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Serpentário de palavras

Editoria MSM | 11 Agosto 2005 por José Monir Nasser

Em sua obra “1984”, Orwell faz sombrio retrato do futuro da humanidade, que acabaria refém de uma espécie de supergoverno, o
Big Brother. Como a profecia está aos poucos se realizando, é necessário conhecer algumas palavras e expressões que
expressam essa realidade.

O escritor britânico George Orwell (1903-1950), simpático ao socialismo, mas crítico do stalinismo, fez um grande favor ao mundo
ao escrever dois livros proféticos: “Animal Farm” (1945) e “1984” (1949). O primeiro descreve a rebelião dos animais de uma
fazenda contra os humanos que os escravizavam e o estabelecimento ali de relações “animais” pós‑revolucionárias, que
não contemplariam mais nenhuma exploração. No entanto, naquele mundo socialista “de iguais” acabaram mandando de verdade
os porcos, que eram “mais iguais do que os outros”. Já no segundo, “1984”, Orwell faz sombrio retrato do futuro da humanidade,
que acabaria refém de uma espécie de supergoverno, o Big Brother, nome que ele cunhou, que tudo controlaria, fazendo
transbordar para a sociedade um novo ethos verbalizado por uma nova língua, a novilíngua, cuja semântica funcionaria às
avessas. Como a profecia está aos poucos se realizando, para não deixar o leitor na mão em tempos tão bicudos e prestando um
serviço de utilidade pública, segue lista de palavras e expressões em novilíngua. A lista é pequena, mas suficiente para o leitor
poder freqüentar sem constrangimentos os salões mais elegantes da Nova Ordem Mundial.

1. Ação afirmativa

Palavra que indica privilégios para este ou aquele grupo, a título de compensação por isso ou por aquilo, com o dinheiro de quem
nada tem a ver com o assunto. É uma forma sofisticada de racismo, sexismo e preconceito econômico.

2. Apropriação social do saber

Seria apenas um pedantismo pretensioso para substituir a palavra “aprender”, se não significasse aprender apenas aquilo que
interessa para apoiar a revolução e não o melhor da cultura humana. Além disso, quem aprende é o indivíduo.

3. Assédio moral

Criminalização da autoridade privada com o fim de estabelecer a autoridade do Estado como a única legítima. Vale especialmente
para patrões, professores, pais e chefes de escoteiros.

4. Assédio sexual

Criminalização do homem heterossexual e infantilização da mulher para permitir a intermediação estatal, por meio de códigos de
conduta feministas, das relações entre os sexos.

5. Atitude republicana

Expressão absolutamente vazia de sentido, que pretende tudo remeter ao “espírito” que teria inspirado a proclamação da
República no Brasil. A julgar pelos frutos da última, deve querer significar alguma coisa entre “golpista” e “demagógica”.

6. Cidadania

A palavra historicamente servia para delimitar os poderes do Estado. Hoje é palavra de ordem para incentivar a reivindicacionismo
histérico de grupelhos, por mais exóticos que os direitos pretendidos sejam.

7. Combate às desigualdades

Pretexto que o Estado usa para coletar mais impostos e ficar com o dinheiro para si, beneficiando seus cupinchas. Como estes
protegidos passam a ser intocáveis, o tal do combate às desigualdades acaba sendo o maior gerador das ditas cujas.
8. Consenso

Eufemismo usado para fingir que a sociedade (logo você também) concorda com as decisões governamentais. Sua modalidade
mais comum é chamar umas poucas ongs (ver) financiadas pelo próprio governo e dizer que tal política pública (ver) foi aprovada
pela sociedade civil organizada (ver).

9. Construção do conhecimento

Expressão comum na pedagogia revolucionária, de que no Brasil foi precursor Paulo Freire (1921-1997), e que chama de
conhecimento o conjunto de ódios e “denúncias” que a coitada da criança vai absorvendo de seus professores “engajados” ao
longo de sua educação para a cidadania (ver).

10. Construção social (disto ou daquilo)

Expressão em si isenta de sentido que representa, na boca da esquerda, o progresso da militância na direção da tomada de
poder.

11. Democracia participativa

Expressão tautológica e redundante, mas plena de sentido para quem se dá conta de que a única democracia que interessa à
esquerda é a que conduz à tomada de poder, quando então nenhuma democracia será mais necessária. “Participar” aí significa
“confiscar” a democracia para fins revolucionários.

12. Direitos humanos

Expressão vaga e desiderativa que dá lastro às agendas governamentais totalitárias para quem não há indivíduos reais, apenas
utopias abstratas.

13. Diversidade

Palavrinha inocente, usada de modo venenoso pelo socialismo fabiano, que vê na tal diversidade focos potenciais de
reivindicacionismo, cuja utilidade é justificar o aumento do Estado até mesmo para fingir “proteger” a mais manca das mulas.

14. Dívida social

Velha expressão de palanque, absolutamente descabida, mas eficientíssima para explorar o sentimento de culpa das pessoas e
anestesiar o aumento da carga tributária. A expressão quer nos lembrar de que somos todos “criminosos sociais”.

15. Educação ambiental

Desculpa usada pela educação rev olucionária que descobriu que é mais fácil transformar crianças e adolescentes em chatinhos
ecológicos do que os ensinar a usar a crase, mesmo porque seus mestres também não sabem.

16. Educação para a cidadania

Expressão que denota a transformação de crianças em militantes‑mirins, incumbidos de espionar e acusar os adultos a
partir dos critérios ideológicos de seus professores.

17. Elite(s)

Também conhecida como “forças ocultas”, é palavra misteriosa e esotérica, usada para botar a culpa em insondáveis culpados.
Getúlio Vargas teria sido induzido ao suicídio por elas; Jânio Quadros teria renunciado por sua causa e agora descobrimos que as
ditas cujas seriam também as responsáveis pela roubalheira do partido no poder. Ufa, ainda bem.

18. Empresas cidadãs


Expressão que denota um conjunto de firmas que, além de pagarem impostos altíssimos, sofrerem todo o tipo de fiscalização e
terem de pedir licença para todo o mundo ainda têm de pagar uma espécie de “pena alternativa”, cuidando de assuntos que
competem aos governos. Parafraseando Nelson Rodrigues, não é verdade que as empresas modernas gostem de apanhar; só as
normais.

19. Ética

Palavra usada freqüentemente por todos aqueles que, acusando os outros, pretendem esconder sua própria infâmia. Não é
surpresa, portanto, que após vinte anos denunciando a falta de ética de todo o mundo, o Partido dos Trabalhadores
revele‑se o maior especialista na sua supressão.

20. Exclusão social

Expressão absurda, cujo objetivo oculto é transformar desafortunados descontentes em militantes, convencendo‑os de que
o partido é o único meio de resgatar (ver) a sua cidadania (ver).

21. Global

Palavra genérica que, em novilíngua, significa alinhamento com o projeto de governo mundial da ONU e quejandos.

22. Governança corporativa

Expressão que nada significa, mas que cumpre a função de incluir na agenda das grandes firmas a agenda ideológica do partido
no poder.

23. Holístico

Termo tipo “nova era”, genérico o suficiente para não significar nada, mas de alto poder anestesiante, porque dá a impressão de
que seu interlocutor pensou em coisas de que você nem desconfia.

24. Humanismo

Ideologia difusa que permite aos seus adeptos odiar e perseguir indivíduos reais à vontade enquanto declaram amar uma
humanidade retórica.

25. Inclusão social

Expressão irmã siamesa de “exclusão social”. Significa, em novilíngua, “razão mais que suficiente para entregar seu dinheiro para
o Estado” fazer a tal da “inclusão” já que, como sabemos, ele só pensa nisso.

26. Justiça social

Pretexto para o governo aumentar os impostos, partindo da idéia de que os contribuintes são culpados de alguma coisa, daí a
carga tributária ser na verdade uma espécie de “justiçamento”, uma oportunidade de ouro para você expiar as suas culpas.

27. Lutas sociais e políticas

Expressão romântica, trânsfuga de alguma peça de teatro de arena, cujo único objetivo é animar a militância quando esta é
acometida de ataques súbitos de bom senso e decência intelectual.

28. Marco legal

Expressão bonitinha que dá a impressão de que os obstáculos tirânicos da lei são para o bem das pessoas e não para justificar
um Estado pantagruélico. Trata‑se de uma espécie de anestésico de toga.
29. Metas do milênio

Coleção de “oito jeitos de mudar o mundo”, inventada pela ONU, que permite aos governos globalistas cobrarem mais impostos e
aumentarem a tirania sob pretexto de que a ONU mandou.

30. Minorias

Palavra jamais desacompanhada do adjetivo “excluídas”, autêntica matéria prima dos movimentos revolucionários que
descobriram que um homossexual enragé é mais útil ao Estado do que um homossexual normal, que só é útil para ele mesmo.

31. Movimentos sociais

Conjunto de ações revolucionárias que obviamente não recebem este nome, mas que concorrem para fazer transbordar o
programa do partido para todo os lugares, incluindo os mais insuspeitos, como a Associação das Senhoras Católicas.

32. Neoliberalismo

Estratagema socialista que consiste em se deixar a atividade econômica para as firmas e depois expropriá‑las por meio de
impostos, contribuições, taxas, regulamentações e projetos de responsabilidade social (ver), enquanto se finge que se trata aí do
velho liberalismo austríaco.

33. Ong(s)

Agente(s) não governamental(is) da agenda governamental, verdadeiras entidades “denorex”: parece que não são governo, mas
são mais governo do que o próprio. Como a palavra é genérica, há obviamente muitas exceções.

34. Orçamento participativo

Ficção política da família da “democracia participativa”, que pretende que meia dúzia de militantes presidentes de associações de
bairro representem a sociedade toda na definição do orçamento. Nos últimos tempos, no entanto, parece que a palavra
tornou‑se eufemismo para formas heterodoxas de apropriação do erário, tipo “mensalão”. E que participação!

35. Participação cidadã

Expressão‑resumo da histeria reivindicatória, de modo geral associada a políticas públicas (ver), de que é a causa
legitimante.

36. Polít icas públicas

Expressão canhestra que, em novilíngua, significa pretexto para o governo gastar mais do nosso dinheiro com ele mesmo,
respaldado pela legitimidade conferida pela participação cidadã (ver).

37. Políticas sociais

Redundância espertalhona que tem o objetivo de fazer de conta que os impostos que o governo recolhe são para outras coisas
que não as sociais e que, em decorrência disso, ele precisa de mais dinheiro.

38. Questões de gênero

Esperteza psicanalóide que procura subdividir os únicos dois sexos existentes em um leque de variantes exóticas, cujas
pretensões eróticas precisam ser alvo de proteção estatal. Com o nosso dinheiro, é claro.

39. Resgatar
Verbo central na novilíngua, aplicável a qualquer coisa que implique conteúdos politicamente corretos e que produzam a
convocação do Estado com sua benevolência altruísta. Resgatando‑se isto e resgatando‑se aquilo, vai‑se
fazendo os eleitores e contribuintes de trouxas.

40. Responsabilidade social

Conversinha fiada que permite ao Estado obrigar as firmas a cuidarem das creches e quejandos, enquanto se dedica
exclusivamente a envenenar os espíritos e colher impostos da árvore de discórdia que ele mesmo plantou, diretamente ou via
ongs (ver).

41. Sociedade civil organizada

Nome que se dá quando o partido se confunde com a sociedade, atingindo finalmente o sonho gramsciano de dispensar o partido.
Para que precisamos de partido, se tudo virou partido? Ainda mais nos dias de hoje...

42. Solidário

Palavra inocente, prostituída pela “engenharia da culpa” que a aplica com o objetivo de tornar os contribuintes mais dóceis e
tapeáveis. Quem gostaria de ser visto como não solidário? Ninguém. Solidários até os criminosos são, vide o modus operandi do
tráfico de drogas.

43. Sustentabilidade

Bobagem ambientalista. O sistema de preços da economia livre é um sistema natural de “sustentabilidade”, indicando ao
consumidor o que é escasso e o que é não é. Coisas escassas sobem de preço e são poupadas e é simples assim. A palavra
serve na prática para justificar mais obstáculos ambientalistas.

44. Vontade política

Senha para o governo cobrar mais impostos. Encenado o teatro reivindicacionista das lutas populares (ver), o governo
“relutantemente” atende o “anseio popular” (ah, faltou esta na lista) e resolve fingir que faz alguma coisa, claro, com o nosso
dinheiro.

Notas:

Esta é uma lista aberta, uma espécie de Wikipedia Novilingüística. Contribuições serão bem vindas e devem ser enviadas para
jmonir@terra.com.br .

O autor é Economista liberal, pesquisador, editor e autor de saco especialmente cheio.

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