Equipe:
Eduardo Henrique Castor Nóbrega Gondim
Fernanda da Silva Avelino
João José da Silva Neto
Pablo Vinicius Brito de Souza
Cabedelo
2018
Eduardo Henrique Castor Nóbrega Gondim
Fernanda da Silva Avelino
João José da Silva Neto
Pablo Vinicius Brito de Souza
Como solução, primeira, para a falta de rede de coleta e tratamento de esgoto e afim de
evitar o despejo de dejetos humanos em rios, lagos e na superfície do solo tem-se adotado em
larga escala a utilização de tanques sépticos e sumidouros.
Objetivo Geral
Objetivo Específico
Referencial Teórico
Existem no Brasil várias destinações para o esgoto produzido nos domicílios quando
não existem coleta e tratamento adequado, os mais comuns são os lançamentos nas redes de
drenagem de águas pluviais, em valas de drenagem, no solo ou nos cursos hídricos. Mas, em
sua maioria destaca-se a utilização de sistemas individuais de tratamento e destinação de
esgoto (SITDE). São diversas as unidades classificadas como SITDE. Destacam-se como os
mais conhecidos e utilizados na prática os tanques sépticos, sumidouros ou vala de infiltração
e a fossa negra (ANDREOLI e POMPEO, 2009).
Segundo a NBR 7229 (ABNT, 1993), o sistema de tanque séptico somente é indicado
para áreas que não possuem rede coletora de esgoto, como alternativa de tratamento de esgoto
em locais que possuem rede de esgoto ou para retenção prévia dos sólidos sedimentáveis.
De acordo com Jordão e Pessoa (2011, p. 392), fossa ou tanque séptico consiste
basicamente em “um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição
de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento
compatível com sua simplicidade e custo”.
De maneira geral, uma fossa séptica éum tanque enterrado para onde é encaminhado
os esgotos sanitários (dejetos e águas servidas) por um determinado período de tempo,
criteriosamente estabelecido pelas normas da ABNT, que retém a parte solida e inicia o
processo biológico de purificação da parte liquida, permitindo também a sedimentação dos
sólidos, a retenção de materiais graxos e a degradação e estabilização bioquímicas de
determinadas substâncias presentes no esgoto (JORDÃO e PESSÔA, 2011).
Ou câmaras sobrepostas:
São tanques com divisões internas que constituem duas câmaras dispostas
verticalmente. Este sistema possui placas inclinadas em seu interior com a função de separar
as fases (sólidos líquidos e gases).
Além de outras estruturações possíveis como a exemplo a fossa séptica feita a partir de
pneus de caminhão.
Para a filtragem do esgoto, a fossa utiliza materiais como areia e brita. De acordo com o
gerente ambiental do Dmae, Leocádio Pereira, a novidade pode gerar um grande benefício. “Uma
fossa hermeticamente protegida, fechada, que não deixa os dejetos contaminarem o solo e nem a
água. Isso garante, para a propriedade, uma melhoria ambiental. É justamente esse foco do
saneamento ambiental que o Dmae está buscando e trabalhando”, explicou.” (G1 Triangulo
Mineiro, 2014)
De acordo com a FUNASA, o tanque séptico possui seu funcionamento distribuído em
quatro etapas principais:
Exemplos de sumidouros:
As fossas negras, ou apenas fossa, não são impermeabilizadas. Quando o esgoto é
despejado neste tipo de fossa ele é infiltrado no solo sem tratamento algum, funcionando
como sumidouro.
A principal diferença entre uma fossa e um tanque séptico é o fato de que o tanque
séptico trata o esgoto de forma que o efluente tenha um destino, neste caso, ocorre a
infiltração no solo através do sumidouro ou vala de infiltração. Já a fossa é utilizada como
destino final, onde não há tratamento dos esgotos, contaminando consideravelmente o solo.
Diante do exposto o ideal é que se use o tanque séptico junto ao sumidouro, quando
bem dimensionado e executado, podem trazer benefícios para o meio ambiente e
conseqüentemente para a saúde da população em geral, mas este tem que ser construído de
acordo com as normas vigentes.
Metodologia
O projeto se inicia com a coleta de dados iniciais das residências as quais serão
construídos os projetos de fossa séptica e sumidouro, os dados iniciais serão:
A contribuição diária de lodo fresco e esgotos das residências é nos fornecido pela
NBR 7229/93, que divide a contribuição por padrão de construção sendo as residências
divididas em padrão alto, padrão médio, padrão baixo:
Os edifícios de padrão alto contribuem com 160L de esgoto diário por pessoa e a
contribuição de Lodo fresco (LF) é 1L por pessoa;
As construções de padrão médio contribuem com 130L de esgoto diário por pessoa e
a contribuição de lodo fresco (LF) é de 1L;
Já uma residência de padrão baixo contribui por pessoa 100L e com lodo fresco (LF)
com 1L diário.
Tendo como base todos esses dados fornecidos podemos iniciar o dimensionamento do
tanque séptico dessas residências tendo como base a formula de volume fornecido pela NBR
7229/93 que é:
Onde:
Antes da construção das paredes dos tanques sépticos devem ser executada as a laje de
fundo, excetos nos casos justificáveis. Os tanques sépticos construídos em alvenaria devem
ter reboco com material de desempenho equivalente ao traço de argamassa 1:3 e deve conter
uma espessura mínima de 1,5cm.
Resultados e Execução
Para uma fossa séptica medindo 2,20m de largura, 0,94m de comprimento e 1,20m de
profundidade são necessários fazer uma escavação de pelo menos 1m a mais que o
dimensionamento da fossa, para que haja uma folga que possibilite a execução.
Após a escavação e necessário fazer uma laje de fundo, em seguida colocar um pilar
em cada aresta, medindo 20x20 de espessura, após deve ser realizado o fechamento das
aberturas com alvenaria dobrada, é necessário rebocar as paredes internas com um traço de
argamassa de 1:6 segundo a NBR135-29 com pelo menos 3cm de reboco.
Deve ser colocado um tubo de 100mm de diâmetro para chegada de resíduos á 1,10m
em relação a laje de fundo, em seu terminal uma conexão TÊ que aponte para baixo e para
cima, logo após colocar um tubo de saída de 100mm de diâmetro que fique a 1m de altura em
relação a laje de fundo com uma conexão tê apontando para cima e para baixo, nessa conexão
deve ser colocada um tubo apontando para baixo, a 10cm da laje de fundo.
É importante lembrar que no sumidouro não há piso, mas devemos forrar o chão com
brita 19 com pelo menos 20cm de espessura para finalizar devemos colocar o tubo de chegada
vindo do sumidouro e fechar com laje pré-moldada deixando um acesso para manutenção.
Referências Bibliográficas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7.229: Dispõe sobre as condições
exigíveis para projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo
tratamento e disposição de efluentes e lodo sedimentado. Rio de Janeiro, 1993.
Fossa negra é substituída por fossa séptica em assentamento de MG. Disponível em:
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2014/05/fossa-negra-e-
substituida-por-fossa-septica-em-assentamentos-de-mg.html. Acesso em 23/09/2018.
Saneamento melhora, mas metade dos brasileiros segue sem esgoto no país. Disponível
em:https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-melhora-mas-metade-dos-brasileiros-
segue-sem-esgoto-no-pais.ghtml. Acesso em 26/09/2018.