EMENTA
A referida disciplina propõe congregar visões críticas dos debates feministas atuais
do Sul Global que trazem, dentre outras questões, respostas à globalização neoliberal
no Brasil e na América Latina. Os debates propostos na disciplina estarão
relacionados aos contextos sóciopolíticos, culturais, locais e regionais sob a
perspectiva de gênero, raça, classe, sexualidade e de outras categorias de
diferenciação. Partimos de autoras como Fraser e Mohanty com o intuito de refletir
acerca de teorizações e práxis feministas que rompem com modelos de pensamento
e epistemologias dominantes produzidas no Norte Global como modelo mundialmente
dominante. Debater perspectivas históricas, sociológicas e antropológicas que
desestabilizam bases eurocêntricas do pensamento hegemônico ocidental ao
incorporar, dentre outras questões, leituras etnicorraciais, latinoamericanas dos
feminismos negro, lésbico e decolonial.
METODOLOGIA
A disciplina será composta por leitura, apresentação e debate de textos e casos que
elucidem os temas propostos no conteúdo programático.
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO
Será aprovada/o a/o discente que apresentar pelo menos 75% de frequência na
disciplina, participar de todas as atividades avaliativas acordadas no início do
semestre, em especial a apresentação de textos, e, ao final, produzir um ensaio
teórico a partir das leituras da disciplina.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I – APRESENTAÇÃO DO DEBATE
1
UNIDADE II – SUL GLOBAL: VOZES CONTRA-HEGEMÔNICAS DO NORTE
GLOBAL
UNIDADE III – FEMINISMOS DECOLONIAIS
UNIDADE IV – FEMINISMO NEGROS
UNIDADE V- DESAFIOS PARA OS FEMINISMOS DO SUL GLOBAL
REFERÊNCIAS BÁSICAS
ANZALDÚA, Gloria. La prieta. In: Esta puente, mi espada. São Francisco: Press,
1998.
CURIEL, Ochy. Crítica pos-colonial desde las prácticas políticas del feminismo
antirracista. 2007. Disponível em:
http://www.redalyc.org/pdf/1051/105115241010.pdf. Acesso em: 8 jun. 2018.
FERREIRA, Paula Camila Veiga; NOGUEIRA, Roberto Henrique Pôrto. Teoria política
feminista sul-global: perspectivas do feminismo transnacional para uma transposição
epistemológica rumo à alteridade e à igualdade substancial. Revista de Gênero,
Sexualidade e Direito. (31), 189–208. 2016.
2
HOOKS, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Rev. Bras. Ciênc. Polít.,
Brasília, n. 16, p. 193-210, Apr. 2015. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
33522015000200193&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 Ago. 2018.
LUGONES, María. Colonialidad y Género. Tabula Rasa [online]. 2008, n.9, pp.73-
102
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
hooks, bell. Feminist Theory: From margin to center. New York: South End Press,
2000.
FERREIRA, Paula Camila Veiga; NOGUEIRA, Roberto Henrique Pôrto. Teoria política
feminista sul-global: perspectivas do feminismo transnacional para uma transposição
epistemológica rumo à alteridade e à igualdade substanciaL Revista de Gênero,
Sexualidade e Direito | e-ISSN: 2525-9849 | Maranhão | v. 3 | n. 2 | p. 22 – 42 |
Jul/Dez 2017
KEMPADOO, K. Sexing the caribbean. Gender, race and sexual labor. USA and
Canada: Routledge, 2004.
MINH-HA, TRINH T. Difference: a special third world women issue? IN: Woman,
native, other. Cap.3. No. 25 (Spring, 1987).
4
MONROY, Liliana Vargas; CABRERA, Marta. Transfeminismo, decolonialidad y el
asunto del conocimiento: inflexiones de los feminismos disidentes
contemporáneos. Vol. 78, Núm. 78 (2014) Disponível em:
http://revistas.javeriana.edu.co/index.php/univhumanistica/article/view/8759. Acesso
em: 8 jun. 2018.