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Informações para o RECURSO INOMINADO

A respeitável sentença foi inobservante quanto ao direito basilar do consumidor, qual


seja, o direito à informação.
Nota-se de que ao assinar o respectivo contrato de seguro de imóveis, não foi dada a
devida informação, pois a recorrente NEM SEQUER POSSUI UM IMÓVEL
PRÓPRIO.
Neste ínterim é de se observar que a pratica rotineira de instituições financeiras é
“empurrar” papéis para serem assinados, sem o devido aviso DO QUE ESTÁ SENDO
ASSINADO, ferindo assim, a boa-fé objetiva, o direito à informação e, por conseguinte,
praticando o ato ilícito da venda-casada e venda embutida.

Argumenta-se que fora assinado e com isso basta para ensejar o conhecimento do ato.
No entanto, a mera assinatura da recorrente nos papéis de seguro, não provam que a
mesma sabia do que se tratava, tendo apenas assinado o que lhe foi fornecido sem a
devida consciência do que estava praticando, tendo em vista não ter havido
transparência por parte do recorrido.

Não sendo desta forma, todo consumidor, que é parte vulnerável da relação
consumerista, será lesado em seus direitos sem a possibilidade de defesa. Conforme
anota-se o Principio da Vulnerabilidade, assim ensina o jurista Fábio Konder
Comparatto
“o consumidor, certamente, é aquele que não dispõe de controle
sobre os bens de produção e, por conseguinte, consumidor é, de
modo geral, aquele que se submete ao poder de controle dos
titulares de bens de produção, isto é, os empresários”

A Doutrina é clara como luz solar em relação ao respectivo direito supracitado.

O direito à informação, previsto no inciso III, do art. 6º, obriga o


fornecedor a explicar, de forma clara e pormenorizada, ao
consumidor a quantidade, as características, a composição e a
qualidade dos produtos ou serviços, bem como os tributos
incidentes e o respectivo preço. Além disso, deve expor sobre os
riscos que o produto ou serviço apresentem.
Trata-se do princípio da transparência, que permite ao
consumidor saber exatamente o que pode esperar dos bens
colocados à sua disposição no mercado, evitando-se que adquira
“um produto que não é adequado ao que pretende ou que não
possui as qualidades que o fornecedor afirma ter”.7

Esse dever de informação clara não se limita às qualificações do


produto ou serviço, mas obriga, também, à informação clara
quanto ao conteúdo do contrato a ser celebrado, às obrigações que
estarão sendo assumidas pelo consumidor, evitando que seja
surpreendido por cláusulas abusivas ou que não consiga cumprir
A respeito do direito de informação do consumidor, já se
pronunciou a jurisprudência do STJ:
1. O Código do Consumidor é norteado principalmente pelo
reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e pela
necessidade de que o Estado atue no mercado para minimizar essa
hipossuficiência, garantindo, assim, a igualdade material entre as
partes. Sendo assim, no tocante à oferta, estabelece serem direitos
básicos do consumidor o de ter a informação adequada e clara
sobre os diferentes produtos e serviços (CDC, art. 6º, III) e o de
receber proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva (CDC,
art. 6º, IV).

4. Derivação próxima ou direta dos princípios da transparência,


da confiança e da boa-fé objetiva, e, remota dos princípios da
solidariedade e da vulnerabilidade do consumidor, bem como do
princípio da concorrência leal, o dever de informação adequada
incide nas fases pré-contratual, contratual e pós-contratual, e
vincula tanto o fornecedor privado como o fornecedor público.

O direito à informação contempla três espécies a saber: a) o direito de informar; b) o


direito de se informar; c) o direito de ser informado.

No caso em tela, vislumbra-se que o direito de ser informado, constitui um DEVER de


informar ao consumidor o que está sendo proposto. Por todos estes motivos, assim foi
descrito no Código do Consumidor em seu artigo 6º, inciso III.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes


produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade, tributos incidentes e
preço, bem como sobre os riscos que
apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de
2012) Vigência

Em consonância e por consequência do que fora citado acima, a empresa recorrida


praticou o ilícito VENDA EMBUTIDA. O que é terminantemente proibido em nosso
ordenamento, conforme consta assinalado no artigo 39, inciso IV do CDC:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,


dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela
Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição
social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;;

O aludido artigo consta configurado como prática abusiva. O que, segundo a doutrina
dominante pode ocorrer em três momentos: Antes da celebração do contrato; durante o
contrato; e por fim após o término do contrato.

Segundo Herman Benjamin:

“é compreensível, portanto, que tais práticas sejam


consideradas ilícitas per se,independentemente da
ocorrência de dano para o consumidor. Para elas vige
presunção absoluta de ilicitude”.

Bem como assinala Sergio Cavalieri Filho:

“mesmo findo o contrato, supondo que o seu adimplemento


tenha sido integral e satisfatório, persiste a fase pós-
contratual, durante a qual ainda estarão as partes vinculadas
aos deveres decorrentes do princípio da boa-fé e ao
cumprimento de obrigação contratual secundária (lealdade,
diligência, informação), também chamados de deveres post
pactum finitum”.

Mas, qualquer que seja o momento de sua manifestação, o abuso estará relacionado
com a situação de inferioridade técnica, econômica, jurídica/científica ou
informacional do consumidor.

Se por um lado nos deparamos com os deveres principais da relação de consumo, como
os deveres do consumidor de pagar o prestador de um serviço e o do fornecedor de
prestá-lo, existem também os deveres anexos, laterais ou secundários, relacionados
basicamente aos deveres: de informação;

A apreciação do caso demonstra cabalmente, que ocorreu o citado ilícito consumerista,


pois não houve transparência quanto ao que se estava assinando no momento da
contratação do ..... junto ao banco. Decorrendo de ignorância por parte do consumidor
que foi conduzido a contratar o seguro imobiliário.

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