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Relatório 2 - Modelagem Hidrológica PPGEC/UFSM

Aluno: Marco Antônio Presotto

Análise estatística das séries de precipitação e vazão em uma sub-bacia

A área de estudo (Figura 1) compreende uma sub-bacia localizada no estado do


Rio Grande do Sul (RS) com exutório no posto fluviométrico Ponte Nova Conceição (Lat:
S 28° 23' 4.92'' e Long: W 54° 1' 53.04''). A sub-bacia analisada possui uma área de
drenagem total de 971 km² e pertence a bacia hidrográfica do rio Uruguai.

Figura 1 – Área de estudo

As séries escolhidas para análise foram de dados diários do posto fluviométrico


752050000, utilizado como exutório da sub-bacia hidrográfica analisada e do posto
pluviométrico 2853003. Para a análise de dados se estabeleceu como período de estudo
os anos de 1975 até 2015 (41 anos). Dessa forma pode-se realizar uma análise
estatística descritiva tanto da vazão quando da precipitação ocorrida em cada mês.
Inicialmente se obteve uma análise geral dos dados, obtendo os totais anuais e
suas médias. Em relação a precipitação (Figura 2), a média dos 41 anos foi de 1834mm,
sendo o ano de 1983, o de maior precipitação (2747 mm) e o ano de 2004, o de menor
precipitação (1104 mm). Por sua vez, a vazão média obtida foi de (9758 m³/s), sendo a
maior vazão anual no ano de 1983 (18812 m³/s) e a menor em 1991 (4625 m³/s),
conforme apresentado na Figura 3. Em ambas figuras é apresentado uma linha de
tendência linear, sendo possível dessa forma observar uma leve tendência de aumento
tanto da precipitação como da vazão ao longo dos anos.
Figura 2 – Precipitação anual de 1975 a 2015
3000
Precipitação (mm) 2500

2000

1500

2747

2641

2469
2426

2365

2302
2243
2218

2165

2146
2136
2046

1992
1983
1966
1957

1858
1851

1830
1000

1784
1782
1699
1688

1679

1634
1625
1601

1566

1513

1439
1426
1343

1212
1146

1138
1137

1104
500

2007*
2001*

2009*

2013*
2014
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000

2002
2003
2004
2005
2006

2008

2010
2011
2012

2015
Precipitação Média Linear (Precipitação)

Figura 3 – Vazão anual de 1975 a 2015


20000

15000
Vazão (m³/s)

10000

5000

0
1983
1985*
1986*
1988

1997*

2011*

2014
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1984

1987
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2012
2013
2015
Vazão Média Linear (Vazão)

Após, pode-se analisar as precipitações e vazões mensais ao longo dos 41 anos.


Dessa forma avaliou-se mínimos e máximos mensais, assim como as médias mensais
de precipitação e vazão. Esta análise pode ser melhor compreendida a partir das
Figuras 4 e 5 que apresentam a análise em forma de box plot (mínimo, 25%, 50%, 75%,
máximo e média).
Figura 4 – Box plot precipitações mensais de 1975 a 2015

Esta análise em box plot foi gerada a partir de 483 dados de totais mensais no
período de 1975 a 2015. A precipitação mínima ocorrida foi de 5.4 mm em abril de 2009,
enquanto a precipitação máxima foi de 560.2 mm em maio de 1992. Também pode-se
citar que os desvios padrões variaram entre 58.4 mm para o mês de março e 114.8 mm
para o mês de outubro.

Figura 5 – Box plot vazões mensais de 1975 a 2015

Para totais mensais de vazão, foram analisados 487 dados mensais no período
de 1975 a 2015. A vazão mínima ocorrida foi de 133.7 m³/s em maio de 1991, enquanto
a vazão máxima foi de 3614.6 m³/s em maio de 1983. Também pode-se citar que os
desvios padrões variaram entre 244.3 m³/s para o mês de março e 772.5 m³/s para o
mês de maio.
A precipitação média mensal dos 41 anos de dados analisados foi 152 mm,
sendo que a maior precipitação média ocorre no mês de outubro (206 mm) e a menor
precipitação média mensal é no mês de março (125 mm). Para a vazão, assim como na
precipitação, a maior vazão média mensal ocorre no mês de outubro (1174 m³/s) e a
menor vazão mensal média ocorre em março (423 m³/s). Estes resultados de média
mensal para precipitação e vazão podem ser melhor analisados na Figura 6, onde é
possível verificar mais facilmente os meses com maiores precipitações e/ou vazões
médias no período analisado. Nesta figura (Figura 6), também é possível verificar que
os meses de julho a novembro apresentam as maiores vazões, podendo ser
considerado assim como o período húmido da sub-bacia, enquanto de janeiro a abril
pode ser colocado como o período seco.

Figura 6 – Vazões e precipitações médias mensais de 1975 a 2015


2500 0
50
125

126
140

142

149
150

155
155

156
160
164

2000

Precipitação (mm)
206
100
Vazão (m³/s)

1500 150
200
1000 1174 250
1064 989 1019
891 943 300
500 826 842
625 599 350
515
423
0 400
ABRIL

SETEMBRO

NOVEMBRO
JANEIRO

OUTUBRO

DEZEMBRO
MARÇO

JUNHO

JULHO
MAIO
FEVEREIRO

AGOSTO

Precipitação Vazão

Em relações as vazões foram também analisadas as vazões de permanência na


sub-bacia, que segundo Cruz e Tucci (2008) é uma ferramenta utilizada para determinar
a disponibilidade hídrica em uma determinada bacia hidrográfica, no entanto a mesma
não se refere à probabilidade das vazões em qualquer ano, mas sim a uma “garantia”
de ocorrência dessas vazões em um horizonte de planejamento. Inicialmente foi
verificada a permanência de vazões para o período de 41 anos (1975-2015), onde a
Q90% obtida foi de 7.03 m³/s conforme Figura 7. Após dividiu-se o período total em dois,
um de 1975 a 1995 (21 anos) e um de 1996 a 2015 (20 anos), sendo possível assim
verificar a variação da vazão Q90%. A partir da Figura 8 é possível visualizar que as
vazões do segundo período aumentaram, comprovando a tendência apresentada nos
totais anuais, sendo que a Q90% aumentou de 6.13 m³/s (1975-1995), para 8.27 m³/s
(1996-2015).
Figura 7 – Vazões de permanência 1975 a 2015

Figura 8 – Vazões de permanência para dois períodos

Em relação a correlação de dados de vazão e precipitação anual encontrou-se


um R² de 0.83, conforme Figura 9, comprovando a boa resposta da vazão em relação
a precipitação.

Figura 9 – Dispersão entre totais anuais de vazões e precipitações


21000
18000 R² = 0.83
Precipitação (mm)

15000
12000
9000
6000
3000
0
700 1200 1700 2200 2700 3200
Vazão (m³/s)
Por fim, da Figura 10 a Figura 21 apresenta-se a análise gráfica de cada mês
separadamente para os 41 anos de dados. Nestas é possível verificar que os meses de
outubro e dezembro apresentam as maiores tendências de aumento de vazão e
precipitação, enquanto os meses de fevereiro e agosto apresentam as maiores
tendências de diminuição de vazão e precipitação. Nos outros meses, não foi possível
verificar alguma grande tendência ou mudança ao longo dos anos.

Figura 10 – Vazões e precipitações para o mês de janeiro


6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015
Precipitação Vazão

Figura 11 – Vazões e precipitações para o mês de fevereiro


6000 0

5000 200
Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão
Figura 12 – Vazões e precipitações para o mês de março
6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015
Precipitação Vazão

Figura 13 – Vazões e precipitações para o mês de abril


6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão

Figura 14 – Vazões e precipitações para o mês de maio


6000 0

5000 200
Precipitação (mm)

4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão
Figura 15 – Vazões e precipitações para o mês de junho
6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015
Precipitação Vazão

Figura 16 – Vazões e precipitações para o mês de julho


6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Preciptação Vazão

Figura 17 – Vazões e precipitações para o mês de agosto


6000 0

5000 200
Precipitação (mm)

4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão
Figura 18 – Vazões e precipitações para o mês de setembro
6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015
Precipitação Vazão

Figura 19 – Vazões e precipitações para o mês de outubro


6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão

Figura 20 – Vazões e precipitações para o mês de novembro


6000 0

5000 200
Precipitação (mm)

4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015

Precipitação Vazão
Figura 21 – Vazões e precipitações para o mês de dezembro
6000 0

5000 200

Precipitação (mm)
4000 400
Vazão (m³/s)

3000 600

2000 800

1000 1000

0 1200
1987

2013
1975
1977
1979
1981
1983
1985

1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011

2015
Precipitação Vazão

Referências Bibliográficas

CRUZ, J. C.; TUCCI, C. E. M. Estimativa da disponibilidade hídrica através da curva de


permanência. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 13, n. 1, p. 111-124, 2008.

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