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XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Geotecnia e Desenvolvimento Urbano


COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

Estudo sobre dosagem e propriedades do saibro britado –


alternativa de material de pavimentação na região sul do Rio
Grande do Sul
Régis Pinheiro Maria
Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande/RS, Brasil, regis.pinheiro@furg.br

Cezar Augusto Burkert Bastos


Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande/RS, Brasil, cezarbastos@furg.br

RESUMO: Na malha viária dos municípios da região sul do Rio Grande do Sul tem-se a crescente
demanda por vias pavimentadas. A situação decorre da falta de investimentos em pavimentação,
aliado à crescente expansão da malha. O estudo em foco buscou avaliar materiais de empréstimo
comercializados na região, saibro fino (SF) e saibro britado (SB), saibro fino misturado a material
pétreo britado alterado. Foram avaliadas quatro misturas definidas por métodos de estabilização
granulométrica. Três misturas (1, 2 e 3) foram orientadas pelo método empírico, com percentuais
crescentes (25%) de material pétreo britado. A mistura 4 foi estabelecida pelo método estatístico e
de Rochfuchs (60%SB+40%SF). Com a análise das propriedades físicas e mecânicas das misturas
obteve-se melhor desempenho, conjugado ao menor teor de material britado, para a mistura 4,
atendendo as especificações de projeto e a maioria dos editais de aquisição de materiais para
pavimentação pelas prefeituras da região.

PALAVRAS-CHAVE: Pavimentação, Materiais Alternativos, Estabilização Granulométrica, Solo-


agregado.

1 INTRODUÇÃO que normalmente possuem capacidade de


atender as exigências mínimas de suporte
Uma análise da malha viária dos municípios da mecânico, previstas nas especificações de
região sul do Estado revela a carência por vias projeto de pavimentação da região.
pavimentadas, seja no meio rural, em bairros
periféricos ou mesmo em vias urbanas com
considerável fluxo de veículos. Essa situação
decorre da falta de investimentos em
pavimentação das vias já existentes, bem como
da crescente expansão da infraestrutura em
função do desenvolvimento da região.
Na porção sul da planície costeira do Rio
Grande do Sul (Figura 1), os terrenos são
sedimentares e caracterizados pela baixa
capacidade de suporte, o que, na maioria dos
casos, acaba inviabilizando a aplicação do
material do subleito de forma direta em
camadas de base e sub-base de pavimentos.
Geralmente, são empregados materiais de Figura 1. Planície Costeira Sul do RS (segundo definido
empréstimo, como saibros e britas graduadas, em Bastos, 2002).
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No entanto, o custo de aquisição de materiais saibro da Prefeitura de Pelotas/RS, de 2017, que


pétreos nobres acaba onerando as obras, uma exige um valor de ISC igual ou superior a 50%.
vez que o custo de produção na jazida é Neste caso, materiais locais como areias, argilas
relativamente alto, bem como há a incidência de e saibros (sem misturas pétreas) não alcançam
elevados custos com transporte das jazidas tal indicador de desempenho mecânico.
comerciais aos municípios costeiros. Dessa Com o estudo ora apresentado buscou-se
forma, torna-se pertinente a aplicação de misturas de saibro britado que apresentem um
técnicas de melhoramento de solos com o desempenho capaz de melhor atender os
propósito de aplicar esses materiais nobres projetos da região, assim como os requisitos de
numa composição com aqueles de menor editais de licitação para aquisição de material
capacidade de suporte. constituinte de camadas de pavimentos de vias
Nesse trabalho serão aplicados critérios de nos municípios da região.
estabilização granulométrica para misturas de
dois materiais de empréstimo disponíveis na
região sul, conhecidos como saibro fino e 2 MATERIAIS ESTUDADOS
material pétreo alterado britado.
Foram adotados três métodos de O saibro fino é encontrado em perfis de solos
estabilização, são eles: método empírico, minerais, não hidromórficos, pouco profundos a
estatístico e de Rochfuchs. O desempenho profundos, classificados como Argissolos, fruto
destes materiais (saibro fino e misturas deste do intemperismo de rochas graníticas e
com material pétreo) foi avaliado por ensaios metamórficas do Escudo Sul-Rio Grandense. O
convencionais empregados na qualificação de perfil típico apresenta um horizonte A
solos e agregados para pavimentação: ensaios moderado sobreposto a um horizonte B textural
de caracterização, ensaios para classificação de coloração vermelha. Apresenta inúmeras
MCT, ensaio de compactação Proctor, ensaio variações texturais (A/B): arenosa/média,
CBR e ensaio de abrasão Los Angeles. arenosa/argilosa, média/argilosa ou mesmo
Os materiais em estudo são oriundos de duas argilosa no A e B, e comumente verifica
jazidas situadas no interior no município de cascalho ao longo do perfil. Quando da
Capão do Leão/RS. Cabe destacar que inexistência ou fraco desenvolvimento do
atualmente já são produzidas e comercializadas horizonte B, os perfis são classificados como
misturas destes dois materiais, entretanto sem Neossolos e Cambissolos, respectivamente.
um critério técnico de dosagem estabelecido. Segundo Bastos (2004), o saibro em questão
Este material, chamado de “saibro britado”, têm constitue o horizonte C nos perfis acima
indicadores de qualidade, como valores de ISC caracterizados, perfazendo solos de alteração
(Índice de Suporte Califórnia), com grande jovem (saprolíticos) das rochas graníticas e
variabilidade devido à dosagem intuitiva, onde metamórficas (Figura 2). São materiais
não são obedecidos critérios técnicos de granulares, com grãos de variável friabilidade,
estabilização, bem como não são verificadas formados por minerais em diferentes graus de
propriedades individuais de cada material e alteração, comumente empregados em obras de
misturas frente a critérios de aceitação. pavimentação em toda a região, servindo como
Apesar da variabilidade acima apontada, os camada de base em pavimentação urbana e
saibros britados têm se constituído o único como revestimento primário em estradas rurais
material que, somados aos materiais puramente e nos bairros da periferia dos municípios da
pétreos (britas graduadas, macadames, etc...), região.
atendem requisitos estabelecidos em editais de Estudos já têm mostrado o variado
aquisição de materiais para pavimentação na comportamento destes saibros quanto a suporte
região. Um exemplo é o edital para aquisição de e expansão e a variação significativa nestas
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propriedades quando os valores de umidade de contendo granada do tipo almandina como


compactação flutuam em torno do teor de varietal.
umidade ótimo (Bastos e Maria, 2016). A A extração desse material se dá,
classificação MCT, restrita a fração fina destes principalmente, para mistura ao saibro fino,
solos, revela comportamento não laterítico. buscando-se assim um material de maior ISC, o
que possibilita o atendimento da demanda por
materiais de empréstimo de maior capacidade
de suporte. Cabe ressaltar também que a
exploração do leito de rocha para obtenção de
material britado alterado é também motivada
pela exaustão de jazidas de saibro e pela
dificuldade de licenciamento de novas jazidas
com material de melhor desempenho mecânico.
Como anteriormente mencionado, o processo de
mistura do material britado com o saibro fino
não tem obedecido a critérios técnicos, sendo
Figura 2. Jazida de extração do saibro fino – solo de realizado empiricamente, o que justifica e
alteração exposto pela terraplenagem.
motiva esse trabalho.
O material britado é obtido a partir da
detonação de maciço de rocha granítica ou
3 MÉTODO DE PESQUISA
metamórfica alterada. Com processo de
britagem na própria jazida, o tamanho de grão
O método de pesquisa adotado tem por base
do agregado obtido difere muito entre os
ensaios de laboratório nas amostras de solo
agregados normalmente comercializados para
(saibro fino), agregado pétreo britado e nas
construção civil, variando de pedras de mão até
misturas compostas com percentuais variados
britas (Figura 3).
de ambos os materiais.
A caracterização geotécnica do solo foi
realizada a partir de ensaios de análise
granulométrica por peneiramento e
sedimentação (segundo NBR 7181/16),
determinação do peso específico real dos grãos
(segundo NBR 6508/84), e determinação dos
limites de Atterberg (segundo NBR 6459/16 e
NBR 7180/16). Com os resultados dos ensaios
foi obtida a classificação do solo segundo
sistemas HRB-AASHTO e SUCS.
Figura 3. Jazida de extração do material britado.
Foram executados, também, ensaios para
classificação pela metodologia G-MCT, sendo
De acordo com a geologia da região, a jazida eles compactação Mini MCV e Perda de Massa
estudada está situada na parte compreendida por Imersão. Estes ensaios foram realizados
pela Suíte Granítica Dom Feliciano – Domínio segundo as normas DNER-ME 258/1994 (Solos
Oriental (Cinturão Dom Feliciano), sub-local compactados em equipamentos miniatura –
30, definido como granito Capão do Leão, com Mini MCV) e DNER-ME 256/1994 (Solos
a ocorrência de sieno a monzogranitos róseos, compactados em equipamentos miniatura –
de granulação média a grossa ocasionalmente determinação da perda de massa por imersão).
porfiríticos, praticamente isentos de máficos e O material britado foi caracterizado através
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de ensaios usuais aplicados a agregados pétreos, Foram realizados ensaios Proctor de


dentre eles destacamos a determinação da compactação, segundo a NBR 6457/16 e NBR
composição granulométrica (conforme NBR 7182/16, no saibro fino e nas misturas do
NM 248/03), determinação da massa específica mesmo com rocha britada, conforme as
e absorção de água (de acordo com NBR NM proporções de mistura definidas anteriormente.
53/02), determinação da massa unitária Os ensaios buscam a determinação do teor de
(segundo NBR NM 45/02), e ensaio de abrasão umidade ótima de compactação e do peso
Los Angeles (segundo NBR NM 51/01). específico aparente seco máximo para cada uma
Com a caracterização individual dos das três energias de compactação padrões:
materiais, foram propostas cinco misturas, Proctor Normal, Proctor Intermediário e Proctor
conforme apresentado na Tabela 1. Modificado.
Na sequência, foram realizados ensaios de
Tabela 1. Proporções das misturas estudadas. determinação do Índice de Suporte Califórnia
Mistura Saibro Fino Material Britado (ISC) ou ensaio CBR.
0 100% 0%
O ensaio CBR tem como objetivo avaliar a
1 75% 25%
2 50% 50% capacidade de suporte de um solo compactado
3 25% 75% para sua utilização em bases, sub-bases e
4 40% 60% subleitos de pavimentos, bem como sua
expansividade quando imerso em água. Os
A mistura zero (0) é formada somente por ensaios foram realizados segundo a NBR
saibro fino, posteriormente acrescentou-se 25% 9895/16.
de material britado a cada uma das misturas Cabe destacar que os corpos de prova
seguintes (1, 2 e 3). Já na mistura quatro (4) o resultantes de cada ponto do ensaio de
ideal percentual de cada um dos materiais foi compactação foram submetidos ao ensaio CBR
determinado através dos métodos de e, portanto, tiveram determinados seus índices
estabilização granulométrica citados: algébrico, de suporte e expansão.
empírico e de Rochfuchs, onde foi definida a
Curva de Talbot como distribuição
granulométrica ideal, conforme a Figura 4. 4 RESULTADOS ALCANÇADOS

Na Tabela 2 são apresentados os percentuais de


curvas granulométricas cada fração granulométrica das misturas bem
100 como do agregado pétreo britado (SB),
MISTURA 0 - 100%SF
90
MISTURA 1 - 75%SF+25%SB
conforme definido na norma NBR 6502/95.
80
MISTURA 2 - 50%SF+50%SB
70 MISTURA 3 - 25%SF+75%SB Tabela 2. Frações granulométricas.
60 MISTURA 4 - 40%SF+60%SB
%passante

50 SAIBRO BRITADO Pedr. AG AM AF Silte Argila


Amostra
40 TALBOT (%) (%) (%) (%) (%) (%)
30 Mistura 0 57 9 9 10 9 6
20
Mistura 1 67 7 7 7 7 5
10
0 Mistura 2 77 5 5 5 5 3
0,00 0,01 0,10 1,00 10,00 100,00
Diâmetro dos grãos (mm) Mistura 3 87 3 3 3 2 2
Mistura 4 82 4 4 4 4 2
Figura 4. Curva granulométrica dos materiais e misturas. SB 98 1 1
Pedr.: pedregulho; AG: areia grossa; AM: areia média,
AF: areia fina
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Com relação à plasticidade, na Tabela 3 são e 4 se enquadram no subgrupo A-2-4(0) onde


apresentados os limites de liquidez (wl) e de apresentam propriedades similares a mistura 0,
plasticidade (wp), bem como o índice de porém com finos não plásticos ou
plasticidade (IP). moderadamente plásticos. A mistura 3, com
menos finos, como esperado apresenta
Tabela 3. Limites de Atterberg. comportamento similar ao material britado,
wl wp IP ambos classificados no subgrupo A-1-a(0), onde
Amostra
(%) (%) (%) se têm fragmentos de pedregulho com ou sem
Mistura 0 33 21 12 material fino e bem graduado, com índice de
Mistura 1 31 22 9 plasticidade igual ou inferior a 6%.
Para a classificação G-MCT das misturas 0 e
Mistura 2 28 21 7
4 e do material britado foram determinados,
Mistura 3 26 20 6
com a fração passante na peneira 10 (#2,0 mm),
Mistura 4 29 22 7 a classificação MCT. As três amostras foram
SB - - *NP classificadas como NA’ (solo arenoso de
IP = wl – wp; NP: não plástico comportamento não laterítico), ou seja, os finos
dos materiais constituintes e, por conseqüência,
De posse dos resultados dos ensaios de a mistura entre eles, apresentam comportamento
caracterização foram classificadas as misturas, não laterítico (Figura 5).
bem como seus materiais componentes, pelo
Sistema Unificado de Classificação dos Solos Gráfico de Classificação MCT
(SUCS) e pelo sistema da HRB (Highway
Research Board), este último de grande difusão 2,00

na caracterização de solos utilizados em obras NA NS' NG'

rodoviárias (Tabela 4). 1,50


índice e'

NA'

Tabela 4. Classificação geotécnica SUCS e HRB. 1,00


LA
LA' LG'
Amostra SUCS HRB
0,50
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

Mistura 0 SW A-2-6(0) coeficiente c'

Mistura 1 SP A-2-4(0) Mistura 0 Mistura 4 Material Britado

Mistura 2 GP A-2-4(0) Figura 5. Classificação MCT da fração fina das amostras


(modificado de Nogami e Villibor, 1995).
Mistura 3 GP A-1-a(0)
Mistura 4 GP A-2-4(0)
Com os resultados da análise granulométrica
SB GP A-1-a(0) das amostras são definidos os tipos
granulométricos da classifcação G-MCT,
De acordo com a classificação pelo Sistema específicos dos solos de granulação grossa
SUCS, a mistura 0 é SW, grupo das areias bem (Figura 6), conforme proposto por Villibor e
graduadas, já a mistura 1 é SP, grupo das areias Alves (2017). As amostras são todas
mal graduadas. As demais misturas, bem como classificadas como Ps, pedregulho com solo.
o material britado, são GP, grupo dos Com a classificação MCT dos finos e o tipo
pedregulhos mal graduados. granulométrico define-se a classificação
Já quanto a classificação HRB, a mistura 0 é G-MCT das amostras: Ps-NA’, ou seja,
classificada como sendo do subgrupo A-2-6(0), pedregulho com solo com finos arenosos de
ou seja, solo granular com graduação irregular e comportamento não laterítico. A classificação é
poucos finos com plasticidade. As misturas 1, 2 coerente com a constituição granulométrica e
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natureza saprolítica dos materiais estudados. abrasão Los Angeles, o agregado pétreo
apresentou uma perda de 15,2%. Analizando o
100 referencial normativo, no geral, é apresentada
uma faixa admissível de perda por abrasão com
80 valores máximos entre 40%, para utilização em
% que passa #0,075mm (%)

base e sub-base de solo brita, e de 55% para


Gf
60 emprego em base estabilizada
granulometricamente. Logo, o material britado
40
atende as especificações.
As curvas de compactação das misturas, nas
energias do Proctor Normal, Proctor
20
Ps Sp Intermediário e Proctor Modificado são
ilustradas nas Figuras 7, 8 e 9. Os resultados de
0
0 20 40 60 80 100 teor de umidade ótimo (wót) e correspondente
% que passa #2,00mm (%) peso específico aparente seco máximo (γdmáx)
são apresentados na Tabela 5.
Mistura 0 Mistura 4 Material Britado

Figura 6. Tipos granulométricos dos solos de granulação Curvas de Compactação - Proctor Normal
grossa. 20,2
20,0 M0
Peso específico aparente seco (kN/m³)

19,8 M1
19,6

Segundo Villibor e Alves (2017), solos com 19,4


19,2
19,0
M2
M3

essa classificação apresentam Índice de Suporte 18,8


18,6
M4

18,4
Califórnia com valores de elevado a muito 18,2
18,0

elevado, com baixa expansibilidade, baixa 17,8


17,6
17,4
contração e elevado coeficiente de 17,2
17,0

permeabilidade, sendo estes dois últimos


16,8
16,6
16,4

parâmetros referentes à fração inferior a 2,0mm. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22


Teor de umidade (%)
Quanto ao emprego, é recomendado a
Figura 7. Curvas de compactação – Proctor Normal.
aplicação de solos Ps-NA’ como bases e sub-
bases de pavimento e reforço ou subleito Curvas de Compactação - Proctor Intermediário
compactados. O uso atual destes materiais na 20,4
20,2 M0
região sul do estado e o desempenho 20,0
específico aparente seco (kN/m³)

M1
19,8
apresentado corrobora a aptidão apontada pela 19,6
19,4
M2
M3

classificação G-MCT. 19,2


19,0
M4

18,8
Referente à caracterização do material pétreo 18,6
18,4
podemos destacar o diâmetro máximo do 18,2
18,0

agregado de 75mm. Os critérios para materiais 17,8


17,6

constituintes de camada de base estabilizada


17,4
Peso

17,2
17,0
granulométricamente (DNER – ES303/97) e de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Teor de umidade (%)
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

sub-base ou base de solo-brita (NBR


Figura 8. Curvas de compactação – Proctor Intermediário.
EB2104/91) limita esse parâmetro em 50,8mm.
Na determinação da massa específica,
absorção e massa unitária, foram obtidos os
seguintes resultados: 2,629g/cm³; 0,66% e
1,478g/cm³, respectivamente. O referencial
normativo não faz inferência de valores limites
para estes paramêtros.
Com relação à determinação do desgaste por
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Curvas de Compactação - Proctor Modificado Tabela 6. Resultados de ISC – Proctor Normal


21,2
21,0 M0
Ponto 1 2 3 4 5
w
Peso específico aparente seco (kN/m³)

20,8 M1
20,6 8,0 11,3 14,2 17,6 20,9
20,4
M2
M3
Mistura 0 (%)
20,2
20,0 M4 ISC 5 15 21 7 1
19,8 (%)
19,6
19,4 w
19,2 6,9 10,1 13,2 16,1 19,9
19,0 Mistura 1 (%)
18,8
18,6 ISC 13 20 23 13 7
18,4 (%)
18,2
18,0 w
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 6,6 9,8 12,5 15,7 18,8
Teor de umidade (%) Mistura 2 (%)
Figura 9. Curvas de compactação – Proctor Modificado ISC 17 37 13 6 4
(%)
w
Tabela 5. Resultados de peso específico aparente seco 3,7 6,4 8,9 11,7 15,0
Mistura 3 (%)
máximo e teor de umidade ótima. ISC 13 35 43 38 19
PN PI PM (%)
wot 14,20 13,60 12,80 w
7,3 9,4 12,2 15,6 18,8
Mistura 0 (%) Mistura 4 (%)
(100%SF) γdmax ISC
17,62 17,86 19,06 25 37 26 9 4
(kN/m³) (%)
wot 13,50 11,60 9,50
Mistura 1 (%)
(75%SF+25%SB) γdmax 18,94 19,70 20,23 Tabela 7. Resultados de ISC – Proctor Intermediário
(kN/m³)
wot 12,40 10,00 8,60 Ponto 1 2 3 4 5
Mistura 2 (%) w
(50%SF+50%SB) γdmax 6,9 9,8 12,9 15,5 11,9
19,42 19,84 20,36 Mistura 0 (%)
(kN/m³)
ISC 10 29 28 10 4
wot 10,40 9,40 6,00 (%)
Mistura 3 (%)
w
(25%SF+75%SB) γdmax 6,6 11,1 12,9 14,9 17,0
19,90 20,12 21,00 Mistura 1 (%)
(kN/m³)
ISC
wot 12,20 9,70 7,50 (%)
34 42 23 6 3
Mistura 4 (%)
(60%SF+40%SB)
w
γdmax 19,60 19,93 20,61 4,5 8,5 10,4 13,3 15,4
(kN/m³)
Mistura 2 (%)
ISC 31 49 14 11 8
(%)
Analisando as curvas de compactação, w 13,2
3,8 6,3 9,38 16,0
verifica-se a falta de um padrão de Mistura 3 (%) 6
comportamento para as misturas ensaiadas. Esse ISC 19 58 61 50 32
(%)
fato ocorre devido à heterogeneidade, tanto do w
material fino como, principalmente, do Mistura 4 (%)
2,2 6,6 9,1 11,4 14,6
agregado pétreo que não apresenta uma ISC 10 24 43 24 12
granulometria constante e igualmente definida. (%)

É notório o aumento do peso específico


aparente seco com o acréscimo de agregado na
mistura, principalmente nas misturas com
maiores teores de agregado quando comparado
à mistura zero.
Nas Tabelas 6, 7 e 8 são apresentados os
resultados de ISC para cada um dos corpos de
prova utilizados na construção das curvas de
compactação de acordo com a energia.
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Tabela 8. Resultados de ISC – Proctor Modificado. Tabela 9. Valores de ISC de corpos de prova moldados
Ponto 1 2 3 4 5 no teor de umidade ótimo.
w PN PI PM
9,4 11,9 12,9 14,8 16,8
Mistura 0 (%) wot
14,2 13,6 12,8
ISC 41 46 51 15 3
Mistura 0 (%)
(%) ISC 21 31 51
w (%)
4,7 7,5 9,7 12,6 15,1
Mistura 1 (%) wot
13,5 11,6 9,5
ISC 26 65 48 15 2
Mistura 1 (%)
(%) ISC 26 40 52
w (%)
4,0 6,5 8,8 10,7 12,2
Mistura 2 (%) wot
12,4 10 8,6
ISC Mistura 2 (%)
44 78 37 9 5
(%) ISC 37 38 40
w (%)
2,1 4,2 6,0 8,5 10,2
Mistura 3 (%) wot
10,4 9,4 6,0
ISC Mistura 3 (%)
54 118 80 78 60
(%) ISC 43 61 118
w (%)
2,8 5,9 8,4 11,1 13,6
Mistura 4 (%) wot
12,2 9,7 7,5
ISC Mistura 4 (%)
32 106 50 34 26
(%) ISC 26 54 87
(%)
É possível observar, nas três energias de
compactação, que os valores de ISC apresentam Comparando os valores expressos nas
uma grande variabilidade, não seguindo uma Tabelas 6, 7, 8 e 9, observa-se que os valores
tendência, isso se deve principalmente a mais altos de ISC não são relativos aos ensaios
heterogeneidade do material e a reconhecida no teor de umidade ótimo. No caso de amostras
falta de repetibilidade do ensaio CBR. compactadas na energia do Proctor Normal,
Cabe destacar que no momento em que o com o aumento do percentual de agregado na
ensaio de puncionamento é realizado, o corpo mistura essa variação tende a surgir.
de prova é submetido à pressão do pistão que Na energia do Proctor Intermediário, as
acaba provocando a mobilização do atrito entre amostras apresentaram baixa variabilidade em
os grãos do agregado graúdo, sendo que, em relação à composição de agregado, no entanto,
alguns casos, ocorre o deslizamento e o no Proctor Modificado além do crescente ISC
rolamento entre os grãos, causando oscilações com o teor de agregados, outro fato a ser
nas medidas de força no anel dinamométrico da destacado é que nesta elevada energia de
prensa CBR. compactação tem-se a quebra e o esmagamento
Na Tabela 9 são apresentados os valores de dessas partículas grosseiras alteradas causando
ISC para os corpos de prova moldados no teor um aumento no teor de umidade ótimo.
de umidade ótimo. Para cara mistura foram Além da capacidade de suporte, foi
realizados ensaios nas três energias de determinada a expansão de cada corpo de prova.
compactação estudadas. Os resultados obtidos em todas as energias de
compactação são bastante satisfatórios, tendo
em vista que não ultrapassam 1%, estando em
conformidade com as normas do DNIT e do
DAER/RS, as quais recomendam que, para
utilização como camada de reforço, a expansão
não deve ultrapassar 1%, bem como para
regularização de subleito não deve ser superior
a 2%.
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

5 CONCLUSÕES Intermediário e Proctor Modificado, indicaram


que, na medida em que era acrescentado
Foram propostas misturas de saibro fino com material britado às misturas, o teor de umidade
material pétreo alterado britado. Foram ótimo (wot) decresce, bem como o peso
estudadas quatro misturas, as três primeiras específico aparente seco máximo (γdmax)
aplicando o método empírico de estabilização aumenta.
granulométrica, onde foram acrescidos Com relação ao ISC, foi possível observar,
sucessivos percentuais (25%) de agregado nas três energias de compactação, que os
pétreo ao material fino, com isso foram obtidas valores de ISC apresentam uma grande
as misturas 1 (75%SF+25%SB), 2 variabilidade, não seguindo uma tendência, o
(50%SF+50%SB) e 3 (25%SF+75%SB). A fato foi associado à heterogeneidade do material
quarta mistura (4) foi obtida com base no e a falta de repetitividade inerente ao ensaio.
método analítico e de Rochfucs, utilizando Cabe destacar que os valores mais altos de
como distribuição granulométrica de referência ISC não são relativos aos ensaios no teor de
a Curva de Talbot. umidade ótimo. No caso de amostras
A análise granulométrica indicou serem compactadas na energia do Proctor Normal,
pedregulhos arenosos todos os materiais com o aumento do percentual de agregado na
estudados, com classificação variando de SW a mistura o aumento de ISC é percebido. Na
GP pelo SUCS e de A-2-6(0) a A-1-a(0) pelo energia do Proctor Intermediário o ISC
sistema HRB. Com relação à plasticidade, a apresentou baixa variação em relação à
mistura 0 (saibro fino) apresentou maior IP, de composição de agregado, no entanto, no Proctor
12%, as demais misturas possuem valores Modificado além do ISC crescente com o teor
inferiores e o material britado é não plástico. de agregados, outro fato a ser destacado é que
Segundo a classificação G-MCT, as amostras nesta elevada energia de compactação tem-se a
ensaiadas (mistura 0, mistura 4 e material quebra e o esmagamento dessas partículas
britado) são do tipo Ps-NA’, ou seja, grosseiras alteradas causando, inclusive, um
pedregulho com solo com finos arenosos de aumento no teor de umidade ótimo.
comportamento não laterítico. A classificação é Em termos da capacidade de suporte das
inteiramente coerente com a constituição misturas, os resultados obtidos são considerados
granulométrica e natureza saprolítica dos bastante satisfatórios, tendo em vista que as
materiais estudados. misturas 3 e 4 apresentam valores de ISC
Na caracterização do material britado, os superior a 50% na energia do Proctor
parâmetros obtidos foram: diâmetro máximo do Intermediário e a 100% no Proctor Modificado,
agregado de 75 mm, massa específica de atendendo as usuais especificações de projeto e
2,629 g/cm³, teor de absorção médio de 0,66%, as exigências na compra de material de
massa unitária de 1,478g/cm³ e desgaste por pavimentação pelas prefeituras da região.
abrasão Los Angeles médio de 15,2%. Relativo Melhor desempenho, conjugado ao menor teor
ao diâmetro máximo, os valores aceitáveis em de material britado, tem-se para a mistura 4.
normas ficam aquém, entre 50,8mm e 19mm.
Com relação à perda por abrasão Los Angeles, o
referencial normativo é atendido, pois no geral AGRADECIMENTOS
apresenta uma faixa admissível para o desgaste
com valores máximos entre 40% (base e sub- Os autores agradecem à Saibreira Márcio
base de solo-brita) e 55% (base estabilizada Barcellos, com sede em Pelotas/RS, em nome
granulometricamente). do seu homônimo proprietário, pelo
Os ensaios de compactação realizados nas fornecimento dos materiais à pesquisa.
energias do Proctor Normal, Proctor
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