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Universidade Federal de Goiás

Curso Licenciatura em Teatro


Disciplina: História e Teoria do Teatro I
Docente: Walquiria Pereira Batista
Alunos: Gabriella Fernanda de Souza Vitorino e Victor Hugo S. de Oliveira

O homem desde o início de sua existência sentiu necessidade de expressar emoções,


crenças, temores, desejos e até mesmo seu próprio cotidiano. Utilizando-se de diversas formas
de expressão, as que mais se destacaram foram a música, a dança e o teatro. Há 2.500 anos, o
teatro começou a surgir na Grécia, onde adquiriu uma enorme importância para o homem
grego em diversos aspectos, dentre eles, o educacional.

Através de rituais simbólicos que objetivavam homenagens e agradecimentos ao deus


Dionísio, o senhor do vinho e da fertilização, o gênero trágico e cômico surgiram. As
comemorações que eram realizadas principalmente na cidade de Atenas, contava com seus
integrantes em alto nível de embriaguez dançando incontrolavelmente ao som de músicas
tocadas por flautas. Sendo assim, posteriormente, Dionísio passou a ser considerado o; deus
do teatro.

Sendo desenvolvida por cerca de um século, a tragédia “representa o ponto culminante


de uma grande evolução da poesia grega. Culminância a partir da poesia épica (narrativa) e da
poesia lírica (canto), a tragédia é drama: é um agir falando, é um mito agindo.” (NEVES,
Maria Helena de Moura, 2006, p.17).

A tragédia apresenta o universo mítico, retratando os heróis e os deuses. Discorre


sobre o destino de cada um de tal forma que seu desfecho permitiu ao homem grego um
autoconhecimento, incentivando uma reflexão acerca de suas atitudes perante a sociedade.
Algo que inclusive constituía em uma de suas principais finalidades, a busca pela “catarse”
(purificação), na qual o indivíduo alcança através do controle e domínio do seu próprio eu.
Incentivava também, a fuga do extremo, a aceitação como membro inferior e incapaz de
dominar a natureza (physis) da qual está inserido, o alcance do equilíbrio, a rejeição do
egoísmo e o reconhecimento como parte de um todo e não como sujeito singular e/ou
prioritário.
As apresentações que foram encenadas também em festivais, como As Grandes
Dionisíacas e as Lenéias, contavam com ávida participação do público. Fato que se comprova
no conceituado História Mundial do Teatro, de Margot Berthold:

Vestidos com o branco ritual, o público chegava em grande número ás


primeiras horas da manhã e começava a ocupar as fileiras semicirculares,
terraceadas, do teatro. “Um enxame branco”, é como chama Ésquilo. Ao lado dos
cidadãos livres, também era permitida a presença de escravos, na medida em que
seus amos lhes dessem licença. A aprovação era indicada por estrepitosas salvas de
palmas, e o desagrado, por batidas com os pés ou assobios.

Por sua vez, a comédia foi criada em 486 a.C. Oriunda também dos cultos dionisíacos,
ela se estabeleceu em meio á uma comunidade tomada pela corrupção. Alguns indivíduos
inconformados com a situação política-social da época, encontraram maneiras de se
manifestarem a favor daquilo que consideravam certo. Para isso, participavam de procissões
onde expressavam sua insatisfação com a realidade que vivenciavam. Em sua renomada e
supracitada obra “Poética”, Aristóteles nos concede o seguinte conceito:

A comédia é, como dissemos, imitação de homens inferiores; não, todavia, quanto a


toda a espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o ridículo. O
ridículo é apenas certo defeito, torpeza anódina e inocente; que bem o demonstra,
por exemplo, a máscara cômica, que, sendo feia e disforme, não tem [expressão de]
dor.

Os foliões que participavam de tais procissões utilizavam máscaras visando a


personificação das personalidades divinas, suprindo assim o êxtase pela materialização delas.
E de acordo com suas opiniões pessoais, eles dedicavam diversas chacotas ás figuras públicas
influentes da cidade, criticando as injustiças, imoralidades, hipocrisias, etc. Porém, a comédia
não teve seu foco apenas na política, e sim, em todo problema que incomodasse a sociedade
de alguma forma.

Desempenhando um importante papel na formação do cidadão grego, a comédia


estimulou o homem ao desenvolvimento de um olhar mais crítico em relação á tudo aquilo
que o cerca. Deu base para a liberdade de expressão e estimulou debates e questionamentos
sobre a realidade da pólis, as relações pessoais, os valores e etc.

Conforme abordamos, o teatro grego deu extrema relevância á construção do


indivíduo grego, refletindo na educação em seu meio social e individual. E colaborou para a
evolução literária, na qual sua contribuição perpetua até os dias atuais.

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Referências Bibliográficas

ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Leonel Valladandro e Gerd Bornheim da versão


inglesa de W.D. Ross; Poética: Tradução, comentários e índices analítico e onomástico de
Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

MORETTO, Fulvia; BARBOSA, Sidney. Aspectos do teatro ocidental. São Paulo: Editora
UNESP, 2006.

BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

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