CF, art. 5º, § 1º: “As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata”.
II – Definição: invocado no âmbito dos direitos fundamentais impõe lhes que seja
atribuído o sentido que confira a maior efetividade possível, com vistas à realização
concreta de sua função social.
Validade: relação de conformidade entre uma norma inferior e uma norma superior, a
qual determina a forma de elaboração ou o conteúdo da norma inferior. Essa validade é
encontrada, por exemplo, entre a lei e a Constituição.
Eficácia: aptidão da norma para produzir os efeitos que lhes são próprios, ainda que não
esteja produzindo efetivamente. Todas as normas da Constituição, com exceção do
Preâmbulo (não é norma) e das normas do ADCT que já exauriram sua eficácia, possuem
eficácia. A diferença entre elas é o grau de eficácia que elas possuem.
Positiva: aptidão da norma para ser aplicada diretamente a um caso concreto sem a
necessidade de intermediação do legislador.
Negativa: aptidão para obstaculizar ou invalidar normas que lhe são contrárias.
O art. 37, VII, da CF, que fala que o servidor público tem o direito de greve, a ser exercido
por meio de regulamentação por lei específica, também tem eficacia. Existem dois tipos
de eficacia: positiva e negativa. No caso deste dispositivo, ele tem eficacia negativa, pois
não tem ainda eficacia positiva (aptidão para ser aplicado aos casos concretos previstos
em lei), pela falta da norma legal regulamentadora, mas possui eficacia negativa (aptidão
para obstaculizar ou invalidar normas que lhe são contrária). Assim, pela eficacia
negativa: se existisse uma lei proibindo a greve servidor público, não seria recepcionada; e
se uma lei fosse criada, proibindo a greve pelo Servidor público, seria inconstitucional.
Efetividade: ocorre quando a norma cumpre a função social para a qual ela foi criada.
Assim, quando observado que um dispositivo do texto constitucional não é capaz de
conformar a realidade, significa que ele, embora tenha eficácia, não tem ainda
efetividade. Vulgarmente, efetividade é o que se denomina “Lei que pega” e “Lei que não
pega”.
Recentemente, o tema voltou à tona com o Ministro Gilmar Mendes, nas ADIs n. 3.406 e
n. 3.470:
A Ministra Carmem Lucia também concordou com a tese e disse que o que o STF havia
julgado, de verdade, a rigor, não é um caso concreto, mas a matéria contida nele, o que é
extensível a outros casos regulamentados pelo diploma declarado inconstitucional.
Marco Aurélio não concordou com a mutação constitucional, pois as decisões em controle
concreto e abstrato tem efeitos diferentes.
Art. 535, § 5º, do CPC. Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo,
considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial
fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo
Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle
de constitucionalidade concentrado ou difuso.
Segundo o professor, é precipitado afirmar neste momento que houve uma mutação em
relação ao papel do Senado - o Supremo sinalizou no sentido de que poderá haver uma
mutação. Fundamentos: a) a decisão acima foi proferida incidentalmente em uma ADI (e
não no controle difuso); e b) a maioria dos Ministros sinalizou no sentido de que o efeito
nas decisões proferidas em controle abstrato e concreto deve ser o mesmo - a
consequência é que o papel (de suspender a lei declarada inconstitucional) do Senado
fica esvaziado.
2.1.1. Interpretativismo
I – O interpretativismo conjuga uma série de visões que têm como ponto em comum
um caráter mais conservador da interpretação jurídica. Novelino menciona o termo
originalista como sinônimo de interpretativista.
II – Visões principais:
Originalismo (Robert Bork): é uma concepção que busca a visão original daqueles que
elaboraram a Constituição. Tal visão é buscada no texto da Constituição e nos debates que
deram origem a ela. Assim, o interpretativismo busca a “mens legislatoris”: a vontade do
legislador e não a da lei, ou a vontade do Poder Constituinte Originário ao elaborar a
constituição e não a desta.
Robert Bork – é um icone do ativismo judicial conservador nos EUA, foi indicado para a
Suprema Corte em 1987, mas foi rejeitado pelo Senado por causa de sua visão
conservadora.
Observações:
I – De acordo com John Hart Ely, o papel do juiz deve ser o de proteção de direitos
indispensáveis ao bom funcionamento da democracia bem como de grupos em situação
de risco resultante da insuficiência do processo democrático. Portanto, o papel do juiz
deve ser o de desobstruir os canais de mudança para que as maiorias não sufoquem as
minorias. Para permitir que uma minoria hoje amanha possa se tornar uma maioria.
Quando os canais de mudança democrática são obstruídos, como ocorre na Venezuela, o
papel do judiciário deve ser mais ativo para a desobstrução desses canais. Lá isso não
acontece porque a Suprema Corte está nas mãos do comandante. Mas se fosse uma
democracia, deveria desobstruir os canais que Maduro tem obstruído.
II – Assim, a desobstrução dos canais de mudança seria a atuação que o Poder Judiciário
deve ter: ele deve sempre agir para regular a participação politica de todos evitando o
desvirtuamento do processo democrático. Por conseguinte, o Poder Judiciário não deve
interferir diretamente no mérito das escolhas feitas pelos Poderes Públicos (não modifica
o conteúdo das escolhas politicas), mas deve sim proporcionar um ambiente para que as
escolhas políticas possam ser feitas sem a manipulação de determinados grupos. É uma
teoria com caráter procedimental, que diz que o juiz deve agir num ou noutro sentido,
para assegurar determinados direitos, pois sabe que as escolhas politicas são feitas por
quem foi eleito democraticamente pra isso. O papel do juiz é apenas propiciar um
ambiente democrático em que essas escolhas sejam feitas, para que assim a democracia
possa funcionar adequadamente.
III – Segundo o autor, a atuação do juiz deve ser semelhante à de um árbitro de futebol:
o árbitro tem o dever de agir quando as regras do jogo são violadas para evitar que um
time leve uma vantagem injusta sobre outro, mas ele não deve influenciar no resultado
da partida. No processo democrático a atuação seria semelhante. Caberia ao Poder
Judiciário permitir que o jogo político fosse jogado de uma forma limpa, desobstruindo
canais de participação democrática.
2.1.1. Minimalismo
III – De acordo com Cass Sunstein, a redução da interferência judicial, ao tratar única e
exclusivamente do ponto que está sendo discutido, é importante para promover a
democracia. Ao deixar o máximo de questões possíveis controvertidas em aberto, o
Judiciário acaba promovendo a democracia, por diminuir sua interferência no processo
político. Deixa que as questões em aberto sejam resolvidas na esfera política.
Evitar decidir casos que não estejam maduros. Comum acontecer nas cortes
constitucionais, quando ainda é muito recente o caso. O fito é evitar decisões
açodadas.
Evitar emitir opiniões consultivas. Devem decidir a questão proposta e não ficar
dando opinião acerca de outros temas. Ver ADPF 45, numa medida cautelar, que
foi julgada monocraticamente por Celso de Mello, que a extinguiu liminarmente
por perda do objeto. Mas, embora tenha extinto a cautelar por perda do objeto ele
trata de vários temas antes de dizer que a cautelar perdeu o objeto. É claramente
uma decisão consultiva. Ele já havia repetido isso quando decidiu a união
homoafetiva. Não foi decidida a ADI da união homoafetiva, porque se ajuizou ADI
no lugar de ADPF.
V – Vantagens:
Viabilidade de soluções concretas. Muitas vezes não há um consenso acerca dos grandes
valores em jogo, como, por exemplo, o aborto, que é um tema extremamente controverso.
Mas, para decidir se o aborto no caso da acrania pode ou não ser autorizado sem que haja
uma condenação criminal, o STF não precisa discutir e decidir se o aborto deve ser
legalizado em toda e qualquer hipótese, mas apenas aquela situação. Idem se for para
decidir se houve a recepção do aborto no caso de estupro.
Maior flexibilidade para decisões futuras1. Quando menos os juízes se manifestam a
respeito de temas em sua decisão, maior a flexibilidade que eles tem para decidir casos
futuros, pois não se compromete com determinadas teses.
1
Exemplo: ADI n. 3.510: questionava a Lei de Biossegurança. O voto do relator Ayres
Britto (também é maximalista) tratou o direito à vida de forma profunda (decisão
maximalista) e citou que a “Constituição só protege o direito da pessoa que nasce viva”.
Afirmou que a constituição não protegeria o feto e o embrião. Trata-se de um argumento
perigoso para casos futuros. Se amanha alguém discute no STF se a criminalização do
aborto é inconstitucional, como que ele vai dizer que o aborto pode ser criminalizado pelo
legislador, se ele afirmou antes que a CF não protege a vida do feto e o embrião antes do
nascimento com vida. O aborto poderia ser feito até o final da gravidez.
Profundidade.
Amplitude. São decisões que estabelecem regras gerais que procuram orientar futuros
julgamentos, não só sobre aquele tema mas também sobre temas correlatos.
III – Cass Sunsteint tem preferência pelo minimalismo, mas em alguns casos, ele
reconhece que o maximalismo é boa opção nos casos de:
IV - Vantagens:
Previsibilidade das decisões, tendo em vista que decisões maximalistas tratam de temas
gerais, em matérias correlatas às discutidas no caso concreto.
II – Etapas:
1º) definição do objetivo da norma, que deve ser buscado tanto no sentido do texto como
no sentido da realidade social subjacente a ele.
2º) após, deve ser feita a escolha do melhor resultado para alcançar o objetivo pretendido
pela norma, sem ignorar o intuito legislativo subjacente à norma e sem permitir a
dissolução da legislação por contingências imprevistas.
III – A discricionariedade judicial deve ser limitada, mas não pode ser completamente
eliminada (Dworkin, de outra banda, defende a exclusão da discricionariedade judicial).
Segundo o autor, o pragmatismo não é uma máquina de produzir respostas
comprovadamente corretas. Segundo ele não se pode criar expectativa desmedida acerca
do pragmatismo, que não fará com que as decisões judiciais sejam dadas sempre da
mesma maneira ou da maneira mais correta. O pragmatismo vai indicar o caminho, mas
cada juiz pode atribuir pesos diferentes à análise das consequências, motivo pelo qual as
decisões serão diferentes.
IV - Elementos centrais:
V - Embora o pragmatismo político tenha um caráter normativo (busca como o juiz deve
decidir) ele também possui uma importância descritiva. Na verdade o que o
pragmatismo jurídico prega é o que muitos juízes fazem. Nos EUA, por exemplo, já foi
comprovadamente identificado que o PJ é o meio como a maioria dos juízes decidem. No
brasil é diferente, sendo o pragmatismo menos acentuado, mas em casos de maior
complexidade o judiciário leva em consideração tanto as consequências do caso concreto
como as consequências sistêmicas, principalmente o STF. Efetivamente, o STF, tem várias
decisões pragmáticas. Exemplo: decisão sobre a (des)necessidade de o STJ obter
autorização das AL para processar governadores. Desde 2003, o STJ pediu 52 autorizações
para processar governadores, mas só obteve uma. 15 foram negadas e o restante nem foi
respondida. A norma serviria a propósitos não republicanos, o que deveria ser mudado.
III – Como as convicções pessoais são inafastáveis elas acabam influenciando as decisões
dos juízes (não existe um procedimento mecânico/automática para decidir), mas,
segundo Dworkin, só não são nocivas à interpretação se forem abertamente
reconhecidas, expostas e defendidas de maneira honesta. O juiz não pode esconder sua
visão de mundo.
Nos EUA, estudiosos de diversas áreas (Economia, psicologia, direito etc) estudam com
seriedade que tipo de fatores influencia na decisão. Os estudos comprovam que a
ideologia do juiz é o principal fator de influência. Com base no que os juízes da Suprema
Corte escreveu em decisões judiciais anteriores à entrada na Corte bem como no que
escreveram em artigos, livros etc., fazem uma análise dos votos, e tentam predizer em
que sentido o juiz julgará e conseguem acertar entre 70 a 80% dos votos.
Outro estudo mais simplório é a análise sobre qual foi o presidente que nomeou o juiz. Se
o presidente era democrata, presume-se que o juiz nomeado é democrata (mais liberal).
Idem, se o presidente é republicano (conservador).
Por exemplo: discussão no Estado de Michigan sobre uma lei que proibia ações
afirmativas em universidades públicas no Estado.
Nos EUA, os liberais são favoráveis às ações afirmativas. Os conservadores são contrários.
NO recurso para a Suprema Corte, como a maioria era republicano, o placar foi invertido.
Inverteu-se o julgamento e a lei foi declarada constitucional.
Isso comprova que a ideologia influencia fortemente as decisões nos EUA, o que não é
muito diferente do que ocorre no Brasil.
V - Limites:
“Integridade do direito”.
Principiológica: as decisões judiciais devem ser pautadas por princípios e não por acordos
ou diretrizes políticas.
Horizontal: o juiz deve conferir, ao princípio aplicado por ele, a devida importância
em pleitos subsequentes. Respeito não só às decisões superiores pelas inferiores,
mas também pelas próprias decisões.
VII – Segundo o autor, existe uma “única resposta correta”, sendo aquela cuja teoria
pode ser melhor justificada.
O autor admite que nos sistemas jurídicos maduros (norte-americano, por exemplo)
seria raro, mas poderia acontecer de haver um empate entre teorias. Nesse caso, não
haveria uma única resposta correta. Isso não poderia ser replicado aqui no brasil, que
ainda não possui sistema jurídico maduro.
2. Preâmbulo
III - Teses:
b) Natureza não normativa: considera que o preâmbulo não tem valor normativo nem
força cogente - não pode ser invocado como parâmetro para a declaração de
inconstitucionalidade. É a posição adotada pelo STF:
ADI 2.076/AC: “Constituição do Acre. [...] II. – Preâmbulo da Constituição: não constitui
norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de uma norma de
reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa. III. – Ação
direta de inconstitucionalidade julgada improcedente”.
Normas constitucionais
1. Espécies normativas
1.1. Princípios
III - Segundo Hage e Peczenik, os princípios são normas que fornecem “razões
contributivas” para a decisão; já as regras são normas que fornecem razões definitivas
para a decisão. Critério: papel desempenhado pela norma. Assim, se a constituição
fornece um princípio, este não serve para que o juiz decida imediatamente o caso,
devendo, antes de chegar a uma conclusão, analisar os outros princípios envolvidos.
Exemplo: se pessoa vai à TV para falar mal de alguém, alegando estar no direito à livre
manifestação do pensamento, o juiz, ao analisar o caso, não pode se basear apenas no
art. 5º, IV, que diz ser livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato e
concluir que o dispositivo constitucional embasa a conduta da pessoa. Como é um
princípio, deve fornecer uma razão contributiva a ser levada em consideração pelo juiz,
que, não obstante, deverá também, para chegar a um resultado definitivo, analisar outras
normas que estão consagradas na CF, a exemplo do art. 5º, X, que garante o direito à
imagem e intimidade da pessoa, que também fornece uma razão contributiva a ser levada
em consideração na decisão. O Juiz deve analisar as razões contrárias e favoráveis, para
chegar ao resultado, para ver qual é o mandamento definitivo, o que prevalecerá no caso
concreto.
IV - Dworkin define princípios como normas que trazem em si uma “exigência de justiça,
de equidade ou alguma outra dimensão de moralidade”. Critério: conteúdo. Ele identifica
o princípio não pela sua estrutura, mas sim pelo seu conteúdo. Por exemplo, o princípio
que veda que a pessoa se beneficie da própria torpeza. Não admite ponderação, pois há
somente uma resposta correta. Somente um princípio será a base para a solução do caso
concreto, qual seja, aquele que melhor justificar a sua aplicação.
De acordo com essa concepção, os princípios não fornecem a exata medida de suas
prescrições. Eles serão aplicados em medidas diferenciadas (mais ou menos) que serão
definidas a partir das possibilidades jurídicas (princípios opostos) e das possibilidades
fáticas (peculiaridades do caso concreto).
Exemplo: determinada revista publica em seu editorial uma matéria ofendendo a honra
de alguém. Alega em sua defesa a liberdade de imprensa e de uma forma mais ampla a
liberdade de expressão. Para o juiz analisar o caso, não pode levar em consideração
apenas o princípio da liberdade de imprensa ou de expressão, pois este não é princípio
absoluto, que encontra limites em outros princípios igualmente consagrados na CF.
Então, para saber em que medida o princípio da liberdade de expressão será aplicado,
terá de analisar as possibilidades jurídicas, ou seja, os princípios opostos. Se a matéria
ofendeu a honra de alguém, deverá analisar de um lado a liberdade de expressão e de
outro o direito à privacidade. Para ver qual princípio terá peso maior, terá de analisar as
circunstâncias fáticas e jurídicas. Deve analisar se a pessoa citada é pública ou comum; o
fato é recente ou passado há muitos anos; de interesse público (relevante para a
sociedade ou para a democracia) ou de interesse do público (fofoca ou curiosidade). Se o
fato for sobre pessoa pública, o fato for recente e verdadeiro, além de ser relevante para
a sociedade, provavelmente, prevalecerá a liberdade de expressão. Caso contrário,
deverá prevalecer a vida privada.
Em prova discursiva do MP/MG pediu-se para diferenciar: valor, norma, princípios e regras.
Principio e regra são espécies de norma jurídicas. Sobre os princípios, valem as definições
acima. Sobre as regras, serão vistas as definições mais abaixo.
Considerações:
Acima viu-se regra elaborada pelo legislador. Veja-se regra elaborada pelo juiz: Se o fato
noticiado for sobre pessoa pública, o fato for recente e verdadeiro, além de ser relevante
para a sociedade, provavelmente, prevalecerá a liberdade de expressão. Caso contrário,
deverá prevalecer a vida privada.
Lógica do “mais ou menos”: um princípio não tem uma medida exata para ser cumprido
podendo ser aplicado em maior ou menor intensidade, conforme as circunstâncias
envolvidas.
Exemplo: pessoas querem fazer uma manifestação pública a qual, embora incomode
algumas pessoas que ficam ali ao redor ou moram nas proximidades. A
manifestação não impede a liberdade de locomoção, é pacifica feita em horário
não destinado ao descanso das pessoas. Deve ser assegurada plenamente a
liberdade de manifestação.
Exmplo2: Por outro lado, se um grupo religioso resolve fazer um culto em praça
pública, à meia-noite, utilizando equipamentos de som potentes, atrapalhando o
descanso das pessoas, o princípio da liberdade de expressão não será aplicado na
mesma intensidade, pois a manifestação, neste caso, restringirá em demasia
outros princípios.
Peso relativo: o peso dos princípios não é absoluto, ao menos dentro da teoria de Robert
Alexy. Portanto, não é possível estabelecer uma hierarquia entre os princípios: o peso é
relativo porque ele varia de acordo com as circunstâncias fáticas e jurídicas envolvidas.
Princípio: não fornece uma razão definitiva, mas “prima facie”. Será necessário ponderá-lo
com os princípios que apontam na direção contrária. Desta ponderação, extrai-se uma
regra que será utilizada na solução do caso.
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