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LAUDO DE CONFORMIDADE DE SPDA – NBR 5419/2015

A ABNT NBR 5419/2015, sob o título geral "Proteção Contra Descargas Atmosféricas", tem as
seguintes partes:

Parte 1: Princípios gerais.

Parte 2: Gerenciamento de risco.

Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida.

Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

ART: 14201700000003591943 de 05/02/2018


02 Fev/18 C FNT Atualização do Laudo
01 Fev/17 C FNT Inserção da Verificação de Calibração
00 Jan/17 G FNT Emissão Inicial
REV. DATA TIPO POR DESCRIÇÃO DAS REVISÕES
REVISÕES
(A) PRELIMINAR (D) P/ COTAÇÃO (G) CONF. CONSTR.
(B) P/ APROVAÇÃO (E) P/ CONSTRUÇÃO (H) CANCELADO
(C) P/ CONHECIMENTO (F) CONF. COMPRADO (I)

ATMOSFERA GESTÃO E HIGIEN. TEXTEIS S.A.


www.enerview.com.br
Rua Profª Maria Coutinho, 487,
João Pinheiro, BH LAUDO DE CONFORMIDADE SOBRE O SPDA
(31) 3375-5500 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
engenharia@enerview.com.br
RESPONSÁVEL NBR 5419/2015
R.T. Fábio N. Teixeira 74.163/D

- - - ESCALA Cliente: REV.

- 02
- - -
RT:
- - -

Laudo de Conformidade de SPDA – NBR 5419/2015


RT: Fábio Nicolau Teixeira / Engº Eletricista
LAUDO DE CONFORMIDADE SOBRE AS INSTALAÇÕES DO SPDA

SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Requerente: ATMOSFERA GESTÃO E HIGIEN. TEXTEIS S.A.

Referência: Laudo de Conformidade sobre as Instalações do SPDA.

Referência Normativa: Norma NBR 5419/2005 da ABNT

Engenheiro Eletricista: Fábio Nicolau Teixeira CREA-MG: 74163/D

Local: Rua Guido Rocha, nº 101, Engenho Nogueira, Belo Horizonte, MG.

CNPJ: 00.886.257/0006-05

Data da revalidação: Fevereiro/2018

1. Objetivo:

Este presente Relatório Técnico tem como objetivo apresentar aos órgãos interessados o
SPDA existente em sua conformidade com a Norma Técnica NBR 5419/2015, norma
vigente da ocasião da vistoria técnica, através de uma inspeção visual, com registro
fotográfico e medições da resistência de aterramento. E ainda garantir tecnicamente a sua
revisão anual.

2. ART (Anotação de Responsabilidade Técnica):

Para este trabalho de revalidação foi emitida uma ART que segue em anexo.

Número: 14201700000003591943 de 05/02/2018.

3. Conceitos da Norma referencial NBR 5419/2015 da ABNT:

Não há dispositivos ou métodos capazes de modificar os fenômenos climáticos naturais a


ponto de se prevenir a ocorrência de descargas atmosféricas. As descargas atmosféricas
que atingem estruturas (ou linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram nas
estruturas) ou que atingem a terra em suas proximidades são perigosas às pessoas, às
próprias estruturas, seus conteúdos e instalações. As medidas de proteção contra
descargas atmosféricas devem ser consideradas. A necessidade de proteção, os benefícios
econômicos da instalação de medidas de proteção e a escolha das medidas adequadas de
proteção devem ser determinados em termos do gerenciamento de risco.

As medidas de proteções consideradas na ABNT NBR 5419 são comprovadamente eficazes


na redução dos riscos associados às descargas atmosféricas.

Este trabalho de inspeção do SPDA foi tido como referência a nova Norma NBR 5419/2015
que entrou em vigor em 22/06/2015.

E desde então todas as instalações devem se adequar para atendê-la, pois ela cancela e
substitui a antiga NBR 5419/2015.
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Esta nova NBR 5419/2015 é constituída em quatro partes:

Parte 1 (NBR 5419/1): Princípios gerais.

 Vinculada ao desenvolvimento de conceitos e apresentação da teoria envolvida no


processo, necessária para melhor compreensão e para a confecção de estudos,
projetos, análises, etc.

Parte 2 (NBR 5419/2): Gerenciamento de risco.

 Responsável por direcionar uma análise de risco criteriosa e abrangente que, além
de determinar a necessidade técnica da existência do Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas (SPDA) no local, também fornecerá os parâmetros para a
determinação do nível de proteção adotado.

Parte 3 (NBR 5419/3): Danos físicos a estruturas e perigos à vida.

 Normalizam as dimensões, os tipos de instalação, os tipos de métodos de cálculo e


tudo o que envolve o SPDA externo, bem como parte do SPDA interno.

Parte 4 (NBR 5419/4): Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

 Esta parte define a correta utilização da proteção interna, notadamente o conceito de


Zona de Proteção contra Raios (ZPR), proporcionando o aumento da proteção das
instalações elétricas e, principalmente, dos equipamentos por ela servidos contra os
efeitos indiretos das descargas atmosféricas.

Figura 01 da NBR 5419/2015 – Parte 1

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Dentre as muitas alterações de conteúdo podem-se destacar:

 Os procedimentos para o cálculo da captação pelo método do ângulo de proteção


(Franklin), em que, ao invés dos ângulos serem fixos para cada situação de nível de
proteção, eles passam a ser obtidos através de curvas;
 As dimensões para a disposição dos módulos (quadrículas) no método das malhas
(Faraday);
 O espaçamento das descidas;
 As dimensões de vários materiais utilizados no SPDA, principalmente os condutores
de cobre nu.

Na nova versão da ABNT NBR 5419/2015 nota-se que a maioria das alterações é
consequência de um trabalho constante que busca adotar medidas que aumentem a
segurança no SPDA e resultem em um texto mais apurado e abrangente.

Se preocupando em melhorar o gerenciamento de risco e minimizar danos físicos a


estruturas e perigos à vida e em sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

4. Aplicação das Inspeções:

As inspeções visam assegurar que:

a) O SPDA esteja de acordo com o projeto baseado nesta Norma;


b) Todos os componentes do SPDA estão em boas condições e são capazes de
cumprir suas funções, que não apresentem corrosão, e atendam às suas
respectivas normas;
c) Qualquer nova construção ou reforma que altere as condições iniciais previstas
em projeto além de novas tubulações metálicas, linhas de energia e sinal que
adentrem a estrutura e que estejam incorporados ao SPDA externo e interno se
enquadrem nesta Norma.

As inspeções prescritas anteriormente devem seguir uma ordem cronológica:

a) Durante a construção da estrutura;


b) Após o término da instalação do SPDA;
c) Após alterações ou reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi
atingida por uma descarga atmosférica;
d) Inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;
e) Periodicamente, para todas as inspeções, e respectiva manutenção, em
intervalos a serem determinados a seguir;

Uma inspeção visual deve ser efetuada anualmente!!!

Inspeções completas, conforme prescrito acima, devem ser efetuadas periodicamente, em


intervalos de:

a) Um ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos


à corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com
atmosfera agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de
serviços considerados essenciais (energia, água, sinais etc.);
b) Três anos, para as demais estruturas.

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Durante as inspeções periódicas é particularmente importante checar os seguintes itens:

a) Deterioração e corrosão dos captores, condutores de descida e conexões;


b) Condição das equipotencializações;
c) Corrosão dos eletrodos de aterramento;
d) Verificação da integridade física dos condutores do eletrodo de aterramento para
os subsistemas de aterramento não naturais.

5. Manutenção:

A regularidade das inspeções é condição fundamental para a confiabilidade de um SPDA.

O responsável pela estrutura deve ser informado de todas as irregularidades observadas por
meio de relatório técnico emitido após cada inspeção periódica.

Cabe ao profissional emitente da documentação recomendar, baseado nos danos


encontrados, o prazo de manutenção no sistema, que pode variar desde “imediato” a “item
de manutenção preventiva”.

6. Documentação:

A seguinte documentação técnica deve ser mantida no local, ou em poder dos responsáveis
pela manutenção do SPDA:

a) Verificação da necessidade do SPDA (externo e interno), além da seleção do


respectivo nível de proteção para a estrutura, por meio de um relatório de uma
análise de risco;
b) Desenhos em escala mostrando as dimensões, os materiais e as posições de
todos os componentes do SPDA externo e interno;
c) Quando aplicável, os dados sobre a natureza e a resistividade do solo;
constando detalhes relativos à estratificação do solo, ou seja, o número de
camadas, a espessura e o valor da resistividade de cada uma;
d) Registro de ensaios realizados no eletrodo de aterramento e outras medidas
tomadas em relação à prevenção contra as tensões de toque e passo.
e) Verificação da integridade física do eletrodo (continuidade elétrica dos
condutores) e se o emprego de medidas adicionais no local foi necessário para
mitigar tais fenômenos (acréscimo de materiais isolantes, afastamento do local
etc.), descrevendo-o.

A descarga atmosférica que atinge uma estrutura pode causar danos à própria estrutura e a
seus ocupantes e conteúdos, incluindo falhas dos sistemas internos. Os danos e falhas
podem se estender também às estruturas vizinhas e podem ainda envolver o ambiente local.

A extensão dos danos e falhas na vizinhança depende das características das estruturas e
das características da descarga atmosférica.

7. Fontes e tipos de danos a uma estrutura:

A corrente da descarga atmosférica é a fonte de danos. As seguintes situações devem ser


levadas em consideração em função da posição do ponto de impacto relativo à estrutura
considerada:

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 Descargas atmosféricas na estrutura:

a) Danos mecânicos imediatos, fogo e/ou explosão devido ao próprio plasma quente do
canal da descarga atmosférica, ou devido à corrente resultando em aquecimento
resistivo de condutores (condutores sobreaquecidos), ou devido à carga elétrica
resultando em erosão pelo arco (metal fundido);
b) Fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido à sobretensões resultantes de
acoplamentos resistivos e indutivos e à passagem de parte da corrente da descarga
atmosférica;
c) Danos às pessoas por choque elétrico devido a tensões de passo e de toque resultantes
de acoplamentos resistivos e indutivos;
d) Falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP (LEMP – Lightning
Electromagnetic Pulse – Pulso Eletromagnético).

 Descargas atmosféricas próximas à estrutura:

a) Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.

 Descargas atmosféricas sobre linhas elétricas e tubulações metálicas que


adentram a estrutura:

a) Fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões e correntes das
descargas atmosféricas transmitidas por meio das linhas elétricas e tubulações
metálicas;
b) Danos a pessoas por choque elétrico devido a tensões de toque dentro da estrutura
causadas por correntes das descargas atmosféricas transmitidas pelas linhas elétricas e
tubulações metálicas;
c) Falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões que aparecem
nas linhas que entram na estrutura.

 Descargas atmosféricas próximas a linhas elétricas e tubulações metálicas


que entram na estrutura:

Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões


induzidas nas linhas que entram na estrutura. Em consequência, as descargas atmosféricas
podem causar três tipos básicos de danos:

a) Danos às pessoas devido a choque elétrico;


b) Danos físicos (fogo, explosão, destruição mecânica, liberação de produtos químicos)
devido aos efeitos das correntes das descargas atmosféricas, inclusive centelhamento;
c) Falhas de sistemas internos devido a LEMP*.

*LEMP: pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas (lightning


electromagnectic impulse)

=> todos os efeitos eletromagnéticos causados pela corrente das descargas


atmosféricas por meio de acoplamento resistivo, indutivo e capacitivo, que
criam surtos e campos eletromagnéticos radiados

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8. Medidas de Proteção contra acidentes com seres vivos devido às Tensões de
Passo e Toque:

 Medidas de Proteção contra Tensão de Toque:

Em certas condições, a proximidade dos condutores de descida de um SPDA, externo à


estrutura, pode trazer risco de vida mesmo que o SPDA tenha sido projetado e construído
de acordo com as recomendações apresentadas pela Norma NBR 5419/2015. Os riscos são
reduzidos a níveis toleráveis se uma das seguintes condições for preenchida:

a) A probabilidade da aproximação de pessoas, ou a duração da presença delas


fora da estrutura e próximas aos condutores de descida, for muito baixa;
b) O subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos naturais de
descida (elementos de aço das armaduras, pilares de aço etc.) interconectados;
c) A resistividade da camada superficial do solo, até 3 m de distância dos
condutores de descida, for maior ou igual a 100 kΩ.m

Se nenhuma destas condições for preenchida, medidas de proteção devem ser adotadas
contra danos a seres vivos devido às tensões de toque como a seguir:

a) A isolação dos condutores de descida expostos deve ser provida utilizando-se


materiais que suportem uma tensão de ensaio de 100 kV, 1,2/50 μs, por
exemplo, no mínimo uma camada de 3 mm de polietileno reticulado; ou
b) Restrições físicas (barreiras) ou sinalização de alerta para minimizar a
probabilidade dos condutores de descida a serem tocados.

 Medidas de Proteção contra Tensão de Passo:

Os riscos são reduzidos a um nível tolerável se uma das condições “a” ou “b” apresentadas
acima for preenchida.

Se nenhuma dessas condições for preenchida, medidas de proteção devem ser adotadas
contra danos a seres vivos devido às tensões de passo como a seguir:

a) Impor restrições físicas (barreiras) ou sinalização de alerta para minimizar a


probabilidade de acesso à área perigosa, até 3 m dos condutores de descida;
b) Construção de eletrodo de aterramento reticulado complementar no entorno do
condutor de descida.

9. Medidas de proteção para reduzir danos a pessoas devido a choque elétrico:

São possíveis as seguintes medidas de proteção:

a) Isolação adequada das partes condutoras expostas;


b) Equipotencialização por meio de um sistema de aterramento em malha;
c) Restrições físicas e avisos;
d) Ligação equipotencial para descargas atmosféricas (LE).

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10. Medidas de proteção para redução de danos físicos:

A proteção é alcançada por meio de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas


(SPDA) o qual inclui as seguintes características:

a) Subsistema de captação;
b) Subsistema de descida;
c) Subsistema de aterramento;
d) Equipotencialização para descargas atmosféricas (EB);
e) Isolação elétrica (e daí a distância de segurança).

11. Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos e


eletrônicos:

Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) possíveis:

a) Medidas de aterramento e equipotencialização;


b) Blindagem magnética;
c) Roteamento da fiação;
d) Interfaces isolantes;
e) Sistema de DPS coordenado.

Estas medidas podem ser usadas sozinhas ou combinadas.

12. Esclarecimentos adicionais:

A fim de esclarecer dúvidas e eliminar falsas expectativas, far-se-ão necessários os


seguintes comentários:

a) Não há dispositivos ou métodos capazes de modificar os fenômenos climáticos


naturais a ponto de se prevenir a ocorrência de descargas atmosféricas. As
descargas atmosféricas que atingem estruturas (ou linhas elétricas e tubulações
metálicas que adentram nas estruturas) ou que atingem a terra em suas
proximidades são perigosas às pessoas, às próprias estruturas, seus conteúdos e
instalações. Portanto, medidas de proteção contra descargas atmosféricas devem
ser consideradas.

b) A necessidade de proteção, os benefícios econômicos da instalação de medidas de


proteção e a escolha das medidas adequadas de proteção devem ser determinados
em termos do gerenciamento de risco.

c) As medidas de proteções consideradas na ABNT NBR 5419 são comprovadamente


eficazes na redução dos riscos associados às descargas atmosféricas.

d) O risco, definido por esta Norma como a provável perda média anual em uma
estrutura devido às descargas atmosféricas, depende de:

 O número anual de descargas atmosféricas que influenciam a estrutura;


 A probabilidade de dano por uma das descargas atmosféricas que
influenciam;
 A quantidade média das perdas causadas.

e) As descargas atmosféricas que influenciam a estrutura podem ser divididas em:


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 Descargas diretas à estrutura,
 Descargas próximas à estrutura, diretas às linhas conectadas (linhas de
energia, linhas de telecomunicações) ou perto das linhas.

f) Descargas atmosféricas diretas à estrutura ou a uma linha conectada podem causar


danos físicos e perigo à vida.

g) Descargas atmosféricas próximas à estrutura ou à linha, assim como as descargas


atmosféricas diretas à estrutura ou à linha, podem causar falhas dos sistemas
eletroeletrônicos devido às sobre- tensões resultantes do acoplamento resistivo e
indutivo destes sistemas com a corrente da descarga atmosférica.

h) Entretanto, as falhas causadas pelas sobretensões atmosféricas nas instalações do


usuário e nas linhas de suprimento de energia podem também gerar sobretensões
do tipo chaveamento nas instalações.

i) A descarga elétrica atmosférica (raio) é um fenômeno da natureza absolutamente


imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas características elétricas
(intensidade de corrente, tempo de duração, etc.), como em relação aos efeitos
destruidores decorrentes de sua incidência sobre as edificações.

j) Nada em termos práticos pode ser feito para se impedir a "queda" de uma descarga
em determinada região. Não existe "atração" a longas distâncias, sendo os sistemas
prioritariamente receptores. Assim sendo, as soluções internacionalmente aplicadas
buscam tão somente minimizar os efeitos destruidores a partir da colocação de
pontos de captação e condução para a terra.

k) As descargas atmosféricas como fontes de danos são fenômenos de altíssima


energia. Descargas atmosféricas liberam centenas de megajoules de energia.
Quando comparadas com os milijoules que podem ser suficientes para causar danos
aos equipamentos eletrônicos sensíveis em sistemas eletroeletrônicos existentes nas
estruturas, ficam claro que medidas adicionais de proteção são necessárias para
proteger alguns destes equipamentos.

13. Sobre o equipamento de Medição do Aterramento:

O equipamento utilizado para medição da resistência de aterramento foi um Terrômetro


Digital MEGRABRÁS modelo MTD-20KWe que permite medir a resistência de aterramento e
a resistividade do terreno, além das tensões espúrias provocadas pelas correntes parasitas
no solo.

As principais aplicações deste equipamento são a verificação da resistência de aterramento


de prédios, instalações industriais, hospitalares e domiciliares, pára-raios, antenas,
subestações, etc.

Por seu amplo intervalo de medição (desde 0,01 Ω até 20 kΩ), este equipamento permite
ensaios confiáveis em todo tipo de terreno, inclusive naqueles de resistividade muito alta.

A utilização do instrumento é muito simples, com leitura direta em um visor de 3½ dígitos de


alta visibilidade, até mesmo com pleno sol.

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O gabinete é robusto, de fácil e seguro transporte, com nível de proteção IP54. É adequado
para operar em condições geográficas e ambientais adversas, com temperaturas extremas
em regiões frias ou tropicais, e nas elevadas alturas das áreas de montanha, apresentando
um ótimo desempenho nos trabalhos de campo.

Terrômetro digital MTD-20KWe - MEGRABRAS

Sistema de medição de aterramento


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Para obter uma comprovação da calibração do equipamento utilizamos um resistor padrão
com uma resistência de 10,0 Ω.

A comprovação rápida da calibração do equipamento em seu ponto de maior interesse se


dá com a conexão dos quatro bornes do Terrômetro à resistência padrão de 10,0 Ω.

Seguindo o procedimento:

- A chave seletora de Função deve estar na posição ρ (4 pole);

- A chave de Escala deve estar na posição de 20,0 Ω;

- Pressione a tecla pulsadora de Battery para verificar o estado de carga da bateria. Se o


display indicar um valor inferior a 1000 a bateria deve ser recarregada ou deve-se utilizar
uma alimentação externa;

- Pressione a tecla pulsadora Start . Ao término de 05 segundos, o display deve indicar um


valor compreendido entre 9,60 e 10,40 Ω;

- Se isto não ocorrer, a exatidão do equipamento está fora de sua especificação e deve ser
ajustado por um laboratório capacitado;

- Para evitar erros provocados pelas resistências próprias dos cabos e suas conexões, deve
ser utilizado uma conexão de 4 fios (conforme demonstrativo abaixo), com o Terrômetro em
sua função de medição de ρ (4 pole).

O erro máximo admissível segundo a escala é:

Escala Erro máximo permitido


0 - 20,00 kΩ ± (2% do valor medido + 0,2 kΩ)
0 - 2000 Ω ± (2% do valor medido + 20 Ω)
0 - 200 Ω ± (2% do valor medido + 2 Ω)
0 - 20 Ω ± (2% do valor medido + 0,2 Ω)

R=10 Ω

Teste para verificação da Calibração com Resistor de 10 Ω

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Resultado do teste de calibração

Conforme o teste de conferência da calibração realizado, onde o valor medido com um


Resistor padronizado de 10 Ω, registrou um valor de 9,87 Ω, ficando entre 9,60 e 10,40 Ω,
saliento que o Terrômetro utilizado atende os requisitos mínimos normatizados e os valores
medidos in loco são reais.

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14. Informações Pertinentes à Instalação:

A instalação é industrial e composta por edificações internas. O empreendimento é atendido


por uma Subestação em média tensão:

01
03

05
02
04

GOOGLE EARTH (Jul/2016)

Quadro de Localidades - ATMOSFERA


Setor Descrição
01 Galpão Industrial
02 Caldeiras
03 Entrada de Energia - 13,8kV
04 Portaria
05 Gás

A unidade ATMOSFERA GESTÃO E HIGIEN. TEXTEIS S.A. é constituída de várias


edificações. Dentre elas a de maior destaque no tocante à proteção é o Galpão Industrial e o
Galpão das Caldeiras, construído recentemente, pois nestas áreas estão concentrados os
equipamentos e o maior fluxo de pessoas trabalhando.

As demais áreas, evidentemente que têm as suas peculiaridades e eventuais riscos que
devem ser gerenciados. Porém, podem ser classificadas como Área de Risco I (Grau de
Proteção I). As demais foram classificadas com Grau de Proteção III.

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15. Metodologia:

Seguindo o recomendado por norma foi realizada primeiramente uma análise na


documentação sobre o SPDA existente.

Logo após, foi realizada uma inspeção visual em todas as instalações e conexões visíveis
do SPDA com o intuito de verificar se a montagem atende os requisitos mínimos de projeto.

Após esta inspeção visual foi realizada uma medição na resistência de aterramento em
alguns pontos acessíveis.

Os comentários seguirão logo abaixo de cada registro fotográfico. E no final, os comentários


conclusivos com as devidas recomendações.

16. Do Projeto de SPDA existente:

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas diretas (SPDA) ora projetado foi
elaborado em 2014 tomando com referência a NBR 5419/2005. Este projeto está anexado a
este Laudo e tem como premissa a utilização das estruturas metálicas, pilares, como sendo
as descidas naturais e o sistema de captação como sendo o telhado, visto que as telhas
utilizadas apresentam espessura mínima recomendada para tal utilização.

Porém, in loco, foi verificado que houve algumas modificações estruturais e acréscimo na
edificação. Como a eliminação de uma cobertura ao lado da portaria e a unidade de
caldeiras que fora construída no estacionamento. Esta área foi projetada e executada com
SPDA conforme a NBR 5419/2015. Mas é necessária uma equalização ente as malhas,
visto que as duas áreas se interligam por estruturas e tubulações metálicas.

Na inspeção de campo, foi constatado também que o SPDA não foi instalado conforme o
projeto. Encontramos uma descontinuidade do anel da malha de aterramento entre o ponto
HF20 até o HF19 (coordenadas do projeto em anexo). Este seguimento precisa ser
instalado a fim de que a malha de aterramento apresente uma equalização e que seja
contínua a fim de proporcionar um escoamento mais eficaz de uma eventual corrente
proveniente de uma descarga atmosférica direta.

A medição do valor da malha de aterramento na central de gás também apresentou um


valor discrepante em relação a uma medição realizada no ponto HF28 (coordenada do
projeto em anexo). O que nos faz crer também de uma descontinuidade do anel da malha
de aterramento. Ou seja, há necessidade de melhorar a equalização da malha de
aterramento.

A concepção do SPDA implantado é do tipo Gaiola de Faraday que foi constituída de uma
malha de aterramento em anel com subsistema de descida através dos pilares metálicos
distanciados entre si em menos de 15 metros. A cobertura metálica constituída de treliças e
telha de aço galvanizada foi utilizada como captor natural.

A nova Norma 5419/2015, como comentado no início deste Laudo, determina novas
distâncias entre as descidas para um mesmo nível de proteção. Que para o caso da
ATMOSFERA, onde o nível de proteção considerado é o nível III, as distâncias entre as
descidas passou para 15 metros:

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 Recomendo que seja atualizado o Projeto de SPDA considerando as novas áreas
existentes, principalmente o galpão das caldeiras com sua interligação e equalização
das malhas de aterramento.
 Recomendo ainda um projeto específico com o aterramento das máquinas e
equipamentos considerando o novo layout da fábrica. Onde este aterramento deve
ser o mesmo do SPDA.
 Recomendo que seja elaborado um Projeto atualizado do Diagrama Unifilar com
estudo da corrente de curto circuito para a coordenação de DPS (Dispositivos de
Proteção de Surto) para o atendimento à NBR 5419/2015.

17. Das instalações existentes via registro Fotográfico:

Após análise da documentação acerca do SPDA e da distribuição dos Quadros através do


Diagrama Unifilar, foi realizada uma inspeção em campo sobre as instalações referentes ao
subsistema de captação, descida e aterramento e também sobre a coordenação de DPS
(Dispositivos de Proteção de Surto).

O registro fotográfico a seguir servirá para mostrar as condições físicas da instalação, bem
como mostrar a medição, onde foi possível.

As proposições serão apresentadas na medida em que forem constatadas irregularidades


ou divergências em relação à NBR 5419/2015. E no final do Laudo serão apresentadas as
recomendações gerais.

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11,39Ω

M3

0,42Ω M4
1,23Ω
M1

9,72Ω
1,21Ω

M2

M6

M5
0,95Ω

Foto 01: Pontos que foram realizadas as medições da Resistência de Aterramento.

Foto 02: Medição 01 (M1). Realizada na Coordenada HF01 do Projeto de SPDA em anexo.

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Foto 03: Medição 02 (M2). Realizada na Central de Gás.

Proposição 01: Providenciar a equalização da Tubulação através de condutor apropriado


interligando diretamente na malha de aterramento, pois esta adentra na edificação e podem
tornar caminho para uma descarga atmosférica.

As linhas de tubulações metálicas externas aos processos industriais devem estar


conectadas ao eletrodo de aterramento a cada 30 m, ou serem interligadas ao nível do solo
a elementos já aterrados, ou serem aterradas com eletrodo vertical.

a) Em estações de bombeamento, partes de escoamento e instalações similares, todos


os tubos principais incluindo as blindagens metálicas devem ser interligados por
condutores de seção transversal de pelo menos 50 mm²;
b) As conexões de interligação de partes metálicas separadas por elemento isolante
devem ser executadas de forma a não se soltarem (com solda, ou com parafusos e
porcas auto-atarrachantes). Peças isoladas devem ser interligadas a fim de evitar
centelhamentos perigosos.

Foto 04: Medição 02 (M2). Realizada na Central de Gás.

Proposição 02: Verificar a interligação da Malha de Aterramento da Central de Gás com a


Malha de Aterramento do SPDA, conforme Projeto.
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Foto 05: Medição 03 (M3). Realizada na Coordenada HF19 do Projeto de SPDA em anexo

Proposição 03: Providenciar a interligação da Malha de Aterramento entre as Coordenadas


HF19 e HF20 conforme o Projeto em anexo.

Foto 06: Medição 04 (M4). Realizada na Coordenada HF20 do Projeto de SPDA em anexo.

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Foto 07: Medição 05 (M5). Realizada na área das Caldeiras (construção nova).

Foto 08: Medição 06 (M6). Sala Técnica da área das Caldeiras (construção nova).

Foto 09: Subsistema de descida através de Pilar Metálico e subsistema de captação


através de telhas galvanizadas e estrutura metálica.

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Proposição 04: Quando da elaboração de um novo Projeto de SPDA, inserir as novas
áreas construídas, como por exemplo, a cobertura apresentada acima.

Foto 10: Medida da espessura da telha utilizada como subsistema de captação do SPDA.

As telhas instaladas possuem espessura de 0,45 mm. Porém, o sistema de captação é


constituído não somente pelas telhas, mas também pelas estruturas metálicas que as
sustentam. Ressalvo para o risco de perfuração numa eventual descarga direta.

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Foto 11: Construção nova, devendo ser equalizada ao SPDA do Galpão Industrial.

Proposição 05: Quando da elaboração de um novo Projeto de SPDA, inserir as novas


áreas construídas e a sua equalização física co o SPDA.

Foto 12: Extensão da cobertura metálica.

Proposição 06: Quando da elaboração de um novo Projeto de SPDA, inserir as novas


áreas construídas e a sua equalização física com o SPDA.

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Foto 13: Equalização da Malha de Aterramento.

Proposição 07: Providenciar o fechamento do Anel da Malha de Aterramento.

Foto 14: Subsistema de descida através de cabo de cobre.

Proposição 08: Providenciar o fechamento do Anel da Malha de Aterramento.

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Foto 15: Caixa de inspeção.

Proposição 09: Providenciar a limpeza das caixas de inspeção da Malha de Aterramento.

Foto 16: Caixa de inspeção.

Proposição 10: Providenciar a limpeza das caixas de inspeção da Malha de Aterramento.

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Foto 17: Máquinas e Equipamentos.

Proposição 11: Providenciar o Aterramento das partes metálicas de todas as máquinas e


equipamentos. Para isto, recomendo a atualização do layout das máquinas e a elaboração
de um projeto específico apresentando os condutores Terra para conexão de todas as
partes metálicas no interior da unidade.

Foto 18: Máquinas e equipamentos sem aterramento.

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Foto 19: Máquinas e equipamentos sem aterramento.

Foto 20: Estrutura metálica integrante à edificação sem aterramento.

Proposição 12: Providenciar a equalização da malha de aterramento do Galpão Industrial


com o Galpão das Caldeiras (construção nova) e aterrar o PIPE-RACK que faz a
interligação. Mencionar isto no novo Projeto de SPDA a ser elaborado.

“Pois elementos metálicos ao longo da estrutura a ser protegida que podem se tornar
caminho para a corrente da descarga atmosférica, como tubulações, escadas, trilhos dos
elevadores, coifas, dutos de ar condicionado, armadura de aço da estrutura e peças
metálicas estruturais devem ser aterradas.”

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Foto 21: Tubulação adentrando na edificação.

Proposição 13: Providenciar a equalização da Tubulação de Incêndio através de condutor


de apropriado interligando diretamente na malha de aterramento, pois esta adentra na
edificação e podem tornar caminho para uma descarga atmosférica.

As linhas de tubulações metálicas externas aos processos industriais devem estar


conectadas ao eletrodo de aterramento a cada 30 m, ou serem interligadas ao nível do solo
a elementos já aterrados, ou serem aterradas com eletrodo vertical.

Os itens a seguir são aplicáveis para linhas longas que transportam líquidos inflamáveis
(verificar in loco a existente):

c) Em estações de bombeamento, partes de escoamento e instalações similares, todos


os tubos principais incluindo as blindagens metálicas devem ser interligados por
condutores de seção transversal de pelo menos 50 mm²;
d) As conexões de interligação de partes metálicas separadas por elemento isolante
devem ser executadas de forma a não se soltarem (com solda, ou com parafusos e
porcas auto-atarrachantes). Peças isoladas devem ser interligadas a fim de evitar
centelhamentos perigosos.

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As fotografias a seguir referem-se à construção nova: Área das Caldeiras

Foto 22: Área nova das Caldeiras.

Foto 23: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

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Foto 24: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

Foto 25: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

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Foto 26: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

Foto 27: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

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Foto 28: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

Foto 29: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

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Foto 30: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

Foto 31: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

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Foto 32: Aterramento da estrutura metálica com a malha de aterramento.

Foto 33: Galpão área das Caldeiras.

Proposição 14: Promover a equalização dos pilares da cobertura com o aterramento


existente e inserir na atualização do projeto de SPDA.

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Foto 34: PIPE-RACK que interliga o Galpão das Caldeiras com o Galpão Industrial.

Proposição 14: Aterrar a tubulação elétrica e de dados que adentra o volume a ser
protegido a fim de evitar LEMP (Pulso Eletromagnético causado por Descargas
Atmosféricas) e verificar a instalação de DPS (Dispositivo de Proteção de Surto) tanto na
rede elétrica quanto na rede de dados.

NBR 5419-4/2015: Exemplo de instalação de DPS em virtude da entrada de linha de rede e de tubulação de dados

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Sobre a instalação de DPS Coordenado, não foi possível o levantamento, pois devido a uma
grande atualização das instalações elétricas, com a mudança de vários Quadros,
recomendo a elaboração de um novo Diagrama Unifilar, conforme mencionado no início
deste Laudo, com um estudo de curto circuito para o dimensionamento e especificação de
todos os DPS.

Proposição 15: Conforme nova NBR 5419-4/2015 é necessário que seja instalado DPS
coordenado. Para isto recomendo a elaboração de um Projeto específico de Coordenação
de DPS com estudo da corrente de curto circuito para a sua especificação. Prever neste
novo Projeto de Coordenação de DPS a utilização correta dos mesmos principalmente no
DPS N-PE.

Foto 35: DPS N-PE para uso entre Neutro e Proteção (Terra).

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Foto 36: Exemplo de ligação de DPS para um sistema TN-S.

18. Resultados e Conclusão:

Primeiramente gostaria de enfatizar sobre a entrada em vigor da nova Norma NBR


5419/2015 que substitui a NBR 5419/2005 nos quais vários aspectos técnicos sofreram
mudanças significativas, como por exemplo, a redução dos meches na malha de captação e
a redução das distâncias entre as descidas. Impactando diretamente nas instalações
existentes e no Projeto de SPDA que fora elaborado anteriormente.

Outro aspecto interessante e muito importante diz respeito à proteção dos equipamentos
eletrônicos: ABNT NBR 5413-4/2015 “Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos”.

“As descargas atmosféricas como fontes de danos são fenômenos de altíssima energia.
Descargas atmosféricas liberam centenas de megajoules de energia. Quando
comparadas com os milijoules que podem ser suficientes para causar danos aos
equipamentos eletrônicos sensíveis em sistemas eletroeletrônicos existentes nas
estruturas, fica claro que medidas adicionais de proteção são necessárias para proteger
alguns destes equipamentos.

A necessidade desta Norma justifica-se pelo crescente custo associado às falhas de


sistemas eletroeletrônicos causadas pelos efeitos eletromagnéticos das descargas
atmosféricas. Particularmente importantes são os sistemas eletrônicos usados no
armazenamento e processamento de dados, assim como no controle e segurança de
processos para plantas de considerável investimento, tamanho e complexidade (para as
quais as conseqüências são muito indesejáveis por razões de custo e segurança).”

A inspeção do SPDA e do sistema de Aterramento foi realizada de forma que se


enquadrassem as instalações na nova NBR 5419/2015.
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A redução dos meches e das descidas pouco impactou no sistema instalado na
ATMOSFERA, pois as descidas se dão pelos pilares metálicos que estão distanciados entre
si a menos de 15 metros. A malha de captação é realizada por meio das telhas galvanizadas
com espessura de 0,45mm. É fato que existe o risco de perfuração numa eventual descarga
direta, mas está sendo levando em consideração as treliças metálicas que sustentam o
telhado para uma boa dissipação da corrente pelos pilares.

Não temos muita informação sobre a malha de aterramento, mas encontramos uma
descontinuidade entre dois pontos e outros que precisam passar por uma manutenção,
como re-aperto das conexões, limpeza das caixas de inspeção, etc.
Porém, o que mais impacta numa proteção é a falta de aterramento das partes metálicas
que fazem parte da edificação e dos motores, máquinas e equipamentos. Para isto,
sugerimos a elaboração de um projeto específico considerando um layout atualizado das
máquinas com a distribuição de condutores de aterramento conectados à malha de
aterramento do SPDA. Sendo única e ao nível do solo.

O nível de Proteção continua sendo nível III conforme adotado na ocasião do Projeto
referenciado à NBR 5419/2005.

Em levantamento e análise dos projetos e instalação, saliento que não foi realizado nenhum
estudo aprofundado sobre a proteção dos circuitos eletrônicos com a utilização de DPS
(Dispositivo de Proteção de Surto). Mas em proposição anterior recomenda-se que seja
elaborado um Projeto específico contemplando apenas a Coordenação dos DPS’s e que os
mesmos sejam adequados in loco, principalmente DPS N-PE utilizado para proteção entre
Neutro e Terra com a separação física dos condutores Neutro dos condutores Terra.

Na elaboração do novo Projeto de SPDA deve-se considerar a nova área das Caldeiras e
sua interligação com a equalização do aterramento ao nível do solo. Ou seja, através de um
condutor com hastes cravadas em seu percurso.

Em síntese, então, quanto ao SPDA segue algumas recomendações, como equalização de


algumas estruturas metálicas e principalmente a elaboração de um novo Projeto
contemplando todos os pontos de descida, conexões com a malha de aterramento e o
subsistema de captação:

Recomendações sintetizadas:

- Elaboração / atualização do Projeto de SPDA contemplando os acréscimos na edificação e


a nova área das Caldeiras com a equalização e interligação das malhas de aterramento ao
nível do solo;

- Elaboração de um novo Projeto de aterramento das estruturas metálicas internas, motores


máquinas e equipamentos;

- Elaboração de um Projeto de Diagrama Unifilar atualizado com estudo de Curto Circuito


para dimensionamento dos DPS (Dispositivos de Proteção de Surto);

- Limpeza das Caixas de Inspeção;

- Re-aperto das conexões entre malha e pilar metálico;

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- Complemento da Malha de Aterramento entre os pontos HF19 e HF20 com cabo de cobre
nu # 50 mm²;

- Equalização da malha de aterramento da Central de Gás com a malha do SPDA com cabo
de cobre nu # 50 mm²

- Interligação, ao nível do solo, do galpão das Caldeiras com o galpão industrial no sentido
do Pipe-Rack instalado com equalização da estrutura metálica;

- Aterramento dos Motores, Máquinas e Equipamentos do Galpão Industrial com cabo de


cobre nu # 35 mm²;

- Extensão da malha de aterramento do galpão das Caldeiras com os pilares metálicos da


área coberta;

- Instalação de DPS nos Quadros conforme estudo de curto circuito a ser desenvolvido
juntamente com o novo diagrama unifilar;

- Demais itens conforme projetos a serem elaborados;

__________________________________________________________________________

Em anexo, segue:

 ART;

 Projeto de SPDA elaborado em 2014;

 Projeto do SPDA exclusivo da área das Caldeiras;

__________________________________________________________________________

Sem mais, atenciosamente,

Fábio Nicolau Teixeira


Engenheiro Eletricista
CREA-MG 74163/D

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ANEXO: ART

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ANEXO: Projeto de SPDA elaborado em 2014

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ANEXO: Projeto do SPDA exclusivo da área das Caldeiras

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