
então Don Stewart descaradamente afirmar que
as Escrituras “claramente” afirmam que Jesus
é o Filho de Deus? --- Já vimos quem o é :
ISRAEL, e mais ninguém!!
c) Don Stewart cita o texto de João 1:1 na
intenção de “provar” a suposta pré-existência
de Jesus: “No princípio era o Verbo (gr.
“lógos”), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus”. Isto não passa da mais crassa
heresia, pois o conceito do “Logos” (logoj)
não é bíblico. O vocábulo grego significa
“palavra”, e já era usado entre as escolas
místicas do médio oriente há séculos. Foi
todavia com Platão (filósofo grego, séc. V aEC)
que o vocábulo ganhou a forma que João usa
em seu “evangelho” --- a doutrina do “Logos”
como um ser eterno. Mesmo entre os judeus
helenistas este conceito prevaleceu,
influenciando gerações que viviam no Egito,
Grécia e Ásia Menor. Foi justamente no Egito
(Alexandria) que dois filósofos helenistas, Filo e
Aristóbulo, começaram a expandir conceitos
bíblicos traduzindo-os em conformidade com a
filosofia platônica. Platão segundo esses dois
filósofos, era Moisés “falando grego”. Tanto
para Filo quanto para Aristóbulo, certas
passagens bíblicas só faziam sentido se
interpretadas à luz do sistema filosófico
platônico e também pela lógica aristotélica;
assim, reinterpretaram Provérbios 1-9. Suas
“ampliações” em relação à “sabedoria” (tema
dos capítulos iniciais do livro de Provérbios)
levaram muitos a fundir o helenismo com o
judaísmo --- terreno “fértil” em que o
cristianismo se desenvolveu. Nas obras de Filo
e Aristóbulo, assim como nos escritos apócrifos
e gnósticos, a SABEDORIA é personificada. Ela
surge como mestra que atrai e adverte seus
discípulos. Finalmente, transforma-se em
hipóstase, uma “semi-criatura” que já existia
antes da Criação, obtendo através dela suas
qualificações (examine, por exemplo, certas
passagens apócrifas, tais como Sabedoria de
Jesus 1:24/Sabedoria de Salomão 6-9). Essas
“qualificações da sabedoria” passaram no meio
cristão a ser aplicadas a Jesus (já chamado
“Cristo”), criando a lendária e mitológica figura
de um semi-deus, pré-existente em hipóstase, e
assim, tanto nos escritos de João quanto nos
de Paulo, Jesus passou a ser chamado de
“Verbo” (Logos) pré-existente e sabedoria de
Deus (João 1:1/I Cor. 1:24 e 30/Col. 2:2-3). O
“Logos” (ou, o Verbo, a Palavra) era um dos
temas preferidos dos gnósticos e docetas,
doutrinas helenistas que deixaram profundas
marcas no cristianismo primitivo.
Outro fato que deve ser notado é que João 1:1
afirma que o “Verbo estava com Deus”.
Entretanto, o S’nhor diz: “Vede agora que eu,
eu o sou, e NENHUM OUTRO DEUS COMIGO”
(Deut. 32:39-ARC). Se não havia NENHUM outro
DEUS com o Eterno, como estaria Jesus, o
suposto “deus-fiho” COM Ele?
2. A segunda razão para crermos no “nascimento
virginal” de acordo com Don Stewart, diz
respeito à suposta “natureza sem pecado” de
Jesus, visto que segundo ele, “Se Jesus tivesse
tido pai humano, teria herdado a natureza
pecaminosa, como todos nós”. Conclui Don
Stewart: “Se Jesus fosse filho de José, sua
natureza sem pecado seria um mito”.

Refutação:
Esquece-se o sr. Stewart que, por mais que Jesus
NÃO fosse filho de José, ainda assim ele era filho
de Maria. Será que a “natureza pecaminosa” só
pode ser passada ao filho pelo pai? Onde está
escrito isso? Se Maria foi concebida da forma
convencional, então ela também herdou a
mesmíssima natureza “pecaminosa” de todos os
humanos normais! De acordo com a doutrina
ortodoxa cristã, o pecado de Adão teria passado a
todos os seres humanos --- pois como diz o arqui-
herege: “Pelo que como por um homem entrou o
pecado no mundo, assim também a morte passou
a todos os homens, porque TODOS pecaram”
(Rom. 4:12) e “TODOS estão debaixo de pecado”
(Rom. 3:9)

. Convém lembrar a essa altura que o “novo


testamento” fala que Jesus nasceu de uma
“concepção virginal”, mas cala-se completamente
sobre uma possível concepção virginal de Maria.
Logo, todos os cristãos (exceto católicos romanos)
concordam que Maria também tinha pecado, e
“natureza pecaminosa”. O que fez então que ela
não passasse tal “natureza” para o filho? Mais
uma vez, nada há nem mesmo no “novo
testamento” que declare isso. Se algum cristão
disser que Maria não teve pecado, está como de
costume, indo além do que está escrito!!
Caso afirmem que Deus teria preservado Jesus no
momento da concepção de herdar a natureza
“pecaminosa” de sua mãe, poderemos questionar:
(1) Onde está escrito isso? (2) Se isso é assim,
porque então Jesus não poderia ter um pai
humano? Deus poderia ter igualmente preservado
o menino de herdar a natureza pecaminosa de seu
pai!! --- Ou não?? Que “deus” é esse do
cristianismo?
Veja: A simples afirmação de que Jesus não era
filho de José NÃO o livra da condição idêntica de
todos os seres humanos, pois ainda que tivesse
uma natureza “divina” (se fosse isso possível), ele
teria recebido de suas mãe todas suas
características biológicas, portanto, seria filho de
um ser humano comum, absolutamente normal.
Foi pensando nessa falha do sistema teológico
cristão que a Igreja Católica Romana criou o
dogma da Imaculada Conceição de Maria, segundo
o qual, a mãe de Jesus teria sido preservada de
toda e qualquer contaminação pelo pecado
original no momento de sua concepção --- na
verdade, isso não passa de uma argumentação
fajuta e destituída de sentido, carente de provas,
mesmo dentro das páginas do “novo testamento”.
Convém notar ainda que, de acordo com os
evangelhos, Jesus passou pelos processos normais
de qualquer ser humano, isto é, nascimento,
crescimento, envelhecimento e morte; tudo isso,
de acordo com a doutrina cristã, é conseqüência
direta do pecado. Como explicariam eles então
tais processos na vida de Jesus, uma vez que ele
nasceu, viveu, chegou aos 33 anos e morreu?
Dentro desse mesmo tema, Paulo chama Jesus de
“segundo (ou, ultimo) Adão” (I Cor. 15:45). Se isto
realmente é assim, por que Deus não operou com
Jesus como no princípio, quando não precisou de
mulher para criar o homem? Adão, de acordo com
o cristianismo, não teve mãe!! Se, como no caso
de Jesus, fazia-se necessário que ele nascesse de
mulher (Gal. 4:4), então sem dúvida alguma,
herdou a mesma condição “decaída e pecaminosa”
de todo ser humano --- pelo menos de acordo com
a doutrina dos INIMIGOS de Jó e do cristianismo!!
(Jó 15:14/Rom. 3:23).

3. A terceira razão para que acreditemos na


“concepção virginal” de Jesus diz respeito,
segundo Stewart, à doutrina da “salvação”.
Stewart afirma que “não haveria salvação se
Cristo tivesse pecado” e que “se Jesus fosse um
pecador, em qualquer acepção da palavra, não
poderia nos dar a salvação”.

Refutação:
Stewart não diz de que forma a doutrina da
“concepção virginal” está associada à salvação. Ao
que parece, Stewart fazendo eco à tradicional
doutrina cristã, crê que o chamado “pecado
original” está associado de alguma forma ao sexo,
pelo que deduzimos de sua insistência em deixar
claro que, segundo ele, Jesus não tinha pai
humano, e que Maria teria concebido
“virginalmente”. No afã de tentar provar seu
ponto de vista, os “eruditos” cristãos, assim como
Stewart, recusam-se a confessar que Jesus pecou,
já que segundo sua teologia, não poderia haver
salvação se Jesus fosse um pecador, em qualquer
acepção da palavra. Fosse ele um pecador, dizem
eles, Jesus não teria “autoridade” para “salvar” a
humanidade.
A bem da verdade, devemos afirmar que, apesar
das várias referências sobre um Jesus “sem
pecado” no novo testamento (João 8:46/II Cor.
5:21/Heb. 4:15) um exame criterioso das
Escrituras e até mesmo da própria estória contada
na Bíblia cristã não deixará dúvidas sobre as
atitudes transgressoras de Jesus.

Foi Jesus um Cumpridor ou Transgressor da


Lei?

Dizem os evangelhos que Jesus veio “cumprir a


Lei” (Mat. 5:17), e que por isso, não tinha pecado
(João 8:46). Não é exatamente isso que deduzimos
a partir de outras porções do chamado “novo
testamento”; é sabido que as Dez Sentenças
(chamadas pelos cristãos de “Dez Mandamentos”),
constituem o âmago da Lei e do pacto de D’us
com Israel. Pelo que vemos através do chamado
“sermão da montanha”, Jesus reinterpretou esses
mandamentos a seu bel-prazer, ampliando sem
autoridade alguma seu alcance, considerando
como pecado consumado a intenção (o
pensamento) e não a ação em si (Mat. 5:21-22; 27-
28). A primeira das Dez Sentenças (Dez
Mandamentos) diz:
“NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”
(Êxodo 20:3)
Jesus certas vezes, confessava existir um só D’us,
e que só a Ele devemos prestar culto (Mat. 4:10);
e, a esse mesmo D’us, ele chama de “meu Deus”
(João 20:17). Entretanto, foi o mesmo Jesus que
aceitou ser chamado de Deus (João 20:28-29),
acatou a adoração de seus seguidores (Mat.
28:9/João 9:38), fazendo-se a si mesmo de Deus
(João 10:33) contrariando o que anteriormente
dissera, pois como poderia ser ele “deus” de si
mesmo?
Diz Hebreus 9:24: “Porque Cristo não entrou num
santuário feito por homens, representação do
verdadeiro, porém no próprio céu, para agora se
apresentar DIANTE DE DEUS a nosso favor” .
Preste bem atenção nas palavras em destaque.
Através de todo o chamado “novo testamento”,
Jesus é declarado “Deus” (João 20:28-29/Tito
2:13). Jesus também disse de si mesmo que
“ninguém vem ao Pai” a não ser por meio dele
(João 14:6). Isto quer dizer que, de acordo com a
doutrina de Jesus, D’us está em segundo plano,
sempre ofuscado por sua figura. Ficamos sabendo
que, de acordo com o cristianismo, JESUS ESTÁ
DIANTE DE D’US (Heb. 9:24), chamando-o
igualmente de Deus (Tito 2:13), afirmando que o S
‘nhor está em segundo plano e que Jesus está a
Sua frente, DIANTE d’Ele (João 14:6). Mas, o que
diz mesmo o primeiro mandamento? “Não terás
outros deuses DIANTE de mim” --- não é tudo o
que o novo testamento ensina sobre Jesus uma
flagrante violação desse importante mandamento?
“NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA,
NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ ENCIMA
NOS CÉUS, NEM EMBAIXO NA TERRA, NEM NAS
ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA”
(Êxodo 20:4)
Jesus afirmou que, quem o via, via também o
“Pai”(João 14:9), o que, em essência, estimulava a
idolatria de sua pessoa em relação aos seus
discípulos. Se o “Pai” está acima nos céus e Jesus
diz ser Sua expressa imagem , então estava na
verdade fazendo de si mesmo uma “imagem” (gr.
ikon) do D’us invisível --- isto constitue-se uma
violação do segundo mandamento. Paulo, talvez o
maior expositor e articulador da suposta
“divindade” de Jesus afirmou que ele é “a imagem
(eikwn - ikon) de D’us (II Cor. 4:4). Em
Colossenses, usando a mesma expressão, afirma o
arqui-herege: “Ele (Jesus) é a expressa imagem (gr.
eikwn – ikon) do D’us invisível” (1:15). Convém
lembrar que as imagens ou ídolos usadas até hoje
no culto católico são chamados de “ícones” --- o
que bem revela a intenção de Paulo ao usar o
termo “ikon” em relação a Jesus, uma vez que ele
foi o mesmo que disse, “o ídolo nada é no mundo”
(Icor. 8:4/10:19). Hebreus 1:3 também refere-se a
Jesus como um “ícone” ou “imagem” desta vez
usando o termo upostasewj (hipostáseos)
significando “expressão ou representação exata”
do Ser Divino. Tudo isso é CRASSA IDOLATRIA,
repugnante e nojenta --- violação direta do
segundo mandamento!!
“NÃO TOMARÁS O NOME DO S’NHOR TEU D’US
EM VÃO”
(Êxodo 20:7)
Ao aceitar adoração (João 20:28-29/Mat.
28:9/João 9:38), Jesus permitiu ser confundido
com D’us, profanando Seu santo Nome,
transgredindo com isso o terceiro mandamento,
pois dessa forma, as pessoas passaram a
identificar o Eterno pelo nome de Jesus, mero
homem!! Ao confundir D‘us com Jesus, os
heresiarcas cristãos introduziram no mundo a
profanação do mais sagrado Nome. Mas, não
esqueça: tudo isso começou com ele mesmo ---
uma das acusações que o levou a morte foi
justamente a de blasfêmia.

Diz o quarto mandamento:


“LEMBRA-TE DO DIA DE SÁBADO PARA O
SANTIFICAR”
(Êxodo 20:8)
Jesus também quebrou o quarto mandamento,
como o próprio João afirma: “...(Jesus) não
somente quebrava o sábado como também dizia
que Deus era seu pai, fazendo-se igual a Deus”
(João 5:18). É importante salientar que esta
passagem é comumente mal interpretada,
principalmente por cristãos que observam o
sábado. Dizem que tudo aquilo era uma acusação
dos judeus, e que Jesus era observante do sábado.
Entretanto, objetaríamos a isso lembrando que na
segunda parte do verso citado temos: “...dizia que
Deus era seu próprio pai, fazendo-se igual a
Deus”. Será que isso também era outra acusação
dos judeus, ou era uma conclusão do próprio
escritor do evangelho? Que outro apóstolo
defende mais a suposta “divindade” de Jesus que
João?
(Veja João 1:1/1:18/10:33-36/20:28) --- fica claro
que temos aqui uma conclusão do próprio
apóstolo João, uma reflexão sua, pessoal, sobre o
porquê dos líderes judeus buscarem sua
condenação.
Outrossim, a Lei não autorizava a colheita no dia
de sábado, e isso remonta ao próprio Moisés (e
mesmo antes dele). Quando o povo hebreu
encontrava-se no deserto, o maná caía todos os
dias, exceto aos sábados. Era proibido ao povo
sequer sair de suas tendas nesse dia sagrado para
ir buscar o alimento que vinha do céu. No relato
de Êxodo 16:25-30, alguns dentre o povo saíram
para apanhar (colher) o maná no dia sagrado, e
não o acharam, obviamente. Essas pessoas foram
severamente repreendidas pelo S‘nhor. Por essa
evidência bíblica, ficou estabelecida pela
jurisprudência judaica a proibição da colheita aos
sábados. Jesus certamente conhecia essa
proibição da mesma lei que dissera ter vindo
“cumprir”, e, violando-a, permite que seus
discípulos colham espigas no dia sagrado, e nisso
foram condenados pelos fariseus (Mat. 12:1-2)
Será que o S‘nhor que não muda (Mal. 3:6) e que
condenou aquelas pessoas que tentaram colher o
maná no sábado abriria agora um precedente para
que Jesus pudesse violar o mesmo mandamento e
sair impune? É dessa forma que ele veio cumprir a
lei, violando-a e dando o exemplo?

Diz o quinto mandamento:


“HONRA A TEU PAI E TUA MÃE”
(Êxodo 20:12)
Jesus não honrou pai e mãe e deixou lições de seu
mau exemplo. Em João 2:4, ele
GROSSEIRAMENTE refere-se a sua mãe como
“mulher”, e insistiu no desprezo aos pais por amor
a ele. Na verdade, ele ordenou que o cristão
“aborrecesse” pai e mãe. O termo traduzido
“aborrecer” na verdade deve ser traduzido como
“odiar” pois o verbo usado em Luc. 14:26 é o
mesmo usado em Mat. 10:22/24:9. Compare:

Kai esesqe misoumenoi upo pantwn


dia to onoma mou
(Kai esesthe misoumenoi hypo panton dia to
onomá mou)
“E de todos sereis odiados por causa do meu
nome”
(Mat. 10:22)

Kai esesqe misoumenoi upo pantwn


twn eqnwn...
(Kai esesthe misoumenoi hypo panton ton
ethnon...)
“E sereis odiados por todas as nações...”
(Mat. 24:9)

Eij tij ercetai proj me kai ou misei ton


patera eautou kai thn mhtera...ou
dunatai einai mou maqhthj
(eis tis erchetai prós me kai ou misei ton patéra
eautou kai ten metéra...ou dynatai einai mou
mathetês)
“E se alguém vem após mim e não odeia o próprio
pai e a mãe...não pode ser meu discípulo”
(Luc. 14:26)

As formas verbais misoumenoi e misei


derivam-se da raiz misew entendida no grego
koinê como “odiar”. As versões portuguesas
tentam minimizar o termo, talvez pesado demais
para se usar com relação aos pais --- entretanto,
como vemos pelos exemplos de Mateus, a palavra
quer dizer exatamente isso: JESUS AFIRMA QUE
OS PAIS DEVEM SER ODIADOS!! Muitos poderiam
dizer que isso não é bem assim e que Jesus não
incentivava os outros a deixar pai e mãe e até a
odiá-los. Todavia, o testemunho dos discípulos
não deixa dúvidas, pois disseram: “nós deixamos
TUDO e te seguimos” (Mat. 19:27). A isso, Jesus
responde que todos aqueles que tivessem deixado
tudo INCLUSIVE PAI E MÃE por amor a ele,
receberia cem vezes mais e a vida eterna (Mat.
19:28-29).
A Lei ordena a morte de quem amaldiçoasse pai ou
mãe (Lev. 20:9). “Amaldiçoar” nesse texto é um
vocábulo forte demais para traduzir o verbo
hebraico llq (kalal) na forma llqy (yekalel), que
significa simplesmente tratar de modo leviano ou,
ter por inútil e sem valor. Se a lei conforme
registrada em Levítico 20:9 condena todo aquele
que trata de modo leviano pai e mãe,
desprezando-os, quanto mais não condenaria
aquele que ordena o ódio e o abandono dos
mesmos? (leia Prov. 15:20/23:22). Tal é a
“doutrina” de Jesus!

Diz o sexto mandamento:


“NÃO MATARÁS”
(Êxodo 20:13)
Jesus afirmou: “Ouvistes o que foi dito aos
antigos: ‘Não matarás’ – e quem matar estará
sujeito a julgamento. Eu porém vos digo que
qualquer um que (sem motivo) se encolerizar
contra seu irmão, estará sujeito a julgamento, e
qualquer que disser ao seu irmão ‘raca’ estará
sujeito ao sinédrio. Mas quem disser ‘louco*’
estará sujeito ao fogo do inferno” (Mat. 5:21-22-
ARA).

Entretanto, foi o próprio Jesus que disse: “Vós, os


fariseus, limpais o exterior do copo e do prato,
mas o vosso interior está cheio de rapina e
maldade. Loucos*! O que fez o exterior não o fez
também o interior?” (Luc. 11:39-40, ARC)
Jesus transfere o pecado da ação para a intenção,
e tudo isso, por conta própria, sem autoridade
alguma!! Sabemos pelo contexto de Mat. 5:21-22
que ele está falando sobre o sexto mandamento,
“não matarás”. Conseqüentemente se ele
transfere a culpa da ação para a intenção, e diz
que aquele que chama outro de ‘louco*’ estará
sujeito ao ‘fogo do inferno’, qual então teria sido
seu destino ao chamar os fariseus, seus irmãos (de
pátria e de religião) de ‘loucos’? Na realidade,
reinterpretando o sexto mandamento a seu bel-
prazer, o arqui-herege declara que aquele que
assim age, viola o mandamento ‘não matarás’ ---
não foi exatamente isso o que ele fez?

Nota: Jesus havia declarado que quem


chamasse seu irmão de ‘Raka’ (a q r) estaria
sujeito ao sinédrio (Mat. 5:22). O termo
aramaico Raka é um insulto comum naquele
tempo, significando algo como ‘desprezível’
--- Foi dessa forma que Jesus tratava
constantemente seus irmãos de raça e
religião (Mat. 23:13-27), com desprezo!
Curiosamente, quando ele foi preso, foi
levado diretamente para o sinédrio!! ---
lembra do que ele disse em Mat. 5:22? Pois
é! A palavra de Jesus serviu para ele
mesmo!!

Diz o sétimo mandamento:


“NÃO ADULTERARÁS”
(Êxodo 20:14)
A infidelidade ao D’us único e a Sua Lei sempre foi
definida como adultério (Núm. 15:39). Ao ser infiel
a D’us, violando o Seu santo Shabbat (dia de
sábado) e o restante da Lei, ao tentar usurpar Sua
augusta posição de S’nhor do Universo, e ao
aceitar passivamente a adoração de seus
ignorantes seguidores, Jesus constitui-se num
autêntico TRANSGRESSOR do sétimo
mandamento, “adulterando” Sua Palavra e Sua
Lei. Mais adiante, veremos as muitas vezes que
Jesus citou erroneamente as Escrituras,
profanando-as. Esse tipo de atitude sempre foi
entendida pelos judeus como adultério espiritual.
Convém lembrar que foi o próprio Jesus quem
“espiritualizou” a Lei (segundo dizem),
transferindo a culpa da ação para a intenção!!

Diz o oitavo mandamento:


“NÃO FURTARÁS”
(Êxodo 20:15)
Isto não refere-se apenas ao roubo de objetos em
si --- se bem que não trabalhar e viver às custas de
outras pessoas (como Jesus fez, cf. Luc. 8:1-3)
também possa ser definido como uma espécie de
“roubo”. De fato, “roubar” a boa fé das pessoas e
induzi-las ao erro também é certamente uma
infração evidente do oitavo mandamento --- e isso
podemos provar através de II Samuel 15:6. Esse
texto diz respeito a pessoas que, com palavras
suaves e lisonjas (do tipo: “bem-aventurados sois
vós...) enganam os simples e incautos, induzindo-
os ao erro e à transgressão dos mandamentos.
Nesse sentido, Jesus, o arqui-herege, também
violou mais esse mandamento, uma vez que pela
palavra e pelo (mau) exemplo, seduzia e ainda
seduz boa parte da humanidade à rebelião contra
as leis divinas.

Diz o nono mandamento:


“NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA O
TEU PRÓXIMO”
(Êxodo 20:16)
O falso testemunho que Jesus deu diz respeito aos
fariseus. Repetidas vezes, ele os chama de
hipócritas (Mat. 23:13/6:2/6:16). A definição mais
simples de “hipócrita” é “fingido”, alguém que faz
uma regra que ele mesmo não segue, ou abre
exceções para si mesmo. Vejamos primeiramente
as atitudes de Jesus --- isso é, se ele mesmo não
era hipócrita.C:\Meus documentos\era_jesus_mais_um_hipocrita.htm

Diz o décimo mandamento:


“NÃO COBIÇARÁS”
(Êxodo 20:17)
Jesus cobiçou a posição que só cabe ao D’us
Eterno, como podemos ver através dos seus vários
debates com os fariseus (João 8:53 e 56-58/10:32-
33). Quando da formulação da teologia cristã
(iniciada por Paulo), D’us passou a ocupar sempre
o SEGUNDO PLANO, cada vez mais dependente
das atitudes de Jesus. Esse homem passou então a
ser confundido com o Eterno pelas turbas pagãs
entre a gentilidade: nasce-se novamente nele,
vive-se nele, morre-se nele --- para Paulo e seus
comparsas, ele era o próprio “deus encarnado” ,
blasfêmia proporcional à ignorância bíblica dos
pagãos, que a aceitaram passivamente então, e
que ainda continuam aceitando. O cristianismo é
o resultado da loucura humana de tentar
transformar um homem em Deus.

Restaria então ainda alguma dúvida de que ele


pecou sim, e que transgrediu o todo da Lei divina?
De que forma veio ele então para “cumprir a Lei”?
Violando-a completamente? Será que
precisaríamos de alguém para que ensinasse o ser
humano a quebrar os mandamentos? Que espécie
de “salvação” Jesus proporciona aos seus
seguidores, sendo que ele mesmo deu um péssimo
exemplo? De acordo com o cristianismo, quem
cumpre toda a Lei mas tropeça num só ponto é
culpado de todos (Tiago 2:10) – não é exatamente
esse o caso de Jesus?
Ele mesmo disse:”Não julgueis para que não
sejais julgados, pois com o juízo com que
julgardes sereis julgados, e com a medida com
que tiverdes medido, hão de vos medir” (Mat. 7:1-
2). Estamos aqui medindo Jesus e julgando-o com
o mesmo juízo e a mesma medida que usou contra
os fariseus e judeus em geral. Onde estaria agora a
pretensa autoridade do fundador do cristianismo
para “salvar” a humanidade sendo ele mesmo
talvez o maior dos transgressores? Como fica a
doutrina da perfeição de Jesus?

VI. Jesus --- Belemita ou


Nazareno?
Os evangelhos de Mateus e Lucas são unânimes
em afirmar que Jesus nasceu em Belém da Judéia
(Mat. 2:1/Luc. 2:1-7). Entretanto, caso lêssemos
os dois relatos paralelamente, encontraríamos
inúmeras inconsistências. Mateus fala de uma
visita de magos (2:1-2). Lucas nada diz a respeito,
senão que alguns pastores foram visitar o menino
(2:8-20). Segundo Mateus, Jesus teria cerca de
dois anos quando foi levado ao Egito (2:16) ao
passo que Lucas declara que após o nascimento de
Jesus decorreram trinta dias de acordo com a Lei
de Moisés (Ex. 22:29/Núm. 18:15-16) para que se
efetivasse o ritual prescrito, sendo que já em
seguida, teria sido levado para a cidade de Nazaré,
na Galiléia; Lucas, portanto, nada menciona sobre
uma possível visita de Jesus à terra dos faraós. O
mesmo Lucas, contrariando Mateus, nada diz a
respeito de uma “matança de inocentes” --- o que
na verdade, nunca ocorreu, visto que não há
registro disso nas obras de Josefo, ou nas
Crônicas de Herodes; na verdade, nenhum
historiador antigo a menciona. Mateus afirma que
a família de Jesus teria voltado para a Galiléia
após a morte de Herodes (2:19-23) quando ele já
contava obviamente com mais de dois anos de
idade. Lucas, entretanto, afirma que LOGO após o
cumprimento das exigências da Lei quanto a
purificação (cerca de trinta dias), a família
regressou para a Galiléia (Luc. 2:21-24 e 39).

Censo Universal na Época de Augusto:


Invencionice Cristã
Lucas fala de um recenseamento universal,
supostamente feito em todo o império no tempo
de César Augusto (Luc. 2:1), recenseamento esse
que nem Mateus, nem qualquer historiador da
antiguidade menciona. Convém notar que os
romanos eram criteriosos historiadores e precisos
cronologistas, sendo que todos os atos dos
imperadores eram cuidadosamente registrados e,
certamente, um evento de tal abrangência como
um recenseamento universal não passaria
despercebido. Na verdade, tal censo não só não
ocorreu como era impossível que ocorresse, uma
vez consideradas suas dificuldades. Em primeiro
lugar, o objetivo principal de todo censo romano
era naturalmente taxar os súditos do império; não
há praticidade alguma em se realizar um censo
pelo local de origem dos recenseados, e não pelo
local de residência. Além das dificuldades
logísticas de grandes multidões se deslocando de
um lado a outro do império, devemos também
levar em conta os parcos recursos da esmagadora
maioria das pessoas na época. Se mesmo hoje em
dia, com as inúmeras facilidades de comunicação
e modernos meios de transporte tal censo já seria
inviável, quanto mais não seria naquela época e
sob aquelas condições! Se a finalidade do censo
era cadastrar as pessoas para depois cobrar
impostos, o que poderia sobrar de pobres
camponeses após longas e dispendiosas viagens
até seu local de origem? Certamente os poucos
recursos de que poderiam dispor já estariam
exauridos nos primeiros dias de viagem!
Lembremo-nos que os romanos eram
extremamente organizados e e inteligentes: não
cairiam no ridículo de fazer um censo dessas
dimensões convocando as pessoas por seu lugar de
origem --- e quanto a isso, lembremos mais uma
vez: não há quaisquer registros de tal censo
absurdo realizado no governo de Augusto. A
“invenção” de tal censo tinha um objetivo da
parte de Lucas: fazer as pessoas acreditar que
Jesus nasceu em Belém de Judá, visto que era
popularmente aceito que o Messias nasceria ali.

O Nazareno... de Belém!?
Outro fato que derruba a tese de que Jesus nasceu
em Belém da Judéia é que ele jamais foi
conhecido como “Jesus, o belemita”, mas sim,
“Jesus, o nazareno”, isto é, de Nazaré. Ele tão
pouco era conhecido como “Jesus, o judeu”, mas
sim como “Jesus, o galileu” (originário da Galiléia,
região ao norte da Judéia). Até hoje é um fato
notório no oriente médio que os cristãos são
chamados pelo epíteto de “nazarenos”, tanto
entre judeus quanto entre muçulmanos. Até
mesmo Rabi Moisés ben Maimon (Maimônides)
refere-se aos cristãos como “nazarenos”, na
maioria de suas obras. Isto é um reflexo da
verdadeira origem de Jesus: Nazaré da Galiléia, e
não Belém da Judéia. Até mesmo o “novo
testamento” deixa clara a sua origem:

“Outros diziam: Ele é o Cristo; outros porém


perguntavam: Porventura virá o Cristo da
Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da
descendência de Davi, e da aldeia de Belém onde
Davi nasceu?” (João 7:41-42). Se todos estavam
certos de que Jesus era de Belém, por que
perguntariam isso? Porque diriam que ele era da
Galiléia ? É muito oportuno que esse texto seja
encontrado apenas no evangelho de João, sendo
esse o último evangelho, não incluído entre os
sinóticos. João nada menciona sobre um
“nascimento virginal”, anjos, magos ou pastores e
parece “abrir o jogo” quanto à origem galiléia de
Jesus; ele escreve independentemente das
concepções dos evangelhos sinóticos, e de certa
forma, contradiz todos eles. Na verdade, os
evangelistas fazem competição entre si para ver
quem escreve os maiores absurdos no afã de
provar o improvável.

Jesus Falava o Aramaico Como os Galileus


Outro fato que pode ser observado e que comprova
a origem nazarena e galiléia de Jesus é a forma
como ele pronunciava o aramaico, língua comum
daquela época na Palestina. O sotaque
característico e os freqüentes erros gramaticais
dos galileus demonstram o que o isolamento das
tribos do norte causou com o passar do tempo, e
isso, desde os dias da divisão do reino unido de
Israel, no séc. IX aEC. Os galileus pertenciam
originalmente ao reino do norte (Israel) e entre
eles estavam também os samaritanos,
descendentes do misto de gente que se originou
da deportação para a Assíria em 722-721 aEC.
Nessa mescla também se encontravam os
efraimitas, da tribo de Efraim. Esses últimos, já
demonstravam certa dificuldade com o idioma
hebraico (v. Juízes 12:6). Após algumas centenas
de anos, a mistura de efraimitas e samaritanos,
seus costumes paganizados, sua cultura
sincretista e também sua maneira de pronunciar a
língua aramaica, foram passados adiante aos
galileus. Um claro exemplo disso é que os galileus
não pronunciavam o som da vogal breve patach
que deve ser emitido em conjunto com uma
consoante gutural logo após uma consoante longa.
Esse som vocálico é chamado de patach furtivo.
Assim, Jesus, embora chamado de Yeshua na
Judéia, era conhecido entre os seus por Yeshu. É
assim que seu nome aparece grafado no Talmud
Bavli (tratado Sanhedrin 43a).
Uma evidência de que Jesus não passava de um
inculto galileu, e que cometia erros elementares
em seu próprio idioma materno pode ser
encontrada em Mar. 5:41.No relato onde
supostamente Jesus ressuscita a filha de Jairo,
Jesus diz: “\wq atylf”(talita cum) de acordo com
o próprio texto grego crítico de Nestlé-Aland e as
versões BMD e NIV. Esta frase contém um erro
gramatical característico do sotaque galileu: o uso
do imperativo MASCULINO (nesse caso “cum”)
mesmo para o feminino. A forma correta para o
feminino é cumi, e assim aparece em diversas
versões em português, que já trataram de
“corrigir” esse deslize gramatical do “sábio”
fundador do cristianismo, seja na intenção de
ocultar a origem galiléia de seu mestre, ou na
nobre e “piedosa” tentativa de aprimorar a
gramática de alguém que veio dos cafundós de
uma região onde só viviam pessoas ignorantes e
supersticiosas. Pedro, um dos “ilustres iludidos”
foi prontamente reconhecido por seu jeito de falar
(Mat. 26:73) porque também era galileu da cidade
de Betsaida (Luc. 22:59).
Mas, por que insistem os evangelhos de Mateus e
Lucas num suposto nascimento de Jesus em
Belém da Judéia? Maiores detalhes sobre esta
suposição no item VIII deste estudo.

VII. Uma Trupe de Charlatães Visita o “Salvado


Mundo”

Antes da saída dos filhos de Israel do Egito, Moisés


teve que se confrontar com dois MAGOS egípcios,
lacaios da corte do faraó, que serviam aos interesses
do maior tirano da época e que imitavam
grotescamente os sinais que Moisés fazia (Ex. 7:10-
11;20-22). Por tratar-se de charlatanismo, o S’nhor
instruiu Moisés pela Torah que magos,
encantadores, adivinhos e médiuns não deveriam
receber crédito algum:

“Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo


o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem
encantador de encantamentos, nem quem consulte
um espírito advinhante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos, porque todo aquele que faz tais
coisas é ABOMINAÇÃO ao S’nhor...”
(Deuteronômio 18:10-11)

Ainda na mesma Torah, o Eterno declara o que


deveria ser feito às pessoas que insistissem em tais
práticas:

“Quando pois algum homem ou mulher tiver em si


um espírito adivinho, ou for encantador,
certamente morrerão: com pedras se apedrejarão; o
seu sangue é sobre eles”
(Levítico 20:27)

O profeta Daniel é testemunha da impotência dos


magos, pois esses não conseguiram declarar o sonho
de Nabucodonosor, nem tão pouco dar sua
interpretação (Dan. 2:1-11). Isaías também tem
muito a dizer contra magos, feiticeiros e
encantadores:

“Quando vos disserem: Consultai os espíritos


familiares e os adivinhos, que chilreiam e
murmuram entre dentes; --- não recorrerá um povo
ao seu D’us? A favor dos vivos interrogar-se-á os
mortos?”
(Isaías 8:19)
“Cansaste-te da multidão de teus conselhos;
levantem-se agora os agoureiros dos céus, os que
contemplavam os astros, os prognosticadores das
luas novas e salvem-te do que há de vir sobre ti. Eis
que serão como a pragana, o fogo os queimará; não
poderão salvar sua vida do poder da
labareda...ninguém te salvará”
(Isaías 47:13-15)
Veja agora como o Minidicionário Sacconi da
Língua Portuguesa define o termo “mago”:

Mago s.m. (o) 1. Mágico. 2. Feiticeiro. 3. Cada um


dos três reis magos (Gaspar, Belquior e Baltasar) que
do Oriente foram a Belém adorar o Menino Jesus
(pg. 435/12a edição/Atual Editora)

Mas, que definição interessante! O dicionário


oferece três definições para a palavra, as quais
obviamente se relacionam: mágico, feiticeiro e os
visitantes do “menino Jesus” --- não é interessante?
No hebraico e também no grego, a palavra tem o
mesmo conceito. Thayer, perito em grego neo-
testamentário, confirma todos esses sentidos para a
palavra e acrescenta ainda ASTRÓLOGOS, isto é,
prognosticadores, pessoas que consultavam os
astros!! Sim, essa é a classe de pessoas que vieram
para visitar Jesus. Todavia, no “novo testamento”
os MAGOS passam a ter um tratamento diferente
daquele que a Torah ordenava. Agora, eles não
aparecem mais como bruxos, encantadores ou
astrólogos, não!! Eles são “homens piedosos” que
passaram dias sobre o lombo de camelos
(provavelmente) na intenção de visitar aquele que
para o cristianismo é o “salvador do mundo”. O
curioso é que todos os avatares (supostas
encarnações de deuses pagãos) assim como Jesus,
teriam nascido de mães-virgens e também
receberam visitas de bruxos, magos e feiticeiros.

Abominações no Céu
Nos tempos antigos, os
MAGOS (provenientes de
terras orientais, como
Babilônia) tinham segundo
se pensava, o poder de
conjurar os astros e saber
deles o futuro. Sendo
assim, esses bruxos antigos
buscavam nos vaticínios
das estrelas um guia para a
vida, comportamento e
atitudes. Traçavam “mapas astrais” e monitoravam
o movimento dos astros, interpretando seus sinais,
predizendo por meio deles, eventos anormais,
cataclismas da natureza, diziam a sorte,
canalizavam divindades e segundo se cria,
controlavam os poderes sobrenaturais. Da mesma
forma, os magos que vieram do oriente para visitar
Jesus também praticavam tais coisas PROIBIDAS
pela Lei de D’us, como vimos acima.

Na ver são da Bí bl ia em ing lês cha mada


“ King James ”, esses br uxos vis itan tes não
são mais cha mados de “ma gos ”, um te r mo
que ob via mente inco moda. Os tr adu tor es
pr ef erir am a expr essão “wi se men”
(home ns sáb ios) sempr e que a r eferênc ia
er a àque les inf ames feit iceir os, e isso por
um mo tiv o ób vio : no tempo em que a ver são
esta va sendo composta (séc . XVII ) viv ia- se
uma ver da deir a “caça às br uxas” em toda a
Eur opa e Amér icas tend o como seus
autor es tant o ca tó licos quanto
pr otestan tes . Si mples mente queim ava- se
viv o todo aque le que disco r dasse das
idé ias “o fi cia is” r ela tiva s à r elig ião; sendo
assim , não se pod ia exter minar os “b r ux os ”
do pr esente tendo uma Bíb li a que pr ezasse
e exaltasse os va lor es “pi edosos” daque les
br ux os do passado: dessa for ma, ac hou- se
por bem ocul tar o ver dade ir o sentido da
pala vr a.

Todavia, na mesma língua inglesa existe o termo


“wizard”, que significa explicitamente “mago” ---- e,
esta palavra veio diretamente da expressão “wise
ard” do inglês arcaico, que significa “homem sábio”.
Como vimos, mesmo assim os tradutores não
conseguiram se livrar dos incômodos visitantes do
deus pagão, pois a expressão que usaram (“wise
men”) deu origem mais tarde à palavra “mago”
(“wizard”)!! Clique aqui para ver porque D’us
abomina tudo isso!!Minhas Webs\abominações_no_céu.htm

É natural que a
palavra “mago”
encerra também
o sentido de
ASTRÓLOGO,
pois essa era a
função desses
“sacerdotes” em
Babilônia:
consultar os
astros com a finalidade de verificar os momentos
auspiciosos e não auspiciosos nas vidas das pessoas.
É curioso notar que há dois mil anos, de acordo com
a astrologia, entrávamos na ERA DE PEIXES,
precursora da já famosa “era de aquário” em que
estaríamos vivendo. A pergunta que poderíamos
fazer aqui é: Por que a astrologia determina que
justamente há dois mil anos o mundo entrava na Era
de Peixes, coincidindo com o nascimento de Jesus?
A resposta para essa questão pode ser encontrada ao
examinarmos alguns títulos que os cristãos deram a
Jesus bem no início da chamada Era Cristã. Um
desses títulos era Jesus Cristo, filho de Deus
Salvador. Nesse título, encontramos um resumo de
tudo o que os cristãos alegam sobre a pessoa de seu
“mestre”. Mas, como ficaria tal título na língua
grega, comum na época? Vejamos:

ΙΗΣΟΥΣ ΧΡΙΣΤΟΣ ΘΕΟΥ ΥΙΟΣ ΣΟΤΗΡ


Jesus Cristo Filho de Deus Salvador

Observe bem as letras maiúsculas que aparecem em


azul na frase em grego; elas formam um “anagrama”
místico (uma combinação de iniciais, formando
outra palavra com sentido secreto). Se ajuntarmos
as mesmas
iniciais teremos
ICQUS,
(pronúncia:
ichtys), que
significa
“PEIXE” no
grego (daí
O PEIXE FOI O MAIS PRIMITIVO SÍMBOLO
USADO PELO CRISTIANISMO
termos hoje em dia a Ictiologia, ciência que trata
dos peixes)! Ao contrário do que se possa pensar,
isso tudo não é mera coincidência! Não é a toa que
aqueles bruxos e astrólogos foram visitar o infante
Jesus justamente quando, de acordo com sua falsa
ciência, o mundo entrava na ERA DE PEIXES!
Convém também lembrar que o PEIXE foi um dos
primeiros símbolos do cristianismo (talvez antes
mesmo da cruz). Este símbolo (veja desenho acima)
pode ser encontrado nas catacumbas de Roma e em
diversos outros monumentos cristãos. E não só isso:
aparece também estampado em muitas “Bíblias”
cristãs que evangélicos que se dizem
fundamentalistas até o cerne, carregam
orgulhosamente para cima e para baixo! Não é
interessante que o peixe estampado nas Bíblias
cristãs esteja ligado diretamente com a astrologia e
a magia? O que poderiam argumentar em contrário?
Que trata-se de um símbolo “bíblico”? Onde está
escrito isso?
Mas, que ligação estranha é essa? Por que será que
OS INIMIGOS DE MOISÉS E DE DANIEL ERAM
AMIGOS DE JESUS? (Ex. 7:10-13/Dan. 3:6-12/Mat.
2:1-2)
Lembre-se também que certos deuses dos filisteus
tinham a forma de peixe, sendo o mais conhecido
DAGON --- o próprio sentido do nome hebraico desse
“deus” pagão é “peixinho”, embora possa também
haver o sentido de “cereal” uma vez que esse “deus”
era o protetor das colheitas (Jz. 16:23/I Sam. 5:1-4).
Eis aí mais um dos muitos motivos pelo qual
devemos REJEITAR O CRISTIANISMO, sua herança
pagã e tudo o que ele representa. Vemos pelas
Escrituras (conhecidas por “Velho Testamento”) que
jamais houve convivência (ou conivência) pacífica
entre D’us e magos, feiticeiros, astrólogos ou bruxos
--- ao contrário do “novo testamento”!!
Que interesse teriam os inusitados visitantes de
Jesus em seu nascimento? Por que trataram-no
como uma “divindade”, inclusive adorando-o? Que
conhecimento tinham eles das Escrituras, uma vez
que não vieram por elas guiados mas sim, pelos
astros? Por que a vida de Jesus foi costumeiramente
cheia de eventos nos quais ele aparece violando a
Lei, tal como seus “mestres” que observavam os
céus? Por que há vários exemplos na vida de Jesus
de práticas condenáveis, tais como comunicação
com demônios, mortos, etc --- práticas essas
comuns entre magos, bruxos e feiticeiros? A bem da
verdade, os cristãos modernos seguem de perto tais
práticas abomináveis, pois confiam nelas como
“obras de Deus”, seguindo, consciente ou
inconscientemente o mau exemplo daqueles ilustres
charlatães!
O que estaria fazendo uma trupe de impostores,
cujas atividades sempre foram condenadas por D’us,
junto àquele que supostamente viera para “salvar o
mundo”? Salvar do que, pois pelo que acabamos de
ver, ele próprio já estava irremediavelmente
condenado!! (veja Is. 47:13-14)

VII. A Dúvida de João Batista: Era Jesus


Realmente o Messias?

João, o batizador, era primo de Jesus, conforme


deduzimos de Luc. 1:36; enquanto esse batizava no
Jordão, o galileu foi ao seu encontro, e João não
perdeu tempo: passou a proclamar Jesus como “o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João
1:29, 35-36); afirmou também que Jesus seria
aquele que batizaria não com água mas sim, com o
“espírito santo e com fogo” (Mat. 3:11). Segundo o
próprio testemunho do Batista, ele não tomara
conhecimento prévio da obra do primo, mas que, por
inspiração, recebeu um “sinal” da parte de Deus,
através do qual, ficou sabendo que Jesus seria o
Messias (João 1:33).

O evangelho de Lucas declara que


João era cheio do espírito santo
desde o ventre da mãe (1:13-15);
Jesus, por sua vez, declara que
jamais houve ser humano maior
do que João (Mat. 11:11). Ora,
tudo isso poderia fazer com que
pensássemos que João Batista
estaria plenamente seguro de
tudo o que falava e de tudo o que
testificara de Jesus, porque, afinal
de contas, o “espírito santo” não
pode se enganar, mentir ou deixar
alguém em dúvida sobre questões
eternas, não é mesmo? E o
evangelho diz que João Batista
João Batista NÃO tinha era cheio desse tal “espírito”.
certeza se Jesus era
realmente o Messias.
ERRADO!! João Batista não tinha
certeza que Jesus era realmente o
Messias, e tão pouco estava ciente
de sua “missão” pois quando esteve no cárcere,
mandou dois de seus discípulos ir até onde Jesus
estava e perguntar-lhe se ele era mesmo aquele que
haveria de vir, ou se deveriam esperar por outro
(Mat. 11:3)
Atitude nada coerente para quem era “cheio do
espírito” desde o ventre da mãe...
É necessário lembrar que, antes de terem
supostamente recebido o tal “espírito santo”, os
discípulos pareciam não entender a “missão” de
Jesus (João 20:19-22/Luc. 24:44-45). João Batista
entretanto, apesar de ser teoricamente cheio desse
espírito mesmo antes de seu nascimento, também
não entendia!! Como pode ser isso?? Note também
que, mesmo estando no cárcere, João já havia
ouvido dos “sinais e milagres” que Jesus estaria
operando por aquelas regiões, e MESMO ASSIM não
deixou de enviar mensageiros até ele (Mat. 11:2-3).
É inquestionável então que João não considerava
“sinais e milagres” como requisitos do Messias --- se
assim fosse, não teria enviado seus discípulos. Será
que alguém que realizasse sinais e milagres como
um mago e exorcista itinerante poderia ser
considerado como o Messias pela doutrina judaica
de então ? Temos certeza que não. O fato de João
ter posto em dúvida a suposta identidade
messiânica de Jesus e de ter enviado mensageiros
até ele, reflete mesmo que inconscientemente, a
verdadeira concepção judaica do Messias. Pelo que
se observa da doutrina do Batista, ele esperava um
Messias que agisse, que julgasse o mundo --- dando-
lhe recompensa e castigo e obviamente, governando-
o. Jesus nada disso fez. Pelo contrário, cedia aos
governantes estrangeiros, pregava uma revoltante e
aviltante submissão aos caprichos de outrem,
insistindo numa atitude pateticamente passiva, que
poderia irritar até mesmo Epicuro. Não bastasse
isso, passava todo o tempo como um taumaturgo
itinerante, com um discurso populista e demagogo,
não vivendo nem parte daquilo que pregava. João
não podia entender: onde estava o erro? Será que
ele teria se enganado? Mas, aquela voz parecia tão
real... pois é! Ouvimos aquilo que desejamos ouvir, e
o entusiasmo e o fundamentalismo podem vir
através da opressão como uma forma de expressão
de nossos sentimentos e desejos. Ainda no cárcere,
o Batista percebeu que suas declarações sobre Jesus
teriam sido exageradas e que poderia estar sendo em
grande parte o responsável por mais um grande
engano messiânico --- esse não foi de forma alguma
o primeiro e nem tão pouco o último na história de
Israel.
Ao receber os enviados de João, Jesus responde a
pergunta que lhes fizeram com algo que o Batista já
sabia estar acontecendo, i.e., sinais e milagres (Mat.
11:2-3 e 5). Jesus parece deixar claro através de
uma repreensão que João estava se escandalizando
dele. Termina assim de forma melancólica a estória
do primo de Jesus, que, tardiamente se apercebeu
do grande erro que foi ter se iludido com ele,
alimentando a esperança messiânica de forma irreal
nas pessoas, esperança essa que resultaria mais
tarde numa catástrofe. João Batista não teria
resistido; se pudesse estar vivo para testemunhar a
catástrofe e a ruína de seu povo que ele mesmo
ajudou a criar, teria provavelmente se suicidado.
O fato do arrependimento do Batista é algo tão
inegável que, como se sabe, seus seguidores
estabeleceram uma religião diferente, o mandeísmo,
a qual mistura elementos judaicos, cristãos e
gnósticos. Os adeptos dessa religião são os
descendentes espirituais dos primeiros seguidores
de João Batista, e resistem até os dias atuais,
contando com um punhado de membros na região
fronteiriça entre a Turquia e o Irã. Todavia, a grande
maioria dos mandeus (ou, sabeus) foi assimilada por
outras populações e religiões, principalmente a
islâmica. A sobrevivência desse povo é, todavia, uma
testemunha eficaz e viva de que a dúvida de João
Batista quanto à identidade messiânica de Jesus foi
real, e faz cair por terra a afirmação do “novo
testamento” de que ele era “cheio do espírito
santo”. O cristão que negar isso, estará negando
igualmente a suposta “inspiração” do “novo
testamento”, uma vez que a doutrina cristã é clara
quanto ao “espírito” que se diz ter inspirado esses
escritos gregos. Para os cristãos, foi o mesmo
espírito que guiou João Batista em sua pregação!
Não é estranho? O “espírito” que teria
supostamente inspirado esses escritos não foi
convincente o bastante para certificar João quanto à
“identidade messiânica” de Jesus!! Estava o Batista
sob inspiração do “espírito” no momento em que fez
a declaração sobre Jesus ou não? Será que o
chamado “espírito santo” foi quem guiou o Batista
quando declarou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” ? Será também que foi o mesmo
“espírito” que fez com que ele tivesse dúvidas
quanto a Jesus?
Muitos afirmam que João Batista agiu assim porque
estava numa situação desesperadora, sob pressão,
no cárcere. Sua pergunta com relação a Jesus
refletia então, segundo dizem, seu estado emocional
naquele momento. Contra isso, temos a dizer que
João parecia estar sempre ciente de que sua carreira
seria curta --- se é que realmente era inspirado, por
certo sabia disso! Ele disse muito tempo antes de ir
para a prisão: “Importa que ele cresça e eu
diminua” (João 3:30). Que inspiração é essa, que
primeiro confirma, e depois lança as pessoas numa
dúvida cruel e profunda?

Convém dizer também que não apenas João Batista viveu uma crise de
identidade que resultou em dúvidas sobre o que dizia e fazia. Jesus
evitava a questão de sua suposta autoridade, e fugia do assunto
repetidas vezes, pedindo que nada se falasse sobre ele, ou ainda usando
de subterfúgios e enigmas em vez de falar abertamente. Ele disse: “Seja
o vosso ‘sim’, sim; e o vosso ‘não’, não. Tudo o que passar disso vem do
maligno” (Mat. 5:37). Todavia, ele mesmo jamais assumiu abertamente o
que dizia aos discípulos, como vemos, por exemplo, a partir do texto de
João 14:6, que diz: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida”; isso ele disse
aos seus discípulos que eram pessoas crédulas e iletradas, propensas a
acreditar nele, visto que não tinham meios para refuta-lo. Entretanto,
quando o mesmo Jesus encontrava-se diante do procurador romano na
Judéia, Pôncio Pilatos, um homem indubitavelmente culto e racional, ele
não aproveitou a oportunidade para se declarar como “a verdade”. Jesus
disse na presença de Pilatos: “Todo aquele que é da verdade, ouve a
minha voz” – ao que Pilatos respondeu com uma pergunta: “Que é a
verdade?” (João 18:37 b - 38 a). O filósofo Friederich Nietzsche responde:
“A verdade já foi posta de cabeça para baixo quando O ADVOGADO DO
NADA (Jesus) foi confundido com o representante da verdade” (“O
Anticristo” – Rocket E-Books)
O galileu perdeu uma ótima oportunidade de se auto-proclamar “a
verdade” perante Pilatos. Por que não o fez??

VIII. Cumpriu Jesus Realmente as Profecias?

Insiste o cristianismo em afirmar que Jesus cumpriu


as antigas profecias à respeito do Messias. Por ser
esta declaração tão insistentemente usada pelos
cristãos vale a pena estudar se realmente Jesus
“cumpriu” a palavra dos profetas. O material a
seguir, foi adaptado em parte de estudos contidos
nos seguintes sites da Web:
• www.jewsforjudaism.com
• www.outreachjudaism.com
• www.mindspring.com/~bab5/BIB/12.htm

O Servo Sofredor de Isaías 53

As palavras desse texto de Isaías são


freqüentemente usadas para defender uma suposta
identidade messiânica de Jesus. Conseguem ver ali,
o Servo do S’nhor que sofre, perece e depois é
vindicado, intercedendo em favor dos outros.
Ignoram porém, que o tema do “Servo do S’nhor” é
recorrente no livro de Isaías, isto é, podemos
encontrar dentro do próprio livro outras referências
sobre ele --- e Isaías com muita segurança declara
quem é o Servo; nós não precisamos especular,
articular ou manipular as profecias: elas respondem
por si mesmas. Sendo assim, vale a pena investigar
mais a fundo esta tão famosa profecia.

Questões Preliminares
Antes de entrarmos num exame cuidadoso do texto
de Isaías 53, algumas questões preliminares devem
ser consideradas. A primeira delas é a questão do
“raciocínio circular”: as pessoas podem por
exemplo, ter visto Jesus morrer, mas será que
alguém naquela época via sua morte como expiação
pelos pecados do povo? Claro que não! Esta foi
simplesmente o sentido que o “novo testamento”
deu à sua morte. Dizemos isso porque muitos vêem
nas declarações de Isaías 53 uma alusão ao
sofrimento e morte de alguém que traria expiação de
pecados. Somente se você já aceita o ensino neo-
testamentário que sua morte teve um “sentido
espiritual” é que você pode voltar-se para o livro de
Isaías e dizer: Veja! O profeta já havia predito o que
eu creio hoje em dia! Isaías 53 não é então prova
alguma sobre Jesus ou sua morte; é no máximo,
uma “confirmação” fabricada por alguém que já
escolheu o cristianismo

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