• Conteúdo Programático 13
• Conceitos em Parasitologia 17
• Tipos de Parasitos 17
• Tipos de Hospedeiros 18
• Períodos de Parasitismo 19
• Filo Arthropoda 22
• Classe Arachnida 23
• Subordem Mesostigmata 24
• Família Dermanyssidae 24
o Gênero Dermanyssus 24
• Família Macronyssidae
25
o Gênero Ornithonyssus
26
• Família Laelapidae
26
o Gênero Laelaps
26
• Família Macrochelidae 27
o Gênero Macrocheles 27
• Família Varroidae 28
o Gênero Varroa 28
• Família Raillietidae 29
o Gênero Raillietia 29
o Gênero Rhipicephalus 33
o Gênero Boophilus 35
o Gênero Amblyomma 37
o Gênero Anocentor 38
o Gênero Argas 39
o Gênero Ornithodorus 40
o Gênero Otobius 41
• Pôster Carrapatos 42
• Família Sarcoptidae 45
o Gênero Sarcoptes 45
o Gênero Notoedres 45
• Família Cnemidocoptidae 46
o Gênero Cnemidocoptes 46
• Família Psoroptidae 47
o Gênero Psoroptes 47
o Gênero Otodectes 48
o Gênero Chorioptes 48
• Família Cheyletidae 54
o Gênero Cheyletiella 54
• Família Myobiidae 54
o Gênero Myobia 54
• Família Demodecidae 55
o Gênero Demodex 55
• Família Trombiculidae 57
o Gênero Trombicula, Eutrombicula 57
• Subordem Cryptostigmata 58
• Família Oribatidae 58
• Classe Insecta 59
o Gênero Menopon 67
o Gênero Menacanthus 67
o Gênero Heterodoxus 68
o Gênero Trichodectes 68
o Gênero Bovicola 69
o Gênero Felicola 69
o Gênero Goniodes 69
o Gênero Lipeurus 70
o Gênero Pediculus 70
o Gênero Pthirus 72
o Gênero Haematopinus 73
o Gênero Linognathus 74
• Pôster Piolhos 76
• Ordem Hemiptera 77
• Gênero Panstrongylus 78
• Gênero Triatoma 78
• Gênero Rhodnius 79
• Gênero Cimex 79
o Gênero Ornithocoris 80
o Gênero Tunga 83
o Gênero Ctenocephalides 84
o Gênero Pulex 85
o Gênero Xenopsylla 85
• Pôster Pulgas 87
• Ordem Diptera 88
o Gênero Anopheles 92
o Gênero Aedes 93
o Gênero Culex 94
o Gênero Culicoides 96
o Gênero Lutzomyia 98
• TÉCNICAS 215
• Coprocultura 227
• Fórmulas 230
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UNIDADE VI BIBLIOGRAFIA
Nematoda BARRIGA, O. O. 2002. Las Enfermedades
- Conceito. Morfologia Geral Parasitarias de los animales domésticos em la
- Rhabditidae, Strongyloididae américa latina. Editorial Germinal, Santiago do
- Oxyuridae Chile. 1a edição. 247 p.
- Ascaridae, Subuluridae, Heterakidae
- Ancylostomatidae, Syngamidae, CARRERA, M. 1991. Insetos de Interesse
- Stephanuridae. Médico-Veterinário. Editora UFPR. 1a edição
- Trichostrongylidae. 228 p.
- Protostrongylidae, Dioctophymatidae.
- Spiruridae, Ascaropidae. COSTA LIMA, A 1960. Insetos do Brasil – vols.
- Physalopteridae. 1, 2 e 4. Ed. ENA/UFRRJ.
- Acuriidae, Tetrameridae, Thelazidae.
- Dipetalonematidae, Filariidae,
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E-mail: sgmonteiro@uol.com.br
HARDWOOD, R. F. & JAMES, M. T. 1979.
Homepage: http://w3.ufsm.br/parasitologia
Entomology in Human and Animal Health, 548 p
E-mail laboratório:parasito@w3.ufsm.br
HOFFMANN, R. P. 1987. Diagnóstico de
Parasitismo Veterinário. Editora Sulina. 156 p.
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CAPÍTULO I
Conceitos e Classificação
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Parênteses:
O nome de um subgênero é escrito dentro de
parênteses, entre o nome genérico e o nome
específico. Ex: Heterakis (Heterakis) gallinarum,
Oesophagostomum (Bovicola) radiatum.
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CAPÍTULO II
Artrópodes
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CLASSE ARACHNIDA
Ordem Acarina (Acari)
Analgidae- Megninia
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Ácaros - Mesostigmata
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PARTE I
Mesostigmata
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CARACTERÍSTICAS: HOSPEDEIROS:
- Um par de estigmas respiratórios ao nível da Parasita de galinhas e outras aves
coxa II e III abrindo-se em peritremas (principalmente canários).
alongados.
- Presença de escudo dorsal. CICLO:
- Hipostômio desprovido de dentes recurrentes.
- Podem ser de vida livre ou parasitas internos
(vias respiratórias) ou externos de répteis,
aves e mamíferos.
- Podem ser vetores de agentes patogênicos,
provocar reações cutâneas e alguns podem
causar anemia.
- Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa -
adultos
FAMÍLIA DERMANYSSIDAE
Figura 1. Visão dorsal do ácaro das aves,
Dermanyssus sp.
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Ácaros - Mesostigmata
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- CONTROLE:
- Remoção dos ninhos das aves.
- Limpeza dos galinheiros, gaiolas.
- Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos
das instalações.
- Higiene e isolamento das aves parasitadas.
- Aquisição de aves livres de ácaros.
Figura 2. Dermanyssus sp. montado em
lâmina
FAMÍLIA MACRONYSSIDAE
A fêmea desse ácaro inicia a postura 12 a 24
GÊNERO Ornithonyssus
horas após se alimentar de sangue no
ESPÉCIES: Ornithonyssus bursa,
hospedeiro. Ovos são depositados em fendas
Ornithonyssus sylviarum
ou detritos acumulados no galinheiro, ninhos
das galinhas ou de outras aves. As fêmeas
CARACTERÍSTICAS:
fazem várias posturas sucessivas, sendo cada
- Escudo dorsal pontiagudo.
postura precedida de uma alimentação de
- Quelíceras finas e longas.
sangue. 48 a 72 horas após a postura há a
- Especificidade baixa e ciclo rápido.
eclosão das larvas (estas não se alimentam) e
- Geralmente passa todo o ciclo sobre a ave.
em 24 a 48 horas passam a protoninfa. 24 a 48
- Hematófago.
horas passam a deutoninfa (estas se alimentam)
- Fora do hospedeiro pode sobreviver até dois
e em mais 24 a 48 horas passam a adultos.
meses sem alimentação.
O ciclo todo pode ser completado em 7 dias.
- Localização preferida é na cloaca que fica com
Adultos podem sobreviver até 4 a 5 meses no
aparência de suja (escura), mas em grandes
ambiente sem alimentação.
infestações é encontrado em todo o corpo da
O hábito alimentar é noturno. De dia são
ave.
encontrados nos ninhos e frestas dos
galinheiros.
HOSPEDEIROS:
Galinhas e outras aves domésticas (perus,
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA
patos) e silvestres (pombos, pardais).
E SAÚDE PÚBLICA:
- Provoca diminuição da postura, perda de
ESPÉCIE: Ornithonyssus bacoti
peso, irritação, anemia, influencia no
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Ácaros - Mesostigmata
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HOSPEDEIROS:
Ratos
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Ácaros - Mesostigmata
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HOSPEDEIROS:
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA Moscas (principalmente Musca domestica) e
E SAÚDE PÚBLICA: outros insetos.
Tem importância em animais de laboratório. O
Echinolaelaps serve de hospedeiro definitivo de CICLO:
um protozoário (Hepatozoon muris) que se aloja As fêmeas deste ácaro utilizam-se das moscas
no fígado dos ratos. e outros insetos para dispersão e efetuam a
Os ácaros adquirem o protozoário ao postura nos locais de criação de mosca (fezes).
parasitarem ratos infestados. O rato ao ingerir o As larvas eclodem em 6 a 10 horas apresentam
ácaro adquire a infecção. 3 pares de patas e não se alimentam. Em 6 a 11
O Echinolaelaps pode provocar dermatite no horas mudam para protoninfas, em 13 a 24
homem. horas para deutoninfas e levam quase 24 horas
da fase de deutoninfa à adultos.
CONTROLE:
Limpeza das gaiolas, esterilizá-las com calor,
vapor, acaricidas.
Aplicação de acaricida nos ratos.
FAMÍLIA MACROCHELIDAE
GÊNERO Macrocheles
ESPÉCIE Macrocheles muscaedomesticae
CARACTERÍSTICAS:
- Quelíceras queladas fortemente. Figura 5. Ácaro Macrocheles sp.
- Placa dorsal única.
- Primeiro par de patas mais fino, mais longo e
sem carúnculas e garras que os demais.
- Escudo ventral e genital separados.
- Encontra-se em fezes de ruminantes, eqüinos
e aves de postura.
- Alimentam-se de larvas de moscas e
nematóides.
- Funciona como controle biológico dos outros,
pois os insetos carregam agentes patogênicos
(bactérias).
- Parasita outros artrópodes.
Figura 6. Ácaro Macrocheles parasitando
Musca domestica.
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Ácaros - Mesostigmata
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CONTROLE:
- Por ser um problema em laboratórios,
recomenda-se o uso de telas nas janelas e
portas para impedir o acesso de moscas, já
que estas podem estar dispersando os ácaros.
- Pulverizar as fezes para controlar as larvas
(não é ideal porque mata também os
predadores e passada a ação do inseticida há
uma superpopulação de larvas) e pulverizar o
ambiente (instalações).
CONTROLE BIOLÓGICO:
É complicado por requerer ambiente úmido,
porém não fluído e não se alimentam de larvas
de 2o e 3o ínstar, consomem em média dez Figura 7. Visão ventral (acima) e dorsal de
Varroa jacobsoni.
presas por dia, não são muito longevos (a fêmea
vive em média três semanas).
HOSPEDEIROS:
FAMÍLIA VARROIDAE Abelhas.
GÊNERO Varroa
ESPÉCIE Varroa jacobsoni CICLO:
Pouco conhecido. Alguns estudos relatam a
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Ácaros - Mesostigmata
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preferência desse ácaro por zangões, pois estes ouvido externo do animal, as proto e deutoninfas
têm livre acesso a outras colméias, levando a no meio ambiente. As fêmeas dão nascimento
dispersão do ácaro. as larvas (ovovivíparas) que não se alimentam.
Esse ácaro provoca escarificação da pele do
IMPORTÂNCIA: animal ao fixar-se (o pedicelo possui garras) o
Ocorrem grandes prejuízos em apiários, que leva a uma otite bacteriana subclínica
principalmente em regiões frias pelo estresse, o (facilita a penetração das bactérias). Os
ácaro parasita principalmente larvas e pupas, o zebuínos são mais sensíveis a esse ácaro do
que causa má formação dos insetos ou morte. que o gado europeu, e a presença do ácaro no
Quando os insetos adultos são ouvido é comum nos animais (20-40 ácaros por
parasitados eles tem diminuição na sua ouvido).
produção e no caso de zangões há o perigo do
ácaro alastrar-se para IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA
outras colméias E SAÚDE PÚBLICA:
Os prejuízos maiores são em colméias puras Tem importância apenas como porta de entrada
onde os insetos são mais sensíveis (Europa, para bactérias e conseqüentemente otites
EUA), no Brasil com os bacterianas.
cruzamentos das espécies melíferas, estas
adquirem maior resistência a esse ácaro. CONTROLE:
Limpeza e aplicação de acaricida no conduto
FAMÍLIA RAILLIETIDAE auditivo, pois a presença do ácaro pode levar a
GÊNERO Raillietia otite.
CARACTERÍSTICAS:
- Parasita o conduto auditivo externo.
- Escudo dorsal sem forma.
- Presença de placa anal.
HOSPEDEIROS:
Raillietia flecthmanni - búfalos e bovinos
Raillietia auris - bovinos
Raillietia caprae - caprinos (principal) e ovinos
CICLO:
As fêmeas, machos e larvas localizam-se no
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Carrapatos - Metastigmata
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PARTE II
Carrapatos
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FILO ARTHROPODA
CLASSE ARACHNIDA
Amblyomma (Trioxeno)
OBS:
Larvas – Possuem 3 pares de patas e escudo incompleto.
Ninfas – Possuem 4 pares de patas e escudo incompleto.
Fêmeas – Possuem 4 pares de patas e aparelho genital.
Machos- Possuem 4 pares de patas, escudo completo e aparelho genital.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Palpos e rostro curtos.
Base do
capítulo
hexagonal
Placas adanais
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Carrapatos - Metastigmata
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CICLO: É um carrapato que exige três Figura 16. Cão parasitado por Rhipicephalus
hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), sanguineus.
pois todas as mudas são feitas fora dos As fêmeas põem de 2000 a 3000 ovos em toda
PARÂMETROS BIOLÓGICOS
PERÍODO DIAS
Pré- postura 3
Incubação 17-60
Sucção da larva 2-7
Muda da larva 5-23
Sucção da ninfa 4-9
Muda da ninfa 11-73
Sucção da fêmea 6-30
CONTROLE:
-Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães,
repetindo-se o tratamento duas ou três vezes
com intervalos de 14 dias.
-Limpeza dos canis.
-Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e
piso das instalações.
-Higiene e isolamento dos cães. Figura 18. Macho de Boophilus microplus.
HOSPEDEIROS:
Bovídeos, pode ser encontrado em outros
hospedeiros domésticos e silvestres.
CICLO:
O R.(B.) microplus é um carrapato de um só
hospedeiro (monoxeno).
As fêmeas ingurgitadas (denominadas
Figura 17. Gnatossoma de teleóginas) e prestes a darem início a
Rhipicephalus (Boophilus) microplus ovoposição desprendem-se naturalmente do
hospedeiro e no solo procuram um lugar
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: apropriado para a ovipostura.
- Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos A oviposição pode durar vários dias. As
lateral e dorsalmente. teleóginas realizam a postura de 3000 a 4000
- Base do gnatossoma hexagonal. ovos que permanecem aglutinados. Terminada
- Escudo sem ornamentação. a ovoposição a fêmea morre.
- Olhos presentes.
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Carrapatos - Metastigmata
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É econômico e prático, utilizado em pequenas não deixar que entrem em açudes após o
propriedades. banho.
Os resultados dependem muito da habilidade e - Enviar ao laboratório se preciso, amostras do
do cuidado do operador. banho para medir concentração do
O jato de deve molhar o animal no sentido medicamento.
oposto a implantação do pelos.
É mais seguro que o de imersão para animais GÊNERO Amblyomma
novos e vacas gestantes.
Deve-se seguir a risca as instruções dos CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
fabricantes dos carrapaticidas. - Palpos e hipostômio longos.
- Geralmente ornamentado.
RECOMENDAÇÕES NA APLICAÇÃO DOS - Olhos e festões presentes.
BANHOS: - Base do gnatossoma de formas variadas.
- Verificar o nível da suspensão ou emulsão no - Placas adanais ausentes no macho.
tanque carrapaticida, ajustando o volume com - Peritremas em forma de vírgula ou triangular.
adição de água ou de carrapaticida.
- Homogeneizar a emulsão ou suspensão,
revolvendo o sedimento antes de banhar o
gado.
- Fazer a recarga do banheiro de acordo com as
instruções do fabricante.
- Banhar os animais descansados e sem sede.
- Banhar os animais nas horas mais frescas do
dia.
- Evitar exposição dos animais ao sol quente.
- Evitar banhar os animais em dias de chuva, e
HOSPEDEIROS:
- Parasita a maioria dos animais domésticos e
alguns silvestres.
- Pode parasitar o homem.
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Carrapatos - Metastigmata
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CONTROLE: IMPORTÂNCIA:
Mesmo do Rhipicephalus. Pode transmitir vários agentes patogênicos
como Babesia.
GÊNERO Anocentor A sua picada pode originar ferimentos na pele
FAMÍLIA ARGASIDAE
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Não possuem escudo.
- Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e
Figura 21. Peritrema de Anocentor anterior nas larvas.
nitens
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Carrapatos - Metastigmata
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- Palpos livres.
- Orifício genital entre as coxas I e II.
- Fêmeas sem áreas porosas na base do
capítulo.
- Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso.
- Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas.
- Dimorfismo sexual pouco acentuado.
GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA:
Argas, Ornithodorus e Otobius.
GÊNERO Argas
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS:
- Face dorsal separada da ventral por um bordo
lateral nítido.
- Achatado dorso-ventralmente.
- Aparelho bucal na face ventral.
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Carrapatos - Metastigmata
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suga durante 5 a 10 dias, depois disso ela − Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos
retorna ao esconderijo. esconderijos, e as fêmeas só realizam postura
− Depois de ingurgitada ela volta ao após o repasto sangüíneo.
esconderijo onde muda a cutícula
transformando-se na N1 (ninfa 1 ou protoninfa). IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA
− Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por E SAÚDE PÚBLICA:
30 a 60 min. -Tem importância pela sua ação espoliadora
− Regressa ao abrigo e muda para N2. levando à anemia e mortalidade de aves,
− Esta também procura o hospedeiro se principalmente as jovens.
alimenta e muda. - Há lesões hemorrágicas na pele.
− Após a muda aparecem os adultos. -Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a
DIAGNÓSTICO:
Procurar os ácaros à noite, larvas a qualquer
hora do dia principalmente embaixo das asas.
GÊNERO Ornithodorus
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Argasidae sem limitação das faces dorsal e
ventral.
- Formato de corpo retangular.
Figura 25. Ciclo do carrapato de aves Argas.
-Hipostômio bem desenvolvido nos adultos.
1- Adultos ingurgitam sobre a ave.
2- Fêmea cai e faz postura dos ovos.
HOSPEDEIROS:
3- Larvas fixam-se na ave.
Homem e animais domésticos.
4- Larvas ingurgitam.
5- Larvas caem e fazem ecdise.
6- Ninfas 1 fixam-se na ave e ingurgitam. CICLO:
7- Ninfas 1 caem e fazem ecdise para Ninfas 2 Vivem em solo arenoso, em áreas sombreadas,
8- Ninfas 2 sobem na ave e ingurgitam. ao redor de árvores.
9- No solo as N2 passam a adultos, macho e fêmea. Muito parecido com o anterior, só mudam os
10- Adultos sobem na ave e alimentam-se. hospedeiros e passam por duas ou mais fases
de ninfa antes de chegarem a adultos.
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Carrapatos - Metastigmata
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HOSPEDEIROS:
- Eqüinos.
- Ruminantes.
- Suínos.
- Caninos.
- Homem.
CARACTERÍSTICAS:
- Vive nos estádios larvais e ninfais nas orelhas
de eqüídeos, bovinos, ovinos e outras
espécies.
- Os adultos não são parasitos.
- Todas as mudas são realizadas no
hospedeiro.
Figura 26. Vista dorsal e ventral de - Os parasitos sugam sangue e causam
Ornithodorus sp.
irritação que resulta em inflamações.
- As larvas e ninfas localizam-se na orelha.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA - Os adultos vivem em esconderijos como
E SAÚDE PÚBLICA: galhos de árvores onde ocorre a cópula e a
-Transmissor da Borrelia causadora da doença postura (adultos não se alimentam).
de Lyme. - As larvas eclodem, vão até o hospedeiro
-São hematófagos e provocam grande irritação. (orelha) em 5 a 15 dias passam a ninfa1 –
ninfa2 – podem ficar até seis meses na orelha
CONTROLE: – deixam o hospedeiro e vão para lugares
Destruição dos esconderijos, aplicação de altos e secos onde se transformam em
acaricidas. adultos.
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Carrapatos - Metastigmata
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Amblyomma
Amblyomma (peritrema)
Anocentor
Anocentor (peritrema)
Boophilus
Boophilus (peritrema)
Rhipicephalus
Rhipicephalus (Peritrema)
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Sarnas - Astigmata
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PARTE III
Sarnas
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Figura 29.
Cnemidocoptes sp.
Figura 32. Otodectes sp.
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Sarnas - Astigmata
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GÊNERO: Sarcoptes
ESPÉCIE: Sarcoptes scabiei: var. equi, var. Ânus dorsal
canis, var. suis.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Sarna da cabeça do gato.
- Ânus dorsal.
Presença de - Corpo globoso.
espinhos
- 0,1 a 0,25 mm.
- Machos com ventosas nas patas 1, 2 e 4.
Figura 34. Sarna do gênero Sarcoptes sp. - Fêmeas com ventosas nas patas 1 e 2.
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Sarnas - Astigmata
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- Face dorsal com escamas rombas. - Corpo estriado, face dorsal com saliências
mamelonadas.
CICLO BIOLÓGICO: - Gnatossoma mais largo do que longo.
GÊNERO Sarcoptes e Notoedres - Fêmeas sem ventosas nas patas.
Em seu ciclo evolutivo passam pelas fases de - Machos com cerdas longas e ventosas em
ovo, larva, duas fases de ninfa, macho, fêmea todas as patas.
imatura e fêmea adulta ou ovígera. A - Pedicelos não segmentados.
transformação da fêmea imatura em adulta - Ânus terminal
ocorre após a fertilização. A fêmea fertilizada - Apresentam duas cerdas ao lado do ânus
escava galerias na epiderme, onde se nutre de
linfa. À medida que escava seu túnel, vai
efetuando a postura dos ovos. Esses vão
surgindo com 2 a 3 dias de intervalo e se
sucedem durante dois meses, ficando para trás Gnatossoma mais
largo que longo
os mais velhos. A fêmea gasta cerca de meia
hora para atravessar a camada córnea da pele.
O trajeto das galerias pode ser reconhecido pelo
aspecto irritativo e pelas excreções enegrecidas
que a fêmea vai deixando. Os ovos dão
nascimento, em cerca de cinco dias, a larvas
hexápodes que passam para a superfície da
pele onde procuram alimento, abrigo e passam
por uma ecdise, surgindo as ninfas, octópodes.
Após nova muda de pele, surgem os machos e
as fêmeas imaturas; o primeiro procura essas
últimas para a fertilização. Passados alguns
dias, a fêmea imatura, já fertilizada, passa por
nova ecdise resultando na fêmea adulta, que
procura penetrar na pele recomeçando o ciclo.
Assim, o ciclo se completa em 10 a 14 dias.
Figura 36. Sarna do gênero Cnemidocoptes
2- FAMÍLIA CNEMIDOCOPTIDAE
Ciclo biológico do gênero Cnemidocoptes
GÊNERO Cnemidocoptes
As fêmeas não praticam galerias como fazem as
ESPÉCIE Cnemidocoptes mutans
do gênero Sarcoptes; elas permanecem
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
sedentárias e sua presença determina uma
- Sarna podal dos galináceos.
proliferação epidérmica acompanhada de
- Não possuem espinhos na face dorsal.
aumento da substância córnea. Essa
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Sarnas - Astigmata
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proliferação é bem marcada nas excrescências em que se desenvolve o tecido esponjoso, não
das patas, resultado de um tecido alveolar se nota mais qualquer sinal de inflamação.
tomado de numerosas pequenas câmaras,
repletas de ácaros em todos os estágios do 3- FAMÍLIA PSOROPTIDAE – ácaros não
desenvolvimento. O ácaro invade ativamente a escavadores
epiderme, penetrando no folículo plumoso ou - São ácaros superficiais, produzem formação
atravessando diretamente a camada córnea de crostas espessas.
epidérmica, Instala-se nas camadas superficiais - Corpo ovóide.
da epiderme, danificando-a em direção à derme. - Face dorsal sem espinhos.
Ao mesmo tempo os bordos da depressão por - Rostro longo e cônico.
onde penetrou reagem produzindo uma - Machos com ventosas (copuladoras) adanais.
abundante quantidade de substância córnea que - Patas longas e espessas, 40 par de patas nos
vai recobrir totalmente a depressão, machos é menor que o terceiro.
transformando-a em uma pequena bolsa - Gêneros: Psoroptes, Chorioptes, Otodectes.
fechada. No estágio seguinte as células
epidérmicas entram em proliferação, englobando GÊNERO Psoroptes
o ácaro. No interior da câmara o ácaro CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
permanece separado do estrato por germinativo - Corpo ovóide.
da pele por uma fina camada de queratina. - Parasitas de eqüídeos, bovinos, ovinos,e
Pouco a pouco a câmara vai se aprofundando coelhos.
na derme. Parece que todo o desenvolvimento - 0,5 a 0,8 mm.
do ácaro se verifica no interior dessas bolsas.
Em certo momento a bolsa primitiva dará
origem, por meio de um mecanismo semelhante
ao brotamento, a uma bolsa secundária que
acaba por se separar da bolsa mãe. A repetição
do mecanismo conduz finalmente à produção de
um tecido esponjoso.
Apenas na fase inicial da invasão das camadas
superficiais da epiderme pelo ácaro estabelece-
se uma reação inflamatória; esta consiste em
uma necrose focal da parte da derme ou
epiderme imediatamente subjacente ao ponto de
penetração do ácaro. Observa-se também a
presença de um exsudato inflamatório. Logo que
o ácaro se instala mais profundamente na Pedicelo triarticulado
- Gnatossoma mais longo que largo. - Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV.
- Patas grossas e longas terminando em longos - Machos sem tubérculos abdominais.
pedicelos tri-segmentados
- Machos com ventosas nas patas I, II e III. GÊNERO Chorioptes:
- Fêmeas com ventosas nas patas I, II e IV. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Machos apresentam duas ventosas - Sarna de ovinos, bovinos, caprinos e eqüinos.
copulatórias ao lado do ânus - 0,3 a 0,6 mm.
- Machos com 40 par de patas bem reduzido. - Gnatossoma tão longo quanto largo.
- Ânus terminal. - Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV.
- Fêmeas com ventosas nas patas I,II e IV.
GÊNERO Otodectes - Pedicelo curto e simples, sem segmentação.
pele do hospedeiro, e se desenvolve nas regiões intermamário, escroto, regiões glúteas, podendo,
lanosas ou bem dotadas de pêlos dos animais. no entanto, estender-se por todo o corpo, sendo
Elas apresentam as mesmas fases evolutivas raro no rosto. O papel patogênico não reside
em seu ciclo que Sarcoptes scabiei, no entanto, somente na lesão produzida pelo ácaro mas
não praticam galerias no interior da pele. Esses também na contaminação secundária desta ou
ácaros picam a pele causando irritação, das escoriações provocadas pelo indivíduo ao
descamação e exsudação de soro, vivem e se se coçar.
multiplicam sob a descamação provocada e a Ácaros das sarnas sarcópticas dos animais
sua contínua atividade provoca o agravamento domésticos podem infestar o homem, porém a
da lesão. Alastra-se de preferência nas regiões de origem animal é muito menos grave do que a
bem dotadas de pêlos do corpo do animal. humana, porque os ácaros não escavam a pele
e não se multiplicam. Ocorre apenas uma
DIAGNÓSTICO DAS SARNAS: erupção papular avermelhada, com prurido que
Detecção dos ácaros nas galerias (extração desaparece em poucas semanas.
mediante agulhas) ou em raspados de pele. A Os ácaros que causam a sarna sarcóptica dos
verificação dos túneis, das vesículas que se animais domésticos são estruturalmente
formam na parte terminal desses e a distribuição semelhantes à espécie que causa a escabiose
zonal das lesões são elementos para o humana, mas representam subespécies de S.
diagnóstico. A sua confirmação é obtida scabiei, pois não são facilmente transferidas de
fazendo um raspado do material cutâneo para a um hospedeiro para outro.
obtenção de exemplares do ácaro e observação
microscópica. SINTOMAS:
Família Sarcoptidae:
EPIDEMIOLOGIA DA SARNA SARCÓPTICA: Pus, crostas e escamas, alopecia, prurido e
A sarna sarcóptica humana é conhecida desde engrossamento da pele.
remota antigüidade. A infecção alastra-se Uma das características principais dessa
rapidamente em grupos de pessoas como em parasitose é o prurido que vem sobretudo à
hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais noite, quando o indivíduo deita para dormir. A
etc., causando sérios inconvenientes. O lesão cutânea é típica: observam-se áreas
contágio se realiza quando as fêmeas do ácaro eritematosas, pápulas foliculares e vesículas nas
passam do indivíduo atacado para o indivíduo regiões afetadas.
sadio; é favorecido pelo uso de roupas de cama A maioria dos sintomas cutâneos é devida a
ocupados anteriormente por pessoas infestadas, infecções secundárias. Há indicações de que a
peças do vestuário e quase sempre é noturno. O primeira infestação pelo ácaro não determina
contágio é facilitado pela falta de higiene e coceira imediata; depois de cerca de um mês
promiscuidade. O ácaro localiza-se na epiderme, aparece o prurido e então se instala a coceira - o
sob a camada córnea, predominantemente nos paciente tornou-se agora sensível ao ácaro.
espaços interdigitais, cotovelos, axilas, sulco Após ter sido infestado uma vez, ao se
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Sarnas - Astigmata
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reinfestar, a inflamação tem lugar em poucas escamas semelhantes às da caspa. Não sendo
horas. Uma pessoa já sensibilizada começa a se tratada, a sarna sarcóptica prejudica muito a
coçar imediatamente e freqüentemente remove saúde dos animais que passam por um período
o ácaro, terminando a infecção, enquanto que de desnutrição progressiva terminando com a
na pessoa não sensibilizada o parasita se morte do animal.
desenvolve por cerca de um mês antes que o
hospedeiro tome conhecimento. - A sarna sarcóptica do carneiro e ovelhas se
desenvolve nas partes não recobertas de lã,
- Na cabra a sarna sarcóptica geralmente se portanto, na cabeça do animal. Provoca coceira
inicia pela cabeça e orelhas, podendo intensa, determinando o ato de coçar
generalizar-se e invadir o corpo e membros. ocasionando lesões cutâneas; freqüentemente
Caracteriza-se pela formação de crostas há infecção nos olhos que podem conduzir à
acompanhada de coceira, perda de pêlos e perda da visão.
espessamento da pele.
- Na sarna sarcóptica dos cavalos, as primeiras
- No cão a sarna sarcóptica manifesta-se no lesões visíveis ocorrem na cernelha e em torno
início por um prurido ou coceira que coincide da cabeça, podendo também se iniciar pelo
com o aparecimento de pequenos pontos peito e pelos flancos. A intensa coceira obriga o
vermelhos na pele, semelhantes a picadas de animal a se esfregar fortemente contra objetos
pulgas, que se localizam inicialmente na cabeça, que o rodeiam. A presença e a atividade dos
focinho, ao redor dos olhos e principalmente na ácaros causa intensa irritação; a pele inflama-se,
margem da orelha, mais tarde as máculas são aparecendo vesículas em torno do ponto de
substituídas por vesículas (pequenas bolsas penetração dos ácaros. As vesículas, sendo
cheias de líquido). Os pêlos caem rompidas, libertam o seu conteúdo que,
progressivamente e com o ato de coçar há secando, dá origem às crostas. Nas áreas
exsudação de soro que, secando, origina afetadas os pêlos mantêm-se eretos e muitos
crostas salientes que se iniciam, sobretudo no caem. Do ato de coçar resulta injúria mecânica
bordo posterior da orelha. Quando se desconfia com a formação de grandes crostas firmemente
que um cão está atacado por sarna sempre se aderentes aos tecidos subjacentes. Com a
deve examinar a parte inferior da margem movimentação do animal podem romper-se e o
posterior das orelhas. Nessa região a sarna soro e sangue conferem uma coloração amarelo
provoca um grande número de pequenas - avermelhada às lesões. A parasitose pode ter
saliências no tamanho de grãos de areia de curso rápido e ser até mortal. A sarna sarcóptica
modo que, quando se aperta e se passa essa eqüina é geralmente transmitida por contato
região entre os dedos, se tem uma sensação de direto entre os animais; no entanto, arreios,
aspereza semelhante à uma superfície selas e outros também podem ser responsáveis
granulosa”. Nos cães novos as lesões se pelo contágio.
manifestam pelo desprendimento de pequenas
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Sarnas - Astigmata
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sangue. Inicialmente as escamas têm cerca de infestação são indicadas por hiperemia (excesso
0,5 cm de diâmetro; à medida que os ácaros vão de fluxo sangüíneo na superfície do corpo) e
passando para a pele sadia circunjacente, a pela formação de crostas vermelho castanhas
lesão gradativamente aumenta. Com o avançar próximo da base do pavilhão auricular; com o
da parasitose, extensas áreas ficam desnudas e avançar da parasitose, pode afetar toda a
cobertas de crostas. A pele espessa-se, a superfície interna da orelha. A complicação mais
coceira é intensa e o animal é constantemente séria é a infecção piogênica do ouvido médio
irritado. que pode se estender ao ouvido interno. A
invasão das lesões por bactérias pode levar à
- Psoroptes caprae causa a sarna psoróptica em formação de ulcerações. A presença de ácaros
cabras, tendo a parasitose desenvolvimento no ouvido médio resulta também em distúrbios
idêntico à observada na espécie bovina, nervosos; os animais assim atacados
podendo aparecer em qualquer parte do corpo; freqüentemente sacodem a cabeça e raspam
parece haver tendência a se limitar às orelhas com as unhas a base do pavilhão auditivo
da cabra, determinando sarna auricular que produzindo ferimentos que ainda mais
embora rara, pode causar surdez, perda de intensificam as dores.
apetite e, em casos extremos, a morte do
animal. Sarna Otodécica:
Essa espécie determina irritação no conduto
- Psoroptes ovis é a responsável pela sarna auditivo de cães e gatos; não pratica galerias
psoróptica de carneiros e ovelhas, em que no tegumento, mas alimenta-se de fluidos
provoca desmerecimento do couro e da lã, e tissulares na profundidade do canal auditivo,
assume tal aspecto de gravidade que chega a próximo do tímpano. Da porção média do
determinar a morte dos animais parasitados. A conduto auditivo para o tímpano aparecem
irritação é severa e freqüentemente se observa crostas; o tímpano pode mostrar-se
os animais infestados coçarem-se e mesmo se hemorrágico. Em virtude da intensa irritação
morderem. provocada pelo ácaro, o canal vai acumulando
produtos inflamatórios, cera alterada e ácaros.
- Psoroptes equi, a sarna psoróptica em cavalos Freqüentemente ambos os ouvidos são
é semelhante àquela descrita para bovinos, afetados.
sendo as primeiras lesões observadas na Em casos de parasitoses intensas os animais
cabeça. mostram sinais de distúrbios nervosos,
freqüentemente se movendo em círculos ou
- Psoroptes cuniculi ataca coelhos, restringindo- sacudindo a cabeça. O ato de coçar muitas
se geralmente ao pavilhão da orelha (sarna vezes conduz ao aparecimento de hematomas
auricular não penetrante); pode expandir-se na orelha. Infecções bacterianas secundárias as
infestando outras partes da cabeça, pescoço e vezes resultam em inflamações do ouvido
mesmo as patas. As primeiras manifestações da médio e mesmo das meninges.
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Sarnas - Astigmata
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PROFILAXIA:
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Ácaros - Prostigmata
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PARTE IV
Prostigmata
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FILO ARTHROPODA
CLASSE ARACHNIDA ESPÉCIES:
-Cheyletiella yasguri – Comumente encontrada
ORDEM ACARI (ACARINA) em cães.
-Cheyletiella blakei – Comumente encontrada
SUBORDEM ACTINEDIDA (PROSTIGMATA) em gatos.
-Cheyletiella parasitovorax – Comumente
CARACTERÍSTICAS:
encontrada em coelhos.
- Estigmas respiratórios quando presentes,
Todas as espécies podem ser transmitidas para
situados anteriormente.
outros animais e ao homem.
- Ovo –Larva – Protoninfa – Deutoninfa –
Adultos.
CARACTERÍSTICAS:
- Famílias: Cheyletidae, Myobiidae,
Demodecidae e Trombiculidae. - Os ácaros são grandes (385 µm ), vivem sobre
a superfície da pele e seus ovos ficam presos
FAMÍLIA CHEYLETIDAE
em fios do pêlo.
PATOGENIA:
- Provoca caspa, dermatite descamante.
- No homem causa irritação na pele e coceira.
- O grande número de ácaros brancos movendo-
se sobre a superfície da pele é chamado de
“caspa ambulante”.
FAMÍLIA MYOBIIDAE
GÊNERO Myobia
Figura 41. Adulto de Cheyletiella
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Ácaros - Prostigmata
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CARACTERÍSTICAS:
- Causa sarna em camundongos, com coceira e
perda de pêlo.
o
- 1 par de patas modificado.
- Alargamento na lateral do corpo.
- Cerdas na extremidade posterior.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Patas curtas.
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Ácaros - Prostigmata
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CONTROLE:
Como é uma sarna de ocorrência natural na
pele que produz doença em imunodeprimidos,
Figura 44. Lesões de sarna demodécica.
deve-se pesquisar a causa da imunodepressão
- Há formação de crostas, pontos vermelhos, (mudança de casa, na alimentação, stress) e
queda acentuada de pêlos. Não há evidência de
evitar contato da mãe doente com a ninhada.
prurido.
* D. foliculorum e D. brevi atingem humanos,
- Tipos: Úmido, quando tem pus (infecção sendo que a primeira nos folículos pilosos do
secundária-imunodepressão). rosto e a segunda nas glândulas sebáceas do
Seco, com prurido intenso e crosta mesmo.
superficial. Geralmente inicial e passa para o
estado úmido. DIAGNÓSTICO CLÍNICO - Através da coleta de
- Atacam mais os animais jovens e de pêlo material:
curto. Animais sadios podem ter mesmo sem 1)Para ácaros que penetram profundamente,
apresentar a doença. como Sarcoptes, Notoedres e Demodex.
- A maioria dos casos é branda e a recuperação
? Mergulhe a lâmina de bisturi em óleo mineral,
espontânea, mas em alguns casos pode levar
pegue uma prega de pele e raspe mantendo um
até a morte (nesses casos os pêlos se tornam
ângulo reto com a pele até produzir um leve
esparsos sobre regiões cada vez maiores e a
sangramento.
pele se torna áspera e seca - é a sarna
2)Cnemidocoptes.
vermelha).
? Amoleça as crostas com água morna e óleo
mineral. Remova as crostas mais soltas, macere
CICLO:
e olhe no microscópio.
Ácaros dentro do folículo piloso, glândulas
3)Sarnas superficiais (Psoroptes, Chorioptes e
sebáceas e glândulas sudoríparas (no cão
Otodectes).
principalmente no folículo piloso e glândulas
? Raspe as crostas soltas e guarde em pote
sudoríparas). Ocorre a eclosão das larvas
bem fechado. Macere algumas crostas com óleo
dentro do folículo, estas passam para a fase
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Ácaros - Prostigmata
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mineral, coloque em uma lâmina e olhe no requerer de dois meses a um ano, sendo que 1
microscópio com objetiva de 10X. a 5 gerações podem ser produzidas por ano,
fato esse que vai depender da temperatura,
FAMÍLIA TROMBICULIDAE umidade, e localização. As larvas ficam 15 dias
CICLO BIOLÓGICO:
São ácaros de vida livre, ninfas e adultos vivem
e alimentam-se em matéria orgânica. No solo as
fêmeas põem os ovos em áreas abrigadas, em
uma semana eclodem as larvas que possuem
três pares de patas e é a fase parasitária.
Quando um animal ou homem se aproxima as
larvas laranja-amarelada ou laranja-
avermelhada rastejam na superfície de terra
ativadas pelo CO2 da respiração, fixam-se,
alimentam-se no animal e após vão ao solo
onde mudam para ninfas e posteriormente para
adultos. Adultos normalmente vivem em lugares
protegidos e ficam mais ativos na primavera. A
ninfa, como o ácaro adulto, tem oito patas. Os
corpos são normalmente cabeludos. As ninfas e
adultos alimentam de insetos pequenos ou
outros organismos. O ciclo de vida inteiro pode
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Ácaros - Cryptostigmata
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PARTE V
Cryptostigmata
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CONTROLE:
SUPER FAMÍLIA ORIBATULOIDEA
Não se tem medidas adequadas para o controle
FAMÍLIA ORIBATIDAE
no pasto.
CARACTERÍSTICAS:
? Os ácaros incluídos na subordem Oribatei ou
Cryptostigmata constituem um dos mais
numerosos grupos de artrópodes do solo,
tanto em número de espécies quanto em
número de indivíduos. Eles têm um papel
importante na decomposição de substâncias
orgânicas no solo.
? Respiração por tubos traqueais que se abrem
em estigmas respiratórios na base das patas.
Figura 45. Ácaro Cryptostigmata.
HOSPEDEIROS:
Não possuem, são ácaros de vida livre.
CICLO:
Ovo - larva - 3 fases ninfais (protoninfa,
deutoninfa e tritoninfa) e adultos.
Habitam as camadas superficiais do solo, onde
alimentam-se de fezes (coprófagos) podendo
desse modo adquirir os ovos de cestóides.
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• Com três pares de pernas; É também que podem ou não ter dois apêndices
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PARTE VI
Piolhos
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Três Subordens:
-Amblycera (antena escondida)- Piolhos
mastigadores.
-Ischnocera (antena livre).- Piolhos Figura 48. Ovo (lêndea) de piolho de aves
fixado à pena.
mastigadores.
-Anoplura – Piolhos sugadores.
IMP. MED.VET DOS PIOLHOS:
O animal se coça, não se alimenta bem, fica
irritado, com má aparência e podem aparecer
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Phthiraptera-Piolhos
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Antenas com quatro segmentos. Abdômen com uma fileira de cerdas dorsal
Fossetas antenais (depressão para guardar em cada segmento.
as antenas). Espinhos gástricos visíveis.
Piolhos mastigadores. Tarso com duas garras.
Antena
Palpo
Figura 49. Cabeça de um Amblycera. Figura 51. Menopon sp. piolho mastigador
das aves.
FAMÍLIA MENOPONIDAE
GÊNERO: Menacanthus
GÊNERO: Menopon
ESPÉCIE Menacanthus stramineus
ESPÉCIE Menopon gallinae
HOSPEDEIROS: Aves. Parasita de galinhas,
HOSPEDEIROS: Aves.
perus, faisões e excepcionalmente pombos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Possui a cabeça mais larga que o tórax.
Duas fileiras de cerdas longas e curtas nos
Apresenta dois tufos de cerdas no quinto
segmentos abdominais.
segmento abdominal.
Fronte provida de processo espinhoso
Menores que um centímetro.
Ápteros.
Tufos de
cerdas
recurvo para trás e para baixo. Antenas filiformes (três a cinco segmentos).
Antenas com quatro segmentos. Sem fossetas antenais (antenas livres).
Possuem palpos. Piolhos mastigadores.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
GENERO Trichodectes
Dois espinhos na região dorsal da cabeça
ESPÉCIE Trichodectes canis
Cabeça subtriangular
HOSPEDEIROS: Cão
Têmporas estreitas, não salientes.
Parte inferior da cabeça com 2 ganchos
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
voltados para trás e implantados junto à
Cabeça hexagonal.
base dos palpos maxilares
Uma só garra.
Palpos maxilares com 4 artículos
Antenas com três segmentos.
Protórax livre
Têmporas sem lobos posteriores.
Uma fileira de cerdas longas no abdômen
Fronte arredondada.
com tergitos e pleuritos bem quitinizados
Todos segmentos abdominais com placas
Duas garras nos tarsos
pleurais (pleuritos).
Parasito de cães
Estigmas respiratórios do segundo ao
sétimo segmento (seis pares).
Pleuritos Cerdas abdominais longas.
Edeago grande.
Não tem palpos.
Vetor de Dipylidium caninum para cães.
Placas pleurais
Tergitos
SUBORDEM ISCHNOCERA
CARACTERÍSTICAS
Palpos maxilares ausentes. Figura 54. Trichodectes sp., piolho
mastigador de cães.
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Phthiraptera-Piolhos
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GÊNERO Bovicola
ESPÉCIE Bovicola sp. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
repartida. abdominais.
FAMÍLIA PHILOPTERIDAE
Tergitos Cinco segmentos antenais com 2 garras ligadas
ao hospedeiros.
GÊNERO Goniodes
ESPÉCIE Goniodes sp
HOSPEDEIROS: Aves
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Phthiraptera-Piolhos
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
-Corpo e cabeça alongados. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 58. Lipeurus sp. piolho que se prende aos pêlos durante a
mastigador de aves. ovipostura para o alinhamento dos ovos.
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Phthiraptera-Piolhos
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Garras enormes.
Tubérculos
Tórax mais largo que o abdômen.
Pernas robustas.
Primeiro par de patas é menos
desenvolvido.
Unhas do segundo e terceiro par de patas
fortemente recurvadas.
Abdômen com os cinco primeiros
segmentos fusionados.
Abdômen apresenta lateralmente quatro
tubérculos salientes com cerdas nas Figura 61. Pthirus sp., conhecido por
chato, piolho sugador de humanos.
extremidades.
Os espiráculos 3, 4 e 5 estão na mesma
DESENVOLVIMENTO: 13 a 16 dias.
linha transversal.
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Phthiraptera-Piolhos
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FAMÍLIA HAEMATOPINIDAE
Figura 62. Haematopinus sp. piolho
GÊNERO Haematopinus sugador de ruminantes, suínos e eqüinos.
HOSPEDEIROS: Ruminantes, suínos, bubalinos
e eqüinos.
-Haematopinus suis-(suínos)
-Haematopinus eurysternus (bovino)- -Piolho dos animais domésticos.
-Ocorre mais freqüentemente em animais -Muito comum no Brasil.
adultos. -Regiões mais freqüentes - Dobras do pescoço,
-Clima temperado - No inverno os animais ficam base das orelhas e entre as pernas.
confinados no interior de estábulos ocorrendo
aumento considerável da população de piolhos. -H. asini- (equídeos)
-Regiões corporais - Pescoço, base da cauda e -Base da crina e base da cauda.
chifres, nas infestações altas a parasitose se
generaliza por todo o corpo. -H. tuberculatus- (búfalos)
-Verão - os piolhos são raros, limitando-se à -Podem parasitar bovinos.
orelha e locais onde os pêlos são mais longos.
-Brasil - Não constitui problema de grande CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
significação, provavelmente devido ao fato Cabeça estreita e alongada.
de não resistirem aos raios solares diretos e a Sem olhos.
temperatura elevada do corpo do animal. Antenas com 5 segmentos.
Tórax largo.
-Haematopinus quadripertusus- (bovino) Coxim tibial entre a base da tíbia e tarso.
-Ocorre no Brasil (espécie mais prevalecente Abdômen alargado.
nos trópicos). Todas as patas iguais.
-Fêmeas põem ovos quase que exclusivamente Placas pleurais e parapleurais.
nos pêlos da cauda do animal. Tubérculos pós-antenais.
-Ninfas sobem para regiões da cabeça, do Machos possuem um pênis ou edeago.
pescoço e outras onde se tornam adultas.
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Phthiraptera-Piolhos
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IMP.MED.VET:
-Leva a perda de produtividade dos animais.
Figura 63. Linognathus sp., piolho sugador
-A picada do piolho, com inoculação de saliva
de cães e ruminantes.
irritante, provoca prurido, obrigando o animal a
se coçar e morder o local da picada para se
HOSPEDEIROS:
livrar do inseto. O ato de coçar pode provocar
ferida que se agrava pela invasão de germes,
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Phthiraptera-Piolhos
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Phthiraptera-Piolhos
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Trichodectes Felicola
Heterodoxus
Bovicola
Haematopinus
Linognathus
Goniodes
Lipeurus
Struthiolipeurus
Columbicola
Pthirus
Pediculus
Chelopistes
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Hemípteras – Barbeiros e
______________________________________________________________________________________________percevejos
PARTE VII
Hemípteras
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• Geralmente apresentam dois pares de asas o macho copulam. Não precisa alimentação
um par anterior do tipo hemiélitro, ou seja, asa prévia. A fêmea copula apenas uma vez e faz
com parte apical membranosa e parte basal postura parcelada (1 a 40 ovos em cada
coriácea (dura), que serve para proteção das postura) num total de quase duzentos ovos em
asas posteriores (membranosas, destinadas ao toda a sua vida. O macho copula várias vezes.
ovo - ninfa (cinco fases) – adulto. embrião está formado ficam rosados. Período de
incubação: 15 a 30 dias.
Os ovos do gênero Triatoma e Panstrongylus
são isolados, os do gênero Rhodnius são
aderidos.
A duração do ciclo depende da temperatura,
Conexivo
Parte
Parte coriácea
membranosa
GÊNERO Panstrongylus
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Tamanho grande.
• Cabeça curta e grossa.
• Tubérculo antenal bem próximo ao olho.
GÊNEROS:
Temos três gêneros de importância nessa
família: Rhodnius, Triatoma e Panstrongylus.
Eles são diferenciados principalmente pela
inserção do tubérculo antenífero.
O Triatoma possui o tubérculo na porção medial
da cabeça.
Figura 68. Cabeça de Triatoma sp.
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79
Hemípteras – Barbeiros e
______________________________________________________________________________________________percevejos
GÊNERO Rhodnius
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Tubérculo antenal bem perto do ápice.
• Cabeça muito longa e delgada, mais longa
que o tórax.
• Conexivo de cor amarelada com manchas
oblongas negras.
• Antenas com quatro segmentos.
GÊNERO Cimex
HOSPEDEIROS: Morcego e homem.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Pronoto bem pronunciado e largo no
Pronoto
CONTROLE:
Uso de inseticidas, condições decentes de
moradia humana e animal, telas nas janelas,
destruir ninhos dos barbeiros próximos as
casas.
Figura 71. Cimex sp. conhecido como
percevejo.
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Hemípteras – Barbeiros e
______________________________________________________________________________________________percevejos
comprimento (quatro vezes mais largo que alto). condições, pode viver um ano ou mais sem
• Um par de cerdas no ângulo posterior do comida.
protórax. Um adulto ingurgita-se com sangue em
• Ápteros. aproximadamente 10 a 15 minutos, e um jovem
• Muito peludos. (ninfa) em três a cinco minutos. Ele então
retorna para o seu esconderijo para fazer a
digestão do sangue. Faz alimentações
repetidas.
GÊNERO Ornithocoris
HOSPEDEIROS: Aves.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Pronoto com a parte anterior mais estreita que
a posterior parecendo uma figura trapezoidal.
Figura 72. Cimex sp. visão ventral e dorsal.
• Dois pares de cerdas nos ângulos posteriores
do protórax.
CICLO BIOLÓGICO:
• Rostro atingindo a coxa um.
A fêmea põe um a cinco ovos por dia. Ela pode
pôr um total de 200 ovos quando bem • Antenas com terceiro e quarto artículo mais
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81
Hemípteras – Barbeiros e
______________________________________________________________________________________________percevejos
CICLO BIOLÓGICO:
Após a alimentação (hematófagos) que dura 5
minutos, ocorre a cópula. Para cada postura a
fêmea copula uma vez. O período de pré-
postura é em média de 7 dias. Entre duas
posturas há um intervalo de 7 a 10 dias, após o
qual, a fêmea copula outra vez. Em cada
postura são postos em média até 50 ovos. Há
também 5 estádios ninfais. Cada estádio ninfal
realiza cerca de 3 repastos sangüíneos antes de
nova ecdise. O ciclo completo varia entre 40 a
90 dias, podendo os adultos viverem até 200
dias.
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Siphonaptera - Pulgas
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PARTE VIII
Pulgas
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SUBORDEM INTEGRICIPTA
- Não apresenta fratura no occipício.
FAMÍLIA HECTOPSYLLIDAE
GÊNERO Tunga - bicho de pé
HOSPEDEIROS: Suínos, cães e homem (rural)
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 74. Ovo de pulga. - Quase não tem tórax (achatadas): Os três
segmentos torácicos juntos, são menores que 1
a larva tece um casulo pegajoso que se fixa em
segmento abdominal.
algum substrato e fica camuflado pela poeira.
- Duas mandíbulas (lacínias) retilíneas,
Realiza-se então a terceira e última muda,
serrilhadas e longas.
dando origem a pupa. A fase de pupa dura de 7
- Palpos labiais com dois segmentos pouco
a 10 dias mas pode chegar a mais de um ano se
quitinizados.
a temperatura não for favorável. As pulgas
- Menores pulgas que existem (1 mm).
adultas permanecem no casulo até sentirem a
- Não possuem ctenídeos.
presença do hospedeiro através da liberação de
gás carbônico e vibrações.
BIOLOGIA:
As fêmeas depois de fecundadas introduzem-se
PERÍODOS DE SOBREVIVÊNCIA
na pele (pode ser em qualquer lugar, mas a
Sem alimento Com alimento:
preferência são os dedos do pé, junto ao canto
Pulga do homem – 125 dias 513 dias
das unhas) do hospedeiro, deixando livre, em
Pulga do cão – 58 234 dias
comunicação com o meio exterior apenas o
Pulga do rato – 38 dias 100 dias
Segmentos
torácicos
ápice do abdômen, no qual se encontra a saia inteiro, a destruição no interior da pele pode
abertura do ovipositor. Instalada no hospedeiro causar infecção.
começa a sugar sangue e inicia-se o
desenvolvimento dos ovos (até 100), que não SINTOMAS:
são eliminados de imediato permanecendo no No início da penetração ocorre um leve prurido,
abdômen até a pulga ficar do tamanho de uma mas com o intumescimento do abdômen do
ervilha. Após o período de incubação os ovos inseto surge a sensação dolorosa.
são expelidos e o resto do ciclo é como o da
Cabeça da pulga
maioria das pulgas. Depois de todos os ovos
serem postos a pulga murcha e cai ao solo ou é
expelida pela ulceração que se forma no local
da penetração.
Machos e fêmeas não fertilizadas sugam
intermitentemente seu hospedeiro. Somente
quando a fêmea é copulada ela penetra na pele.
O macho morre. Os ovos levam 3-4 dias para
eclodirem as larvas e 2 a 3 semanas após
tornam-se adultos. Ciclo completo: Em torno de
30 dias.
FAMÍLIA PULICIDAE
GÊNERO Ctenocephalides
HOSPEDEIROS: cão e gato.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
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Siphonaptera - Pulgas
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Pronotal
Genal
GÊNERO Xenopsylla
ESPÉCIE Xenopsylla cheops
Figura 79. Ctenídios de Ctenocephalides.
HOSPEDEIROS: Ratos.
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Siphonaptera - Pulgas
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Mesonoto
rachado
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Siphonaptera - Pulgas
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Ctenocephalides
Ctenocephalides
Cabeça
Tunga
de Tunga
Pulex -
Cerdas na cabeça
Xenopsylla- Pulex
Cerdas em forma de V
Xenopsylla
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88
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CABEÇA: ASAS:
cortantes, um par de maxilas para triturar, um calíptera ou alúla (situada no lado posterior da
lábio, um labro e hipofaringe. As maxilas podem base da asa), as duas estruturas são auxiliares
apresentar palpos maxilares (não confundir com das asas, dando equilíbrio ao vôo.
esponjinha) e nos sugadores são pouco - Tarsos terminam em duas garras, embaixo das
ANTENAS:
- As antenas possuem três segmentos: escapo,
pedicelo e flagelo (esse pode ter de 1 a 16
segmentos), pluriarticulado ou não. Essas
características definem a subordem.
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antenas
Antenas
CLASSIFICAÇÃO:
A ordem díptera esta dividida em três
subordens:
Figura 84. Antena de tabanídeo. - Nematocera – Mosquitos.
- Brachycera Tabanomorpha – Tabanídeos ou
arista. geral.
pedicelo, mas sim o flagelo, que é pendurado e Forma adulta é terrestre, vivem em ambiente
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REPRODUÇÃO:
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Nematocera - Mosquitos
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91
CLASSIFICAÇÃO DE NEMATOCERA
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Nematocera - Mosquitos
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PARTE VI
Mosquitos
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SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE
CARACTERÍSTICAS:
- Adultos com escamas abundantes.
- Probóscida bem desenvolvida. Palpos
- Palpos retos.
- Olhos grandes.
- Antenas nos machos plumosas.
GÊNERO Anopheles
BIOLOGIA DE ANOPHELES
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Criadouros são lagoas, rios e represas.
- Primeiro tergito abdominal sem escamas.
- Veiculador da malária (esporozoítas do
- Coxa posterior mais curta que a largura do
Plasmodium vivax na glândula salivar)
mesoepímero.
- Palpos da Fêmea de comprimento igual ao da - Hábito crepuscular e noturno.
probóscida. - Quando em repouso esses mosquitos formam
- Escuama com franja completa. um ângulo quase reto ao substrato.
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Nematocera - Mosquitos
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GÊNERO Aedes:
Espécie Aedes aegipty
CARACTERÍSTICAS:
- Postura preferencialmente (vizinhança da
água ou na sua superfície) em águas limpas
Figura 88. Fêmea de Aedes
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Nematocera - Mosquitos
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Palpos
FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE
Sinonímia: Mosquito pólvora, maruins.
Figura 93. Larva de Anophelinae
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Bem pequeno, até 4 mm.
- Peças bucais curtas, pungitivas e sugadoras
nas fêmeas.
- Asas hialinas com manchas claras e escuras
recobertas de curta pilosidade.
Figura 94. Larva de Culicinae. -Antenas longas com 14 segmentos com
formato de contas de rosário, plumosas nos
PUPAS:
machos. Os primeiros segmentos antenais
Após a quarta muda larvária emerge a pupa,
parecem bolas.
com a forma de uma vírgula. É móvel, porém
não se alimenta O corpo das pupas de
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Nematocera - Mosquitos
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BIOLOGIA
Ovos: Os ovos são alongados e levemente CARACTERÍSTICAS DO CULICOIDES:
encurvados; o período de incubação é de 2 a 7 - Vive nos mangues e terrenos pantanosos, pois
dias dependendo das condições do ambiente. se desenvolvem em certo grau de salinidade.
- Ovos postos em água doce ou salgada.
Larvas: As larvas apresentam 12 segmentos - As fêmeas fazem a postura em pedras,
abdominais; desenvolvem-se em meio aquático pedaços de pau.
ou semi-aquático, isto é em terrenos lodosos ou - Seis estágios larvais, só fêmeas são
de muita umidade, tanto pode ser de água doce hematófagas.
como salgada; habitat ideal é o mangue. As
larvas nadam com agilidade em busca de IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA:
microorganismos para se nutrirem. A picada é semelhante a um fósforo aceso no
braço, a picada faz formações bolhosas na pele
Adultos: São encontrados em mangues, zonas que não raro se complicam com infecção
de marés, voam pouco, não se afastam muito do secundária pelo ato de coçar. Causa dermatite
lugar onde habitam. Machos e fêmeas reúnem- em eqüinos, com perda de pele.
se em grandes enxames onde ficam voando em A picada produz lesões eczematosas
turbilhão para a cópula. As fêmeas fixam-se ao urticarianas.
corpo de outros insetos e sugam-lhes a Transmite filarias e vírus da língua azul para
hemolinfa. Se o macho após a cópula não fugir, bovinos e ovinos.
a fêmea nutre-se dele. As fêmeas são
hematófagas e atacam vorazmente o homem. FAMÍLIA PSYCHODIDAE
Podem matar se atacarem em bandos. Tem
hábito crepuscular, mas podem sugar à noite ou SUBFAMÍLIA PSYCODINAE: Psychoda -
até de dia. mosca dos banheiros. Sem importância em
medicina veterinária.
Antenas
SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE:
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Nematocera - Mosquitos
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ASTENOBIOSE OU DIAPAUSA:
Normalmente a duração do período larval
depende da temperatura e umidade; em baixa
temperatura esse período pode prolongar-se em Aparelho bucal
virtude de uma fase de hibernação que a larva
Figura 98. Aparelho bucal de Simulium
sofre depois da terceira muda.
sp
Em certas espécies, porém, independente
destas condições, sem que se verifique
diminuição da temperatura e alteração do teor CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
de umidade, a larva hiberna e sua evolução se - O adulto apresenta asa com nervuras em
interrompe. Assim em uma postura podemos ter apenas uma parte dela, a antena parece um
ovos que evoluem até fase adulta e outros que chifre e possui os segmentos do flagelo
causadores de doenças que afetam o homem e - Seu corpo é revestido de fina e curta
veicular ainda o vírus da estomatite vesicular, - Antenas com 11 segmentos, sem cerdas e
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Nematocera - Mosquitos
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A desova dos simulídeos se dá na água de rios de ar, formando uma bolha, à medida que a
e riachos com bastante correnteza, depositada bolha aumenta, o borrachudo adulto vai
sobre a vegetação marginal ou sobre rochas insinuando-se para o seu interior, a bolha se
pouco submersas; geralmente a postura efetua- desprende do pupário e sobe a tona d’água, se
se quando a fêmea voa rente a superfície da desfaz, e põem em liberdade o borrachudo.
água ou pousa sobre ela. Cada fêmea pode
depositar até 500 ovos, junto aos quais é Adultos: Os machos costumam reunir-se em
eliminada uma substância gelatinosa que grandes enxames, geralmente ao entardecer
mantém os ovos aglomerados. Depois de 5 a 7 para aguardar que alguma fêmea entre na
dias de incubação surgem as larvas. dança; quando isso acontece, logo um casal se
Larvas e pupas ficam abaixo do nível das águas afasta para a cópula.
e as larvas apresentam ventosa posterior (para Habitam áreas de cachoeiras e rios, pois só se
fixação), escova oral (para captar nutrientes desenvolvem em águas correntes.
rapidamente), pseudópodes (por isso é Hábitos diurnos (crepuscular), atacam em
chamada de semifixa) e glândulas salivares que bandos.
produzem um fio pegajoso do qual são tecidas
as pupas. As pupas são em forma de cone com
filamentos traqueais (para absorção de O2).
Ciclo se completa em quatro a oito semanas em
condições ideais de temperatura e umidade.
CONTROLE:
Povoar lagos com peixes que se alimentam
deles e controle biológico por Bacillus
thuringiensis. Evitar a poluição dos rios que
termina como os peixes.
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Brachycera Tabanomorpha
Mutucas
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PARTE VII
Mutucas
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grandes massas que variam de 200-1000 ovos e São achadas larvas de Chrysops em substrato
a oviposição varia com gênero do díptero. com maior conteúdo de água e são assim
O número de ovos e período de incubação é hidrobiontes.
variável (Período de incubação = 10 dias a oito As larvas de Tabanus são encontradas em
meses). substratos um pouco mais secos e têm uma
A eclosão das larvas acontece quatro dias distribuição mais ampla. Estas larvas são
depois dos ovos serem postos, embora este chamadas semi-hidrobiontes,
tempo dependa da temperatura ambiente. A fase larval leva freqüentemente vários meses.
A duração de desenvolvimento varia de dez a
Larvas: onze semanas às temperaturas mais altas, para
As larvas ao eclodirem dos ovos, caem na água 42 semanas às mais baixas temperaturas.
e completam o seu desenvolvimento no lodo do O primeiro instar larval eclode, passa para o
fundo d’água (se enterram); são carnívoras segundo instar larval que é positivamente
(Tabanus) alimentando-se de pequenos animais fototático fazendo com que se mova pela
ou de larvas de outros insetos, não encontrando superfície do substrato. Este segundo instar não
alimentação suficiente tornam-se canibais. As se alimenta e em três a seis dias a terceira fase
larvas carnívoras (aparelho bucal mastigador) de instar é alcançada. O terceiro instar é
na falta de alimento podem atacar animais e negativamente fototático e escava abaixo do
humanos. Passam por 8 estágios larvares, substrato. O alimento da larva de Chrysops é
sendo que o desenvolvimento é bem variável, material orgânico encontrado no substrato, a
em função da espécie, clima e quantidade de larva de Tabanus é carnívora equipada com
alimento. mandíbulas. As larvas alimentam-se de outras
O local de desenvolvimento para a larva larvas de inseto, crustáceos, caracóis e
depende do gênero e pode ser dividido em nematódeos, sendo também, canibais. A
habitats distintos. conseqüência disto é que estas larvas são
A divisão é principalmente baseada no conteúdo achadas com baixa densidade populacional no
de água do substrato no qual a larva substrato. Isto contrasta com as densidades
desenvolve. larvais de Chrysops no substrato que pode ser
muito densa.
Pupa
O período pupal é curto, de alguns dias ou
semanas. As pupas são parecidas com a
crisálida (pupário) das borboletas. A pupação se
SUBFAMÍLIA PANGONINAE
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105
Brachycera Tabanomorpha
Mutucas
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SUBFAMÍLIA TABANINAE
2-TRIBO DIACHLORINI
1-TRIBO TABANINI -Basicostas de um modo geral sem setas.
Basicostas densamente revestidas de setas e -Labelas esclerosadas.
labelas densamente pilosas. -Presença de vestígios de ocelos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Basicosta (projeção próxima à base da nervura CARACTERÍSTICAS DAS FÊMEAS QUE SÃO
7. Picada dolorosa
CONTROLE:
1)Deve-se eliminar o habitat de criação de
larvas (como terrenos mal drenados), pois os
adultos permanecem em regiões próximas ao
desenvolvimento das larvas.
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107
Moscas
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PARTE VIII
Moscas
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Calíptera
Fissura
FAMÍLIA MUSCIDAE
- Quatro faixas negras no mesonoto.
- Apresentam uma célula distal na asa.
- Três estágios larvares, sendo que a larva é
Figura 105. Fissura ptilineal. vermiforme e esbranquiçada. Na sua
extremidade anterior possui ganchos (para
capturar alimentos) e na posterior possui
1. SEÇÃO ACALIPTRATAE estigmas respiratórios com 1, 2 ou 3 aberturas,
CARACTERÍSTICAS de acordo com a fase larval (L1, L2, L3).
- Ausência de calíptera (estrutura que auxilia no
vôo). A) SUBFAMÍLIA MUSCINAE
- Sem importância em Medicina veterinária. - Aparelho bucal lambedor.
- Ex: Drosophila.
2. SEÇÃO CALIPTRATAE
CARACTERÍSTICAS
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108
Moscas
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GÊNERO Musca
ESPÉCIE Musca doméstica
CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS:
- Tamanho: ± 9 mm.
Figura 108. Peritrema de Musca
- Tórax é cinza com quatro listras longitudinais sp.
escuras e largas no dorso. - Sob condições favoráveis as fêmeas tornam-se
- O abdômen possui os lados de cor amarelada receptivas para cópula aproximadamente 36
na metade basal. A porção posterior é marrom horas após a emergência da pupa.
escura e possui uma faixa longitudinal escura no - Durante o processo de cópula as asas dos
meio do dorso. machos promíscuos rapidamente se desgastam
- Aparelho bucal com palpos maxilares médios, pela ação vigorosa das fêmeas resistindo ao
labela com pseudotraquéias (liquefaz o alimento galanteio.
sólido). - A postura é feita quatro dias após a cópula e
- Antena com arista plumosa (cerdas dos dois são depositados 75 a 150 ovos por vez. A
lados). incubação é em média de 24 h, sendo que em
- Estigmas da larva têm abertura fora do centro. temperatura de 25 a 35oC o período de
incubação é de 8 a 12 h e em 23 a 26oc - 3 a 4
dias. A postura é feita em fezes e material
orgânico em decomposição, levando em torno
de uma a três semanas para passar de L1 a L3
dependendo do substrato e temperatura
ambiente.
- O período pupal é de 14 a 28 dias, mas no
verão leva quatro a cinco dias.
- A temperatura é fator limitante para a mosca,
pois o tempo de vida dos adultos varia de 30
dias no verão e mais do que isso no inverno. A
Figura 107. Adulto de Musca domestica. 30oC o tempo de ovo a adulto é de 10 dias e a
16oC é de 46 dias. Além disso, só 10% dos ovos
BIOLOGIA: chegam a adulto, também devido à temperatura.
- A Musca é atraída por comida humana, mas - A umidade também é limitante, pois as larvas
também é encontrada em excrementos e devem penetrar logo nas fezes se não morrem
qualquer espécie de sujeira. Patógenos podem pela ação dos raios solares.
ser regurgitados na comida via gota de vômito. - Número de ovos por fêmea: 350 - 900.
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109
Moscas
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- Ciclo médio de vida (ovo à adulto em dias): 10 - Tamanho bem pequeno (4 à 5 mm).
dias em temperatura excelente. - Pernas pretas, halteres amarelos.
- Larva apresenta projeções com espinhos que
SUBSTRATOS: Alimentos açucarados, carne, funcionam como flutuadores que permitem
excrementos, matéria orgânica em sobreviver em meio semi-líquido. Antena com
decomposição ou meios em fermentação. arista nua.
- Parece uma pequena mosca doméstica.
HABITAT: Lixo, estações de tratamento de - Aparelho bucal lambedor.
efluentes, jardins que recebem adubação - Abdômen translúcido.
orgânica, resíduos de matérias primas - M1 paralela e acentuada.
açucaradas, meios fermentados.
BIOLOGIA:
IMPORTÂNCIA: - Desenvolve-se em fezes de aves.
1) Transporte forético: de microorganismos que - Ocorre mais no meio rural.
levam à febre tifóide, disenteria, cólera e mastite - O período de ovo a ovo leva 30 dias.
bovina, de protozoários como Entamoeba,
Giardia e helmintos como Taenia sp., Dipylidium IMPORTÂNCIA:
e nematóides espirurídeos. É também Pode ser hospedeiro intermediário de Raillietina
veiculadora de D. hominis. sp.,transmissor de vermes espirurídeos e produz
irritação nas aves, provocando perda de peso e
2) Hospedeiro intermediário: de endoparasitos postura.
como Habronema em cavalos e Raillietina em
aves. B) SUBFAMÍLIA STOMOXYDINAE
- Aparelho bucal picador - sugador (machos e
GÊNERO Fannia fêmeas hematófagas).
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Aparelho bucal com palpos curtos e dentes
pré-estomais na labela.
- Lembra a mosca doméstica, porém possui uma
probóscida preta que é usada para picar a pele e
sugar o sangue. Possui um abdômen mais largo
Aristas
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Figura 109. Antena com arista nua de Fannia.
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Moscas
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IMPORTÂNCIA:
BIOLOGIA:
Causa anemia nos animais e é a principal
Têm preferência por eqüídeos, mas alimenta-se
veiculadora de ovos de Dermatobia hominis, faz
numa grande variedade de animais como
transmissão mecânica do T. evansi, serve de
bovinos, porcos, cães e humanos. Durante o seu
hospedeiro intermediário do Habronema sp., é
estágio adulto são feitos vários repastos
transmissor de anemia infecciosa eqüina e
sangüíneos e uma mosca alimenta-se da vários
causa irritação no animal que não se alimenta
hospedeiros em um dia.
direito e tem perda de peso.
- Depois de ingurgitados, tanto macho quanto
fêmea ficam lentos enquanto digerem o repasto
sangüíneo. GÊNERO Haematobia
- Os lugares onde são mais comumente ESPÉCIE Haematobia irritans (mosca do
encontrados são: cercas, parede de casas, de chifre).
estábulos. Quando são perturbadas elas
geralmente voam e retornam ao mesmo local. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Essas moscas têm hábito diurno e localizam o - Tamanho de ± 6 mm.
hospedeiro através do gás carbônico expelido - Aparelho bucal com palpos longos e labela
pela respiração, elas preferem se alimentar nas sem dentes.
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Moscas
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Podem ser:
1. Clínica (localização anatômica)
a)Cutânea - podem ser furunculosas (ex:
berne), rasteiras e ulcerosas ou traumáticas.
c) Orgânica – internas.
2. Etológica
Figura 113. Adulto de Cochliomyia sp. a)Pseudomiíase – acidental.
BIOLOGIA:
Ciclo de 10 a 12 dias e a longevidade é de 45
dias, mas pode variar com a temperatura.
GÊNERO Chrysomyia
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114
Moscas
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GÊNERO Phaenicia
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Corpo com brilho metálico verde, azul ou cor
de cobre.
- Com ocelos.
- Não tem listas negras no mesonoto.
- Arista bipectinada.
- Aparelho bucal lambedor.
- Frontália e parafrontália com cerdas prateadas.
- Remigium nu (sem cerdas).
CONTROLE:
-As larvas fazem controle natural entre elas, pois BIOLOGIA:
são predadoras umas das outras, mas de Provocam miíase secundária, preferem fazer a
qualquer maneira são veiculadoras de postura em fezes de aves, lixo e carcaça de
patógenos, por isso não adiantaria proliferá-las. - animais.
Não deixar esterqueiras abertas, evitar acúmulo
de lixo. ESPÉCIE Phaenicia eximia, P. cuprina e P.
-Microhimenópteros como as vespas furam as sericata
pupas vivas das moscas e enfiam o ovipositor Ciclo biológico de 12 dias e longevidade de 40
para depositar ovos, o que impede a dias para os machos e 50 para as fêmeas,
continuação do ciclo da mosca. podendo variar com a temperatura.
-O ideal é um controle integrado, biológico e
químico. FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE
GÊNERO Sarcophaga
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Moscas
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Adulto com olhos pequenos e bem separados
e fronte com crateras. Flagelo com arista nua.
- Larvas grandes com uma placa peritremática
em forma de “D”. Os estigmas são porosos. A
larva I mede 1-3 mm., é segmentada e
apresenta filas transversais de espinhos e 2
ganchos bucais quitinosos fortes e curvos que
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Moscas
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máxima luminosidade, momento em que os As larvas III maduras, saem para o exterior,
animais ficam na sombra, agrupados e se favorecendo sua saída pelos mecanismos
protegem entre si mantendo sua cabeça baixa e defensivos do animal. A metamorfose até adulto
narinas próximas do solo. As fêmeas leva entre 25-30 dias em período quente,
fecundadas depositam larvas I imersas em uma prolongando-se até 2-3 meses na estação fria,
mucosidade nas imediações das fossas nasais. momento que aproveitam para entrar em
Estas migram e invadem cavidades, seios diapausa pupal. O adulto emergente da pupa
nasais, paranasais e frontais. Seu não se alimenta, pois suas peças bucais são
desenvolvimento parece depender da geração a rudimentares. A cópula ocorre no solo e os
que pertence. Será mais rápido (15 dias) para adultos freqüentam os lugares onde o
larvas depositadas na primavera-verão, e mais hospedeiro está presente. A fêmea põe 30-50
tardio no final de verão, início de outono, larvas em cada postura, podendo chegar a 500
podendo entrar em um período de letargia em todo o período de larviposição. O CO2 e o
larvária de 7-9 meses. As mudas larvais L-II e L- odor do hospedeiro atraem as moscas. O
III ocorrem em 25-35 dias, prolongando-se até número médio de larvas por animal pode oscilar
10-11 meses no caso de gerações de outono e entre 5 a 30 exemplares.
condições climáticas adversas.
As larvas, por meio de seus espinhos e céfalo- IMPORTÂNCIA:
esqueleto, exercem irritação das mucosas Inflamação dos seios frontais e infecção, devido
sinusais, iniciando-se nos cornetos, cavidade e a presença de larvas (L2 e L3) que irritam e
tabique nasal, podendo chegar aos seios saem pelo espirro ou por livre vontade e que
frontais. Alimentam-se de sangue, tecidos da podem ficar de 2 semanas até 10 meses no
mucosa e muco que ela segrega. animal. É chamada praga de verão porque as
moscas irritam os animais que ficam indóceis e
tentam esconder o focinho. Raramente é mortal.
FAMÍLIA CUTEREBRIDAE
GÊNERO Cuterebra (BERNE DE
ROEDORES).
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Moscas
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
• Adulto com cabeça e tórax castanhos e
abdômen azul metálico.
• Larva com espinhos e ganchos só na parte
mais larga. Estigmas respiratórios na parte mais
estreita.
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Moscas
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CICLO BIOLÓGICO:
MANEJO INTEGRADO: inseticida; raças A oviposição é feita em vôos rápidos e os ovos
resistentes (zebu) aderem ao pêlo. De 7 a 10 dias tem-se a
eclosão da L1 que penetra na mucosa bucal
FAMÍLIA GASTEROPHILIDAE onde fica migrando de 2 a 6 semanas (varia com
GÊNERO Gasterophilus a espécie). As larvas são deglutidas por
ESPÉCIES G. nasalis; G. intestinalis; G. eqüídeos e quando chegam ao estômago e
haemorroidalis duodeno, vão à L2 e L3 e pelas fezes chegam
HOSPEDEIROS: Eqüinos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS:
• Adulto possui o corpo recoberto por pêlos
sedosos e amarelos (lembra abelha, mas essa
têm dois pares de asas).
• Larvas grandes com ganchos orais em forma
de foice, corpo segmentado coberto por
espinhos (Uma fileira no caso de G. nasalis e 2 Figura 124. Ovo de Gasterophilus preso
ao pêlo.
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Moscas
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CONTROLE:
Figura 125. Larva de Gasterophilus sp.
Depende da criação e do manejo, mas se deve
cortar o pêlo da ganacha no verão e escovar ou
ao solo virando pupa e mais tarde, adultos.
passar esponja com água morna, para soltar os
ovos presos ao pelo e matar as larvas.
PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES:
SEÇÃO PUPÍPARA
1) Oviposição: G. nasalis e G. haemorroidalis
• A pupa se encontra sempre no chão onde se
realizam oviposição nos pêlos da região da
enterra para fugir de predadores. Ela se
ganacha (barba) enquanto que G. intestinalis
forma pelo endurecimento da larva três.
prefere pêlos dos membros anteriores.
• A fêmea origina diretamente a pupa.
• As larvas se desenvolvem no pseudo-útero
2) Eclosão da larva: G. nasalis e G.
da fêmea.
haemorroidalis a larva penetra na mucosa assim
• As moscas são achatadas dorso-
que eclode, já em G. intestinalis para abandonar
ventralmente
o ovo a larva necessita um estímulo térmico de
• Apresentam um envoltório coriáceo (duro)
umidade e fricção. Os estímulos são dados pela
lambida do cavalo. • Dípteros anômalos (por não apresentarem
asas ou terem asas rudimentares)
antes de ser deglutido a larva para na faringe • Os palpos guardam as peças bucais (nos
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Moscas
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CARACTERÍSTICAS:
• Asa reduzida à pequena calosidade
• Ficam presos à lã por uma substância
pegajosa na pupa
IMPORTÂNCIA:
Transmissor do protozoário Trypanosoma
mellophagium
Figura 126. Hipoboscidae de pombos.
GÊNERO Lipoptena
HOSPEDEIROS:
Cervídeos
CARACTERÍSTICAS:
FILO PROTOZOA
SUBFILO
SARCOMASTIGOPHORA
FAMÍLIA
ENDAMOEBIDAE CLASSE
PIROPLASMASIDA
SUBFILO APICOMPLEXA
GÊNERO OU SPOROZOA
ENTAMOEBA ORDEM
PIROPLASMORIDA
CLASSE SPOROASIDA
OU COCCIDIIA
FAMILIA
BABESIDAE
ORDEM
EUCOCCIDIORINA
GÊNERO
BABESIA
FAMILIA
FAMILIA SARCOCYSTIDAE
FAMILIA FAMILIA FAMILIA
EIMERIIDAE CRYPTOSPORIDAE PLASMODIIDAE HEPATOZOIDAE
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Protozoários
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CAPÍTULO III
Protozoários
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Protozoários
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I -SUBFILO SARCOMASTIGOPHORA
Nesse Subfilo estão compreendidos os
protozoários que possuem organelas para sua
locomoção como: flagelos, pseudópodes ou
ambos.
CARACTERÍSTICAS:
- Normalmente não intracelulares.
- Possuem organelas de locomoção como
flagelos e pseudópodes.
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Flagelados
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PARTE I
Flagelados
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CLASSE MASTIGOPHORA – Locomoção por O macho uma vez infectado passa a ser o
flagelos. agente transmissor. Pode ocorrer contaminação
por fômites e inseminação artificial. As vacas por
I-ORDEM TRICHOMONADIDA sua vez adquirem resistência com o tempo,
Possuem quatro a seis flagelos (sendo um podendo dar origem a terneiros sãos por
recorrente) unidos a uma membrana ondulante. inseminação artificial (para não contaminar os
touros).
FAMÍLIA TRICHOMONADIDAE
GÊNERO Tritrichomonas IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
LOCAL: Prepúcio dos machos e vagina das invadir o útero atacando as membranas fetais e
- Presença de quatro flagelos, sendo três curtos outras vacas através do coito, sendo
através do coito, por isso esse protozoário não para as fêmeas (três a quatro meses, pois a
apresenta forma cística, pois não necessita de mudança de pH durante o cio mata o parasito) e
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Flagelados
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OBS: T. vaginalis - Aparece nas mulheres. Ë Ingestão de cistos contidos nos alimentos e
favorecido pela baixa de pH (quando a mulher água.
passa da puberdade). Fazer exames Os cistos são viáveis por até duas semanas no
ginecológicos periodicamente. ambiente.
T. gengivalis - Aparece em pessoas que
têm muita cárie e tártaro, pois o protozoário FORMAS EVOLUTIVAS: Cisto e trofozoíto.
digere restos alimentares e bactérias. Fazer
revisão periódica dos dentes.
T. intestinalis - Há baixa patogenicidade no
homem. Aparece no esôfago de pombos.
II - ORDEM DIPLOMONADIDA
FAMÍLIA HEXAMITIDAE
A forma trofozoíta apresenta simetria bilateral e
seis a oito flagelos.
GÊNERO Giardia
ESPÉCIE Giardia lamblia = intestinalis
HOSPEDEIROS:
Figura 130. Cistos de Giardia sp. corados
Homem, cão, caprinos, bovinos. pelo lugol. Aumento de 400X.
LOCAL: Intestino.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Trofozoíta com formato piriforme.
- Possui dois núcleos.
- Possui vários flagelos (seis a oito).
- Possui dois axóstilos.
- Possui discos suctórios (ventosas) que
mantém o parasito na mucosa para que ele se
alimente.
Figura 131. Forma trofozoíta de
- Apresenta forma cística alongada com quatro
Giardia sp.
núcleos.
- Com simetria bilateral.
CICLO BIOLÓGICO:
A contaminação se dá através da ingestão de
TRANSMISSÃO:
alimentos ou água contaminados com a forma
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Flagelados
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TRANSMISSÃO:
A ave contamina-se por Ingestão de ovos de
Heterakis gallinarum (parasita dos cecos das
aves) contendo o Histomonas no seu interior.
ESTÁGIOS: Trofozoíto.
fixa no intestino, os parasitas (Histomonas) próximo ao núcleo e flagelo livre sem membrana
liberam-se e penetram na mucosa do intestino ondulante.
onde se reproduzem por fissão binária. Alguns
trofozoítas migram para o fígado produzindo - Forma epimastigota: Estrutura em forma de
lesões características. foice onde o cinetoplasto é anterior e aparece
próximo ao núcleo.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
Pode levar a inflamação do ceco seguida de - Forma promastigota: estrutura em forma de
alterações patológicas no fígado foice que aparece em cultura de células e em
(enterohepatite), acarretando na queda de hospedeiro invertebrado. Ë uma forma
produtividade do plantel e até morte das aves. alongada, onde o flagelo não forma membrana
É uma doença principalmente de aves jovens. ondulante, o cinetoplasto fica na extremidade
anterior, longe do núcleo e este é central.
PROFILAXIA:
Os perus devem ser criados em terrenos que - Forma esferomastigota: Estrutura arredon-
não tenham sido utilizados por galinhas, pois as dada que aparece dentro de células que possui
galinhas são os principais reservatórios da um núcleo central e um cinetoplasto e ainda um
doença já que disseminam o parasito sem pequeno flagelo.
adoecer.
IV - ORDEM KINETOPLASTIDA
FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE
GÊNERO Trypanosoma
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Flagelados
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VETORES: VETORES:
Stomoxys e tabanídeos. Stomoxys e tabanídeos.
CICLO BIOLÓGICO:
O vetor pica o hospedeiro contaminado
ingerindo a forma tripomastigota e na sua
probóscida se transforma em promastigota, que
se multiplica por divisões binárias sucessivas e
Figura 135. Forma tripomastigota de
quando o inseto pica novamente outro animal T. evansi.
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Flagelados
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PROFILAXIA:
Combate aos vetores.
IV - Trypanosoma equiperdum
TRANSMISSÃO:
Passam de hospedeiro vertebrado para outro
hospedeiro vertebrado sem auxílio de insetos
vetores. Transmissão de tripomastigotas através
do coito.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
1. Forma tripomastigota:
- Núcleo bem visível. Figura 137. Promastigotas de Leishmania
sp.
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Flagelados
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1. Forma amastigota:
- Estruturas arredondadas pequenas e
aglomeradas.
- Núcleo central.
- Ausência de flagelo.
- Encontrada nos vertebrados.
2. Forma Promastigota:
Figura 138. Ciclo biológico de Leishmania sp.
- Encontrada no inseto vetor.
- Corpo alongado.
- Flagelo livre na extremidade anterior do corpo. PATOGENIA:
A L. donovani é um parasito exclusivo do
CICLO BIOLÓGICO: Sistema Fagocitário Mononuclear (antigo Sist.
Na picada o vetor (Lutzomyia) se infecta com a Ret. Endotelial), principalmente das células
forma amastigota (que está dentro de localizadas no baço, fígado e medula óssea. No
macrófagos) e essas se transformam em citoplasma das células os parasitas multiplicam-
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Flagelados
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PATOGENIA:
A infecção estabelece-se pela inoculação de
promastigotas através da picada de
flebotomíneos. Os parasitas ficam incubados
(em média de duas semanas a dois meses) nas
células histiocitárias da pele onde se multiplicam
sob a forma de amastigotas, aparecendo então
a lesão inicial.
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Coccídeos
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PARTE II
Coccídeos
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FASES DE REPRODUÇÃO:
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Coccídeos
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Eimeriidae cujos oocistos esporulados possuem coccidiostático, estado nutricional das aves e
HOSPEDEIROS:
Mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes.
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Coccídeos
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Coccídeos
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ESPÉCIES:
Cystoisospora canis – Cão.
Cystoisospora felis – Felinos.
Cystoisospora rivolta – Felinos.
Cystoisospora ohioensis – Cão.
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Coccídeos
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Coccídeos
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PROFILAXIA:
Deve ser feita a limpeza diária de gatis, remoção
adequada de fezes, precauções higiênicas como
lavar as mãos antes das refeições e uso de
Figura 146. Ciclo de Toxoplasma gondii
luvas na jardinagem, não dar carne crua aos
outros órgãos passando a se chamar
gatos, cobrir as rações.
trofozoítos. Nestes ocorre a reprodução
assexuada (esquizogonia). Esta fase é tão
OBS: Hammondia e Frenkelia também são
rápida que os trofozoítas são chamados de
parasitas de cães e gatos e têm importância no
taquizoítas e é a fase aguda da doença. O
diagnóstico diferencial de oocistos.
organismo do animal reage e cria anticorpos e
os taquizoítas então diminuem sua velocidade
de reprodução passando a se chamar GÊNERO Neospora
bradizoítas, que formam uma parede cística ESPÉCIES: Neospora caninum
como proteção aos anticorpos. O hospedeiro
definitivo se infecta ao ingerir restos de animais HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Cão.
contaminados com os esquizontes (cistos), na
mucosa intestinal ocorre a gametogonia e o HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Bovinos,
oocisto formado vai ao meio ambiente com as caninos, caprinos, ovinos, eqüinos e cervídeos.
fezes. Ocorre a esporulação formando um
conjunto de dois esporocistos contendo quatro CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
esporozoítas e esses esporozoítas são as - Oocistos medem entre 10 à 12 µm.
formas infectantes para o hospedeiro - Os taquizoítos e cistos são as formas
intermediário. encontradas intracelularmente no hospedeiro
intermediário
OBS: Pode haver transmissão pré-natal. O - Os taquizoítos possuem forma de lua e medem
hospedeiro intermediário pode contaminar-se em torno de 6 X 2 µm de comprimento, e podem
através da ingestão de carne mal cozida ser encontrados em diferentes células do corpo.
contendo cistos do parasito. - Os cistos possuem forma oval, podem medir
até 107 µm de diâmetro e são encontrados nas
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: células do sistema nervoso.
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Coccídeos
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qualquer época da gestação, fetos podem bovino - as amostras devem ser colhidas até 90
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Coccídeos
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SUBCLASSE GREGARINASINA
FAMÍLIA HEPATOZOIIDAE
GÊNERO Hepatozoon
ESPÉCIE Hepatozoon canis
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Carrapato
Rhipicephalus sanguineus.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Cães.
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Coccídeos
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Babesias
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PARTE III
Babesias
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CLASSE PIROPLASMASIDA
ORDEM PIROPLASMORIDA
FAMÍLIA BABESIDAE
GÊNERO Babesia
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E
HOSPEDEIROS:
1. Babesia canis - Cães
Figura149. Babesia bovis no interior
-Grande Babesia. da hemácia
-Aparece um a dois trofozoítas dentro da -Pode aparecer nos capilares do cérebro,
provocando trombos nos vasos.
hemácia.
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Babesias
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-Aparecem um, dois, três ou quatro trofozoítas, tubo digestivo do carrapato e nelas se multiplica
sendo que quando aparecem quatro, são em por divisão binária ou múltipla até as células se
forma de cruz de malta. romperem e liberarem os vermículos
-Animal permanece portador por toda a sua (organismos claviformes, móveis e alongados).
vida. Esses vermículos migram para os tecidos da
fêmea do carrapato, através da hemolinfa,
6. B. caballi - Equinos podendo chegar aos ovários (transmissão
-Grande Babesia. transovariana) ou as glândulas salivares
-Aparece um a dois trofozoítas dentro da (transmissão transestadial) na forma de
hemácia. trofozoítas. O carrapato ao sugar o hospedeiro
inocula as formas trofozoítas que penetram nas
hemácias do animal e se dividem
assexuadamente por divisão binária formando
merozoítas. A célula se rompe e os merozoítas
são liberados penetrando em novas hemácias.
TIPOS DE TRANSMISSÃO:
Figura 151. Babesia caballi no Transovariana - Ocorre nas babesioses
interior da hemácia.
transmitidas por carrapatos monoxenos, como
Boophilus microplus e Anocentor nitens. Por só
CICLO BIOLÓGICO:
terem um hospedeiro na vida, a transmissão é
O carrapato ao se alimentar do sangue do
da fêmea para seus ovos. As larvas ou ninfas
hospedeiro definitivo ingere os merozoítos que
originadas desses irão contaminar outros
se diferenciam e fazem a reprodução sexuada
animais.
ou gametogonia que vai dar origem a um zigoto
chamado oocineto. Este penetra nas células do
Transestadial - ocorre nas babesioses
transmitidas por carrapatos heteroxenos, como
Rhipicephalus sanguineus. Por a muda ocorrer
no solo, a larva infectada passa para ninfa com
as formas infectantes e essa então transmite o
parasita a outro animal.
PROFILAXIA:
Deve ser feito o controle dos vetores. Em
regiões endêmicas os animais já têm imunidade
adquirida através do colostro que deve ser
reforçada gradativamente com o
desenvolvimento do animal.
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Rickettsias
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CAPÍTULO IV
Rickettsias
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sinais da fase aguda porém atenuados, que o torna uma peça útil para a elaboração do
encontrando-se apático, caquético e com diagnóstico.
susceptibilidade aumentada a infecções Um outro teste bastante simples e disponível, é
secundárias, em conseqüência do o teste de Immunocomb, que se baseia na
comprometimento imunológico. detecção de anticorpos IgG contra Erlichia canis
no soro. Este teste é muito útil no
DIAGNÓSTICO: monitoramento dos níveis de anticorpos,
O diagnóstico laboratorial consiste na principalmente nas fases sub-clínica e crônica,
observação de E. canis em esfregaços de onde é muito difícil o encontro da E. canis em
sangue do cão infectado, ou em decalques dos esfregaço sanguíneo. É também útil no
órgãos alvo. monitoramento dos níveis de anticorpos pós
Pode-se ainda realizar o diagnóstico por tratamento.
imunofluorescência indireta, que constitui um
método sensível e muito específico, permitindo o PROFILAXIA:
diagnóstico preciso da erliquiose. A prevenção da doença tem um caráter de suma
A trombocitopenia presente no quadro clínico importância nos canis e no locais de grande
não permite que se confirme o diagnóstico da concentração de animais. Devido a inexistência
doença, mas em áreas sabidamente endêmicas, de vacina contra esta enfermidade, a prevenção
a erliquiose dever ser considerada como a é realizada através do controle do vetor da
primeira suspeita. A confirmação do diagnóstico doença: o carrapato. Para tanto, produtos
pode ser reforçada se for encontrado acaricidas ambientais e de uso tópico são
hipoalbuminemia e hiperglobulinemia associado eficazes desde que seja realizado o manejo
a trombocitopenia. correto.
A técnica de PCR (polymerase chain reaction), Todo animal que entre em uma propriedade ou
permite um diagnóstico rápido e com canil, deve ser mantido em quarentena e tratado
sensibilidade semelhante a outras técnicas, o para carrapatos. Caso seja positivo para
Ehrlichia, deverá ser tratado antes de ingressar
na criação.
Nas áreas endêmicas, o fluxo de cães deve ser
mínimo e quando ocorrer, recomenda-se tratar o
animal com doxiciclina por um período de 1
mês.
GÊNERO Anaplasma
ESPÉCIES:
Figura 153. Corpúsculo de Ehrlichia em
neutrófilo segmentado. -A. centrale
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Rickettsias
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DIAGNÓSTICO:
Presença de organismos pequenos e redondos
de cor vermelha - escura no interior dos Figura 154. Corpúsculos de
Anaplasma nas hemácias.
eritrócitos em esfregaço sanguíneo corado com
Giemsa.
Testes de fixação de complemento, aglutinação
e imunofluorescência indireta.
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CAPÍTULO V
Helmintos
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HELMINTOLOGIA - Metazoários
- NEMATHELMINTOS: vermes redondos, com
parede do corpo chamada de cutícula.
- PLATHELMINTOS: vermes achatados, com
parede do corpo chamada de tegumento.
- ACANTOCEPHALA: Cabeça em forma de
espinho.
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Trematóides
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PARTE I
Trematóides
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Trematóides
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CONTROLE:
-Combater os moluscos.
-Tratar os animais
CLASSE TREMATODA
SUBCLASSE DIGENEA
- Aparelho genital masculino e feminino no
mesmo indivíduo.
- Necessitam de dois hospedeiros.
Figura 156. Ovo de Fasciola hepatica.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
- Cone cefálico, que é uma projeção anterior do
corpo onde fica a abertura da ventosa oral.
- Corpo muito grande em relação aos outros
trematódeos, com espinhos no tegumento.
- Só se distingue ovário e testículos pela
localização.
Figura 155. Adultos de Fasciola hepatica.
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Trematóides
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- Ovos com 150 µm amarelados pela bile. intestinal e caem na cavidade peritonial
perfurando o peritônio visceral do fígado e neste
CICLO BIOLÓGICO: local migram até quatro meses, depois vão aos
Os ovos saem nas fezes do hospedeiro ductos biliares onde ficam adultos, se alimentam
definitivo e as chuvas os arrastam até os riachos de sangue e após oito semanas da infecção já
onde são liberados os miracídios que migram e eliminam ovos.
penetram ativamente na partes moles dos PPP - 3 a 4 meses
moluscos, formando então os esporocistos, que
migram para a região pré-cordial e se IMPORTÂNCIA EM HIGIENE E SAÚDE
transformam em rédia I. Se o meio for favorável PÚBLICA:
ele vira logo cercária, mas se não, como no - Observar a proveniência das verduras e outros
caso de uma estiagem prolongada, o molusco alimentos porque é passível de parasitar
se afunda na lama e só quando o meio se torna humanos (zoonose).
favorável é que seu metabolismo volta ao
normal e a rédia se torna cercária. Essas são IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
semelhantes aos adultos e já apresentam - As formas jovens migram no parênquima
cauda, saindo pelas partes moles do molusco e hepático destruindo-o. É a fase aguda da
caindo na água. Dirigem-se então para o talo doença.
submerso do capim da várzea onde se fixam, - Os adultos provocam espoliação nos ductos
perdem a cauda e passam a metacercária que biliares e na forma crônica da doença pode
possui uma substância cimentante que evita a haver calcificação dos ductos biliares.
desidratação e aí sobrevive por anos. Quando - Provoca perdas na produção animal e mortes
há estiagem, a lâmina dos rios desce e elas muitas vezes pela migração das formas jovens,
ficam expostas, e assim são ingeridas pelos sendo que por isso, o exame de fezes é
hospedeiros definitivos ao pastorear. No tubo negativo, pois ainda não há eliminação de ovos.
digestivo desses animais as metacercárias
perdem as carapaças de proteção e passam a II - FAMÍLIA DICROCOELIIDAE
ser formas jovens que penetram na mucosa CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
- Posição anterior do ovário e testículo em
relação ao útero.
- Ceco mediano retilíneo.
- Glândulas vitelínicas medianas ao corpo do
parasito.
GÊNERO Eurytrema
ESPÉCIE Eurytrema pancreaticum
Figura 157. Cercaria de Fasciola.
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Trematóides
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\A
O
Figura 161. Paramphistomum mostrando A –
acetábulo ou ventosa ventral e O - Ventosa
oral.
SUBORDEM STREGEATA
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
SUPERFAMÍLIA SCHISTOSOMATOIDEA
-Não apresenta ventosa genital.
FAMÍLIA SCHISTOSOMATIDAE
CICLO BIOLÓGICO:
Os ovos saem nas fezes e liberam no meio
GÊNERO Schistosoma
ambiente o miracídio que vai à água penetrar no ESPÉCIE Schistosoma mansoni
PROFILAXIA:
Identificar os meses de população máxima de
caramujos pela temperatura, não deixando que
os bovinos fiquem expostos a extensões de
água contaminada nessas ocasiões. Figura 165. Furcocercária de Schistosoma
sp.
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159
Cestóides
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PARTE II
Cestóides
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Colo
Estróbilo
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Cestóides
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Suíno.
T. taeniformis Felinos Roedores Estrobilocercus Cysticercus fasciolaris Fígado e cavid. abdominal
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Cestóides
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-Número de proglotes variável, muitos deles contaminados e pela ação da bile libera o
-Proglotes maduras mais largas do que altas. esquelética ou cardíaca, onde ocorre o
-Proglotes grávidas mais altas do que largas. desenvolvimento da forma larvar (cysticercus).
hospedeiro intermediário.
1 - ESPÉCIE T. solium
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Cestóides
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Ventosa
Coroa de
ganchos
Figura 170. Cysticercus removido do tecido e Figura 171. T. saginata um parasita do intestino
corado. Observar a coroa de ganchos e delgado de humanos.
ventosas.
- Útero com 15 a 35 ramificações.
- Cabeça com rostelo de ganchos. - Cabeça sem rostelo de ganchos.
- Adulto mede em torno de 3 metros de - Mede em torno de 8 metros e possui mais de
comprimento com 800 a 1000 proglotes. 1000 proglotes.
OBS: A forma larval é o Cysticercus tenuicollis, O verme adulto de quase 100 cm é encontrado
vulgarmente conhecido como “bolha d'água”. no cão onde coloca seus ovos que vão ao meio
ambiente com as fezes. O ovino ingere com a
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: pastagem os ovos contendo a oncosfera que é
Nos hospedeiros intermediários leva ao descarte liberada e transportada pelo sangue ao cérebro
de vísceras com as formas infectantes. ou medula espinhal onde desenvolve o estágio
larval chamado de Coenurus cerebralis. Este, é
4 - ESPÉCIE T. taeniformis um grande cisto (5 cm) cheio de líquido que
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Felinos. apresenta vários escólex na sua parede. E
HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Roedores. conforme vai desenvolvendo-se vão aparecendo
os sintomas clínicos no ovino como andar em
IMP.MED.VET: círculos, alterações na postura, defeitos visuais,
A forma larvar determina achados clínicos e paraplegias.
patológicos no fígado de roedores.
PPP: 8 meses
5- ESPÉCIE Taenia multiceps
GÊNERO Echinococcus
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão e canídeos ESPÉCIE Echinococcus granulosus
selvagens.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ruminantes, HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão.
principalmente ovinos.
FORMA ADULTA:
-Escólex e rostelo com ganchos.
-Apresenta no máximo cinco proglotes.
-É quase invisível a olho nu pelo seu pequeno
tamanho (5 mm).
CICLO BIOLÓGICO:
O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir
vísceras do hospedeiro intermediário contendo o
cisto hidático (forma larval). As larvas originam
adultos no tubo digestivo do cão. As proglotes
grávidas cheias de ovos se destacam e vão ao
Figura 174. Areia hidática retirada do
interior do cisto hidático. meio ambiente com as fezes. Neste, os ovos se
Forma larvar no cérebro, fígado e pulmão. fígado ou pela circulação vão ao pulmão e
por 5 a 6 meses).
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
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Cestóides
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CICLO BIOLÓGICO:
As proglotes grávidas vão ao meio ambiente Figura 178. Ovo de Raillietina
com as fezes e o molusco ingere os ovos. No
corpo desse molusco ocorre o desenvolvimento
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Cestóides
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CICLO BIOLÓGICO:
O cão infecta-se ao se coçar e lamber, quando
acidentalmente ingere a pulga contendo
Figura 179. Adulto de Dipylidium caninum Figura 180. Cápsula ovigera de Dipilydium
contendo ovos
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Cestóides
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CICLO BIOLÓGICO:
O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir o
hospedeiro intermediário que contém a forma
larvar. No tubo digestivo do hospedeiro definitivo
ela se fixa no intestino delgado e desenvolve-se
eliminando mais tarde, as proglotes grávidas
que saem nas fezes. No ambiente o hospedeiro
intermediário ingere os ovos que originam a
Figura 181. Ciclo de Dipylidium caninum
forma larvar.
IMP.MED.VET:
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
Há uma incidência grande em criações de cães.
A importância é nas criações extensivas onde as
As proglotes ativas saem pelo ânus causando
aves ficam em contato direto com o chão e
um prurido muito grande o que leva muitas
conseqüentemente com minhocas. Em
vezes o cão a arrastar o traseiro no chão. Em
infecções elevadíssimas leva a alterações como
casos de altas infecções pode ocorrer
gastrenterite, queda no desenvolvimento das
inflamação intestinal, diarréia e cólica.
aves e da produção.
grosso.
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA:
-Estróbilo se destaca.
-Corpo maior.
-Não apresenta projeções digitiformes.
-Ventosas que “olham” para cima.
-Não se vê estruturas internas.
-Proglotes empilhadas.
Projeções
digitiformes
GÊNERO Anoplocephala
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Cestóides
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C
A
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Cestóides
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LOCAL: Forma adulta no intestino delgado. nas fezes e no pasto são ingeridos por ácaros e
nesses se desenvolvem as formas larvares. O
hospedeiro definitivo se contamina ingerindo
Escólex
SUBFAMÍLIA THYSANOSOMINAE
GÊNERO Thysanosoma
ESPÉCIE Thysanosoma actinioides
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Cestóides
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Nematóides
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CLASSE
FILO NEMATHELMINTHES NEMATODA
ORDEM
STRONGYLIDA ORDEM ORDEM ORDEM ORDEM ORDEM
OXYURIDA ASCARIDIDA SPIRURIDA ENOPLIDA RHABDITIDA
FAMILIA
STRONGYLIDAE FAMILIA
Strongylus FAMÍLIA FAMÍLIA FAMÍLIA FAMÍLIA STRONGYLOIDIDAE
OXYURIDAE ASCARIDIIDAE PHYSALOPTERIDAE DIOCTOPHYMATIDAE Strongyloides
Oxyuris Ascaridia Physaloptera Dioctophyma
FAMILIA Passalurus
SYNGAMIDAE Syphacia
Stephanurus FAMÍLIA FAMÍLIA THELAZIIDAE FAMÍLIA
Syngamus HETERAKIDAE Thelazia TRICHURIDAE
Heterakis Oxyspirura Capillaria
Trichuris
FAMÍLIA
ANCYLOSTOMATIDAE FAMÍLIA SPIROCERCIDAE
Ancylostoma FAMÍLIA Ascarops
Bunostomum ASCARIDIDAE Physocephalus
Ascaris Spirocerca
Parascaris
FAMÍLIA Toxascaris
CHABERTIDAE Toxocara
Chabertia FAMÍLIA
Oesophagostomum HABRONEMATIDAE
FAMÍLIA Habronema
ACUARIIDAE
Cheilospirura
FAMILIA
Dispharynx
TRICHOSTRONGYLIDAE
Cooperia FAMÍLIA
Ostertagia ONCHOCERCIDAE
Teladorsagia Dirofilaria
FAMÍLIA
Trichostrongylus Dipetalonema
SUBULURIDAE
Haemonchus Onchocerca
Subulura
Setaria
FAMILIA
DICTYOCAULIDAE
Dictyocaulus
Nematodirus
FAMILIA
ANGIOSTRONGYLIDAE
Aelurostrongylus
Angiostrongylus
FAMILIA
METASTRONGYLIDAE
Metastrongylus
FAMILIA
PROTOSTRONGYLIDAE
Muellerius
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Nematóides
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PARTE III
Nematóides
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FILO NEMATHELMINTOS
CLASSE NEMATODA
CARACTERÍSTICAS
- Vermes de corpo cilíndrico.
- Simetria bilateral.
- Dupla camada de membranas.
- Músculos lisos segmentados entre as
membranas.
- Pode apresentar cristas, espinhos ou asas
(essas podem ser cefálicas, cervicais ou
caudais).
- Sistema digestivo completo (boca, vestíbulo
oral, lábios, esôfago, faringe, intestino e ânus ou
abertura anal).
- Dimorfismo sexual (embora existam fêmeas
partenogenéticas).
4.Mesodelfas: útero faz uma volta, onde os (que são estruturas quitinizadas para condução
ovários quase se tocam. do sêmen à abertura genital e que podem ser
simples, com ganchos ou ornamentados), um
SISTEMA GENITAL MASCULINO: gubernáculo (que orienta os espículos durante a
É composto por dois testículos, dois canais cópula) e 1 bolsa copuladora com raios bursais.
deferentes, um canal ejaculador, dois espículos Essa é dividida em troncos (para abraçar a
fêmea):
1. Tronco ventral: dois troncos para cima.
2. Tronco lateral: três troncos para trás.
3. Tronco dorsal: três troncos para trás.
TIPOS DE OVOS
1. Simples.
2. Operculado.
3. Bioperculado.
4. Larvado.
3 4
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Nematóides
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
OBS: A resistência da larva é devido a sua
-Tamanho muito pequeno (♀ parasitas menores
cutícula. Em cada muda ela perde a cutícula e
ganha outra, a não ser na passagem de L2 para que 1 cm).
L3, pois aí a L3 retém a cutícula da L2 ficando -Fêmeas partenogenéticas, com boca trilabiada,
com duas e se tornando assim mais resistente sem cápsula bucal e com esôfago claviforme.
às condições do meio ambiente. -Ovário e útero anfidelfos (alças p/ lados
diferentes) e no 2° quarto do corpo.
FORMAS DE INFECÇÃO -Larvas com esôfago filariforme, ocupando um
-Picada de mosquito. terço do tamanho do corpo.
-Ingestão de ovos. -Aparecem ovos por todo o corpo da fêmea.
-Ingestão de larvas. -Ovo larvado com 50 a 60 micras.
-Ingestão do HI.
-Infecção cutânea (penetração).
ORDEM RHABDITIDA
SUPERFAMÍLIA RHABDITOIDEA
FAMÍLIA STRONGYLOIDIDAE
Figura 196. Ovo larvado de Strongyloides.
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Nematóides
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PPP- 15 à 25 dias
IMP.MED.VET:
Atingem exclusivamente animais jovens
Figura 197. Ciclo biológico de Strongyloides (primeiros meses de idade), podendo afetar
sp. fêmeas em lactação. A penetração das larvas na
OBS: Só as fêmeas partenogenéticas são pele causa irritação, inflamação local e dermatite
parasitas. Essas são triplóides e possuem localizada (que pode ser purulenta), tudo
esôfago filariforme. Machos são haplóides e depende do número de larvas e do local de
fêmeas de vida livre são diplóides e produzem penetração. A passagem pelo pulmão pode
indivíduos triplóides. Esses possuem esôfago causar processos inflamatórios (pneumonia) e
rabditiforme (ocupa ¼ do corpo). as formas adultas que estão nas vilosidades
intestinais promovem a erosão destas
CICLO BIOLÓGICO: provocando infecção e levando a enterite
1 - Homogômico ou direto: Em condições catarral, que apresenta muito catarro e muco.
ambientais favoráveis a L1 vai a L2 e L3 dentro Pode gerar também aumento do peristaltismo
ou fora do ovo. O hospedeiro definitivo se intestinal provocando diarréia, má absorção
contamina através da penetração das larvas L3 alimentar, desidratação o que acarreta
na pele e essas ganham as arteríolas, coração, diminuição do desenvolvimento dos animais
pulmão e nos bronquíolos a L3 passa a L4 e vai jovens. Em casos graves leva a morte do
aos brônquios, traquéia, laringe, onde são animal.
deglutidas caem no tubo digestivo e passam a Período pré-patente- 15- 25 dias.
L5 (larvas jovens) desenvolvendo-se as fêmeas
partenogenéticas. Outra forma de infecção é
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Nematóides
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OBS: Utiliza-se para diagnóstico a técnica -Macho com um espículo e asa caudal.
MACMASTER no caso de S. westeri, S. -Ovos operculados, ovais e amarelados.
ransomi e S. papillosus. Já para diagnosticar S.
stercoralis utiliza-se a técnica de BAERMAN que
procura larvas, pois os ovos são postos num
estágio mais avançado.
ORDEM OXYURIDA
SUPERFAMÍLIA OXYUROIDEA
FAMÍLIA OXYURIDAE
-Boca trilabiada.
-Esôfago oxyuriforme ou rabditiforme.
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Nematóides
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GÊNERO Ascaris
CICLO BIOLÓGICO:
ESPÉCIE Ascaris suum
O ciclo evolutivo é direto (sem migração). A ave
ingere o ovo com a L3 (estádio infectante). A L3
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos.
eclode no intestino delgado onde passam a L4 e
adultos (Machos e fêmeas). Há a cópula e a
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Nematóides
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
cm).
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Nematóides
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
cm).
-Cor esbranquiçada.
-Cabeça mais estreita que o corpo.
-Boca trilabiada.
-Ovos com 60 a 100 µm.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Esôfago claviforme.
-Boca trilabiada.
-Asa cervical longa e estreita.
-Apresentam ventrículo esofagiano.
-Macho tem uma projeção digitiforme na cauda.
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Nematóides
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CARACTERÍSTICAS:
-Esôfago claviforme.
-Boca trilabiada.
-Asa cervical.
-Não apresentam ventrículo esofagiano.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Esôfago claviforme.
-Boca trilabiada.
-Asa cervical larga e curta.
-Apresentam ventrículo esofagiano.
Figura 209. Ovo de Toxascaris sp.
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Nematóides
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hepatotraqueal) que ocorre em cães jovens (até migração pulmonar no filhote por essa via.
três meses), pois em cães adultos as larvas
chegam ao pulmão como L3 e pegam a 4) Via hospedeiros paratênicos - Pode haver
circulação de retorno para o coração e são contaminação através da ingestão de roedores e
bombeadas pela aorta para diferentes partes do aves (no caso de cães) e outros animais (no
corpo onde mantêm-se ativas por anos. caso de gatos).
ORDEM STRONGYLIDA
SUPERFAMÍLIA STRONGYLOIDEA
-Macho com bolsa copuladora que se
movimenta para auxiliar o movimento da cópula.
-Ovos de casca dupla e fina com várias células
no seu interior (ovo morulado).
FAMÍLIA STRONGYLIDAE
CARACTERÍSTICAS:
Figura 210. Ciclo biológico de Toxocara canis.
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SUBFAMÍLIA STRONGYLINAE
S. equinus
-Cápsula bucal com formato subglobular.
-Adultos hematófagos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CICLO BIOLÓGICO:
O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas
pastagens ou na água contaminada. No
intestino delgado a larva perde a bainha de
proteção e vai ao intestino grosso penetrar na
mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). Vai
então à íntima da artéria mesentérica e
atravessa a art. mesentérica anterior (cranial)
fazendo aí as mudas para L4 e L5 e formando Figura 217. Ovo de Strongylus sp. Pode-se
nódulos e lesões chamadas de arterite. Quando contar os blastômeros
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
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Nematóides
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-Adultos hematófagos.
-Cápsula bucal grande, com coroa franjada e
apresentando três dentes pontiagudos (sendo
um deles com ponta bífida) e um ducto da
glândula esofagiana.
-Esôfago claviforme.
-Ovos medindo 98 µm de comprimento.
CICLO BIOLÓGICO:
O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas
pastagens ou na água contaminada. No Figura 219. Cápsula bucal
de S. edentatus.
intestino delgado a larva perde a bainha de
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
proteção e vai ao intestino grosso penetrar na
mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). -Tamanho de pequeno a médio (♀ - 3,3 a 4,4
CICLO BIOLÓGICO:
PPP = 9 meses.
O Hospedeiro definitivo ingere a L3 nas
pastagens ou na água contaminada. No
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
intestino delgado a larva perde a bainha de
Dependendo da quantidade de L3 ingerida o
proteção e vai ao intestino grosso penetrar na
animal pode apresentar emagrecimento, dor,
mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). Vai
cólica devido a função hepática ou pancreática
assim pela circulação porta ao fígado (após 11 a
estar anormal.
18 dias) e depois de 9 semanas migram pelo
ligamento hepático formando nódulos, nesse
ESPÉCIE - Strongylus edentatus
local fazem mudas para L4 e L5. Vão então à
cavidade peritonial, penetram na mucosa do
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos.
ceco e cólon onde aparecem nódulos
hemorrágicos e após 3 a 5 meses já estão no
LOCAL: Intestino grosso.
lúmem para que haja cópula, postura e liberação
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Nematóides
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dos ovos nas fezes com posterior -Cápsula bucal de tamanho médio, com coroa
desenvolvimento desses no meio ambiente. franjada, ducto da glândula esofagiana e com
lâminas serrilhadas no fundo da cápsula.
PPP = Três a cinco meses.
CICLO BIOLÓGICO:
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Não migratório, os adultos também são
Dependendo da quantidade de L3 ingerida o hematófagos.
animal pode apresentar emagrecimento, dor, Não há muitas informações sobre o ciclo de
cólica ocasionados pela função hepática desenvolvimento deste parasito.
anormal e pelos nódulos no ceco/cólon.
PEQUENOS STRONGYLÍDEOS:
GÊNERO Triodontophorus SUBFAMÍLIA - CYATHOSTOMINAE
Fêmea
Macho
CICLO BIOLÓGICO:
Adultos na traquéia copulam e a fêmea faz a
postura dos ovos. Estes podem ser
expectorados para o meio ambiente ou
deglutidos e então eliminados com as fezes do Figura 225. Adultos de Syngamus trachea na
traquéia de uma ave.
hospedeiro. Há o desenvolvimento da L1, L2 e
L3 no interior do ovo. Há a eclosão da L3 para o
meio ambiente. O hospedeiro definitivo pode se IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
infectar de três maneiras: (A) ingerindo o ovo Em aves jovens a infecção é mais grave. Há
com a L3. (B) ingerindo a L3 livre no ambiente. formação de mucosidade que pode obstruir a
(C) ingerindo um hospedeiro paratênico traquéia e brônquios e matar por asfixia. No
infectado com a L3. As L3 ingeridas pelo ponto onde os vermes se fixam há formação de
hospedeiro definitivo libertam-se de sua cutícula, um nódulo cheio de pús que pode se
atravessam a parede intestinal (D), e pela transformar em abscesso causando obstrução
circulação atingem o fígado, coração e pulmões da traquéia. As aves apresentam-se com
(E). Nos pulmões perfuram os capilares dos dispnéia, intranqüilidade, bico aberto e pescoço
alvéolos e vão aos bronquíolos, brônquios e espichado como se tentassem deglutir algo.
traquéia (F) onde mudam para L4 e L5 (adultos). Pode ocorrer pneumonia.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
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Nematóides
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-Cápsula bucal em forma retangular, com duas gorduroso ou em comunicação dos cistos com
projeções cuticulares anteriores, com coroa ureteres por canalículos.Os ovos vão ao meio
franjada e dentículos em sua base. ambiente com a urina (J).
-Esôfago claviforme e bem musculoso.
-Os machos apresentam bolsa copuladora com 2) PERCUTÂNEA - As larvas L3 penetram na
raios curtos e atrofiados e dois espículos curtos, pele escarificada (C) e fazem migração para os
a fêmea termina afiladamente. pulmões onde se tornam L4, vão à aorta, fígado
-A abertura vulvar é no meio do corpo. (E) (leva 40 dias) onde migram por três a nove
meses, após passam a L5. Da cápsula de
Glisson elas vão ao tecido gorduroso perirenal
(F) onde se tornam adultos, que ficam
acasalados em cistos no próprio tecido
gorduroso ou em comunicação dos cistos com
ureteres por canalículos. Os ovos vão ao meio
ambiente com a urina (J).
Além disso, ocorre mais em animais criados em -Presença de vesícula cervical bem
piquetes. A presença de cistos comprime os desenvolvida e asa cervical pouco desenvolvida.
ureteres o que compromete o rim. Pode ainda Apresentam papilas cervicais
atingir outros órgãos como medula. -Machos com bolsa copuladora contendo dois
espículos de tamanho médio
PROFILAXIA: -Fêmeas terminando afiladamente
Deve-se manter os animais em locais
cimentados, limpos com comedouros mantidos
no alto evitando dessa maneira que os animais
urinem nesses locais.
Recomenda-se abate dos animais infectados.
FAMÍLIA CHABERTIDAE
SUBFAMÍLIA OESOPHAGOSTOMINAE
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Cápsula bucal retangular e pequena.
-Dilatações cuticulares.
-Presença de vesícula cefálica.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
LOCAL: Intestino grosso.
-Tamanho pequeno (♀ - 1,6 a 2,2 cm, ♂ - 1,4 a
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
1,7 cm).
-Tamanho pequeno (♀ - 1,4 a 1,8 cm, ♂ - 1,2 a
-Cápsula bucal muito pequena, com coroa
franjada dupla e vesícula cefálica (ou colar 1,7 cm).
cefálico). -Cápsula bucal muito pequena, com coroa
-Esôfago claviforme
franjada dupla e vesícula cefálica.
-Esôfago claviforme.
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Nematóides
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-Presença de vesícula cervical pouco -Cápsula bucal muito pequena, com coroa
desenvolvida e asa cervical bem desenvolvida. franjada dupla, vesícula cefálica e papilas
Apresentam papilas cervicais. cefálicas.
-Machos com bolsa copuladora contendo 2 -Esôfago claviforme.
espículos de tamanho médio. -Presença de vesícula e asa cervical pouco
-Fêmeas terminando afiladamente. desenvolvida.
-Apresentam papilas cervicais.
-Machos com bolsa copuladora e dois espículos
de tamanho médio e fêmeas terminando
afiladamente.
Ovo
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Nematóides
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SUBFAMÍLIA ANCYLOSTOMINAE
CARACTERÍSTICAS
-Cápsula bucal subglobular e com dentes.
-Esôfago claviforme e musculoso.
GÊNERO Ancylostoma
ESPÉCIE Ancylostoma caninum
Figura 231. Nódulos contendo larvas de
Oesophagostomum sp.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães.
nas fezes e no meio ambiente (de acordo com -Tamanho pequeno (1 a 2 cm) e se apresenta
em locais de alta umidade (solo úmido e apresenta três pares de dentes no seu topo.
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Nematóides
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3) TRANSPLACENTÁRIA – As larvas em
fêmeas gestantes migram através da circulação
e pela placenta contaminam os filhotes, nesses,
elas vão ao coração, pulmão, alvéolos e são
redeglutidas. No tubo digestivo penetram em
glândulas gástricas e intestinais onde fazem a
muda para L4. Quando chegam ao lúmem
mudam para L5 e adultos, que ficam fixados na
mucosa do intestino delgado. Os ancilóstomos
só chegam a maturidade quando o filhote nasce
e após 10 a 12 dias já há ovos nas suas fezes.
SUBFAMÍLIA BUNOSTOMINAE
CARACTERÍSTICAS
-Cápsula bucal não tão subglobular (mais
retangular).
-Presença de estruturas cortantes chamadas de
lancetas.
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PPP = 2 meses.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CARACTERÍSTICAS:
- Nematódeos delgados e pequenos.
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PPP - 15 a 23 dias.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 238. Trichostrongylus sp. adultos.
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LOCAL: Abomaso
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Extremidade anterior afilada e com pequena
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CARACTERÍSTICAS:
-Presença de duas papilas cervicais.
-Machos com bolsa copuladora com raio dorsal
em posição assimétrica e em forma de taça
(arqueado).
-Espículos de ponta fina e presença de
gubernáculo.
-As fêmeas apresentam um apêndice na região
vulvar, que pode ser linguiforme ou em forma de
Figura 242 . Vulva de Haemonchus
sp botão.
-Espículos de ponta fina e presença de
gubernáculo.
SINAIS CLÍNICOS:
-As fêmeas apresentam um apêndice na região
1) Haemoncose hiperaguda: É pouco comum,
vulvar, que pode ser linguiforme (grande e
mas pode ocorrer em animais susceptíveis
proeminente ou pequeno em forma de botão).
expostos a infecção maciça repentina. A enorme
quantidade de parasitos provoca anemia, fezes
ESPÉCIE - Haemonchus similis
de cor escura e morte súbita, devida a uma
aguda perda de sangue. Há uma gastrite
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes.
hemorrágica intensa.
Espículos
Dilatações
cuticulares
cefálicas
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OBS:
GÊNERO Ostertagia
Figura 247. Adultos de Ostertagia
GÊNERO Teladorsagia sp.
Ostertagia e Teladorsagia são muito
semelhantes, as espécies de Ostertagia
parasitam bovinos e as de Teladorsagia Espículos
parasitam ovinos e caprinos. Gubernáculo
HOSPEDEIRO DEFINITIVO:
Teladorsagia – Ovinos
Ostertagia - Bovinos
LOCAL: Abomaso
CARACTERÍSTICAS:
-Tamanho muito pequeno (♀ - 0,8 a 1,2 cm, ♂ - Figura 248. Bolsa copuladora de
Ostertagia sp.
0,6 a 0,9 cm).
LOCAL: Estômago.
CARACTERÍSTICAS:
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Fixam-se no local, copulam e então a fêmea faz barbela pela perda de albumina devido a lesões
podem matar as larvas e por isso nas horas causam lesões no abomaso quando as
mais quentes elas descem para se proteger. condições são desfavoráveis como épocas de
muito calor. A L3 paralisa seu desenvolvimento
OBS: Haemonchus e Ostertagia possuem uma no inverno e no verão seu metabolismo fica
fase histiotrófica, que é quando a larva penetra defeituoso, não absorvendo o alimento. O
no abomaso (A) (glândulas gástricas) após ela animal perde peso e pode chegar à morte
muda e retorna para a luz intestinal (C) fazendo mesmo com exames de fezes negativos, já que
a última muda (L4 - L5) e se torna adulta. as larvas são formas imaturas e são elas que
causam as lesões.
mais susceptíveis pois os adultos adquirem uma Isso leva a diarréia e efeitos negativos na
As vermifugações devem ser feitas nos meses - Raio bursal da bolsa copuladora se bifurca no
de seca porque as larvas têm decréscimo de ápice (forma de y)
crescimento já que o capim está mais baixo e os
raios atingem as larvas matando-as e também ESPÉCIE - Dictyocaulus viviparus
porque não há chuva suficiente para disseminar
os ovos. Esse período ainda coincide com o HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos.
maior número de parasitos dentro do hospedeiro
e sem pasto para ele se equilibrar LOCAL: Brônquios e bronquíolos.
nutricionalmente. Com esse tratamento os
animais entram nos meses de chuva com um CARACTERÍSTICAS:
baixíssimo índice de parasitismo. -Tamanho pequeno (♀ - 6 a 8 cm, ♂ - 4 cm).
-Boca trilabiada.
FAMÍLIA DICTYOCAULIDAE
-Esôfago filariforme.
SUB FAMÍLIA DICTYOCAULINAE
-Raio bursal da bolsa copuladora em forma de v.
CARACTERÍSTICAS:
-Raios bursais bem desenvolvidos com alguns
raios fusionados.
-Espículos curtos e reticulados (grossos e
iguais).
-Ciclo direto (ausência de hospedeiro
intermediário).
-Extremidade anterior com papilas cefálicas.
GÊNERO Dictyocaulus
ESPÉCIE - Dictyocaulus arnfield
Figura 253. Postura de um animal parasitado por
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. Dictyocaulus viviparus.
CARACTERÍSTICAS:
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovinos e caprinos.
-Tamanho pequeno (♀ - 4,3 a 6,8 cm, ♂ - 2,5 a
-Boca trilabiada.
CARACTERÍSTICAS:
-Esôfago filariforme.
-Tamanho pequeno.
-Boca trilabiada.
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-Esôfago filariforme.
-Raio bursal da bolsa copuladoraem forma de v. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
Mais patogênico para ovinos do que bovinos, a
CICLO BIOLÓGICO GERAL: dictiocaulose é uma infecção respiratória devida
A postura dos ovos larvados (fêmeas a ação irritativa do parasita no epitélio
ovovivíparas) é feita nos brônquios e respiratório, gerando produção de muco e
bronquíolos que podem ser expelidos para o proliferação de bactérias. Causa brônquio
ambiente pela cavidade oral ou nasal. pneumonia (a respiração se altera, aumenta-se
Normalmente os ovos são deglutidos e no tubo os movimentos abdominais). O animal fica em
digestivo ocorre a eclosão da L1, que sai nas posição ortopnéica: membros anteriores
fezes (A) e se alimenta de bactérias. Passa a L2 afastados, pescoço esticado para frente e boca
e depois L3, que não perde a cutícula de L2. O aberta. Pode levar a morte.
hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir a L3
nas pastagens, e a mesma é liberada no
estômago e penetra na mucosa (M) do intestino
delgado ganhando preferencialmente a
circulação linfática. Nos gânglios linfáticos
ocorre a muda para L4 e essa vai para o
coração e pulmão onde penetra no parênquima
pulmonar passando a L5. A L5 vai aos
brônquios e bronquíolos sofrer a maturação
sexual e postura.
Figura 255. Dictyocaulus sp. adultos em brônquio.
Fonte: Carlos Luiz de Oliveira
SUBFAMÏLIA NEMATODIRINAE
GÊNERO Nematodirus
PPP = 2 meses.
Figura 256. Adultos de Nematodirus.
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Nematóides
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desidratação.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes.
ORDEM SPIRURIDA
LOCAL: Intestino delgado. SUPERFAMÍLIA HABRONEMATOIDEA
FAMÍLIA HABRONEMATIDAE
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Vermes finos de aproximadamente 2cm. GÊNERO: Habronema
-Ovos grandes e ovais. ESPÉCIE - Habronema muscae
LOCAL: Estômago.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Boca bilabiada
1,4 cm).
Figura 257. Ciclo biológico de Nematodirus.
-Cápsula bucal bem desenvolvida e com 2
paredes curtas e retas.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: -Machos têm cauda espiralada, asa caudal,
Provoca uma atrofia das vilosidades intestinais papilas pedunculadas e um espículo cinco vezes
(não penetra na mucosa) ocasionando diarréia e maior que o outro.
LOCAL: Estômago.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 258. Ovo de Nematodirus
sp.
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FAMÍLIA ONCHOCERCIDAE
SUBFAMÍLIA ONCHOCERCINAE
GÊNERO Dipetalonema
CARACTERÍSTICAS:
-Tamanho médio (macho – 12 a 16 cm e fêmea-
25 a 30 cm).
-Extremidade anterior simples.
-Machos menores que as fêmeas.
-Extremidade posterior da fêmea simples. Figura 262. Dirofilaria immitis - adultos no
coração de cão.
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Nematóides
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Figura 263. Ciclo biológico de Dirofilaria Figura 265. Cão com ascite.
immitis.
Pesquisa de microfilárias na circulação através
A patogenia é grande, em altas infecções pode
de esfregaço sanguíneo, técnica da gota
ocorrer obstrução do ventrículo direito e da
espessa, técnica de Knott e exames de
artéria pulmonar levando a trombos sanguíneos
imunodiagnóstico.
nos vasos o que gera falta de oxigenação nos
órgãos vitais. Pode atingir ainda o pulmão
ORDEM ENOPLIDA
causando deficiência respiratória e até
SUPERFAMÍLIA DIOCTOPHYMATOIDEA
pneumonia. Ocorre perda gradativa de condição
-Extremidade anterior simples e mais afilada que
e intolerância a exercícios e o animal apresenta
a posterior.
uma tosse crônica branda no final da doença.
-Esôfago com duas porções (a primeira simples
Pode ocasionar ascite.
e a segunda formada por várias células).
OBS: Poucos casos em gatos.
-Ciclo direto.
DIAGNOSTICO:
ORDEM ENOPLIDA
FAMÍLIA TRICHURIDAE
SUBFAMÍLIA TRICHURIÍNAE
GÊNERO Trichuris
ESPÉCIE -Trichuris sp.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO:
-T. suis- suíno
-T. vulpis- cão
Figura 264. Microfilária em esfregaço -T. discolor- bovino e bubalino
sanguíneo.
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Nematóides
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LOCAL: Ceco.
Figura 266. Espículo de Trichuris sp. Os ovos saem nas fezes e no meio ambiente
passam a ovos larvados (L1). O ovo é ingerido
CICLO BIOLÓGICO:
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: Anelídeos
Os ovos saem nas fezes morulados e no
e peixes dulcícolas.
ambiente se tornam larvados (L1). Os ovos são
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Nematóides
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CICLO BIOLÓGICO:
Os ovos saem na urina morulados e no
ambiente a L1 se desenvolve dentro do ovo. O
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Técnicas
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PARTE IV
Técnicas
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1-ONDE COLETAR:
-Os endoparasitos podem estar em vários órgãos de peixes, moluscos, crustáceos, insetos, animais
domésticos, dentre outros. Em vegetais ocorrem principalmente na raiz.
-Também podem estar na cavidade do corpo e nas serosas de vários órgãos, assim como no peritônio, na
musculatura e encistados nas nadadeiras.
2-COMO COLETAR:
-Os endoparasitos são, preferencialmente coletados vivos.
-Com um pincel ou estilete são transferidos para solução salina fisiológica na concentração correta.
-Ainda na solução fisiológica, agitar fortemente para a limpeza dos lábios e abertura bucal, assim como da
superfície da cutícula.
-Os nematóides pequenos, como as larvas, devem ser coletados e mantidos em recipientes pequenos.
-Os nematóides mortos devem ser coletados diretamente para o fixador frio.
3-COMO FIXAR:
-Os nematóides vivos são transferidos da solução salina fisiológica para uma placa de Petri funda com
pouco líquido.
o
-Aquecer o fixador A.F.A. a 65 C e derramar rapidamente sobre os nematóides.
-Deixar o fixador esfriar na própria placa de Petri.
-Deixar o nematóide no fixador por 48 horas.
-Os cestóides e trematóides devem ser prensados entre lâminas e colocados em fixador (A.F. A) frio por 48
horas.
Fórmula do A.F.A:
- 93 ml solução fisiológica
- 5 ml de formol
- 3 ml de ácido acético
Misturar tudo e colocar em frasco fechado.
4-COMO CONSERVAR:
-Os endoparasitos devem ser conservados em etanol 70o GL, com ou sem 5-10% de glicerina.
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Técnicas
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5-COMO CLARIFICAR:
-Existem dois processos para a clarificação de nematóides:
Processo 1- Para montagem em bálsamo do Canadá.
Processo 2- Para montagem em gelatina de glicerina.
O tempo requerido para as etapas 6 e 7 dependem da espessura do material, em média no creosoto devem
ficar 24 horas.
Obs: Os nematóides muito grandes devem passar por fenol a 10% após o lactofenol.
6-COMO MONTAR:
* Em bálsamo do Canadá
-Pingar aos poucos o bálsamo do Canadá, 1 a 3 gotas por dia, até o creosoto evaporar e ficar só o bálsamo.
-Colocar uma gota de bálsamo sobre a Lâmina (no centro).
-Procurar ter certeza que a face ventral está voltada para cima e a extremidade anterior está voltada para o
observado.
-Colocar lamínula com muito cuidado e devagar para evitar formação de bolhas.
* Em gelatina de glicerina
-Aquecer, em banho-maria, o recipiente que contém a gelatina de glicerina.
-Colocar, com bastão de vidro, uma gota de gelatina líquida sobre a Lâmina, de tamanho proporcional ao
tamanho do espécime e da lamínula que será usada para cobri-lo.
-Cuidado para que a gota não se espalhe além da lamínula.
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Técnicas
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PESQUISA DE ECTOPARASITOS
OBJETIVO
Identificação dos artrópodes ectoparasitos.
COLETA
• Ácaros produtores de sarna. Raspagem profunda da pele ou serosidade do ouvido.
• Pulgas, piolhos, malófagos, linguatulídeos. Coleta direta do animal, com auxílio de pincel
umedecido ou pinças de pontas finas protegidas por algodão.
• Carrapatos - Removidos individualmente por cuidadosa tração.
• Hemípteros, moscas e mosquitos. Rede, armadilhas, iscas ou em frascos com ou sem
aspiradores, cianeto, éter, acetato de etila ou clorofórmio.
• Larvas de Gasterophilus sp. Através dos pêlos retirados da região mandibular e labial.
• Larvas de Dermatobia hominis. Após a morte da larva, fazer incisão no nódulo subcutâneo,
retirando com pinça ou compressão digital.
• Larvas de Oestrus ovis em secreções nasais.
• Outras miíases. As larvas são retiradas diretamente das lesões, após a sua morte.
CONSERVAÇÃO
ETIQUETAGEM
Colocar todas as informações na etiqueta como: nome do hospedeiro, data, procedência, região do
corpo em que foi encontrados, indicação do líquido conservador, nome do colecionador ou
requisitante e nome vulgar e científico do artrópode.
Deve ser escrito a lápis, quando colocadas dentro do vidro com o material e o líquido conservador.
IDENTIFICAÇAO
A identificação dos artrópodes é feita através do uso de chaves para classificação.
MONTAGEM
A montagem deve ser realizada antes que o artrópode comece a secar. No caso de exemplares
secos é necessário passarem em câmara úmida durante dois dias, para torná-los moles.
Existem várias técnicas de montagem, sendo as mais usadas as três modalidades seguintes:
1.Montagem a seco
Os alfinetes entomológicos empregados devem ser de níquel ou aço inoxidável e com comprimento e
espessuras variáveis. Após a montagem o material deve ser guardado em gavetas, caixas ou tubos
com naftalina.
- Direta. Colocar o alfinete no tórax ou escutelo. Utilizada para dípteros, triatomídeos, himenópteros.
- Indireta. O artrópode é fixado por meio de bálsamo, cola ou esmalte na extremidade de pedaços
triangulares de cartolina. Utilizada para mosquitos ou outros insetos.
- Caixas de vidro. Fixar o tórax do artrópode, utilizando cola. Empregado somente para
demonstrações.
escorpiões e carrapatos.
•Liquido de Faure. Possui a propriedade de conservar, matar, fixar, desidratar, clarear e servir de
veículo de montagem de pequenos artrópodes, larvas e ninfas. A coloração é feita pela fucsina de
Ziehl e a montagem entre lâmina e lamínula.
Técnica 1
• Colocar o artrópode em vidro de relógio e clarificar em potassa a 10%, a quente.
• Transportar com tira de papel para outro vidro de relógio, com água destilada - alguns minutos.
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Técnicas
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Observações
• Do fenol puro, o artrópode pode ser colocado diretamente no creosoto até clarificar e, após,
diretamente no óleo de cravo.
• Se ao passar o exemplar pelo óleo de cravo o líquido ficar amarelado, isso indica que o mesmo
ainda se acha embebido da solução de potassa cáustica a 10%, sendo conveniente voltar
novamente ao fenol e depois continuar a operação.
• No caso de corar o material, passa-se do fenol para a fucsina fenicada de Ziehl e depois desidrata-
se e diferencia-se pelo fenol sem prolongar a diferenciação, que será continuada pelo óleo de cravo.
Em seguida montar em bálsamo de Canadá.
• Para uma melhor clarificação de pulgas é aconselhável mergulhar os indivíduos em água
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Técnicas
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Técnica
• Raspar profundamente a pele na região da lesão com um bisturi, ou coletar a serosidade do
ouvido externo
• com auxilio de um cotonete.
• Colocar o material numa placa de Petri.
• Examinar o material ao estereomicroscópio.
• Resultado: Positivo ou Negativo.
Exame positivo. Coletar o parasito por meio de um estilete embebido em goma de Berlese ou óleo
mineral e montar entre lâmina e lamínula. Identificar ao microscópio.
Exame negativo. Neste caso há duas alternativas a seguir:
1. Acrescentar solução de potassa 10% ao material coletado. Deixar atuar por tempo
indeterminado. Examinar o sedimento entre a lâmina e lamínula. Identificar ao microscópio.
2. Técnica da Potassa-éter
• Raspado das lesões com bisturi e glicerina.
• Adicionar 15 ml de potassa 10% ao material coletado.
• Juntar 15 ml de éter sulfúrico.
• Agitar a mistura com auxilio de bastão de vidro.
• Retirar o sobrenadante, quando ainda em movimento, colocando-o em placa de Petri.
• Examinar ao estereomicroscópio com aumento 40x.
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Técnicas
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TECNICAS HELMINTOLÓGICAS
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Técnicas
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Principio
Em uma solução saturada de sal ou açúcar os ovos dos helmintos tendem a subir, aderindo-se
a parte inferior de uma lamínula colocada na superfície do líquido. É uma técnica qualitativa ou
seja, serve para ver se há ou não ovos ou oocistos de protozoários. Usada principalmente em
fezes de pequenos animais.
Vantagens:
-Procedimento de flutuação dos ovos de helmintos mais comuns e oocistos de coccídeos.
-Soluções são baratas.
-Há pouca sujeira para obscurecer a visão do parasita.
Desvantagens:
-Neste procedimento não flutuam ovos de trematódeos e alguns ovos de vermes chatos.
-Distorce cisto de Giardia.
-Inadequado para amostras de fezes gordurosas.
Técnica:
• Encher um tubo de ensaio com solução saturada (20ml).
• Pesar dois gramas de fezes e colocar em um copo.
• Acrescentar um pouco de solução hipersaturada nas fezes.
• Homogeneizar com um bastão.
• Acrescentar o restante da solução, coar e encher um tubo de ensaio até formar um
menisco.
• Colocar uma lâmina de vidro e deixar por 15 minutos.
• Retirar a lâmina e inverte-la bruscamente sem deixar cair a gota de solução.
Pôr uma lamínula e levar ao microscópio usando objetiva de 10x.
Princípio:
Sedimentação de ovos. Exame microscópico qualitativo direto, após concentração de fezes.
Material:
• 2 a 5 gramas de Fezes
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Técnicas
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Técnica:
• Diluir as fezes em 200 ml de solução fisiológica ou água no beaker. Se necessário, para
haver o amolecimento deixar em repouso por 10 a 20 minutos.
• Tamisar a suspensão diretamente no cálice de sedimentação
• Deixar em repouso por 15 minutos
• Decantar o sobrenadante e adicionar ao sedimento 200 ml de solução fisiológica ou água.
• Deixar em repouso por mais 15 minutos
• Decantar o líquido sobrenadante
• Coletar com pipeta algumas gotas do sedimento
• Examinar ao microscópio entre lâmina e lamínula
• Se o primeiro resultado for negativo repetir o exame até três vezes
TÉCNICA DE BAERMANN
O método de Baermann é usado para a extração de fases larvais vivas de nematóides nas
fezes.
Técnica
• Coloque uma peneira em um Becker outro recipiente similar. Esparrame aproximadamente
um grama de fezes em filtro de papel e coloque isto na peneira.
• Colocar água morna* no Becker até cobrir as fezes. Tenha cuidado para não romper as
fezes.
• Deixe descansar durante uma hora * *
• Retire a peneira
• Coloque o líquido em um tubo de centrífuga de 15 ml.
• Deixe na centrífuga durante 20 minutos
• Usando uma pipeta de Pasteur, remova uma gota de sedimento do fundo do tubo e
coloque em uma lâmina de microscópio para exame.
* * Quanto mais tempo você esperar, mais larvas se acumularão no fundo do prato, mas
com o tempo a amostra fecal começa a desmanchar e atravessa o filtro de papel o que
conduz a um acúmulo de sedimento junto com as larvas.
Método:
• Misture uma porção de fezes (aproximadamente 5x5 mm) em 9 ml de água, coe e despeje
essa solução em um tubo de centrífuga de 15ml.
• Adicione três ml de acetato de etila, e tampa o tubo com uma rolha de borracha. Sacuda
vigorosamente o tubo, e então centrifugue.
• Usando uma vareta, “retire” o anel de gordura que se formou entre a água e o acetato de
etila (a tampa adere ao lado do tubo e deve ser separado antes do conteúdo líquido do
tubo poder ser decantado).
• Decante o sobrenadante cuidando para manter o sedimento do fundo do tubo intacto.
• Transfira algum sedimento do fundo do tubo para uma lâmina e examine. O sedimento
pode ser transferido de vários modos:
1)Se algum líquido permanecer, o sedimento pode ser homogeneizado e uma gota transferida
com uma pipeta para uma lâmina de microscopia.
2)Adicione uma gota de iodo ao tubo, mexa com uma vareta e então transfira com uma pipeta
para a lâmina.
3) Use uma vareta para remover algum sedimento. Faça um esfregaço e cubra isto com uma
lamínula como você faria em um esfregaço direto.
NOTA: Quando remover da centrífuga, seu tubo terá claramente camadas definidas:
A. Uma camada de acetato de etila em cima.
B. Um anel de gordura dissolvida no meio.
C. Uma camada de água.
D. Uma porção de sedimento ao fundo.
A formalina utilizada para fixar ovos e cistos pode fazer estes não flutuarem (eles podem ter
uma gravidade específica agora maior que 1.2 ) então esta técnica é preferida quando temos
amostras de fezes fixadas em formalina.
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Técnicas
225
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NOTA: Se você quiser usar esta técnica somente para remover gordura, você pode
homogeneizar o sedimento com uma solução de flutuação (hipersaturada), centrifugar, e
remover o material do topo do flutuador para examinar ovos.
Método:
1-Encha um tubo de centrífuga de 15 ml com solução de ZnSO4 (1.18 gravidade específica) *
2- Pese as fezes (2 a 3 gramas - aproximadamente 1 cm em diâmetro), misture a solução e
coe.
3-Usando um funil, verta a mistura de fezes + ZnSO4 para o tubo de centrífuga.
4- Centrifugue durante 2 minutos a velocidade alta (1500 - 2000 rpm).
5- Usando uma vareta ou alça de platina remova uma amostra da superfície da solução e
coloque em uma lâmina de microscopia. Você pode ter que fazer várias amostras com a vareta
para adquirir bastante material para examinar - tem que ter o equivalente a uma gota grande na
lâmina.
6-Adicione uma gota de iodo (cora os cistos) e uma lamínula. Examine na objetiva de 10X .
Nota 1: Se a amostra contém uma quantia grande de gordura ou outro material que flutuam em
água, você, pode lavar a amostra antes de fazer a flutuação.Quando você centrifugar a mistura
água (sem ZnSO4) -fezes, os ovos afundarão, mas a gordura permanecerá flutuante. Depois
da centrifugação decante o sobrenadante e some solução de ZnSO4 - misture bem.
Centrifugue como no passo 4.
Nota 2:
Pode-se colocar diretamente uma lamínula no tubo de centrífuga cheio da solução e após
centrifugação remover a lamínula para uma lâmina. Ir ao microscópio fazer a leitura.
* ZnSO4 solução (1.18 gravidade específica) é feito somando 386 gramas de ZnSO4 a 1 litro
de água. A mistura deve ser conferida com um hidrômetro e deve ser ajustada a uma gravidade
específica de 1.18. A ZnSO4 solução deve ser armazenada em vidros bem fechados para
prevenir evaporação (e conseqüente mudança na gravidade específica da solução).
TÉCNICA DE MC MASTER
A técnica de contagem de ovos de Mc Master é um método que determina o número de ovos
de nematóides por grama de fezes para calcular a carga parasitária de lombrigas em um
animal.
Vantagem: Ela é rápida e como os ovos flutuam livre de sujeiras fica fácil de contar os ovos.
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Técnicas
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Técnica
• Pese 2 gramas de fezes para ovinos e 4g para bovinos
• Misture 60 ml de ZnSO4 ou solução saturada de sal ou açúcar. Homogeneíze bem.
• Passe as fezes por um coador, retire o coador e com uma pipeta transfira uma amostra da
mistura para um das câmaras de Mc Master.
• Repita o procedimento e encha a outra câmara.
• Espere 1 minuto e então conte o número total de ovos na lâmina.
• Multiplique o número total de ovos nas 2 câmaras por 100, e este é os número de ovos por
grama (OPG).
Se você utilizou 4 gramas multiplique por 50.
A matemática: O volume debaixo da área marcada de cada câmara é 0.15 ml (a área marcada
tem 1 cm X 1 cm e a câmara é 0.15 ml fundo), assim o volume examinado é 0.3 ml. Estes é
1/200 de 60 ml. Se você utilizou 2 gramas de fezes, então multiplique por 100 (se utilizou 4
gramas multiplique por 50), o resultado final é o número de “ovos por grama de fezes”.
Significado:
Ovino – 2 gramas de fezes
2 gramas 1 ovo X 100 = 100 OPG
Contagem:
Ovinos - > 500 = dosificar
< 500 = não dosificar
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Técnicas
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Coleta:
Coletar uma amostra de 3 a 5 % do rebanho separado por idade.
Ex: Campo 1 – 800 ovelhas de cria fazer exame de 20 a 24 amostras.
Campo 2 – 500 borregas ( 2 a 4 dentes) – coletar 15 amostras
Campo 3 – 300 ovelhas de cria - coletar 9 amostras
COPROCULTURA
Objetivo:
Identificação de larvas (L3) de nematódeos gastrintestinais de ruminantes.
Material:
-Recipiente de vidro
-Serragem lavada e esterilizada de pinho (só fezes, fezes secas e esterilizadas)
-Tubo de ensaio
-Placas de Petri
-Pipeta
-Cordão
-Estufa
Preparo
• Coletar 20 a 30 gramas de fezes frescas coletadas diretamente do reto
• Misturar as fezes com a serragem (2 partes de serragem para uma de fezes)
• Molhar até ficar na consistência de barro
• Encher o vidro com ¾ de sua capacidade.
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Técnicas
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• Limpar os bordos do vidro e tampá-lo com a placa de petri colocando um cordão (ou papel
enrolado) entre a placa e o vidro para que entre ar.
• Levar a estufa e umedecer diariamente (se necessário) a mistura por 7 dias.
Coleta de larvas
Encher o frasco com água até a borda.
Tampar o vidro com a placa de petri invertendo-o bruscamente para evitar que a água derrame.
Colocar com a pipeta 5 a 10 ml de água na placa de petri
Após 3 a 4 horas coletar o conteúdo existente na Placa de petri com uma pipeta e pôr em tubo
de ensaio
Fazer a identificação ou guardar na geladeira (dura 4 meses).
Vantagens
- Rapidez, pouco equipamento requerido e facilidade de fazer.
Desvantagens:
-Pequena quantidade de fezes examinada que pode não detectar o parasitismo
-Debris na lâmina que podem confundir a identificação
Material
• Lâminas e lamínulas
• Pazinha
• Lugol (opcional)
• Solução fisiológica
Técnica
• Coloque uma gota de água na lâmina e uma quantidade igual de fezes
• Misture com a pazinha
• Faça um esfregaço com as fezes
• Remova o excesso de fezes, adicione mais água ou salina e cubra com a lamínula.
• Examine com objetiva de 10x para pesquisa de ovos e larvas e de 40x para pesquisa de
protozoários
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Técnicas
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Objetivo:
Este método consiste em concentrar, sobre superfície reduzida, os hematozoários contidos em
determinado volume de sangue.
Técnica:
Coloca-se em lâmina uma a duas gotas de sangue. Espalha-se em forma circular com
alça de platina, até conseguir uma camada uniforme. Deixar secar por exposição ao ar
ou levar à estufa a 37oC. Em seguida, hemolisar com água destilada, a qual destrói os
eritrócitos, deixando intactos os leucócitos e os hematozoários. Secar novamente e corar
pelos métodos usuais. Examinar em objetiva de imersão.
Coprocultura
Haemonchus – 60% Haemonchus 1200 ovos
Trichostrongylus- 20% Trichostrongylus- 400 ovos
Cooperia- 20% Cooperia – 400 ovos
Número de machos de Haemonchus= 70% fêmeas= 70% de 240 fêmeas = 188 machos
Total- 428 Haemonchus
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Técnicas
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Equivalência patogênica
500 Haemonchus- 1 carga patogênica
428 Haemonchus – 0,8 carga patogênica
4000 Trichostrongylus - 1 carga patogênica
3400 Trichostrongylus – 0,8 carga patogênica
4000 Cooperia – 1 carga patogênica
3400 Cooperia – 0,8 carga patogênica
Equivalência patogênica
500 Haemonchus = 100 Oesophagostomum= 3000 Ostertagia = 4000 Trichostrongylus ,
Cooperia, Nematodirus, Strongyloides = 200 Bunostomum
FÓRMULAS
LUGOL
Iodo................................06 gramas
Iodeto de Potássio ........04 gramas
H2O ..............................100 ml
SOLUÇÕES SATURADAS:
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Técnicas
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SAL
Densidade em 200 C – 1.19
Cloreto de sódio...................350 g
Água destilada......................1000ml
Dissolver o sal na água destilada morna. Filtrar.
AÇÚCAR
Densidade em 150 C – 1.12
Açúcar..............................500 g
Água destilada..................320 ml
Formol comercial.............. 10 ml ou fenol 7 g.(preservativo)
Dissolver o açúcar na água destilada morna, após a dissolução acrescentar o fenol ou formol.
SULFATO DE ZINCO
Densidade em 150 C – 1.182
Sulfato de magnésio .......33 g
Água destilada.................100 ml
Adicionar água destilada quente no sulfato de zinco, filtrar.
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CÃES E GATOS
INTRODUÇÃO
O homem vive em contato direto com cães e gatos. Animais de estimação são infectados por vários
gêneros de vermes – vários dos quais ocorrem em animais selvagens também. O alimento natural
desses animais que consiste em carne, peixe e especialmente vísceras, é a maior fonte de infecção.
Vermes de cães e gatos podem não ser somente patogênico para seus hospedeiros como podem
também causar zoonoses. Algumas espécies de vermes são transferidas para o homem (como
Toxocara canis, Echinococcus granulosus). Crianças em particular, são altamente susceptíveis, pelo
íntimo contato com animais domésticos. Os ovos de vermes de Trichuris, Ascarídeos e Taenia são
extremamente resistentes, assim representando um constante risco de reinfecção.
Espécies de vermes podem habitar vários órgãos e tecidos de seus hospedeiros. A maioria ocorre no
trato gastrintestinal. Alguns parasitam a bexiga e rins (Capillaria sp. e Dioctophyma renale), pulmões
(Capillaria aerophila, Aelurostrongylus abstrusus) ou coração e vasos sangüíneos (Angiostrongylus
vasorum, Dirofilaria immitis).
Infecções de cães e gatos por vermes são diagnosticadas através de exame de fezes, urina e
ocasionalmente sangue ou esputo. Muitos ovos de vermes encontrados nas fezes são de nematódeos
gastrintestinais e poucas espécies de cestódeos. A presença de larvas de vermes em fezes de gato,
indica a presença do verme pulmonar (Aelurostrongylus abstrusus); quando ocorre em fezes de cães
indica a presença de Angiostrongylus vasorum. Na urina podemos encontrar o ovo de Capillaria plica,
Capillaria felis cati e Dioctophyma renale. Deve-se ter o cuidado com o material utilizado na prática,
pois algumas vezes pode ocorrer a contaminação de urina nas fezes e então podemos encontrar
esses ovos em exame de fezes. Em exame direto ou técnicas de concentração raramente se observa
a presença de ovos de Taenia, a não ser que os segmentos maduros já tenham se desintegrado.
Segmentos maduros ocorrem separadamente ou em cadeias, são fáceis de ser observados a olho nu
nas fezes e envolta da região anal. Espécies de Tenídeos podem ser diagnosticados por meio dos
segmentos expelidos com as fezes.
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Deve ser distinguido de ovos de Toxocara, Deve ser distinguido de ovos de Toxascaris
que tem casca áspera e conteúdo marrom ou leonina, que tem casca lisa, pálida e conteúdo
preto. marrom amarelado.
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Não
Esporulado Esporulado
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Cistos
Trofozoíta
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INTRODUÇÃO
Os ovos de vermes e larvas encontrados em fezes de bovinos são quase os mesmos encontrados
em ovinos e caprinos.
Há um desenvolvimento embrionário em ovos de Trichostrongylideos gastrointestinais: De acordo
com a espécie de verme, os ovos contém de 4 a 32 blastômeros. Estes são os ovos de vermes
mais freqüentemente encontrados e eles tem dimensões muito parecidas. A maioria dos
laboratórios não consegue distinguir os ovos de Cooperia, Haemonchus, Trichostrongylus,
Ostertagia e Oesophagostomum, então dão o diagnóstico de: presença de Estrongilideos ou
Trichostrongilideos nas fezes. Um diagnóstico correto pode ser feito com uma boa experiência e
comparando as características com precisão. Se for preciso podem ser identificadas as larvas dos
vários gêneros após coprocultura, e então confirmado o diagnóstico.
Os ovos de vermes redondos como Trichuris (com plugues polares), Strongyloides (com larva no
interior) ou os muito grandes como Nematodirus são facilmente reconhecidos. Os ovos de Toxocara
vitulorum são bastante similares aos ovos de T. canis, parasito de cães, porém a camada externa
da casca dos ovos de T. canis é mais larga que a de T. vitulorum. Os grandes e pequenos vermes
pulmonares de ovinos são diferenciados pelo exame microscópico das larvas; em bovinos o único
verme pulmonar encontrado é o Dictyocaulus viviparus. Uma infecção com trematódeos como a
Fasciola hepatica é facilmente identificada pelos ovos típicos (amarelos e grandes com um
opérculo). Se forem achados segmentos ou cadeias inteiras de segmentos maduros nas fezes um
exame ao microscópio poderá confirmar uma infecção por Moniezia com típicos ovos irregulares.
2.2.Sem larva
2.2.1.Com opérculo
# Pequenos ovos de cor escura elipsóides e
assimétricos Dicrocoelium
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Ruminantes Ruminantes
M.
M.
Ruminantes Ruminantes
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Fasciol
Paramphistom
Ruminantes Ruminantes
Ruminantes Ruminantes
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Ruminantes Ruminantes
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Ruminantes Ruminantes
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Ruminantes Ruminantes
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Ovinos Ruminantes
Ruminantes Ruminantes
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Não
Esporul
esporul
ado
Ovinos Ruminantes
Trofozoít Cist
Ruminantes Ruminantes
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SUINOS
INTRODUÇÃO
Os ovos de Ascaris suum, Trichuris suis, Strongyloides sp. e Metastrongylus sp. São fáceis de
identificar. As diferenças entre os ovos de Oesophagostomum sp. e Hyostrongylus rubidus, ao
contrário, são bastante difíceis de diferenciar; o diagnóstico diferencial é possível somente após
cultura das fezes (coprocultura) e exame microscópico da larva. As características destas larvas
são específicas das espécies. Os ovos de Strongyloides sp. são fáceis de reconhecer pela parede
fina e lisa, e também por conter no seu interior uma larva (L1), essa larva emerge muito cedo do
ovo, então para identificação desse ovo devemos examinar fezes frescas, recém expelidas. Em
fezes velhas é difícil de identificar a larva de Strongyloides de outras larvas de vida livre que
habitam o bolo fecal. O ovo de Metastrongylus também contém uma larva L1, porém a superfície
do ovo é enrugada. Fezes de suíno também podem conter ovos de outros parasitas principalmente
de ruminantes como: Trichostrongylus vitrinus e Trichostrongylus colubriformis e ovos de
trematódeos de Fasciola hepatica e Dicrocoelium lanceatum.
Protozoários:
Giardia
Eimeria
Balantidium
Isospora
Outros:
Schistosoma
Gongylonema
Macracantorhynchus
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Suínos Suínos
Suínos Suínos
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Suínos Suínos
Adultos
Suínos Suínos
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Suínos Suínos
Diferenciar de Hyostrongylus A
diferenciação é feita por meio de cultura de
fezes e exame microscópico das larvas
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Trofozoíta Cisto
Suínos Suínos
Não
esporulado Esporulado
Suínos Suínos
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EQUINOS
INTRODUÇÃO
Em nossas regiões quase todos os eqüinos são infectados por nematóides. A maioria da população
de vermes possui grande variedade de espécies, sendo as mais patogênicas as pertencentes às
famílias Ascaridae e Strongylidae.
O diagnóstico das helmintíases é determinado principalmente pelo exame microscópico dos ovos
dos vermes. Os ovos de Oxyuris equi e Parascaris equorum são bastante característicos e fáceis
de identificar. O ovo de Dictyocaulus arnfield, Strongyloides westeri e Habronema spp. sempre
contém uma larva. A larva deixa o ovo cedo – algumas vezes dentro do hospedeiro de forma que
ovos e larvas podem ser encontrados nas fezes.
Os ovos de Trichostrongylus axei, Triodontophorus spp., Trichonema spp. e Strongylus spp. são
muito similares, a diferenciação é possível mediante apurada medida e comparação de suas
propriedades morfológicas. As larvas desses nematóides obtidas após cultura das fezes, são
facilmente distinguíveis com a ajuda de um microscópio. Um número de gêneros que ocorrem com
menor freqüência não foi incluído aqui, como: Oesophagodonthus, Craterostomum, Gyalocephalus,
Posteriostomum.
Os ovos dos cestódeos Anoplocephala perfoliata, A. magna e Paranoplocephala mamillana são
expelidos com as fezes. Os ovos de Trematódeos de eqüinos são principalmente parasitas de
ruminantes (Dicrocoelium lanceatum, Fasciola hepatica).
Por causa de sua localização em certos órgãos e tecidos, ovos de várias espécies de Spiruroidea e
Filarioidea são impossíveis de achar nas fezes. Thelazia lacrymalis ocorre nos olhos. Setaria
equina vive na cavidade abdominal, enquanto as microfilárias estão no sangue. A oncocerchose
habita os tendões e tecido conectivo. As larvas de espécies de Filarioidea são detectadas no
sangue ou fluido tissular.
2.Sem larva
2.1. Com opérculo
a) Pequeno, escuro e assimétrico. Dicrocoelium
b) Grande, marrom amarelado à marrom. Fasciola
2.2.Sem opérculo
a) Esféricos
> 90µ, amarelo ouro, casca espessa Parascaris
b) Não esféricos, ovóides ou elipsóides
b.1) Pólos não similares Trichostrongylus
b.2) Pólos similares
Eixo menor, < ½ do eixo maior
> 130 µ, lados das paredes parecem barris Triodontophorus
< 110 µ , Lados das paredes paralelos Trichonema
Eixo menor > ½ do eixo maior Strongylus
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Equinos Eqüinos
Equinos Eqüinos
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Equinos Eqüinos
Equinos Eqüinos
• Ovos de tamanho pequeno: 38 - 45 µ • Ovos de tamanho grande (> 130 µ ): 130 – 145
de comprimento por 22 – 30 µ de µ de diâmetro por 70 - 90µ de largura.
largura. • Elípticos quase regulares
• Marrom escuro • Pólos quase similares
• Elípticos irregulares • Lados das paredes com formato de barril e
• Lados das paredes não são similares simétricas
• Assimétricos • Casca fina
• Casca espessa • Ovo marrom amarelado, com grânulos, sem
• Contém um miracídio que preenche o blastômeros.
ovo completamente sendo difícil de • Com opérculo
distinguir.
• Opérculo não visível
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Equinos Eqüinos
Equinos Eqüinos
Equinos Eqüinos
Equinos Eqüinos
• Tamanho: 800 – 1000µ de diâmetro por 40µ • Tamanho: 800 µ de diâmetro por 40µ
de largura. de largura.
• Proporção entre corpo e cauda é de 2,5/1 • Proporção entre corpo e cauda é de 2/1
• Tem 28 a 32 células intestinais retangulares • Tem 20 células intestinais
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Não Esporulado
esporulado
Equinos Equinos
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AVES
INTRODUÇÃO
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Ganso, pato, cisne Pombo, ganso, pato, cisne, galinha, peru, faisão,
perdiz, periquito
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Pombo, galinha, peru, faisão, perdiz, pato, Pombo, pato, ganso, cisne, galinha, peru, faisão,
ganso, cisne periquito, perdiz.
Pombo, galinha, peru, ganso, cisne, pato, Pombo, galinha, faisão, perdiz, ganso, pato, cisne.
faisão, perdiz.
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Não
esporulado Esporulado
Aves
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Protozoários
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CÃES E GATOS
Não
Esporulado Esporulado
Cães Gatos
Trofozoíta Cistos
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Protozoários
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Não
Esporulado Esporulado
Gatos Cães
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Protozoários
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Protozoários
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Protozoários
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RUMINANTES
Bovinos Ruminantes
Trofozoíta Cistos
Giardia – Protozoário Cryptosporidium - Coccideo
Ruminantes Ruminantes
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Protozoários
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Bovinos Bovinos
Corpos piriformes dentro da hemácia com Corpos piriformes dentro da hemácia com
4,5 a 5 µm de comprimento. 2,5 µm de comprimento.
Bovinos Bovinos
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EQUINOS
Cisto Trofozoito
Não Esporulado
esporulado
Equinos Equinos
Equinos Equinos
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Equinos Equinos
Cryptosporidium - Coccideo
Equinos
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SUINOS
Trofozoíta Cistos
Suínos Suínos
Não
esporulado Esporulado
Suínos
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AVES
Não Esporulado
esporulado
Aves
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Pólen
Esporos de fungo
Esporos de fungo
Pólen
Bolha de ar
Esporo de planta
Espinho de planta
Ácaros e
ovos de
Ácaros e ovos de ácaro
ácaro
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