Podemos classificar os distúrbios da deglu- A disfagia, normalmente, não se apresenta tição segundo fatores etiológicos, distribuídos como sintoma isolado, podendo estar associa- conforme a origem dos sintomas: neoplásicos, da à dispneia, odinofagia, disfonia, aspiração lesões obstrutivas, doenças neuromusculares, traqueobronquial, à dor torácica, à aerofagia, à distúrbios metabólicos, doenças infecciosas, perda de peso, ao refluxo nasal e/ou a sialorreia. causas iatrogênicas, anormalidades anatômicas, Numerosas causas podem estar envolvidas, doenças autoimunes, entre outras. como os fatores neoplásicos, lesões obstrutivas, A seguir, faremos uma breve revisão dos doenças neuromusculares, distúrbios metabó- principais fatores associados aos pacientes disfágicos: licos, doenças infecciosas, causas iatrogênicas, anormalidades anatômicas, doenças autoimunes e outras menos comuns. O tratamento se baseia Neoplasias na terapia fonoaudiológica especializada, asso- Os tumores benignos e malignos que aco- ciada ou não ao procedimento cirúrgico. metem o trato aerodigestivo superior, a base do crânio, os tecidos parafaríngeos e/ou o medias- PALAVRAS-CHAVE: Deglutição; Disfagia. tino podem ser causas de disfagia. Os sintomas decorrentes da presença de Introdução neoplasia dependerão do tipo histológico da Fisiopatologicamente, a disfagia normal- doença, da localização do tumor e do grau de mente não se apresenta como sintoma isolado, comprometimento muscular e neurológico. De- podendo estar associada à dispneia, odinofagia, pendendo da localização, o diagnóstico muitas disfonia, aspiração traqueobronquial, à dor to- vezes é realizado na fase avançada da doença, rácica, à aerofagia, à perda de peso, ao refluxo com chances de cura reduzidas, principalmente
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no que se refere a tumores malignos. faríngea, entre outras alterações. A aspiração
Na cavidade oral, as lesões são precocemen- traqueal é um sintoma frequente, entretanto a te diagnosticadas em relação a outras regiões insuficiência velofaríngea se apresenta raramen- no trato aerodigestivo superior.1 Como fatores te. A falta de sincronia entre a respiração e a de risco de neoplasias malignas nessa região, deglutição, frequentemente, leva à aspiração.13,14 destaca-se o etilismo, o tabagismo, a alta tem- peratura dos alimentos, a deficiência vitamínica Esclerose Lateral Amiotrófica (vitaminas C e E) e o chimarrão, sendo este Caracteristicamente, o paciente acometido último um fator relevante, principalmente na de esclerose lateral amiotrófica apresenta-se com região sul do Brasil, em virtude da utilização da hiper-reflexia e espasticidade da musculatura alta temperatura da água utilizada para este fim, orofaríngea, representando um sintoma precoce não se levando em consideração o tipo de erva da degeneração. A atrofia difusa, a fasciculação mate utilizada (em virtude dos agrotóxicos), o e a fraqueza muscular ocorrem tardiamente.13 que não está descartado como fator predispo- Dentro desse quadro clínico, os distúrbios da nente. Nos pacientes com estes fatores de risco, deglutição usualmente manifestam-se com a o quadro disfágico deve despertar a suspeita de difícil manipulação do bolo alimentar e com o uma doença maligna, bem como a iniciativa de refluxo nasal. Além disto, a incoordenação ve- uma pesquisa exaustiva no diagnóstico.2,3 lofaríngica, da língua e dos músculos laríngeos, resultam num quadro disártrico e disfônico.15 Doenças neurológicas Coreia de Huntington Anormalidades neurológicas periféricas e centrais podem resultar num quadro disfági- A Coreia de Huntington é uma doença co. As desordens do sistema nervoso central neurodegenerativa hereditária, causada pela compreendem, principalmente, doenças dege- alteração em um gene do cromossoma quatro, nerativas, traumatismos cranioencefálicos ou podendo acometer ambos os sexos, principal- acidentes vasculares cerebrais, podendo afetar mente na faixa etária entre 35 e 50 anos.13 Esses importantes centros que participam do controle pacientes apresentam aspiração importante, da deglutição. As características específicas de sendo relatada alta taxa de mortalidade por cada desordem serão discutidas individual- problemas respiratórios. mente.13 Acidente Vascular Cerebral (AVC) Doença de Parkinson Disfagia transitória ou permanente é uma A disfagia no mal de Parkinson é observada, frequente sequela em pacientes acometidos por inicialmente, na fase oral da deglutição. Mais AVC isquêmico ou hemorrágico. Disfunção do de 90% dos pacientes com Doença de Parkin- músculo cricofaríngeo e a alteração da direção son apresentam anormalidades na deglutição, do bolo alimentar ocorrem em, aproximada- observadas através da videofluoroscopia e de mente, 30% dos casos. A porção rostral do estudos de manometria.6 núcleo ambíguo e suas fibras motoras aferentes são sítios usuais de infarto nesta desordem. A Esclerose Múltipla história de AVC, normalmente, está associada Mais de 50% dos pacientes portadores de à lesão dos nervos cranianos que, devem ser Esclerose Múltipla apresentam disfagia em es- explorados na avaliação do paciente disfágico. tágios precoces da doença.6 Nestes pacientes, a Indivíduos portadores de lesões que acometem disfagia pode caracterizar-se como disfunções regiões acima do tronco cerebral, frequente- orais, a dificuldade de desencadear o reflexo mente apresentam-se com quadro disfágico por de deglutição, a espasticidade da musculatura comprometimento de vias neurais bilaterais.6,13
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Desordens Psiquiátricas ticoterapia. Outros necessitam de intervenção
cirúrgica com a miotomia do cricofaríngeo.13,14 Existem muitas controvérsias quanto à incidência de disfagia em pacientes esquizofrê- Distrofia Muscular nicos tanto quanto a definição de ocorrências Os distúrbios da deglutição relacionados de globus histericus nestes pacientes. com a miopatia do músculo faríngeo são co- Hussar & Bragg12 observaram que 45% dos muns em duas formas de distrofia muscular: pacientes esquizofrênicos apresentavam anor- 1º) a distrofia óculo-faríngea e 2º) a distrofia malidades à videofluoroscopia da deglutição. muscular miotônica.13,14 Estas desordens consistiam de alterações no 1º) Distrofia Óculo-Faríngea nível do músculo cricofaríngeo, dismotilidade lingual, acúmulo alimentar e salivar no seio É uma doença rara autossômica dominante piriforme e alteração na motilidade esofageana que se caracteriza por ptose palpebral bilateral proximal. Observaram também que a terapia com ou sem oftalmoplegia, associada à disfagia. com clorpromazina não apresentava efeito na Esta é uma desordem lenta e progressiva que, melhora do quadro disfágico destes pacientes. usualmente, acomete indivíduos acima dos 45 Entretanto, relataram que medicações neurolép- anos de idade, normalmente de origem franco- ticas poderiam causar ou potencializar o quadro -canadense. A ptose palpebral é, usualmente, o disfágico. Em psicoses depressivas e estados de sintoma inicial e, estando presente até um ano ansiedade, muitos autores acreditam que o fluxo antes do aparecimento da disfagia. Por outro salivar pode estar comprometido, resultando lado, também já foi descrito que a disfagia pode em xerostomia e, subsequentemente, disfagia. estar presente como sintoma inicial em 20% Já o globus histericus é um dilema diagnóstico dos casos.1-5 e terapêutico. 2º) Distrofia Miotônica A hereditariedade da distrofia muscular é Doenças Musculares caracterizada, clinicamente, pela miotonia, pelo A musculatura orofaríngea e esofágica pode consumo muscular, especialmente os músculos estar afetada em função de distrofia muscular faciais, os músculos temporais e o músculo primária ou de doença muscular sistêmica. esternocleidomastoideo, tendo seu surgimento na infância. A musculatura faringoesofágica é Polimiosite e dermatomiosite também afetada, apresentando-se com hipo- A disfagia ocorre em mais de 50% dos motilidade e consumo muscular. A manometria pacientes com polimiosite e dermatomiosite, confirma a pressão abaixo do nível basal no podendo ocasionalmente ser o sintoma inicial nível do esfíncter esofágico superior. A única da doença. A doença, normalmente, inicia-se forma de tratamento é a de suporte, protegen- na musculatura estriada esquelética, evoluin- do as vias aéreas, investindo na alimentação e do com o comprometimento da musculatura fonoterapia.13 orofaríngea e esofágica proximal, onde o indi- víduo apresenta-se com relaxamento e flacidez 3º) Miastenia Gravis muscular. A dificuldade do transporte através A musculatura orofaríngea está, caracte- da cavidade oral, a retenção faríngea e a alte- risticamente, envolvida na miastenia gravis. A ração na motilidade esofágica superior podem disfagia está presente em 2/3 dos pacientes com ser comprovadas através de exames como a doença ativa, sendo o primeiro sintoma em videofluoroscopia, sendo as complicações mais 27% deles. A fraqueza muscular da língua e dos comumente observadas à aspiração nasal ou músculos da mastigação levam à interferência traqueal. Alterações faríngeas causadas pela na fase oral da deglutição. A progressiva hipo- polimiosite frequentemente respondem à cor- tonia faríngea, a regurgitação nasal, a aspiração
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traqueal e a disfunção do cricofaríngeo podem diminuir o potencial de reabilitação do paciente.
ocorrer com a evolução da doença. Disfagia Pós-traqueostomia Desordens Traumáticas e Pós- Cameron et al.7 observou que 69% dos Operatório pacientes traqueostomizados apresentavam algum tipo de aspiração. Este fato, muitas vezes, A interrupção mecânica e/ou as alterações é resultado da inabilidade de elevação e rotação do trato aerodigestivo superior podem interferir anterior da laringe. O completo relaxamento do no processo de deglutição. A ressecção parcial ou total da língua, do palato, da mucosa jugal, da esfíncter esofageano superior é consequente faringe e/ou da laringe tem um papel importante à elevação laríngea, estando este movimento a ser avaliado quando se investiga pacientes prejudicado em função da fixação da laringe portadores de distúrbios da deglutição, bem junto à pele na região cervical.9,10 como o tipo de reconstrução que é realizada. Disfagia Ingestão de Substância A ressecção neural, o tipo de fechamento e o Tóxica material utilizado para a síntese apresentam-se Lesões cáusticas podem ser causadas pela como fatores importantes na avaliação de um ingestão de ácido ou substâncias alcalinas, paciente disfágico, dados estes que, infelizmente, ocasionando extensa perda mucosa resultando na grande maioria dos casos, não estão à dispo- em fibrose e consequente estenose. Os locais de sição do paciente ou nem sempre estão presentes lesão podem ser em todos os pontos por onde na descrição cirúrgica. circule o agente agressor, da cavidade oral ao Disfagia Pós-laringectomia Total esôfago. Normalmente, está relacionada à técni- Disfagia após Lesão de Nervo ca operatória que inclui o tipo de ressecção Periférico (quantidade de tecido) e o tipo de síntese, ou A lesão de nervos como o glossofaríngeo seja, se o fechamento foi realizado no sentido (IX par craniano), vago (X par craniano) e /ou craniocaudal (“l”) ou látero-lateral (“t”). A es- ramos do vago pode ocasionar distúrbios da tenose de hipofaringe é comum especialmente deglutição de variados graus, podendo variar de após laringectomia ou faringectomia parcial, leve a severo. Lesões altas do nervo vago podem decorrente da presença de carcinoma no seio ocasionar não só a paralisia da prega vocal ipsi- piriforme.1,2,5,16-18 lateral como também a perda da sensibilidade Disfagia Pós-laringectomia Parcial na hemilaringe. A supraglotectomia bilateral frequente- Segundo Henderson et al.,9 a lesão do nervo mente provoca distúrbios da deglutição em laríngeo recorrente pode ser responsável pela virtude da perda sensória daquela região. Com disfagia faringoesofágica em 11 de 15 pacientes. a ressecção do osso hioide e a inserção laríngea Anatomicamente, podemos observar que de na base da língua, o movimento da língua fica três a cinco ramos do nervo laríngeo recorrente restrito. Entretanto, este tipo de técnica previne inervam a transição faringoesofágica, além da a aspiração traqueal. Sabe-se que esta elevação inervação motora do músculo cricofaríngeo. En- pode diminuir o tônus e a pressão do esfíncter tretanto, também é sabido que o plexo faríngeo esofageano superior. Recomenda-se que, neste contribui com fibras motoras para este músculo.9 tipo de procedimento, se realize a miotomia do Desordens do Esfíncter músculo cricofaríngeo.1,2,5,16-18 A fibrose pós-operatória da parede lateral e Esofageano Superior (EES) seio piriforme pode ocasionar a incompetência Frequentemente, a disfunção do esfíncter glótica. A radioterapia pré e pós-operatória pode esofageano está relacionada à dismotilidade
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faríngea, uma desordem que dificilmente é Cricofaríngeo
diagnosticada. Entretanto, o EES é o sítio pri- É descrita como uma desordem muscular mário em muitas situações de anormalidade no degenerativa, sendo a frequência desta condição processo de deglutição.7,8 desconhecida. Hipertonicidade do Esfíncter Esofa- 3°) Relaxamento Tardio do Esfíncter geano Superior Esofageano Superior Normalmente, ocorre em pacientes acima É uma desordem autossômica recessiva de dos 40 anos de idade, apesar da grande maioria cunho familiar, sendo primeiramente descrita apresentar mais de 60 anos. Belsey2 já relatara na população judaica do leste europeu. O pro- que a disfagia, nestes casos, era devido a espas- cesso de abertura do esfíncter em resposta à mos da musculatura cricofaringea decorrente deglutição tem o seu tempo prolongado, levando da estimulação esofageana pelo ácido. Não é mais do que um terço de segundo, formando um condição sine qua non que sempre que o pa- grande lago na hipofaringe, facilitando a aspi- ciente apresentar refluxo gastroesofageano irá ração. A dismotilidade faríngea e esofágica tem ter espasmos do músculo cricofaríngeo. Em uma sido documentada, apesar de acreditar-se que o série de 1000 pacientes consecutivos portadores sítio primário seja o músculo cricofaríngeo. A de refluxo gastroesofágico, Henderson et al.11 causa da anormalidade motora é desconhecida, relataram que 51% apresentavam disfagia farin- sendo que provavelmente, a sequência de coor- goesofágica e 30%, aspiração. A incoordenação denação seja o maior problema.11,19 do músculo cricofaríngeo foi observada em 40% dos casos através de controle manométrico. Lesões Obstrutivas Desordens de Relaxamento do Múscu- O comprometimento ou a compressão da lo Cricofaríngeo luz faringo-esofágica por lesões localizadas São descritos três tipos distintos de anorma- intra ou extraluminais, também são causas de lidades de relaxamento do músculo cricofarín- quadros disfágicos. geo: 1º) contração prematura, 2º) relaxamento O comprometimento da cavidade oral e incompleto e 3º) relaxamento tardio.5,7,10 da luz faríngea ou esofágica por tumor, edema, exsudato inflamatório ou compressão extrínseca 1°) Contração Prematura (Divertículo são achados comuns que justificam o quadro de Zenker) disfágico. Quanto às lesões extraluminais, os tu- A etiologia é controversa, sendo para alguns mores da glândula tireoide, gânglios fusionados autores, o fechamento prematuro, o espasmo do em decorrência de doença linfática (Linfoma), cricofaríngeo e anormalidades no relaxamento, doença metastática, sarcoidose ou outros pro- muitas vezes relacionada à presença do refluxo cessos inflamatórios podem comprometer a luz gastroesofágico, as principais causas da forma- faringoesofágica. ção do Divertículo de Zenker. Frequentemente, Osteófitos cervicais, ocasionalmente, for- a esta contração coincide com a chegada do bolo mam uma barreira na passagem dos alimentos alimentar no nível do cricofaríngeo. Isto faz com na região faríngea, sendo descrito sua ocor- que aumente a pressão nas paredes laterais da rência assintomática em 30% da população. A faringe, ocasionando o desenvolvimento do dificuldade de deglutir é descrita em 40% dos divertículo faringoesofágico (Divertículo de pacientes com osteófitos com localização entre Zenker). O tratamento do divertículo é cirúr- C5-6 e 23%, em C4-5, sendo esta considerada gico, sendo que este tratamento deve estar as- de grau leve. Muitas desordens ósseas produzem sociado à miotomia do músculo cricofaríngeo.8 osteófitos cervicais, como doenças degenerativas 2°) Relaxamento Incompleto do espondilite anquilosante e doença de Forestier
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(hiperostose esquelética idiopática difusa). O principalmente a nível esofágico.
tratamento deste tipo de quadro obstrutivo pas- A miotomia do músculo cricofaríngeo pode sa pela modificação dietética e exerese da lesão, melhorar a deglutição significantemente em seja ela extra ou intraluminal, procurando com- muitos casos, depois de determinadas doenças prometer minimamente a luz faringoesofágica. neurológicas como acidente vascular cerebral, polimiosites, esclerose lateral amiotrófica, entre Medidas Terapêuticas Gerais outros. Sempre que se está diante de um quadro disfágico, temos que ter em mente em primeiro Referências lugar, a proteção da via aérea inferior, seguido 1. Andran GM, Kemp FH. Some important factors do suporte nutricional. A presença de sonda in the assessment of oropharyngeal function. Dev Med Child Neurol. 1970;12:158-66. nasoenteral ou nasogástrica pode alterar ou 2. Belsey R. Functional diseases of the esophagus. dificultar o processo de reabilitação do paciente. J Thorac Cardiovasc Surg. 1966;52:164-88. Terapia Não Cirúrgica 3. Calcaterra TC, Kadell BM, Ward PH. Dysphagia secondary to cricopharyngeal muscle Nestas medidas, podemos incluir medidas dysfunction. Arch Otolaryngol. 1975;101:726-9. de suporte geral como terapia física, posição 4. Cameron JL, Reynolds J, Zuidema GD. ao deitar (cabeceira elevada), dietas especiais, Aspiration in patients with tracheotomies. Surg e, em alguns casos, métodos alimentares al- Gynecol Obstet. 1973;136:68-70.
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Intervenção Fonoaudiológica 7. Delahunty JE, Margulies SI, Alonso WA,
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14. Kilman WT, Goyal RK. Disorders of pharyngeal
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Titulação dos Autores
Editorial Felippe Felix
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia - Roberto Campos Meirelles HUCFF-UFRJ; Professor Associado - FMC-UERJ; Mestre em Otorrinolaringologia - Faculdade de Medicina-UFRJ. Doutor em Otorrinolaringologia - USP. E-mail: felfelix@gmail.com Endereço para correspondência: Rua Sorocaba, 706, Botafogo. Rio de Janeiro - RJ. CEP: 22271-110. Artigo 2: Zumbidos. E-mail: rcmeirelles@gmail.com Aída Regina Monteiro Assunção Artigo 1: Novas Terapias para Professora Assistente - FCM-UERJ; Surdez. Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia HUPE-UERJ. Shiro Tomita Endereço para correspondência: Professor Titular de Otorrinolaringologia da Secretaria da Otorrinolaringologia - HUPE-UERJ Faculdade de Medicina - UFRJ; Av. 28 de setembro 77, 5°andar - Vila Isabel Rio de Janeiro-RJ. CEP 20551-030 Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia - Telefone: 21 2868-8120 HUCFF- UFRJ. E-mail: aidarma@uerj.br Endereço para correspondência: Av. Professor Paulo Rocco 255, sala 11E24, Sergio Albertino Ilha do Fundão. Rio de Janeiro - RJ Professor Adjunto IV - UFF; E-mail: shiro@openlink.com.br Doutor em Neurologia - UFF.
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Artigo 3: Avaliação Diagnóstica Artigo 6: Abordagem Atual das Síndromes Vertiginosas. das Hemorragias Nasais.
Marcelo Miguel Hueb Roberto Campos Meirelles
Professor Adjunto e Chefe da Disciplina e do (Vide Editorial) Serviço de Otorrinolaringologia - UFTM; Presidente da Associação Brasileira de Leonardo C. B. de Sá Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial- Mestre em Medicina - Cirurgia Geral / ABORL-CCF. Otorrinolaringologia - Faculdade de Medicina- Endereço para correspondência: UFRJ; Av. Santos Dumont, 409; Fellowship em Cirurgia Nasossinusal pela Uberaba - MG. CEP 38060-600 Universidade de Graz - Áustria. Telefone: 34 3332-3033 E-mail: mmhueb@terra.com.br Guilherme Almeida
Camila Pazian Feliciano Médico do Serviço de Otorrinolaringologia -
HUPE-UERJ. Médica Voluntária do Serviço de Otorrinolaringologia - UFTM. Artigo 7: Rinossinusite Artigo 4: Terapêutica Crônica. Farmacológica da Vertigem Débora Braga Estevão Ciriaco. Professora Colaboradora - FMC-UERJ.
Cristóvão T. Atherino. Roberto Campos Meirelles
Professor Adjunto Doutor da Disciplina de (Vide Editorial) Otorrinolaringologia - FCM-UERJ. Endereço para correspondência: Artigo 8: Rinossinusite Rua Rodolfo Dantas 106 / 201 Rio de Janeiro - RJ. CEP 22020-040 Nosocomial. Telefone: 21 2541-9098 E-mail: crisatherino@gmail.com. Roberto Campos Meirelles
Artigo 5: Reabilitação (Vide Editorial)
Vestibular. Fabiana Rocha Ferraz
Professora Colaboradora - FCM-UERJ. Sergio Albertino (Vide Capítulo 2) Artigo 9: Síndrome da boca seca. Rafael S. Albertino Ivan Dieb Miziara Pós-graduando em Otorrinolaringologia - UFF. Professor Livre Docente - Faculdade de Medicina- USP; Médico Chefe do Grupo de Estomatologia da Divisão de Clínica ORL do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina-USP.
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Ali Mahmoud Artigo 12: Afecções Pós-graduando do Departamento de Otorrinolaringológicas Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina- USP. no Idoso: O impacto da Polifarmácia. Artigo 10: Distúrbios da Mônica Aidar Menon Miyake Deglutição. Otorrinolaringologista e Alergologista; Geraldo Pereira Jotz Hospital Sírio Libanês, Hospital Israelita Albert Professor Associado do Departamento de Ciências Einstein e Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos; Morfológicas - UFRS; Doutora em Ciências pela Disciplina de Professor Adjunto do Departamento de Ciências Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina - Básicas da Saúde - UFCSPA; USP; Pós Doutorado no Swallowing Center - Especialização em Pesquisa Clínica - FCM Santa Universidade de Pittsburgh. Casa-SP. Endereço para Correspondência: Silvia Dornelles Clínica Menon Fonoaudióloga Clínica; Rua Afonso Brás 525 cj. 21 São Paulo - SP. CEP 04511-011 Professora Adjunta do Curso de Fonoaudiologia - Telefone: 11 3842-4288 UFRS. E-mail: clinica@clinicamenon.com.br
Artigo 11: Presbifonia.
Roberto Campos Meirelles (Vide Editorial)
Roberta Bak Médica Otorrinolaringologista; Residência Médica em Otorrinolaringologia - HUCFF-UFRJ; Primeira Tenente Médica Otorrinolaringologista - PMERJ.
Fabiana Chagas da Cruz
Médica Residente do Terceiro Ano do Serviço de Otorrinolaringologia - HUCFF-UFRJ.