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Aula 11

Economia p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Cargo 4 - Economia

Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho


Economia p/ TCE-SC
Teoria e exercícios comentados
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 11

AULA 11 – 2.10 Agregados monetários. 2.10.1 As


contas do sistema monetário.

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA


Conceito 02
Demanda de moeda 03
Oferta de moeda 06
Multiplicador monetário 12
Instrumentos de política monetária 17
Equilíbrio monetário 21
Teoria Quantitativa da Moeda 21
Taxa de juros nominal X real 25
Contas do Sistema Monetário 25
Política Fiscal 29
Resumão da Aula 34
Exercícios comentados 36
Lista de questões apresentadas na aula 56
Gabarito 62

Olá caros(as) amigos(as),

Hoje nós veremos os assuntos relacionados à moeda, ou teoria


monetária. Ressaltamos que este assunto, indiretamente, possuirá certa
continuidade na próxima aula quando estudarmos os temas relacionados
à política monetária, nos modelos IS-LM.

E aí, todos prontos?! Aos estudos!

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1. TEORIA MONETÁRIA

Estudar a teoria monetária significa, em primeiro lugar, estudar os


assuntos atinentes à moeda. A abordagem deste assunto seguirá a
seguinte sequência: primeiro, falaremos do conceito de moeda e de
suas características. Segundo, faremos uma análise de por que as
pessoas demandam moeda. Terceiro, veremos como ocorre o processo
de oferta da moeda, dando atenção especial aos agregados monetários
e à questão do multiplicador monetário, que são as partes mais
cobradas em concursos. Em quarto, veremos os instrumentos de política
monetária, que fazem aumentar ou diminuir a oferta de moeda na
economia. Em quinto, estudaremos a questão do equilíbrio monetário
para os clássicos (a teoria quantitativa da moeda) e para Keynes. Depois,
estudaremos as diferenças entre a taxa de juros nominal e real. Por
fim, faremos algumas considerações envolvendo a política monetária e
também a política fiscal.

1.1. Conceito de moeda

Moeda é tudo aquilo que é aceito para liquidar transações, isto é,


para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações. Ela é uma
espécie de haver ou direito que o seu detentor tem perante a sociedade.
Este haver ou direito é exercido ou cobrado quando o detentor da moeda
compra bens e serviços.

Veja que, por essa definição, qualquer coisa1 poderia ser moeda,
desde que sirva para comprar bens e serviços, ou seja, desde que aceita
como forma de pagamento. O que é utilizado como moeda varia ao longo
do tempo2 e entre as diferentes comunidades, e requer-se apenas que o
ativo que desempenhe esse papel cumpra as funções básicas atribuídas à
moeda, que são estas:

 Meio de troca  ser intermediária das trocas é sem dúvida a


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principal função da moeda e a que a distingue de outros ativos. Esta


função da moeda é decorrência da aceitação geral da sociedade,
que realiza as transações econômicas utilizando este ativo como
meio de troca.

1
N
presos. Favores e outras mercadorias são negociados com seus valores cotados em cigarros e estes
funcionam como meio de troca dentro do sistema.
2
Ao longo da história, tivemos inúmeros tipos de moeda: moeda-mercadoria (sal, metais), moeda-
papel (certificados que atestavam que você tinha determinada quantidade de metais depositada em
-moeda ou moeda fiduciária

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 Unidade de conta  a moeda fornece o referencial para que os


valores das demais mercadorias sejam cotados. Desta forma, os
valores dos bens e serviços transacionados são expressos em
quantidade de moeda, de tal forma que ela seja o denominador
comum de valor.

 Reserva de valor  esta é função decorrente de sua primeira


função – meio de troca. Só há sentido em utilizar a moeda como
meio de troca se, entre uma transação em determinado momento e
outra transação em momento posterior, ela mantiver durante certo
intervalo de tempo o seu valor ou seu poder de compra. Moedas
inseridas em economias altamente inflacionárias têm a sua função
de reserva de valor seriamente comprometida.

Além de desempenhar estas funções, também é aceito que a moeda


deve possuir os seguintes atributos ou características: aceitação geral
(todos tenham fé que o ativo vale alguma coisa), divisibilidade,
durabilidade, baixo custo de carregamento e transferibilidade.

Nota: não confunda atributos (divisibilidade, durabilidade, etc) com


funções da moeda (reserva de valor, unidade de conta e meio de troca).
Para concursos, estes três últimos são os mais importantes.

1.2. Demanda de moeda

Com base nas funções da moeda, podemos começar a entender por


que as pessoas a demandam.

Em primeiro lugar, podemos entender que as pessoas demandam


moeda para realizar as trocas, para poder comprar. Nesse sentido, então,
os indivíduos não demandariam, ou não reteriam moeda por ela mesma,
mas pelos bens que eles podem adquirir. A moeda “em si” não vale nada,
o que vale é o que ela nos permite comprar.
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Então, podemos entender que, em primeiro lugar, as pessoas


demandam moeda para realizar transações, para poder adquirir bens e
serviços. Essa é a chamada demanda de moeda pelo motivo
transacional e ela é dependente da renda das pessoas. Isto é,
quanto maior é a renda das pessoas, mais elas realizam transações
econômicas e, por conseguinte, mais demandam moeda por motivos
transacionais.

Os indivíduos, contudo, não recebem renda diariamente na


economia (pelo menos a maioria deles!). Por exemplo, o salário é pago de
mês em mês. Por outro lado, os agentes realizam gastos diariamente
(alimentação, transporte, etc). Assim, os indivíduos devem fazer frente a

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essas defasagens entre recebimentos e pagamentos guardando moeda
para poderem fazer frente às transações necessárias. O ato de guardar
moeda visando a usá-la em momentos futuros é a demanda de moeda
por motivo precaucional. Os indivíduos têm incerteza em relação ao
futuro e guardam moeda para se precaver de infortúnios.

Vale ressaltar que a demanda de moeda motivo precaução não é a


quantidade de moeda que colocamos na poupança, mas sim aquela
moeda que guardamos sem render juros, visando tão somente realizar
transações em momentos futuros, caso seja necessário. A demanda por
motivo precaucional, assim como por motivo transacional, é
dependente da renda da pessoa. Quanto maior a renda, maior será a
demanda precaucional (pessoas com maior renda realizam mais
transações, o que também acarreta maior necessidade de guardar moeda
visando a transações em momento futuros – maior precaução). Vale
ressaltar que a guarda de moeda, tanto pelo motivo transação, quanto
pelo motivo precaução, não rende juros ao indivíduo.

Um terceiro motivo para demandar moeda, ressaltado por Keynes


durante a década de 1930, é o motivo especulação, também chamado
de motivo portfólio. Os indivíduos, a priori, podem escolher manter sua
riqueza na forma do ativo moeda (que possui liquidez absoluta) ou em
títulos diversos que, apesar de possuírem menor liquidez que a moeda,
geram rendimentos ao seu portador. Quando as pessoas demandam
títulos, isso significa que elas estão abrindo mão de demandar moeda, e
vice-versa. Ter um título significa ter menos moeda e ter mais moeda
significa ter menos títulos. Assim, quando compramos um título (uma
ação negociada na BOVESPA ou um título de renda fixa, por exemplo),
abrimos mão de reter moeda (por motivos transação e precaução).

Quando a taxa de juros é alta, as pessoas tendem a demandar


títulos em vez de moeda, pois o custo de oportunidade3 de reter moeda é
alto. Imagine só: se você sabe que o mercado financeiro possui títulos
que rendem 10% ao mês de juros, você provavelmente terá interesse em
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comprar estes títulos. Comprando-os, você estará demandando menos


moeda, pois o custo de oportunidade de retenção deste ativo (o que você
deixa de ganhar retendo moeda em vez de títulos) é alto.

Assim, podemos concluir o seguinte: quanto maior a taxa de juros,


maior será a demanda por títulos e, por conseguinte, menor será a
demanda por moeda. A demanda por moeda visando especificamente à
compra de títulos é a nossa demanda motivo especulação. Assim,
percebemos que a demanda de moda por motivo especulação é

3
Custo de oportunidade é o custo relacionado ao que se deixa de ganhar se o agente econômico
tivesse tomado outra decisão econômica. Assim, reter (guardar) moeda tem um custo de
oportunidade relacionado ao que se deixa de ganhar caso tivesse aplicado o dinheiro no mercado
financeiro, rendendo juros.

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inversamente proporcional à taxa de juros, pois quando esta é alta,
as pessoas geralmente demandam menos moeda e mais títulos.

Fazendo um “mix” entre os três motivos pelos quais os agentes


demandam moeda, temos o seguinte:

Quadro 01:
Variável Relação:
Motivo
determinante Variável X Demanda de moeda
Transação Renda Direta
Precaução Renda Direta
Especulação Taxa de juros Inversa

Pelo exposto, vemos que a demanda por moeda depende tanto


da renda como da taxa de juros. Quanto maior (menor) for a renda,
maior (menor) será a demanda por moeda. Quanto maior (menor) for a
taxa de juros, menor (maior) será a demanda por moeda. As raízes
dessas relações estão nos três motivos pelos quais os agentes demandam
moeda (transação, precaução, especulação).

Demanda por encaixes reais monetários (M/P)

A demanda por moeda a que nos referimos até o momento é a demanda


“nominal” de moeda (M). No entanto, quando falamos em moeda, no
sentido “real”, costumamos expressar essa ideia por (M/P). Ou seja, a
quantidade “real” de moeda é dada por M/P. A lógica é a mesma da
diferenciação entre salário nominal (W) e salário real (W/P) apresentada
na aula de Modelo Keynesiano.

Pois bem, se estivermos falando da demanda real de moeda, ou da


demanda por encaixes reais monetários, teremos o seguinte:

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Onde,
M = quantidade nominal de moeda
P = nível geral de preços
M/P = quantidade real de moeda
(M/P)d = demanda real de moeda
Y = renda/produto da economia
i = taxa de juros

Ou seja, a expressão diz o que já sabemos. A demanda real de moeda


varia positivamente com a renda, e negativamente com os juros. A
diferença é que, agora, estamos falando da demanda real de moeda.

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A novidade fica por conta do aparecimento do nível geral de preços (P)
como fator que influencia a demanda por moeda. Pela análise da
expressão, podemos entender que o aumento de preços faz a demanda
por moeda aumentar (se P aumenta, o valor de M deve aumentar na
mesma proporção, para que, ao menos, mantenhamos o valor de M/P,
para os mesmos níveis de renda e taxa de juros).

Assim, podemos entender que o aumento dos preços faz a demanda


por moeda aumentar, da mesma forma que a redução dos preços faz o
contrário. E este aumento ou redução da demanda por moeda deve
ocorrer, ainda, no mesmo percentual da variação dos preços. Por
exemplo, se os preços dobram, então, a demanda por moeda também
deve dobrar.

1.3. Oferta de moeda

As transações realizadas pelos agentes econômicos podem ser


realizadas na forma de papel-moeda (dinheiro em espécie ou, no linguajar
popular, dinheiro “vivo”) ou mediante moeda bancária (cheques,
transferências bancárias, e/ou cartões de débito).

A moeda bancária é aquela moeda que os agentes (o público)


mantêm depositada nos bancos comerciais (é o nosso saldo em Conta
Corrente quando tiramos o extrato bancário). Esse tipo de moeda
também é chamada de moeda escritural.

Se somarmos o dinheiro que está com o público na forma de papel-


moeda (dinheiro “vivo”) e o dinheiro que as pessoas têm para
disponibilidade imediata em suas contas bancárias (moeda escritural),
teremos os meios de pagamento da economia (M1), que é o
principal agregado do sistema monetário.
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Assim, os meios de pagamento (M1) correspondem aos ativos


com liquidez4 absoluta. Essa liquidez absoluta significa que esses ativos
podem prontamente ser usados como poder de compra. Outra importante
característica dos meios de pagamento (M1) se refere ao fato que eles
não rendem juros ao seu detentor. Assim, para ser M1, o ativo deve
possuir as seguintes características:

4
Liquidez é a facilidade com que um ativo converte-se em poder de compra, isto é, transforma-se
em outros bens e serviços. O dinheiro em espécie possui alta liquidez pois podemos comprar
qualquer bem ou serviço possuindo dinheiro. Ações da BOVESPA, por outro lado, possuem nível de
liquidez menor que o do dinheiro em espécie, pois não podemos usá-la, de forma imediata, para
comprar bens. Imóveis, por exemplo, possuem baixíssima liquidez. Um carro VW Gol 1.0, flex, novo,
possui liquidez maior que uma Brasília Amarela, ano 1978, com o motor quebrado.

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i. Liquidez absoluta e
Características dos meios de
pagamento M1
ii. Não rende juros.

Nesse sentido, note que o dinheiro em caderneta de poupança não


pode ser considerado M1, pois rende juros ao seu detentor. Por outro
lado, o dinheiro que possuímos em conta corrente é considerado M1, pois
possui liquidez absoluta e não rende juros.

Desta forma, percebe-se que os ativos que possuirão as


características inerentes ao M1 são somente o dinheiro “vivo”, que
denominamos de papel-moeda em poder do público (PMPP) e o
dinheiro em conta corrente, que denominamos de depósitos à vista
(DV).

Assim, temos:

Meios de pagamento (M1) = Papel-moeda em poder do público


(PMPP) + Depósitos a vista (DV)

 Só consideramos os depósitos a vista, pois os depósitos a prazo


(CDBs, títulos de capitalização, etc) rendem juros, não se
enquadrando, portanto, no conceito de M1.

O agregado M1, também chamado de meio circulante, é o


principal agregado do sistema monetário.

O avanço do sistema financeiro e o processo de inovações


financeiras fizeram (e vêm fazendo) com que vários outros ativos
apresentem elevado grau de liquidez, tendo como exemplo os fundos de
aplicação financeira, os certificados de depósitos bancários, poupança,
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etc.

Isso dificulta a conceituação de meios de pagamento, pois a


diferença entre os M1 e os outros ativos, no que tange ao grau de
liquidez, é cada vez menor. Para resolver esse problema, desenvolveram-
se novos agregados que buscam incorporar outros ativos com elevada
liquidez. Esses novos ativos são chamados de quase-moeda ou haveres
não-monetários (quando nos referimos genericamente à moeda, estamos
tratando, na verdade, somente de moeda em seu conceito M1):

Meios de pagamento restritos:

M1 = PMPP + DV

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Meios de pagamento ampliados:

M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de


poupança + títulos emitidos por instituições depositárias5

M3 = M2 + quotas de fundo de renda fixa6 + operações


compromissadas e registradas no sistema SELIC7

Poupança financeira:

M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

Nota: existe ainda o agregado M0, que seria somente o PMPP.

Há alguns anos (hoje, não é mais assim!), essa divisão entre os


agregados monetários ocorria pela ordem decrescente de liquidez, onde
M1 era o agregado mais líquido e o M4 o agregado menos líquido. Hoje,
essa divisão obedece a um critério que segue a natureza das instituições
financeiras emissoras desses ativos.

Assim, o M2 possui ativos que são emitidos pelas instituições


depositárias e multiplicadoras de crédito (bancos comerciais).

O M3 possui ativos emitidos pelos próprios particulares (empresas)


e que são transacionados no sistema SELIC (ver nota de rodapé 7). Os
fundos de renda fixa são conceituados como M3, e não M2, em
virtude de esses fundos possuírem personalidade jurídica própria,
diferente da instituição financeira que a negocia para o público. Por
exemplo, quando compramos um título de renda fixa, nossa negociação,
na verdade, é com o fundo no qual estamos investindo e não com o banco
comercial. Esse fundo possui personalidade jurídica própria; o banco
comercial que o negocia apenas intermedeia a atividade. Por isso, esses
fundos de renda fixa são considerados M3, e não M2.
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O M4 é o agregado em que são conceituados os ativos cujo emissor


é o poder público, logo, neste agregado, teremos os títulos públicos.
Colocamos a observação “de alta liquidez”, pois os agregados M2, M3 e

5
Instituições depositárias são aquelas onde o público mantém seus depósitos a vista. Entre estes
títulos emitidos por estas instituições, temos, por exemplo, os títulos de capitalização e os próprios
depósitos remunerados.
6
Os fundos de renda fixa não são classificados como M2, pois tais fundos possuem personalidade
jurídica distinta da instituição que os negocia.
7
SELIC é o sistema especial de liquidação e custódia. É neste sistema que são transacionados, por
exemplo, as ações negociadas em bolsas de valores, debêntures, derivativos, etc.

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M4 são todos considerados “quase-moeda”. Ou seja, para isso, eles
devem possuir um razoável grau de liquidez.

Observe que, apesar das diferenças entre eles, nota-se que


qualquer agregado monetário (M1, M2, M3 ou M4) apresentado possui
rápida possibilidade de se transformar em moeda para transação, o que
dificulta o controle monetário do BACEN.

De todos os agregados, conforme já sabemos, o único que não


rende juros é o M1 e, por tal motivo, ele sofre todo o impacto da
inflação. Quando a inflação se acelera, observa-se forte redução de M1
em comparação com outros agregados, o que é chamado de
desmonetização8 da economia. Quando a inflação diminui, ocorre a
monetização, tendo em vista os agentes aumentarem a quantidade de
moeda (M1) em seu poder, já que não existe a perda de valor deste ativo
da mesma maneira que ocorre em regimes altamente inflacionários.

1.3.1. Processo de expansão da moeda9 pelos bancos


comerciais

A participação dos depósitos a vista no conceito de moeda (M1)


leva-nos a analisar o funcionamento do sistema bancário para se
entender o processo de criação (oferta) da moeda e a maneira como os
bancos comerciais o fazem.

Os bancos, de um lado, captam recursos dos depositantes, para, de


outro lado, emprestar estes mesmos recursos como crédito bancário. O
lucro dos bancos (em sua maior parte) vem da diferença entre o que
pagam como remuneração aos depósitos e os juros que recebem dos
empréstimos que concedem. Esta diferença é o chamado spread bancário.

Por isso, é interessante para um banco atrair o maior número de


depositantes, ainda que eles não utilizem e/ou não remunerem pelos
serviços rotineiros da instituição financeira (emissão de DOCs, pagamento
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de tarifas, contratação de seguros, utilização de cartão de crédito, etc).


Isso acontece justamente pelo fato de o banco necessitar do dinheiro dos
depositantes para emprestá-lo a outras pessoas. Quanto mais ele tiver,
mais ele poderá emprestar, e quanto mais ele puder emprestar, mais ele
lucrará. Esse procedimento de utilizar o dinheiro de alguns para
emprestar a outros, na prática, “cria moeda”.

Vejamos passo a passo como isso ocorre. Os depósitos a vista são


obrigações dos bancos com seus depositantes e podem ser resgatados a

8
Os agentes tentam não reter moeda no conceito M1, devido à perda resultante do processo
inflacionário.
9
Quando falamos em moeda, genericamente, estamos falando do conceito M1 (meios de
pagamento).

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todo instante. Assim, se o banco emprestar todo o dinheiro que recebeu
como depósito, corre o risco de o depositante requerer seu depósito de
volta, e o banco não o possuir. Mas, o bom senso nos mostra que os
depositantes resgatam apenas uma parte de seus depósitos.

A prática, portanto, nos ensina que não há necessidade de o banco


manter disponíveis para saque todos os recursos captados de seus
correntistas ou depositantes. Assim, há dois destinos para os depósitos
captados pelos bancos: uma parcela forma as reservas (R) e outra parte o
banco empresta a outras pessoas (empréstimos), ou ainda, faz os
investimentos (compra títulos do governo, títulos de outro banco, compra
moeda estrangeira, etc). Assim, temos que:

Depósitos a vista (DV) = Reservas (R) + Empréstimos/Investimentos

Quando o banco utiliza parte dos depósitos à vista para emprestar


para outras pessoas, ele está dando poder de compra para o indivíduo
que obteve o empréstimo. O tomador do empréstimo realizará gastos,
pagando-os com o empréstimo recebido. Este dinheiro deverá retornar,
em boa parte, para o sistema bancário na forma de depósitos daqueles
que receberam o dinheiro como pagamento das despesas do tomador do
empréstimo. Esses depósitos terão novamente o mesmo destino, uma
parcela será reserva e a outra será emprestada, e assim por diante.

Percebe-se, então, que houve uma multiplicação do depósito inicial


em uma série de novos depósitos com base no processo: depósito 
empréstimo  depósito  empréstimo  assim por diante.

Voltemos nossa atenção agora para as reservas (R) que os bancos


constituem sobre os depósitos a vista. Essas reservas podem ser de dois
tipos:

 Reservas compulsórias: é a parcela dos depósitos que os bancos


são obrigados legalmente a depositar em suas contas junto ao
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BACEN10 para poderem fazer frente a suas obrigações;

 Reservas voluntárias: são recursos que os bancos mantêm junto


ao BACEN por opção, ou seja, sem que sejam obrigados a isto.

Nota 1  em livros ou em questões de prova, a palavra reservas


pode aparecer também como encaixes ou depósitos (que é diferente de

10
O BACEN (Banco Central) é a autoridade monetária do país, e ele funciona como uma espécie de
banco dos bancos A BACEN
deixar uma quantia mínima lá depositada para fazer frente a seus compromissos. Essa quantia
mínima é um percentual dos depósitos a vista de seus correntistas/depositantes. Essa quantia é a
reserva ou depósito compulsório.

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depósitos à vista – DV). Assim, reservas compulsórias são o mesmo que
encaixes ou depósitos compulsórios.

Nota 2  estas reservas acima explicadas são as reservas que os


bancos comerciais fazem junto à autoridade monetária (no Brasil, é o
BACEN). Podemos ainda ter reservas em “caixa” no próprio banco. Assim,
de um modo mais completo, nós podemos dizer que os encaixes
bancários ser divididos em:
Reservas compulsórias

Depósitos (encaixes
ou reservas) junto
ao BACEN
Encaixes bancários Reservas voluntárias
(totais) = Reservas
Caixa

Na prática, os bancos podem (veja bem, é apenas uma


possibilidade) emprestar todos os recursos captados menos o volume que
deve ser destinado à formação das reservas compulsórias. Além das
reservas compulsórias, é comum os bancos manterem uma parcela dos
depósitos como reservas voluntárias para fazer frente a qualquer
emergência; como por exemplo, uma corrida dos depositantes para sacar
o seu dinheiro.

Veja que é a existência das reservas (voluntárias e compulsórias)


que permite ao banco criar moeda por meio do empréstimo de parcela
dos depósitos a vista, pois os bancos confiam que essas reservas
garantem o atendimento das demandas de saque dos depositantes. Além
disso, existe ainda o dinheiro que o banco mantém em caixa, e que é não
definido nem como reservas compulsórias, nem voluntárias.

Com base no processo acima descrito, podemos verificar que os


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bancos comerciais, por meio de sua capacidade de criar moeda,


multiplicam a injeção de moeda inicial no sistema, o que definimos como
multiplicação monetária.

A injeção monetária inicial (a quantidade “real”, ou “física”, de


moeda) corresponde à soma entre o PMPP e as reservas dos bancos. Ou
seja, “na bucha”, é o que tem no sistema monetário, se todos os agentes
resolverem sacar moeda ao mesmo tempo. A esta injeção monetária
inicial chamamos de base monetária (BM).

BM = PMPP + Disponibilidades em caixa do sistema bancário

Ou

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BM = PMPP + Encaixes totais (Reservas)

Nota 1: temos ainda o conceito de “papel moeda em circulação”


(PMC), que significa o papel moeda que está disponível para utilização. O
PMC corresponde à soma do PMPP e dos caixas dos bancos comerciais
(estou falando apenas do caixa dos BC, não incluindo aquilo que os
bancos comerciais deixam depositado no BACEN, que são as reservas
compulsórias e voluntárias). Assim: PMC = PMPP + Caixa dos bancos
comerciais. Ou seja, de modo intuitivo, o PMC é exatamente o que o
nome fala: é o papel moeda que está em circulação; e isto representa o
dinheiro que está com as pessoas (PMPP) e o dinheiro que está no caixa
dos bancos (Caixa dos bancos comerciais) pronto para ser utilizado. Os
depósitos voluntários e compulsórios estão depositados no BACEN e não
estão circulando na economia, logo, não fazem parte do PMC.
Nota 2: nós temos ainda o conceito de “papel moeda emitido”
(PME). Ele seria toda a moeda que é emitida pela autoridade monetária.
No Brasil, podemos entender11 que PME=PMC.

A base monetária (BM) é multiplicada pelos bancos através do


“empresta-deposita-empresta-deposita”, fazendo com que o valor de M1
circulante na economia seja muito maior que a base monetária. Assim,
temos o seguinte:

M1 = K . BM

Onde:

M1 = meios de pagamento = PMPP + DV


K = multiplicador monetário (termo que mede a multiplicação monetária)
BM = base monetária = PMPP + R12

A relação entre a BM e M1 corresponde ao multiplicador monetário


(K) dos meios de pagamento. Isto significa que a quantidade de meio de
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pagamento circulante (M1) é muito maior que aquilo que realmente está
de posse dos agentes (PMPP + os encaixes totais ou reservas totais13).

O multiplicador monetário apresenta a(s) seguinte(s)


formulação(ões):

11
Do ponto de vista teórico, o PMC seria o PME menos o caixa da autoridade monetária (caixa do
BACEN), de forma que: PMC = PME Caixa do BACEN. Acontece que, no Brasil, o caixa do BACEN é
sempre igual a zero. Então, podemos entender que, no Brasil, PME=PMC.
12
Estas reservas incluem todos os encaixes bancários (reservas compulsórias e voluntárias, mais o
caixa dos bancos).
13
O que está em poder do público é o PMPP, o que está em poder dos bancos são as reservas. A
soma PMPP + R é a base monetária (BM).

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ou

Onde c, d e r são coeficientes de comportamento:

c = PMPP/M1
d = DV / M1
r = R / DV

O coeficiente c (coeficiente do público) indica qual é a porcentagem


dos meios de pagamento que fica na forma de dinheiro “vivo” na mão do
público. É a proporção de encaixes (depósitos) que fica com o público,
sob a forma “manual” (proporção de moeda manual). Como é um meio de
pagamento que não poderá ser multiplicado, pois não está depositado nos
bancos comerciais, nós temos que, quanto maior for o c, menor será o
multiplicador monetário K.

O coeficiente d indica qual é a porcentagem dos meios de


pagamento que fica depositada nos bancos comerciais. É a percentagem
de meios de pagamento sob a forma “escritural” (moeda escritural, que é
diferente da moeda manual – PMPP). Como é um meio de pagamento que
fica em poder do setor bancário (dos bancos comerciais), nós temos que,
quanto maior for o d, maior será o multiplicador monetário K.

Os coeficientes “c” e “d” dependem basicamente do


comportamento das pessoas. Ou seja, dependem das decisões do
público quanto a manter o dinheiro em forma de moeda manual (PMPP),
ou na forma de moeda escritural (DV).

É importante mencionar que (c+d) sempre será igual a 1. Se


somarmos c e d chegaremos a (PMPP + DV)/M1. Como PMPP+DV=M1,
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então, c+d=M1/M1=1. Podemos chegar a essa conclusão intuitivamente.


As pessoas têm duas opções para guardar seus meios de pagamento. Ou
elas põem no banco (na forma de DV), ou elas põem no bolso (na forma
de PMPP). Logicamente, todo o dinheiro que não é posto sob a forma de
PMPP, deverá ser colocado sob a forma de DV, e vice-versa.

O coeficiente r (coeficiente de reservas) indica qual a porcentagem


de depósitos à vista que ficam sob a forma de encaixes bancários
(reservas bancárias=reservas voluntárias + reservas compulsórias +
caixa do banco). Como é uma parte dos depósitos a vista que não será
emprestada para outros indivíduos, nós temos que, quanto maior for o
r, menor será o K.

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Vale destacar que esse coeficiente r depende tanto da política
interna dos bancos (quantidade de reservas voluntárias e caixa), quanto
do BACEN, que define a exigência de reservas compulsórias. Se uma
questão de prova afirmar que os bancos estão obrigados a formar
reservas compulsórias sobre 15% dos depósitos à vista e, ao mesmo
tempo, estes bancos formam 20% de reservas voluntárias e 5% dos
depósitos ficam no caixa, então, o coeficiente r será igual a 40% (15% +
20% + 5%). Ou seja, este coeficiente “r” depende das decisões dos
bancos comerciais e também das decisões do BACEN.

Podemos resumir assim as relações entre os coeficientes de


comportamento e o multiplicador monetário:

 Quanto maior o “c”, menor o K;


 Quanto maior o “d”, maior o K;
 Quanto maior o “r”, menor o K.

Além destes coeficientes, deve-se ter cuidado com outros que


possivelmente a banca examinadora pode “apresentar”. Para esta
situação, é interessante que você saiba uma fórmula adicional para o
multiplicador no caso da banca lhe falar sobre a relação entre moeda
manual em poder do público (PMPP) e os depósitos à vista (DV). Esta
seria uma maneira alternativa de apresentar a taxa de retenção de
moeda pelo público, é uma outra forma de enxergar o coeficiente “c”.

c = PMPP/DV

Caso esta forma alternativa de coeficiente apareça, você deverá


utilizar esta fórmula para o multiplicador monetário:

Mas, na maioria dos casos, a taxa de retenção de moeda pelo


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público é dada pelo coeficiente c=PMPP/M1, de tal forma que, em mais de


90% das questões, a fórmula do multiplicador a ser utilizada por você
será a que foi apresentada primeiro, na página 12.

Multiplicador monetário X multiplicador bancário

O multiplicador que aprendemos nas últimas páginas é multiplicador


monetário. É o cobrado em provas de concursos, geralmente.

Mas existe também o multiplicador bancário, que possui um conceito


um pouco diferente, não se confundindo com o multiplicador monetário. O
multiplicador bancário diz respeito especificamente à capacidade do

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sistema bancário criar moeda escritural, dado que ele dispõe de apenas
um certo valor de moeda manual em suas reservas.

Isto é, o multiplicador bancário, de certa forma, procura isolar o setor


bancário, considerando somente o que os bancos conseguem multiplicar a
partir daquilo que eles possuem como reservas bancárias. Assim, no
multiplicador bancário, não temos os coeficientes dependentes do
comportamento do público (coeficientes “c” e “d”). Temos somente o
coeficiente “r”. A fórmula do multiplicador bancário (KB) é bem simples:

Observamos, portanto, que o valor do multiplicador bancário independe


da parcela de moeda manual mantida em poder do público, pois ele é
obtido apenas entre a relação entre depósitos à vista e reservas bancárias
(KB=1/r ou KB=DV/R).

O multiplicador bancário, conforme podemos notar, por só considerar o


coeficiente “r”, acaba sendo um dos componentes que determinam o
multiplicador monetário, mas não se confunde com ele. Quanto maior o
multiplicador bancário, maior também será o multiplicador monetário.

1.3.2. Criação e destruição de moeda

Além da criação de moeda por meio do sistema de depósitos e


empréstimos, há também outras transações que têm a particularidade de
aumentar ou reduzir a quantidade de meio circulante (M1) na economia.

Deve-se entender criação ou destruição de moeda como sendo a


mesma coisa que criação ou destruição de meios de pagamento (no
conceito tradicional, ou seja, M1). Sabendo-se que este último é
constituído por todos os ativos de liquidez imediata possuídos pelo setor
não-bancário da economia, conclui-se que a criação ou destruição da
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moeda envolve uma transação entre o setor bancário e o setor


não-bancário da economia (1ª. condição).

Há criação de moeda quando o público recebe do setor bancário


haveres monetários (papel-moeda em poder do público + depósitos à
vista) e, em contrapartida, entrega haveres não-monetários ao setor
bancário.

Por outro lado, a destruição de moeda ocorre quando o setor não


bancário entrega haveres monetários ao setor bancário e, em
contrapartida, recebe do setor bancário haveres não monetários.

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Assim, note que, para que haja criação ou destruição de
moeda, é necessária a troca de haveres monetários e não
monetários (2ª. condição). Se houver satisfação das duas condições
simultaneamente, teremos uma operação de criação ou destruição de
moeda.

 Exemplos de criação de moeda:

- uma pessoa faz um saque de seu depósito a prazo: há transação entre o


uma pessoa (setor não bancário) e o banco (setor bancário). Ao mesmo
tempo, o banco entrega para a pessoa um haver monetário (M1) e a
pessoa entrega para o banco o título do depósito a prazo (haver não
monetário – não M1).

- uma empresa desconta uma duplicata em um banco: há transação entre


a empresa (setor não bancário) e o banco (setor bancário). Ao mesmo
tempo, a empresa entrega para o banco um haver não monetário (a
duplicata) e recebe um haver monetário (M1).

- um exportador recebe em reais o valor correspondente a uma venda ao


exterior: o exportador (setor não bancário) recebe um haver monetário
(M1) e entrega um haver monetário ao banco (o exportador receberá um
valor em moeda estrangeira pela venda. Essa moeda estrangeira, que não
é considerada M1, deve ser trocada em um banco, sendo, portanto, um
haver não monetário).

- um banco adquire títulos governamentais do público, creditando suas


contas correntes: o banco (setor bancário) entrega um haver monetário
(M1) para o setor não bancário (governo) e recebe, em troca, um haver
não monetário (títulos públicos).

 Exemplos de destruição de moeda:


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- uma pessoa faz um depósito em sua caderneta de poupança: a pessoa


(setor não bancário) entrega M1 (haver monetário) para o setor bancário
e recebe em troca um haver não monetário (título de caderneta de
poupança, que, não sendo depósito à vista, também não pode ser
considerada M1).

- um banco vende títulos governamentais ao público: o setor bancário


entrega haveres não monetários (títulos públicos) ao setor não bancário
(público), recebendo em troca haveres monetários (estamos supondo que
o público esteja pagando com M1).

- um importador paga ao banco o valor correspondente a uma compra no


exterior: o importador (setor não bancário) entrega ao banco um haver

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monetário (M1) e recebe do setor bancário um haver não monetário (o
valor correspondente em moeda estrangeira para realizar o pagamento da
compra).

- um banco vende um imóvel a uma empresa, recebendo o pagamento


em dinheiro: o setor bancário entrega um haver não monetário (imóvel)
ao setor não bancário, recebendo em troca um haver monetário.

- uma pessoa paga um empréstimo bancário, sendo debitado em sua


conta corrente: o setor não bancário (a pessoa) entrega um haver
monetário (ela é debitada em conta corrente) ao setor bancário e, em
troca, tem sua dívida, exigibilidade, ou título a pagar (haver não
monetário) cancelados.

 Exemplos em que não há criação nem destruição de moeda:

- uma pessoa efetua um depósito à vista em sua conta corrente: não há


operação havendo troca de haver monetário e não monetário. O dinheiro
que entra na conta da pessoa é M1 (DV) e o que sai da pessoa também é
M1 (PMPP). Ademais, a transação não envolve setor bancário e não
bancário.

- um banco comercial realiza um empréstimo (redesconto) junto ao


BACEN: não há criação ou destruição de moeda, pois a operação não
ocorre entre setor bancário e não bancário. Neste caso, os dois lados
representam o setor bancário.

- União solicita empréstimo ao FMI e o valor recebido é depositado no


BACEN: neste caso, ocorre transação entre setor não bancário (União) e
setor bancário (aqui, o FMI é como se fosse um banco emprestador). No
entanto, o FMI emprestará o valor em moeda estrangeira (dólares) que
não é considerada M1 (para ser M1, tem que ser moeda nacional, que
pode ser utilizada para fazer transações no país). Logo, a transação não
envolve haver monetário (M1). 22145164766

1.4. Instrumentos de política monetária

Por política monetária, entende-se a atuação do Banco Central14


para definir as condições de liquidez da economia: quantidade ofertada de
moeda e nível de taxa de juros. Para exercer o seu papel, o BACEN dispõe
dos seguintes instrumentos:

14
O Banco Central (BACEN) é o órgão que controla a oferta monetária no país e os assuntos a ela
relacionados. Entre outras, são funções do BACEN: ser o banco dos bancos, ser o banqueiro do
Tesouro Nacional, controlar a oferta de moeda, possuir o monopólio da emissão de moeda nacional,
zelar pelo valor da moeda nacional (controlar a inflação), regular e fiscalizar o sistema financeiro.

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 Emissões monetárias
O BACEN tem o monopólio das emissões e deve colocar em
circulação o volume de notas necessárias ao bom desempenho da
economia. Caso queira aumentar a quantidade de meio circulante,
basta emitir mais moeda.

 Reservas obrigatórias dos bancos comerciais


Representam importante instrumento de política econômica. Um
aumento dessa taxa de reservas representará uma diminuição dos
meios de pagamento, dado que os bancos comerciais emprestarão
menos ao público e o farão com juros maiores (como há menos
dinheiro disponível para emprestar, as taxas de juros sobem).
Nesse sentido, se o governo opta por uma política de crescimento
da demanda agregada (aumento do nível de emprego), poderá,
para isso, reduzir a taxa de compulsório; por outro lado, numa
política restritiva, anti-inflacionária, poderá aumentá-la.

 Redescontos
Em suma, são empréstimos que o BACEN realiza para os bancos
comerciais. Como todo empréstimo, possui taxas de juros. Se a
taxa de juros do redesconto for baixa, haverá incentivo para os
bancos comerciais tomarem dinheiro emprestado, logo, haverá
melhores possibilidades para a expansão dos meios de pagamento,
pois os bancos poderão utilizar o dinheiro do empréstimo tomado
junto ao BACEN para emprestá-lo ao público. Vale ressaltar que
redesconto é uma coisa e taxa de redesconto é outra. Por exemplo,
se a questão falar que o redesconto é elevado, devemos entender
que há mais expansão monetária, pois os bancos tomaram mais
empréstimos junto ao BACEN. Por outro lado, se a questão fala que
a taxa de redesconto é elevada, devemos entender que há
desincentivo à expansão monetária e há elevação das taxas de
juros (se os juros que o BACEN cobra dos bancos comerciais for
aumentado, haverá também elevação dos juros que os bancos
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comerciais cobram da população). Assim, fique atento! Preste


atenção ao que está sendo falado: redesconto ou taxa de
redesconto. Atenção redobrada no caso de aparecer “taxa de
redesconto”. Quando ela é reduzida, por exemplo, temos uma
possibilidade de haver expansão dos meios de pagamento. Assim,
resumidamente, temos:
Aumento do redesconto  haverá expansão dos meios de
pagamento; e poderá haver redução das taxas de juros.
Redução da taxa de redesconto  pode haver expansão dos meios
de pagamento; e haverá redução das taxas de juros.

 Operações de mercado aberto (open market)

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São compras e vendas de títulos públicos no mercado de capitais.
Quando o BACEN compra títulos no mercado, aumentam os
depósitos no sistema bancário e, com isso, o volume de reservas,
permitindo a ampliação da oferta de moeda pelos bancos. Isto
acontece porque o governo, neste caso, entrega moeda ao mercado
e retira os títulos. Quando o BACEN vende títulos, ele enxuga a
quantidade de moeda, pois estará recebendo moeda (reduzindo os
depósitos no sistema bancário) e entregando títulos.

 Regulamentação e controle de crédito


O BACEN também afeta o M1 via regulamentação e controle de
crédito. Isso pode ser feito via política de juros, controle de prazos,
regras para financiamentos, etc. Por exemplo, se o BACEN
determinar que os financiamentos para automóveis poderão ser
feitos em, no máximo, 12 meses, isso, com certeza, desincentivará
a oferta de moeda, pois haverá forte redução nos financiamentos
(menor expansão do M1).

 Utilização das reservas internacionais


Reservas internacionais representam a quantidade de meios de
pagamento aceitos internacionalmente (geralmente moeda
estrangeira) no caixa do BACEN. Quando o BACEN compra moeda
estrangeira, visando aumentar as reservas internacionais, isto
significa aumento de M1 (política monetária expansiva). Isto
acontece porque o BACEN, ao comprar moeda estrangeira, despeja
R$ na economia, aumentando a quantidade de moeda M1, e recolhe
moeda estrangeira, que não é considerada meio de pagamento (não
é considerada M1). Por outro lado, quando o BACEN vende moeda
estrangeira e diminui o seu estoque de reservas internacionais, ele
provoca o enxugamento da liquidez na economia (diminui a
quantidade de M1). Isto acontece porque ele despeja moeda
estrangeira (não é M1) e recebe R$ em troca, reduzindo a
quantidade de M1.
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A alteração da taxa de juros do COPOM

Quando assistimos ao noticiário na TV, é comum ouvirmos a seguinte


afirmação: “o COPOM (Comitê de Política Monetária) decidiu
elevar/reduzir a taxa de juros em X%”. Por meio disso, somos instados a
pensar que a alteração da taxa de juros ocorre por meio de uma simples
decisão administrativa.

Na verdade, o governo não decide a taxa de juros em uma “canetada” do


COPOM. O governo se compromete a buscar aquela taxa de juros que foi
acordada na reunião. A taxa de juros é o preço do “bem” moeda. Assim,
se o governo quiser reduzir a taxa de juros, ele pode aumentar a oferta

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de moeda na economia (quando aumentamos a oferta de um bem, seu
preço cai). Se ele quiser aumentar a taxa de juros, ele pode reduzir a
oferta de moeda na economia (quando reduzimos a oferta de um bem,
seu preço aumenta). Neste caso, o BACEN utilizará os instrumentos que
foram aprendidos logo acima para variar a oferta de moeda e garantir a
taxa de juros que ele deseja.

Quando isto acontece, ou seja, quando o governo visa determinar a taxa


de juros e deixa a oferta de moeda variar, para garantir o nível da taxa
de juros que ele quer, nós dizemos que a política monetária é
passiva.

Quando o governo controla a oferta de moeda, e a taxa de juros pode


variar livremente, nós dizemos que a política monetária é ativa. Não é
possível ao governo adotar, ao mesmo tempo, política monetária ativa e
passiva. Deve-se escolher uma das duas (ou se controla a oferta de
moeda, ou se controla a taxa de juros).

Veja que os conceitos de política monetária ativa e passiva levam em


conta o controle da quantidade de moeda na economia. Se o governo
quiser controlar a oferta monetária, e deixar a taxa de juros variar, a
política monetária é ativa. Se o governo quiser controlar os juros (é o
caso do Brasil, hoje), e deixar a oferta de moeda variar, a política
monetária é passiva.

1.5. Relação entre a política monetária, renda, inflação e juros

Primeiramente, devemos entender que política monetária


expansionista, inflacionária, ou expansiva é aquela voltada para o
aumento da quantidade de meio circulante (M1) na economia. Por outro
lado, quando o governo adota medidas para reduzir a quantidade de M1,
estará utilizando política monetária restritiva, ou anti-inflacionária.

Também podemos entender que qualquer política do governo no


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sentido de aumentar o multiplicador monetário é considerada política


monetária expansiva, assim como qualquer ato do governo no sentido
reduzir o multiplicador monetário é política monetária restritiva.

o Política monetária  renda: vários modelos econômicos


demonstram que o aumento na quantidade de M1 na economia
(política monetária expansiva) provoca aumento da renda ou
demanda agregada, aumentando os níveis de emprego. Neste caso,
os efeitos da política fiscal e monetária são semelhantes sobre a
renda ou produto da economia.

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o Política monetária  nível geral de preços: políticas
expansivas, tal qual ocorre com a política fiscal, provocam pressões
inflacionárias (aumento de preços).

o Política monetária  taxas de juros: a taxa de juros é o preço


do dinheiro. Quando há política monetária expansiva, há mais
dinheiro circulando. Mais dinheiro circulando indica que ele está
mais barato (tudo em excesso fica mais barato: é mera aplicação
dos mecanismos de oferta e demanda). Como maior quantidade de
M1 indica que a moeda está mais barata, as taxas de juros estarão
mais baixas. Assim, caso o governo queira reduzir as taxas de
juros, poderá praticar política monetária expansionista. Por outro
lado, quando os meios de pagamento ficam mais escassos (política
monetária restritiva), a moeda fica mais cara, ou seja, a taxa de
juros (preço da moeda) aumenta.

Segue um resumo sobre os efeitos e instrumentos da política


monetária:

Quadro 02:
Política
Instrumentos Consequências
monetária
Redução da exigência de
depósito compulsório Aumenta a renda/emprego

EXPANSIVA Redução da taxa de Aumento da inflação


redesconto
Redução das taxas de juros
Compra de títulos

Aumento da exigência
de depósito compulsório Reduz a renda/emprego
Aumento da taxa de Redução da inflação
RESTRITIVA
redesconto
Aumento das taxas de juros
Venda de títulos
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Nota  as consequências da política monetária sobre a inflação,


renda e taxas de juros ficarão mais claras quando estudarmos os modelos
IS-LM e oferta/demanda agregada nas próximas aulas.

1.6. Equilíbrio monetário

O equilíbrio monetário pode ser visto sob duas óticas: segundo a


teoria clássica e segundo a teoria Keynesiana. Pela teoria clássica,
utilizamos a teoria quantitativa da moeda; comecemos nossa análise por
ela.

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1.6.1. Equilíbrio monetário para os clássicos - Teoria


quantitativa da moeda (TQM)

A TQM é basicamente um modo de se enxergar o papel na


economia que se coaduna com a teoria clássica. A TQM é fundamentada
basicamente sobre a seguinte formulação:

MV = PT

Onde: M = oferta de moeda (base monetária), V = velocidade de


circulação da moeda, P = nível geral de preços e T = quantidade de
transações ocorrida no sistema econômico.

A equação nos diz que o volume de moeda multiplicado por sua


velocidade (número de transações financiado pela mesma unidade
monetária) é igual ao volume monetário das transações realizadas na
economia. Esse volume monetário é a quantidade de transações
multiplicada pelos preços destas transações (PxT).

Assumindo-se que a economia esteja no pleno emprego, que é um


pressuposto da economia clássica (a quantidade de transações – T –
esteja em seu máximo), e a velocidade de circulação da moeda seja
constante; aumentos da oferta de moeda – M – tenderão a aumentar os
preços – P – para que se mantenha a igualdade. Na verdade, a equação
nos afirma que, na teoria clássica, coeteris paribus, aumentos da oferta
monetária provocarão somente aumento dos preços. Assim, quando a
oferta monetária é aumentada, isto acabará provocando inflação.

Ao mesmo tempo, a quantidade de moeda determina o nível de


geral de preços. Se a quantidade de moeda na economia é alta, o nível
geral de preços estará alto. Se a quantidade de moeda na economia é
baixa, o nível geral de preços estará baixo. O aumento da quantidade de
moeda faz surgir a inflação (aumento do nível geral de preços).
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Observe, então, que a TQM prega a neutralidade da moeda, no


sentido de que a quantidade nominal de moeda na economia irá afetar
somente os preços, mas não irá afetar o nível do produto. Por não afetar
o produto/renda, é dito que a moeda será neutra (segundo a TQM).
Essa “neutralidade” a que nos referimos é em relação à renda ou ao
produto (Y) da economia.

Esta teoria não é amplamente aceita por todos os economistas, pelo


fato de existirem duas suposições que são difíceis de serem verificadas na
prática: a economia deve estar em pleno emprego e a velocidade de
circulação da moeda deve permanecer constante. Outro fator importante
na TQM é fato de que ela desconsidera totalmente o papel da taxa de

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juros sobre a renda. Para os clássicos, a demanda por moeda depende
somente da renda e não da taxa de juros.

A dependência da demanda por moeda em relação à taxa de juros


devido ao motivo especulação foi ressaltada por Keynes, em crítica à
teoria clássica.

Por ser uma teoria clássica, a análise da TQM depende, por


consequência, dos pressupostos da teoria clássica (vistos na aula do
Modelo Keynesiano). Os principais são os seguintes:

 Preços e salários flexíveis;


 Pleno emprego de recursos (uso total da capacidade
instalada).

Para fins de prova, em regra, se for falado em TQM, já devemos


leva em conta o que foi acima exposto. Apenas devemos tomar cuidado
que, se o mercado não se apresentar da forma como dispusemos acima, a
TQM não se aplicará de forma integral. Assim, se o mercado apresentar
alguma imperfeição (por exemplo, se houver rigidez de preços e salários),
é possível que o crescimento da oferta de moeda faça o produto aumentar
(além de a inflação aumentar também).

Nesta situação (preço e salários com alguma rigidez), o crescimento


da oferta de moeda causa inflação, mas pode também causar aumento do
produto/renda, de tal forma que a oferta não será neutra.

Portanto, em questões de prova, tome cuidado. Em regra, segundo


a TQM (ou, no longo prazo; ou, na teoria clássica; ou, com pleno emprego
de recursos), a moeda será neutra. Entretanto, ainda segundo a TQM, ela
não será sempre neutra. Se houver rigidez de preços ou salários, o
aumento da oferta de moeda pode aumentar o produto.

Para esclarecer, segue o julgamento de 02 assertivas, para vermos


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como uma assertiva deve ser marcada:

 Segundo a TQM, a moeda é neutra (Certo, pois é a regra geral).


 Segundo a TQM, a moeda é sempre neutra (Errado, devido à
palavra “sempre”).

A dicotomia clássica

Segundo a teoria clássica, temos distinções claras entre variáveis


“nominais” e variáveis “reais”. Na TQM, as variáveis nominais seriam a
quantidade de moeda (M) e o nível de preços (P). As variáveis reais
seriam a velocidade (V) e a quantidade de transações (T).

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Os salários (W) são variáveis nominais, enquanto o poder de compra dos


salários (W/P) são variáveis reais. A quantidade de produção de uma
economia (produto ou PIB real) é uma variável real, enquanto os preços
destes bens produzidos são uma variável nominal.

Conforme vimos, o aumento da quantidade de moeda afeta somente os


preços. Ou seja, uma variável nominal (M) afeta somente a outra variável
nominal (P) da equação.

Segundo os clássicos, as variáveis reais somente podem ser


afetadas por variáveis reais; enquanto variáveis nominais
somente podem ser afetadas por variáveis nominais. Essa divisão
das variáveis macroeconômicas em dois grupos (variáveis nominais X
reais) e a conclusão de que variáveis nominais não influenciam as
variáveis reais é chamada de dicotomia clássica.

Observe, portanto, que a TQM, de certa forma, é um enunciado que


decorre da dicotomia clássica.

1.6.2. Equilíbrio monetário para Keynes

Na visão keynesiana, o equilíbrio monetário é atingido quando a


oferta é igual à demanda de moeda.

Segundo Keynes, a oferta e a demanda de moeda exercem um


papel importante sobre a taxa de juros, e esta exerce um papel
importante sobre a renda. Para Keynes, uma expansão monetária
causaria o seguinte, se a economia estiver abaixo do pleno emprego:

 Com mais moeda, a taxa de juros fica mais barata, incentivando os


investimentos das empresas;22145164766

 Os investimentos das empresas é um dos elementos da demanda


agregada. Havendo mais investimentos, haverá mais renda,
aumentando, assim, o nível de emprego.

Conforme nós colocamos, isto acontecerá se a economia estiver


abaixo do pleno emprego. Se, por outro lado, a economia estiver em
pleno emprego, o aumento da oferta de moeda provocará somente
inflação (aumento de preços), exatamente como apregoa a TQM.

Veja, então, que Keynes não contraria totalmente a TQM, mas, para
ele, ela só se aplica se a economia estiver no pleno emprego.

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Nota  estas questões das relações entre juros, renda, emprego,
inflação, Keynes, clássicos; enfim, tudo isso ficará mais claro na próxima
aula. Portanto, se você teve dificuldades em entender essa parte final da
aula, não se preocupe, pois mais à frente tudo ficará mais claro. Apenas
colocamos nesta aula, pois são assuntos dentro do assunto “moeda”.
Quando você ler as aulas pela segunda vez (e esperamos que isso seja
feito!), tudo se encaixará perfeitamente. Outro fator que influenciará aqui
é a Lei de Okun que relaciona inversamente o produto e o desemprego.
Falaremos mais dessa lei em aula futura.

1.7. Taxa real x taxa nominal de juros

A taxa de juros nominal corresponde ao ganho monetário obtido por


determinada aplicação, independente do comportamento do valor da
moeda (independente da inflação). Por exemplo, se eu (Heber) aplico
hoje R$ 100,00 e resgato daqui a 01 mês R$ 130,00, a taxa de juros
nominal foi de 30% a.m., ou seja, os R$ 30,00 que eu ganhei em relação
aos R$ 100,00 que apliquei. Se eu tivesse resgatasse R$ 300,00, a taxa
de juros nominal teria sido de 200% a.m.

A taxa de juros real corresponde ao ganho que se obtém em termos


de poder de compra. Ou seja, ela corresponde à taxa de juros nominal
recebida, descontada a perda de valor da moeda, isto é, descontada a
inflação no período da aplicação. Ou seja, a taxa de juros real é igual à
taxa de juros nominal menos a taxa de inflação.

Suponha que eu tenha aplicado R$ 100,00 e resgatado R$ 130,00;


mas a inflação no período tenha sido de 30%. Neste caso, percebemos
claramente que os 30% que eu ganhei nominalmente foram totalmente
corroídos pela inflação. Do ponto de vista real, descontada a inflação, o
ganho da aplicação foi de 0%.

Assim, podemos definir que a taxa de juros nominal corresponde à


soma entre a taxa de juros real e a taxa de inflação:
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n=r+i  r=n–i

Onde “n” é a taxa nominal, “r” é a taxa real e “i” é a inflação. Essa
equação acima reflete o chamado efeito Fisher, e mostra que a taxa de
juros real depende, além da remuneração nominal, da taxa de inflação.

Além da formulação acima, existe esta também:

(1 + n) = (1 + r).(1 + i)  (1 + r) = (1 + n)/(1 + i)

A expressão acima tem o mesmo significado da equação de Fisher


(n = r + i). A diferença é que estamos trabalhando com índices, e não

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com taxas. Nos dois casos, você pode perceber que se a taxa de inflação
é 0% (i=0), então, as taxas de juros nominal e real serão iguais. Se a
taxa de inflação for maior que a taxa nominal de juros, os juros reais
indicarão perda de rendimento da aplicação.

1.8. Contas do sistema monetário

As contas do sistema monetário são estruturadas como em toda


contabilidade, existindo operações ativas e operações passivas. Em
provas de concursos, o que é cobrado nesta parte da matéria é o
conhecimento do que configura uma conta do ativo ou passivo do balanço
dos bancos comerciais, BACEN ou sistema monetário como um todo.

A princípio, pode nos parecer que o assunto é totalmente


“decoreba”, mas isso não é (totalmente) verdade. Existe uma lógica de
aprendizado, um bizú.

BIZÚ  De acordo com a Contabilidade, no lado do passivo existem


as contas que identificam as origens/fontes dos recursos, as obrigações
(exigibilidades) e os recursos próprios (semelhante ao patrimônio líquido).
De forma contrária, as contas pertencentes ao ativo referem-se às
aplicações dos recursos, disponibilidades e direitos. Por esse raciocínio,
também podemos entender a divisão das contas do sistema monetário.
Independentemente se estamos tratando do balanço dos bancos
comerciais, do BACEN ou do sistema monetário total, esta lógica será
obedecida. Observe as contas tentando entender esta lógica e a
memorização ficará mais fácil.

O BALANÇO CONSOLIDADO DOS BANCOS COMERCIAS

Os bancos comerciais representam um dos lados do sistema


monetário, já que são estes que promovem a interligação do Banco
Central, em nome do governo, com o público em geral. O balanço
consolidado (simplificado) dos bancos comerciais é assim dividido:
22145164766

Balancete consolidado dos BANCOS COMERCIAIS


Ativo Passivo
 Encaixes  Depósitos à vista
- Caixa  Depósitos a prazo
- Depósitos no BACEN  Redescontos e outros recursos
- Depósitos voluntários do BACEN
- Depósitos compulsórios  Empréstimos externos
 Empréstimos ao setor privado e  Outras exigibilidades
público  Recursos próprios (Patrimônio
 Títulos públicos e privados líquido)
 Imobilizado
 Outras aplicações

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ATIVO:

• Encaixes: Trata-se da parcela dos depósitos à vista que o sistema


bancário comercial não emprestou ao público. São os chamados
depósitos compulsórios e voluntários mais o saldo em caixa;

• Empréstimos ao setor privado e ao setor público: São os


empréstimos feitos ao sistema não bancário, tais como o governo,
as famílias e etc;

• Títulos Públicos e Privados: São os haveres não monetários na


forma de títulos encarteirados pelos bancos;

• Imobilizado: É a contabilização dos recursos das estruturas físicas


de funcionamento dos bancos;

• Outras Aplicações: São as aplicações em moeda estrangeira dos


bancos.

PASSIVO:

• Depósitos à vista: São os depósitos captados pelo sistema bancário


do público em geral e disponíveis em conta-corrente;

• Depósitos a prazo: São os depósitos captados pelo sistema


bancário do público em geral e disponíveis em outras contas
(poupança, títulos de renda fixa (CDB, RDB);

• Redescontos: São os recursos tomados a título de empréstimo


pelos bancos via Banco Central;

• Empréstimos Externos: São recursos tomados pelos bancos para


22145164766

financiamento de suas linhas de concessão de crédito ao público


em geral;

 Outras exigibilidades;

• Recursos Próprios: São os recursos de propriedade dos próprios


bancos comerciais.

Podemos verificar que as operações ativas são aquelas provenientes


da destinação dada pelos bancos para o volume de depósitos vista feitos
pelo público. O passivo é representado em sua maior parte, pelos próprios
depósitos realizados pelo público.

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O BALANÇO CONSOLIDADO DO BANCO CENTRAL


Balancete consolidado do BACEN
Ativo Passivo
 Reservas internacionais  Papel-moeda emitido
 Empréstimos ao Tesouro  Depósitos do Tesouro Nacional
Nacional e a outros órgãos  Depósitos dos bancos comerciais
públicos - Voluntários
 Redescontos 15 - Compulsórios
 Títulos públicos federais  Empréstimos externos
 Caixa (encaixes)  Recursos especiais
 Empréstimos ao setor privado  Outras exigibilidades
 Outras aplicações  Recursos próprios (Patrimônio
líquido)

ATIVO:

• Encaixes em moeda corrente (caixa): Trata-se da parte do papel


moeda emitido (PME) que não se encontra em circulação;

• Títulos Públicos Federais: O BACEN é chamado de agente financeiro


do Tesouro Nacional. Ele realiza as chamadas operações de Mercado
Aberto, que se caracterizam pela colocação e retirada de dinheiro
de circulação por meio dos títulos emitidos pelo Tesouro. Na sua
contabilidade entra como ativo, constando como passivo do Tesouro
Nacional;

• Operações de Redesconto: São os empréstimos feitos a bancos


comerciais. Fica localizado do lado esquerdo do seu balanço, ficando
do lado direito no balanço dos bancos comerciais;

• Reservas Internacionais: O estoque de moeda estrangeira


pertencente ao país fica sob guarda do Banco Central. Ele a tem
como ativo por necessidade de utilizar estes recursos para fazer
22145164766

frente às demandas de divisas estrangeiras por bancos e pelo


público em geral;

 Empréstimos ao setor privado e ao setor público: São os


empréstimos feitos ao sistema não bancário, tais como o governo,
as famílias e etc;

 Outras Aplicações: São as aplicações em moeda estrangeira dos


bancos.

15Observe que o redesconto é um ativo (direito) no balanço do BACEN, mas, no balanço dos
bancos, ele é uma obrigação (passivo).

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PASSIVO:

• Papel Moeda Emitido: Trata-se do total de moeda emitida que pode


ou não estar circulando.

• Depósitos do Tesouro: São os depósitos feitos pelo Tesouro como


cobrir as operações realizadas pelo BACEN;

• Recursos/empréstimos Externos: São representados pela


reestruturação da dívida externa (FMI e organismos internacionais);

• Depósitos dos bancos comerciais: São os recursos depositados


pelos bancos comerciais no Bacen, podendo ser, como o próprio
nome diz, obrigatórios ou voluntários.

 Outras exigibilidades;

• Recursos Próprios: São os recursos de propriedade dos próprios


bancos comerciais.

 Recursos especiais: são outros recursos não enquadrados nos itens


acima.

O BALANÇO CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO

Balancete consolidado do SISTEMA MONETÁRIO


Ativo Passivo
 Aplicações dos bancos  Agregados monetários
comerciais - PMPP
- Empréstimos ao setor privado - Depósitos à vista
- Títulos públicos e privados  Recursos não monetários
 Aplicações do BACEN - Depósitos à prazo
- Reservas internacionais - Depósitos do Tesouro Nacional
- Títulos públicos federais - Títulos do BACEN
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Este balanço representa uma espécie de “soma” dos balanços do


BACEN e dos bancos comerciais.

2. POLÍTICA FISCAL

Nota: neste tópico, procuraremos dar uma resumida na política fiscal. Se


parecer confuso, lembre-se de que esse assunto será visto com maior riqueza de
detalhes e demonstrado graficamente na próxima aula, quando estudaremos um
modelo econômico que trata das políticas do governo (fiscal e monetária).

Por política fiscal entende-se a atuação do governo no que diz


respeito à arrecadação de impostos e aos gastos. A arrecadação afeta o

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nível de demanda agregada ao influir na renda disponível que os
indivíduos poderão destinar para consumo e poupança. Se os impostos
forem altos, sobrará menos renda para o consumo (menor renda
disponível). Assim, altos impostos estão relacionados à baixa renda da
economia, devido à redução na demanda agregada provocada pela
redução no consumo (devido à menor renda disponível).

Conforme, estudamos nas aulas passadas, a demanda agregada DA


é igual a (C + I + G + X – M). Veja que os gastos públicos (G) são
elementos diretos da demanda agregada. Ao decidir gastar, o governo
aumenta a demanda agregada de forma direta, ao contrário do que
ocorre no caso da arrecadação de impostos, onde a influência sobre a
demanda agregada é indireta (ocorre porque há redução na renda
disponível, que reduz o consumo, que, por sua vez, aí sim, reduz a
demanda agregada).

Como os gastos públicos agem de forma direta na demanda


agregada (renda) e a arrecadação age de forma indireta, dizemos que a
política fiscal via gastos é mais eficaz (intensa) que política fiscal
executada via arrecadação de impostos (tributação). Assim,
podemos concluir que se, por exemplo, o governo quiser aumentar a
renda da economia (diminuir o desemprego), o aumento de gastos
públicos, coeteris paribus, será mais eficaz que a redução de impostos,
visto que aquele age diretamente na renda ao passo que esta age
indiretamente. Vale ressaltar que estamos analisando sob a condição do
coeteris paribus (tudo o mais permanecendo constante). Há outras
implicações que não estão sendo levadas em conta como: possível
aumento do déficit público, influência sobre a taxa de juros, etc.

Se o governo quiser reduzir o nível de renda (reduzir a demanda


agregada), ele fará o inverso: ou reduzirá os gastos públicos e/ou
aumentará os impostos. Aí você perguntará: mas aumentar impostos não
significar aumentar gasto público? Não, não significa. O governo poderá
utilizar o excedente arrecadado (a poupança pública) para outros fins:
22145164766

emprestar para outros países, pagar dívidas realizadas no passado,


comprar moeda estrangeira para se precaver de possíveis problemas nas
contas externas16, etc.

Quando a política é realizada no sentido de aumentar a renda


(demanda agregada) da economia, dizemos que ela é expansionista,
expansiva, ou ainda, inflacionária (como ela aumenta a demanda
agregada, há incentivo para aumento generalizado dos preços). Quando a
política é realizada no sentido de reduzir a renda agregada, dizemos que
ela é restritiva, contracionista, pró-cíclica ou anti-inflacionária (como ela
reduz a demanda agregada, como resposta, os preços tendem a baixar).
16
Quando o governo aumenta o estoque de moeda estrangeira, dizemos que ele aumentou o nível
de reservas internacionais.

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Veja que o raciocínio é igual àquele que apresentamos no estudo da
política monetária.

Outra consequência da política fiscal é a alteração das taxas de


juros. Considerando a oferta de moeda sendo constante, um aumento da
renda (política fiscal expansiva) fará com que os agentes demandem mais
moeda para realizar mais transações econômicas. O estudo da demanda e
oferta nos diz que quando a demanda de um bem aumenta, o preço deste
bem também aumenta. Neste caso, houve aumento da demanda do bem
“moeda”. O preço do bem “moeda” são os “juros”. Assim, temos o
seguinte encadeamento:

Política fiscal expansiva  aumenta renda  aumenta demanda por


moeda  aumenta o preço da moeda  aumenta as taxas de juros

A política fiscal restritiva provocará o caminho inverso, ou seja,


redução das taxas de juros, considerando que a oferta de moeda é
constante.

Assim, temos o seguinte, resumindo os efeitos da política fiscal:

Quadro 03:
Política fiscal Instrumentos Consequências
Aumenta a renda/emprego
Aumento de gastos públicos
EXPANSIVA Aumento da inflação
Redução de impostos Aumento das taxas de juros
Reduz a renda/emprego
Redução de gastos públicos
RESTRITIVA Redução da inflação
Aumento de impostos Redução das taxas de juros

Conforme estudamos na passada, o uso da política fiscal como


instrumento eficaz de intervenção na economia surgiu na década de
1930, por intermédio das ideias de John Maynard Keynes, que deram
origem ao Keynesianismo ou ao modelo keynesiano. Segundo este
modelo, uma política fiscal expansionista gera aumentos de renda em
proporções muito superiores ao que foi gasto pelo governo.

Por exemplo, se o governo decide gastar R$ 10 bilhões em obras ou


em programas de transferência de renda (o Bolsa Família por exemplo), o
impacto sobre a renda agregada da economia será muito maior que os R$
10 bilhões injetados pelo governo na economia. Imagine que o governo
decidiu fazer estradas com esse dinheiro. Ao decidir fazer estradas, ele
terá que pagar as empreiteiras, que terão que pagar aos seus
funcionários, que, por sua vez, aumentarão o consumo de alimentos,

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roupas, e outros bens. O dinheiro, então, chegará à mão dos donos das
lojas de roupas, mercados e outros estabelecimentos comerciais nos quais
os empregados das empreiteiras terão gasto o seu salário, que, em última
instância, originou-se do gasto público. Os donos destes estabelecimentos
pagarão aos seus funcionários, que comprarão mais em outros
estabelecimentos, e assim por diante.

Keynes foi um grande defensor da política fiscal como forma de


evitar as flutuações econômicas do capitalismo, no sentido de se precaver
dos efeitos negativos decorrentes dos períodos de estagnação econômica
(níveis de renda e demanda agregada baixas). Foi através de suas ideias
que países como os EUA conseguiram reerguer as suas economias
durante a depressão da década de 1930.

Recentemente, na crise financeira internacional de 2008/2009, os


governos agiram rapidamente no intuito de evitar efeitos ainda piores
sobre os níveis de renda e emprego. Aqui no Brasil, foram adotadas
várias medidas de política fiscal puramente expansiva: redução do IPI
para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção; aumento
dos gastos públicos por intermédio do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento); aumento do salário do funcionalismo público (os aumentos
já haviam sido acordados antes da crise, mas acabaram funcionando
como medidas fiscais expansivas); em alguns estados, houve postergação
dos prazos para pagamentos de impostos estaduais.

Além dos efeitos expostos no quadro 03, podemos também


apresentar alguns instrumentos de política fiscal compensatória, como os
impostos progressivos e algumas políticas assistenciais, como o seguro-
desemprego17.

Em relação a estes instrumentos, também os chamamos de


estabilizadores automáticos, pois quando a renda e o emprego da
economia diminuem, eles atuam no sentido de aumentar a renda; e
quando a renda aumenta, eles atuam no sentido de frear esse aumento.
22145164766

Pegue, por exemplo, o seguro-desemprego. Em uma situação de


desemprego, com muita gente desempregada, ele funciona como um
impulso para que a economia volte a ter renda circulando, evitando,
assim, que haja mais redução nos níveis de emprego.

Já o imposto progressivo atua como freio ao crescimento excessivo


da renda, uma vez que a renda adicional é taxada mais pesadamente. Ou
seja, assim como o seguro-desemprego, ele funciona como um
estabilizador automático. Se a renda das pessoas diminui, elas passam a

17
O seguro-desemprego é uma quantia financeira que o desempregado recém demitido recebe do
governo, durante um curto período de tempo, com o objetivo de se manter financeiramente até que
arrume outro emprego.

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ser tributadas menos pesadamente, impulsionando novamente a renda da
economia. Se a renda aumenta, elas passam a ser tributadas mais
pesadamente, freando o aumento excessivo de renda18.

 POLÍTICA MONETÁRIA X POLÍTICA FISCAL

Conforme vimos nesta e na última aula, e será aprimorado mais à


frente, as políticas monetária e fiscal representam meios alternativos para
se conseguir as mesmas finalidades: alteração do nível de emprego,
inflação e juros. Assim, pode nos parecer que essas duas políticas
possuem a mesma eficácia e efeito sobre a economia, o que não é
verdade. Na realidade, é aconselhável que a política econômica seja
executada mediante uma combinação adequada de instrumentos fiscais e
monetários.

Pode-se dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia


quando o objetivo é a melhoria da distribuição de renda; isso pode
ser obtido via taxação das rendas mais altas (tributação progressiva) e
aumento dos gastos do governo com destinação a setores menos
favorecidos (obras públicas em locais mais necessitados). A política
monetária é mais difusa e genérica, sendo mais difícil direcioná-la a um
ou outro setor, sendo, portanto, menos eficaz no que se refere a aspectos
distributivos.

No entanto, a política monetária apresenta resultados mais


imediatos, dado que depende apenas de decisões diretas das
autoridades monetárias, enquanto a implementação de políticas fiscais
depende da votação do congresso (mais especificamente, a votação do
orçamento), o que causa uma defasagem de tempo entre a tomada de
decisão e a adoção na prática das medidas fiscais. As medidas fiscais
ainda são sujeitas a maiores restrições de ordem institucional ou legal (só
podem ser efetivadas no exercício fiscal seguinte, tem que estar previsto
na lei do orçamento, às vezes, deve constar ainda no Plano Plurianual,
etc). 22145164766

Bem pessoal, por hoje é só!

Na próxima aula, nós veremos o modelo IS-LM, onde se estuda a


influência das políticas fiscal e monetária sobre o nível de renda e sobre a
taxa de juros da economia. Seguem agora alguns exercícios para fixação
dos conteúdos.
Abraços a todos e bons estudos!

Heber Carvalho e Jetro Coutinho

18
O aumento excessivo da renda nem sempre é desejável pois pode trazer inflação.

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RESUMÃO DA AULA

Variável Relação:
Motivo
determinante Variável X Demanda de moeda
Transação Renda Direta
Precaução Renda Direta
Especulação Taxa de juros Inversa

Agregados Monetários, Base Monetária e Equação de Fischer

Agregado Fórmula
M1 PMPP + DV

M2 M1 + Dep. Esp. Rem. + Dep. de Poup. + Tít. Emit.

M3 M2 + Quotas de Fun. de Renda Fixa + Op. Comprom. SELIC

M4 M3 + Tít. Púb. de Alta Liquidez

PMPP + Disp. do sist.. bancário


Base
Monetária ou
PMPP + Encaixes Totais (Reservas)

Equação Fischer
(1 + r) = (1 + n)/(1 + i)

Multiplicador Monetário
22145164766

Fórmula Coeficientes Implicações

c = PMPP/M1 Quanto maior o “c”, menor o K;


K
c rd
ou d = DV / M1 Quanto maior o “d”, maior o K;

K
d r r = R / DV Quanto maior o “r”, menor o K.

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Políticas Monetárias

Política monetária Instrumentos Consequências


Redução da exigência de
depósito compulsório Aumenta a renda/emprego

EXPANSIVA Aumento da inflação


Redução da taxa de redesconto
Redução das taxas de juros
Compra de títulos
Reduz a renda/emprego
Aumento da exigência de Redução da inflação
RESTRITIVA depósito compulsório
Aumento das taxas de juros

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

Acerca dos agregados monetários, bem como dos instrumentos e


efeitos econômicos das políticas monetária e fiscal, julgue os itens
subsequentes.

01. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) As operações


de mercado aberto são os instrumentos mais eficazes de política
monetária, nas quais o Banco Central vende títulos para aumentar
a liquidez da economia e produzir uma elevação da renda.

Comentários:
Na verdade, quando o Banco Central vende títulos ele DIMINUI a liquidez
na economia, pois entrega título e retira moeda.

Gabarito: Errado

02. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Os meios de


pagamentos ampliados (M2) correspondem à soma dos meios de
pagamentos restritos (M1) com os depósitos especiais
remunerados, depósitos de poupança e títulos emitidos por
instituições depositárias.

Comentários:
Correto! Questão meio decoreba, então, não temos muito o que
acrescentar...

Gabarito: Certo

03. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) A redução do


compulsório por parte do Banco Central do Brasil (BACEN),
independentemente do comportamento dos bancos comerciais,
amplia a liquidez da economia. 22145164766

Comentários:
Para ampliar a liquidez da economia, a redução do compulsório pelo
BACEN depende do comportamento dos bancos comerciais. O que ocorre
é que quando o BACEN reduz o compulsório e os bancos comerciais
emprestam esses recursos que antes estavam contingenciados, há
ampliação da liquidez da economia. Diferentemente, se os bancos
resolverem não repassar esses recursos, sob a forma de empréstimos ou
o que for, para os clientes, não haverá ampliação da liquidez.

Ou seja, a atuação do Bacen não é independente do comportamento dos


bancos comerciais.

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Gabarito: Errado

04. (Cespe/UnB – Analista Jud./Economia – TJ/SE – 2014) Entre


os motivos para que as pessoas retenham moeda, citam-se a
transação, ou seja, a necessidade de efetuar pagamentos; a
precaução, decorrente da incerteza do valor monetário dos ativos;
e a especulação, ocasionada pela possibilidade de eventos
inesperados.
Comentários:
A questão traz corretamente os três motivos (transação, precaução e a
especulação), mas troca as definições de precaução e especulação.

Precaução seria ocasionada pela possibilidade de eventos inesperados (já


que os indivíduos têm incerteza em relação ao futuro e guardam moeda
para se precaver de infortúnios).

Já a especulação seria decorrente da incerteza do valor monetário (que é


o que faz um indivíduo optar por manter seu ativo moeda em outra
forma).

Gabarito: Errado

No que diz respeito aos agregados monetários, julgue o item


abaixo.
05. (Cespe/UnB – Analista Jud./Economia – TJ/SE – 2014)
Atualmente, os economistas definem a oferta de moeda (M1)
como a soma da moeda em poder do público com os depósitos a
vista nos bancos.

Comentários:
Questão bem simples. M1 = PMPP + DV, onde PMPP é o Papel-Moeda em
Poder do Público e DV são os depósitos a vista. Desta forma, a questão
está correta.
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Gabarito: Certo

06. (CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - Os


conceitos vinculados aos meios de pagamento ampliados
implicaram alterações relevantes, quando se passou a definir os
agregados monetários por seus sistemas emissores. Nessa
definição, o agregado M1 está associado a instituições emissoras
de haveres estritamente monetários.

Comentários:
Antigamente (até 2001), os meios de pagamento eram classificados
segundo uma ordem decrescente de liquidez. No entanto, a partir de

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2001, os meios de pagamento ampliados (M1, M2, M3 e M4) são
classificados segundo seus sistemas emissores.

O M2 possui ativos cujo sistema emissor são as instituic̃es depositárias e


multiplicadoras de crédito (bancos comerciais). O M3 possui ativos
transacionados no sistema SELIC e os fundos de renda fixa. O M4 é o
agregado em que são conceituados os ativos cujo emissor é o poder
público (logo, neste agregado, teremos os títulos públicos).

O M1 é o agregado onde ocorre emissão de haveres estritamente


monetários (dinheiro vivo, o PMPP, e os depósitos à vista). Inclusive, o
M1 é designado de meios de pagamento restritos.

Aliás, a questão de prova foi baseada em nota técnica do BACEN,


disponível em (página 06, 1º parágrafo – é basicamente o mesmo que
acabamos de expor acima):
http://www.bcb.gov.br/pec/notastecnicas/port/2001nt03Meiospgtop.pdf

Gabarito: Certo

07. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) -


Atualmente, no Brasil, o critério de ordenamento dos meios de
pagamento ampliados é definido por seus sistemas emissores e
não pelo grau de liquidez.

Comentários:
A questão é correta. Há alguns anos (mais precisamente, antes de 2001),
a divisão entre os agregados monetários ocorria pela ordem decrescente
de liquidez, onde M1 era o agregado mais líquido e o M4 o agregado
menos líquido. Depois de 2001, essa divisão obedece a um critério que
segue a natureza das instituições financeiras emissoras desses ativos.

Gabarito: Certo
22145164766

08. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - A


elevação na taxa de redesconto e a redução das alíquotas das
reservas compulsórias são formas que o Banco Central utiliza para
elevar a quantidade de moeda na economia.

Comentários:
A elevação na taxa de redesconto é utilizada para reduzir a quantidade de
moeda na economia. Por este fato, a assertiva é errada.

Gabarito: Errado

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09. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) -
Segundo a equação de Fisher, a taxa de juros nominal paga pelos
bancos pode ser alterada em função de variações na taxa de juros
real ou na inflação.

Comentários:
Questão sem muitos segredos. Sabendo a equação de Fisher, verifica-se
que a questão é correta:

Juros reais = Juros nominais – Inflação

Gabarito: Certo

Julgue os itens a seguir, relativos às contas do sistema monetário.

10. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - O multiplicador


monetário é igual à razão entre os depósitos à vista em bancos
comerciais e o papel moeda em poder do público.

Comentários:
Não, questão absurda.

O multiplicador monetário, de forma alguma, não é igual a DV/PMPP!

Gabarito: Errado

11. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Um aumento do


produto interno bruto real aumenta a demanda por moeda na
forma do M1.

Comentários:
A demanda por moeda varia positivamente com o produto/renda da
economia e inversamente com a taxa de juros.
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Portanto, quanto maior do produto, maior a demanda por moeda.

Gabarito: Certo

12. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - A base monetária é


igual ao papel moeda em poder do público.

Comentários:
A base monetária (BM) é igual ao papel moeda em poder do público
(PMPP) mais as reservas bancárias totais (R). Assim:

BM = PMPP + R

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Sendo que este R inclui os depósitos voluntários e compulsórios (DV +
DC) e, ainda, o caixa, em moeda corrente, dos bancos comerciais.

Gabarito: Errado

Acerca das relações entre inflação, salário e desemprego,


conforme a abordagem keynesiana, julgue os próximos itens.

13. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - De acordo com a Lei


de Okun, o aumento do produto de equilíbrio gera o aumento do
desemprego.

Comentários:
De acordo com a Lei de Okun, o aumento do produto (crescimento
econômico) está relacionado com a redução do desemprego.

Gabarito: Errado

14. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Sabendo-se que


, em que: M – meios de pagamento; B – base monetária; c –
taxa de retenção de moeda pelo público; r – taxa de reservas
bancárias, é correto afirmar que a expansão dos meios de
pagamento depende diretamente da expansão da base monetária
e da taxa de retenção de moeda pelo público, e inversamente da
taxa de reservas bancárias.

Comentários:
Esta questão nos traz a fórmula alternativa do multiplicador dos meios de
pagamento. A fórmula é esta:

c
K
c r

Só por aí, está incorreta a questão. Ademais, a expansão dos meios de


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pagamento (o multiplicador) diretamente da expansão da base monetária,


mas depende inversamente da taxa de retenção de moeda pelo público.
Isto é, quanto mais o público retém moeda, menor será o multiplicador.
Por aqui, temos outro erro na questão.

Gabarito: Errado

15. (CESPE/Unb - Especialista – ANTT – 2013) - Em uma economia


em que 20% dos meios de pagamento são detidos na forma de
papel-moeda e 10% dos depósitos à vista são mantidos pelos
bancos como reservas, o multiplicador monetário deve ser igual a
4.

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Comentários:
Se 20% dos meios de pagamento são detidos na forma de PMPP, e 10%
dos DV são mantidos como reservas (R) então, possuímos os coeficientes:

c = 0,2
d = 0,8 (uma vez que c+d=1)
r = 0,1

Logo,

K
d r

Nem precisamos terminar o cálculo, já sabemos que (1/0,28) não é igual


a 4.

Gabarito: Errado

16. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - O multiplicador


monetário é igual à razão entre os depósitos à vista em bancos
comerciais e o papel moeda em poder do público.

Comentários:
A questão está nos afirmando que o multiplicador monetário é
K=DV/PMPP, o que é completamente errado!

Gabarito: Errado

17. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - Um aumento do


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produto interno bruto real aumenta a demanda por moeda na


forma do M1.

Comentários:
Se a renda ou produto da economia aumenta, então, a demanda por
moeda também aumenta, já que a demanda por moeda varia
positivamente com a renda/produto.

Gabarito: Certo

18. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - A base monetária é


igual ao papel moeda em poder do público.

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Comentários:
Não... a base monetária é igual a:

BM = PMPP + Reservas bancárias

Gabarito: Errado

19. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Se


todos os preços da economia duplicarem instantaneamente,
inclusive os salários, então a demanda por moeda também
dobrará.

Comentários:
Nesta questão, somos obrigados a levar em conta a demanda real (M/P)d
por moeda. Neste rumo, a questão é certa. Se os preços (ou salários,
afinal, o salário é um preço) dobram, a quantidade de M também deve
dobrar.

Logo, se os preços dobram, a demanda por moeda também dobra.

Gabarito: Certo

20. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Quanto maior for


a velocidade de circulação da moeda, maior será o multiplicador
monetário.

Comentários:
O multiplicador monetário depende somente dos coeficientes de
comportamento (c, d, r). Logo, seu valor não depende da velocidade de
circulação da moeda (V).

Gabarito: Errado

21. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Os meios de


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pagamentos são, por definição, iguais à soma do papel moeda em


poder do público mais a reserva bancária.

Comentários:
Os meios de pagamento (M1) são iguais a:

M1 = PMPP + DV

Os DV não são o mesmo que reserva bancária (R). Logo, a questão é


errada.

Gabarito: Errado

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22. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se, em uma


economia, as reservas bancárias forem iguais aos depósitos à
vista, então o multiplicador monetário será igual a 1.

Comentários:
Se reservas bancárias (R) são iguais aos depósitos à vista (DV), então, o
coeficiente “r” será igual a 1:

r = R/DV
Se R=DV
r=1

Então, o multiplicador será:

K
d r

K
d

Gabarito: Certo

23. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se um banco


comercial adquire de outro banco comercial títulos da dívida
pública emitidos pelo Tesouro Nacional, haverá, nesse caso,
variação dos meios de pagamento.
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Comentários:
O grande bizú para verificar de modo bem simples se há criação ou
destruição de moeda é checar se haverá aumento ou redução de M1
(PMPP + DV) em poder do público. Para isso, devemos levar em conta
que o M1 contabiliza somente dados monetários do público (pessoas e
empresas). Com isso, você já mata as questões. Vejamos a alternativa:

Se um banco compra título de outro banco (transação meramente entre o


setor bancário), isto não afeta o M1, pois este só leva em conta dados
monetários do público (pessoas e empresas).

Gabarito: Errado

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24. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se um banco
comercial adquire imóvel de uma construtora para constituição de
agência bancária, haverá, nesse caso, destruição de meios de
pagamento.

Comentários:
Se o banco adquire o imóvel de uma construtora, os depósitos à vista da
construtora (que é uma empresa) serão aumentados. Assim, haverá
aumento do M1.

PS: o dinheiro que o banco pagou pelo imóvel não diminui o M1, pois o
dinheiro do banco não faz parte do M1. Assim, quando o banco entrega o
dinheiro à empresa (construtora), haverá aumento do M1.

Gabarito: Errado

25. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - O


valor do M1 é igual à base monetária.

Comentários:
Meios de pagamento  M1 = PMPP + DV
Base monetária  BM = PMPP + Reservas bancárias

Como DV não é igual a Reservas, então, a questão é errada.

Gabarito: Errado

26. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Um


aumento do PIB real reduz a demanda por moeda na forma do
M1.

Comentários:
Se a renda ou produto da economia aumenta, então, a demanda por
moeda também aumenta, já que a demanda por moeda varia
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positivamente com a renda/produto.

Gabarito: Errado

27. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Um


aumento do nível geral de preços reduz a demanda por moeda
na forma do M1.

Comentários:
Quando estudamos a demanda por encaixes monetários, vimos que o
aumento nível geral de preços faz com que a demanda por moeda
aumente. Assim, a questão está errada.

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No entanto, o Cespe considerou essa questão correta.

Gabarito: Certo ( a nosso ver, errada)

28. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - O


aumento na taxa de juros dos títulos do Tesouro Nacional e dos
depósitos em poupança gera elevação da demanda por moeda na
forma do M1.

Comentários:
Se a taxa de juros da economia aumenta, então, a demanda por moeda
também diminui, já que a demanda por moeda varia negativamente com
a taxa de juros.

Gabarito: Errado

29. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) -


Sempre que o recolhimento compulsório sobre depósitos à vista
for alterado pelo BACEN, serão criados meios de pagamento na
economia.

Comentários:
Nós teremos criação de meios de pagamento (aumento de M1), se houver
redução (e não qualquer alteração) do recolhimento compulsório sobre
os depósitos à vista.

Gabarito: Errado

30. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - O


multiplicador monetário será sempre igual à razão entre os
depósitos à vista em bancos comerciais e as reservas bancárias.

Comentários:
A multiplicador a que se refere a questão é o multiplicador bancário
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(K=1/r ou K=DV/R), e não o multiplicador monetário.

Gabarito: Errado

31. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - De


acordo com a teoria quantitativa da moeda, cujos adeptos
consideram essencialmente os resultados de curto prazo da
economia, a elevação da oferta de moeda ocorre na mesma
proporção do aumento do nível geral de preços.

Comentários:

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A questão é errada, pois a teoria quantitativa da moeda, de cunho
clássico, é uma teoria aplicável ao longo prazo. Este é o único erro da
assertiva.

Gabarito: Errado

32. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) -


Segundo a teoria quantitativa, a moeda deve ser sempre neutra.

Comentários:
A questão é errada, devido ao uso da palavra “sempre”. Se a economia
apresentar alguma imperfeição (como a rigidez de preços e salários), o
crescimento da oferta de moeda pode aumentar o produto, fazendo com
que a moeda, nesta situação especial, não seja neutra.

Gabarito: Errado

33. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - A chamada


dicotomia clássica estabelece que variáveis reais são
determinadas por variáveis reais, e variáveis nominais são
determinadas por variáveis nominais.

Comentários:
É exatamente a definição da dicotomia clássica!

Gabarito: Certo

34. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - A Teoria


Quantitativa da Moeda estabelece que aumento da quantidade de
moeda em circulação gera aumento do produto de equilíbrio da
economia.

Comentários:
A teoria quantitativa da moeda estabelece que, em regra, o aumento da
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quantidade de moeda gera aumento da inflação, sem aumentar o produto


da economia.

Gabarito: Errado

35. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências


Econômicas - TCE/AC 2009) - Políticas monetárias restritivas
elevam as taxas de juros e contribuem para aumentar as taxas de
inflação.

COMENTÁRIOS:
Políticas monetárias restritivas realmente elevam as taxas de juros, no
entanto, contribuem para reduzir a inflação (política anti-inflacionária).

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GABARITO: ERRADO

36. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências


Econômicas - TCE/AC 2009 - Adaptada) - Reduções no coeficiente
de reservas “r” bem como as vendas de títulos públicos no
mercado aberto atenuam as pressões inflacionárias.

COMENTÁRIOS:
Redução no coeficiente de reservas (r) aumenta o multiplicador monetário
(K), logo, tem os mesmos efeitos de política monetária expansiva. Entre
esses efeitos, há a ocorrência de pressões inflacionárias e não a sua
atenuação. Se a questão falasse somente da venda de títulos públicos, ela
estaria correta, pois isso representa política monetária restritiva,
atenuando a inflação.

GABARITO: ERRADO

37. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro – Economia


- SEGER 2009) - A ideia de que, no longo prazo, as políticas
monetárias expansionistas contribuem apenas para elevar o nível
de preços, é consistente com a teoria quantitativa da moeda.

COMENTÁRIOS:
É exatamente o que prega a teoria quantitativa da moeda (TQM). Vale
ressaltar que esta teoria não é amplamente aceita pelos economistas,
mas, como a assertiva fez clara alusão à TQM, está correta.

GABARITO: CERTO

8. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências


Econômicas - TCE/AC - 2008) - Aumentos da taxa de redesconto e
do coeficiente de reservas são consistentes com a adoção de
políticas monetárias restritivas. 22145164766

COMENTÁRIOS:
Foram dados dois exemplos de ações que são consistentes com a adoção
de políticas monetárias restritivas. O aumento da taxa de redesconto
reduz a possibilidade do setor bancário oferecer mais empréstimos ao
público, pois fica mais caro para os bancos comerciais tomarem
empréstimos junto ao BACEN. O aumento do coeficiente de reservas (r)
também é política monetária restritiva pois indica que um percentual
maior do dinheiro que o banco possui ficará provisionado na forma de
reservas, sem pode ser emprestado ao público.

GABARITO: CERTO

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39. (CESPE/Unb – Min. Saúde – Técnico Superior – 2008) – A
política fiscal é dividida em dois segmentos: a política tributária,
cujo objetivo é captar os recursos necessários ao atendimento das
funções da administração pública, e a política orçamentária, que
trata da aplicação destes recursos.

COMENTÁRIOS:
Correta a assertiva. No caso, a política de gastos do governo foi tratada
como “política orçamentária”, o que é a mesma coisa, tendo em vista que
o Orçamento Público é o instrumento de que dispõe o Estado para realizar
os seus gastos.

GABARITO: CERTO

40. (CESPE/Unb – IPAJM/ES – 2010) – Foi particularmente a


partir da revolução Keynesiana que o orçamento passou a ser
concebido como instrumento de política fiscal, com vistas à
estabilização, à expansão ou à retração da atividade econômica.

COMENTÁRIOS:
Correta, pois foi Keynes o primeiro economista a demonstrar e convencer
os governos da importância da política fiscal em relação às flutuações
econômicas.

GABARITO: CERTO

41. (CESPE - Ciências Econômicas – UEPA 2008) - Políticas fiscais


expansionistas financiadas mediante o uso de criação monetária
conduzem a níveis mais elevados de produção, porém, são
potencialmente mais inflacionárias.

COMENTÁRIOS:
Políticas fiscais expansaionistas aumentam o nível de emprego e o nível
geral de preços como qualquer outra política expansionista. Se ela for
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financiada através da criação monetária (isto é, o governo emite moeda


para realizar os seus gastos), nós temos, além da política fiscal
expansiva, política monetária expansiva, o que aumentará ainda mais o
efeito inflacionário.

GABARITO: CERTO

42. (FUNIVERSA – Economista – CEB – 2010) - As diferenças entre


as taxas de juros nominais e taxas de juros reais têm implicações
nas decisões de investimentos. O empresário deverá sempre ter a
noção de quanto realmente está ganhando (ou perdendo) em seus
negócios e aplicações financeiras. Dessa forma, é importante
distinguir o conceito e a aplicação entre a taxa de juros real e a

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taxa de juros nominal. Acerca desse assunto, assinale a
alternativa correta.
(A) A taxa nominal mede de maneira eficaz os ganhos da empresa.
(B) Se houver deflação no período, a taxa de juros nominal será maior
que a taxa de juros real.
(C) A taxa de juros nominal não mede o valor pago ao poupador por suas
decisões de poupar, pois desconta a inflação.
(D) A taxa de juros real mede o retorno de uma aplicação em termos de
quantidade de bens, sem descontar a inflação.
(E) Se não houver inflação no período, a taxa de juros nominal será igual
à taxa de juros real desse mesmo período de tempo.

COMENTÁRIOS:
Segue uma questaozinha de outra banca. Decidimos colocá-la, pois mede
muito bem o conhecimento sobre a diferenciação envolvendo a taxa
nominal e real de juros.

a) Incorreta. É a taxa real que mede de maneira eficaz os ganhos.

b) Incorreta. Se houver deflação no período (i<0), então, a taxa real será


maior que a nominal. Pela equação de Fisher, r = n – i. Se i<0, então,
teremos que “r” será igual a “n” mais algum valor, indicando que “r” será
maior que “n”.

c) Incorreta. Quem desconta a inflação é a taxa de juros real.

d) Incorreta. A taxa real desconta a inflação.

e) Correta. Pela equação de Fisher, se i=0, então r=n.

GABARITO: E

43. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Efeito Fisher é o


ajuste da taxa de juros real à taxa
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de inflação.

COMENTÁRIOS:
O efeito Fisher é o ajuste da taxa de juros NOMINAL à taxa de inflação.

GABARITO: ERRADO

44. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Uma economia


inflacionária faz com que a moeda perca sua característica de
meio de troca.

Comentários:
Relembrando, a moeda possui 03 funções: meio de troca, reserva de
valor e unidade de conta.

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Em regimes inflacionários, a teoria predominante aceita que a moeda


perde a função de reserva de valor, e não de meio de troca.

Outro erro está no fato de que “meio de troca” é função da moeda, e não
uma característica ou atributo.

Gabarito: Errado

45. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Uma economia


com 100 unidades monetárias em depósitos à vista e com uma
taxa de compulsório de 10% sobre tais depósitos faz com que os
bancos dessa economia multipliquem a moeda e ofertem 1.000
unidades monetárias.

Comentários:
Nesta questão, devemos calcular o multplicador bancário, uma vez que a
questão não nos apresenta dados por meio dos quais possamos inferir os
coeficientes “c” e “d”. Pelos dados apresentados, inferimos somente o
coeficiente “r”:

r = R/DV (onde R = caixa + Dep. Voluntário + Dep. Compulsório)

Nesta questão, vamos pressupor que o setor bancário não forma


depósitos voluntários, nem deixa dinheiro em caixa, de tal modo que:

r = R/DV (onde R = depósito compulsório)


r = 0,1 (10%)

Como estamos preocupados somente com o setor bancário, vamos utilizar


o multplicador bancário (tem que ser assim, caso contrário, seria
impossível resolver a questão):

KB = 1/r 22145164766

KB = 1/0,1
KB = 10

Logo, se existem 100 unidades monetárias como depósitos à vista, então,


os bancos conseguem multiplicar isso por 10 (uma vez que KB=10).
Assim, a oferta de moeda será 10X maior que 100. Portanto, a oferta de
moeda (M1) será 1.000 unidades monetárias.

Gabarito: Certo

A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes


agregados econômicos. Com base nessa teoria, julgue os itens a
seguir.

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46. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2008) -


O crescimento substancial do agregado monetário M1, após a
implantação do Plano Real, é consistente com a recuperação da
credibilidade da moeda nacional como reserva de valor.

COMENTÁRIOS:
Antes da implantação do Plano Real, o Brasil conseguiu um dos principais
problemas de sua economia: a inflação. Por sua vez, em economias
inflacionárias, a função “reserva de valor” da moeda fica seriamente
comprometida. Isto faz com que os agentes econômicos queiram cada vez
menos guardar sua riqueza na forma de moeda (M1). Nestas situações, é
melhor guardar a riqueza sob a forma de ativos reais (imóveis,
mercadorias, etc).

Desta forma, o controle da inflação após a implantação do Plano Real fez


com que a função reserva de valor da moeda fosse novamente
preservada, aumentando, assim, a demanda por ativos monetários (M1).

O raciocínio é simples: com inflação baixa, os agentes podem guardar


suas riquezas na forma de moeda. Com inflação alta, os agentes vão
procurar fugir da moeda, pois ela perde valor rapidamente com o passar
do tempo.

GABARITO: CERTO

47. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2008) -


O fato de que aumentos nas taxas de juros podem conduzir a
reduções do coeficiente de reservas é compatível com a adoção de
um comportamento que vise minimizar os excessos de reservas
por parte do setor bancário.

COMENTÁRIOS:
Questao difícil. Exige mais interpretação, do que conhecimento de teoria
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propriamente dita.

Aumentos da taxa de juros são muito interessantes para os bancos, pois


eles podem lucrar mais, ao emprestar recursos para a população. Assim,
aumentos da taxa de juros tendem a incentivar o comportamento dos
bancos no que tange ao oferecimento de empréstimos. Nesta situação, os
bancos irão querer ter o máximo de dinheiro disponível. OU seja, eles
quererão minimizar a consituição de reservas (caixa, depósito voluntário e
depósito compulsório), já que essas reservas constituem recursos que
não podem ser emprestados ao público.

Desta forma, o aumento das taxa de juros faz os bancos quererem


emprestar mais. Para isso, eles reduzirão os excessos de reservas

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bancárias, para que sobre mais dinheiro para o oferecimento de
empréstimos.

GABARITO: CERTO

Considerando os princípios básicos da teoria monetária e da


inflação, julgue os itens.

48. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - Quando um indivíduo transfere
fundos de sua conta de poupança para a sua conta-corrente, a
redução decorrente do agregado monetário M1 é compensada
exatamente pelo aumento do agregado M2.

COMENTÁRIOS:
Os recursos que ficam guardados na poupança fazm parte do agregado
monetário M2. Assim, quando o indivíduo transfere fundos de sua
poupança para a sua conta-corrente (depósitos à vista), a redução
decorrente do agregado monetário M2 é compensada extamente pelo
aumento do agregado M1. Ou seja, a assertiva inverteu a sequência.
Onde era M2, ela colocou M1, e vice-versa.

GABARITO: ERRADO

49. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - Na presença de excesso de
reservas, o multiplicador monetário se eleva, aumentando, assim,
as possibilidades de expansão monetária.

COMENTÁRIOS:
Na presença de excesso de reservas (coeficiente “r” alto), o multiplicador
monetário se reduz, diminuindo, assim, as possibilidades de expansão
monetária.
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GABARITO: ERRADO

50. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - Retiradas em espécie da conta-
corrente para financiar as despesas de consumo dos correntistas
de um banco comercial não alteram as reservas do sistema
bancário como um todo.

COMENTÁRIOS:
Esta questão é bem simples. Se o dinheiro sai do banco e vai para o
pagamento de despesas dos correntistas, então, é natural que os recursos
que ficam depositados nos bancos (as reservas do sistema bancário)
diminuam.

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Se a questão falasse em destruição ou criação de moeda, aí sim


poderíamos falar que uma operação como esta não destruiria nem criaria
moeda (M1), já que ocorreria redução de DV e aumento de PMPP.

GABARITO: ERRADO

As políticas monetárias influenciam, significativamente, o


desempenho da economia. A respeito desse assunto, assinale a
opção correta.

51. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - Quanto maior for o custo de
oportunidade de detenção de moeda, mais elevada será a
demanda monetária.

COMENTÁRIOS:
Um alto custo de oportunidade de detenção de moeda significa que os
agentes perdem muita coisa ao escolher deter a moeda (M1).

O custo de opotunidade de detenção da moeda é alto quando as taxas de


juros são elevadas. Neste caso, os agentes perdem dinheiro ao reter a
moeda (M1), em vez de, por exemplo, adquirir títulos que rendem juros.

Por sua vez, altas taxas de juros são inversamente relacionadas à


demanda por moeda. Assim, deve-se entender que:

Juros elevados  Alto custo de oportunidade de reter moeda  Demanda


por moeda diminui

GABARITO: ERRADO

52. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - Aumentos da taxa de redesconto e
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do coeficiente de reservas são consistentes com a adoção de


políticas monetárias restritivas.

COMENTÁRIOS:
A assertiva está perfeita. Não há muito o que comentar, depois do que
explanamos na parte teórica da aula.

GABARITO: CERTO

53. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - O Banco Central pode utilizar a
política monetária para estabilizar, simultaneamente, as taxas de
juros e a oferta monetária.

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COMENTÁRIOS:
Ao conduzir a política monetária, o BACEN pode adotar política monetária
ativa (quando controla a oferta monetária e deixa a taxa de juros flutuar)
ou política monetária passiva (quando controla a taxa de juros e deixa a
oferta monetária flutuar).

Veja que não é possível controlar simultaneamente a taxa de juros e a


oferta monetária. A regra é: controla-se um dos dois, deixando o outro
flutuar.

GABARITO: ERRADO

Pesquisa acerca dos agregados monetários nacionais, divulgada


recentemente, pelo Banco Central do Brasil (BACEN), mostra que,
nos últimos anos, os brasileiros têm utilizado mais moeda
corrente nas suas transações. Com relação aos agregados
monetários, julgue os itens que se seguem

54. (CESPE – Economista – DFTRANS - 2008) - Títulos públicos


estaduais e municipais não fazem parte dos meios de pagamento
no Brasil.

COMENTÁRIOS:
De um ponto de vista mais amplo, os títulos públicos (sejam estaduais,
municipais ou federais) fazem parte dos meios de pagamento no Brasil.
Eles integram o agregado M4.

Mas como as bancas consideram meios de pagamento sinonimo de M1, a


alternativa foi dada como certa. Ou seja, como os títulos públicos não
integram M1, o Cespe considerou como certa a firmação de que eles não
fazem arte dos meios de pagamento no Brasil.

GABARITO: CERTO 22145164766

55. (CESPE – Economista – DFTRANS - 2008) - O aumento da taxa


de compulsório, pelo BACEN pode ser considerado uma política
monetária restritiva.

COMENTÁRIOS:
Mais uma questaozinha bem simples sobre instrumento de política
monetária. Conforme explicamos na aula, o aumento da taxa de
compulsório é política monetária restritiva.

* quando se fala em compulsório, o aumento do compulsório ou da “taxa”


compulsório significam a mesma coisa: política monetária restritiva.

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GABARITO: CERTO

A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes


agregados econômicos. Utilizando os conceitos básicos dessa
teoria, julgue os itens que se seguem.

56. (CESPE/Unb - Controlador de Recursos Municipais – Economia


– PMV – SEMAD/ES - 2008) - As quotas de fundos de renda fixa, a
exemplo dos depósitos de poupança, fazem parte do agregado
monetário M2.

COMENTÁRIOS:
Os fundos de renda fixa fazem parte do agregado monetário M3 (não
fazem parte do M2).

GABARITO: ERRADO

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

Acerca dos agregados monetários, bem como dos instrumentos e efeitos


econômicos das políticas monetária e fiscal, julgue os itens subsequentes.

01. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) As operações de


mercado aberto são os instrumentos mais eficazes de política monetária,
nas quais o Banco Central vende títulos para aumentar a liquidez da
economia e produzir uma elevação da renda.

02. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Os meios de


pagamentos ampliados (M2) correspondem à soma dos meios de
pagamentos restritos (M1) com os depósitos especiais remunerados,
depósitos de poupança e títulos emitidos por instituições depositárias.

03. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) A redução do


compulsório por parte do Banco Central do Brasil (BACEN),
independentemente do comportamento dos bancos comerciais, amplia a
liquidez da economia.

04. (Cespe/UnB – Analista Jud./Economia – TJ/SE – 2014) Entre os


motivos para que as pessoas retenham moeda, citam-se a transação, ou
seja, a necessidade de efetuar pagamentos; a precaução, decorrente da
incerteza do valor monetário dos ativos; e a especulação, ocasionada pela
possibilidade de eventos inesperados.

No que diz respeito aos agregados monetários, julgue o item abaixo.


05. (Cespe/UnB – Analista Jud./Economia – TJ/SE – 2014) Atualmente, os
economistas definem a oferta de moeda (M1) como a soma da moeda em
poder do público com os depósitos a vista nos bancos.

06. (CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - Os conceitos


vinculados aos meios de pagamento ampliados implicaram alterações
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relevantes, quando se passou a definir os agregados monetários por seus


sistemas emissores. Nessa definição, o agregado M1 está associado a
instituições emissoras de haveres estritamente monetários.

07. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) -


Atualmente, no Brasil, o critério de ordenamento dos meios de
pagamento ampliados é definido por seus sistemas emissores e não pelo
grau de liquidez.

08. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - A


elevação na taxa de redesconto e a redução das alíquotas das reservas
compulsórias são formas que o Banco Central utiliza para elevar a
quantidade de moeda na economia.

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09. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) -Segundo a


equação de Fisher, a taxa de juros nominal paga pelos bancos pode ser
alterada em função de variações na taxa de juros real ou na inflação.

Julgue os itens a seguir, relativos às contas do sistema monetário.

10. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - O multiplicador monetário


é igual à razão entre os depósitos à vista em bancos comerciais e o papel
moeda em poder do público.

11. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Um aumento do produto


interno bruto real aumenta a demanda por moeda na forma do M1.

12. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - A base monetária é igual


ao papel moeda em poder do público.

Acerca das relações entre inflação, salário e desemprego, conforme a


abordagem keynesiana, julgue os próximos itens.

13. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - De acordo com a Lei de


Okun, o aumento do produto de equilíbrio gera o aumento do
desemprego.

14. (CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Sabendo-se que M B,


em que: M – meios de pagamento; B – base monetária; c – taxa de
retenção de moeda pelo público; r – taxa de reservas bancárias, é correto
afirmar que a expansão dos meios de pagamento depende diretamente da
expansão da base monetária e da taxa de retenção de moeda pelo
público, e inversamente da taxa de reservas bancárias.

15. (CESPE/Unb - Especialista – ANTT – 2013) - Em uma economia em


que 20% dos meios de pagamento são detidos na forma de papel-moeda
e 10% dos depósitos à vista são mantidos pelos bancos como reservas, o
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multiplicador monetário deve ser igual a 4.

16. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - O multiplicador monetário


é igual à razão entre os depósitos à vista em bancos comerciais e o papel
moeda em poder do público.

17. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - Um aumento do produto


interno bruto real aumenta a demanda por moeda na forma do M1.

18. (CESPE/Unb – Economista – MTE – 2013) - A base monetária é igual


ao papel moeda em poder do público.

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19. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Se todos os
preços da economia duplicarem instantaneamente, inclusive os salários,
então a demanda por moeda também dobrará.

20. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Quanto maior for a


velocidade de circulação da moeda, maior será o multiplicador monetário.

21. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Os meios de


pagamentos são, por definição, iguais à soma do papel moeda em poder
do público mais a reserva bancária.

22. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se, em uma economia,


as reservas bancárias forem iguais aos depósitos à vista, então o
multiplicador monetário será igual a 1.

23. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se um banco comercial


adquire de outro banco comercial títulos da dívida pública emitidos pelo
Tesouro Nacional, haverá, nesse caso, variação dos meios de pagamento.

24. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - Se um banco comercial


adquire imóvel de uma construtora para constituição de agência bancária,
haverá, nesse caso, destruição de meios de pagamento.

25. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - O valor do


M1 é igual à base monetária.

26. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Um


aumento do PIB real reduz a demanda por moeda na forma do M1.

27. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - Um


aumento do nível geral de preços reduz a demanda por moeda na forma
do M1.

28. (CESPE/Unb – Analista Econômico – SEGER/ES – 2013) - O aumento


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na taxa de juros dos títulos do Tesouro Nacional e dos depósitos em


poupança gera elevação da demanda por moeda na forma do M1.

29. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - Sempre que


o recolhimento compulsório sobre depósitos à vista for alterado pelo
BACEN, serão criados meios de pagamento na economia.

30. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - O


multiplicador monetário será sempre igual à razão entre os depósitos à
vista em bancos comerciais e as reservas bancárias.

31. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - De acordo


com a teoria quantitativa da moeda, cujos adeptos consideram

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essencialmente os resultados de curto prazo da economia, a elevação da
oferta de moeda ocorre na mesma proporção do aumento do nível geral
de preços.

32. (CESPE/Unb – Analista em Geociências – CPRM – 2013) - Segundo a


teoria quantitativa, a moeda deve ser sempre neutra.

33. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - A chamada dicotomia


clássica estabelece que variáveis reais são determinadas por variáveis
reais, e variáveis nominais são determinadas por variáveis nominais.

34. (CESPE/Unb – Economista – TJ/RO – 2012) - A Teoria Quantitativa da


Moeda estabelece que aumento da quantidade de moeda em circulação
gera aumento do produto de equilíbrio da economia.

35. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências Econômicas -


TCE/AC 2009) - Políticas monetárias restritivas elevam as taxas de juros e
contribuem para aumentar as taxas de inflação.

36. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências Econômicas -


TCE/AC 2009 - Adaptada) - Reduç̃es no coeficiente de reservas “r” bem
como as vendas de títulos públicos no mercado aberto atenuam as
pressões inflacionárias.

37. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro – Economia -


SEGER 2009) - A ideia de que, no longo prazo, as políticas monetárias
expansionistas contribuem apenas para elevar o nível de preços, é
consistente com a teoria quantitativa da moeda.

38. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências Econômicas -


TCE/AC - 2008) - Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de
reservas são consistentes com a adoção de políticas monetárias
restritivas.

39. (CESPE/Unb – Min. Saúde – Técnico Superior – 2008) – A política


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fiscal é dividida em dois segmentos: a política tributária, cujo objetivo é


captar os recursos necessários ao atendimento das funções da
administração pública, e a política orçamentária, que trata da aplicação
destes recursos.

40. (CESPE/Unb – IPAJM/ES – 2010) – Foi particularmente a partir da


revolução Keynesiana que o orçamento passou a ser concebido como
instrumento de política fiscal, com vistas à estabilização, à expansão ou à
retração da atividade econômica.

41. (CESPE - Ciências Econômicas – UEPA 2008) - Políticas fiscais


expansionistas financiadas mediante o uso de criação monetária

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conduzem a níveis mais elevados de produção, porém, são
potencialmente mais inflacionárias.

42. (FUNIVERSA – Economista – CEB – 2010) - As diferenças entre as


taxas de juros nominais e taxas de juros reais têm implicações nas
decisões de investimentos. O empresário deverá sempre ter a noção de
quanto realmente está ganhando (ou perdendo) em seus negócios e
aplicações financeiras. Dessa forma, é importante distinguir o conceito e a
aplicação entre a taxa de juros real e a taxa de juros nominal. Acerca
desse assunto, assinale a alternativa correta.
(A) A taxa nominal mede de maneira eficaz os ganhos da empresa.
(B) Se houver deflação no período, a taxa de juros nominal será maior
que a taxa de juros real.
(C) A taxa de juros nominal não mede o valor pago ao poupador por suas
decisões de poupar, pois desconta a inflação.
(D) A taxa de juros real mede o retorno de uma aplicação em termos de
quantidade de bens, sem descontar a inflação.
(E) Se não houver inflação no período, a taxa de juros nominal será igual
à taxa de juros real desse mesmo período de tempo.

43. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Efeito Fisher é o ajuste da


taxa de juros real à taxa de inflação.

44. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Uma economia


inflacionária faz com que a moeda perca sua característica de meio de
troca.

45. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Uma economia com 100


unidades monetárias em depósitos à vista e com uma taxa de
compulsório de 10% sobre tais depósitos faz com que os bancos dessa
economia multipliquem a moeda e ofertem 1.000 unidades monetárias.

A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes


agregados econômicos. Com base nessa teoria, julgue os itens a seguir.
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46. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2008) - O


crescimento substancial do agregado monetário M1, após a implantação
do Plano Real, é consistente com a recuperação da credibilidade da
moeda nacional como reserva de valor.

47. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC - 2008) - O fato


de que aumentos nas taxas de juros podem conduzir a reduções do
coeficiente de reservas é compatível com a adoção de um comportamento
que vise minimizar os excessos de reservas por parte do setor bancário.

Considerando os princípios básicos da teoria monetária e da inflação,


julgue os itens.

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48. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de
poupança para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado
monetário M1 é compensada exatamente pelo aumento do agregado M2.

49. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - Na presença de excesso de reservas, o multiplicador
monetário se eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão
monetária.

50. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar
as despesas de consumo dos correntistas de um banco comercial não
alteram as reservas do sistema bancário como um todo.

As políticas monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da


economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

51. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção
de moeda, mais elevada será a demanda monetária.

52. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de
reservas são consistentes com a adoção de políticas monetárias
restritivas.

53. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - O Banco Central pode utilizar a política monetária para
estabilizar, simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária.

Pesquisa acerca dos agregados monetários nacionais, divulgada


recentemente, pelo Banco Central do Brasil (BACEN), mostra que, nos
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últimos anos, os brasileiros têm utilizado mais moeda corrente nas suas
transações. Com relação aos agregados monetários, julgue os itens que
se seguem

54. (CESPE – Economista – DFTRANS - 2008) - Títulos públicos estaduais


e municipais não fazem parte dos meios de pagamento no Brasil.

55. (CESPE – Economista – DFTRANS - 2008) - O aumento da taxa de


compulsório, pelo BACEN pode ser considerado uma política monetária
restritiva.

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agregados econômicos. Utilizando os conceitos básicos dessa teoria,
julgue os itens que se seguem.

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depósitos de poupança, fazem parte do agregado monetário M2.

GABARITO
01 E 02 C 03 E 04 E 05 C 06 C 07 C
08 E 09 C 10 E 11 C 12 E 13 E 14 E
15 E 16 E 17 C 18 E 19 C 20 E 21 E
22 C 23 E 24 E 25 E 26 E 27 C 28 E
29 E 30 E 31 E 32 E 33 C 34 E 35 E
36 E 37 C 38 C 39 C 40 C 41 C 42 E
43 E 44 E 45 C 46 C 47 C 48 E 49 E
50 E 51 E 52 C 53 E 54 C 55 C 56 E

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