AE1/2016 – LÍNGUA
CMCG 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 01
PORTUGUESA
Assinado por:
GABARITO Prof. Helder
TEXTO I
A inclusão digital dos indígenas é polêmica. Afinal, essa globalização contribui para o
fortalecimento ou para a perda de sua identidade cultural?
Para o professor de Antropologia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Estevão
Fernandes, os indígenas sabem que a internet e o celular são meios importantes para garantir a
visibilidade de sua identidade cultural e servem como instrumento de luta para exigir seus direitos.
Já para o professor de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Guilherme Nery Atem, essa inclusão digital pode levar ao enfraquecimento das identidades indígenas,
pois representa a imposição da cultura dominante, dos brancos, sobre a diversidade cultural dos
povos nativos.
(RAMALHO, André; MAYRINK, Manoel. Uninclusão, Disponível em: <http://www.uff.br> Acesso em 15.11.2009. Adaptado.)
MÚLTIPLA ESCOLHA
(10 escores)
ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA, E
TRANSCREVENDO-A PARA A TABELA DE RESPOSTAS.
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS AO FINAL DO
ITEM 10.
( A ) compartilham a opinião de que a inclusão digital fará com que as comunidades indígenas se
tornem mais livres e independentes da cultura dominante.
( B ) defendem a ideia de que as comunidades indígenas deverão se distanciar cada vez mais de suas
raízes quando a inclusão digital indígena se concretizar.
( C ) concordam que a inclusão digital contribui para reforçar a identidade dos diferentes povos
indígenas e garantir que seus direitos sejam respeitados.
( D ) têm opiniões opostas quanto à inclusão digital indígena, pois o primeiro acredita que
ela pode fortalecer a identidade indígena, enquanto o segundo pensa que ela pode
enfraquecer essa identidade.
( E ) têm opiniões diferentes quanto à inclusão digital indígena, pois o primeiro acredita que ela
prejudica o diálogo entre os povos indígenas, enquanto o segundo pensa que ela favorece a
integração entre eles.
TEXTO II
Nas grandes cidades, pessoas que não têm onde morar são contraditoriamente chamadas de
“moradores” de rua. É um eufemismo que acoberta o quadro da injustiça social típica das sociedades
em fase de capitalismo selvagem, aquele no qual a eliminação do outro é a regra. Que tantos e cada
vez mais vivam nas ruas é uma prova de que o famoso instinto gregário do ser humano se esfacela,
ou assume formas cada vez mais enganadoras, porquanto mais voláteis em uma sociedade que é, ao
mesmo tempo, de massas e de indivíduos que não têm a menor noção do que significa o outro. (...)
“Moradores de rua” são a figura mais perfeita do abandono que está no imo da devoração
capitalista. Convive-se com eles nos bairros elegantes das cidades grandes como se fossem um
estorvo ou, para quem pensa de um modo mais humanitário, como um problema social a ser
resolvido filantropicamente. Alguns moram em lugares específicos, têm sua “própria” esquina,
carregam objetos de uso aonde quer que vão; outros perambulam a esmo, desaparecendo da vista
de quem tem onde morar. São meras fantasmagorias aos olhos de quem não é capaz de supor sua
alteridade. Esmagados pela contradição de morar onde não mora ninguém, não têm o direito de ser
alguém. Partilham o deslugar. E, no entanto, praticam o mesmo que os outros dentro de suas casas:
dormem, comem, fazem sexo. A condição humana é o que se divide por paredes ou na ausência
delas. A democracia torna-se uma questão de nudez e exposição da vida íntima.
Ninguém “mora na rua”; antes, quem está na rua não mora. Quem está fora dos básicos
direitos constitucionais está excluído da sociedade. E, muito mais além da Constituição, está excluído
pelo próprio status com que é medido. O status de “morador de rua” é apenas um modo de incluir os
excluídos na ordem do discurso acobertadora do fascismo prático de cada dia, oculto sob o véu da
autista sensibilidade burguesa. Se o princípio de autoconservação a qualquer custo é a base da ação
de indivíduos unidos na massa, está imediatamente perdida a dimensão do outro sem a qual não
podemos dizer que haja ética ou política. Mesmo sob o status de morador de rua, o mendigo da nossa
esquina é a prova do fracasso de todos os sistemas. Se as estatísticas não mudarem comprovando
que a tendência da exceção pode ser a regra, talvez a democracia de teto e paredes não sirva mais a
ninguém em breve. Só que às avessas.
(TIBURI, Márcia. Ninguém mora onde não mora ninguém. Cult, São Paulo, n. 155, mar. 2011. Disponível em:
<revistacult.uol.com.br/home/2011/03/ninguem-mora-onde-não-moraninguem/>. Acesso em: 06 fev. 2012. Adaptado)
02. (UFT/2013) “Ninguém ‘mora na rua’; antes, quem está na rua não mora. Quem está fora dos
básicos direitos constitucionais está excluído da sociedade. E, muito mais além da Constituição, está
excluído pelo próprio status com que é medido. O status de ‘morador de rua’ é apenas um modo de
incluir os excluídos na ordem do discurso acobertadora do fascismo prático de cada dia, oculto sob o
véu da autista sensibilidade burguesa.”
Os elementos que constituem o fragmento do texto II permitem a seguinte interpretação, EXCETO:
( A ) A burguesia desliga-se do mundo exterior, ficando presa a seu mundo autônomo, no qual ela
não se coloca na perspectiva do outro e mostra ter uma visão distorcida de inclusão.
( B ) O morador de rua não está destituído de seus direitos constitucionais, tendo em vista
que ele habita algum lugar que lhe serve de morada, a partir do qual se inclui na
sociedade.
( C ) Emprega-se o termo “morador” numa tentativa de se ocultar a exclusão das pessoas
desprovidas de um teto, visto que é um paradoxo afirmar que alguém mora em um lugar que
não serve como morada.
( D ) O argumento central é de que o morador de rua está realmente excluído da sociedade, tendo
em vista que esta se caracteriza por uma antidemocracia que não considera os interesses de
todos, excluindo alguns do sistema.
( E ) A figura do “véu” mostra que o fascismo que vigora dia a dia na sociedade capitalista está
apenas parcialmente oculto, tendo em vista que, por exemplo, ele pode ser visualizado por
críticos da ordem social, como a própria autora do texto.
TEXTO III
O MOLEQUE JOSÉ
A preta Quitéria engendrou vários filhos. Os machos fugiram, foram presos, tornaram a fugir
- e antes da abolição já estavam meio livres. Sumiram-se. As fêmeas, Luísa e Maria, agregavam-se à
gente de meu avô. Maria, a mais nova, nascida forra, nunca deixou de ser escrava. E Joaquina,
produto dela, substituiu-a na cozinha até que, mortos os velhos, a família não teve recurso para
sustentá-la. Aí Joaquina se libertou.
E casou, diferenciando-se das ascendentes. Luísa era intratável e vagabunda. Em tempo de
seca e fome chegava-se aos antigos senhores, instalava-se na fazenda, resmungona, malcriada, a
discutir alto, a fomentar a desordem. Ao cabo de semanas arrumava os picuás e entrava na pândega,
ia gerar negrinhos, que desapareciam comidos pela verminose ou oferecidos, como crias de gatos.
Parece que só escaparam os dois recolhidos por meu pai.
03. (UFT/2012) No fragmento do texto III, o narrador apresenta um quadro da situação vivenciada por
escravos, ex-escravos e seus descendentes no Brasil. Pela leitura, pode- se depreender que
( A ) há uma visão negativa e denunciadora do narrador sobre as ações do povo negro, cujo
comportamento é visto como ato de irresponsabilidade, ingratidão e falta de valores morais.
( B ) existe uma crítica indireta do narrador em torno da condição das negras e de seus
descendentes, dando a entender que a abolição não representou a sua imediata
inclusão social e econômica.
( C ) ocorre uma certa tolerância dos antigos donos de escravos ao permitirem que estes, depois de
livres, convivessem harmonicamente na casa com seus antigos senhores.
( D ) há um olhar determinista do narrador sobre as mulheres escravas, pois estas, mesmo livres,
comportam-se como se ainda fossem cativas e continuam agindo de acordo com seus instintos.
( E ) existe a preocupação do narrador em detalhar, realisticamente, a condição das negras ex-
escravas no Brasil, isentando-se de expor sua opinião e se colocando como voz neutra.
TEXTO IV
(CARPEAUX, Otto Maria. Visão de Graciliano Ramos. Apresentação a Angústia. Rio de Janeiro: Martins, 1970, 12. ed., p. 14.)
04. (PUC Camp-SP/2015) Os termos primitivo e selvagem, presentes no texto de Otto Maria Carpeaux,
eram comumente atribuídos, no século XIX, por intelectuais e autoridades políticas ao modo de vida
das sociedades indígenas americanas e às sociedades africanas. A concepção de civilização subjacente
ao uso desses termos pressupunha
( A ) eurocentrismo, visão que supervalorizava a cultura e a sociedade europeia,
considerando-a um modelo ideal e dificultava a compreensão das peculiaridades de
outras formas de cultura e organização social, taxadas como exóticas, atrasadas.
( B ) degeneracionismo, crença de que os povos “isolados”, que nunca haviam mantido contato com
as grandes nações imperialistas, viviam presos ao estado de selvageria ou degeneravam
lentamente, regressando à barbárie dos “homens pré-históricos”.
( C ) darwinismo social, teoria criada por Charles Darwin que defendia que os grupos humanos mais
imbuídos de tecnologia para adaptarem-se ao meio ambiente e evoluírem, deveriam dominar ou
exterminar os povos menos capazes ou adaptados.
( D ) positivismo, doutrina concebida por Auguste Comte, que dividia as sociedades humanas em
raças positivas, superiores (as brancas), responsáveis pela ordem e pelo progresso, as
negativas, inferiores (negras, amarelas e vermelhas), movidas pelos instintos de sobrevivência.
( E ) messianismo, sentimento de que era preciso empreender missões civilizatórias bem-
intencionadas na África, na Ásia e nas Américas, levando a religião cristã, a agricultura e a
alfabetização ao conhecimento dos povos que ignorassem essas práticas e valores.
TEXTO V
05. (IFPE/2015) O cartaz aborda a temática da igualdade racial. Sobre as estratégias argumentativas
que constituem o texto, é correto afirmar que
( A ) a linguagem verbal se confunde com recursos visuais, formando uma crítica, de cunho
econômico, a ações racistas.
( B ) o verbo “ser ” se repete para construir a definição de ações racistas.
( C ) verbal e visual se organizam esteticamente na construção de um poema concretista,
representando uma máscara delineada no centro do cartaz.
( D ) a conclusão do texto “enxergar os brasileiros como brasileiros” representa a tese do texto,
endossando a consciência negra, a qual deve estar acima das ideologias brancas.
( E ) a oração “fazer o futuro” se repete no cartaz, servindo como argumento para a valorização das
diferenças e das distâncias entre as raças.
TEXTO VI
( A ) o preconceito está fundamentado em rigorosas leis religiosas e civis que subsidiam os valores
morais que com magnitude provocam a diferença e a exclusão.
( B ) a evolução humana ao longo dos tempos demonstrou que o homem estabelece em todas as
situações de interação a predisposição para a compreensão do diferente, sendo prioritariamente
pacífico.
( C ) a manifestação preconceituosa diante do diverso está arraigada não só nas condutas humanas
em sociedade, mas também no nosso sistema nervoso, o que legitima para o autor a prática da
segregação racial.
( D ) ainda que haja evidências de natureza neurológica para nosso comportamento social,
é fundamental que a convivência humana se baseie em valores morais que combatam
a discriminação, que está na raiz de atos preconceituosos.
( E ) o hábito de se reunir em grupo, arraigado em nosso desenvolvimento como espécie,
possibilitou, ao longo dos tempos, a formação de uma prática que nega ao extremo modos de
exclusão social do diferente.
07. (Mackenzie – SP/2015) Pela leitura do texto VI, pode-se afirmar corretamente que o objetivo
principal do texto é:
TEXTO VII
poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias passaram a ser incorporadas à
paisagem das coisas.
Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com uma
segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo,
findado há 120 anos.
Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção de um
quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas nos ombros
do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma
condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos momentos da vida social,
econômica e institucional.
A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a dimensão
de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica
então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá ruptura de nossa
paz social.
O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão, muito
embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua e
acriticamente atual.
O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto
século brasileiro que há pouco despertou.
08. (UEPA/2015) Segundo o texto, o primeiro mito é o da democracia racial, e o segundo é o de que
09. (UEPA/2015) A democracia racial foi considerada um mito, e, ainda, segundo o texto, as assimetrias
raciais persistem sob responsabilidade do “distante passado”. Assim sendo, a passagem abaixo que
confirma tal afirmativa é:
( A ) Boca negra e rosa /Debochada e torta/ Riso de cabrocha/ Generosa/ Beijo de paixão. (Paulinho
da Viola: Beba do samba)
( B ) Quem cede a vez não quer vitória/ Somos herança da memória/ Temos a cor da
noite/Filhos de todo açoite/ Fato real de nossa história. (Jorge Aragão: Identidade)
( C ) Levar meu barco no rumo norte/ E no caminho o que eu pescar/ Quero dividir quando lá chegar/
Eu quero ter um milhão de amigos/ E bem mais forte poder cantar/ Eu quero crer na paz do
futuro/ Eu quero ter um quintal sem muro/ Quero meu filho pisando firme/ Cantando alto,
sorrindo livre. (Roberto Carlos & Erasmo Carlos: Eu quero apenas)
( D ) Meu tio gentil era um esculacho/ Andava pelas ruas vestindo o meu bate bola/ Se tu passasse
em minha frente/ Era melhor tu sair fora/ Carnaval de rua perigoso e divertido/ Mas passei por
tudo isso/ Entre mortos e feridos. (Marcelo D 2: 1967)
( E ) O racismo é burrice, mas o mais burro não é o racista/ É quem pensa que o racismo não existe/
O pior cego é o que não quer ver, e o racismo está dentro de você. (Gabriel O Pensador:
Racismo é burrice)
TEXTO VIII
LENTES DA HISTÓRIA
O que aconteceu com o sonho do fim da segregação racial que, há 50 anos, Martin Luther
King anunciava para 250 mil pessoas na Marcha sobre Washington? Ele está perto de materializar-se
ou continua uma esperança para o futuro?
A resposta depende dos óculos que vestimos. Se apanharmos a lente dos séculos e milênios,
a "longue durée" de que falam os historiadores, há motivos para regozijo. A instituição da escravidão,
especialmente cruel com os negros, foi abolida de todas as legislações do planeta. É verdade que, na
Mauritânia, isso ocorreu apenas em 1981, mas o fato é que essa chaga que acompanhava a
humanidade desde o surgimento da agricultura, 11 mil anos atrás, tornou-se universalmente ilegal.
Apenas 50 anos atrás, vários Estados americanos tinham leis (Jim Crow laws) que proibiam
negros até de frequentar os mesmos espaços que brancos. Na África do Sul, a segregação "de jure"
chegou até os anos 90. Hoje, disposições dessa natureza são não só impensáveis como despertam
vívida repulsa moral.
Em 2008, numa espécie de clímax, o negro Barack Obama foi eleito presidente dos EUA, o
que levou alguns analistas a falar em era pós-racial.
Basta, porém, apanhar a lente das décadas e passear pelos principais indicadores
demográficos para verificar que eles ainda carregam as marcas do racismo. Negros continuam
significativamente mais pobres e menos instruídos que a média do país. São mandados para a cadeia
num ritmo seis vezes maior que o dos brancos. As Jim Crow laws foram declaradas nulas, mas alguns
Estados mantêm regras que, na prática, reduzem a participação de negros em eleições.
É um caso clássico de copo meio cheio e meio vazio. Do ponto de vista da "longue durée",
estamos bem. Dá até para acreditar em progresso moral da humanidade. Só que não vivemos na
escala dos milênios, mas na das décadas, na qual a segregação teima em continuar existindo.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo. 28 ago. 2013.)
10. (IBMEC SP/2014) Dentre as alternativas a seguir, identifique aquela que apresenta uma afirmação
compatível com a tese defendida pelo autor nesse artigo de opinião.
- TABELA DE RESPOSTAS -
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NESTA TABELA
ITENS
OPÇÕES
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A X X
B X X X
C X X
D X X
E X
Analise o gráfico abaixo, relativo aos setores que mais empregam pessoas com algum tipo de
deficiência no Estado de São Paulo:
TEXTO IX
VERDADEIRO OU FALSO
V F A quantidade de pessoas com deficiência que trabalham com educação é inferior à soma
das que laboram nos setores varejista e de fabricação de veículos automotores.
V F A soma dos portadores de deficiência que atuam nos setores de atividades de serviços
financeiros, comércio por atacado e transportes terrestres não é inferior ao número de
pessoas com deficiência atuantes na área de educação.
TEXTO X
12. (UFPE/2013 - Adaptado) Com base no Texto X, pode-se dizer que a humanidade
V F vive, hoje em dia, uma era marcada pela busca de inclusão, de igualdade de
oportunidades e de uma melhor qualidade de vida.
V F tem a seu alcance os resultados de uma nova revolução tecnocientífica, que está voltada
unicamente para o bem comum universal.
V F conta com uma aparelhagem altamente sofisticada e capaz de solucionar todos os seus
problemas.
DÊ O QUE SE PEDE.
TEXTO XI
Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a
celebridade "x" está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo
de quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo
menos.
As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase
não despertam interesse, a não ser dos entendidos.
O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma
sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais
apenas em torno de seus interesses particulares.
(SILVA, Fernando Barros e. O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acesso em: 20 dez.2011.)
13. (UNICAMP/2012 – Adaptado) Responda aos subitens a) e b), tendo por base o texto XI.
a) A palavra público é empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique
cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou
para fazer a distinção. (03 escores)
Na frase “Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do
público”, a palavra “público” é usada na primeira ocorrência como adjetivo, relacionado
com o substantivo “interesse” √, e, na segunda, como substantivo inserido na locução
adjetiva “do público”. √____________________________________________________
b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de “interesse público” e o que é chamado de
“interesse do público”? (03 escores)
O autor usa a expressão “interesse público” para designar toda a coletividade a quem a
notícia deve interessar√ e “interesse do público” com valor restritivo, referindo-se a
determinados setores sociais propensos à informação de massa, divulgada em grande
escala pela mídia atual. √___________________________________________________
a) Formule uma tese em relação à situação retratada pela charge, levando em consideração seus
conhecimentos a respeito do tema abordado. Produza dois argumentos que sustentem a tese
formulada. (08 escores)
Este subitem será corrigido com base nos seguintes critérios:
• Tese apresentada: 01 escore;
• Pertinência da argumentação: 02 escores;
• Coerência: 02 escores;
• Coesão textual: 02 escores; e
• Correção gramatical: 01 escore.
Resposta pessoal. Será aceita qualquer resposta que apresente argumentação coerente com
a tese proposta._________________________________________________________
b) Com base na argumentação apresentada na resposta do subitem a), produza uma proposta de
intervenção social, detalhada e articulada com o ponto de vista expresso. (05 escores)
Resposta pessoal. Será aceita qualquer proposta que apresente articulação com a
argumentação apresentada.___________________________________________________
TEXTO XIII
15. Analise cuidadosamente o trecho acima e realize uma paráfrase. (06 escores)
• Coerência: √____________________________________________________________
• Correção gramatical: √____________________________________________________
TEXTO XIV
16. Analise o texto XIV e responda aos subitens a seguir. (08 escores)
a) De acordo com o novo acordo ortográfico, uma das palavras da charge acima possui uma
incorreção em sua grafia. Indique essa palavra, explique a regra que passou a ser adotada a partir
do novo acordo e dê mais dois exemplos de palavras que sigam esse mesmo parâmetro.
Observação: correção gramatical - 01 escore (05 escores)
FIM DA PROVA