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Psico-USF, v. 16, n. 2, p. 253-254, mai./ago.

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Guia de consulta sobre avaliação psicológica

Fernando Pessotto1 – Universidade São Francisco, Itatiba, Brasil

Ambiel, R. A. M., Rabelo, I. S., Pacanaro, S. V., Alves, G. A. S. & Leme, I. F. A. S. (Orgs.). (2011). Avaliação
Psicológica. Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo.

A1 avaliação psicológica é um processo no qual surgimento do Sistema de Avaliação dos Testes


são tomadas decisões acerca de indivíduos ou grupos, Psicológicos (SATEPSI).
portanto, configura-se como prática de grande Ambiel, Andrade, Carvalho e Cassep-Borges
responsabilidade para o psicólogo. Em razão da retratam, no capítulo três, a relação entre a psicologia e
complexidade envolvida neste processo se faz a estatística, informando inicialmente o
necessária uma formação sólida e constante acerca dos desconhecimento e a difícil aceitação por grande parte
testes psicológicos e técnicas pertinentes. Muitas dos estudantes de psicologia e profissionais já
críticas, inclusive, são provenientes da falta desse formados. Com o objetivo de apresentar conceitos
conhecimento específico ou mesmo da dificuldade na básicos e, ao mesmo tempo, essenciais para um bom
compreensão de termos e textos da área por parte de desempenho na utilização e compreensão dos testes
estudantes e até de profissionais atuantes. psicológicos, os autores frisam que não é necessário
Com o objetivo de viabilizar um conteúdo habilidade para a realização de cálculos e operações
conciso e de fácil compreensão, os autores abordam os complexas, mas sim, compreender seus conceitos e
principais temas da área de avaliação psicológica, como resultados. Para tanto abordam os temas população e
sua história, o envolvimento com a estatística, validade, amostra, medidas de tendência central e variabilidade,
precisão, padronização, normatização e ética. O livro diferenças entre grupos, correlações e análise fatorial.
contém 7 capítulos que trazem referências importantes Finalizam o capítulo ressaltando que para uma boa
da área bem como apresenta grifos das informações prática do psicólogo, mesmo àqueles que dizem terem
mais relevantes e que buscam sintetizar os assuntos optado pela profissão para ajudar às pessoas, este
abordados. poderá fazer isso de maneira mais qualificada
No primeiro capítulo, Ambiel e Pacanaro utilizando a estatística.
abordam a transição da testagem para a avaliação Dando continuidade à utilização da estatística
psicológica. Apresentam as origens e desdobramentos na psicologia, no capítulo quatro, Valentini e Laros
da testagem e de que forma esse caminho, bem como o apresentam a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como
contexto histórico, influenciaram na adequação ao um conjunto de modelos que buscam representar a
processo da avaliação psicológica. Destacam ainda os probabilidade de um sujeito acertar ou não um item de
passos referentes à chegada e utilização dos testes no um teste, baseado em parâmetros do item e do nível de
Brasil e os esforços atuais dos profissionais da área e habilidade da pessoa no construto avaliado. Os autores
do CFP na contribuição de melhorias e avanços. destacam dois conceitos que consideram como centrais
O capítulo dois, escrito por Pacanaro e na TRI, sendo o teta, o nível de habilidade que o
colaboradores, traz o panorama atual dos testes sujeito apresenta no construto avaliado e a Curva
psicológicos no Brasil. Os autores retratam a chegada Característica do Item (CCI), que expressa a
dos testes no país e e seu desenvolvimento, bem como probabilidade do sujeito acertar um item em função de
as críticas recebidas e um descrédito decorrente dessa seu teta. Salientam ainda que, por meio da CCI, pode-
situação. Destacam então os movimentos que surgiram se identificar os três parâmetros utilizados na TRI: (a)
com a finalidade de melhorar os serviços da área de acerto ao acaso, (b) discriminação e (c) acerto ao acaso.
avaliação psicológica, como a criação da Comissão Relatam ainda sobre os modelos de TRI de um, dois
Nacional sobre os Testes, em 1980, entre outros. ou três parâmetros e suas principais aplicações, sendo
Também são citadas as resoluções que regulamentaram uma delas a definição na escolha dos itens para a
a ação profissional, referentes aos laudos e aos composição final de um teste.
instrumentos de avaliação psicológica, dando destaque O capítulo cinco, escrito por Alves, Souza e
à Resolução 002/2003 do CFP, que, aprestando Baptista, apresenta os conceitos de validade e precisão
requisitos mínimos e obrigatórios para a elaboração e de testes psicológicos. Os autores iniciam com um
consequente utilização dos testes psicológicos, marca breve resgate dos conceitos, salientando a deficiência
um novo momento para a área, contribuindo para o no ensino sobre os termos, mesmo tendo eles ganhado
mais popularidade em decorrência da maior visibilidade
1 E-mail: fpessotto@yahoo.com.br da avaliação psicológica. Em seguida são apresentadas
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suas definições, subdivisões e alguns procedimentos a ser utilizado, que deve estar com parecer favorável no
utilizados na prática na construção de testes SATEPSI e ser adequado à finalidade e contexto a ser
psicológicos. Finalizam o capítulo destacando a aplicado, relatando ainda a necessidade de se
importância dos conceitos abordados como condição observarem os procedimentos específicos descritos nos
necessária para que um teste apresente bom manuais. Descrevem a importância da devolutiva de
funcionamento. um processo de avaliação psicológica no que se refere à
Rabelo, Brito e Rego apresentam, no capítulo linguagem a quem se destina, bem como às
seis, os conceitos de padronização e normatização. considerações pertinentes a serem feitas. Concluem o
Iniciam salientando que os conceitos estão capítulo sintetizando que a ética deve estar envolvida
intimamente ligados às práticas das aplicações e em todas as etapas do processo de avaliação
interpretações dos resultados de um teste e que são psicológica.
condições necessárias para assegurar confiabilidade das Além de linguagem simples e, portanto, de
decisões a serem tomadas. Em seguida apresentam suas fácil compreensão para estudantes e profissionais que
definições e finalizam ressaltando a importância de que não estão habituados aos termos utilizados na área de
não basta um teste estar aprovado para o uso para que avaliação psicológica, cada capítulo traz em seu final
um processo de avaliação psicológica seja bem questões para reflexão que poderão ser utilizadas por
sucedido, mas também que seja utilizado de forma professores em salas de aula ou até mesmo para que os
correta, assegurando, assim, a confiabilidade nos profissionais possam verificar sua compreensão sobre
resultados. o texto. Portanto, esse livro enquadra-se como um
Por fim, no capítulo sete, Pellini e Leme referencial para quem deseja esclarecer dúvidas práticas
explanam sobre a ética no processo de avaliação acerca da avaliação psicológica, bem como um
psicológica. Referem que o comprometimento ético do caminho inicial para aqueles que desejam seguir no
psicólogo vai desde a escolha acertada do instrumento estudo desta área.

Sobre o autor:

Fernando Pessotto é psicólogo e mestre em Psicologia pela Universidade São Francisco, Itatiba.

Psico-USF, v. 16, n. 2, p. 253-254, mai./ago. 2011

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