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Anatomia do Aparelho Locomotor

Generalidades da anatomia

(versão 2011.2)

Alberto Alcântara da Silva Filho, monitor aposentado

FMB - UFBA 2009.1

Generalidades:______________

Planos, eixos e movimentos:

• O corpo humano pode ser seccionado para avaliação através de quatro principais planos:
o O plano coronal é aquele em que o corte dividirá o corpo em porções anterior e posterior.
 Os movimentos que ocorrem no plano coronal o fazem através de um eixo dito ântero-posterior.
o O plano transversal é aquele em que o corte dividirá o corpo em porções superior e inferior.
 Os movimentos que ocorrem no plano transversal o fazem através de um eixo dito longitudinal
(vertical).
o O plano sagital é aquele em que o corte dividirá o corpo em porções direita e esquerda. O plano mediano é um
plano sagital particular, em que as duas metades formadas têm tamanhos iguais.
 Os movimentos que ocorrem no plano sagital o fazem através de um eixo dito látero-lateral.
o Os planos oblíquos são produzidos a partir da composição de dois ou três dos anteriores.
 Os movimentos que ocorrem em planos oblíquos operam em eixos não definidos.
• Se tem dificuldades em visualizar a relação entre planos e eixos, pegue uma folha de papel, espete-a com um lápis e
mantenha-a “empalada” pelo mesmo. Coloque a folha de papel de modo que sua superfície esteja de frente para você.
Quando você gira o lápis, a folha acompanha esse movimento através de um plano coronal, e o lápis, através deste
mecanismo, é o eixo envolvido (ântero-posterior).
• Flexão é o movimento que diminui o ângulo entre os ossos das articulações envolvidas. Na prática, isso se traduz numa
aproximação do corpo em aproximar-se ao nosso porte no período embrionário. Isto é: se fizéssemos flexão de todas as
articulações do nosso corpo, seria esperado que ficássemos como um feto. Extensão é o movimento que traz o nosso
corpo de uma posição fletida até a posição anatômica. Não é interessante definí-la, como você deve estar pensando, como
o movimento que aumenta o ângulo entre os ossos das articulações envolvidas, porque qualquer movimento desse tipo
que vá além da posição anatômica (por exemplo: o pescoço, quando olhamos “para cima”) se configura como
hiperextensão, e não como extensão.
o Ocorrem no plano sagital e no eixo látero-lateral. A exceção é o polegar, que, devido a sua posição transversa
em relação aos demais dedos, faz a flexão/extensão no plano coronal e eixo ântero-posterior.
o No pé, a flexão é chamada de flexão plantar e a extensão é chamada de dorsiflexão.
• Abdução é o movimento que afasta uma porção do corpo do plano mediano. Adução é o movimento que aproxima uma
porção do corpo do plano mediano.
o Ocorrem no plano coronal e no eixo ântero-posterior. A exceção é o polegar, que, devido a sua posição
transversa em relação aos demais dedos, faz a flexão/extensão no plano sagital e eixo látero-lateral.
o Quando o tronco inclina-se para um lado ou para o outro, ele não está realizando abdução, e, sim, flexão lateral.
A explicação é óbvia: o tronco não pode se afastar do plano mediano. Ele contém o bendito, não é mesmo?
o Nas mãos, o que consideramos como “plano mediano” é o plano sagital que corta o terceiro dedo ao meio. Nos
pés, o que consideramos como “plano mediano” é o plano sagital que corta o segundo dedo ao meio.
 O terceiro dedo da mão e segundo dedo do pé, portanto, não realizam adução. Ao invés disso, o que eles
fazem são abdução direita e abdução esquerda.
o Quando o tronco inclina-se – após flexão lateral – para sua posição normal, ele não realiza adução, e, sim, flexão
medial.
• Rotações (podem ser medial ou lateral) são movimentos de difícil definição que ocorrem no que se supõe ser um eixo
longitudinal. Os exemplos mais clássicos são o da articulação atlantoaxial, demais porções da medula espinal, ombro e
quadril.
o Ocorrem no plano transverso e no eixo longitudinal (ou vertical).
o Pronação é um tipo especial de rotação medial que ocorre no antebraço. Supinação, que também ocorre no
antebraço, é um análogo da rotação lateral. Quando o antebraço prona, a face dorsal do punho é girada (é
exposta) para frente; quando um antebraço supina, a palma da mão é girada para frente.
• Circundação é um movimento de composição. Ele pode ocorrer em dois ou três planos. Quando ocorre me dois planos, há
uma composição de planos sagital e coronal. Quando ocorre em três planos, há uma composição de planos sagital,
coronal e transverso. Se não conseguiu visualizar a diferença, faça o seguinte. Faça uma circundação com seu dedo
indicador e compare-a com a circundação mais complexa que você pode fazer com seu ombro: perceba que, no ombro, a
circundação tem um componente de rotação, enquanto que, no dedo, não. Afinal, você não consegue fazer seu dedo girar
ao longo de seu próprio eixo longitudinal, não é mesmo? Tudo que você consegue fazer é fletir/estender enquanto o
abduz/aduz!
• Protusão é um movimento em que uma estrutura se projeta anteriormente. Retrusão é um movimento em que uma
estrutura se projeta posteriormente.
o Ocorrem no plano sagital e no eixo látero-lateral.
o Na articulação acromioclavicular, a protusão recebe o nome especial de protração; a retusão, o de retração.
• Inversão é um movimento do pé que ocorre pela composição de flexão plantar, rotação medial e adução. Eversão é um
movimento, também do pé, que consiste de uma composição de dorsiflexão, rotação lateral e abdução. À semelhança do
movimento de circundação, ambos não têm planos nem eixos definidos, pois ocorrem graças a váriações, a todo instante,
do tipo de movimento.
• Oposição é o movimento do polegar (primeiro dedo da mão) em direção a outro dedo. Reposição é o movimento, também
do polegar, de volta à posição anatômica após oposição prévia.
o Ocorrem no plano transverso e no eixo longitudinal.

Ossos (generalidades):

• A estrutura do osso longo é dividida em:


o A diáfise, ou corpo, forma a parte longa do osso. Ela se ossifica a partir dos chamados centros de ossificação
primários. É formada predominantemente por osso compacto, mas com um espaço oco no seu centro. Esse
espaço oco é chamado de cavidade medular, e, no início da nossa vida, é rico em tecido hematopoiético (medula
óssea “vemelha”). No avançar da vida, porém, este é substituído por gordura (dando origem à medula óssea
“amarela”), de modo que a diáfise não apresenta mais propriedades hematopoéticas efetivas. Entre a diáfise e a
epífise, encontramos uma sincondrose muito importante: o disco epifisário.
o A epífise é a parte do osso que irá participar das articulações. Ela se ossifica a partir dos centros de ossifação
secundários. É formada por uma fina camada de osso compacto, superficialmente, e uma clara predominância
profunda de osso esponjoso. Por esse motivo, ela apresenta grande propriedades hematopoéticas, mesmo ao
longo da vida adulta. Nas superfícies articulares, o periósteo das epífises é substituído por cartilagem.
o A porção mais alargada – e mais próxima do disco articular – da epífise é chamada de metáfise.
• A estrutura de um osso curto é semelhante àquela da epífise dos ossos longos. De fato, diz-se que “morfologicamente, os
ossos curtos são análogos aos centros de ossificação secundário dos ossos longos” (Di Dio, 1999).
• A estrutura de um osso plano da calvária reúne uma camada de osso compacto, superficial, uma camada de osso
esponjoso (chamada de díploe), intermediariamente, e uma outra camada de osso compacto, profunda. O periósteo
superficial é convencional, mas o profundo é substituído por dura-máter (um tipo de meninge).
• O periósteo, que reveste os ossos, NÃO é formado de tecido ósseo, e , sim, de tecido fibroso. É por isso que é nele que as
cápsulas fibrosas das articulações sinoviais se fixam ao osso. É bastante inervado, e, portanto, bastante sensível à dor.
• No processo de ossifcação intramembranoso, um molde pré-estabelecido de mesênquima dará origem a uma ossificação
lamelar, de deposiçao contínua: ela só ocorre na calvária craniana e na clavícula. Se você tem dificuldades de entender
essa coisa de ‘molde’, basta lembrar que as fontanelas nada mais são que exemplos do mesmo... Na ossificação
endocondral, ao invés de termos um molde de mesênquima, temos uma pequena haste de cartilagem hialina para servir
de molde para a diáfise, e uma pequena massa, também de cartilagem, que servirá de base para a epífise. Entre as duas,
haverá um disco, também de bendita cartilagem, chamado de disco epifisário. Quando o osso quiser crescer
transversalmente, ele o fará pela deposição de osso no periósteo. Quando ele quiser crescer longitudinalmente, ele irá
fazê-lo a partir da substituição de cartilagem por osso, no disco epifisário.
• Classificações dos ossos (não queiram saber obsessivamente a classificação de todos ossos do corpo, porque há variação
absurda entre os autores. Foquem no óbvio e mais importante ):
o Ossos curtos são aqueles em que não há predominância clara de largura e comprimento. Os ossos do carpo e
tarso são os exemplos clássicos.
o Ossos longos são aqueles em que há predomínio de comprimento em relação à largura. Os exemplos são vastos.
As falanges são longos (sei lá... podem pensar que são curtas pelo tamanho pequeno).
o Ossos planos são aqueles em que a largura predomina, mas não há profundidade (definição da palavra plano,
aeaehuaehu). Ocorrem, principalmente, no crânio. As costelas, reza a lenda, são outros exemplos.
o Ossos irregulares são o que o nome sugere. Na base do crânio e na face há bastantes deles. As vértebras são
outros exemplos.
o Ossos sesamóides crescem no interior de tendões que cruzam ossos longos. Elas também servem de relé para
inserções de músculos, para direcioná-los a outras direções. A patela é o exemplo mais clássico. Ossos sesamóides
de número e tamanho variados e sem nomes próprios ocorrem com relativa abundância no carpo e no tarso.
o Ossos pneumáticos são aqueles que contêm seios aéreos maiores. Ocorrem na cabeça. São eles: maxila, temporal,
etmóide e frontal. Não há consenso, mas reza a lenda que o temporal também está no bolo (faz sentido, pois há
um circuito de células aéreas no interior da parte mastóidea do temporal).
o Ossos heterotópicos são aqueles que crescem no interior de tecidos moles. São características de algumas
doenças genéticas obscuras e de epônimos impronunciáveis, que não nos interessam, por ora.
• A calvária reúne ossos planos, de ossificação intramembranosa. A base do crânio reúne ossos irregulares, de ossificação
endocondral. O resto dos ossos (excetuando a clavícula) tem ossificação endocondral.
• O crescimento longitudinal dos ossos ocorre no disco epifisário; o transversal, no periósteo.
• A hematopoese pré-natal envolve o saco de Yolk (sensacional, esse nome, kkkk), o fígado e o baço. No indivíduo recém-
nascido e nos seus primeiros anos, ocorre nas cavidades medulares dos ossos longos e no osso esponjoso dos ossos
irregulares (e da epífise dos ossos longos, também, por exemplo). Já no indivíduo adulto, o tecido hematopoético da
cavidade medular dos ossos longos é substituído por gordura, e a hematopoese ocorre principalmente nos tecido
esponjoso de ossos irregulares (sobretudo esterno, vértebras e osso do quadril), embora haja alguma contribuição das
epífises dos ossos longos.

Articulações (generalidades):

• Articulações são estruturas que unem massas ósseas. Estas podem ser de ossos distintos, como é mais fácil imaginar, ou
podem ser entre porções de um mesmo osso. Surpreendentemente, ou não, este último tipo supera – de longe – o
primeiro, em quantidade, no nosso corpo.
• O único osso do corpo humano que não se articula com nenhum outro é o hióide, no pescoço.
• Luxações são a perda de congruência entre duas superfícies articulares.
• Sobre as classificações das articulações:
o Quanto à união: podem estar unidas por continuidade ou contiguidade. Por continuidade, entende-se a união
por tecido sólido: são as articulações fibrosas e cartilaginosas; Na união por contiguidade, os ossos estão
mantidos unidos por uma cápsula externa, superficial, marginal, mas suas superfícies propriamente ditas estão
separadas por um espaço de volume mínimo: são as articulações sinoviais.
o Quanto à mobilidade: podem ser sinartroses, quando forem, em essência, articulações em que não há – ou
virtualmente não há – movimento; ou podem ser diartroses, quando forem, em essência, articulações de
movimento. As articulações fibrosas e cartilaginosas são sinartroses; as sinoviais, diartroses.
o Função: variável, mas, de modo geral: movimento, crescimento e transmissão de forças.
• Enfoques sobre articulações fibrosas:
o Três principais tipos:
 As suturas ocorrem apenas entre os ossos planos da calvária, no crânio. São articulações sem
movimento, temporárias, que estão fadadas a, em algum momento da vida, deixar de existir. Quando
isto ocorre, há fusão dos ossos envolvidos, um processo que recebe o nome de sinostose. Obs.: sinostose
é o nome que se dá à fusão de duas formações ósseas quaisquer. Não são um fenômeno exclusivo das
suturas.
• As fontanelas NÃO são suturas. São apenas o molde de mesênquima, exposto, do bebê, em que
ocorre o processo de ossificação intra-membranosa da calvária. Elas ocorrem justamente
enquanto os ossos planos não estão próximos o suficiente para formar suturas. A fontanela
anterior (bregmática) e a ântero-lateral (ptérica) são as que mais tardam a consolidar (2 a 3
anos e aproximadamente 1 ano, respectivamente). É por isso que deformações devido a
hipertensão intra-craniana são mais comuns de se ver na frente da cabeça do bebê. O fontículo
posterior também é chamado de lambdóide, e o póstero-lateral, de astérico. Estes dois últimos
costumam consolidar ainda nos primeiros meses de vida (6, em média).
• Lembre que o ramo anterior da a. meníngea média passa justamente superficial ao local onde
ocorre o ptério. Lesões aí resultam em um tipo muito perigoso de hemorragia (extra-dural),
como vocês verão, mais adiante, no curso ☺.
 As sindesmoses são articulações de difícil classificação. Cada autor gosta de dizer uma coisa, então não
vou definí-las. Entretanto, de modo geral, podemos visualizá-las como uma modalidade de ligamento
(é, ligamento, tipo aqueles da coluna). A única diferença é que eles apresentam um pouco mais de
frouxidão, de modo a limitarem movimentos somente a partir de um determinado grau de ação. Por
exemplo: no antebraço, temos, entre a ulna e o rádio, a chamada membrana interóssea [do antebraço].
Ela não oferece nenhuma resistência ao estado semi-pronação em que se encontra o braço em repouso.
Entretanto, quando há excesso de pronação ou supinação, você percebe sem muito esforço que ela
limita o excesso de movimento.
 As gonfoses unem os dentes ao osso da mandíbula e das maxilas. Ocorrem, portanto, apenas na cabeça.
• Enfoques sobre articulações cartilaginosas:
o Dois principais tipos:
 As sincondroses (ou primárias), em que a cartilagem é hialina. Têm distribuição ecletissísima no nosso
corpo. São poderosos exemplos de articulações destinadas ao crescimento. Também ilustram exemplos
de articulações intra-ósseas. São subdividas de várias formas, mas as que nos interessam são as que
ocorrem na base do crânio e as que ocorrem entre as epífises e diáfises de ossos longos. Sim, os discos
epifisários são sincondroses. E isso o ajudará a se lembrar de que a cartilagem das sincondroses é a
hialina, e não a fibrosa (afinal, os ossos longos se ossificam a partir de cartilagem HIALINA, não é?).
 As sínfises (ou secundárias), em que a cartilagem é fibrosa. Quando dizemos que a cartilagem é
“fibrosa”, fazemos referência ao fato de que nela predomina o mesmo tipo de colágeno dos ligamentos,
tendões e aponeuroses (o tipo I), e num arranjo relativamente similar ao dos mesmos (feixes ordenados
[que entremeiam as células propriamente ditas]), em contraste com o das sincondroses (tipo II), em que
se observa um colágeno mais “bagunçado”. Esse aspecto histológico não é fundamental para a matéria,
mas ajuda a entender e memorizar. TODAS as sínfises são medianas, e, à exceção da que ocorre entre
os dois púbis (no osso do quadril), são axiais. Isso é condizente com a sua principal função, que é a de
estabilizar articulações próximas. Isso é particularmente verdadeiro para a coluna, em que os discos
intervertebrais (os exemplos mais clássicos de sínfises) servem de contenção para os movimentos das
articulações sinoviais próximas das vértebras, tórax e quadril. A estrutura da sínfise consiste de um
anel fibroso, externo – de colágeno propriamente dito – e um núcleo pulposo, interno, formado por uma
geleca mucóide que corresponde ao que restou de nossa notocorda (lembram dela? Eu não lembro mais
nem pra que ela serve aeaeuhaeu)
• Hérnias de disco: lembrem que o que ocorre aqui não é o deslocamento do disco intervertebral,
mas sim a lesão do anel fibroso, mais comumente em sua porção póstero-lateral, e consequente
exposição do núcleo pulposo. Este extravasa e comprime as estruturas nervosas próximas. A
hérnia de disco mais comum é aquela que ocorre entre L4 e L5. Nesse nível, não temos mais
medula espinal (ela acaba em L2, lembram?), mas existe uma estrutura rica em raízes nervosas
chamada cauda equina (porque as fibras juntas dão a ela um aspecto de crina de cavalo [ou
não aeuhaeueha]). A sintomatologia pode ser bastante rica, porque há fibras de diversos tipos
(motora, sensitiva, etc) e segmentos medulares .
• Enfoques sobre articulações sinoviais:
o As articulações sinoviais são ditas diartroses porque apresentam, em essência, grande liberdade de movimento, e
são ditas contíguas porque os ossos não estão unidos por um tecido sólido, e sim por um saco fibroso que os
mantêm juntos, mas não fundidos.
o Os elementos fundamentais de uma articulação sinovial são:
 A cápsula articular (dividida em partes [ou cápsulas] fibrosa e sinovial):
• A parte fibrosa da cápsula articular é feita de grossas faixas de tecido conjuntivo denso
modelado – o mesmo tipo de tecido que os tendões e ligamentos – que se ancoram aos ossos
envolvidos na articulação através da fusão com o periósteo dos mesmos. O local de inserção da
cápsula, no osso, é chamado de êntese, e é o sítio de um grupo rico de doenças reumáticas: as
espondiloartropatias. A cápsula fibrosa também é ricamente irrigada e inervada. De fato, há,
nela, uma grande quantidade proprioceptores. Propriocepção é a capacidade que nós temos de
situar como cada parte de nosso corpo está configurada em relação às demais, com ou sem
estímulo visual concomitante. Ou seja: é o que nos permite saber como cada pequeno parte de
nosso corpo está localizada em relação às demais, mesmo quando estamos de olhos fechados. O
tecido fibroso das cápsulas, ocasionalmente, apresenta espessamentos que remetem,
morfologicamente, a ligamentos fundidos ao restante da cápsula: São os chamados ligamentos
capsulares. Quando um ligamento não está fisicamente aderido à capsula, mas faz parte da
articulação, ele é dito extra- ou intracapsular, dependendo, evidentemente, se o faz externa ou
internamente à mesma.
• A membrana sinovial é formada por uma camada superficial, chamada de íntima, e uma
camada profunda, rica em adipócitos e vasos sanguíneos, chamada de subíntima. A íntima
possui duas populações de células: os sinoviócitos A são semelhantes a células epiteliais e são
responsáveis pela filtração do sangue a partir dos vasos da subíntima e no seu discreto
processamento via, principalmente, secreção de uma substância no mesmo: o ácido hialurônico
(que, em meio aquoso, ocorre na forma do sal hialuronato); os sinoviócitos B são os macrófagos
residentes das articulações (a título de enriquecimento pessoal, leve isso para seu futuro:
macrófagos NÃO existem no sangue. A célula que corre no sangue é o monócito [no tecido é
que ele se diferencia no bendito macrófago]) e sua disfunção está associada à fisiopatologia de
uma doença muito terrível: a artrite reumatóide.
o O líquido sinovial, portanto, é formado na membrana sinovial, e a partir do sangue.
Ele tem como funções nutrir e lubrificar a articulação sinovial (sobretudo sua
cartilagem).
 A cartilagem articular, que é do tipo hialina (exceto na ATM e nas duas articulações da clavícula, em
que a mesma é do tipo fibrosa). Não possui vascularização própria, e depende do líquido sinovial para
sua nutrição e lubrificação.
 A cavidade articular, que é um espaço virtual. Espaços virtuais são aqueles que possuem volume
próprio desprezível. Em condições fisiológicas, a cavidade articular deve conter apenas o volume
necessário para manter uma capilar quantidade de líquido sinovial entre as superfícies articulares
envolvidas. A visualização macroscópica da cavidade articular é indicativo de doença.
o Elementos variáveis das articulações sinoviais incluem:
 Discos articulares e meniscos: Têm como função adaptar a superfície óssea discordantes, tornando-as
concordantes. Os meniscos, quando o fazem, dividem a cavidade articular em duas câmaras distintas;
nos meniscos, tal divisão é parcial. Essa é a única diferença. Ocorrem nas articulações
temporomandibular, na esternoclavicular e na radiocarpal, apenas.
 Orlas fibrosas ampliam a superfície articular de articulações rasas. Ocorrem na articulação do ombro
(escapuloumeral) e quadril (coxofemoral), apenas.
o Uma articulação sinovial é dita simples quando é formada por apenas dois ossos; composta, quando é formada
por mais de dois ossos.
o Uma articulação é dita complexa quando possui discos, meniscos ou orlas; não-complexa, quando não os possui.
o As articulações mono-axiais são aquelas que realizam movimentos apenas em um plano: são as planas,
trocóideas e gínglimos.
o As articulações bi-axiais são aquelas que realizam movimentos em até dois planos: são as selares e elipsóideas.
o As articulações tri-axiais (ou multi-axiais) são aquelas que podem realizar movimentos em até três planos: são
as esferóideas.

Músculos (generalidades):
• Tendões são estruturas cilíndricas que ligam um músculo a virtualmente qualquer outra coisa; aponeuroses fazem o
mesmo que os tendões, mas têm formato laminar; ligamentos são estruturas que unem ossos a ossos ou vísceras a
vísceras (exemplo? Lig. largo do útero).
• Existem alguns tipos de contração.
o Na contração tônica, os músculos estão ligeiramente contraídos, não porque ordenamos, mas sim porque todos
eles apresentam, em condições normais, um tônus passivo, que é particularmente importante nos músculos
posturais. Exceções a essa regra ocorrem durante o sono profundo, durante o coma e, evidentemente, após a
morte (rerere).
o Na contração reflexa, o músculo – suposto voluntário – contrai alheio à nossa vontade, figurando respostas a
estímulos específicos.
 Ex: diafragma; reflexos tendinosos.
o Na contração isométrica (ou estática), o músculo contrai, mas não há produção de movimento nem alteração de
seu comprimento. Coloque sua mão direita debaixo de sua coxa e palpe seu m. bíceps braquial com a mão
esquerda. Agora, puxe sua mão direita para cima (ou seja: tente fletir seu antebraço). Perceba que, embora não
haja movimento real no antebraço direito, o bíceps braquial está contraindo (o que é evidenciado pela expansão
de seu volume).
o Na contração isotônica, o músculo contrai e há produção de movimento. Ela pode ser de dois principais tipos:
 Na contração concêntrica, a origem e inserção se aproximam. Geralmente associada a movimentos
poderosos e contra a gravidade. Na contração excêntrica, a origem e inserção se afastam. Geralmente
associada a movimentos de desaceleração e a favor da gravidade.
• De modo geral, as contrações excêntricas são capazes de produzir movimentos muito mais
poderosos do que os das contrações concêntricas.
• Durante o processo de contração, não há “encurtamento” de fibrilas: os sarcômeros se aproximam devido ao
deslizamento das fibras de actina sobre as de miosina.
• Durante o processo de “crescimento” durante a malhação ou uso continuado de músculos, há aumento do número de
fibrilas (actina e miosina) disponíveis para a contração (processo conhecido como hipertrofia), e não proliferação de
células musculares (processo conhecido como hiperplasia).
• De modo geral, na contração muscular, a inserção (ponto móvel) do músculo vai em direção à origem (ponto fixo). É o
que ocorre, por exemplo, quando você contrai o m. bíceps braquial para flexionar o cotovelo: a inserção (na tuberosidade
do rádio) se aproxima das origens (tubérculo supra-glenoidal e processo coracóide, ambos na escápula).
o Entretanto, repare que, num exercício de barra, ocorre o inverso: a inserção é a parte fixa e a origem é a parte
móvel. Por isso que, hoje em dia, é mais bem aceito usarmos os termos fixação proximal e fixação distal,
considerando esse intercâmbio de “o que move” e “o que fica fixo”.
• Fibras musculares brancas são aquelas mais condicionadas aos movimentos rápidos, bruscos, potentes. Nesses tipos de
movimento, não há tempo hábil para metabolismo oxidativo (por isso elas são brancas, pois não há abundância de
mioglobina – justamente pelo fato de não utilizarem tanto oxigênio). Fibras musculares vermelhas são aquelas mais
condicionados a movimentos lentos, repetitivos e não tão poderosos. Há intenso metabolismo oxidativo (por isso as
fibras são vermelhas, pela relativa abundância de mioglobina).
• Músculos podem se fixar a virtualmente todos os tipos de tecido:
o Ossos: tipo mais comum. Ex: e precisa?
o Cartilagens: Ex: peitoral maior.
o Articulações: Ex: pterigóideo lateral, poplíteo.
o Aponeuroses: Ex: palmar longo, oblíquos (externo e interno) do abdome.
o Fáscias: Ex: m. platisma, iliococcígeo.
o Pele: Ex: músculos mímicos.
o Órgãos: Ex: músculos extra-oculares.
o Mucosas: Ex: músculos da língua.
o Outros músculos: Ex: fibular terceiro.
• A região em que o motoneurônio interage com a fibra muscular é chamada de placa motora. O conjunto formado pelo
motoneurônio mais o conjunto de fibras esqueléticas por ele inervadas é chamado de unidade motora. De modo geral,
movimentos mais finos exigem unidades motoras menos densas (ou seja: menos fibras por motoneurônio), enquanto que
movimentos mais brutos podem ocorrer com aquelas mais densas (ou seja: muitas fibras por motoneurônio).
Sistema nervoso (generalidades):

• A principal divisão do sistema nervoso diz respeito a sua localidade. O dito sistema nervoso central é aquele cujo tecido
fica encerrado no interior do esqueleto axial (encéfalo e medula espinal), enquanto que o dito sistema nervoso periférico é
aquele em que o tecido fica localizado do lado de fora do esqueleto axial (nervos espinais e cranianos). Existem 31 pares
de nervos espinais: 8 cervicais; 12 torácicos; 5 lombares; 5 sacrais; e 1 coccígeo.
o O encéfalo é dividido em três porções.
 O cérebro reúne o telencéfalo, que é aquela porção mais parecida com o que o imaginário popular
concebe (cheio de circunvoluções, sulcos, etc) e o diencéfalo, mais inferior, que reúne os “álamos” da
vida (tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo). Saber o nome de cada uma dessas porções do
cérebro não nos diz respeito, por ora, e só foram citadas por questões didáticas.
 O tronco encefálico reúne, no sentido cranio-caudal, mesencéfalo, ponte e bulbo.
 O cerebelo fica localizado posteriormente, entre o cérebro, ântero-superiormente, e o mesencéfalo e
ponte, anteriormente.
• Outra divisão do sistema nervoso diz respeito a sua funcionalidade. Antes de discutí-la, vamos lembrar que eferência diz
respeito à informação que segue o sentido SNC  SNP, enquanto que aferência diz respeito à informação que segue o
sentido SNP  SNC. Lembre, ainda, que aferência não é sinônimo de sensibilidade: sensibilidade é a aferência que
provoca em você uma sensação – seja ela localizada ou difusa –, enquanto que aferência pode provocar sensação ou não
(exemplos de aferências não sensitivas seriam aquelas trazidas, por exemplo, por quimio- e baroceptores). Portanto: toda
fibra sensitiva é aferente, mas nem toda fibra aferente é sensitiva. A partir daí, temos:
o O sistema nervoso somático diz respeito àquele da relação com o mundo externo. Sua vertente aferente
transmite impulsos via fibras que recebem informações das terminações nervosas livres, principalmente de nossa
pele, até o SNC, onde ele é interpretado e traduzido como nosso entendimento em relação a tal estímulo. Sua
vertente eferente envia fibras a nossa musculatura esquelética.
o O sistema nervoso autônomo (SNA) diz respeito àquele da vida
vegetativa. Suas fibras aferentes trazem informações das vísceras de
nosso corpo até o SNC, que, por sua vez, envia fibras para glândulas,
órgãos e músculos liso e cardíaco. De modo geral, salvando suas
devidas exceções (que serão abordadas, com sua devida pertinência,
em fisiologia e neuroanatomia), temos:
 O sistema nervoso simpático é uma vertente do SNA que
está associada à resposta ao estresse. Lembrem da regra de
Cannon: to fight or to flight: lutar ou correr.
 O sistema nervoso parassimpático é uma vertente do SNA
que está associado à preservação, à calma, ao relaxamento
corporais.
 O sistema nervoso entérico é uma vertente peculiar do SNA
em que os neurônios não guardam relação física com o SNC.
Ao invés disso, estão distribuídos ao longo do trato
gastrointestinal.
• A neuróglia reúne o conjunto de células do sistema nervoso central que NÃO são neurônios. São mais numerosas do que
estes últimos (a união faz a força, hehe) e suas funções variam desde nutrição do SNC à produção de líquor e fagocitose.
Os detalhes pertinentes aos sues diferentes tipos serão estudados em neuroanatomia.
• O neurônio é um tipo de célula – dentre uma variedade de muitas outras – do sistema nervoso. No nosso curso, interessa-
nos dois tipos: os eferentes, que transmitem informações do SNC para o corpo, e que podem ser somáticos, quando tais
informações são enviadas para fibras de músculos esqueléticos, ou viscerais, quando as mesmas são levadas para
glândulas ou para fibras de músculos cardíaco ou liso; e aferentes, que transmitem informações diversas, conscientes ou
não, das diversas partes do corpo para o SNC. A diferenciação dos neurônios aferentes como viscerais ou somáticos
possui uma complexidade que não nos interessa muito, e será abordada, com sua devida pertinência, em neuroanatomia
e fisiologia. É divido em três porções principais: um corpo; um ou mais axônio(s); e (geralmente) bastantes
dendritos.Quando falamos em fibra nervosa, estamos nos referindo a estes dois últimos componentes. Classicamente,
admite-se que os axônios são as porções que transmitem informação do núcleo em diante (anterogradamente), enquanto
que os dendritos são as porções que recebem informações dos axônios vizinhos ou terminações diversas (sensitivas, por
exemplo) e as transmitem para o núcleo (retrogradamente). Exceções não fazem regras e fogem aos objetivos da apostila.
O modo como o núcleo, os axônios e os dendritos do neurônio se organizam nos permite classificá-lo em três principais
tipos:
o Os neuronios multipolares são aqueles que possuem um corpo com curtos e numerosos dendritos e um longo
axônio que se projeta para longe. Os motoneurônios são o exemplo clássico (o corpo está no corno ventral da
substância cinzenta da medula, e o axônio se projeta até a placa motora associada).
o Os neurônios bipolares são encontrados em alguns órgãos dos sentidos especiais (como na retina, por exemplo), e
possuem um único dendrito que traz informações ao corpo do neurônio, que, por sua vez, envia um axônio, a
partir do polo oposto, para o SNC. Os interneurônios (assunto do semestre que vem) são outro exemplo.
o Os neurônios pseudo-unipolares são uma forma diferenciada de neurônios bipolares, em que o dendrito e o
axônio se fundiram numa pequena haste que se conecta diretamente no corpo do neurônio. O resultado é que,
na prática, temos um curtíssimo prolongamento, a partir do corpo da célula, que se bifurca, enviando um longo
ramo periférico (para as terminações sensitivas) e um curto prolongamento central (para entrar no SNC,
trazendo as informações do prolongamento periférico). É o modelo clássico de nervos aferentes humanos. Os
famosos gânglios espinais são justamente agrupamentos de corpos de tais tipos de neurônios.
• O axônio, no sistema nervoso periférico, possui três camadas de tecido conjuntivo associados:
 O endoneuro, o mais interno, contém células, matriz extra-celular e as células de Scwhann. O axônio
mais o endoneuro (incluindo mielina) forma a fibranervosa.
o O perineuro, o intermediário, reúne um grupo de fibras nervosas, dando origem a um fascículo.
o O epineuro, mais externo, é um tecido rico em gordura e vasos sanguíneos. O conjunto de fascículos, envolvido
pelo perineuro, dará origem ao nervo propriamente dito.
• O axônio dos neurônios pode ter ou não um envelope de mielina.
o Os axônios que são revestidos por mielina são dito mielínicos, e têm, via de regra, maiores diâmetro e velocidade
de condução de impulsos nervosos. São estes os responsáveis pela coloração da substância branca da medula
espinal e tronco encefálico. No sistema nervoso periférico, uma célula de Scwhann envolve um único axônio
mielínico; no sistema nervoso central, um oligodendrócito envolve vários axônios.
 Ao axônios lesados, no SNP, conseguem, dentro de certos limites, regenerar, mas os do SNC, não. Isso
ocorre devido à expressão de uma família de proteínas na mielina dos oligodendrócitos, que inibe a
formção do maquinário regenerativo. Isso é uma proteção que nosso corpo desenvolveu para evitar o
processo de inflamação (que ocupa muito espaço e poderia comprimir estruturas nervosas mais
importantes do que a área lesada) necessário para a regeneração. Quem tiver interesse em ler mais
sobre isso, me fala, que eu mando um artigo legal, completo e recente sobre o assunto.
o Os axônios não revestidos por mielina são ditos amielínicos. São, geralmente, fibras finas e de lenta condução.
Contribuem com a coloração da substância cinzenta, na medula espinal e tronco encefálico.
• A medula espinal é dividida em três porções principais: um núcleo interno, de formato de borboleta, de substância
cinzenta; um envoltório externo, de substância branca; e um canal, no meio da substância cinzenta, repleto de líquor,
chamado de canal central.
o A substância cinzenta é formado neuróglia e por núcleos de neurônios diversos. Por exemplo, o corno anterior
reúne os corpos dos motoneurônios que irão inervar músculos esqueléticos distantes. No corno posterior, há
corpos de neurônios que irão fazer sinapse com os axônios centrais dos neurônios pseudounipolares.
 No cérebro e cerebelo, a substância cinzenta é superficial (córtex). No tronco encefálico, não há uma
organização bem definida.
o A substância branca é formada por fibras mielínicas de axônios que ou vêm do encéfalo trazendo informações
para o corpo ou do corpo trazendo informações para o encéfalo. Por exemplo, os neurônios da área da
substância cinzenta cerebral responsável pela motricidade enviarão suas fibras ao longo do SNC até que elas
cheguem ao motoneurônio (no corno anterior) responsável pelo movimento. Aí ocorrerá sinapse e outro axônio
sairá pela raíz anterior. Pensando no exemplo contrário, os neurônios do corno posterior que recebem a sinapse
dos neurônios pseudounipolares citados no subtópico anterior enviam seu axônio através da substância branca
em direção ao encéfalo, onde ocorrerá interpretação do estímulo envolvido.
 No encéfalo, quando um grupo de corpos de neurônios forma uma massa distinta de substância
cinzenta rodeada de substância branca, damos o nome de núcleo. No SNP, o agrumamento de núcleos
de neurônios recebe o nome de gânglio (exemplos clássicos seriam os gânglios da raíz dorsal, que reúne
os corpos dos neurônios pseudounipolares aferentes dos segmentos referentes).
o O canal central contém líquor.
o Revestindo a medula espinal (e o resto do SNC), temos três camadas de membranas chamadas de meninges.
 A dura-máter é a camada mais externa. No crânio, ela tem dois folhetos. O mais externo deles substitui
o periósteo dos ossos da calvária. O mais interno fica mais próximo do tecido nervoso central, e, em
determinados lugares, o folheto interno se projeta mais profundamente, e o espaço entre os dois
folhetos dá origem aos famosos seios venosos da cabeça.
 A aracnóide é a camada intermediária. Ela guarda mais relação com a dura do que com a pia.
 A pia-máter é a meninge mais interna, e, ao contrário das duas anteriores, acompanha intimamente o
tecido nervoso central em cada pequeno sulco, fissura ou reentrâncias em geral. O resultado disso é a
formação de um espaço volumoso (já que a aracnóide mantém-se relativa e homogeneamente afastada),
como será dito mais a seguir.
• O espaço entre a dura-máter e o osso é chamado de espaço extra-dural. É rico em gordura, mas
possui um pouco de líquor. No crânio, ele não existe, na prática, porque a dura-máter é o
próprio periósteo do osso. Hematomas aí costumam levar rapidamente à morte, se não forem
tratados. Um exemplo bastante clássico é o envolvendo o ramo anterior da artéria meníngea
média, quando há uma lesão traumática no ptério (repare que é a segunda vez que estou
citando essa lesão do ptério, na apostila!).
• O espaço entre a dura-máter e a aracnóide é chamado de subdural. É virtual (relembre a
definição de espaço virtual, na parte de articulações). Hematomas aí costumam estar
associados a hemorragias de pequenas veias no seu trajeto do tecido nervoso central até os
seios.
• O espaço entre a aracnóide e a pia-máter é chamado de subaracnóideo. Ele é relativamente
volumoso, e rico em líquor. É aí que costumamos drenar líquor em punções.
• Segmento medular diz respeito à área da medula espinal responsável pela produção da totalidade de fibras nervosas que
irão compor determinado nervo espinal.
• Dermátomo diz respeito à área de pele que está sob a juridição da totalidade de fibras nervosas aferentes de determinado
segmento medular.
o Dor referida diz respeito ao fenômeno em que estímulos que provocam dor numa víscera invocam dor, também,
no dermátomo correspondente ao segmento medular compartilhado pelas fibras sensitivas da tal víscera.
• Por fim, vamos falar um pouco sobre raízes, nervos espinais, ramos e nervos. Para isso, antes de tudo, deve-se deixar
claro que existem quatro grandes plexos no nosso corpo: o cervical, o braquial, o lombar e o sacral. Como modelo de
estudo para ilustrar nossa explicação, vamos usar o lombar, que reúne fibras de L1-L4:
o Em cada segmento medular, temos uma raíz posterior, aferente, e uma raíz anterior, eferente. As raízes dorsal e
ventral de L1 se unem pra formar o nervo espinal L1; as de L2, o nervo espinal L2; e assim, sucessivamente, até
L4. Cada um destes nervos espinais, imediatamente após ter se formado, divide-se num ramo posterior e num
ramo anterior. O ramo posterior fica limitado à porção medial da face posterior do tronco, inervando as
estruturas de lá (de modo eferente (ex: músculos) e aferente (ex: pele), e NÃO se une com outros ramos
posteriores (de outros nervos espinais); O ramo anterior, por sua vez, segue caminho e se mistura com os ramos
anteriores de outros nervos espinais (no caso do plexo lombar, os ramos anteriores de L1-L4). É a essa mistura
de ramos anteriores de diversos nervos espinais que damos o nome de plexo. O plexo, por sua vez – como se tudo
já não fosse confuso o suficiente – tem duas divisões no nosso exemplo do plexo lombar. No braquial, por
exemplo, há três divisões!): uma anterior e uma posterior, e cada uma dará origem a diversos nervos (não mais
espinais) que possuem, graças à bagunça de fibras formada no plexo, representações de mais de um segmento da
medula espinal: é por isso que são chamados de nervos multissegmentares (em contraste com os nervos
intercostais, que são os únicos que são formados a partir de apenas seus nervos espinais correspondentes, e, por
isso, chamados de nervos unissegmentares. Isso ocorre porque os ramos anteriores dos seus nervos espinais
correspondentes NÃO se unem e seguem individualmente, à semelhança dos ramos posteriores). Se tomarmos,
no membro inferior, o nervo femoral como modelo de estudo para nervo multissegmentar, o que ocorre é que
algumas fibras da divisão posterior do plexo lombar, que vêm das distantes terras de L2 a L4 (láááá na medula),
unem-se sob uma bandeira própria e decidem fundar um Estado independente: o nervo femoral.

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