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A Lua e o Mar

Enquanto seus pais mexiam nas conchas e as separavam por cor, tamanho e formato, e sua irmã procurava
moluscos na areia, Maicon mexia nas ondas.

Vinham, inham, vinham, inham, num ciclo sem fim e sem sentido. Maicon enfiava seus dedos na areia,
sentindo e procurando um porquê. O que o mar queria esconder com essas ondas?

Aí percebeu: a onda puxava, fraquinha, antes de quebrar bem forte. Era o coitado do mar, que tinha sido preso
dentro dele mesmo e pedia socorro! Estava claro que tinha sido enfeitiçado. Maicon tentou ir mais pra dentro do mar,
mas as ondas ficavam mais e mais fortes.

Puxa, quem tinha feito tamanha maldade? Ele caminhou cambaleando (fazia pouco tempo que tivera
conseguido andar do pai até a mãe sem cair nenhuma vez) até sua irmã.

“Leididai, quem faz onda?”-ele perguntou.

“Burrinho, ainda não entrou na escola. A prô disse que é a lua, agora me deixa procurar uma lesma do mar.”-
respondeu Leididai.

Ele olhou pra cima e viu o Sol. Maicon sentou, perdido em pensamentos. Procurou o sentido das ondas, achou,
mas agora se perguntava sobre outro sentido: o feitiço da Lua. Por quê? Ela parecia tão boa nas poucas vezes que
Maicon a viu, brilhante, vivendo com os brilhinhos menores. Talvez, Maicon refletiu, ela tinha feito isso pelo bem do
Mar. Talvez ele estivesse mal, muito triste, ou sem conseguir conter o quanto gostava da Lua, e ela trancou ele lá no
meio dele mesmo, pro Mar se achar, antes de tentar achar a Lua.

Mas talvez... talvez a Lua não gostasse do Mar e ponto. É. Mas Maicon não gostava dessa ideia.

Ele tentou mais uma vez entrar no Mar, mas as ondas o empurraram pra fora de novo. Mas ele achou uma
lesma do Mar.

“Ledidai! Achei lema!”

“Onde? Deixa eu ver!”

Tudo bem, Maicon pensou. O Mar não está bem, mas vai ficar. Ele podia voltar nas próximas férias, não tem
pressa.

Ele colocou a mão na água e disse baixinho “fica tanquilo, ma.”

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