REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
É concedida ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica permissão para reproduzir cópias desta tese e
para emprestar ou vender cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva
outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese pode ser reproduzida sem a sua autorização
(do autor).
_________________________
Alexandre Alves
Praça Marechal Eduardo Gomes, 50 – Vila das Acácias
CEP: 12228-900 – São José dos Campos – SP.
iii
Alexandre Alves
ITA
iv
Agradecimentos
Agradeço aos professores Dr. Pedro Teixeira Lacava e Dra. Cristiane Aparecida Martins
sem os quais seria impossível a realização deste trabalho, Dr. Rodrigo Monteiro Eliott pela ajuda na
elaboração dos artigos, Enga. Laís Ribeiro pelos projetos e detalhamentos do sistema estabilizador
de chamas, Marcos Batista por ter ajudado na parceria com a empresa Laserjob e Eng. Flamarion
Pieroni por ter contribuído, juntamente com o Eng. Ricardo Moraes, para o desenvolvimento do
À empresa Laserjob, sediada na cidade de São Paulo, por ter cedido seus engenheiros para
auxiliar no projeto e desenvolvimento das telas do sistema estabilizador de chamas e também seus
Aeronáutica, Dra. Leila Ribeiro dos Santos, Dr. Dener Silva de Almeida e Dr. Rogério Corá e M.
Sc. Felipe Andrade Torres, pelas ajudas nas realizações dos ensaios e momentos de descontração,
ao Tenente Limeira pelo auxílio na solução dos inúmeros problemas que foram enfrentados nos
Laboratórios.
Aeronáutica pelas inúmeras vezes em que contribuíram para a realização dos ensaios e a todos que
(Mahatma Gandhi)
vii
Resumo
desenvolver novos projetos de câmara de combustão para reduzir as emissões de poluentes. Nas
tornou-se a principal tecnologia para controlar as emissões de NOx em turbinas a gás. No entanto,
câmaras de combustão com pré-mistura pobre de reagentes são inerentemente sensíveis a oscilações
de pressão que podem conduzir a instabilidades de combustão. Essas oscilações podem afetar a
do motor. Além disso, existem outros problemas associados com a estabilização da chama em
sistemas de combustão que utilizam o conceito de câmaras com pré-mistura pobre de reagentes, tais
como sopramento e retorno de chama. Em geral as turbinas a gás utilizam alta intensidade de
rotação para estabilizar as chamas através da formação de uma forte zona de recirculação. Porém,
geometria adequada. Essa geometria foi definida como sistema de baixa intensidade de rotação e é
capaz de gerar chamas suspensas e estáveis sem uma forte zona de recirculação do escoamento.
de pressão atmosférica e confinadas em uma câmara de combustão, geradas por um sistema capaz
de fornecer diferentes: níveis de baixa intensidade de rotação aos reagentes, razões de equivalência
Abstract
Stringent environmental standards drive gas turbine manufacturers to developed new design
for combustion chamber, in order to reduce pollutant emissions. In the past two decades, lean
premixed combustion has become the leading technology for controlling NO x emissions from gas
turbines. However, lean premixed combustors are inherently susceptible pressure oscillations which
can lead to combustion instabilities. These oscillations can affect the heat release, the pollutant
emissions and the lifetime of the combustor and others engine components. Besides, there are
another problems associated with the flame stabilization in lean premixed combustor concept, such
as blow-out and flashback. In general, gas turbines use high swirl intensity to stabilize the flame by
formation of a strong recirculation zone. But, recent developments in this devices show that is
possible achieve a specific regime by decreasing swirl intensity of lean premixed reactants with an
appropriate geometry. This geometry was defined as low swirl system and it is capable to generate
stable lifted flames without a strong flow recirculation zone. In this work were studied
experimentally the lean premixed flames, operating under atmospheric pressure conditions inside of
a combustor, generated by a system capable to provide different: levels of low swirl intensity to the
reactants, equivalence ratios and thermal powers. It were analyzed NOx and CO emissions, the
pressure oscillation inside of the combustor and the reacting flow fields. The results demonstrated
the influence of swirl intensity on formation and development of the vortex and inner recirculation
zone, shape and displacement of the lifted flames and showed low emission level of NOx and low
Lista de Figuras
FIGURA 1.1 – Intervalo ideal de temperatura para baixas emissões de NOx e CO ........................ 25
FIGURA 2.1 – Emissões de UHC e CO para diferentes condições de operação em turbinas a gás . 37
FIGURA 2.2 – Comparativo entre câmaras de pré-mistura pobre e convencional das máquinas .... 43
FIGURA 3.10 – Esquema do sistema de aquisição das oscilações de pressão na câmara. .............. 72
FIGURA 3.16 – Par de imagens das partículas de TiO2 em um escoamento analisado. .................. 79
FIGURA 3.18 – Tela do software Davis 7.2 para visualização dos resultados. ............................... 80
FIGURA 4.1 – Fotografia e contorno da chama para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7. ................... 85
FIGURA 4.2 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7. ......... 85
FIGURA 4.3 – Sobreposição do contorno da chama sobre a imagem média do escoamento. ......... 86
FIGURA 4.4 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7 .......... 86
FIGURA 4.5 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,03. ............... 88
FIGURA 4.6 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7. ....................... 89
FIGURA 4.7 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7. ....................... 89
FIGURA 4.8 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7. ....................... 90
FIGURA 4.10 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,03. ............. 91
FIGURA 4.11 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,03 e = 0,7 ........ 91
FIGURA 4.12 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,03 e = 0,7. ..................... 92
FIGURA 4.13 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,03 e = 0,7. ..................... 92
FIGURA 4.14 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,03 e = 0,7. .................... 93
FIGURA 4.16 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,1. ............... 94
FIGURA 4.17 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,1 e = 0,7 .......... 94
FIGURA 4.18 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 95
FIGURA 4.19 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 95
FIGURA 4.20 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 96
FIGURA 4.22 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,1. ............... 97
FIGURA 4.23 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,1 e = 0,7 .......... 97
FIGURA 4.24 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 98
FIGURA 4.25 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 98
xi
FIGURA 4.26 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,1 e = 0,7. ....................... 99
FIGURA 4.28 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,2. ............. 102
FIGURA 4.29 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6 ........ 103
FIGURA 4.30 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 103
FIGURA 4.31 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 104
FIGURA 4.32 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 104
FIGURA 4.33 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6......................... 105
FIGURA 4.34 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,2. ............. 105
FIGURA 4.35 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6 ........ 106
FIGURA 4.36 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 106
FIGURA 4.37 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 107
FIGURA 4.38 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6. ..................... 107
FIGURA 4.39 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6......................... 108
FIGURA 4.40 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7 ........ 108
FIGURA 4.41 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 109
FIGURA 4.42 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 109
FIGURA 4.43 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 110
FIGURA 4.44 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7......................... 110
FIGURA 4.45 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7 ........ 111
FIGURA 4.46 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 111
FIGURA 4.47 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 112
FIGURA 4.48 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7. ..................... 112
FIGURA 4.49 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7......................... 113
xii
FIGURA 4.50 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8 ........ 113
FIGURA 4.51 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 114
FIGURA 4.52 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 114
FIGURA 4.53 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 115
FIGURA 4.54 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8......................... 115
FIGURA 4.55 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8 ........ 116
FIGURA 4.56 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 116
FIGURA 4.57 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 117
FIGURA 4.58 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8. ..................... 117
FIGURA 4.59 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8......................... 118
FIGURA 4.60 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9 ........ 118
FIGURA 4.61 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 119
FIGURA 4.62 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 119
FIGURA 4.63 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 120
FIGURA 4.64 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9......................... 120
FIGURA 4.65 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9. ....... 121
FIGURA 4.66 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 121
FIGURA 4.67 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 122
FIGURA 4.68 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9. ..................... 122
FIGURA 4.69 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9......................... 123
FIGURA 4.70 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,3. ............. 125
FIGURA 4.71 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9 ........ 126
FIGURA 4.72 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9. ..................... 126
FIGURA 4.73 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9. ..................... 127
xiii
FIGURA 4.74 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9. ..................... 127
FIGURA 4.75 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9......................... 128
FIGURA 4.76 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,3. ............. 128
FIGURA 4.77 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,3 e = 0,7 ........ 129
FIGURA 4.78 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,3 e = 0,7. ..................... 129
FIGURA 4.79 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,3 e = 0,7. ..................... 130
FIGURA 4.80 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,3 e = 0,7. ..................... 130
FIGURA 4.81 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,3 e = 0,7......................... 131
FIGURA 4.82 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,4. ............. 131
FIGURA 4.83 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9 ........ 132
FIGURA 4.84 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9. ..................... 132
FIGURA 4.85 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9. ..................... 133
FIGURA 4.86 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9. ..................... 133
FIGURA 4.87 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9......................... 134
FIGURA 4.88 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,4. ............. 134
FIGURA 4.89 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7 ........ 135
FIGURA 4.90 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7. ..................... 135
FIGURA 4.91 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7. ..................... 136
FIGURA 4.92 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7. ..................... 136
FIGURA 4.93 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7......................... 137
FIGURA 4.94 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,5. ............. 137
FIGURA 4.95 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9 ........ 138
FIGURA 4.96 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9. ..................... 138
FIGURA 4.97 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9. ..................... 139
FIGURA 4.98 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9. ..................... 139
xiv
FIGURA 4.99 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9......................... 140
FIGURA 4.100 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,5. ........... 140
FIGURA 4.101 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7 ...... 141
FIGURA 4.102 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7. ................... 141
FIGURA 4.103 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7. ................... 142
FIGURA 4.104 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7. ................... 142
FIGURA 4.105 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7....................... 143
FIGURA 4.106 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,6. ........... 143
FIGURA 4.107 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9 ...... 144
FIGURA 4.108 – Primeira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9. ................... 144
FIGURA 4.109 – Segunda imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9. ................... 145
FIGURA 4.110 – Terceira imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9. ................... 145
FIGURA 4.111 – Quarta imagem instantânea para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9....................... 146
FIGURA 4.112 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,6. ........... 146
FIGURA 4.113 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7 ...... 147
FIGURA 4.114 – Primeira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7. ................... 147
FIGURA 4.115 – Segunda imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7. ................... 148
FIGURA 4.116 – Terceira imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7. ................... 148
FIGURA 4.117 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7....................... 149
FIGURA 4.118 – Esquema da formação de vórtices e zona de recirculação interna nas chamas. . 150
FIGURA 4.119 – Esquema do deslocamento das chamas em relação à saída do SEC. ................. 150
FIGURA 4.121 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,1. .......................... 154
FIGURA 4.122 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,2. .......................... 155
FIGURA 4.123 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,3. .......................... 156
xv
FIGURA 4.124 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,4. .......................... 157
FIGURA 4.125 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,5. .......................... 158
FIGURA 4.126 – Oscilações de pressão na câmara de combustão para S = 0,6. .......................... 159
Lista de Tabelas
TABELA 3.3 – Calibração do fluxômetro de gás natural fornecido pelo fabricante. ...................... 67
TABELA 3.4 – Faixas de medições e erros do analisador de gases Greenline 8000. ...................... 74
Lista de Símbolos
Letras Latinas
a Área
CB Coeficiente de bloqueio
CO Monóxido de carbono
H Hidrogênio
̇ Vazão em massa
N Nitrogênio
NO Monóxido de nitrogênio
O Oxigênio
OH Radical livre
P Pressão
Re Número de Reynolds
r Raio
VP Vórtice de precessão
Letras Gregas
Δ Variação
ρ Massa específica
Razão de equivalência
Subscritos
A Ar
C Combustível
cc Canal central
xix
i Interno
p Pás
ang Angular
lin Linear
s Saída
xx
Sumário
1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 22
3.6 – Análises das concentrações dos gases nos produtos de combustão ........................................ 73
1 – INTRODUÇÃO
fogo. Tais processos fazem parte do nosso dia a dia e podem ser encontrados em diversas aplicações
desses sistemas têm em comum a utilização de uma máquina de combustão interna chamada turbina
a gás que pode ser aplicada em propulsão de aeronaves, navios ou blindados e na geração de energia
elétrica.
Atualmente, a energia elétrica gerada por turbinas a gás é responsável por cerca de 17,5% de
toda eletricidade gerada no mundo, podendo tal índice alcançar 30% até 2020, e nos Estados Unidos
da América a capacidade instalada, em 2005, era de 930 GW e 23% provinha de turbinas a gás, ou
seja, 214 GW. A previsão do departamento americano de energia (DOE) é que até 2020 as turbinas
a gás sejam responsáveis por 39% da geração de energia elétrica nos Estados Unidos (Yanagihara,
2007).
consumidores a imporem limitações mais restritas para os poluentes emitidos por turbinas a gás
nitrogenados (NOx). Esse poluente, formado pela combinação de oxigênio com nitrogênio,
contribui para a formação do chamado “smog” (“smoke and fog”), que é uma mistura de fumaça e
neblina, que, sob determinadas condições atmosféricas, forma-se sobre os grandes centros urbanos e
industriais, com efeitos nocivos sobre a vegetação e a saúde humana. O NOx é um dos gases
concentrados na tecnologia de baixa emissão a seco de NOx, ou da língua inglesa “Dry Low NOx”,
por possibilitar às máquinas alcançarem baixos níveis de emissão de NOx sem a necessidade de
utilização de diluentes como água ou vapor, que elevam o custo para a redução desse poluente.
Nesse sentido, as pesquisas concentram-se em obter máquinas que emitam menos poluentes e
ao mesmo tempo sejam mais eficientes. Tipicamente esses objetivos são conflitantes. As eficiências
mais elevadas são obtidas aumentando-se a temperatura dos gases quentes. Por outro lado, o
estado da arte em resfriamento das pás permite que elas operem em escoamentos com temperatura
até 1700 K. Estudos indicam a possibilidade futura de expandir esta temperatura para até 1850 K
utilizando resfriamento por transpiração em palhetas de monocristal, usando o vapor para substituir
Esta limitação técnica pode ser explorada para reduzir a emissão de poluentes do tipo NOx a
níveis considerados baixos, ou seja, de apenas um dígito, uma vez que os óxidos nitrogenados
gerados por turbinas a gás podem ser reduzidos através do controle do mecanismo térmico de
formação de NOx. Tal mecanismo contribui para a formação desse poluente acima dos níveis
K ocorre aumento na produção de CO. Este último poluente, quando aspirado, reduz a capacidade
do sangue de absorver oxigênio e, em altas concentrações, pode causar asfixia e até mesmo levar a
morte. Segundo Carvalho e Lacava (2003) os efeitos e sintomas deste poluente em pessoas,
apresentados na Tabela 1.1, podem variar de indivíduo para indivíduo dependendo do estado de
Assim, o intervalo ideal de temperatura para obter baixo nível de emissão de NOx e de CO
dentro do permissível é entre 1650 K e 1850 K, o que tem conduzido nos últimos anos a pesquisas e
operarem em sua zona de reação dentro deste intervalo ideal de temperatura, conforme ilustra a
Figura 1.1.
25
120 30
Monóxido de Carbono (CO), ppmv Faixa de
temperatura
60 15
40 10
20 5
0 0
1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100
Temperatura, K
está diretamente relacionado à necessidade de aumento da matriz energética. Porém, a maior parte
da energia elétrica gerada no país atualmente é através de usinas hidrelétricas que requerem alto
custo para implantação, longos prazos de instalação, apresentam grandes perdas de energia elétrica
Tal cenário associado à previsão de início da exploração na próxima década das reservas de
hidrocarbonetos em rochas calcárias, que se localizam abaixo das camadas de sal a profundidades
26
entre 5 e 7 mil metros abaixo do nível do mar, em uma camada de aproximadamente 800
quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao do
Espírito Santo, chamada pré-sal, que proporcionará aumento na demanda e redução no valor do
fornecimento de gás natural faz crescer o interesse pela geração termelétrica distribuída, o que torna
emissão de NOx.
1 Introdução;
2 Revisão bibliográfica;
3 Materiais e métodos;
4 Resultados e discussões;
O primeiro capítulo traz uma introdução do tema, motivação do estudo, objetivos da tese e o
emissão de NOx em turbinas a gás. A revisão inicia com os principais poluentes emitidos em
turbinas a gás, avança para as tecnologias desenvolvidas para reduzir a emissão do poluente NOx
O capítulo 4 mostra os resultados dos ensaios para os escoamentos reativos e não reativos,
discussões.
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo são abordados os mais importantes aspectos teóricos acerca dos poluentes
óxidos nitrogenados (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO 2), vapor d’água
particulados. O dióxido de carbono e vapor d’água não são considerados poluentes porque eles são
O termo NOx refere-se à soma do monóxido de nitrogênio, NO, com o dióxido de nitrogênio,
convertido em NO2. Por este motivo, as taxas de emissão de NOx são calculadas considerando seus
Compounds”, VOC, reagem com a presença de luz solar e são precursores da fumaça fotoquímica
29
que causa danos à vegetação, contribui para a formação de chuvas ácidas e está associada com
câmara de combustão e podem ser produzidos por quatro diferentes mecanismos: NOx térmico,
turbinas a gás devido às altas temperaturas requeridas para operação desses motores. É formado por
uma série de reações químicas nas quais o nitrogênio do ar atmosférico e o oxigênio, dissociado
pelas altas temperaturas do processo de combustão, reagem para formar óxidos nitrogenados em
regiões da chama e gases de alta temperatura. Este processo é endotérmico e a maioria dos
esquemas de reação propostos para NOx térmico utiliza o mecanismo estendido de Zeldovich:
N2 + O ⇌ NO + N (2.1)
N + O2 ⇌ NO + O (2.2)
N + OH ⇌ NO + H (2.3)
A reação (2.1), que inicia o mecanismo de Zeldovich, possui elevada energia de ativação, 75
kcal/mole. Por isso, a formação de NOx somente ocorre em uma taxa significante para temperaturas
30
acima de 1850 K e o seu aumento é exponencial com a temperatura da reação. A taxa de reação da
reação (2.1) é muito mais lenta que a taxa das reações de combustão e, por este motivo, a maior
parte do NOx térmico é formado na região de pós-chama sendo linearmente dependente ao tempo
A contribuição da reação (2.3), em geral, é muito pequena, pelo fato de ambas as espécies
serem radicais, estando, portanto, em baixas concentrações. No entanto, para sistemas ricos, tal
estequiométrica é o ponto em que ocorre a maior temperatura teórica na chama. Porém, o pico de
e com tempo de residência de alguns milissegundos, o NOx térmico não alcança seu valor de
equilíbrio devido ao fato de sua taxa de formação ser cineticamente controlada. Já em câmaras de
combustão que utilizam pré-misturas muito pobres ( < 0,5) existirá uma temperatura na qual o
tempo de residência não será mais significativo no aumento do NOx térmico, devido ao fato de o
processo de formação do NOx térmico ter atingido o equilíbrio químico (Lefebvre, 1998).
Estes óxidos nitrogenados são assim denominados devido a sua alta velocidade de formação na
zona da frente de chama. Fenimore (1971) foi o primeiro a observar que a taxa de formação de NOx
na zona da frente de chama excedia à prevista pelo mecanismo térmico proposto por Zeldovich. Ele
31
notou que o mecanismo de Zeldovich não consegue prever a taxa de formação de NOx na região
vizinha a chama. Nessa região, as reações são rápidas e ocorrem onde os hidrocarbonetos não foram
completamente consumidos.
O mecanismo de formação do NOx imediato pode ser dividido para as condições pobre e
concentrações de O e OH, o que acelera a taxa de reação das reações (2.1) a (2.3). Para a condição
hidrocarbonetos sendo posteriormente oxidado para formar o NOx, é o mecanismo dominante. Esta
pode ser a fonte dominante de NOx sob condições caracterizadas por temperaturas relativamente
baixas e tempo de residência curto. As principais reações propostas para este mecanismo são:
CH + N2 ⇌ HCN + N (2.4)
C + N2 ⇌ CN + N (2.7)
Nas reações (2.4) a (2.6) o nitrogênio atmosférico reage com os hidrocarbonetos leves
formando HCN e N. A reação (2.7) contribui para a ligação N2 em altas temperaturas. O HCN
Em seguida o N converte-se para NO através das reações (2.2) e (2.3). Segundo Carvalho e
Lacava (2003), a formação de NOx imediato somente é superior a do térmico em condição rica, do
Outra fonte de formação de NOx surge através do mecanismo de decomposição do N2O, essa rota é
iniciada por recombinação de átomos de oxigênio atômico com nitrogênio molecular na presença de
um terceiro corpo (N2, O2, CO2 e H2O) formando N2O, através da reação que segue:
O + N2 + M ⇌ N2O + M (2.9)
O N2O poderá ser subsequentemente oxidado para NO ou reduzido para N2. Em condições
de combustão pobre o oxigênio atômico tende a oxidar o N2O e formar o NO, conforme a reação:
N2O + O ⇌ NO + NO (2.10)
N2O+ H ⇌ N2 + OH (2.11)
33
N2O + H ⇌ NH + NO (2.12)
O NOx também pode ser formado, durante a combustão, a partir da quebra das ligações do
NH3 que é oxidado a NO. A quantidade de NO formado depende do teor de espécies nitrogenadas
Combustíveis destilados leves contêm menos que 0,06 % de nitrogênio, mas destilados
pesados podem conter mais que 1,8 %. Durante a combustão uma parte deste nitrogênio irá
grau de conversão de nitrogênio, o NOx combustível pode representar uma parcela significativa do
O monóxido de carbono, CO, é um gás inodoro, incolor e nocivo à saúde humana e meio
ambiente. O gás CO entra no corpo humano através da inalação e é absorvido diretamente pela
principalmente pessoas com doenças cardiovasculares. Em altas concentrações pode causar mal-
estar, asfixia e levar a morte. Além dos efeitos nocivos o CO também representa perda de energia
para CO2. O monóxido de carbono se oxida lentamente, exceto se houver a presença de compostos
que contenham hidrogênio, principalmente H2O e H2. Isto ocorre devido ao fato de a reação de
oxidação do CO que envolve o radical hidroxilo, OH, ser muito mais rápida do que as envolvendo o
reações:
CO + O2 ⇌ CO2 + O (2.14)
O + H2O ⇌ OH + OH (2.15)
35
CO + OH ⇌ CO2 + H (2.16)
H + O2 ⇌ OH + O (2.17)
A reação (2.14), responsável pelo início do mecanismo, é lenta e contribui pouco para o total
de CO2 formado. A reação (2.15) forma o radical hidroxilo, OH, e a reação (2.16) contribui para a
O + H2 ⇌ OH + H (2.18)
OH + H2 ⇌ H2O + H (2.19)
Na presença do radical HO2 pode ocorrer a reação de oxidação (2.20), porém esta somente é
formada devido à falta de oxigênio suficiente para completar as reações para CO2. Se, entretanto, a
turbinas a gás, as emissões encontradas de CO são muito maiores que as previstas nos cálculos de
equilíbrio e são maiores em condições de baixa potência, onde as taxas de queima e os picos de
temperaturas são relativamente baixos. Isto sugere que muito do CO surge da combustão
incompleta do combustível, causado por um ou mais dos seguintes fatores (Lefebvre, 1998):
Mistura inadequada entre o combustível e o ar, que produz muitas regiões em que a mistura
é muito pobre para suportar a combustão, e outras em que a combustão rica gera altas
conseguir uma redução gradual na temperatura do gás queimado. Entretanto, uma vez formado o
térmica, em espécies de menor peso molecular, que são descarregados da câmara de combustão para
a atmosfera sem sofrer oxidação completa. Eles são normalmente associados com: deficiência de
admitido para formar o filme de resfriamento nas paredes da câmara ou qualquer combinação
destes. As reações cinéticas de formação de UHC são mais complexas do que para a formação de
CO, mas em geral os fatores que influenciam as emissões de CO também influenciam, da mesma
maneira, as emissões de UHC. A emissão de UHC segue a mesmo comportamento que a de CO. A
Figura 2.1 apresenta o comportamento qualitativo das emissões de UHC e CO para as diferentes
FIGURA 2.1 – Emissões de UHC e CO para diferentes condições de operação em turbinas a gás
2.1.4 – Particulados
visibilidade e sujeira na atmosfera. Tais problemas alteram os níveis de radiação solar que atinge o
solo gerando efeitos nocivos a vegetação. Além disso, estudos indicam uma forte associação entre
A maior parte das partículas tem diâmetro variando entre 0,1 e 10 µm. O particulado inferior a
0,1 µm é denominado fuligem e sua formação está associada às reações de craqueamento dos
turbilhonamento por pressão, a principal região de formação de fuligem encontra-se dentro do spray
de combustível, no centro do tubo de chama. Essa é a região em que a recirculação dos produtos
localmente envolvido por gases deficientes de oxigênio e em alta temperatura. Nestas zonas ricas
A maior parte da fuligem produzida na zona primária é consumida nas regiões de alta
temperatura. Portanto, do ponto de vista da emissão de fuligem, a câmara de combustão pode ser
considerada como duas zonas separadas: a zona primária que governa a taxa de formação de
observada nos gases de exaustão é uma indicação do domínio de uma zona sobre a outra.
39
As primeiras câmaras de combustão para turbinas a gás foram projetadas para obter
chama difusiva o combustível é injetado separado do ar, sendo então misturados por difusão
turbulenta. Esse tipo de combustor apresenta operação estável e alto desempenho, mas em muitas
produtos de combustão são obtidos com alta temperatura, o que gera alta concentração de NOx
térmico. Porém, as restrições para emissão de poluentes impostas pelas legislações ambientais
diluentes ao combustível, como água e vapor, tem sido comumente empregado para reduzir a
estacionários para geração de energia (Bluestein, 1992). Porém, essa técnica reduz a eficiência
CO2 e o aumento da corrosão das partes quentes da máquina devido a impurezas da água.
Segundo Lefebvre (2010), a injeção de água ou vapor pode ser utilizada para reduzir o nível de
NOx para até 40 ppmv e caso o nível de emissão desejado seja menor que 10 ppmv pode-se utilizar
juntamente a esta técnica a conversão catalítica seletiva. Este método consiste em converter o NOx
presente nos gases de exaustão em nitrogênio (N 2) e vapor de água (H2O) através da injeção de
queimados, UHC, através da oxidação desses para CO2 e H2O. Para reduzir as emissões de NOx é
injetada amônia de maneira a alcançar sua mistura com os gases de exaustão do motor. Depois da
que resulta na redução seletiva de NOx para a forma de N2 e H2O. A desvantagem deste processo é
o tamanho e peso do equipamento além de custos associados ao controle da injeção de amônia para
Para reduzir a emissão de poluentes sem estas limitações, uma nova tecnologia de combustão
sem injeção de água, vapor ou amônia, denominada de baixa emissão a seco de NOx (“Dry Low-
NOx”), foi introduzida na indústria de turbinas a gás. Esta nova tecnologia inclui técnicas de:
combustão pobre com pré-mistura ou da língua inglesa “lean–premixed”, combustão pobre com
empregados combustíveis líquidos, combustão estagiada em câmaras RQL, acrônimo para o termo
Correa, 1998).
uma mistura rica, em combustível, com razão de equivalência variando entre 1,2 e 1,6. Entretanto, o
sucesso deste conceito está no uniforme e efetivo de resfriamento (efeito “quench”) que é exigido
para transportar a mistura rica (quente) até a zona pobre do tubo de chama, onde o restante de
41
combustível é oxidado e onde mais ar é adicionado à zona pobre com o objetivo de reduzir a
temperatura dos gases e controlar a estequiometria, que, com um tempo de residência apropriado,
completará o consumo de CO, UHC e a fuligem formada na zona rica (Almeida, 2007).
A desvantagem do conceito RQL é que a zona primária gera uma grande quantidade de
fuligem que irradia calor para as paredes da câmara conduzindo a danos de componentes. Para
minimizar os problemas de rompimento e trincas por fadiga térmica do tubo de chama alguns
fabricantes aplicam uma barreira térmica por deposição de filme. Porém, este processo é caro e
é a combustão catalítica. Neste tipo de combustor além de o combustível ser vaporizado antes de ser
combustor são permitir queima pobre e reduzir a emissão de poluentes. Este processo de queima
combustão ocorra de forma estável em razões de equivalência pobre. Além de facilitar a queima, a
pré-mistura evita que a temperatura seja alta em certos locais e, portanto, protege o catalisador. O
catalisador neste combustor permite que a razão de equivalência seja reduzida até valores como =
0,35 e a temperatura dos gases seja diminuída até minimizar a formação de NOx (Lefebvre, 2010).
misturar com o ar proveniente do compressor. A mistura combustível-ar então flui através do reator
que é composto por vários estágios e cada estágio é feito com um tipo diferente de catalisador. Para
o primeiro estágio é necessário utilizar um catalisador que seja ativo em baixas temperaturas,
42
enquanto que os estágios subsequentes precisam ser selecionados para obter boa eficiência de
temperatura aos gases. Tal incremento é requerido na entrada do primeiro estágio de turbina e
durabilidade suficiente para operar por milhares de horas, que é um requisito em turbina a gás.
Neste tipo de câmara o combustível e o ar são misturados em uma seção de pré-mistura, que
pode ou não fazer parte do tubo de chama, antes de serem admitidos na zona combustão. O objetivo
seja, com excesso de ar em toda a zona de combustão. O ar em excesso atua como diluente
1946). Porém, ao diminuir a temperatura de chama a cinética das reações é alterada e o tempo para
que elas se completem é maior, tornando necessário o aumento do seu tempo de residência no
câmaras com esse conceito já acumulam milhões de horas de operação. Tais fabricantes as projetam
para que sejam aplicadas em máquinas capazes de operar também com câmaras convencionais,
reduzindo o custo de desenvolvimento, e para isso a distância axial entre a saída do compressor e a
entrada da turbina deve ser mantida constante para ambas as configurações, por esse motivo as
máquinas que operam com pré-mistura pobre possuem câmaras de combustão com comprimento
radial maior do que as que utilizam câmaras convencionais. Pode-se observar o aumento no volume
através da Figura 2.2 que apresenta os dois tipos de câmaras de combustão para as seguintes
turbinas a gás: (a) modelo LM6000 de fabricação da GE e (b) modelo Centauro da fabricante Solar.
FIGURA 2.2 – Comparativo entre câmaras de pré-mistura pobre e convencional das máquinas
Para manter a razão de mistura desejada na zona de combustão as câmaras com pré-mistura
pobre não possuem orifícios de admissão de ar ou filmes de ar para resfriamento das paredes,
comum em câmaras convencionais de chamas difusivas, pois poderiam fornecer condições para o
reduzir o NOx térmico. Por outro lado, o filme de resfriamento das paredes amortece as oscilações
do escoamento no interior do tubo de chama reduzindo o efeito nocivo de sua propagação para a
44
estrutura da câmara. Por essas razões as câmaras que operam em sistema de pré-mistura pobre
instabilidade de combustão.
sob condições estáveis de operação, que podem conduzir à instabilidade de combustão. Tal
instabilidade pode se desenvolver espontaneamente dentro do sistema ou ser iniciada por alguma
perturbação natural ou artificial externa a ele. O primeiro caso é definido como instabilidade
autoexcitada. Geralmente, surge como uma pequena perturbação que se desenvolve com
comportamento periódico. No último caso as instabilidades são iniciadas por uma perturbação
externa ao sistema e de amplitude finita, que é diferente de pequenas perturbações (Wicker et al.,
instabilidades de alta frequência (Krebs et al., 2005; Sewell e Sobieski, 2005). Porém, não existe
um critério universalmente aceito com limites de frequências para definir esses três tipos de
intervalo de 100 a 1000 Hz e são normalmente associadas com o acoplamento entre a liberação de
energia e as oscilações acústicas. As oscilações de alta frequência ocorrem acima de 1000 Hz e são
longitudinal do tubo de chama. As oscilações de alta frequência ocorrem acima de 1000 Hz e são
relacionadas ao modo acústico tangencial do tubo de chama. Sewell e Sobieski (2005) usaram o
termo “instabilidades de ronco” para oscilações de baixa frequência (10 a 50 Hz). Estas são
segundo eles, soa como um trem de carga em movimento. Elas são também relatadas como “som
frio”, porque sua amplitude aumenta quando a temperatura de chama diminui. As dinâmicas de
frequência intermediária (50 a 250 Hz) são reportadas como “som quente”, pois sua amplitude
frequentemente aumenta com a temperatura de chama. Instabilidades de alta frequência (>250 Hz)
turbinas a gás e podem alcançar amplitudes suficientes para interferir na operação do motor e em
casos extremos, conduzir a falhas do sistema devido à excessiva vibração estrutural e transferência
desafio para os projetistas de câmaras porque elas normalmente operam próximo ao limite pobre de
apagamento, o que pode levar a maior propensão de oscilações no escoamento (Keller, 1995;
Pandalai e Mongia, 1998). Uma pequena perturbação na razão de equivalência pode produzir uma
variação significante na liberação de calor, que pode se propagar através da câmara e resultar em
grandes oscilações na combustão. Além disso, as câmaras de combustão com pré-mistura pobre são
deficientes em dispositivos para atenuar instabilidades, diferentemente do que ocorre nas câmaras
tubo de chama. Esse sistema de resfriamento do tubo de chama em geral atua como um eficiente
46
McManus, 2003).
amortecidas pelas forças viscosas, dificultando o movimento relativo entre as camadas do fluido.
Quando estas instabilidades não são mais amortecidas pelas forças viscosas surgem movimentos
dissipação viscosa. Por isso, a turbulência precisa de fornecimento contínuo de energia para a sua
manutenção.
rapidamente e entram em contato com outras partículas que se encontram em diferentes condições.
Isso implica em fortes gradientes de quantidade de movimento, de calor e de massa, os quais tornam
A chama de pré-mistura laminar pode ser dividida em duas zonas. A primeira zona, ou de
pré-aquecimento, é aquela onde os reagentes são aquecidos pelos gases queimados por meio de
condução de calor até a temperatura de ignição. Esta zona é caracterizada por um equilíbrio difusão-
convecção de calor. A segunda zona é aquela onde as reações químicas ocorrem convertendo
energia interna em entalpia sensível, sendo esta bastante estreita em relação àquela e caracterizada
consequência da forte dependência da taxa de reação com a temperatura, esta estará principalmente
concentrada na porção da frente de chama adjacente aos produtos quentes de combustão. Onde a
temperatura é mais baixa, a reação se processa em uma taxa muito mais baixa e pode ser geralmente
negligenciada. Nesse tipo de chama, esses processos de transporte dominam por causa da rápida
sofrendo estiramento e curvatura por influência dos vórtices existentes a montante. A chama torna-
O escoamento turbulento contém uma vasta gama de escala de vórtices que vão interagir
com a frente de chama. As mais variadas escalas de vórtices e suas velocidades, com diferentes
níveis de energia, irão provocar as mais diversas formas de estiramento da frente de chama, que
podem simplesmente modificar a forma da frente de chama como também alterar a sua estrutura
interna. Existe uma dinâmica de interação dos vórtices contidos no escoamento turbulento com a
frente de chama, estando esta relacionada com o tamanho e energia do vórtice e com a espessura da
frente de chama. A relação entre as escalas de comprimento dos vórtices e da chama, dada pela sua
espessura, servem de indicativo da interação entre estes dois elementos do escoamento reativo.
normalmente S > 0,6, o que proporciona ao escoamento uma zona de recirculação onde o
combustível é injetado. Após a ignição parte dos produtos de combustão retorna para a zona de
queima e fornece energia aos reagentes, o que permite a contínua ignição e manutenção do processo
Syred e Beer (1974) estudaram a combustão em escoamentos reativos com rotação e Starner
e Bilger (1986) investigaram uma chama turbulenta interagindo com escoamento em rotação de
baixa intensidade. Ambos os resultados mostraram que o aumento na intensidade de rotação reduz o
rotação.
Cheng et al. (1992) exploraram a intensidade de rotação para propor um novo conceito de
reagentes são pré-misturados e em seguida divididos em duas partes dentro de um tubo cilíndrico.
Uma parte não sofre rotação e escoa através de um canal central enquanto que a outra passa por
uma região anular, externa ao canal central, onde são posicionadas pás para fornecer rotação ao
escoamento. A parte do escoamento que passa pelas pás e adquiri componente de velocidade
tangencial e é entregue à periferia do tubo cilíndrico, enquanto que a outra parte da pré-mistura
escoa através do canal central apenas com componente axial de velocidade. Ao deixar o dispositivo,
a combinação dos dois escoamentos diverge uniformemente os reagentes e cria um gradiente radial
A Figura 2.4 (a) e (b) ilustra duas chamas estabilizadas através de rotação dos escoamentos:
uma por alta intensidade de rotação e a outra pela baixa intensidade de rotação. É possível notar a
formação de uma zona de recirculação na chama estabilizada com alto número de rotação e também
se pode visualizar o escoamento divergente na chama que foi estabilizada através de rotação de
Segundo Yegian et al (1998) a rotação de baixa intensidade cria uma chama turbulenta
de chama são independentes dos níveis de potência térmica. Os mesmos autores afirmam que o
intensidade é composta por uma zona de reação fina e uma zona de pré-aquecimento alargada.
intensidade em uma versão laboratorial de aquecedor industrial para estabilizar chamas pré-
misturadas pobres com o objetivo de alcançar níveis ultrabaixos de emissão de NOx e CO. Os
50
resultados demonstraram níveis ultrabaixos de emissão e sugeriram que esse conceito de injetor
pode ser útil em reduzir emissões em outras aplicações de combustão de pré-mistura pobre.
por imagem de partícula ou PIV, acrônimo para o termo da língua inglesa “Particle Image
Velocimetry”, para comparar experimentalmente os escoamentos gerados por dois dispositivos com
diferentes níveis de intensidades de rotação. Um com número de rotação S = 0,73 e o outro com S =
0,5 considerados como sendo de alta e de baixa intensidade de rotação, respectivamente. Eles
observaram que o dispositivo de baixa intensidade apresentou uma zona de recirculação fraca e
muito pequena a jusante da chama para escoamentos não reativos que desapareceu com a
combustão, enquanto que o para o dispositivo de alta intensidade notou-se a formação de fortes
60% menos NOx do que o de alta intensidade e não houve diferença significativa nas emissões de
CO.
sobre o comportamento da liberação de calor em chamas geradas por dispositivos com baixa
intensidade de rotação. Para cada frequência foram geradas imagens do radical OH na região de
chama através da fluorescência induzida por um plano de laser ou PLIF, acrônimo para o termo da
chama.
próxima ao limite de apagamento, em um dispositivo onde com baixa intensidade de rotação dos
com a utilização da técnica Rayleigh. Os autores perceberam que a chama deixa de ser estável
51
quando ela se torna visivelmente pequena e fraca e desenvolveram um dispositivo para estuda-la
nessas condições. O dispositivo consiste em fornecer a um escoamento axial central quatro jatos
tangenciais na mesma razão de equivalência que o jato. Os resultados indicaram que a estabilidade
com pequenas flutuações de temperatura o que indica uma estrutura de chama unidimensional.
Legrand et al (2008) aplicaram a técnica PIV para caracterizar o escoamento em chama com
baixa intensidade de rotação, S, de 0,65 a 0,51 se propagando livremente com reagentes pré-
misturados em razões de equivalências pobre e também o escoamento não reativo. Eles notaram
semelhanças e diferenças nos escoamentos reativos e não reativos. Algumas diferenças como a
turbulência gerada pelas chamas, outras diferenças foram relacionadas à razão de expansão do gás
quando gerada pela chama. Eles também verificaram que as estruturas coerentes desempenham um
dispositivos de baixa intensidade de rotação operando com metano, hidrogênio e diferentes misturas
para simular combustíveis de baixo poder calorífico como o obtido pela gaseificação de carvão.
velocimetria por imagem de partícula e as emissões foram corrigidas para 15% de O 2. Os resultados
indicaram que a razão de equivalência pobre na qual ocorre o apagamento de chama é menor
chama é inibido através da redução do número de rotação. Por outro lado, observaram maior
52
reage à diluição da mistura ar-metano com dióxido de carbono e nitrogênio em diversas proporções.
A temperatura de chama e a velocidade de saída dos reagentes que deixam o dispositivo foram
diluição avaliados. Para tanto, os valores de razão de equivalência e temperatura de chama foram
valores obtidos através das simulações numéricas convergiram com os resultados experimentais,
que foram obtidos através da utilização da técnica PLIF para medir o radical OH e determinar a
diluição de CO2 e N2 não afetou a chama de forma perceptível, a estrutura de chama somente
apresentou alterações com a mudança da temperatura de chama. Eles concluíram que a estabilização
de chama através de rotação de baixa intensidade é uma eficaz técnica para estabilização de chamas
técnica de PIV. As análises das informações obtidas de velocimetria mostraram que o mecanismo
inalterado até a concentração de 6% de H2, tanto para os ensaios atmosféricos quanto para os
suspensão para próximo da saída do dispositivo, que, eventualmente, ancora-se no orifício de saída
e assume uma forma diferente da que ela possui quando a concentração é de 100% de H 2. A
53
velocidade de chama.
proporções. As chamas examinadas foram estabilizadas através de escoamento dos reagentes pré-
especialmente desenvolvido para tal finalidade. A adição de hidrogênio ao metano ocorreu nas
seguintes proporções: 93% de CH4-7% de H2, 80% de CH4, 20% de H2 e 70% de CH4, 30% de H2,
125, 222 e 399 Hz. A técnica PLIF foi utilizada para medir a concentração do radical hidroxilo OH
e o índice Rayleigh foi utilizado para determinar o grau de acoplamento termoacústico. Eles
mais compacta com a adição de hidrogênio ao metano devido ao aumento da velocidade de chama.
Embora este efeito tenha aumentado a resposta da chama a frequências não ressonantes induziu a
chama à sua compactação mínima, o que diminuiu a intensidade de acoplamento com a frequência
de ressonância.
metano com ar. Os resultados mostraram que a estabilidade da chama é fortemente impactada pela
alternativos. Os autores observaram que a chama deixava de ser estável quando se tornava pequena
e fraca, o que ocorria próximo ao limite de apagamento. Os mapas de estabilidade demostraram que
hidrogênio resultaram em maior curvatura da superfície da chama, o que foi observado a partir do
ou seja: operação estável, isto é livre de oscilações que conduzam ao apagamento de chama, em
como a rotação mínima em que o fluxo de quantidade de movimento angular é suficiente para
dos vórtices de precessão e formação de uma zona de recirculação interna nas chamas é função da
suspensão das chamas. Adicionalmente, observou-se que os números de rotação e de Reynolds não
exerceram influência sobre a formação de poluentes, sendo esta influenciada apenas pela razão de
equivalência. Assim, a formação de poluentes neste conceito não é função dos processos físicos e
relevantes por estenderam os diversos estudos citados anteriormente neste capítulo e por contribuem
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
Aeronáutica (LCC/ITA).
baixa intensidade dos reagentes é composto por pás externas a um canal central cilíndrico, telas
Pás
Tela perfurada
Reagentes
Pré-misturados
quantidade de movimento linear dos reagentes pré-misturados. O modelo utilizado para o cálculo
do número de rotação é o proposto por Cheng (2000 e 2008). Em chamas estabilizadas por rotação,
conservados (Beer e Chigier, 1972, e Lawn, 1987) e o número de rotação pode ser expresso por:
(3.1)
onde:
Gang = fluxo da quantidade de movimento angular do escoamento na região anular formada pelas
pás geradoras de rotação do sistema de estabilização de chamas e pode ser calculado por:
(3.2)
∫
sendo:
O componente tangencial de velocidade pode ser escrito como Wan = Uan.tan, com igual ao
ângulo de inclinação das pás geradoras de rotação. Assim, a Equação (3.2) pode ser escrita da
seguinte forma:
(3.3)
∫ ( )
Assumindo que o componente axial é uniforme na seção anular, a integração da Equação (3.3)
resultará em:
(3.4)
( )
O fluxo da quantidade de movimento linear, Glin, dos escoamentos no canal central e na região
anular formada pelas pás geradoras de rotação do sistema estabilizador de chamas pode ser
calculado por:
(3.5)
∫ ∫
resultará em:
58
[ ( ) ] (3.6)
(3.7)
( )
{ [ ( ) ]}
(3.8)
( )
( )
( ) (3.9)
( )
da vazão em massa entre o canal central ( ̇ ) e a região anular ( ̇ ), torna-se possível obter o
(3.10)
( )
̇ √ (3.11)
onde :
de pás para ̇ .
60
O presente trabalha busca a estabilização de chamas com rotação de baixa intensidade. Para
isso, o ângulo das pás e o coeficiente de bloqueio da tela perfurada foram ajustados para fornecer ao
rotação para valores de S > 0,6. As pás puderam ser ajustadas em três valores fixos de ângulos: α =
45°, α = 40° e α = 35°. A tela perfurada posicionada na entrada do canal central possui 20 orifícios
que foram fabricados através do processo de corte a laser para aumentar a precisão deles. A troca da
tela permite variar o coeficiente de bloqueio do canal central e, por consequência, o fluxo da
quantidade de movimento linear dos reagentes. Tal possibilidade associada à variação do fluxo da
quantidade de movimento angular, devido aos diferentes ângulos de ajustes das pás, permite ao
Ângulo de inclinação das pás Diâmetro dos orifícios da tela Intensidade de rotação
45 2,5 0,6
45 2,7 0,5
40 2,8 0,4
40 3,0 0,3
35 3,1 0,2
35 3,4 0,1
35 3,8 0,03
61
A câmara de combustão utilizada para os ensaios dos dispositivos para estabilização de chamas
foi fabricada em chapas de aço inox com 3 mm de espessura, em formato cúbico com dimensões de
600 x 600 x 600 mm, e composta por: quatro janelas de quartzo de 300 x 300 mm para permitir o
acesso ótico, um duto para exaustão dos produtos de combustão contendo um orifício para
conjunto misturador, duto de mistura e dispositivo de ensaio. As Figuras 3.2 a 3.5 apresentam o
Sistema
estabilizador Janela de Isolamento térmico
de chamas quartzo do sensor de pressão
Duto de
mistura Câmara de
combustão
Entrada de
gás natural Duto de
exaustão
Entrada
de ar
Engate
rápido
Misturador
1150 mm
950 mm
750 mm
600 mm
500 mm
300 mm
130 mm
500 mm
550 mm
07 14
06 13
06 12 15
16
05 08 10 6
04
11
09
02 03
01
10
09
08
01
07
02
06
05 04 03
Para fornecer aos dispositivos desenvolvidos os regentes pré-misturados, foi construída uma
seção de mistura composta por um misturador tipo Venturi e um duto de mistura. No misturador o
escoamento de ar, entregue pelo soprador, é acelerado através de um bocal convergente e na região
através de um bocal divergente até o diâmetro do duto de mistura. Esse duto possui comprimento de
170 mm e sua função é proporcionar maior homogeneidade à mistura dos reagentes entregues ao
65
dispositivo para ensaios. A Figura 3.6 mostra o modelo 3D do dispositivo para ensaio acoplado ao
Tela do sistema
estabilizador
Misturador
Pás do sistema
estabilizador
Duto de Mistura
A bancada utilizada para a realização dos ensaios conta com linhas de alimentação de ar, de
combustível e de água. O ar foi fornecido por um soprador radial modelo CR 05, que atinge vazão
máxima de 50 g/s para esta montagem, e entregue ao misturador através de uma tubulação de duas
polegadas onde foi posicionado um medidor de vazão mássica tipo térmico modelo FT2 da marca
Contech.
cada um deles com capacidade de armazenar até 15 Nm3 de gás natural. A pressão interna máxima
66
de cada cilindro é de 200 bar e a necessária para a realização dos ensaios é de 3 bar. Por esse
motivo, utilizou-se uma válvula reguladora de pressão e uma resistência elétrica para evitar o
também com uma válvula solenoide para interromper o fornecimento de gás em caso de
emergência. A vazão de gás natural foi medida através de um medidor de vazão mássica tipo
térmico, modelo FT2 da marca Contech, idêntico ao utilizado para medir a vazão de ar, porém
calibrado para medir a vazão de gás natural. Os medidores de vazão mássica utilizados para
O sistema de água resfriada foi utilizado para controlar a temperatura do transdutor de pressão
posicionado na parte superior da câmara de combustão. Esse sistema é composto por uma torre de
resfriamento, dois tanques de água, duas bombas, tubulação de 1" e válvulas. Inicialmente uma
bomba fornece à câmara água contida em um tanque de água fria, depois de resfriar o transdutor a
água aquecida é enviada para outro tanque onde permanece até que uma segunda bomba a envie
para a torre de resfriamento, quando sua temperatura é reduzida e em seguida devolvida ao tanque
TABELA 3.3 – Calibração do medidor de vazão mássica de gás natural fornecido pelo fabricante.
Continua
Vazão Vazão indicada Erro Desvio Padrão Incerteza Expandida
TABELA 3.3 – Calibração do medidor de vazão mássica de gás natural fornecido pelo fabricante.
Conclusão
Vazão Vazão indicada Erro Desvio Padrão Incerteza Expandida
foi posicionado na parte superior da câmara, distante 400 mm do engate rápido, um transdutor de
pressão piezelétrico Kistler modelo 7261 que possui faixa de medição de 1 a 10 bar e pressão
máxima de operação igual a 12 bar. Essa posição foi escolhida devido à necessidade de não obstruir
o acesso ótico da janela de quartzo e também para facilitar os acessos da tubulação para
posteriormente enviados ao sistema de aquisição de dados. As Figuras 3.8 e 3.9 mostram o esquema
respectivamente.
400 mm
Transdutor de pressão
Engate 300 mm
rápido
Janela de
quartzo
Transdutor
de pressão
Isolamento
Camisa de térmico
resfriamento
O sistema utilizado para a aquisição das oscilações de pressão é composto por um dispositivo
de aquisição de dados, que recebe do amplificador de carga os sinais elétricos gerados pelo
“Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbench”, que manipula e trata os dados recebidos
pelo computador.
Instruments” na língua inglesa, e são compostos por painel frontal e diagrama de blocos. O painel
frontal é a interface com o usuário onde os dados adquiridos e tratados são apresentados. As
informações visualizadas no painel frontal são resultado de um código fonte criado pelo
1,25 MS/s, 48 canais digitais e 32 analógicos. Os sinais elétricos foram gerados por apenas um
transdutor de pressão a uma taxa de leitura de 5000 pontos por segundo, sendo o valor apresentado
a média destes pontos. O programa desenvolvido em LabVIEW para os ensaios realizados utiliza
uma análise baseada na Transformada de Fourier para determinar as amplitudes e frequências das
oscilações de pressão. As Figuras 3.10 e 3.11 apresentam o esquema do sistema de aquisição das
implementado, respectivamente.
72
A concentração dos gases contidos nos produtos de combustão gerados pelos dispositivos
ensaiados foi determinada através da utilização de um analisador Eurotron modelo Geenline 8000,
que é composto por: uma sonda coletora de gases, uma unidade de controle principal - MCU,
acrônimo do termo da língua inglesa “Main Control Unit”, e uma unidade de controle remoto –
analisador e determinação da temperatura dos gases. A MCU é composta por placas eletrônicas,
de retirada de umidade, bateria eletroquímica, interruptor liga/desliga e conectores para: entrada dos
A unidade de controle remoto é usada para enviar instruções de operação à MCU, indicar e
comunicação entre a unidade de controle principal e a unidade de controle remoto pode ser feita
A sonda coletora de gases foi posicionada no duto de exaustão através de um orifício com sua
parede do duto, conforme ilustrado na Figura 3.12. Os gases a serem analisados foram bombeados
da sonda para a MCU, que regulava eletronicamente o fluxo de gás para mantê-lo constante.
74
400 mm
200 mm
50 mm
Sonda Sonda
Após a passagem pela sonda, ao entrar na unidade de controle principal, as amostras de gases
foram limpas e secas por um filtro coalescente. Por esse motivo, os resultados de concentrações
medidos pelo Greenline 8000 foram fornecidos em base seca. As amostras gasosas, após a
O sensor de oxigênio (O2) foi uma célula quantificadora eletroquímica com dois eletrodos em
solução eletrolítica, assim como os detectores de NO e CO. A Tabela 3.4 apresenta as faixas de
medições e as incertezas dos valores medidos pelo Greenline 8000 (informadas pelo fabricante).
A operação do analisador de gases pode ser feita de maneira remota pela RCU ou através de
dos dados coletados. Esse programa armazena os dados em formato “.csv” que permite sua abertura
e edição através do programa Microsoft Office Excel. A Figura 3.13 exibe a tela de aquisição das
correções para 15% de O2. Essas correções padronizam os valores de emissões de fontes diferentes
para uma mesma base, permitindo comparações (Carvalho e Lacava, 2003). Ainda segundo os
mesmos autores as correções dos valores medidos podem ser obtidas pela seguinte equação:
76
[ ] (3.4)
[ ] [ ]
[ ]
onde:
foram obtidas com a utilização da técnica não intrusiva de medição conhecida como velocimetria de
imagem por partículas, PIV. Essa é uma técnica que utiliza as imagens produzidas do escoamento
pela iluminação, através de uma folha plana de laser, de pequenas partículas traçadoras introduzidas
arquivo digital cujo processamento conduz à obtenção do deslocamento das partículas no tempo.
Maiores detalhes da técnica PIV podem ser encontrados em Kohse-Hoinghaus e Jeffries (2002),
Para as medições de PIV utilizou-se o sistema de medição da marca LaVision que consiste de
um laser Nd:YAG pulsado, lentes, um gerador de partículas, uma câmera digital, um filtro e um
O laser Nd:YAG utilizado é um laser de estado sólido pulsado com potência de 380 mJ e
comprimento de onda 532 nm. Os pulsos do laser são duplos e direcionados a uma lente cilíndrica
77
de 20 mm que os espalha em forma de uma folha plana de laser com espessura aproximada de 1
mm. A folha de laser que deixa a lente foi direcionada para iluminar as partículas traçadoras de
gerador de partículas do tipo ciclone conectado na seção de mistura que antecede o sistema
estabilizador de chamas. A Figura 3.14 apresenta o gerador de partículas traçadoras e a Figura 3.15
Lente de 20 mm
Fonte do laser
Laser Nd:YAG
A câmera do sistema LaVision é do tipo CCD com resolução de 2448 x 2050 pixels e conta
com uma lente de 50 mm, f/5.6, e um filtro de 532 nm para capturar apenas as imagens das
partículas iluminadas pela folha plana de laser. O campo de visão da câmera digital foi ajustado
para 200 x 250 mm devido ao tamanho das janelas da câmara de combustão, que foram
As imagens das partículas traçadoras iluminadas pela folha plana de laser foram capturadas em
pares, para cada escoamento analisado foram coletados 170 pares de imagens. Para tanto, o tempo
de exposição da câmera foi determinado pelo sistema PIV em 35 µs para ensaios com escoamentos
em vazões de 20 g/s e 55 µs para vazões de 30 g/s. Os dados coletados foram processados com
capturadas na primeira imagem com as da segunda imagem, para cada um dos 170 pares de
imagens coletadas. Tal correlação pode ser visualizada através de um mapa de correlação que indica
analisado. O mapa de correlação entre essas imagens pode ser visualizado na Figura 3.17. Já a
Figura 3.18 exibe a tela do software Davis 7.2 para visualização do escoamento analisado e a Figura
(a) Primeira imagem das partículas (b) Segunda imagem das partículas
FIGURA 3.18 – Tela do software Davis 7.2 para visualização dos resultados.
81
Lente de 20 mm
Transdutor de pressão
Dispositivo
Nd:Yag
Analisador
de gases
O sistema de estabilização de chamas foi ensaiado na câmara de combustão com acesso ótico
escoamentos reativos e não reativos, através da técnica PIV, as concentrações de NOx e CO nos
visivelmente pequena e fraca e em seguida apagar. Tais limites de apagamento e demais análises do
baseada no diâmetro de saída do sistema que é de 61 mm, foi de Re = 36.000 para 18 m/s e Re =
54.000 para 27 m/s. A razão de equivalência, , foi variada de 0,6 até 0,9 para cada vazão mássica
()
0,73 0,6 35
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
ensaios foram realizados com o objetivo de se observar como a intensidade de rotação dos reagentes
exaustão.
Como mostrado na Tabela 3.5 os resultados dos escoamentos reativos foram obtidos em
ensaios com número de Reynolds iguais a 36.000 e 54.000 para potências térmicas entre 35 e 78,2
kW, obtidas através da variação da razão de equivalência de 0,6 a 0,9. Os níveis de intensidade de
ponto de estabilização das chamas aproximou-se das paredes do sistema desenvolvido e estas se
deslocou-se para dentro do SEC quando a chama ancorou-se em suas paredes e ocorreu o retorno da
mesma.
chama aumentou sua dimensão e começou a interagir com a parede da câmara de combustão. O
84
Os resultados das análises dos escoamentos reativos e não reativos são apresentados em forma
de vetores e linhas de corrente que representam as imagens médias e as imagens instantâneas dos
velocidade do escoamento obtido para cada um dos 170 pares de imagens correlacionadas através
do sistema PIV e de imagem média o comportamento médio destes pares, ou seja, a média dos
utilizadas para determinar os contornos das chamas através de linhas pontilhadas. As imagens
resultantes foram sobrepostas às imagens médias e em seguida apenas os contornos das chamas
foram transferidos para as imagens médias. O procedimento descrito pode ser observado através das
Figuras 4.1 a 4.4 e este foi utilizado para determinar o contorno da chama em todas as imagens
médias de escoamentos reativos dos ensaios realizados. Os retângulos amarelos nas Figuras 4.1 (a)
As intensidades de rotação S = 0,03 e S = 0,1 foram os dois níveis em que as chamas suspensas
estabilizaram mais distante do SEC, aproximadamente a 75 mm da saída deste. Para esses números
de rotação as imagens médias dos escoamentos reativos e não reativos apresentaram linhas de
corrente axialmente paralelas, o que pode ser um indicativo da influência da baixa quantidade de
movimento angular no escoamento de reagentes que deixou o SEC. Nessas intensidades de rotação
os resultados dos campos médios de velocidade dos escoamentos reativos para as condições de
(a) (b)
250 19,0
225 17,0
200 15,0
Velocidade média (m/s)
175 13,0
Posição (mm)
150 11,0
125 9,0
100 7,0
75 5,0
50 3,0
25 1,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.2 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7.
86
250 19,0
225 17,0
200
Velocidade média (m/s)
15,0
175 13,0
Posição (mm)
150 11,0
125 9,0
100 7,0
75 5,0
50 3,0
25 1,0
A comparação entre as imagens médias dos escoamentos reativos e não reativos permite
observar a expansão radial dos gases, devido à combustão, através do aumento da distancia radial
entre as linhas de corrente no escoamento reativo em relação ao não reativo. Tal comportamento
pode ser observado através das Figuras 4.4, 4.5, 4.10, 4.11, 4.16, 4.17, 4.22 e 4.23, que apresentam
As Figuras 4.4, 4.11, 4.17 e 4.23 apresentam também o contorno das chamas, através de linhas
pontilhadas, para escoamentos reativos em razão de equivalência igual a 0,7 onde é possível
verificar que a chama não apresentou variações significantes em seu formato ou na distância de
Comportamento idêntico foi observado para essas intensidades de rotação e números de Reynolds
As Figuras 4.6 a 4.9 mostram as quatro primeiras imagens instantâneas para os escoamentos
com Re = 36.000, S = 0,03 e = 0,7 onde é possível notar uma região em que não foi possível obter
correlação entre as partículas das duas imagens adquiridas e processadas pelo sistema PIV, mesmo
para diferentes fluxos de particulados. Observe-se que essa região representa o contorno da chama.
Uma possível razão para tal comportamento pode ser devido a uma rápida aceleração das partículas
na fronteira dessa região, causada pela expansão dos gases, o que associada às forças inercias e as
Note-se através das imagens instantâneas apresentadas nas Figuras 4.12 a 4.15 que mantendo
as condições de ensaio e variando apenas o número de Reynolds de 36.000 para 54.000 houve
aumento na correlação das partículas, provavelmente devido à alteração na relação entre as forças
inercias e as forças viscosas oriunda da nova intensidade de turbulência do escoamento. Isso pode
88
ter possibilitado às partículas penetrarem na região de chama e permitiu ao sistema PIV fornecer um
escoamento tornou-se maior de que em S = 0,03, o que aumentou a correlação de partículas para os
escoamentos com Re = 36.000 na região interna da chama. Porém, torna-se possível observar
através das Figuras 4.18 a 4.21 que para a região localizada entre a saída do SEC e a base da chama
as partículas não foram correlacionadas pelo sistema PIV. Já para Re = 54.000 a correlação nessa
região aumentou, mas não o suficiente para obter o campo de velocidade completo, conforme
250 15,0
225 14,0
13,0
200 12,0
Velocidade média (m/s)
175 11,0
10,0
Posição (mm)
150 9,0
8,0
125
7,0
100 6,0
5,0
75 4,0
50 3,0
2,0
25 1,0
FIGURA 4.5 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,03.
89
250
22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25 2,0
250
22,0
225 20,0
200 18,0
Velocidade (m/s)
175 16,0
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25 2,0
250
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
14,0
150
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50 4,0
25 2,0
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50 4,0
25 2,0
250
25,0
225
22,5
Posição (mm)
150
15,0
125 12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
FIGURA 4.10 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,03.
250
27,5
225
25,0
200
22,5
Velocidade média (m/s)
175 20,0
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
100 12,5
10,0
75
7,5
50
5,0
25
2,5
FIGURA 4.11 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,03 e = 0,7
250 25,0
225 22,5
200
20,0
175
Velocidade (m/s)
17,5
Posição (mm)
150 15,0
125 12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
250
24,0
225 22,0
200 20,0
175 18,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 16,0
14,0
125
12,0
100 10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25
2,0
250
25,0
225
22,5
200
20,0
175
Velocidade (m/s)
17,5
Posição (mm)
150
15,0
125
12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
250
27,5
225
25,0
200
22,5
175
Velocidade (m/s)
20,0
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
100 12,5
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 12,0
225 11,0
10,0
200
Posição (mm)
150 7,0
125 6,0
100 5,0
4,0
75
3,0
50 2,0
25 1,0
FIGURA 4.16 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,1.
250 18,0
225 16,0
200
14,0
Velocidade média (m/s)
175
12,0
Posição (mm)
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
FIGURA 4.17 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,1 e = 0,7
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25
2,0
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25
2,0
250 24,0
225 22,0
200 20,0
175 18,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
16,0
150
14,0
125 12,0
100 10,0
75 8,0
6,0
50
4,0
25
2,0
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25 2,0
250
20,0
225
18,0
200
Posição (mm)
14.0
150
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50 4,0
25 2,0
250 27,5
225 25,0
200 22,5 Velocidade média (m/s)
175 20,0
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
FIGURA 4.23 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,1 e = 0,7
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250
25,0
225
22,5
200
20,0
175
Velocidade (m/s)
17,5
Posição (mm)
150
15,0
125
12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
Observou-se através dos ensaios que, para a intensidade de rotação S = 0,2 e independente
suspensa aproximou-se em direção à saída do SEC, estabilizou-se em nova posição e aumentou seu
raio. O oposto também foi verdadeiro, quando a razão de equivalência, , foi reduzida a chama se
moveu e estabilizou em outro ponto mais distante da saída do SEC e com raio menor, o que é
dos reagentes se iguala a de chama, aproxima-se da saída do SEC. Esse comportamento pode ser
notado através das imagens médias do escoamento reativo e dos contornos das chamas apresentados
nas Figuras 4.29, 4.35, 4.40, 4.45, 4.50, 4.55, 4.60 e 4.65.
As Figuras 4.28 e 4.34 apresentam a média dos campos de velocidade dos escoamentos não
reativos onde é possível notar que não há formação de vórtices de precessão. A literatura define o
vórtice de precessão (VP) como sendo um comportamento médio do escoamento onde as linhas de
corrente mostram uma iminência de um processo de recirculação que não se completa. Já a análise
das imagens médias dos escoamentos reativos permite notar a formação e o desenvolvimento dos
vórtices de precessão e o rompimento destes formando uma zona de recirculação na região interna
das chamas com núcleo constante em aproximadamente 150 mm distante da saída do SEC para
interna da chama, obtidos através da média dos campos de velocidade, apresentou relação direta
com a razão de equivalência para a intensidade de rotação 0,2. Ao aumentar a chama se torna
mais intensa e maior quantidade de energia é liberada em forma de calor, o que amplia a expansão
radial dos gases e, por consequência, aumenta a região de baixa pressão que surge na região interna
da chama e torna os vórtices de precessão maiores até que ocorra o seu rompimento e a formação de
101
precessão, assume novo formato com maior raio e desloca-se em direção à saída do SEC.
Nas Figuras 4.29 e 4.35 é possível identificar através das imagens médias a formação do
vórtice de precessão para S = 0,2 e = 0,6 e o contorno das chamas através das linhas tracejadas
aproximadamente 65 mm. As Figuras 4.40 e 4.45 mostram a média dos campos de velocidade e os
0,7 onde se pode observar: o desenvolvimento do vórtice de precessão, tornando-se maior do que
das chamas para 60 mm distante da saída do SEC. O mesmo comportamento pode ser observado
para a razão de equivalência 0,8 onde o núcleo do vórtice de precessão permanece na mesma
posição, mas seu tamanho aumenta o que desloca a chama para aproximadamente 55 mm da saída
do SEC, como apresentam as Figuras 4.50 e 4.55. Para = 0,9 ocorre o rompimento do vórtice de
precessão e a formação de uma zona de recirculação interna, conforme pode ser observado nas
Figuras 4.60 e 4.65, as chamas aumentam seu diâmetro e aproximam-se ainda mais do SEC, ficando
intensidade de rotação 0,2, em razões de equivalência de 0,6 a 0,9 e escoamentos com Re = 36.000
e Re = 54.000 são apresentadas nas Figuras 4.30 a 4.33, 4.36 a 4.39, 4.41 a 4.44, 4.46 a 4.49, 4.51 a
4.54, 4.56 a 4.59, 4.61 a 4.64 e 4.66 a 4.69. Através das imagens instantâneas é possível observar na
região vertical de 150 mm os diversos vórtices identificados pelo sistema PIV e que formam as
imagens médias, nas quais foram identificados os vórtices de precessão e a zona de recirculação
interna das chamas. Nota-se também através das imagens instantâneas que existe um padrão para o
escoamento axial externo aos vórtices que nas imagens médias pode ser encontrado externo ao
102
vórtice de precessão ou zona de recirculação interna, inclusive com velocidades na mesma ordem
de grandeza.
De maneira geral, a correlação das partículas aumentou para os ensaios com número de
rotação 0,2 quando comparados com S = 0,03 e S = 0,1. Porém, várias imagens instantâneas
apresentam regiões sem correlação e não foi identificado um padrão de comportamento que levasse
250
7,5
225 7,0
200 6,5
Posição (mm)
5,0
150
4,5
125 4,0
3,5
100 3,0
75 2,5
2,0
50 1,5
25 1,0
0,5
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.28 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,2.
103
250 18,0
225 16,0
200
14,0
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
8,0
100
6,0
75
50 4,0
25 2,0
FIGURA 4.29 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,6
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 14,0
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
12,0
Posição (mm)
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 20,0
225 18,0
200 16,0
175
Velocidade (m/s)
14,0
Posição (mm)
150 12,0
125 10,0
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 12,0
225 11,0
10,0
200
9,0
Velocidade média (m/s)
175
8,0
Posição (mm)
150 7,0
125 6,0
100 5,0
4,0
75
3,0
50
2,0
25 1,0
FIGURA 4.34 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,2.
106
250 27,5
225 25,0
200 22,5
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
FIGURA 4.35 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,6
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25
2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 18,0
225 16,0
200
14,0
Velocidade média (m/s)
175
12,0
Posição (mm)
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
FIGURA 4.40 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,7
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
109
250 18,0
225 16,0
200
14,0
Velocidade (m/s)
175
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
12,0
Posição (mm)
150
10,0
125
8,0
100
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 27,5
225 25,0
200 22,5
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
FIGURA 4.45 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,7
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
17,5
150
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50 5,0
25 2,5
250
20,0
225
18,0
200
16,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
14,0
150
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25
2,0
250 24,0
22,0
225
20,0
200
18,0
175
Velocidade (m/s)
16,0
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
100 10,0
75 8,0
6,0
50
4,0
25
2,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
250 22,0
225 20,0
200 18,0
175 16,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
14,0
150
12,0
125
10,0
100
8,0
75
6,0
50
4,0
25
2,0
250 18,0
225
16,0
200 Velocidade média (m/s)
14,0
175
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
FIGURA 4.50 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,8
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
114
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250
15,0
225 14,0
200 13,0
12,0 Velocidade (m/s)
175 11,0
Posição (mm)
10,0
150
9,0
125 8,0
7,0
100 6,0
75 5,0
4,0
50 3,0
25 2,0
1,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
250 18,0
225 16,0
200
14,0
Velocidade (m/s)
175
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 25,0
225
22,5
200
Posição (mm)
150
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25
2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 24,0
225 22,0
200 20,0
18,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
16,0
150
14,0
125 12,0
100 10,0
75 8,0
6,0
50
4,0
25
2,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
250 25,0
225
22,5
200
20,0
175
Velocidade (m/s)
17,5
Posição (mm)
150
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25
2,5
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25
2,5
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.59 – Quarta imagem instantânea para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,8.
250 18,0
225 16,0
200 Velocidade média (m/s)
14,0
175
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
FIGURA 4.60 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,2 e = 0,9
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 18,0
225 16,0
200
14,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
12,0
150
10,0
125
100 8,0
75 6,0
50 4,0
25 2,0
250 27,5
225 25,0
200 22,5
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
FIGURA 4.65 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,2 e = 0,9.
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
250 27,5
225 25,0
200 22,5
175 20,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 17,5
15,0
125
12,5
100
10,0
75
7,5
50
5,0
25 2,5
Os escoamentos não reativos para as intensidades de rotação 0,3, 0,4, 0,5 e 0,6 apresentaram
uma estrutura de recirculação central originada pelo aumento do fluxo de quantidade de movimento
angular, conforme pode ser observado através das imagens médias nas Figuras 4.70, 4.76, 4.82,
4.88, 4.94, 4.100, 4.106 e 4.112. Já as imagens médias dos escoamentos reativos para essas
intensidades de rotação mostram uma zona de recirculação interna da chama, provavelmente porque
após a ignição ocorre a expansão radial dos gases que amplia a região de baixa pressão presente na
região central do escoamento não reativo e conduz à alteração da estrutura de recirculação para uma
também permite concluir que a zona de recirculação interna comporta-se como um bloqueio
números de rotação de 0,3 a 0,6 podem ser visualizados nas imagens médias dos escoamentos
reativos através das Figuras 4.71, 4.77, 4.83, 4.89, 4.95, 4.101, 4.107 e 4.113.
124
Nota-se também através das imagens médias dos escoamentos reativos que nas intensidades de
rotação com valores igual ou superiores a 0,3 as chamas tornam-se insensíveis a variações na razão
suspensão, seu formato ou variações significantes na zona de recirculação interna em função desses
parâmetros. Para essas intensidades de rotação as chamas somente alteram a posição do núcleo e
dimensões da zona de recirculação interna com a modificação do número de rotação, o que também
modifica o formato e a suspensão das chamas. Estas, as chamas, buscam nova autossustentação com
Para a intensidade de rotação S = 0,3 a zona de recirculação interna desloca seu núcleo em
do SEC, conforme apresentam a Figuras 4.71 e 4.77 para Re = 36.000 com = 0,9 e Re = 54.000
Nas Figuras 4.83 e 4.89 é possível, através das imagens médias, verificar o deslocamento do
seu contorno e representada por uma linha tracejada, para a posição de 20 mm distante da saída do
SEC, para Re = 36.000 com = 0,9 e Re = 54.000 com = 0,7. As Figuras 4.95 e 4.101 mostram
para S = 0,5 as médias dos campos de velocidades e os contornos das chamas para as condições Re
para a intensidade de rotação 0,6 podem ser visualizadas através das Figuras 4.107 e 4.113, que
apresentam as imagem médias e os contornos das chamas para este número de rotação.
125
As quatro primeiras imagens instantâneas para as intensidades de rotação 0,3, 0,4, 05 e 0,6
para Re = 36.000 em = 0,9 e Re = 54.000 = 0,7 são apresentadas nas Figuras 4.72 a 4.75, 4.78 a
4.81, 4.84 a 4.87, 4.90 a 4.93, 4.96 a 4.99, 4.102 a 4.105, 4.108 a 4.111 e 4.114 a 4.117. Assim
como para S = 0,2, torna-se possível notar através das imagens instantâneas para as intensidades de
rotação S ≥ 0,3 a presença dos vórtices na mesma região onde se verifica a presença de zonas de
recirculação nas imagens médias. Percebe-se que permanece o padrão de um escoamento axial
externo aos vórtices que, nas imagens médias, pode ser encontrado externo à zona de recirculação
correlação em algumas regiões do escoamento sem um padrão definido que possibilite uma
250 8,0
225 7,5
7,0
200 6,5
175
6,0 Velocidade média (m/s)
5,5
Posição (mm)
150 5,0
4,5
125 4,0
100 3,5
3,0
75 2,5
2,0
50
1,5
25 1,0
0,5
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.70 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,3.
126
250 12,0
225 11,0
200 10,0
Posição (mm)
8,0
150
7,0
125 6,0
100 5,0
75 4,0
3,0
50
2,0
25
1,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.71 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,3 e = 0,9
250 27,0
225 24,0
200
21,0
175
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
18,0
150
15,0
125
12,0
100
75 9,0
50 6,0
25 3,0
250 27,0
225 24,0
200
21,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175
18,0
150
15,0
125
12,0
100
75 9,0
50 6,0
25 3,0
250
25,0
225
22,5
200
20,0
175 Velocidade (m/s)
17,5
Posição (mm)
150 15,0
125 12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,0
250 27,0
225 24,0
200
21,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175
18,0
150
15,0
125
12,0
100
75 9,0
50 6,0
25 3,0
250 12,0
225 11,0
10,0
200
Velocidade média (m/s)
9,0
175
8,0
Posição (mm)
150 7,0
125 6,0
100 5,0
4,0
75
3,0
50
2,0
25 1,0
250 16,5
225 15,0
200 13,5
Posição (mm)
150 10,5
125 9,0
7,5
100
6,0
75
4,5
50
3,0
25
1,5
250
27,5
225
25,0
200
22,5
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175 20,0
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50 5,0
25 2,5
250 35,0
225 32,5
30,0
200 27,5
175 25,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
22,5
150
20,0
125 17,5
100 15,0
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
250
30,0
225 27,5
200 25,0 Velocidade (m/s)
175 22,5
Posição (mm)
20,0
150
17,5
125 15,0
100 12,5
75 10,0
7,5
50
5,0
25 2,5
250
27,5
225
25,0
200
22,5
175
Velocidade (m/s)
20,0
Posição (mm)
150 17,5
125 15,0
12,5
100
10,0
75
7,5
50 5,0
25 2,5
250
9,0
225
8,0
200
Velocidade média (m/s)
7,0
175
Posição (mm)
150 6,0
125 5,0
100 4,0
75 3,0
50 2,0
25 1,0
FIGURA 4.82 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,4.
132
250 18,0
225 16,5
15,0
200
Posição (mm)
150 10,5
125 9,0
100 7,5
6,0
75
4,5
50 3,0
25 1,5
FIGURA 4.83 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,4 e = 0,9
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
250 28,0
225 26,0
24,0
200
22,0
Velocidade (m/s)
175 20,0
Posição (mm)
18,0
150
16,0
125 14,0
100 12,0
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25 2,0
250 28,0
225 26,0
24,0
200 22,0
Velocidade (m/s)
20,0
Posição (mm)
175
18,0
150
16,0
125 14,0
100 12,0
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25 2,0
250 26,0
225 24,0
22,0
200
20,0
Velocidade (m/s)
175
Posição (mm)
18,0
150 16,0
14,0
125
12,0
100 10,0
75 8,0
6,0
50
4,0
25 2,0
250 28,0
225 26,0
24,0
200 22,0
Velocidade (m/s)
175 20,0
Posição (mm)
18,0
150
16,0
125 14,0
100 12,0
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25 2,0
250 17,0
16,0
225
15,0
200 14,0
Velocidade média (m/s)
13,0
175 12,0
Posição (mm)
11,0
150 10,0
125 9,0
8,0
100 7,0
6,0
75 5,0
4,0
50
3,0
25 2,0
1,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.88 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,4.
135
250 35,0
225 32,5
30,0
200
Posição (mm)
22,5
150
20,0
125 17,5
100 15,0
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
FIGURA 4.89 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,4 e = 0,7
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
250 22,5
225 20,0
200 17,5
Velocidade (m/s)
175 15,0
Posição (mm)
150 12,5
125
10,0
100
7,5
75
5,0
50
2,5
25
250 35,0
225 32,5
30,0
200 27,5
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175 25,0
22,5
150
20,0
125 17,5
15,0
100
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
250 35,0
225 32,5
30,0
200 27,5
175 25,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
22,5
150
20,0
125 17,5
100 15,0
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
250 35,0
225 32,5
30,0
200 27,5
Velocidade (m/s)
175 25,0
Posição (mm)
22,5
150
20,0
125 17,5
100 15,0
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
250
9,0
225
8,0
200
Velocidade média (m/s)
175 7,0
Posição (mm)
150 6,0
125 5,0
100 4,0
75 3,0
50 2,0
25 1,0
250 13,0
225 12,0
11,0
200
Posição (mm)
150 8,0
7,0
125
6,0
100 5,0
75 4,0
3,0
50
2,0
25 1,0
FIGURA 4.95 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,5 e = 0,9
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
250 28,0
225 26,0
24,0
200 22,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175 20,0
18,0
150 16,0
125 14,0
12,0
100
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25 2,0
250 21,0
225 19,5
18,0
200 16,5
Velocidade (m/s)
175 15,0
Posição (mm)
13,5
150
12,0
125 10,5
100 9,0
7,5
75 6,0
50 4,5
3,0
25 1,5
250
18,0
225 16,5
200 15,0
13,5
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175
12,0
150
10,5
125 9,0
100 7,5
75 6,0
4,5
50
3,0
25 1,5
250 24,0
225 22,0
200 20,0
18,0
Velocidade (m/s)
175
Posição (mm)
16,0
150
14,0
125 12,0
100 10,0
8,0
75
6,0
50
4,0
25 2,0
250 14,0
225 13,0
12,0
200 11,0
Velocidade média (m/s)
175 10,0
Posição (mm)
9,0
150
8,0
125 7,0
100 6,0
5,0
75 4,0
50 3,0
2,0
25
1,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.100 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 54.000 e S = 0,5.
141
250 18,0
225 16,5
200 15,0
Posição (mm)
12,0
150
10,5
125 9,0
100 7,5
75 6,0
4,5
50
3,0
25 1,5
FIGURA 4.101 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,5 e = 0,7
(Linha pontilhada representa o contorno da chama).
250 35,0
225 32,5
30,0
200 27,5
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175 25,0
22,5
150 20,0
125 17,5
15,0
100
12,5
75 10,0
50 7,5
5,0
25 2,5
250 36,0
225 33,0
200 30,0
Velocidade (m/s)
27,0
Posição (mm)
175
24,0
150
21,0
125 18,0
100 15,0
12,0
75
9,0
50
6,0
25 3,0
250 30,0
225 27,5
200 25,0
22,5
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175
20,0
150
17,5
125 15,0
100 12,5
75 10,0
7,5
50
5,0
25 2,5
250
36,0
225 33,0
200 30,0
175 27,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
24,0
150
21,0
125 18,0
100 15,0
12,0
75
9,0
50
6,0
25 3,0
250 8,0
7,5
225 7,0
200 6,5
Velocidade média (m/s)
6,0
175 5,5
Posição (mm)
150 5,0
4,5
125 4,0
3,5
100
3,0
75 2,5
2,0
50 1,5
25 1,0
0,5
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.106 – Imagem média do escoamento não reativo para Re = 36.000 e S = 0,6.
144
250
30,0
225 28,0
200 26,0
Posição (mm)
150 20,0
18,0
125 16,0
14,0
100
12,0
75 10,0
8,0
50 6,0
25 4,0
2,0
-100 -50 0 50 100
Posição (mm)
FIGURA 4.107 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 36.000, S = 0,6 e = 0,9
250 32,5
225 30,0
27,5
200
25,0
Velocidade (m/s)
175 22,5
Posição (mm)
150 20,0
17,5
125
15,0
100 12,5
75 10,0
7,5
50
5,0
25 2,5
250
22,0
225
20,0
200
18,0
175
Velocidade (m/s)
16,0
Posição (mm)
150 14,0
125 12,0
10,0
100
8,0
75
6,0
50 4,0
25 2,0
250
25,0
225
22,5
200
20,0 Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175
17,5
150
15,0
125
12,5
100 10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
250
25,0
225
22,5
200
20,0
Velocidade (m/s)
175
Posição (mm)
17,5
150
15,0
125
12,5
100
10,0
75 7,5
50 5,0
25 2,5
250
26,0
225
24,0
200 22,0
Velocidade média (m/s)
175 20,0
Posição (mm)
18,0
150
16,0
125 14,0
12,0
100
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25 2,0
250
26,0
225
24,0
200 22,0
Posição (mm)
18,0
150
16,0
125 14,0
12,0
100
10,0
75 8,0
50 6,0
4,0
25
2,0
FIGURA 4.113 – Imagem média do escoamento reativo para Re = 54.000, S = 0,6 e = 0,7
250 42,0
225 39,0
36,0
200 33,0
175 30,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
27,0
150
24,0
125 21,0
100 18,0
15,0
75 12,0
50 9,0
6,0
25 3,0
250 42,0
225 39,0
36,0
200 33,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
175 30,0
27,0
150 24,0
125 21,0
18,0
100
15,0
75 12,0
50 9,0
6,0
25 3,0
250
33,0
225
30,0
200 27,0
175 24,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 21,0
125 18,0
15,0
100
12,0
75
9,0
50
6,0
25 3,0
250
33,0
225 30,0
200 27,0
175 24,0
Velocidade (m/s)
Posição (mm)
150 21,0
18,0
125
15,0
100
12,0
75
9,0
50 6,0
25 3,0
Para facilitar a visualização dos resultados as Figuras 4.118 e 4.119 apresentam um resumo dos
comportamentos observados através das análises dos resultados obtidos pelo sistema PIV. A Figura
4.118 mostra esquematicamente as intensidades de rotação que não apresentaram nenhum tipo de
identificadas zonas de recirculação interna nas chamas (S ≥ 0,3). Para S = 0,2 o esquema apresenta
deslocamento da zona de recirculação interna em relação à saída do SEC. A Figura 4.119 mostra
(Δϕ) e do número de Reynolds (ΔRe) sobre a distância de suspensão das chamas em relação à saída
do SEC.
150
(S)
Deslocamento da zona de
recirculação interna em 0,6
relação à saída do SEC 0,5 Zona de Rompimento do VP e
recirculação (ϕ) formação da zona de
(S) 0,4 interna recirculação interna
0,9
70 mm 0,6 0,3
Transição 0,8
80 mm 0,5 0,2 Desenvolvimento
o 0,7 do VP
90 mm 0,4 0,1
Sem formação 0,6 Formação do VP
100 mm 0,3 0,03
de VP
FIGURA 4.118 – Esquema da formação de vórtices e zona de recirculação interna nas chamas.
Deslocamento da
chama em relação
à saída do SEC
Deslocamento da
(S)
chama em relação
5 mm 0,6 à saída do SEC
10 mm 0,5
Sensível a ΔS (ϕ)
20 mm 0,4
0,9 50 mm
25 mm 0,3
Sensível a Δϕ 0,8 55 mm
0,2
0,7 60 mm
75 mm 0,1 Insensível a ΔS,
0,6 65 mm
75 mm 0,03 Δϕ e ΔRe
Os resultados descritos acima são relevantes por estenderam os estudos de diversos autores:
Cheng et al (1992), Cheng e Derek (1995), Yegian et al (1998), Littlejohn et al (2002), Johnson et
al (2005) e Legrand et al (2008), descritos na seção 2.5, pois identifica em S = 0,2 a intensidade de
reagentes é suficiente para iniciar a formação e o desenvolvimento dos vórtices de precessão e que
recirculação interna das chamas é função da temperatura de chama. Outra contribuição significante
Observa-se graficamente nas Figs. 4.120 a 4.126 que as frequências apresentam uma leve
amplitudes para as oscilações e estas tendem a diminuir com o aumento da razão de equivalência.
Para Re = 54.000, o pico de amplitude em = 0,6 apresenta um valor quase duas vezes maior do
que para em = 0.7, embora para ambos os casos os valores sejam baixos. Ao aumentar a razão de
o limite de apagamento inferior, que ocorre em 0,59 para Re = 54.000 enquanto que para Re =
encontra-se muito pobre o que influencia a sua estabilidade, devido à sua menor velocidade de
queima quando pequenas oscilações na taxa de liberação de energia podem causar flutuações de
pressão uma vez que o sistema torna-se muito lento para se recuperar.
Embora as medições realizadas pelo sensor de pressão estejam muito próximas ao seu limite
de erro, a sensibilidade do sensor de pressão que foi utilizado é de 1 mbar, nota-se uma tendência
sistemática para todos os números de rotação nas diferentes razões de equivalência e números de
Reynolds. A partir dessa tendência conclui-se que a intensidade de rotação exerceu pequena
influência nas frequências e nas amplitudes das oscilações de pressão no interior da câmara de
combustão.
153
S = 0,03
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,1
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,2
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,3
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,4
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,5
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
Re = 54.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
S = 0,6
Amplitude (mbar)
Frequência (Hz)
Re = 36.000
3,0 100
2,5
2,0 80
1,5
1,0 60
0,5
Amplitude (mbar)
0,0 40
Frequência (Hz)
0,6 0,7 0,8 0,9
0,5
0,0 40
0,6 0,7 0,8 0,9
De forma geral observou-se níveis muito baixos de emissões de CO e NOx, independente das
intensidades de rotação ou número de Reynolds, que foram influenciados principalmente pela razão
de equivalência. Observe-se que os valores medidos estão em uma faixa onde o erro do medidor é
resultados das emissões corrigidos para valores de 15% O2, em conformidade com a Resolução
Conama nº 382/06 - Anexo V – “Limites Máximos de Emissão de Poluentes Para Fontes Fixas”.
condição de operação provavelmente devido à baixa temperatura de chama que tem como
diminuir com o aumento da razão de equivalência para = 0.7 onde a temperatura dos gases era
consideravelmente a conversão de CO para CO2. Já para as razões de equivalência 0,8 e 0,9 apesar
superiores aos obtidos para = 0.7. Isto indica a forte influência da redução do tempo de residência
devido ao aumento da razão de equivalência, considerando a variação de 0,7 para 0,8 e 0,9, o que
(ou de Zeldovich), mecanismo imediato (ou de Fenimore), via N2O e mecanismo do combustível.
Os mecanismos via N2O e do combustível não exerceram influência nos resultados, uma vez que o
possui relevância apenas quando espécies nitrogenadas estão presentes em sua composição. Sabe-
grau de mistura dos reagentes. Particularmente, em relação ao grau de mistura dos reagentes pode-
se observar que como o sistema é pré-misturado o tempo de mistura é muito menor que o tempo de
reação, por esse motivo o número de Reynolds e o de rotação tem pouca influência nos resultados
das emissões. Entre esses parâmetros destaca-se a temperatura de chama que é considerada como o
principal fator para a formação do NOx. Em condições em que a temperatura encontra-se a partir de
combustão, esse comportamento foi observado nos ensaios realizados e pode ser notado através das
Figuras 4.127 a 4.133. As emissões de NOx apresentaram valor máximo para todas as condições de
gradativamente quando a razão de equivalências foi reduzida até = 0.6, condição em que
apresentou níveis de emissões próximos a 0 ppmv. Para a condição de 0,9 também existiu uma
condição de 0,6, mesmo que este mecanismo tenha uma contribuição bem menos significativa em
relação ao térmico.
162
S = 0,03
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,1
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,2
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,3
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,4
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,5
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
S = 0,6
CO (Re = 36.000)
CO (Re = 54.000)
NOx (Re = 36.000)
NOx (Re = 54.000)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
diferentes números de rotação (de S = 0,03 até S = 0,6) dos reagentes pré-misturados em diferentes
pressão atmosférica.
Concluiu-se após as análises dos escoamentos reativos e não reativos que os vórtices de
precessão e a zona de recirculação interna influenciam o formato e a suspensão das chamas e que a
expansão radial dos gases, devido à combustão, amplia a região de baixa pressão presente na região
interna da chama fazendo a zona de recirculação comporta-se como um bloqueio aerodinâmico para
Para S = 0,03 e S = 0,1 não foram observados vórtices na região interna das chamas
rotação.
No que diz respeito às análises das oscilações de pressão medidas no interior da câmara de
influência nas frequências e amplitudes das oscilações, sendo estas mais sensíveis a variações na
combustão foram obtidos valores baixos de CO e NOx, também foi possível concluir que não
houve influência da intensidade de rotação ou do número de Reynolds sobre emissões, mas apenas a
Concluiu-se também através dos resultados obtidos pelos ensaios que para o SEC a
capacidade de aumento de vazão foi de 4:1, de 10 g/s para Re = 18.000 até 40 g/s para 72.000, o
volume requerido pela câmara para o completo desenvolvimento da chama é grande em relação às
câmaras utilizadas em turbinas a gás. Tais fatos fazem surgir a necessidade de conceitos de câmaras
de combustão estagiadas para que o SEC seja aplicado em turbinas a gás. Adicionalmente, o SEC
pode ser uma opção interessante alcançar níveis baixos de emissões de NOx e CO para queimadores
Finalmente, como sugestões para trabalhos futuros recomenda-se a utilização das técnicas de
diagnóstico ótico PLIF e Rayleigh para determinar a formação de radicais e a temperatura nas
chamas, respectivamente, nas regiões dos vórtices de precessão e da zona de recirculação interna.
gases de exaustão da câmara de combustão através de medidores de maior exatidão, o que permitirá
relacionar as emissões com: a formação dos radicais, vórtices de precessão, intensidade da zona de
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1946.
FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO
1. 2. 3. 4.
CLASSIFICAÇÃO/TIPO DATA REGISTRO N° N° DE PÁGINAS
Estudo experimental da estabilização de chamas em escoamentos com baixa rotação para aplicações em turbinas a gás.
6.
AUTOR(ES):
Alexandre Alves
7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):
Turbinas a gás; Combustão; Estabilidade de chama; Poluição por gases; Poluição do ar; Engenharia
mecânica.
10.
APRESENTAÇÃO: X Nacional Internacional
ITA, São José dos Campos. Curso de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Aeronáutica e Mecânica. Área de Aerodinâmica, Propulsão e Energia. Orientador: Prof. Dr. Pedro
Teixeira Lacava; coorientadora: Profa. Dra. Cristiane Aparecida Martins Defesa em 11/12/2013.
Publicada em 2013.
11.
RESUMO:
As rigorosas legislações ambientais direcionam os fabricantes de turbinas a gás a desenvolver novos projetos de câmara
de combustão para reduzir as emissões de poluentes. Nas últimas duas décadas, a combustão de reagentes pré-
misturados em razão de equivalência pobre tornou-se a principal tecnologia para controlar as emissões de NOx em
turbinas a gás. No entanto, câmaras de combustão com pré-mistura pobre de reagentes são inerentemente sensíveis a
oscilações de pressão que podem conduzir a instabilidades de combustão. Essas oscilações podem afetar a liberação de
calor, as emissões de poluentes e o tempo de vida da câmara e de outros componentes do motor. Além disso, existem
outros problemas associados com a estabilização da chama em sistemas de combustão que utilizam o conceito de
câmaras com pré-mistura pobre de reagentes, tais como sopramento e retorno de chama. Em geral as turbinas a gás
utilizam alta intensidade de rotação para estabilizar as chamas através da formação de uma forte zona de recirculação.
Porém, os desenvolvimentos recentes nestes dispositivos demostram que é possível alcançar um regime específico
diminuindo a intensidade de rotação de reagentes pré-misturados e pobres com uma geometria adequada. Essa
geometria foi definida como sistema de baixa intensidade de rotação e é capaz de gerar chamas suspensas e estáveis
sem uma forte zona de recirculação do escoamento. Neste trabalho foram estudadas experimentalmente chamas pré-
misturadas e pobres, em condições de pressão atmosférica e confinadas em uma câmara de combustão, geradas por um
sistema capaz de fornecer diferentes: níveis de baixa intensidade de rotação aos reagentes, razões de equivalência e
potências térmicas. Foram analisados os escoamentos reativos, as emissões de NOx e CO e as oscilações de pressão no
interior da câmara de combustão. Os resultados demostraram a influência da intensidade de rotação na formação e
desenvolvimento dos vórtices e zona de recirculação interna, no formato e deslocamento das chamas suspensas e
apresentaram níveis: baixos de oscilações de pressão no interior da câmara e baixos de emissões de NOx.
12.
GRAU DE SIGILO: