LAGES,SC
2014
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LAGES (SC)
2014
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TERMO DE AVALIAÇÃO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS (OEE) - APLICAÇÃO EM UMA
EMPRESA DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Conceito: _______________________
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Lista de Figuras
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Lista de Tabelas
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Sumário
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APRESENTAÇÃO
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1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE
1.2. PROBLEMÁTICA
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1.3. OBJETIVOS
1.3.1. Geral
1.3.2. Específico
1.4. JUSTIFICATIVA
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1.4.1. Oportunidade do projeto
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2. REVISÃO DA LITERATURA
É uma filosofia de trabalho que busca reduzir o tempo entre o pedido do cliente e
a entrega, através da eliminação de desperdícios. É também uma estratégia de negócios
para aumentar a satisfação dos clientes através de um diferencial de qualidade. A
filosofia Lean teve início no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, e foi desenvolvida
na Toyota Motor Company, por um gerente de produção chamado Taiichi Ohno. Os
esforços das indústrias e da sociedade japonesa, após a guerra, estavam direcionados à
reconstrução do seu país. A eficiência e, consequentemente, sucesso do Sistema Toyota
de Produção em combater desperdícios foi consolidada em uma verdadeira forma de
empreender, sendo assimilada por outras empresas de outros setores industriais e
popularizado nas empresas ocidentais como Lean Manufacturing ou Manufatura
Enxuta. Para (OHNO, 2006)1, a eliminação de desperdícios e elementos desnecessários
a fim de reduzir custos; a ideia básica é produzir apenas o necessário, no momento
necessário e na quantidade requerida.
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Fonte: Projeto de Estágio Aumento de desempenho em linha de produção. ALBINO, Mayco Piola.
2014.
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Os desperdícios existentes fazem parte do dia-a-dia, mas deixam-se passar
despercebidas algumas oportunidades que fazem total diferença no resultado final das
empresas. A filosofia Lean considera os desperdícios como atividades que não agregam
valor ao produto e é um custo que o cliente não está disposto a pagar. Oito tipos de
desperdícios são alvos da filosofia Lean (ALUKAL, 2008, p.3)2:
2
Fonte: Artigo Científico: Overall Equipment Effectiveness – Aplicação em uma Empresa do Setor de
Bebidas do Pólo Industrial de Manaus. RAPOSO. Critiane de Fátima Cavalcante. 2011. (UEA/UFRJ).
Enegep.
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2.2 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - TPM
1- Manutenção Planejada;
2- Manutenção Autônoma;
3- Melhoria Específica;
4- Educação e treinamento;
3
Fonte: http://www.mantenimientomundial.com/sites/mmnew/bib/notas/TPMtotal.pdf. Acesso em
28/08/2014.
4
Fonte: Artigo Científico: Overall Equipment Effectiveness – Aplicação em uma Empresa do Setor de
Bebidas do Pólo Industrial de Manaus. RAPOSO. Critiane de Fátima Cavalcante. 2011. (UEA/UFRJ).
Enegep. Acesso em 30/08/2014.
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5- Controle Inicial;
6- Manutenção da Qualidade;
7- TPM nas Áreas Administrativas;
8- Segurança, Higiene e Meio Ambiente.
1. Quebras Tempo de
Paralisação
2. Mudança de Linha Operação
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2.3 OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS – OEE
O mercado competitivo está exigindo cada vez mais das empresas. Elas devem
manter-se atualizadas para garantir a sua sobrevivência.
Para isso, KARDEC e NASCIF (2006) acreditam que as empresas devem saber
exatamente o que querem, e aonde desejam chegar, estabelecendo assim indicadores
para que se possa medir então os resultados do plano de ação da organização, e verificar
a compatibilidade com as metas de curto e longo prazos.
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Fonte: Artigo Científico: A Ferramenta Overall Equipment Effectiviness (Oee) na Gestão de
Produtividade de Máquinas de Pátio: Estudo de Caso no Terminal Portuário Ponta da Madeira (Tppm),
PEREIRA, Felipe George Gomes (EBEI); ROBLES, Leo Tadeu (UFMA) e CUTRIM, Sergio Sampaio
(UFMA). Enegep. 2013.
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Fonte: Artigo Científico: Medição da Eficiência Operacional Através do Indicador Oee (Overall
Equipment Effectiviness): Uma proposta de Implantação no Segmento de Bebidas. CASTRO, Fabiana
Pereira. (CEFET) e ARAUJO, Fernando Oliveira de. (CEFET RJ). 2010.
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Disponibilidade: É a quantidade de tempo em que um equipamento esteve
disponível para trabalhar comparado com a quantidade de tempo em que foi
programado para trabalhar.
Assim, o OEE possibilita uma visão global do processo utilizado, bastante útil
para a identificação de gargalos, por se obter informações sobre disponibilidade,
eficiência e qualidade do equipamento (MOELLMANN, 2006). Neste sentido, observa-
se que a medição do desempenho dos equipamentos pode influenciar a produtividade
dos processos produtivos, a eficiência da mão de obra e contribuir para a qualidade dos
produtos e satisfação dos clientes. Através da análise de OEE pode-se conhecer as reais
eficiências, tendo como objetivo elaborar planos de ação e soluções para os principais
motivos de ineficiência da produção.
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3. METODOLOGIA
A área escolhida para aplicação dos indicadores de OEE foi o setor de usinagem,
da empresa MAW Máquinas Wiggers LTDA.
O projeto será delimitado a duas máquinas (tornos convencionais), os quais serão
o projeto piloto.
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3.4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS
3.5. CRONOGRAMA
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4. ANÁLISE DO PROJETO:
Para a realização deste projeto de estágio, fez-se uma análise na empresa, onde
foram avaliados pontos de melhoria, que viessem a contribuir com o desempenho dos
operadores, e consequentemente um melhor desempenho das máquinas.
Foi utilizado como ferramenta de coleta de dados, folhas de apontamentos de
horas, as quais eram preenchidas pelos próprios funcionários e depois computadas para
o software atual da empresa (TBOS), que fornece os apontamentos de horas de cada
operador, com suas respectivas máquinas/equipamentos, além do controle das ordens de
serviço. As folhas de apontamentos eram recolhidas no dia seguinte, no primeiro
horário da manhã, sendo inseridos logo após na tabela geral de apontamentos.
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O presente estudo faz uma análise entre duas máquinas com operadores
diferentes.
Após a coleta dos dados, seguiu-se um breve passo a passo para realizar os
cálculos de OEE dos equipamentos escolhidos como pilotos. Estes dados são
fundamentais para gerar informações úteis.
O OEE – Overall Equipment Effectiveness é o principal indicador para medir a
eficiência global dos equipamentos, que se da através do produto da multiplicação dos
indicadores: Disponibilidade, Performance e Qualidade.
Nesta categoria deve-se considerar duas situações: o tempo que não foi planejado
para produzir pela equipe de planejamento e o tempo em que o equipamento não pode
produzir por razões alheias à responsabilidade da equipe de produção.
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refeição, horário de cafezinho, entre outros, portanto não haverá produção durante este
tempo.
E há também algumas situações em que o equipamento não produz, apesar de
inicialmente programado para produzir, mas por razões alheias à responsabilidade da
equipe de produção, tais como parada por falta de pedido, parada por greve, parada por
impedimento da lei, entre outras razões, que também devem ser retirados do tempo
operacional.
Observou-se que durante o período de 15 dias, as duas máquinas avaliadas,
ficaram paradas num total de 35,74h (Máquina1) e 37,98h (Máquina2).
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4.2.6. Quantidade de itens produzidos ruins
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4.2.8. Tempo produzindo
Seguindo, temos:
Ou seja, durante 3555 minutos (para Máq1) e durante 3478,8 minutos (para
Máq2) saíram produtos dos equipamentos, independentemente de sua qualidade ser boa
ou ruim.
Produto 1 2
Tempo de Ciclo 120 minutos 20 minutos
Tempo de Produção 2125 minutos 1430 minutos
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Produção Teórica Máq.2:
Produto 1 2
Tempo de Ciclo 120 minutos 20 minutos
Tempo de Produção 780,2 minutos 2698,6 minutos
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4.2.11. Idicador de Performance
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OEE% Máq2 = 85,74% * 92,62% * 93,12%
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5 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DE ESTUDOS FUTUROS
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Sugere-se como trabalhos futuros, a implantação e acompanhamento do indicador
de OEE em todos as máquinas da empresa onde aconteceu o estágio. Visando o
aperfeiçoamento e desempenho geral da empresa. Tendo em vista que este projeto de
estágio oportunizou a implantação em apenas dois equipamentos, vistos como pontos de
gargalo. Mas por ser uma empresa de manutenção industrial, estes pontos de gargalo
oscilam mediante demanda, o que faz com que a sugestão de implantação geral do OEE
na empresa seja a melhor opção para melhores resultados.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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de Janeiro: Universidade Federal de Minas Gerais, 1992. 220 p.
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http://www.totalqualidade.com.br/
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KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: função estratégica. 2.ed.rev. e ampl. Rio
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LIKER, Jeffrey K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do
mundo. São Paulo: Bookman, 2006. 316 p.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de pesquisa
metodologia científica. 7 Edição São Paulo: Editora Atlas, 2010.
MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick. Qualidade: enfoques e ferramentas. São Paulo:
Ed. Artliber, 2001.
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Porto Alegre: Bookman, 2006. 140 p.
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Esther Cabado; MACHADO, Márcio Cardoso. Gestão da qualidade: tópicos avançados.
São Paulo: Cengage Learning, 2011. 243p. ISBN 8522103860
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Editora Atlas Ltda, 2004. 339 p. ISBN 852243673-8
SHIROSE, Kunio. TPM for Workshop Leaders. Editora Productivity Prees, 1992.
149p.
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