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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARAÍBA - IESP

CURSO: Engenharia Civil - 6º Período – Noite – 2018.2


DISCIPLINA/PROFESSOR:Saneamento básico/Luciana

Equipe:
Eduardo Henrique Castor Nóbrega Gondim
Fernanda da Silva Avelino
João José da Silva Neto
Pablo Vinicius Brito de Souza

Fossa séptica e Sumidouro


Dimensionamento do tanque séptico e sumidouro de uma quadra situada no Loteamento Luiz
Montblanc.

Cabedelo
2018
Eduardo Henrique Castor Nóbrega Gondim
Fernanda da Silva Avelino
João José da Silva Neto
Pablo Vinicius Brito de Souza

Fossa séptica e Sumidouro


Dimensionamento do tanque séptico e sumidouro de uma quadra situada no Loteamento Luiz
Montblanc.

Projeto, apresentado a Universidade IESP,


como exigência para a obtenção da primeira
nota da disciplina de Saneamento Básico.

Cabedelo, 02 de Outubro de 2018.


Introdução

O saneamento básico tem participação essencial no desenvolvimento humano e no


aumento significativo da expectativa e qualidade de vida, porém, segundo dados do SNIS
(Sistema Nacional de Informações Sobre o Saneamento – 2016), 48,08% da população
brasileira não possui acesso à coleta de esgoto e 55,08% do esgoto coletado não é tratado.

Como solução, primeira, para a falta de rede de coleta e tratamento de esgoto e afim de
evitar o despejo de dejetos humanos em rios, lagos e na superfície do solo tem-se adotado em
larga escala a utilização de tanques sépticos e sumidouros.

O tanque ou fossa séptica consiste em uma unidade de escoamento impermeável,


horizontal e contínuo que realizam a separação do material sólidos leves e pesados,
decompondo-os através de processos de sedimentação, flotação e digestão anaeróbia. A parte
líquida do esgoto gerado é direcionado de forma não mecânica para sumidouros que são
estruturas permeáveis que possibilitam a infiltração do líquido no solo.

O conjunto tanque séptico e sumidouro, quando bem dimensionado executado, resolve


de forma prática e acessível a problemática da coleta e tratamento de esgoto que atinge boa
parte da população brasileira. Mas por ser relativamente simples de se construir, nem sempre
é executado por pessoas qualificadas, através de processos corretos e de acordo com as
normas vigentes causando além de outros problemas de execução o super ou
subdimensionamento do conjunto.

Diante do exposto acima, o presente trabalho visa avaliar o dimensionamento


hidráulico e os aspectos construtivos dos tanques e sumidouros de acordo com as condições e
necessidades de cada grupo familiar.
OBJETIVO

Objetivo Geral

Conceituar os aspectos gerais do conjunto fossa séptica e sumidouro assim como


analisar os processos construtivos do sistema e dimensionar de acordo com a respectiva NBR.

Objetivo Específico

1. Discorrer sobre o cenário nacional de coleta e tratamento dos efluentes.

2. Introduzir os conceitos e aspectos básicos do conjunto,correlacionando com as normas


técnicas vigentes da ABNT.

3. Identificar e discorrer sobre os tipos de fossa séptica e de sumidouro, suas


funcionalidades e métodos de aplicação.

Dimensionar e projetar de acordo as especificações técnicas explanadas.

Referencial Teórico
Existem no Brasil várias destinações para o esgoto produzido nos domicílios quando
não existem coleta e tratamento adequado, os mais comuns são os lançamentos nas redes de
drenagem de águas pluviais, em valas de drenagem, no solo ou nos cursos hídricos. Mas, em
sua maioria destaca-se a utilização de sistemas individuais de tratamento e destinação de
esgoto (SITDE). São diversas as unidades classificadas como SITDE. Destacam-se como os
mais conhecidos e utilizados na prática os tanques sépticos, sumidouros ou vala de infiltração
e a fossa negra (ANDREOLI e POMPEO, 2009).

A Norma Brasileira NBR 7.229 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,


1993, p.2), define tanque séptico como “unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo
horizontal para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão”.

Segundo a NBR 7229 (ABNT, 1993), o sistema de tanque séptico somente é indicado
para áreas que não possuem rede coletora de esgoto, como alternativa de tratamento de esgoto
em locais que possuem rede de esgoto ou para retenção prévia dos sólidos sedimentáveis.

De acordo com Jordão e Pessoa (2011, p. 392), fossa ou tanque séptico consiste
basicamente em “um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição
de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento
compatível com sua simplicidade e custo”.

De maneira geral, uma fossa séptica éum tanque enterrado para onde é encaminhado
os esgotos sanitários (dejetos e águas servidas) por um determinado período de tempo,
criteriosamente estabelecido pelas normas da ABNT, que retém a parte solida e inicia o
processo biológico de purificação da parte liquida, permitindo também a sedimentação dos
sólidos, a retenção de materiais graxos e a degradação e estabilização bioquímicas de
determinadas substâncias presentes no esgoto (JORDÃO e PESSÔA, 2011).

As fossas sépticas são de diversos tipos, podendo apresentar câmara única:

Possui apenas um compartimento, onde na parte superior ocorrem processos de


sedimentação e de flotação e digestão da escuma, e na parte inferior o acúmulo e digestão do
lodo sedimentado.
Câmaras em série:

Possui dois ou mais compartimentos contínuos, dispostos seqüencialmente, no sentido


do fluxo do líquido e interligados adequadamente, nos quais devem ocorrer processos de
sedimentação, flotação e digestão.

Ou câmaras sobrepostas:

São tanques com divisões internas que constituem duas câmaras dispostas
verticalmente. Este sistema possui placas inclinadas em seu interior com a função de separar
as fases (sólidos líquidos e gases).
Além de outras estruturações possíveis como a exemplo a fossa séptica feita a partir de
pneus de caminhão.

“A fossa séptica artesanal é feita


com pneus de caminhão, tubos e conexões.
Os pneus são presos com fita aderente e
parafusos. A profundidade é de, em média,
um metro. Com o protótipo apresentado
pelo Dmae, é possível tratar o esgoto de
uma família de cinco pessoas – que produz
cerca de 250 litros de esgoto por dia – por
pelo menos três anos, até que seja necessária
a limpeza da fossa.

Para a filtragem do esgoto, a fossa utiliza materiais como areia e brita. De acordo com o
gerente ambiental do Dmae, Leocádio Pereira, a novidade pode gerar um grande benefício. “Uma
fossa hermeticamente protegida, fechada, que não deixa os dejetos contaminarem o solo e nem a
água. Isso garante, para a propriedade, uma melhoria ambiental. É justamente esse foco do
saneamento ambiental que o Dmae está buscando e trabalhando”, explicou.” (G1 Triangulo
Mineiro, 2014)
De acordo com a FUNASA, o tanque séptico possui seu funcionamento distribuído em
quatro etapas principais:

a) Retenção: o esgoto é retido no tanque durante certo período de tempo

b) Decantação: a parte sólida contida no esgoto é sedimentada e depositada no fundo


do tanque, formando o lodo. Os sólidos que não sedimentaram, formados por graxas, óleos,
gorduras e outros materiais misturados com gases é retida na superfície livre do líquido, no
interior do tanque séptico, denominados escuma. O processo de decantação ocorre
simultaneamente com o de retenção;

c) Digestão: o lodo e a escuma são digeridos por bactérias anaeróbias, ou seja,


microorganismos que atuam sem a presença de oxigênio;

d) Redução de volume: o processo de digestão resulta em gases, líquidos e acentuada


redução de volume dos sólidos retidos e digeridos. Estes sólidos adquirem características
estáveis, permitindo que o efluente líquido seja lançado no solo em condições mais
adequadas. (FUNASA, 1996)
Os sumidouros ou valas de infiltração são aqueles que recebem efluentes dos tanques
sépticos com a função de infiltrá-los no solo (JORDÃO e PESSÔA, 2011). Podem ser de
forma prismática ou cilíndrica, com suas paredes de pedra, tijolo, manilha de concreto ou
outros, sendo que estas não devem ser revestidas para permitir a infiltração do líquido. No
fundo ou no entorno das laterais pode haver uma camada de brita ou areia para ajudar a
filtração do esgoto tratado (ANDRADE NETO et al.,1999).

Exemplos de sumidouros:
As fossas negras, ou apenas fossa, não são impermeabilizadas. Quando o esgoto é
despejado neste tipo de fossa ele é infiltrado no solo sem tratamento algum, funcionando
como sumidouro.

As fossas podem apresentar as paredes de tijolo furado, manilha de cimento, areia ou


até cimentada (com fundo de areia). O fundo pode ser de areia, de tijolo ou cimentado (com
paredes permeáveis). Normalmente não possui dispositivo de saída de efluente tratado para o
sumidouro como os tanques sépticos, no entanto verificam-se casos de ocorrência

Esquema de uma fossa recebendo esgoto sanitário de uma residência.

A principal diferença entre uma fossa e um tanque séptico é o fato de que o tanque
séptico trata o esgoto de forma que o efluente tenha um destino, neste caso, ocorre a
infiltração no solo através do sumidouro ou vala de infiltração. Já a fossa é utilizada como
destino final, onde não há tratamento dos esgotos, contaminando consideravelmente o solo.
Diante do exposto o ideal é que se use o tanque séptico junto ao sumidouro, quando
bem dimensionado e executado, podem trazer benefícios para o meio ambiente e
conseqüentemente para a saúde da população em geral, mas este tem que ser construído de
acordo com as normas vigentes.
Metodologia

O projeto se inicia com a coleta de dados iniciais das residências as quais serão
construídos os projetos de fossa séptica e sumidouro, os dados iniciais serão:

 Número de pessoas que residem no edifício;


 Contribuição diária de esgoto por habitante;
 Contribuição de lodo fresco por pessoa;
 Período de detenção de despejos;
 Taxa de acumulo de lodo.

A contribuição diária de lodo fresco e esgotos das residências é nos fornecido pela
NBR 7229/93, que divide a contribuição por padrão de construção sendo as residências
divididas em padrão alto, padrão médio, padrão baixo:

 Os edifícios de padrão alto contribuem com 160L de esgoto diário por pessoa e a
contribuição de Lodo fresco (LF) é 1L por pessoa;
 As construções de padrão médio contribuem com 130L de esgoto diário por pessoa e
a contribuição de lodo fresco (LF) é de 1L;
 Já uma residência de padrão baixo contribui por pessoa 100L e com lodo fresco (LF)
com 1L diário.

O período de detenção de despejos é o tempo médio por faixa de contribuição que o


esgoto fica retido no tanque séptico, por exemplo, uma residência que tem contribuição diária
de 1500L tem o tempo médio para a detenção do esgoto de 24 horas, já uma residência que
gera de 1501 a 3000 litros de esgoto por dia, leva 22 horas para ser retirado do tanque séptico.

A taxa de acumulo de lodo (K) representa a quantidade de lodo digerido em dias e é


equivalente ao lodo fresco.

Tendo como base todos esses dados fornecidos podemos iniciar o dimensionamento do
tanque séptico dessas residências tendo como base a formula de volume fornecido pela NBR
7229/93 que é:

V = 1000 + N (CT + K Lf)

Onde:

V = volume útil, em litros


N = número de pessoas ou unidades de contribuição

C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1 da


NBR 7229/93)

T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2 da NBR 7229/93)

K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de


lodo fresco (ver Tabela 3 da NBR 7229/93)

Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1


da NBR 7229/93).

Devemos observar também as distancias mínimas horizontais exigidas pela NBR


7229/93, devemos construir uma fossa séptica com pelo menos 1,5 metros de distância de
construções, limites de terrenos, sumidouros, valas de infiltração, e ramal predial de água,
devemos observar também a distancia mínima de 3 metros de arvores e de qualquer ponto de
abastecimento da rede publica, devemos observar também a distância de 15 metros de poços
freáticos e de corpos d’água de qualquer natureza.

Os tanques sépticos devem ser resistentes as cargas horizontais e verticais, devem


resistir às cargas rodantes e ao reaterro, a sobrecargas aplicadas no dimensionamento da
respectiva edificação, a pressões horizontais de terra, a carga hidráulica provocada pelos
lençóis freáticos.

Antes da construção das paredes dos tanques sépticos devem ser executada as a laje de
fundo, excetos nos casos justificáveis. Os tanques sépticos construídos em alvenaria devem
ter reboco com material de desempenho equivalente ao traço de argamassa 1:3 e deve conter
uma espessura mínima de 1,5cm.

Resultados e Execução
Para uma fossa séptica medindo 2,20m de largura, 0,94m de comprimento e 1,20m de
profundidade são necessários fazer uma escavação de pelo menos 1m a mais que o
dimensionamento da fossa, para que haja uma folga que possibilite a execução.

Após a escavação e necessário fazer uma laje de fundo, em seguida colocar um pilar
em cada aresta, medindo 20x20 de espessura, após deve ser realizado o fechamento das
aberturas com alvenaria dobrada, é necessário rebocar as paredes internas com um traço de
argamassa de 1:6 segundo a NBR135-29 com pelo menos 3cm de reboco.

Deve ser colocado um tubo de 100mm de diâmetro para chegada de resíduos á 1,10m
em relação a laje de fundo, em seu terminal uma conexão TÊ que aponte para baixo e para
cima, logo após colocar um tubo de saída de 100mm de diâmetro que fique a 1m de altura em
relação a laje de fundo com uma conexão tê apontando para cima e para baixo, nessa conexão
deve ser colocada um tubo apontando para baixo, a 10cm da laje de fundo.

Em seqüência todas as paredes devem ser impermeabilizadas, fechar a fossa séptica


com uma laje pré-moldada deixando o acesso de manutenção para o tubo de entrada e de
saída.

Para execução de um sumidouro de 80cm de diâmetro e 1,91m de profundidade é


necessário realizar uma escavação de 1,20m de diâmetro por 1,91m de profundidade devemos
encontrar o seu raio, após colocar um cinturão feito em concreto armado com 80cm de
diâmetro, em seguida fazer o fechamento com alvenaria colocando os seu furos de forma que
possibilite a saída do esgoto para infiltrar no solo.

É importante lembrar que no sumidouro não há piso, mas devemos forrar o chão com
brita 19 com pelo menos 20cm de espessura para finalizar devemos colocar o tubo de chegada
vindo do sumidouro e fechar com laje pré-moldada deixando um acesso para manutenção.

Referências Bibliográficas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7.229: Dispõe sobre as condições
exigíveis para projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo
tratamento e disposição de efluentes e lodo sedimentado. Rio de Janeiro, 1993.

ANDRADE NETO, C. O. et al. Análise do desempenho das duas câmaras de um decanto-


digestor de câmaras em série. Anais do IX Simpósio Luso – Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental. Bahia/Porto Seguro: ABES, 9 a 14 de abril de 1999.

ANDREOLI, C. V.; POMPEO, R. P. Introdução. In: Lodo de fossa e tanque séptico:


caracterização, tecnologias de tratamento, gerenciamento e destino final. Cleverson Vitório
Andreoli (coord.). Rio de Janeiro: ABES, 2009.

Coleta de dados ano base 2017. http://www.snis.gov.br/

FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE. Manual de Saneamento. 3. ed. rev. Brasília, 2006.


408p.

Fossa negra é substituída por fossa séptica em assentamento de MG. Disponível em:
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2014/05/fossa-negra-e-
substituida-por-fossa-septica-em-assentamentos-de-mg.html. Acesso em 23/09/2018.

JORDÃO, E. P.; PESSÔA, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos. ABES. 6° edição, Rio


de Janeiro, RJ, 2011.

Saneamento melhora, mas metade dos brasileiros segue sem esgoto no país. Disponível
em:https://g1.globo.com/economia/noticia/saneamento-melhora-mas-metade-dos-brasileiros-
segue-sem-esgoto-no-pais.ghtml. Acesso em 26/09/2018.

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