Anda di halaman 1dari 5

COMPARAÇÃO DE TRÊS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE

PATINAGEM DE TRATORES AGRÍCOLAS


LOUZADA, Renata Salvador; GONÇALVES, Rafael da Silva; FISS,
Autor(es): Guilherme; LISBÔA, Heitor; SIGNORINI, Chaiane Borges; LOY, Flávia
Saraiva; FERREIRA, Otoniel Geter Lauz
Apresentador: Heitor Lisbôa
Orientador: Otoniel Geter Lauz Ferreira
Revisor 1: Ângelo Vieira dos Reis
Revisor 2: Carlos Antonio da Costa Tillmann
Instituição: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

COMPARAÇÃO DE TRÊS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE


PATINAGEM DE TRATORES AGRÍCOLAS

LOUZADA, Renata Salvador¹; GONÇALVES, Rafael da Silva²; FISS, Guilherme³;


LISBÔA, Heitor³; SIGNORINI, Chaiane Borges³; LOY, Flávia Saraiva³;
FERREIRA, Otoniel Geter Lauz4.

¹ Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Bolsista BIC/FAPERGS;


renataslouzada@bol.com.br
² Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Bolsista do Programa de
Educação Tutorial – FAEM/UFPel; rsgagro@gmail.com
³ Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel - FAEM/UFPel
4
Professor substituto do DER/FAEM/UFPEL; otoniel@ufpel.tche.br

1. INTRODUÇÃO

Para que a maioria das espécies cultivadas apresente bom desempenho


produtivo, se faz necessário o correto preparo do solo, semeadura, tratos culturais e
colheita, sendo que para a realização destas atividades, na maioria das vezes, são
utilizadas máquinas agrícolas, como por exemplo, o trator e as colhedoras. Durante
o preparo, semeadura e tratos culturais e, para algumas espécies, a colheita, o trator
é a principal máquina utilizada para tracionar os implementos necessários para a
realização destas atividades. Em relação às colhedoras pode-se dizer que em
culturas anuais utilizam-se, principalmente, máquinas autopropelidas.
Diversos são os fatores que afetam o desempenho dos tratores agrícolas,
como por exemplo o tipo de solo, tipo de preparo (primário ou secundário), tipo de
cultivo, que pode ser classificado em conservacionista, convencional e direto,
implemento utilizado, patinagem, entre outros.
Dentre os itens anteriormente citados, a patinagem é um dos fatores que mais
afeta o desempenho de um trator. Segundo Schlosser et al. (1992) a patinagem
excessiva das rodas motrizes, devida a falta de interação entre o rodado e o solo, é
um fator de perda de velocidade, e é agravada pelo mau estado dos pneus.
De acordo com Miranda et al. (2000), que avaliou o desempenho operacional
de um trator na subsolagem de um inceptisol, a utilização de pneus novos resultou
em desempenho superior do trator em relação ao uso de pneus desgastados. Para
os parâmetros estudados, sendo um deles a patinagem, a combinação entre pneus
novos e rotação do motor de 1800 rpm promoveu uma redução de 26,9% na
patinagem. Conforme o mesmo autor, a utilização de uma rotação de 1800 rpm
combinada com o uso de pneus desgastados reduziu a patinagem em 19,2%
quando comparado à rotação de 2000 rpm.
Levien et al. (1999), avaliaram o desempenho de uma semeadora-adubadora
de precisão em semeadura de milho (Zea mays L.) sobre diferentes formas de
manejo do solo. Os autores constataram maior patinagem das rodas motrizes do
trator na semeadura em solo arado e escarificado, comparado ao sistema plantio
direto.
Furlani et al. (2005), avaliando o desempenho de uma semeadora-adubadora
de precisão trabalhando em três sistemas de preparo do solo, sendo eles:
convencional, plantio direto e reduzido, observaram que os mesmos não
influenciaram na patinagem média dos rodados do trator para a marcha M1 (3ª
reduzida alta). No entanto, houve aumento significativo na patinagem no sistema
reduzido para as marchas M2 (4ª reduzida baixa) e M3 (4ª reduzida alta).
Segundo Lopes et al. (2005), a pressão de insuflagem é outro fator
determinante para o desempenho dos tratores agrícolas. Em estudo realizado por
esse autor, a pressão de insuflagem influenciou significativamente a velocidade de
deslocamento, patinagem e potência na barra de tração, sem, no entanto,
apresentar uma tendência de comportamento. A interação entre pressão de
insuflagem e carga sobre os rodados mostrou que determinadas combinações
desses dois fatores são mais favoráveis para o desenvolvimento de maior
velocidade de deslocamento e menor patinagem.
Devido a, já evidenciada, importância da patinagem no desempenho
operacional dos tratores, se faz necessário sua correta determinação. Assim, o
presente estudo teve por objetivo comparar três métodos de avaliação da patinagem
de tratores agrícolas.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado em janeiro de 2007 nos campos experimentais da


Universidade Federal de Pelotas – Campus Capão do Leão.
O solo da região pertence ao grupo dos Planossolos, conforme o Sistema
Brasileiro de Classificação dos Solos (Embrapa, 1999). A área trabalhada
apresentava cobertura vegetal nativa rasteira, típica da região.
Para realização do trabalho utilizou-se como elemento de tração um trator
FORD modelo 4600, de 47 kw de potência a 2100 rpm e peso total de 2482 kg sem
lastro, em 1° marcha simples (trator 1). Como elemento tracionado, no lugar do
implemento agrícola, utilizou-se um trator Valmet modelo 85 id, de 58 kw de potência
a 2300 rpm e peso total de 2520 kg, em 1° marcha reduzida (trator 2).
O delineamento experimental utilizado foi de blocos inteiramente casualizados
com três repetições, sendo o único fator estudado a patinagem. Os dados foram
avaliados estatisticamente através de análise de variância e comparação de médias
pelo teste de Tukey (p=0,05), sendo estas realizadas com auxílio do programa
SISVAR. Para análise estatística os dados de percentagens de patinagem foram
transformados para log x. Para a avaliação da patinagem foram utilizados três
métodos, os quais estão descritos a seguir:
Método 1:
Passos:
1-Marcar com o giz o flanco de um dos pneus do trator de tração;
2-Com o trator em movimento numa área não trabalhada e com o
implemento levantado (ou com o trator tracionado desacoplado), fincar uma baliza
no local onde a marca de giz do pneu coincidir com o solo;
3-Fincar a segunda baliza quando forem completadas 10 voltas do
pneu;
4-Medir a distância percorrida;
5-Operar o trator com o implemento no solo (ou acoplado ao trator
tracionado) num local imediatamente ao lado das balizas, contando 10 voltas do
pneu;
6-Medir a distância percorrida;
5-Fazer o cálculo do patinamento percentual através da fórmula:

P(%) = d0 – d1 x 100
d0

Sendo: d0 = distância percorrida pelas rodas sem carregamento


d1 = distância percorrida pelas rodas com carregamento
Método 2:
Passos:
1- Marcar com o giz o flanco de um dos pneus do trator de tração;
2-Com o trator em movimento numa área não trabalhada e com o
implemento levantado (ou com o trator tracionado desacoplado), fincar uma baliza
no local onde a marca de giz do pneu coincidir com o solo;
3-Fincar a segunda baliza quando forem completadas 10 voltas do
pneu;
4-Operar o trator com o implemento no solo (ou acoplado ao trator
tracionado) num local imediatamente ao lado das balizas, contando o número (n) de
voltas que o pneu vai dar na distância demarcada (a última volta do pneu deve ser
estimada em forma de fração de volta - 1/2, 1/4, 3/4, etc.);
5-Fazer o cálculo do patinamento percentual (P).

P = n – 10 x 100
10

Sendo: P= patinamento no campo.


n = número de voltas da roda com o implemento no solo.

Método 3:
Passos:
1-Medir uma distância de 100m;
2-Marcar com giz o flanco de um dos pneus do trator de tração na sua
parte inferior no início da distância medida;
3-Percorrer os 100m na marcha e rotação a serem utilizadas no
trabalho, porém agora com o implemento levantado (ou com o trator tracionado
desacoplado);
4-Medir o tempo em segundos que se levou para percorrer esta
distância;
5-Com o implemento em posição de trabalho (ou o trator tracionado
acoplado) percorrer a distância marcada até se completar o tempo anteriormente
medido;
6-Medir a distância que faltou para percorrer-se os 100m;
7-Esta medida é a percentagem de patinamento (P) do trator.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a análise de variância e de comparação de médias, verificou-


se diferenças estatísticas significativas entre o método 2 e os métodos 1 e 3, que
não diferiram entre si (Tabela1).
Os métodos 1 e 3 apresentaram médias semelhantes, não diferindo
estatisticamente, e por levarem em consideração a distância linear percorrida pelo
trator provavelmente sejam mais precisos, sendo assim mais indicados para a
avaliação de patinagem.
A diferença observada entre o método 2 e os métodos 1 e 3 pode ser devido
a uma superestimativa por parte do primeiro, fazendo com que se diferenciasse dos
demais. A superestimativa do resultado do método 2 pode ser explicada pelo fato de
que o mesmo leva em consideração o número de voltas dadas pela roda motriz
estando esta tracionando ou não, ao invés de considerar a distância percorrida pelo
trator.
Com a utilização de um método que superestime o percentual de patinagem,
diversas decisões podem ser tomadas sem que haja necessidade, como por
exemplo a modificação da pressão de insuflagem dos pneus, alteração do
lastreamento e até mesmo a troca de pneus, sendo que no último caso esta decisão
acarretaria aumento do custo para o produtor.

Tabela 1. Percentagem de patinagem dos três métodos


avaliados.
Método Patinagem (%)
2 201,667 a
3 75,433 b
1 66,803 b
Média geral 114,634
CV (%) 19,05**
*Médias seguidas por letras minúsculas distintas diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (p≤0,05). **Dados transformados para log x.

4. CONCLUSÕES

O método 2 superestima o percentual de patinagem.


Os métodos 1 e 3 são mais indicados para a verificação do percentual de
patinagem.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EMBRAPA. Centro Nacional Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de


classificação de solos. Brasília: EMBRAPA - SPI, 1999. 412p.
FURLANI, C. E. A.; LOPES, A.; SILVA, R. P. da. Avaliação de semeadora-
adubadora de precisão trabalhando em três sistemas de preparo do solo.
Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.25, n.2, p.458-464, 2005.
LEVIEN, R.; MARQUES, J. P.; BENEZ, S. H. Desempenho de uma semeadora-
adubadora de precisão, em semeadura de milho (Zea Mays L.), sob diferentes
formas de manejo do solo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
AGRÍCOLA, 28., 1999, Pelotas. Anais... Pelotas: Sociedade Brasileira de
Engenharia Agrícola, 1999. CD-ROM.
LOPES, A.; LANÇAS, K. P.; SILVA, R. P. da; et al. Desempenho de um trator em
função do tipo de pneu, da lastragem e da velocidade de trabalho. Ciência Rural,
Santa Maria, v.35, n.2, p.366-370, 2005.
MIRANDA, N. de O.; OLIVEIRA, M. de; NUNES, R. L. Desempenho operacional de
trator com tração dianteira auxiliar na subsolagem de um inceptisol. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.4, n.1, p.97-
102, 2000.
SCHLOSSER, J. F.; PEREIRA, C. F.; SOUSA, F. E. G. et al. Equalização da
patinagem provocada pela diferenciação de lastros no trabalho do trator em aração a
duas velocidades. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA,
21., 1992, Santa Maria. Anais ... Santa Maria: Sociedade Brasileira de Engenharia
Agrícola/UFSM, 1992. p.1535-1546.

Anda mungkin juga menyukai