Orçamento
Empresarial
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Orçamento Empresarial,
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo
que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma
apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 INICIANDO O ORÇAMENTO............................................................................................................ 7
1.1 Análise de Swot......................................................................................................................................................... 8
1.2 Modelo Porter (Cinco Formas Competitivas).........................................................................................................9
1.3 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................11
1.4 Atividades Propostas....................................................................................................................................................12
2 A CONCEITUAÇÃO DO ORÇAMENTO.................................................................................... 13
2.1 Definição...........................................................................................................................................................................13
2.2 O Objetivo da Empresa...........................................................................................................................................14
2.3 As Vantagens do Sistema............................................................................................................................................14
2.4 Os Requisitos do Orçamento....................................................................................................................................16
2.5 As Limitações do Orçamento....................................................................................................................................17
2.6 Os Motivos por que o Orçamento Falha...............................................................................................................18
2.7 A Sequência da Aplicação..........................................................................................................................................18
2.8 O Orçamento e o Elemento Humano....................................................................................................................19
2.9 O Orçamento e as Empresas Brasileiras................................................................................................................21
2.10 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................21
2.11 Atividades Propostas.................................................................................................................................................21
3 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DO ORÇAMENTO............................................................. 23
3.1 A Estrutura Organizacional........................................................................................................................................23
3.2 O Sistema Contábil........................................................................................................................................................23
3.3 O Período de Previsão..............................................................................................................................................24
3.4 A Quem Compete Cuidar do Orçamento.............................................................................................................25
3.5 O Ponto de Partida........................................................................................................................................................25
3.6 A Criação da Nova Mentalidade...............................................................................................................................26
3.7 O Organograma da Área do Orçamento..............................................................................................................26
3.8 Comissão do Orçamento............................................................................................................................................27
3.9 As Tarefas do Departamento de Orçamento......................................................................................................27
3.10 A Infraestrutura e o Cronograma..........................................................................................................................28
3.11 As Informações Adicionais......................................................................................................................................29
3.12 A Assistência Técnica.................................................................................................................................................29
3.13 A Coordenação e a Consolidação.........................................................................................................................30
3.14 A Preparação e a Apresentação do Orçamento Global................................................................................30
3.15 O Acompanhamento dos Relatórios...................................................................................................................30
3.16 Os Estudos Especiais..................................................................................................................................................31
3.17 A Preparação do Plano Quinquenal.....................................................................................................................31
3.18 A Elaboração dos Projetos de Capital..................................................................................................................31
3.19 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................32
3.20 Atividades Propostas.................................................................................................................................................32
4 ORÇAMENTO DE VENDAS.............................................................................................................. 33
4.1 A Sistemática do Orçamento de Vendas...............................................................................................................33
4.2 A Análise dos Fatores Internos e Externos.......................................................................................................34
4.3 A Responsabilidade pela Previsão das Vendas...................................................................................................34
4.4 Tipos de Previsão de Vendas.....................................................................................................................................35
4.5 Maximização das Vendas versus Maximização do Lucro................................................................................36
4.6 A Revisão das Estimativas de Vendas.....................................................................................................................37
4.7 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................37
4.8 Atividade Proposta........................................................................................................................................................37
5 ORÇAMENTO DA PRODUÇÃO.................................................................................................... 39
5.1 O Planejamento da Produção...................................................................................................................................39
5.2 O Período do Orçamento da Produção.............................................................................................................40
5.3 A Quantidade da Produção.......................................................................................................................................40
5.4 A Programação da Produção....................................................................................................................................41
5.5 O Controle da Produção..............................................................................................................................................42
5.6 O Custo da Produção...................................................................................................................................................42
5.7 O Planejamento do Custo das Matérias-Primas.................................................................................................45
5.8 O Controle do Custo das Matérias-Primas...........................................................................................................43
5.9 O Planejamento do Custo da Mão de Obra Direta...........................................................................................44
5.10 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................44
5.11 Atividade Proposta.....................................................................................................................................................45
6 ORÇAMENTO DAS DESPESAS DE DISTRIBUIÇÃO E ADMINISTRATIVAS .......... 47
6.1 O Planejamento das Despesas de Distribuição.................................................................................................47
6.2 O Controle da Despesa de Distribuição............................................................................................................48
6.3 O Planejamento das Despesas Administrativas.................................................................................................49
6.4 O Controle das Despesas Administrativas...........................................................................................................50
6.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................51
6.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................51
7 O ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO DE CAIXA....................... 53
7.1 Objetivo do Orçamento de Investimento............................................................................................................53
7.2 Objetivo do Orçamento de Caixa........................................................................................................................54
7.3 Principais Componentes do Orçamento de Caixa............................................................................................55
7.4 As Demonstrações Financeiras Projetadas: o Balanço Patrimonial Projetado.......................................55
7.5 Principais Componentes do Balanço Patrimonial.............................................................................................55
7.6 A Demonstração de Resultados do Exercício.....................................................................................................56
7.7 Principais Componentes da Demonstração de Resultados do Exercício ................................................56
7.8 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................56
7.9 Atividades Propostas....................................................................................................................................................57
8 O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO.................................................................................................. 59
8.1 Definição...........................................................................................................................................................................59
8.2 Resumo do Capítulo.................................................................................................................................................60
8.3 Atividades Propostas....................................................................................................................................................60
9 GOVERNANÇA CORPORATIVA E SARBANES-OXLEY ACT.......................................... 61
9.1 Governança Corporativa.........................................................................................................................................62
9.2 Novo Mercado - Conheça o Novo Mercado........................................................................................................65
9.3 Sarbanes-Oxley Act........................................................................................................................................................67
9.4 Fraudes e Corrupções - Grandes Escândalos......................................................................................................68
9.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................70
9.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................71
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 73
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 77
GLOSSÁRIO................................................................................................................................................... 79
INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a) ao nosso módulo de Orçamento Empresarial, neste material você encontrará in-
formações básicas para a elaboração do orçamento dentro de uma empresa.
Este conteúdo abordará desde o início do orçamento através do planejamento estratégico da em-
presa. Vamos identificar também, os primeiros itens da elaboração do orçamento desde a venda até a
produção e despesas. Basicamente você será informado sobre as técnicas mais comuns utilizadas para
projeções e estimativas para a empresa.
Como você sabe, muitas empresas utilizam o orçamento para efetuar o seu planejamento anual,
tanto financeiro, quanto estratégico e de gestão administrativa.
Desejo a você um ótimo módulo e bons estudos durante esse período. Espero que este conteúdo
ajude você em sua vida tanto profissional quanto sua vida pessoal, muito sucesso a você caro(a) aluno(a).
Fico à disposição para o que se fizer necessário.
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1 INICIANDO O ORÇAMENTO
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Fabrizio Scavassa
A análise de Swot é outra forma de se fazer a recursos, mas das oportunidades e riscos que sur-
correlação da análise do ambiente, leva em consi- gem a partir de coisas que estão fora de controle.
deração o ambiente externo e interno. São iniciais Dependendo da situação que se enfrenta, as opor-
das palavras Strenghts, Weakness, Opportunities e tunidades e ameaças aparecem, desaparecem e
Threats, que significam respectivamente: forças, mudam o tempo todo, e os pontos fortes e fracos
fraquezas, oportunidades e ameaças. de sua organização mudam com elas.
Essa análise identifica quatro tipos de situa- Os pontos fortes são os fatores internos rela-
ção que podemos encontrar em uma empresa. cionados com a capacidade, recursos e habilidades
Alavanca: quando uma oportunidade do que servem de base para o desenvolvimento estra-
ambiente encontra um conjunto de pontos fortes tégico, implantar planos e alcançar as metas que
na empresa que podem ajudá-la a tirar o máximo você estabeleceu para sua organização.
de proveito da situação; Os pontos fracos são os fatores internos rela-
Problema: quando uma ameaça do ambien- cionados com a falta de habilidades ou uma defi-
te torna a empresa ainda mais vulnerável devido a ciência de capacidade e recursos em relação à con-
seus pontos fracos; corrência que pode impedi-lo de desenvolver suas
Restrição: quando uma oportunidade não estratégias e planos ou alcançar suas metas.
pode ser aproveitada pela empresa, devido aos
Atenção
seus pontos fracos;
Vulnerabilidade: quando existe uma amea- O planejamento estratégico deve ser elabo-
rado em conjunto com a administração da
ça à vista, mas a empresa possui pontos fortes que
empresa (sócios e diretores), pois estes são os
possam amenizá-las. responsáveis pelo direcionamento do negó-
Os pontos fortes de uma organização não cio da companhia.
dependem apenas de suas próprias capacidades e
Fatores que reforçam o poder de negociação de seu Fatores que enfraquecem o poder de negociação de
grupo em relação a compradores e fornecedores. seu grupo em relação a compradores e fornecedores.
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Orçamento Empresarial
Rivais Tradicionais
Modelo Porter – Análise das 5 forças competi- como desastres naturais e terrorismos,
tivas, listando os principais impactos e influências, também podem impactar sensivelmente
presentes e futuras, no meio ambiente competiti- o ambiente competitivo. Na essência da
vo, a partir da análise do modelo. As cinco forças formulação de uma estratégia competiti-
competitivas são: va, é relacionada a empresa ao seu meio
ambiente (PORTER, 1998).
1. Poder de Barganha dos Consumidores; Analise a evolução das forças competi-
2. Poder de Barganha dos Fornecedores; tivas, hoje e no horizonte de 5 anos, em
função de alterações das principais ten-
3. Grau de Rivalidade entre os Concorren- dências.
tes;
Avalie também a importâncias de cada
4. Existência de Produtos Substitutos; força competitiva na sua indústria, usan-
5. Ameaças de Novos Entrantes. do uma escala de cinco pontos, na qual:
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NOVOS ENTRANTES
CLIENTES
RIVAIS TRADICIONAIS
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Orçamento Empresarial
SUBSTITUTO
Saiba mais
Basicamente para iniciar o orçamento dentro de uma empresa devemos primeiramente elaborar o
planejamento estratégico dessa empresa. Antes de iniciar o orçamento a empresa necessita saber para
onde ela quer caminhar, qual a expectativa dessa empresa para o próximo ano ou para os próximos anos.
Para elaborar esse planejamento estratégico, as técnicas mais utilizadas são as ferramentas geren-
ciais: análise SWOT e Modelo Porter. Com essas técnicas é possível traçar um planejamento para a empre-
sa, tanto em curto prazo quanto em longo prazo.
O mais importante, antes do início das projeções, é a análise dos ambientes interno e externo. Para
isso, contamos com sites, como o Banco Central, que podem nos auxiliar em pesquisas e expectativas de
crescimentos dos indicadores financeiros do país, tais como: inflação, PIB, balança comercial, Dólar, taxa
de juros, taxa Selic, entre outros.
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1. Qual é a importância, para uma empresa, em fazer o planejamento estratégico antes de iniciar
o orçamento?
2. Quais os itens básicos para elaborar a análise SWOT?
3. Quais os itens básicos para elaborar o Modelo Porter?
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2 A CONCEITUAÇÃO DO ORÇAMENTO
2.1 Definição
Nessa definição, estão abordados também os no controle desse plano. Tanto um quanto o outro
conceitos da responsabilidade e da autoridade dos possuem variadas maneiras de ação, o que tentare-
executivos no desempenho de suas funções. mos demonstrar nas páginas seguintes.
O orçamento não deve ser imposto, mas
aceito, de comum acordo, por todos aqueles que
Atenção
assumem a responsabilidade de atingir determina-
do alvo. Daí se deduz que o fator psicológico de- O orçamento não deve ser a solução para
sempenha importante papel na execução do plano todos os problemas das empresas, pois ele
trata-se de uma estimativa, e toda estimativa
orçamentário. De conformidade com as linhas refe-
está sujeita a erros e variações.
ridas, o orçamento empresarial consiste, essencial-
mente, em um plano de trabalho coordenado, e
No mundo dos negócios de hoje, estimado(a) Para atingir esse objetivo, a empresa moder-
aluno(a), dá-se à conservação do lucro ênfase dife- na tem as vistas voltadas para o aperfeiçoamento.
rente da que lhe era dada no passado. Através de intensos programas de pesquisas, a
Conforme vimos anteriormente, o lucro que produção e a comercialização têm recebido me-
toda empresa moderna continua a ser o resulta- lhoramentos contínuos. Também a administração
do favorável ao fim de cada período de atividade financeira tem melhorado dia a dia. Outrora, as
- conciliável, entretanto, com o bem-estar da coleti- empresas contentavam-se com métodos rudimen-
vidade, mediante o atendimento das necessidades tares de registro. Hoje em dia, dados e informações
desta. diversos fluem ao encontro do desejo do empre-
Em sentido amplo, a organização empresa- sário, prestando-lhe grande ajuda nas tomadas de
rial é uma instituição econômica. Ela é criada prin- decisões. As estatísticas referentes ao passado já
cipalmente para fornecer ao público os bens ou não satisfazem à curiosidade nem às necessidades
serviços necessitados ou desejados. Esse objetivo dos homens de empresa, que procuram investigar
é fundamental. Aos olhos dos clientes, e de uma as possibilidades futuras para traçar metas. Daí
perspectiva econômica, não há outro motivo para nasceu a técnica da previsão microeconômica, co-
a existência da empresa que não seja os serviços mumente chamada – no seu sentido financeiro –
que ela presta. Se esse objetivo da prestação não “Orçamento Empresarial”.
for alcançado, a organização acabará definhando e
morrendo.
São muitas as vantagens que a implantação Do ponto de vista do controle, o sistema or-
de um sistema de orçamento pode trazer para a çamentário incute no espírito de cada funcionário
empresa. Tais vantagens ultrapassam, às vezes, o a noção do custo, da economia e do lucro, através
domínio financeiro que lhe é próprio. de normas internas que têm por finalidade princi-
Do ponto de vista do planejamento, o sis- pal evitar desperdícios para maior rentabilidade.
tema orçamentário movimenta o ambiente, pois O planejamento do lucro estimula o apareci-
conscientiza o dever de cada funcionário, gerente mento, na organização interna, de uma atmosfera
ou executivo na organização.
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Orçamento Empresarial
de consciência em relação ao lucro, de consciência tos oferece uma base para melhores
em relação ao custo, e de parcimônia. Como todos decisões, evitando, assim, otimismo ex-
os supervisores e gerentes da empresa são obriga- cessivo ou pessimismo exagerado.
dos a participar do desenvolvimento desse plano 6. Pelo seu mecanismo de operação, o or-
de lucro e a explicar as divergências que se verifi- çamento serve de válvula de segurança
cam entre o desempenho real e os objetivos orça- para a administração. Através de com-
dos, eles precisam ter consciência dos fatores que parações entre estimativas e realizações,
levam à boa e à má performance. Essa consciência localizam-se os pontos frágeis do meca-
gera a responsabilidade em relação ao lucro, e dá nismo empresarial. O orçamento indi-
ímpeto à procura de oportunidade para a sua ob- ca, portanto, o caminho que a empresa
tenção. deve percorrer para alcançar maior de-
Do ponto de vista da análise, o sistema de senvolvimento com maior segurança.
orçamento permite determinar os pontos vulnerá-
7. Além de permitir o uso mais racional dos
veis da empresa, para medidas saneadoras, e seus
recursos próprios, o orçamento regulari-
pontos favoráveis, para um maior aproveitamento.
za também o uso dos recursos de tercei-
A comparação entre o presente e o passado, e en-
ros, dentro dos limites do lucro projeta-
tre o real e o orçado permite encontrar a causa de
do.
inúmeros fatos financeiros, conhecimentos para os
dirigentes tomarem decisões. 8. O orçamento é um ferramental podero-
Do ponto de vista psicológico, nada é mais so para a avaliação dos resultados das
atuante do que o fato de todos os empregados, políticas de vendas, de produção e finan-
mesmo os mais humildes, sentirem sua participa- ceira da empresa.
ção direta em um plano de trabalho que envolve 9. Os estudos e análises diversos da poten-
toda a organização, sem distinção entre os graus cialidade do mercado, da receptividade
hierárquicos. do produto, dos métodos de comercia-
Em síntese, essas vantagens podem ser assim lização e manufatura, que constituem
resumidas: passos normais do processo orçamen-
tário, permitem o descortino de meios e
1. O uso mais racional dos recursos pró- modos de reforçar ou ampliar mais ainda
prios, seja para o investimento no imo- novos horizontes para as atividades da
bilizado, seja para o financiamento dos empresa.
itens do ativo circulante. 10. Também no plano do custo fabril, o pro-
2. A moderação nos planos de despesas, cesso orçamentário exige, inexoravel-
pois qualquer gasto substancial é pon- mente, a atenção da administração ao
derado sob o prisma de sua rentabilida- uso mais econômico da mão de obra,
de em termos do lucro final. das matérias- primas e de outros ele-
mentos dos custos.
3. A determinação da responsabilidade
para cada função da empresa. 11. Como resultante de várias provisões se-
toriais, a posição de caixa, uma das peças
4. A coordenação entre todos os setores da fundamentais do orçamento, fornece in-
empresa, pois seu alvo comum é o lucro formações sobre o quando e quanto o
a ser atingido conforme o orçamento. numerário será necessário, e se de ori-
5. A combinação, de forma fria e impessoal, gem interna ou externa. Tais estimativas
dos melhores julgamentos dos diversos só podem ser obtidas com o uso siste-
setores responsáveis pelo resultado em- mático do orçamento.
presarial. A avaliação de tais julgamen-
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Fabrizio Scavassa
Para obter as vantagens que o sistema orça- tema de trabalho definido, capaz de lhe oferecer
mentário oferece, há requisitos óbvios: meios mais seguros para seu controle.
Apoio da cúpula administrativa: condição Conforme mencionado, o funcionamento de
imprescindível devido aos atritos que normalmen- um sistema orçamentário depende de vários fato-
te surgem no processo de controle. Se a organiza- res, alguns de natureza técnica e outros de natu-
ção deseja um orçamento bem-sucedido, é abso- reza psicológica. Apesar dos inúmeros benefícios
lutamente necessário que cada um dos membros que podem propiciar à empresa, sua implantação
da direção, a começar pelo Presidente, lhe dê apoio requer medidas cautelosas.
completo. O ímpeto e o rumo precisam partir da A gestão orçamentária é uma técnica difícil
própria cúpula. de manejar e custosa de executar. Não se com-
Uma organização adequada: básico, no preende um esforço, na empresa, senão com base
tocante à responsabilidade e à autoridade, para o em motivos bem precisos e em intenções bem de-
controle efetivo. Sem uma organização definitiva, terminadas.
não será possível determinar quem é o responsável O estudo dessas motivações deve ser condu-
por determinada situação deficitária. Essa impossi- zido de modo a mostrar como cada pessoa, dentro
bilidade invalida a premissa de que o orçamento da empresa, se beneficia do funcionamento de tal
empresarial tem por objetivo eliminar desperdí- técnica, levando-a, por conseguinte, a contribuir
cios. para a sua implantação.
Um sistema de contabilização racional:
que permita as análises e comparações necessá-
rias, nos pormenores devidos. Essas normas contá-
beis servem também de base para o planejamento
financeiro. Sem essa base comum, a contabilidade
poderá registrar fatos reais que não correspondam
aos estimados, o que falseará as comparações pos-
teriores e conduzirá a decisões errôneas.
Um sistema orçamentário adequado: cada
empresa tem suas necessidades específicas, decor-
rentes da natureza de suas atividades. Para obter
resultados favoráveis, ela precisa possuir um sis-
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Orçamento Empresarial
Apesar das ponderações feitas sobre os as- 3. “Há duas gerações nossa empresa ex-
pectos positivos do orçamento, entende-se que perimenta altas e baixas de todo tipo,
nem sempre a implantação do sistema orçamentá- mesmo assim conseguimos sobreviver e
rio levará, necessariamente, a empresa a ser bem- crescer sem orçamento: por que, agora,
-sucedida. Quem pretender adotar tal processo orçamento?”
de trabalho deverá estar perfeitamente ciente das
possibilidades tanto de êxito quanto de fracasso.
Tudo depende da habilidade do técnico, das con- No que diz respeito à primeira observação,
dições em que se encontra a empresa e o elemento sobre as condições instáveis do mercado, mencio-
humano necessário. Qualquer plano orçamentário, na-se apenas que uma das características do orça-
por melhor que seja, tem suas limitações. mento é a flexibilidade, isto é, mesmo quando a
situação do mercado muda drasticamente em re-
Em primeiro lugar, todo orçamento baseia-se
lação à situação do plano original, a empresa tem
em estimativas. Por mais acuradas, estas represen-
tam apenas tentativas de acerto. A previsão econô- meios para ajustar-se a novas conjunturas. Daí a
mica não é uma ciência exata. O fator “homem” tem razão por que muitas empresas adotam, concomi-
papel preponderante em sua determinação. Os im- tantemente, orçamento anual e previsão trimestral.
pulsos emocionais da massa consumidora podem Quanto ao aspecto de que quanto mais a em-
alterar radicalmente a tendência das vendas de presa vende, melhor, devendo, portanto, concen-
determinado setor. Em certos casos, é impossível trar toda sua atenção na comercialização dos seus
determinar com segurança o rumo dos negócios, produtos, observa-se que a crença generalizada de
devido às suas alterações constantes. Dessa manei- que as empresas devem procurar vender o máxi-
ra, reconhece-se que a qualidade de um orçamen- mo possível, na suposição de que seus lucros se-
to depende do grau de acerto das suas previsões
rão proporcionais às vendas, tem lógica aparente,
relativas aos fatores básicos.
mas nem sempre é respaldada pela prática. Há cir-
Em segundo lugar, muitos empresários exa- cunstâncias em que, no cômputo total, a empresa
geram as propriedades da prática orçamentária,
é lucrativa, mas se suas atividades forem desdobra-
tomando-a como resposta para todos os males
das por linhas de produtos, certos setores poderão
e supondo que sua aplicação dispensa a atuação
mostrar-se extremamente deficientes. O processo
dos administradores. A crença de que o plano orça-
mentário possa transformar prejuízo em lucro do orçamentário permite visualizar de perto a evo-
dia para a noite só fará desapontar os mal-informa- lução de cada linha de produtos, não apenas em
dos sobre a utilidade desse processo de trabalho. confronto com seu passado, mas também com os
planos preestabelecidos, frutos de cuidadosos es-
Em terceiro lugar, a aplicação do sistema or-
tudos e indagações.
çamentário é prejudicada pela atitude preconcebi-
da de muitos homens de empresa, no sentido de Finalmente, a terceira observação, sobre a ca-
que: pacidade de sobreviver sem sistema de orçamento,
refletia, até a pouco, o pensamento de nossos ho-
mens de empresa.
1. “As condições do mercado são tão flui-
das e incertas, qualquer estimativa a seu Felizmente, essa mentalidade está mudando.
respeito é trabalho inútil;” É óbvio que, uma vez melhorados seus métodos de
trabalho, a empresa conseguirá, certamente, uma
2. “O mais importante é vender, controle
solidez que lhe dará maior possibilidade de sobre-
orçamentário é luxo que só acarretará
viver em um mundo cada dia mais competitivo.
mais despesas;”
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Fabrizio Scavassa
Em muitas circunstâncias, o plano orçamen- 10. Falta de êxito na análise dos resultados
tário enfrenta inúmeras dificuldades, seja na fase e na apuração das causas das variações;
da implantação, seja no estágio da consolidação. 11. Falta de dados históricos;
Via de regra, tais dificuldades resultam dos seguin-
12. Detalhamento excessivo;
tes erros:
13. Período de projeção longo demais;
1. Estrutura organizacional inadequada; 14. Falta de definição do processo de elabo-
2. Sistema ineficaz de registro contábil; ração do orçamento;
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vendedor, por mês, e, se possível, por 16. Desenvolver o Fluxo de Caixa estimado,
cliente potencial; tendo por base os itens da Demonstra-
9. Elaborar o orçamento da produção vi- ção de Lucros e Perdas e do Balanço Pa-
sando à sua manutenção o mais estável trimonial;
possível; 17. Finalizar a preparação das peças funda-
10. Desenvolver o custo padrão de manu- mentais para o controle orçamentário,
fatura com o maior detalhamento pos- quais sejam: a Demonstração de Lucros
sível, para possibilitar análises de custo e Perdas, o Balanço Patrimonial, o Fluxo
que identifiquem as variações na maté- de Caixa e o Orçamento de Investimen-
ria-prima, na mão de obra e também nos tos;
gastos gerais de fabricação (GGF); 18. Desenvolver um sistema de controle e
11. Elaborar o orçamento de compras de análise que permita verificações efica-
matérias-primas, com indicações relati- zes, mediante confrontos entre os valo-
vas ao preço médio unitário e à posição res reais e os orçados;
final do estoque; 19. Desenvolver um sistema de relatórios
12. Elaborar os orçamentos departamentais eficientes, capazes de levar ao conheci-
de despesas para as áreas de comerciali- mento da cúpula administrativa os fatos
zação e de administração, a fim de possi- econômico-financeiros importantes de
bilitar que as análises posteriores sejam cada período do orçamento.
feitas por centro de custo;
13. Elaborar o orçamento dos itens do ativo Saiba mais
circulante referente aos valores a rece-
ber, estoque e despesas pagas antecipa- A sequência do orçamento deve respeitar
uma ordem cronológica, algumas etapas só
damente; podem iniciar quando outra for encerrada,
14. Elaborar o orçamento de compras do por exemplo, a etapa de orçamento de pro-
ativo fixo, que faz parte do imobilizado dução só inicia-se quando temos os volu-
mes de vendas (orçamento de vendas).
estimado;
15. Elaborar o orçamento dos itens do Passi-
vo Exigível e não Exigível;
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A penetração dessas mesmas ideias se verifi- problemas. Não há remédio eficaz para esse pro-
cou na Europa da seguinte forma: blema, pois a função de controle financeiro orça-
mentário é por à mostra os pontos de estrangula-
É fora de propósito impor orçamentos mento eventualmente existentes na empresa. Por
a departamentos que não estejam con- outro lado, é natural que as pessoas não gostem
vencidos do seu funcionamento. É funda- de ser avaliadas, criticadas, controladas. Há, sim, a
mental, obter a colaboração dessas pes- possibilidade de amenizar tais atritos – mas nun-
soas para a sua execução, incentivando ca de eliminá-los por completo. Isso depende, em
sua participação na elaboração dos pla- grande parte, da habilidade do pessoal de contro-
nos que lhe digam respeito. Dessa forma, le. Uma das qualificações do controller ilustra esse
cada dirigente se sente, realmente, chefe aspecto:
de uma célula da empresa, e responsável
por ela, passando a ser um colaborador. O controlador deve assumir mais a po-
sição de conselheiro do que de crítico.
Quando suas investigações tocam pon-
A sensação de pertencer a uma organização,
tos fracos no serviço de executivos de
cujo sucesso depende parcialmente dele, faz o
cúpula ou de executivos menores, sua
funcionário ter mais vontade de colaborar com a
atitude deve ser: “Eis algo que podemos
empresa. Como o termo ‘colaboração’ é subjetivo e
melhorar” e não, “Eis um ponto em que
de intensidade não qualificável, o lado humano do
você merece críticas”.
assunto ultrapassa a metodologia do negócio, no
que diz respeito à sua complexidade. Muitos enca-
ram o orçamento empresarial puramente no plano Terceiro, com frequência o uso do orçamento
mecânico contábil, desconhecendo o fato de que leva os gerentes e supervisores a assumirem posi-
um bom método de orçar e de registrar constitui ção personalista perante os problemas globais da
apenas o início de uma longa jornada, cujas impli- empresa. Nessas circunstâncias, a coordenação do
cações sociológicas têm um papel preponderante. plano orçamentário deve restabelecer o equilíbrio
Em exaustivo estudo patrocinado pela Fundação entre os interesses departamentais ou setoriais, vi-
dos Controllers dos Estados Unidos, foram identifi- sando ao maior e melhor resultado para a empresa
cados vários problemas a esse respeito. como um todo.
Primeiro, a pressão decorrente do orçamento
tende a unir os empregados contra a administra-
ção, quando eles se julgam injustiçados em conse-
quência de normas rigidamente estabelecidas ou
de padrões de atividades fixados muito acima do
razoável. Em qualquer uma dessas circunstâncias,
o empregado se sente frustrado e/ou explorado, o
que em nada favorece sua eficiência e desenvoltu-
ra como executante. Ao contrário, a tensão criada
por tal situação frequentemente faz a pessoa mos-
trar-se mais agressiva, especialmente quando se
vê levada a tomar uma posição para justificar sua
atitude.
Segundo, a área financeira sente-se bem-su-
cedida quando consegue descobrir falhas nas ou-
tras. Essa posição, embora justificável, cria atritos e
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Orçamento Empresarial
O orçamento tem sido utilizado por muitas empresas, mas esse uso tem sido de forma um pouco
banalizada, sem sua devida aplicação. Para tanto, podemos definir o orçamento empresarial como um
plano financeiro para a estimativa de controle e planejamento financeiro.
O orçamento é de extrema importância, mas para isso ele só pode ser elaborado por uma empresa
quando a situação econômica do país torná-lo favorável.
Em meados da década de 1980, o orçamento foi deixado de lado por conta da instabilidade de
nossa economia. Essa instabilidade foi decorrente das altas taxas de juros. Atualmente, nossa inflação
anual gira em torno de 5% a 12% ao ano, e uma curiosidade é que essa taxa antigamente era a taxa diária
de inflação.
A inflação do país chegava próximo de 1.000% ao ano, nesse cenário era praticamente trabalho
perdido elaborar o orçamento de uma empresa, pois o valor do dinheiro no tempo sofria várias atualiza-
ções, sendo impossível acompanhar via projeções ou orçamento.
2. Qual a relação entre o orçamento e os índices econômicos? Existe alguma relação entre eles?
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IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DO
3 ORÇAMENTO
Nenhum sistema orçamentário é possível tadas numa conta única, para a empresa como um
sem um bom sistema de registro contábil geral e todo, será remota a possibilidade de localizar os ex-
de custos. No sentido da contabilidade geral, pre- cessos eventualmente cometidos por determinada
missa do orçamento e a comparabilidade dos da- divisão ou departamento. Não há, aí, possibilidade
dos reais com os orçados devem seguir o mesmo de tomar medidas corretivas pelo que a empresa
plano de contas, cuja organização tem a finalidade se priva da possibilidade de melhorar sua rentabi-
de, entre muitas outras, fixar a autoridade e a res- lidade.
ponsabilidade de cada nível de gerência. No tocante ao custo industrial, é intenção da
Tomemos como exemplo o item Despesas empresa manter o custo fabril no nível mais baixo
de Viagem, que representa boa parcela das despe- possível. Para tal, todos os fatores do custo devem
sas gerais da empresa. Praticamente, em maior ou ser rigidamente vigiados. O custo padrão tem os
menor grau, todos os departamentos fazem via- mesmos princípios do orçamento, no sentido de
gens: os vendedores e os cobradores viajam cons- projetar-se para o futuro com os detalhes necessá-
tantemente, devido à natureza de suas tarefas. O rios para o controle. Dessa forma, o custo padrão
pessoal de administração também viaja, devido constitui parte do processo de controle orçamen-
ao controle e assessoria de diferentes unidades da tário, estando sua esfera de ação restrita à área de
organização. Se todas essas despesas foram debi- manufatura.
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Em geral, as previsões orçamentárias são fei- mês, na época da elaboração, e os três trimestres
tas para um ciclo contábil que abrange 12 meses, seguintes são projetados em base trimestral. Em
de janeiro a dezembro de cada ano, por exemplo. meados do primeiro trimestre, fazem-se as pro-
Há casos em que, devido à natureza do próprio ne- jeções mensais para o segundo trimestre, conti-
gócio, os períodos são mais curtos, trimestral ou nuando em base trimestral o terceiro e o quarto tri-
semestral. mestre. Geralmente, comparando-se o realizado, o
Quando se trata de negócios sensíveis às al- orçado e também o reestimado. Tais comparações
terações do mercado, muitas empresas procuram duplas ajudam a empresa a avaliar melhor suas
elaborar previsões anuais e refazer as suas estima- operações. Em outros casos, as empresas não se
tivas em base trimestral. Isso visa à maior flexibili- limitam ao ano fiscal, mas adotam o método siste-
dade de julgamento e de reajuste à nova situação mático da projeção trimestral para um ano à frente,
do mercado. No caso de orçamento anual e revisão sempre com o primeiro trimestre desdobrado em
trimestral, o primeiro trimestre é projetado mês a meses:
JAN. FEV. MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Figura 3 – Orçamento fixo na base trimestral com o trimestre inicial na base mensal.
Figura 4 – Orçamento móvel na base trimestral com o trimestre inicial na base mensal.
Atenção
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Orçamento Empresarial
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e com o tempo podem-se conseguir os melhora- deve conscientizar-se do fato de que a implanta-
mentos desejados. Em segundo lugar, não se pode ção parcial do sistema só pode produzir resultados
esperar resultado total de um sistema de trabalho parciais.
que foi aplicado pela primeira vez. A administração
A formulação de um plano organizacional re- segundo grupo deve ser submetido a programas
quer funcionários capacitados e considerável em- de treinamento para que se compenetrem do tra-
prego de tempo por todas as pessoas envolvidas. balho que será feito e dos seus possíveis resulta-
Como fazer a implantação? As opiniões variam: dos para a empresa. Só haverá motivação quando
para alguns, a implantação deve ser global, para cada um estiver conscientizado dos efeitos bené-
outros, ela deve caminhar gradualmente, de acor- ficos do novo sistema de trabalho em sua área de
do com as possibilidades. A prática mostra que, atuação. Essa mudança de mentalidade não é fácil;
apesar de ser simples, no seu contexto, a elabora- em certas circunstâncias a educação orçamentária
ção do orçamento, sua aplicação à vida empresa- é um trabalho penoso, demorado e até frustrante
rial, apresenta sempre um grande número de de- para os responsáveis pela implantação. A boa tá-
talhes que só o tempo pode eliminar. Em qualquer tica, nessas condições, é iniciar a implantação nas
organização, a procura de um sistema de trabalho áreas que apresentem maior receptividade. Dian-
mais racional encontra tanto entusiastas quanto te do resultado alcançado nessas áreas, as demais
executivos e funcionários indiferentes e, às vezes, tenderão a seguir-lhes o caminho, facilitando assim
até contrários a qualquer tentativa de alteração a sequência da implantação.
do sistema de trabalho que já lhes é familiar. Esse
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Orçamento Empresarial
Para permitir maior coesão entre as áreas Em linhas gerais, cabe à Comissão do Orça-
da empresa na elaboração do orçamento anual e, mento:
principalmente, para servir como poder de segun-
da instância no processo de planejamento e con- 1. Responsabilizar-se pelo plano orçamen-
trole orçamentário, muitas empresas designam um tário da empresa.
grupo de executivos específicos para formar a Co-
2. Aprovar ou não as estimativas departa-
missão de Orçamento.
mentais.
Nas grandes empresas, a Comissão de Or-
çamento compõe-se do Presidente, dos Diretores 3. Receber relatórios semanais ou mensais
de Fabricação, Comercialização, de Finanças e de sobre o desempenho da empresa e to-
Administração, além do Controller, do Tesoureiro mar decisões visando sempre à realiza-
e do Gerente de Planejamento Financeiro. Nesse ção do lucro máximo.
caso é o Controller quem se responsabiliza perante 4. Determinar a reformulação do orçamen-
a Comissão do Orçamento pela elaboração do or- to da empresa quando as circunstâncias
çamento empresarial. a aconselharem.
Nas empresas de médio porte ou pequeno 5. Aprovar os índices estimados para os fa-
porte, a Comissão do Orçamento compõe-se do tores macroeconômicos básicos – como
Presidente e dos Gerentes de Fabricação, de Ven- a inflação, os preços por atacado, o au-
das, de Finanças e Administração. Nesse caso, o res- mento salarial, o aumento da taxa de
ponsável direto pelo plano orçamentário, perante câmbio etc. – que venham a ter influên-
a Pesquisa & Desenvolvimento, Engenharia, Bens cia direta nas operações setoriais do or-
de Capital, Vendas, Produção, Despesas Comer- çamento.
ciais, Despesas Administrativas, Comissão de Orça-
6. Aprovar a política de investimento para
mento, é o Gerente de Finanças. Seu subordinado
o ano seguinte, inclusive as aquisições
nesse setor, conforme o caso, pode ser o contador
de ativo fixo pela empresa.
ou o chefe do Planejamento Financeiro.
Na primeira fase da implantação do sistema cesso sadio, especialmente para a preparação dos
orçamentário, o volume do trabalho burocrático é dados de base. Através desse trabalho é que esses
grande. O levantamento dos dados históricos cons- departamentos se familiarizam com os aspectos da
titui tarefa bastante árdua, especialmente quando contabilidade. Todos os pontos a aperfeiçoar são
há poucos dados disponíveis ou eles inexistem, discutidos por ambos e os melhoramentos a intro-
dificultando, assim, a avaliação do passado da em- duzir no sistema contábil também são estudados
presa. Nessas circunstâncias, costuma-se convocar em conjunto, o que facilita sobremaneira o plane-
toda a equipe da área financeira para conjugar jamento e o registro futuro.
esforços no sentido de estabelecer uma base de Convém salientar, novamente, que o traba-
trabalho. A Contabilidade deve trabalhar junto ao lho conjunto na fase inicial não deve restringir-se
pessoal do Planejamento Financeiro, em um pro- somente ao registro e à catalogação de dados, mas
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Orçamento Empresarial
Para planejar suas atividades para um perío- ções necessárias possam fluir para quem delas pre-
do futuro, qualquer executivo precisa ter em mãos cise, sem maior atraso e embaraço do seu pessoal.
os dados necessários. Em muitos casos, esses da- É muito comum o Departamento de Orçamento
dos não se encontram à sua disposição. O Departa- possuir um setor que cuide, especificamente, do
mento de Orçamento sempre é chamado a prestar recolhimento e catalogação dos dados estatísticos.
assistência nesse sentido. Devido a isso, o gerente Esses dados são importantes como fonte de asses-
do Departamento de Orçamento deve prevenir soria, mas também como matéria-prima para suas
tais situações, preparando-se para que as informa- análises, projeções, estudos e pesquisas diversas.
Quando o orçamento é implantado pela pri- sável, os técnicos nunca devem fazer o trabalho no
meira vez, é evidente a falta de preparo dos geren- lugar dos responsáveis, pois prejudicariam a parti-
tes dos diferentes departamentos para as previsões cipação das partes envolvidas nas fases de elabo-
de vendas, de custo, de despesas etc. Para suprir ração do orçamento. Portanto, a ajuda tem limite
essa deficiência, o Departamento de Orçamento e os dados devem partir sempre dos responsáveis.
deve estar equipado para dar-lhes sua colabora-
ção. Para tanto, os funcionários do Departamento
de Orçamento devem estar devidamente treina-
dos; os itens, cuja projeção dependa dos diversos
departamentos, devem estar descritos por escrito,
e essa descrição deve estar anexa aos formulários
a preencher. Embora sua assistência seja indispen-
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Uma vez recebidas as previsões departamen- sáveis para correção antes da consolidação do or-
tais, o Departamento de Orçamento inicia suas çamento global.
análises, procurando eliminar, em primeiro lugar e Há ocasiões em que a opinião do Departa-
dentro do possível, todos os erros de natureza con- mento de Orçamento não é aceita pelos respon-
tábil, tais como a classificação em contas erradas e sáveis e, apesar das explicações e insistências, as
as porcentagens de cálculo fora dos níveis fixados. partes não chegam a um acordo. O ponto de diver-
Em sua visão analítica, os técnicos em orçamento gência deve ser levado à atenção do chefe imedia-
procuram manter dentro das margens razoáveis os to do responsável, para uma decisão. Em caso con-
valores previstos; o aumento das comissões orça- trário, a decisão da Comissão do Orçamento deve
das, por exemplo, não deve ultrapassar o aumen- prevalecer. Em tais circunstâncias, o fator “tato” dos
to das vendas; a produção programada deve estar analistas e do Gerente de Orçamento é imprescin-
conforme com o programa de vendas; e a política dível. O Departamento de Orçamento deve usar
de estoque, o custo e as despesas operacionais sua capacidade de persuasão e o poder coercitivo,
devem ser proporcionais às vendas etc. Nessas pois sua função, como a função total da área de fi-
circunstâncias, as discrepâncias eventualmente nanças, é de staff. Sua posição assemelha-se à de
encontradas devem ser comunicadas aos respon- uma assessoria.
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Orçamento Empresarial
em conjunto devem imaginar os tipos de relatórios lerão, e não das pessoas que os preparam. O pra-
úteis para o seu trabalho. zo de entrega deve ser criteriosamente observado,
A esquematização dos relatórios, seu forma- pois relatório entregue fora do período útil signifi-
to, sequência e conteúdo devem ser ponderados ca tempo e dinheiro perdidos.
sob o prisma dos destinatários, das pessoas que o
Muitas são as ocasiões em que os funcioná- respeito. Também há ocasiões em que a análise
rios do Departamento de Orçamento são chama- dos dados mensais reais aponta a existência de
dos a opinar sobre assuntos relacionados com os fatos anormais; como os relatórios numéricos são
aspectos econômico-financeiros da empresa. Para normalmente acompanhados de comentários, os
maior profundidade de suas opiniões, geralmente analistas de orçamento procuram estender tais fa-
elaboram estudos, dissecam e põem à luz todos tos em detalhes, para melhor consubstanciar seus
os aspectos obscuros do assunto, permitindo ao argumentos e conclusões.
interessado ver e entender antes de decidir a seu
Além das aquisições de ativos imobilizados dece aos mesmos critérios do orçamento, razão
para substituição, ampliação ou melhora, que, em pela qual a elaboração dos projetos de capital é,
geral, apresentam pequenos valores, há projetos em geral, feita pelo Departamento de Orçamento,
de grande vulto, como a construção de novas fábri- sob a supervisão direta do Controller, ou do Vice-
cas, por exemplo. As decisões a tomar em relação Presidente de Finanças, ou do Diretor Financeiro.
a esses projetos são extremamente complexas. Os
dados gerados que as possibilitam são, em grande
parte, de natureza financeira. Sua elaboração obe-
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Neste capítulo, vimos que o orçamento é concentrado na área de planejamento financeiro ou con-
troladoria, que é de responsabilidade do Controller da empresa.
A área de planejamento financeiro tem a finalidade de acompanhar o processo orçamentário em
diversos setores da empresa; após a elaboração do orçamento pelas áreas, o planejamento financeiro vai
consolidar as informações para apresentação à Diretoria da empresa.
Basicamente o orçamento passa pela área comercial para projeção da venda, área produtiva ou de
produção para elaboração dos custos de produção e revenda, despesas e gastos gerais.
O mais importante para essa ferramenta gerencial dar certo dentro das organizações é a mudança
da mentalidade.
O orçamento para ser bem-sucedido deve ter o apoio da cúpula administrativa, pois sem o apoio
da direção da companhia é extremamente difícil cumprir as metas acordadas.
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4 ORÇAMENTO DE VENDAS
Em princípio, a administração das vendas o preço competitivo, seus aspectos estéticos, suas
constitui o ponto de partida do esquema orçamen- condições técnicas, a capacidade de distribuição,
tário empresarial. Sua estruturação é feita antes da de administração e de financiamento do vendedor,
formulação dos programas de produção, de com- constituem algumas limitações internas deste.
pras, de pesquisas etc. Planejar vendas significa fi- As limitações tanto no lado do comprador
xar com antecedência as quantidades físicas e os quanto no lado do vendedor são as barreiras natu-
volumes monetários correspondentes. rais que obrigam as empresas a procurar métodos
O orçamento das vendas implica uma de- de trabalho que lhes permitam maiores vendas e,
cisão voluntária por parte do empresário, em vis- consequentemente, maiores lucros. Onde há obs-
ta das circunstâncias do mercado em que este se táculos, o vendedor procura os meios cabíveis para
encontra. A previsão das vendas pode ser definida fixar uma meta de venda.
como a fixação prévia das vendas, em quantidade “Vender é querer vender”. Houve uma época
e em valor, tendo em conta as limitações impostas em que as vendas eram consideradas consequên-
à empresa e a ação desta sobre tais limitações. cia natural da produção. Um bom produto, apoia-
A ação do vendedor é geralmente dirigida do por uma equipe de vendedores entusiastas, era
pela vontade de vender mais. Acontece, porém, suficiente para assegurar o êxito.
que a possibilidade do mercado tem seus limites e Enquanto o que, quanto e a quem vender
as possibilidades internas da empresa também não eram considerados secundários. Hoje em dia, em
é infinita. A previsão de venda é, portanto, o limi- virtude das novas condições competitivas do mer-
te que o empresário julga que suas vendas podem cado, sozinhos esses elementos não garantem
atingir. O ato de venda implica a presença tanto do boas vendas.
vendedor quanto do comprador. Os limites de ven- Há na vida empresarial, realmente, lugar para
da dependem de ambos: os compradores não po- o descortino, a coragem e o entusiasmo, mas eles
dem absorver qualquer quantidade de produtos, precisam ser testados e fortalecidos nos laborató-
devido à sua capacidade econômica, e mesmo com rios estatísticos. Uma estratégia inteligente, desen-
capacidade limitada só comprariam se os preços volvida sobre mapas, e uma precisão matemática
lhe conviessem e os produtos correspondessem na fixação do ângulo de tiro da artilharia, tem mais
às suas necessidades e gostos. Esses limites são de probabilidades de mostrar eficiência em vencer
natureza externa e representam apenas um núme- uma batalha do que a coragem cega dos soldados.
ro reduzido de muitos fatores que condicionam
A estratégia criteriosa só pode ser desen-
o volume estimado das vendas. Por outro lado, a
volvida com base no conhecimento da causa das
disponibilidade de produtos para comercialização,
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No processo de planejamento das vendas, e da, programas promocionais etc. são algumas das
como ponto de partida, a empresa procura intei- bases que a empresa costuma formular em relação
rar-se das suas próprias experiências, que poderãoàs suas vendas futuras. Por outro lado, as alterações
político-econômicas fazem sentir de imediato seus
servir de indicação para maiores análises e investi-
gações. A rentabilidade, bem como outros fatores reflexos sobre a vida da empresa. As restrições go-
provenientes das vendas anteriores, é analisada vernamentais, o desenvolvimento tecnológico, a
queda da produção e o balanço de pagamentos
por divisão de produto, por território, por métodos
de vendas, por cliente, por ordem de compra etc. do país constituem alguns dos fatores que mere-
Comparar os fatores internos com as experiências cerem a atenção contínua da empresa; assim como
congêneres dos concorrentes tem muito valor para o analista econômico que escolhe os indicadores
tomar decisões relativas ao período futuro. mais úteis para cada ramo de negócios. Sua apre-
A avaliação dos fatores internos e externos ciação dos fatos econômicos, políticos e sociais é
da empresa permite determinar as diretrizes em- ponderada por seu julgamento pessoal, dando à
presariais. As decisões sobre aumentos de preços, empresa um instrumento útil para suas previsões
diversificações de produto, novos métodos de ven- macroeconômicas.
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áreas. Não só ocorre que o volume das vendas de- mentais são geralmente registrados e catalogados
termina necessidades da produção, das compras, nesse departamento. É indiscutível a utilidade do
dos investimentos etc., como também as limita- Departamento de Orçamento operar em conjunto
ções impostas a qualquer um desses setores con- com o pessoal de vendas na procura de um proces-
dicionam, por sua vez, as possibilidades de vendas. so de previsão de vendas mais adequado. Todavia,
Normalmente, portanto, as intercomunicações e o a responsabilidade por tais previsões continua a
conhecimento dos setores chaves da empresa aju- recair sobre o Gerente de Vendas, razão pela qual
dam a construir previsões de vendas mais realistas. este deve assumir a responsabilidade por toda e
Qualquer falha nesse sentido afetará, inexoravel- qualquer falha que venha a mostrar a sistemática
mente, a qualidade dessas previsões. da previsão de vendas.
Prever vendas não diz respeito apenas aos
volumes das vendas futuras, mas significa também
indicar objetivos definidos que orientem os esfor- Saiba mais
ços relativos às vendas.
A área comercial tem papel fundamental
O orçamento de vendas destina-se também
na elaboração do orçamento de receitas de
a transformar em termos quantitativos, isto é, em vendas. É através dela que a empresa tem
unidades físicas e em dinheiro, os planos de atua- uma dimensão dos volumes comercializa-
ção da empresa nesse setor. Para que tais planos dos para o próximo ano.
alcancem maior acerto, é de grande valia a assis-
tência que o Departamento de Orçamento possa
prestar ao pessoal de vendas, pois os dados funda-
Para poder-se acompanhar o movimento das g) Por combinações de venda (à vista, a pra-
vendas no período orçamentário, normalmente se zo etc.);
subdivide a previsão das vendas em unidades e em h) Por organização (filiais, departamentos
moeda. Dependendo das necessidades da admi- etc.);
nistração de vendas, o grau em que se desdobram i) Por vendedor (individual ou em grupo).
esses dados varia tanto na fase de previsão quanto
na fase do registro. Em geral, as previsões de ven-
das são constituídas em conformidade com as se-
Atenção
guintes classificações:
Para melhor aproveitamento da elaboração
do orçamento, as empresas devem contar
a) Por produto; com o apoio da área comercial, com a ajuda
b) Por território; dessa área, será possível dimensionar como
está o mercado de atuação.
c) Por canal de distribuição (revendedores,
agentes etc.);
d) Por método de venda (visita, correspon- Há casos em que as primeiras previsões de
dência etc.); vendas são englobadas, isto é, cobrindo a empre-
e) Por tipo de cliente (nacional ou estran- sa como um todo. Posteriormente, os números
geiro, industrial ou revendedor, particu- globais são desenvolvidos em detalhes, formando
lar ou Governo etc.); planos específicos de venda com base nas decisões
f) Por valor de venda; já tomadas, com relação à política de venda. Nes-
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se estágio do trabalho, devem-se ouvir as opiniões nesse estágio do desenvolvimento, o custo proje-
dos vendedores e dos gerentes de venda. tado ainda não está pronto, sendo provável tam-
Como as previsões de vendas constituem o bém que os grandes itens das despesas também se
ponto de partida para o lucro almejado pela em- encontrem em fase de elaboração. Mesmo assim,
presa, é preciso determinar vários detalhes corre- os departamentos envolvidos devem fornecer, de
latos que possibilitem calcular se os programas de grosso modo, os dados necessários para a primeira
venda darão ou não o lucro desejado. São detalhes avaliação das projeções de vendas. Os dados es-
relacionados com os itens de deduções de vendas, tatísticos do passado servem de base para muitas
do custo das vendas, e com as despesas correlatas. comparações, permitindo comparar os fatores de-
Se o lucro almejado não for alcançado nas estimati- terminantes do lucro da empresa.
vas globais, haverá necessidade de redimensionar Como a gerência de venda é responsável
as vendas projetadas, conferindo-lhes combinação pela apresentação das estimativas preliminares
de maior rentabilidade, ou de reduzir as despesas de vendas, o gerente e o staff devem participar in-
e o custo de fabricação de maneira a permitir um tensamente das alterações, remodelações e com-
nível de rentabilidade compatível com o plano de binações de vendas, projetadas para construir um
lucros, previamente traçado. plano final de vendas que sintetize as metas da em-
A incidência de impostos do tipo ICMS e IPI presa. Esse plano deve receber a aprovação direta
e das Devoluções será considerada para a deter- ou indireta do pessoal de vendas, mola mestra da
minação das vendas líquidas. Em muitos casos, realização das vendas projetadas.
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5 ORÇAMENTO DA PRODUÇÃO
Muito bem estimado(a) aluno(a), chegamos produção não possa ser considerado parte estan-
no momento em que devemos elaborar o orçamen- que do planejamento global da empresa.
to de Produção. O orçamento da produção tem raiz No processo de controle, os fatores da pro-
nas estimativas de venda. Sem venda, a produção dução são analisados sob dois aspectos: físico e
não tem sentido, já que a receita da empresa de- financeiro. O primeiro aspecto tem a finalidade de
pende dessa venda. A área de produção tem por avaliar a eficiência das operações em função da
tarefa transformar as matérias-primas em produtos quantidade do material e do tempo necessários.
acabados, adicionando a mão de obra e os GGFs O segundo expressa o custo industrial, que tem
necessários. Suas atividades procuram colocar o relação íntima com as contas de Lucros e Perdas
produto final em melhores condições, para que a e de Balanço. Devido aos princípios intrínsecos de
venda do mesmo apresente o resultado almejado. organização, a área fabril tem melhores condições
No planejamento da produção, o gerente da fábri- para seu controle do que qualquer outra. A razão
ca pode sugerir modificações no plano de vendas, é que em outras áreas, como a das vendas e a das
como a combinação de vários produtos da mesma finanças, a empresa mantém muitas relações com
linha, a mistura das cores, dos tamanhos etc., seja terceiros, cujos temperamentos e caprichos esca-
para o melhor aproveitamento das máquinas e/ou pam ao seu controle efetivo. Ao contrário, a área
dos tipos de mão de obra, seja para a melhor absor- fabril é mais compacta e homogênea no tocante à
ção dos GGFs, visando a um só alvo: baixar o custo obediência às normas estabelecidas e à hierarquia
do produto e, ao mesmo tempo, alimentar as ven- interna.
das, com produtos acabados, no momento certo e
na quantidade desejada.
Do ponto de vista financeiro, o aumento ou
a redução da escala de produção acarreta maior
ou menor necessidade de recursos. O fluxo de cai-
xa recebe o impacto imediato das alterações fei-
tas na produção, pois, às vezes, os operários são
pagos em base mensal ou semanal, e, às vezes, as
matérias-primas e os bens de produção são pagos
antes da venda dos produtos acabados. Essa inter-
-relação das atividades de produção com as áreas
de vendas e finanças faz com que o orçamento da
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Determinada a quantidade a produzir, con- tação dos empregados, muitas empresas têm pro-
vém analisar sua composição e sincronização, curado usar a escala de produção como meio regu-
visando à rentabilidade máxima. Apesar de de- lador. Isso consiste principalmente em aumentar o
terminado o montante global dos produtos a ma- estoque durante a época de poucas vendas, para
nufaturar, cabe ao gerente da fábrica determinar suprir as grandes demandas durante as estações. O
em que época serão elaborados tais produtos e em princípio é de fácil entendimento, mas a prática é
que quantidade. Essa tarefa não é fácil, pois exige mais complexa devido ao custo extra que envolve,
conhecimentos acurados das causas e efeitos de
conforme referimos.
vários fatores que influem na produção. A princí-
pio, toda programação de produção deve primeiro Outras empresas procuram diversificar seus
levar em consideração a capacidade fabril existen- produtos, intercalando, nos períodos de entressa-
te e seu uso na forma mais eficiente e mais econô- fra, artigos de natureza não estacional, ou de es-
mica. tação contrária. Mais complicadas são as progra-
A alternativa entre a aquisição de novos equi- mações de produção das indústrias que fabricam
pamentos para enfrentar maior volume de vendas grandes variedades de produtos, ou muitos tipos
e a subcontratação de uma parte ou de um estágio do mesmo produto, como as de linhas de costura,
da fabricação é ponderada em termos da renta- de produtos eletrônicos e materiais de embala-
bilidade final. Se a tendência favorável às vendas gem, por exemplo. Às vezes, a mudança de tipos
perdurar por longo prazo, talvez a aquisição cons- significa a paralisação total da linha de produção
titua boa solução; na outra hipótese, o aumento em movimento. Haverá necessidade de reajuste de
dos turnos diários de trabalho, ou a contratação máquinas, de troca de componentes ou peças, de
de serviços de terceiros, podem solucionar o pro- limpeza, para não se misturarem cores ou materiais
blema temporário da produção. Há casos em que diferentes etc. Cada interrupção destas constitui
se adquirem novos equipamentos para suprir uma uma queda na produtividade e, consequentemen-
tendência momentânea. Passada a fase crítica, tais te, um custo a mais.
equipamentos ficam ociosos, onerando o custo Normalmente a produção dá origem às com-
médio da produção devido à carga adicional de pras. Às vezes, porém, devido às condições dos
depreciação e ao custo de sua manutenção. preços, as vantagens de uma compra em grande
No planejamento da produção, outros fato- quantidade compensam o custo operacional e as
res devem ser considerados, como a disponibilida- despesas financeiras extras resultantes do maior
de do espaço para a estocagem e as medidas de investimento nesse item do ativo.
segurança para o armazenamento dos produtos A disponibilidade de recursos internos tam-
acabados, que podem ser volumosos e sujeitos à bém tem atuação direta sobre a programação da
fácil deterioração ou furto. Com frequência, as in-produção. Maior produção significa maior gasto
dústrias de produtos sazonais enfrentam proble- em mão de obra, em despesas gerais e em maté-
mas de ordem trabalhista em consequência do alto rias-primas. Alguns desses gastos são de necessi-
índice de rotação dos empregados. dade imediata ou quase imediata, como a folha de
Nas indústrias de vendas estacionais, a ins- pagamento, as despesas de manutenção, os im-
tabilidade dos empregados vira quase fato con- postos e taxas, e tantos outros. A sincronização da
sumado. Essa instabilidade se torna um tanto produção com a disponibilidade de caixa é de vital
onerosa para o empregador e de certa forma hu- importância para as empresas que têm recursos
milhante para os empregados. Para combater as próprios limitados.
consequências desagradáveis do alto índice de ro-
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O controle da produção engloba dois aspec- exemplo, averigua o refugo ocorrido em sua área
tos: físico e financeiro. e prepara um relatório sobre o fato, para conheci-
Para controlar, a administração recorre à téc- mento dos supervisores. Da mesma forma, a Seção
nica da delegação de poderes. O gerente da fábrica de Fundição relata as horas inativas ocorridas no
tem um staff composto de supervisores, cada um seu setor, para conhecimento do gerente da fábri-
com responsabilidade e autoridade definidas em ca. Além de levar ao conhecimento dos responsá-
relação a determinado setor da fábrica. A pirâmide veis os fatores negativos da produção, esses relató-
hierárquica na área de manufatura é estabelecida rios ainda indicam que medidas corretivas devem
de forma rígida, mas permite a necessária flexibili- ser adotadas quando os desvios estiverem acima
dade de ação entre todos os setores; o aspecto físi- do limite normal. Do ponto de vista financeiro, a
co do controle da produção requer aquele cuidado produção é controlada em termos de custo indus-
exercido em todas as fases da produção, para que trial. Todo refugo e toda hora improdutiva são re-
não ocorram desvios, roubos ou usos excessivos de gistrados e convertidos em moeda. Seu efeito po-
materiais ou de mão de obra. Cada fase produtiva derá ser devidamente ponderado no conjunto do
é analisada e cronometrada, e tem um padrão esta- custo global do produto.
belecido como meta de realização.
Geralmente, o controle físico é coordenado
dentro de cada setor; a Seção de Montagem, por
Nenhum orçamento empresarial é completo de custo padrão, que está tendo franca utilização
sem orçamento do custo fabril. Em muitos casos, o nas empresas industriais. A finalidade principal do
custo dos produtos vendidos representa 50%, 60% custo padrão é fornecer dados necessários sobre
e até 70% das vendas líquidas, sendo evidente, a evolução do custo fabril, com todos os detalhes
pois, a grande importância do assunto. É comum necessários para que a administração empresarial
pensar-se que o custo industrial tem natureza his- possa visualizar os pontos de deficiência por fato-
tórica, sendo capaz de apresentar apenas dados res responsáveis; com isso, a empresa tem maior
referentes a períodos passados. Embora o conhe- possibilidade de melhora, visando a um custo mais
cimento desses dados seja de grande importância favorável.
para a administração, sua utilidade é limitada. Nes- As características fundamentais para averi-
se caso, qualquer deficiência existente na estrutura guação do custo são: a comparabilidade entre os
operacional só se revelará ao fim do exercício do períodos e entre o real e o exequível. Para a primei-
balanço, mensal ou anual, pois não há possibilida- ra finalidade, aplica-se o conceito do custeio por
de de, antes do encerramento, detectar possíveis taxas predeterminadas; para a segunda finalidade,
falhas por áreas de responsabilidade para correção. desenvolveu-se o conceito de custo padrão.
Às vezes, a falta de conhecimento em tempo opor-
tuno acarreta grandes prejuízos às empresas.
Para evitar essas deficiências na estrutu-
ra do custo industrial, desenvolveu-se o sistema
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Orçamento Empresarial
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Saiba mais
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ORÇAMENTO DAS DESPESAS DE
6 DISTRIBUIÇÃO E ADMINISTRATIVAS
Geralmente, as despesas decorrentes da dis- perfeitamente aptos para acatar ordens ou orien-
tribuição são dividas em: tações superiores. O tratamento já é diferente na
área de distribuição, pois se processa de pessoa
a) Despesas de venda; para pessoa – caso do vendedor e do cliente, cada
b) Despesas de propaganda e promoção de um com seu julgamento, sua opinião e seus capri-
venda; chos. Não há regulamentos ou normas fixas para
todos os casos. Daí ocorrer maior flexibilidade na
c) Despesas de embarque e depósito.
atividade distribuidora. Por conseguinte, o contro-
le do custo da distribuição não pode ter a mesma
Faz-se essa divisão quando as dimensões dos rigidez do controle do custo industrial.
negócios da empresa a justificam. Nas empresas de Em terceiro lugar, dos itens de despesa co-
porte médio ou pequeno, há um único responsável muns a todos os departamentos da empresa, cada
pela distribuição. Quando o movimento é grande, setor da área de distribuição possui alguns itens de
cada setor tem um gerente com responsabilidade característica específica, como as comissões sobre
e autoridade definidas. as vendas, por exemplo, que pertencem ao Depar-
Planejar as despesas de distribuição é tarefa tamento de Vendas, e as despesas de frete, que são
muito mais complexa do que planejar o custo fa- próprias do Departamento de Embarque. Essas pe-
bril, por diversos motivos. culiaridades tornam mais complexa a sistemática
Em primeiro lugar, verifica-se certa tendência do planejamento e controle das despesas de dis-
à simplificação dos processos de produção e, con- tribuição.
sequentemente, ao barateamento do custo de ma- O quarto motivo refere-se aos canais de ven-
nufatura dos produtos, em virtude dos contínuos da. Para fazer frente às circunstâncias, na maior
avanços tecnológicos; enquanto para o custo da parte delas motivada pelo impacto do lançamento
distribuição desses produtos a tendência é inversa,de produtos novos e da concorrência cada dia mais
especialmente em relação às despesas que visam à ativa, deve a empresa repensar constantemente
neutralização das forças concorrentes e à consecu- seus métodos e canais de venda. Isso faz com que
ção de um volume de vendas adequado. a estrutura do custo de distribuição sofra frequen-
Em segundo lugar, do ponto de vista psicoló- tes modificações, o que às vezes significa um novo
gico, o controle do custo fabril obedece a um con- planejamento e um sistema de controle completa-
junto de regras fixas e previamente estabelecidas, mente diferente.
regras essas que valem tanto para os dirigentes Na área de distribuição, além dos itens de
quanto para os empregados, estando os últimos despesa comuns a todos os centros de custo, como
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Um dos princípios fundamentais para o pla- específicas. Geralmente, o planejamento das des-
nejamento e controle das despesas administrativas pesas administrativas tem três pontos vulneráveis:
é a departamentalização. Pela natureza de suas As despesas extras, não prontamente identi-
funções, cada um dos departamentos administrati- ficáveis;
vos oferece assistência às demais áreas da empresa. A manutenção da proporcionalidade entre as
O custo administrativo é contabilizado em despesas e as vendas;
separado. No fim do período contábil, as despesas A identificação das despesas a ratear entre as
são rateadas pelas divisões de produtos, em função divisões ou linhas de produtos.
do montante dos serviços prestados. A finalidade
Com referência ao primeiro ponto, vários
principal de manter em separado as despesas por
itens de despesas administrativas não podem ser
departamento é outorgar a cada gerente plena au-
medidos, por falta de comprovantes. Mesmo com
toridade e responsabilidade, para cuidar dos assun-
comprovantes ou documentação hábil, nem sem-
tos internos do seu departamento; que é um fator
pre há meio de avaliação firme da razoabilidade de
psicológico importante para o sistema de controle
tais despesas. Tomemos como exemplo as despe-
orçamentário, já discutido.
sas com contratos de serviços profissionais exter-
A maior parcela das despesas administrati- nos, viagens, despesas de transporte etc.
vas se refere, geralmente, aos salários e encargos
Manter a proporção entre as despesas admi-
sociais. O Departamento Jurídico e o de Auditoria
nistrativas e as vendas é uma das tarefas mais difí-
se utilizam de serviços externos, os quais, às vezes,
ceis. Nos períodos de redução drástica das vendas,
representam despesas vultosas que fazem parte da
a diminuição proporcional das despesas é um alvo
conta de Serviços Contratados. Com exceção des-
quase impossível de atingir, pois muitos itens das
ses poucos itens de despesas específicas, a quase
despesas são de natureza fixa. Mesmo assim, ob-
totalidade das demais é idêntica para todos os de-
servando queda contínua de suas vendas, a empre-
partamentos administrativos. Para facilitar a conso-
sa pode não dispor de outros meios, para sobrevi-
lidação das despesas por sua natureza, aconselha-
ver, que não seja o corte das despesas internas.
-se estabelecer uma série única de contas para toda
a empresa, com dispositivos aplicáveis às despesas A avaliação do resultado financeiro dos diver-
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sos produtos da mesma empresa requer que cada relações são estabelecidas. Não basta traçar uma
um assuma sua justa parte das despesas efetuadas. linha de autoridade genérica para a empresa. É ne-
Como a estrutura administrativa engloba funções cessário que o esquema organizacional cubra tanto
diversas, cujos serviços têm efeito genérico dentro a cúpula como o escalão mais abaixo da hierarquia
da organização, a base de rateio constituirá sempre empresarial, com todos os detalhes pertinentes às
uma estimativa, por melhor que seja. É o caso que suas responsabilidades e autoridades.
ocorre, por exemplo, com o salário dos executivos, Além de definir as responsabilidades e au-
que trabalham ao mesmo tempo para muitas divi- toridades, para manter a proporcionalidade entre
sões de produtos da empresa. Nesses casos, preva- a despesa e a receita, precisa-se determinar o nú-
lece o “bom senso”. mero dos funcionários estritamente necessários a
Em vista das características inerentes a tais cada setor. Muitas empresas procuram ter, de iní-
despesas, seu controle depende principalmente cio, uma organização reduzida, em termos de ele-
do fator organização. Por organização entende-se mentos humanos. Aumentar o número dos funcio-
o processo pelo qual os recursos são utilizados: as nários à medida das necessidades é sempre mais
responsabilidades e autoridades são definidas e as suave do que reduzi-los por falta de serviço.
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Muito bem caro(a) aluno(a), a projeção das despesas pode ser divida em três categorias: despesas
administrativas/gerais, despesas comerciais e despesas financeiras.
Nas despesas administrativas/gerais, podemos considerar salários da equipe de recursos humanos,
salários da equipe da contabilidade, salários das áreas administrativas, salários e remunerações dos só-
cios, aluguel, serviços de limpeza, material de escritório, entre outros.
As despesas comerciais devem conter todos os gastos da área comercial; entre eles, os salários de
diretor comercial, gerentes, vendedores, comissão de vendedores, gastos com área de marketing, propa-
ganda, publicidade, anúncio de televisão, anúncio em rádio, panfletos, entre outros.
As despesas financeiras devem ser elaboradas com base nos juros passivos; esses juros são ba-
seados nos empréstimos captados pela empresa, ou seja, esse empréstimo gera um montante que será
lançado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) via despesa financeira, trazendo assim um
benefício para a empresa. Esse benefício é a redução do resultado base para calcular o imposto de renda
e a contribuição social.
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O ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS E
7 ORÇAMENTO DE CAIXA
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Orçamento Empresarial
Econômicos Patrimoniais
Recebimentos
Saiba mais
Desembolsos
As contas do grupo Econômico podem ser
Captação de recursos localizadas na DRE, Financeiras no caixa e
Patrimonial são contas do Balanço da em-
presa.
Aplicação financeira de recursos
Através dessa peça, a administração anteverá adequação do plano estratégico adotado em rela-
a situação econômica e financeira da empresa ao ção aos objetivos estabelecidos. Essa peça é decor-
final do período orçado, podendo, através de téc- rente do saldo encontrado em cada componente
nica de análises e comparações, avaliar o grau de patrimonial das peças anteriores.
Econômicos Financeiros
Estoques. Disponibilidades.
Despesas pagas antecipadamente. Contas a receber em geral.
Ativo permanente. Contas a pagar em geral.
Patrimônio líquido.
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Todas as receitas e despesas geradas em cada Essa projeção permitirá a análise e a avalia-
peça orçamentária serão reunidas nessa peça, cujo ção dos resultados que serão alcançados através
resultado fornecerá à administração uma projeção do plano estratégico desenvolvido e sua adequa-
do resultado que será obtido com o desenvolvi- ção em relação aos objetivos estabelecidos.
mento das atividades orçadas.
Estimado(a) aluno(a), estamos chegando ao final do processo orçamentário, nesta etapa do proces-
so devemos elaborar o orçamento de investimento. O orçamento de investimento é elaborado a partir
das expectativas da empresa em ampliar o seu negócio, modernizar o seu parque fabril, criar novas áreas
corporativas, entre outras.
O orçamento de investimento costuma apresentar um retorno maior que o prazo do orçamento
anual (12 meses), pois geralmente os valores investidos nesse processo são valores elevados em que o
retorno financeiro se dá nos anos subsequentes.
O orçamento de caixa é o reflexo do orçamento econômico (orçamento de receita, custos e des-
pesas), pois ele deve considerar as entradas e saídas de caixa quando realmente ela ocorrerá, ou seja,
respeitando os prazos de recebimentos e pagamentos.
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Com isso será necessário verificar os saldos do caixa, caso haja excesso no caixa os valores devem
ser programados para aplicação e não deixar o saldo em excesso parado.
O mesmo deve ser feito quando ocorre a escassez no caixa, mas nesse caso deve ser programada a
cobertura desse caixa, ou seja, captar empréstimos bancários para cobertura dos valores e saldos nega-
tivos do caixa.
Para finalizar esse processo, projetamos as demonstrações de fluxo de caixa, demonstração de re-
sultado do exercício e as contas do balanço patrimonial.
3. Quais os dois métodos de orçamento de caixa? Explique cada um deles. Como deve ser o pe-
ríodo de revisão orçamentária?
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8 O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
8.1 Definição
Caro(a) aluno(a) somente o planejamento nos custos invalida todas as premissas que foram
não assegura a realização dos planos; também é estabelecidas no planejamento orçamentário. Des-
necessário que existam controle. Portanto fique se modo, deve ser conferida maior importância às
atento(a)! últimas projeções e às análises das mudanças que
Esse processo de controle exige que sejam estão ocorrendo, para que o orçamento seja efeti-
estabelecidos padrões de desempenho, que atua- vo para o planejamento e controle.
rão como guias para a realização bem-sucedida do Uma vez que tenham sido estabelecidos
planejamento orçamentário. procedimentos projetados efetivos, a comparação
Efetivamente, o orçamento anual é subdivi- significativa não é mais entre custos reais e plane-
dido em pequenos períodos para propósitos de jados, mas entre projeções como as seguintes:
controle – em meses e semanas. Os custos incorri-
dos, nesse período orçamentário, são comparados 1. Última projeção versus orçamento pre-
com os custos reais, para que as razões dos desvios visto. Essa comparação leva às seguintes
sejam estabelecidas e ações conetivas sejam de- questões:
senvolvidas, quando necessárias. a) Por que a projeção mudou?
b) Como a última projeção afeta o fluxo
de caixa líquido?
Atenção
c) Qual deve ser a ação a ser desenvolvi-
O controle orçamentário auxilia a empresa a da para melhorar a situação?
identificar distorções e anomalias no resulta-
do durante o ano. 2. Desempenho real versus orçamento
previsto. Essa comparação leva às
seguintes questões:
Da mesma forma, como no planejamento or-
a) O orçamento previsto era efetivo à
çamentário, o controle origina-se também no pla-
luz dos eventos identificados no mo-
nejamento de longo prazo. A revisão orçamentária,
mento atual?
contínua e progressiva, indica a profundidade na
qual a organização está seguindo em busca do seu b) Se não, onde e por que está errado?
planejamento de longo prazo. c) Os erros na previsão são devidos a
As condições inflacionárias trazem graves li- excessivo pessimismo ou otimismo?
mitações ao planejamento orçamentário e sistema Como podemos corrigir esses erros?
de controle. O fenômeno das rápidas mudanças
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GOVERNANÇA CORPORATIVA E
9 SARBANES-OXLEY ACT
É um conjunto de práticas estabelecidas en- O mercado está se tornando cada vez mais
tre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administra- seletivo. A não adoção significará, num futuro pró-
ção, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho ximo, a perda das oportunidades de captação de
Fiscal, com a finalidade de aperfeiçoar o desempe- recursos.
nho da empresa e facilitar o acesso ao capital.
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vos de emissão da companhia por parte mos que favoreçam a dispersão do capi-
dos acionistas controladores. tal.
Manutenção em circulação de uma par-
cela mínima de ações, representando Todas as regras estão consolidadas no Regu-
25% (vinte e cinco por cento) do capital lamento de Práticas Diferenciadas de Governança
social da companhia. Corporativa Nível 1 (BOVESPA, 2008a).
Quando da realização de distribuições
públicas de ações, adoção de mecanis-
Quadro 2 – Empresas de Nível 1.
Razão Social Nome de Pregão
ARACRUZ CELULOSE S.A. ARACRUZ
ARCELOR BRASIL S.A. ARCELOR BR
BCO BRADESCO S.A. BRADESCO
BCO ITAU HOLDING FINANCEIRA S.A. ITAUBANCO
BRADESPAR S.A. BRADESPAR
BRASIL TELECOM PARTICIPAÇÕES S.A. BRASIL T PAR
BRASIL TELECOM S.A. BRASIL TELEC
BRASKEM S.A. BRASKEM
CENTRAIS ELET BRAS S.A. - ELETROBRAS ELETROBRAS
CESP - CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO CESP
CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO P.ACUCAR-CBD
CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG CEMIG
CIA FIACAO TECIDOS CEDRO CACHOEIRA CEDRO
CIA HERING CIA HERING
CIA TRANSMISSÃO ENERGIA ELET PAULISTA TRAN PAULIST
CIA VALE DO RIO DOCE VALE R DOCE
CONFAB INDUSTRIAL S.A. CONFAB
DURATEX S.A. DURATEX
FRAS-LE S.A. FRAS-LE
GERDAU S.A. GERDAU
IOCHPE MAXION S.A. IOCHP-MAXION
ITAUSA INVESTIMENTOS ITAU S.A. ITAUSA
KLABIN S.A. KLABIN S/A
MANGELS INDUSTRIAL S.A. MANGELS INDL
METALURGICA GERDAU S.A. GERDAU MET
RANDON S.A. IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES RANDON PART
S.A. FABRICA DE PRODS ALIMENTÍCIOS VIGOR VIGOR
SADIA S.A. SADIA S/A
SÃO PAULO ALPARGATAS S.A. ALPARGATAS
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. SUZANO PAPEL
ULTRAPAR PARTICIPACOES S.A. ULTRAPAR
UNIBANCO HOLDINGS S.A. UNIBANCO HLD
UNIBANCO UNIAO DE BCOS BRASILEIROS S.A. UNIBANCO
UNIPAR UNIAO DE IND PETROQ S.A. UNIPAR
VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S.A. VCP
WEG S.A. WEG
Fonte: Bovespa (2008a).
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Orçamento Empresarial
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Dicionário
Paul Sarbanes e Michael Oxley (Lei SOX)
Sarbanes-Oxley Act é uma lei americana que tem
o objetivo de dar proteção aos investidores.
Lei americana, assinada em 30 de julho de
2002, pelos senadores Paul Sarbanes (Democra-
ta de Maryland) e Michael Oxley (Republicano de Resumidamente:
Ohio), e sancionada em seguida pelo presidente
George W. Bush, em decorrência dos escândalos Principal item: artigo 404 – O CEO deve escre-
envolvendo algumas das maiores corporações do ver que se responsabiliza pelos números apresen-
mundo. tados nos últimos 90 dias.
A Lei Sarbanes-Oxley, como foi chamada, A Lei Sarbanes-Oxley foi instituída nos Esta-
foi apelidada carinhosamente de Sarbox ou ainda dos Unidos, em 2002, com o objetivo de proteger
de SOX. Seu conjunto busca garantir a criação de os interesses de investidores e consumidores de
mecanismos de auditoria e segurança confiáveis produtos fabricados por empresas com ações na
nas empresas, incluindo ainda regras para a cria- Bolsa de Nova York. Mas promete aplicar-se, igual-
ção de comitês e comissões encarregadas de su- mente, às companhias de outros países que nego-
pervisionar suas atividades e operações de modo ciam papéis.
a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência
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mações. Isso vai ao encontro do que ocorreu na No Brasil, como seria de se esperar, a maioria
economia e no mundo em 2001. dos conselheiros não é independente e mecanis-
Essas lições que surgem dos escândalos mos- mos que poderiam ser usados para instalar esses
tram que os incentivos são importantes, as forças conselheiros não são usados. Resultados de pes-
do mercado funcionam, mas, se tiverem incentivos quisas recentes nos Estados Unidos sugerem que
errados ou distorcidos, essas forças do mercado as empresas que apresentam desempenho ruim
podem levar não à criação de riqueza, mas a difi- tendem a ter aumento no número de conselheiros
culdades no desempenho econômico. independentes, mas, surpreendentemente, em-
Os incentivos fortes das opções de ações presas com mais conselheiros independentes não
(stock options, bônus de desempenho baseados na apresentam desempenhos diferentes das demais.
performance das empresas nas bolsas) com siste- A seguir, apresentamos alguns escândalos fi-
mas de contabilidade errados ou manipulados le- nanceiros ocorridos no cenário mundial.
varam à falta de informação, e há incentivos que
levaram em parte à má informação distribuída e à Enron
má alocação e desvios dos recursos.
Era mais fácil para os executivos tornarem-se
No dia 2 de dezembro de 2001, a Enron, sé-
mais caros e ricos e fazerem mais dinheiro melho-
tima maior empresa dos Estados Unidos e uma
rando o seu balanço do que fazendo investimentos
das maiores companhias do setor de energia do
reais que melhorariam o desempenho da compa-
mundo, com negócios em mais de 40 países, pediu
nhia em longo prazo.
concordata. Após dez dias, o Congresso americano
Eles tinham em mente fazer mais dinheiro iniciou uma análise sobre a quebra do grupo, que
nos próximos anos, manipulando seus balanços, e apresentava em seu balanço uma dívida de US$ 22
poderiam estar fora da empresa e/ou do mercado bilhões de dólares.
financeiro antes de essas opções serem descober-
No Brasil, na mesma época, a organização
tas.
tinha participações no Gasoduto Brasil-Bolívia, na
Atualmente, esse assunto já está regulado
Usina Termoelétrica de Cuiabá, na Eletrobolt, na
pela CVM. A Instrução nº 308/1999 da CVM, que
Gaspart, na CEG/CEGRio e na Elektro Eletricidade e
proíbe os auditores de companhias abertas de
Serviços.
prestarem uma série de serviços de consultoria, en-
O economista Kenneth Lay fundou em 1984
trou muito bem no Brasil, tanto que agora nos Es-
a Enron, localizada em Houston, no Texas; foi uma
tados Unidos os auditores também são proibidos
das maiores empresas beneficiadas pela desregu-
de prestar esses serviços, isto é, todos os trabalhos
lamentação do mercado de energia dos Estados
ligados à contabilidade, à gestão financeira e à ges-
Unidos e pela alta de preços em 2000, quando o
tão de recursos humanos. A única que ficou foi a
custo de energia no mercado atacadista americano
assessoria tributária, mas ainda assim sujeita a uma
subiu de US$ 32 para US$ 317 dólares.
reavaliação oportuna pela CVM.
O conflito de administração é percebido Sempre houve falta de divulgação das infor-
como um dos meios para implementar Melhores mações financeiras sobre a companhia; essa práti-
Práticas de Governança Corporativa, sendo uma ca era difundida pelo próprio Lay, então presidente
das prescrições de todos os manuais de boas prá- da Enron, junto aos funcionários. Isso não atrapa-
ticas que o conselho tenha alguns conselheiros in- lhava o mercado americano, porque suas ações se
dependentes. traduziam em lucro. Detentora de um faturamento
anual de US$ 100 bilhões de dólares, a Enron valia
A Bolsa de Nova York passou a exigir que as
US$ 64 bilhões de dólares em janeiro de 2001.
empresas que negociam por lá tenham a maioria
dos conselheiros caracterizados como indepen- Uma das maiores companhias de auditoria
dentes e procurou definir o que seria essa indepen- e consultoria do mundo, a Arthur Andersen, era a
dência. responsável por conferir a contabilidade da Enron.
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Durante o processo de falência da Enron, a Arthur 500 mil por obstrução da Justiça no caso Enron.
Andersen foi arrolada pelo Departamento de Jus- Essa é a sentença máxima para a acusação; no caso
tiça norte-americano depois de ficar provado que da condenação, é um gesto simbólico, já que a em-
havia autorizado a destruição de papéis referentes presa encerrou suas atividades em agosto de 2002,
aos contratos de parcerias em prestações de servi- e, como a condenação se refere à companhia, nin-
ços, usados pelo grupo para esconder as dívidas e guém foi para a prisão; entretanto, a Arthur Ander-
inflar os lucros. Assim, se inicia o maior escândalo sen, dos Estados Unidos, ainda mantém uma estru-
financeiro na história recente dos Estados Unidos, tura operacional mínima para resolver centenas de
que teve repercussão mundial. processos; foi obrigada a pagar a multa, e um de
seus funcionários tem comparecido regularmente
WorldCom perante a Justiça, como numa liberdade condicio-
nal.
Em julho de 2002, conforme divulgado pela
A segunda maior operadora americana de te-
imprensa, também uma grande empresa de au-
lecomunicações a longa distância e a primeira ope-
ditoria independente nos Estados Unidos pagou
radora mundial em serviços de Internet, a World-
multa de US$ 5 milhões à SEC por ter violado as
Com representava no final dos anos de 1990 uma
normas de independência de auditoria, ao forne-
empresa símbolo da euforia americana.
cer serviços de consultoria financeira por tarifas
Da mesma forma que a Enron, a WorldCom que variavam conforme o sucesso das transações
foi cobiçada pelos investidores que, de meados de alcançadas pelos clientes.
1998 à metade de 1999, multiplicaram por seis a
sua cotação. Assim como Kenneth Lay, CEO da En-
ron, Bernard Ebbers, CEO da WorldCom era tam- Xerox
bém considerado um gênio dos negócios.
Assim como a Enron, a WorldCom teve uma Depois do escândalo da WoridGom, a Xerox
ascensão tão rápida quanto a sua queda, uma dí- dos Estados Unidos admitiu em junho de 2002 ter
vida de US$ 41 bilhões e a descoberta de desvios inflado seu faturamento em US$ 1,9 bilhão nos úl-
contábeis de aproximadamente US$ 4 bilhões para timos cinco anos, contabilizando de uma única vez
esconder suas perdas, o que originou outro escân- vendas de equipamentos que seriam pagos em
dalo. longo prazo. A empresa encaminhou à SEC seu re-
latório revisado para o exercício de 2001.
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Orçamento Empresarial
Saiba mais
Em 2005 foi filmado nos EUA um filme chamado As loucuras de Dick e Jane, nesta comédia eles retra-
tam fatos que ocorreram durante o processo de fraude das empresas Eron, WorldCom e Arthur Ander-
sen. Ao final do filme (créditos finais) ocorre o agradecimento a alguns ex-funcionários pelas informa-
ções que foram gravadas nesse filme.
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
Capítulo 2
1. O orçamento de vendas é o primeiro item a ser elaborado, pois é através dele que será possí-
vel identificar os valores que a empresa terá para investir.
2. O orçamento necessita muito das informações dos índices econômicos, pois é através deles
que ocorrerão os reajustes de preços no orçamento.
Capítulo 3
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para todos os males e supondo que sua aplicação dispensa a atuação dos administradores. Em
terceiro lugar, a aplicação do sistema orçamentário é prejudicada pela atitude preconcebida
de muitos homens de empresa.
4. Estrutura organizacional inadequada; sistema ineficaz de registro contábil; falta de um siste-
ma de controle de custos definido; falta de apoio efetivo da cúpula administrativa; e expecta-
tiva grande demais em relação ao novo processo de trabalho.
5. Elaborar análise de ambiente interno e externo; projetar as vendas; elaborar o orçamento eco-
nômico (despesas e custos); elaborar o orçamento de investimento; elaborar o orçamento de
caixa; e fazer o acompanhamento orçamentário.
6. O orçamento de pessoal deve ser elaborado para saber se a Mão de Obra operacional será
suficiente para produzir as unidades necessárias para vendas ou se a empresa vai trabalhar
com hora extra.
7. Não, as empresas brasileiras não elaboravam o orçamento na década de 80, o que se deve ao
fato de a taxa alta de juros inviabilizar o orçamento em qualquer empresa.
Capítulo 4
1. Nesta atividade você deve considerar o aumento de preço a partir do mês de maio e alterar o
volume (sazonalidade) nos meses de outubro, novembro e dezembro.
Para chegar no valor de R$ 150.000, consideramos 1.000 unidades e multiplicamos pelo preço
R$ 150,00 = R$ 150.000.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Volume 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 2.500 2.500 2.500
Preço R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00 R$ 225,00
Receita de Vendas R$ 150.000 R$ 150.000 R$ 150.000 R$ 150.000 R$ 225.000 R$ 225.000 R$ 225.000 R$ 225.000 R$ 225.000 R$ 562.500 R$ 562.500 R$ 562.500
Capítulo 5
1. Nesta atividade você deve separar os custos de produção e mão de obra direta, efetuar os
devidos reajustes e somar os totais.
Para fazer o cálculo deste exercício utilizando como base o mês de janeiro, faça:
Matéria-Prima A = 1.000 unidades x 3 kg x R$ 1,50 = R$ 4.500.
Matéria-Prima B = 1.000 unidades x 2 kg x R$ 2,45.
Parafusos = 1.000 unidades x 10 parafusos (por peça) x R$ 0,90 = R$ 9.000.
MO Acabamento = 1.000 unidades x 3 horas x R$ 8,72 = R$ 26.160.
MO Montador = 1.000 unidades x 2 horas x R$ 10,15 = R$ 20.300.
MO Qualidade = 1.000 unidades x 1 hora x R$ 16,10 = R$ 16.100.
Custo de Produção de Janeiro = R$ 4.500 + R$ 4.900 + R$ 9.000 + R$ 26.160 + R$ 20.300 +
R$ 16.100 = R$ 80.960.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Matéria Prima A R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.500 R$ 4.950 R$ 4.950 R$ 12.375 R$ 12.375 R$ 12.375
Matéria Prima B R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 4.900 R$ 5.390 R$ 5.390 R$ 13.475 R$ 13.475 R$ 13.475
Parafusos R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 9.000 R$ 22.500 R$ 22.500 R$ 22.500
MO Acabamento R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 26.160 R$ 27.468 R$ 68.670 R$ 68.670 R$ 68.670
MO Montador R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 20.300 R$ 21.315 R$ 53.288 R$ 53.288 R$ 53.288
MO Qualidade R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.100 R$ 16.905 R$ 42.263 R$ 42.263 R$ 42.263
Custo de Produção R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 80.960 R$ 81.900 R$ 85.028 R$ 212.570 R$ 212.570 R$ 212.570
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Orçamento Empresarial
Capítulo 6
1. O sistema contábil deve ser estruturado de modo que seja possível analisar e ter um histórico
dos gastos de outros anos.
2. A revisão orçamentária pode ocorrer a cada 3 meses ou uma vez por ano, dependendo da
estrutura e do controle da empresa.
3. A comissão do orçamento tem a responsabilidade de auxiliar as diversas áreas na elaboração
do orçamento.
4. O departamento do orçamento tem a responsabilidade de acompanhar e consolidar o orça-
mento dos diversos setores/áreas.
5. Vendas por território, região, produto, canal de distribuição, unidade de negócio etc.
6. Sempre devemos considerar o orçamento de vendas, pois através dele será possível elaborar
a estimativa de custos de produção. Sem a venda não é possível elaborar a quantidade de
matéria-prima, mão de obra etc.
7. Podemos dividir basicamente entre despesas administrativas, despesas comerciais e despesas
financeiras.
8. A melhor forma para controlar é a departamentalização das despesas administrativas.
Capítulo 7
Capítulo 8
1. O controle orçamentário deve ser feito mensalmente através de relatórios gerenciais que
abordem e apontem as variações de cada conta com realizado e orçado.
2. O acompanhamento orçamentário auxilia a empresa em sua tomada de decisão, com isso é
possível a empresa conhecer suas variações ou o que está acontecendo fora de seu planeja-
mento.
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Capítulo 9
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REFERÊNCIAS
BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO (BOVESPA). Nível 1. São Paulo: Bovespa, 2008a. Disponível em:
<http://www.bmfbovespa.com.br/Pdf/RegulamentoNivel1.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2010.
______. Novo mercado. São Paulo: Bovespa, 2008c. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/
Pdf/RegulamentoNMercado.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2010.
HOJI, M. Administração financeira uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2007.
PORTER, M. E. Como as forças competitivas moldam a estratégia. In: MONTGOMERY, C. A.; PORTER, M. E.
Estratégia: a busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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GLOSSÁRIO
CEO – Chief Executive Officer (Chefe do setor executivo, em português), é um termo anglo-saxão para
designar a pessoa com a mais alta responsabilidade ou autoridade em uma organização ou corporação.
Apesar de ser teoricamente possível haver mais de um CEO em uma empresa, geralmente o posto
é ocupado por somente um indivíduo, temendo-se que tal compromisso crie confusão dentro da
organização sobre quem tem o poder de decisão. Todos os outros executivos prestam contas ao CEO.
CFO – Chefe do Setor Financeiro é o responsável pela administração dos riscos financeiros de um
negócio. Esse executivo é também responsável pelo planejamento financeiro da empresa. Tecnicamente
o CEO (Chief Executive Officer) é o seu superior, mas na prática quem manda no dinheiro manda na
empresa.
CIO – Chief Information Officer é um título de cargo dado ao responsável pela Tecnologia da Informação
de uma empresa.
CKO ou CLO – Chief Knowledge Officer, também chamado de Chief Learning Officer, é quem administra
o capital intelectual da empresa, reúne e gerencia todo o conhecimento da organização. É um sujeito-
chave nas consultorias.
CMO – Chief Marketing Officer, é o termo em inglês que designa o cargo do executivo que responde
por todas as atividades relacionadas ao Marketing de uma empresa. Ele normalmente responde ao CEO
da empresa.
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