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Índice

1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologias
2. Desenvolvimento Percepetivo-Motor na Infância
3. Desenvolvimento dos sistemas sensoriais
4. Desenvolvimento da visão
5. Desenvolvimento da propriocepção
6. Conclusão
7. Bibliografia

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1. Introdução

O desenvolvimento perceptivo-motor avança rapidamente nos primeiros anos de vida, porém


cada sistema sensorial possui um ritmo diferente de desenvolvimento.

O desenvolvimento perceptivo-motor envolve a integração entre as informações sensoriais e as


acções motoras.

As mudanças na capacidade perceptiva são frutos de dois processos que acontecem ao longo do
desenvolvimento. Um deles é o desenvolvimento intrasensorial que envolve a melhoria na
capacidade perceptiva, dentro de cada sistema sensorial (visão, audição, propriocepção), e o
outro é a utilização conjunta de dois ou mais sistemas sensoriais durante uma mesma acção.

O professor de Educação Física deve estar atento às diferentes etapas do desenvolvimento


perceptivo-motor para planejar actividades adequadas para os alunos.

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1.1. Objectivos
 Definir desenvolvimento perceptivo-motor;
 Descrever as etapas do desenvolvimento perceptivo-motor;
 Identificar os conceitos relacionados ao desenvolvimento perceptivo-motor;
 Analisar o desenvolvimento dos sistemas sensoriais.

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1.2. Metodologias

Para a elaboração deste trabalho recorreu-se ao método bibliográfico.

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2. Desenvolvimento Percepetivo-Motor na Infância
2.1. Componentes perceptivo-motores

De forma geral, Desenvolvimento Perceptivo-Motor pode ser entendido como a relação entre o
desenvolvimento da percepção associado à execução de habilidades motoras. Para Gallahue e
Ozmun (2005, p. 306), “o estudo do processo perceptivo e do desenvolvimento perceptivo-motor
tenta responder à antiga pergunta de como chegamos a conhecer nosso mundo”.

Portanto, entender o processo perceptivo-motor significa analisar o desenvolvimento dos órgãos


dos sentidos; compreender o impacto do desenvolvimento sensorial na cognição, e entender
como estes aspectos interagem e afectam a execução de habilidades motoras.

Ao mesmo tempo em que o desenvolvimento perceptivo é uma condição necessária para a


execução de habilidades motoras, os estudos mostram a importância de um movimento activo
para o desenvolvimento da percepção.

O processo perceptivo-motor envolve vários passos, desde a recepção da informação pelos


órgãos sensoriais até a execução do movimento.

Exemplo: Imagine a situação de uma criança iniciante em um jogo de futebol no momento em


que percebe visualmente uma bola se deslocando em sua direcção. Ao focalizar a bola, a criança
recebe diversas informações sobre a velocidade, a direcção, o peso e a textura da bola. Estas
informações são importantes e críticas para a execução adequada de um chute. Assim, a
identificação da informação ambiental é o passo inicial dentro do processo perceptivo-motor.

Além das informações sobre o meio ambiente a criança aprendiz precisa também perceber
aspectos relativos à sua postura, à posição dos seus segmentos corporais e outros. Neste caso,
estas informações são percebidas mediante a propriocepção. Propriocepção é a sensação
originada pelos receptores localizados internamente no organismo e que informam sobre a
postura e o movimento do corpo.

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O processo perceptivo motor envolve a aprendizagem de vários conceitos que podem ser
agrupados em quatro grandes temas:

1) Esquema corporal;
2) Orientação espacial;
3) Orientação direccional; e,
4) Orientação temporal.

Esquema corporal

O tema esquema corporal compreende a habilidade de diferenciar as partes do corpo e o


conhecimento das possibilidades de movimento dessas partes.

Orientação espacial

Segundo Gallahue e Ozmun (2005, p. 315) o desenvolvimento da estrutura espacial envolve o


desenvolvimento de dois processos: “ (1) conhecimento de quanto espaço o corpo ocupa, e (2) a
habilidade de projectar o corpo efectivamente no espaço externo”.

Estes processos são intimamente influenciados pelo desenvolvimento maturacional, cognitivo e


pelas experiências motoras. Inicialmente a criança estrutura o espaço externo e os objectos, a
partir do seu mundo egocêntrico, ou seja, tudo ao seu redor é estruturado em relação a ela como
sendo o centro. Com o tempo, a criança consegue localizar os objectos, tendo outras pessoas ou
mesmo outros objectos como referência.

As diferenças na percepção espacial, ao longo das idades, são afetadas pelas estratégias
utilizadas pelas crianças, para se lembrarem de localizações, e pelas distâncias percorridas na
execução de determinadas habilidades motoras.

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Orientação direccional

O desenvolvimento da orientação direcional implica aprendizagem de diversos conceitos, tais


como: esquerda/direita; para cima/para baixo; topo/fundo; dentro/fora; frente/trás. Na linguagem
da psicomotricidade significa aprender sobre os contrastes fundamentais e está relacionado à
lateralidade e à direccionalidade.

Quando falamos em lateralidade, devemos pensar em dois aspectos: (1) A consciência da


existência de duas partes, lados, segmentos, partes do corpo; e (2) Na capacidade de nomeá-las
e utilizá-las de forma independente.

Orientação temporal

O desenvolvimento da orientação temporal está vinculado à capacidade de utiliza


adequadamente as informações sensoriais (principalmente a visão) de forma sincronizada com os
movimentos. Muitas vezes, dizemos que esta capacidade é coordenação olho-mão, olho-pé, ou
vísuo-motora.

A orientação temporal é um conteúdo muito presente no dia-a-dia da Educação Física, pois, o


ensino de diversas habilidades dsportivas está relacionado com a capacidade de prever e
antecipar o deslocamento de um objecto (bola). Assim, podemos dizer que a orientação temporal
é a capacidade de predizer o momento da chegada da bola, com base em características como a
velocidade, o seu peso, a trajectória e a distância de onde ela foi projectada.

njh Orientação
Esquema
Direccional
Corporal

Perceptivo-Motor
Orientação
Estrutura
Espacial Temporal

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2.2. Desenvolvimento dos sistemas sensoriais

As pessoas usam a percepção para se movimentar e se movimentam para usar a percepção


(GALLAHUE e OZMUN, 2005, p. 182).

O desenvolvimento dos sistemas sensoriais ocorre por meio de dois processos paralelos: 1) O
desenvolvimento intra-sensorial, e 2) A integração inter-sensorial.

1. Desenvolvimento intra-sensorial – Cada um dos sistemas, sensoriais de forma isolada, se


torna mais eficiente na recepção e no processamento das informações sensoriais provenientes
do corpo e do meio ambiente. Por meio deste processo as crianças melhoram a sua
capacidade de aprender novas habilidades motoras e de executá-las com maior proficiência.
2. Integração inter-sensorial – Refere-se à integração entre as diversas fontes de informação
sensorial dentro de um mesmo contexto ou acção. A integração inter-sensorial já está
presente funcionalmente desde o nascimento e melhora com o processo de desenvolvimento.
Estudos realizados por Aronson e Rosenbloom (1971) mostraram que bebés, entre 30 e 50
dias, já utilizam audição e a visão conjuntamente.

Segundo Haywood e Getchell (2004), a integração intersectorial ocorre em três níveis:

1. Integração automática dos estímulos sensoriais que acontece no nível sub-cortical do


cérebro;
2. Integração de um determinado estímulo ou características deste estímulo, quando ele é
vivenciado em duas diferentes situações, envolvendo dois diferentes sentidos. Por
exemplo, a manipulação de um objecto pode ocorrer primeiramente sem a visão do
mesmo e, posteriormente, ser este objecto reconhecido visualmente como sendo o objecto
que foi manipulado;
3. Transferência de conceitos entre as modalidades sensoriais.

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3. Desenvolvimento da visão

As sensações vivenciadas pelos recém-nascidos são inicialmente informações com utilidade


limitada e estão vinculadas às acções reflexas. Com a experiência e a integração das informações
armazenadas é que as sensações passam a ter significados e, então, podemos falar de percepção.

A percepção visual envolve o desenvolvimento de diversas capacidades visuais: acuidade visual;


acomodação; visão periférica, binocularidade e fixação; acompanhamento; visão em cores;
percepção da forma e percepção de profundidade. Ao nascer, os olhos já possuem todas as
estruturas necessárias para a visão quase totalmente formadas, porém elas estão funcionalmente
imaturas, (Gibson, 1979).

A fóvea não está totalmente desenvolvida e os músculos oculares são imaturos. Esses dois
factores resultam em fixação, foco e coordenação dos movimentos visuais deficientes. Além
disso, as glândulas lacrimais e as pálpebras ainda se encontram deficientemente desenvolvidas: o
neonato não é capaz de derramar lágrimas no período da primeira à sétima semana após o
nascimento (GALLAHUE e OZMUN, 2005, p. 184).

4. Capacidades Visuais
a) Acuidade visual - Quantidade de detalhes que podem ser observados em um objecto.
Esta capacidade desenvolve-se até um padrão normal de um adulto na medida em que a
córnea se torna mais arredondada e o cristalino se achata. A forma utilizada para avaliar a
acuidade visual é pelo gráfico ocular de Snellen.
b) Acomodação - Envolve a habilidade de o cristalino de cada olho, individualmente, alterar
a curvatura para tornar a imagem com um foco mais preciso. Com o avançar da idade, a
acomodação melhora e por volta do quarto mês já apresenta um padrão semelhante ao do
adulto.
c) Visão periférica - Está relacionada à amplitude do campo de visão. Um bebe de duas
semanas possuem o campo de visão de 15º a partir do centro. O campo amplia-se
significativamente para 40º no quinto mês e atinge 90º por volta dos seis meses.
d) Visão binocular, fixação e acompanhamento - Ocorrem quando os dois olhos
funcionam em conjunto na percepção visual de um objecto estacionário ou em
movimento.

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e) Percepção de profundidade - Envolve a habilidade de julgar a distância de um objecto
em referência a si próprio. Segundo Williams (1983), a percepção de profundidade
apresenta um componente estático que está relacionado aos julgamentos de distância em
relação a objectos estacionários e outro componente dinâmico que envolve julgamentos
sobre objectos em movimentos.
f) Percepção figura – fundo – É a capacidade do observador de localizar e focar um
objecto (figura) que está escondido dentro de um contexto (fundo). Esta capacidade
melhora significativamente entre as idades de 4 a 6 anos e um novo salto entre 6 e 8 anos
chegando ao padrão maduro.
g) Percepção todo – partes – Representa a capacidade de identificar / discriminar as partes
de um objecto ou de uma imagem dentro de um todo que também representa um objecto
de interesse visual.

As duas capacidades, percepção figura-fundo e percepção todo-parte, são muito importantes


durante as aprendizagens escolares e na execução de habilidades desportivas, para:

 Aprender a ler, é necessário focalizar a visão para cada palavra, isolando-a do texto
geral (fundo).
 Executar com perfeição a acção de passar uma bola durante um jogo é necessário
identificar, dentre todo o contexto de jogadores, quais são os jogadores da sua equipe,
e, dentre esses, qual você irá passar a bola. A utilização de uniformes pode facilitar
esta identificação.
 A capacidade de manter o foco da visão para um específico aspecto da actividade
desportiva (bola, raquete, mão, pés etc.) é muito requerida durante desportos
envolvendo alvos móveis, e em desportos de confronto (lutas).

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5. Desenvolvimento da propriocepção

O sistema cinestésico, proprioceptivo ou somato-sensorial, está envolvido na capacidade de as


pessoas perceberem a localização das partes corporais sem a utilização da informação visual.
Este sistema fornece informações sobre a posição relativa das partes do corpo; a posição do
corpo no espaço; a consciência dos movimentos corporais, e a natureza dos objectos com os
quais o corpo entra em contacto.

Todas estas informações são fornecidas por meio de vários tipos de receptores sensoriais
localizados em diversas partes do corpo. Existem receptores localizados nos músculos (fusos
musculares), nos tendões (órgãos tendinosos de Golgi), nas articulações, nos ouvidos (aparelho
vestibular), e na pele (receptores cutâneos). Cada receptor é especializado num determinado tipo
de informação:

 O fuso muscular fornece informações sobre a variação na amplitude muscular.


 Os órgãos tendinosos de Golgi informam sobre mudanças nos ângulos e nas amplitudes
de movimento das articulações (são conhecidos como detectores de limites).
 Nas articulações, existem vários tipos de receptores (terminações de Ruffini, receptores
dos ligamentos e terminações nervosas livres) que, segundo Woollacott e Cook (2003),
estão vinculados a informações sobre a alteração nos ângulos das articulações.
 Os receptores presentes no aparelho vestibular informam sobre mudanças na posição e
nos movimentos da cabeça.
 Os receptores cutâneos respondem a diferentes informações tais como: estimulação
mecânica, térmica, entre outras.

De acordo com Haywood (1986), o desenvolvimento da propriocepção envolve o


desenvolvimento da percepção sobre: a localização táctil; a discriminação entre múltiplos
pontos tácteis; as características táteis dos objectos; o corpo, suas partes e dimensões; o
movimento dos segmentos; a orientação espacial; a direccionalidade, e o equilíbrio corporal.

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1) Localização Táctil - É a capacidade para identificar, sem a utilização da visão, um
determinado local do corpo que foi tocado previamente. Os dados de pesquisas mostram
que a criança com 4 anos é menos precisa na localização táctil do que as crianças de 6 a 8
anos. Aos 5 anos, a percepção da localização táctil nas mãos e nos braços já atinge um
padrão maduro.
2) Discriminação entre múltiplos pontos tácteis - A discriminação entre a proximidade de
dois pontos tocados na pele varia de acordo com a parte do corpo tocada e apresenta uma
grande melhora, dos 5 aos 7 anos de idade.
3) Características tácteis dos objectos - O reconhecimento de objetos não comuns e de
suas características, por meio da manipulação, são uma capacidade importante no
processo de desenvolvimento proprioceptivo.

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6. Conclusão

Concluímos que o desenvolvimento perceptivo-motor envolve a integração entre as informações


sensoriais e as acções motoras.

As mudanças na capacidade perceptiva são frutos de dois processos que acontecem ao longo do
desenvolvimento. Um deles é o desenvolvimento intrasensorial que envolve a melhoria na
capacidade perceptiva, dentro de cada sistema sensorial (visão, audição, propriocepção), e o
outro é a utilização conjunta de dois ou mais sistemas sensoriais durante uma mesma acção.

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7. Bibliografia
 GALLAHUE, D. L. e OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebés,
crianças, adolescentes e adultos. 3ª Edição. São Paulo: Phorte Editora, 2005.
 HAYWOOD, K.M; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3ª
Edição. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004.
 GIBSON, J. J. The ecological approach to visual perception.Hillsdale, NJ: Erlbaum,
1979.
 HAYWOOD, H. R.; HEIN, A. Movement-produced stimulation in the development of
visually guided behavior. Journal of Comparative and Physiological Psychology,56, 872-
876, 1963.

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