Rio de Janeiro
Março de 2018
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Reinaldo de Falco, Eng.
________________________________________________
Prof. Daniel Onofre de Almeida Cruz, Dsc.
________________________________________________
Prof. Vitor Ferreira Romano, Dott. Ric.
i
Nishi Ueta, Artur Shozo
Projeto de Impelidor e Voluta para uma Bomba Centrífuga/
Artur Shozo Nishi Ueta. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica,
2018.
X, 63 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Reinaldo de Falco
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Mecânica, 2018.
Referencias Bibliográficas: p. 56.
1. Bomba Centrífuga 2. Impelidor e Voluta. 3. Curvas
Características. I. De Falco, Reinaldo II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Mecânica.
III. Projeto de Impelidor de Voluta para uma Bomba Centrífuga/
ii
Agradecimentos
Aos meus pais, por estarem sempre comigo apoiando minhas decisões e me
ajudando nos momentos mais difíceis, passando todos os conhecimentos e experiências
como estudante, bem como de cidadão.
Ao meu irmão, todo o meu agradecimento por estar sempre ao meu lado e por se
preocupar com o futuro de nossa família.
iii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
Março/2018
iv
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Mechanical Engineer.
March/2018
For years, hydraulic pumps have been used for a variety of applications and until today
they have been used on a wide scale in various sectors such as agriculture, residential
applications and heavy industries such as oil and gas. Studies are being done continuously
in order to improve pumps efficiency and to expand their applications. Based on this
motivation, this project aims to design a pump for a specific application, using
bibliographical references of renowned authors in the area of pumps. This project focuses
on the projection of impeller and volute dimensions and shapes to a centrifugal pump,
making a comparison between the designed pump and the pumps sold commercially.
v
Sumário
1. Objetivo e Introdução ................................................................................................... 1
1.1 Bombas de Deslocamento Positivo......................................................................... 2
1.2 Bombas Dinâmicas ................................................................................................. 2
1.2.1 Classificação segundo a trajetória do líquido ........................................................ 3
1.2.2 Classificação segundo número de rotores .............................................................. 3
1.2.3 Classificação segundo número de entrada de aspiração .................................. 3
2. Considerações Teóricas ................................................................................................ 5
2.1 Diagrama das Velocidades ...................................................................................... 5
2.2 Pás Ativas e Inativas ............................................................................................... 6
2.3 Teoria do Impelidor ................................................................................................ 7
2.4 Curvas Características............................................................................................. 8
2.4.1 Curvas Teóricas de Funcionamento .......................................................................... 8
2.4.2 Curvas Reais de Funcionamento ..............................................................................10
3. Projeto do impelidor e da voluta................................................................................. 12
3.1 Cálculo da Velocidade Específica ........................................................................ 12
3.2 Escolha do tipo da Turbobomba ........................................................................... 13
3.3 Número de Estágios (i) ......................................................................................... 13
3.4 Correção da Descarga (Q’) ................................................................................... 14
3.5 Rendimento Hidráulico (ε) ................................................................................... 15
3.6 Energia teórica cedida pelo rotor ao líquido (He) ................................................. 15
3.7 Potência Motriz (N) .............................................................................................. 15
3.8 Dimensionamento do Rotor e do Impelidor ......................................................... 15
3.8.1 Diâmetro do Eixo do rotor (𝑑𝑒) ................................................................................16
3.8.2 Diâmetro do núcleo de fixação do rotor ao eixo (𝑑𝑛) ......................................16
3.8.3 Velocidade média na boca de entrada do rotor (𝑣1′) ......................................16
3.8.4 Diâmetro da boca de entrada do rotor (𝑑1′) .......................................................17
3.8.5 Diâmetro médio (𝑑𝑚1) da superfície de revolução gerada pela rotação do
bordo de entrada das pás .......................................................................................................17
3.8.6 Velocidade Radial de entrada no impelidor (𝑣𝑚1)...........................................18
3.8.7 Velocidade periférica no bordo de entrada (𝑢1) ...............................................19
3.8.8 Largura do bordo de entrada da pá (𝑏1)...............................................................19
vi
3.8.9 Diagrama das velocidades à entrada ......................................................................19
3.8.10 Número de Pás (Z) ......................................................................................................19
3.8.11 Obstrução devido à espessura das pás à entrada (𝜐1)..................................22
3.8.12 Cálculo do diâmetro externo (𝑑2) e velocidade periférica externa (𝑢2)
..........................................................................................................................................................23
3.8.12 Cálculo da velocidade meridiana à saída (𝑣𝑚2) ..............................................24
3.8.13 Energia a ser cedida pelas pás, levando em conta o desvio angular dos
filetes à saída do rotor .............................................................................................................25
3.8.14 Cálculo da velocidade periférica levando em conta o desvio angular (𝑢2)
..........................................................................................................................................................26
3.8.15 Cálculo da largura das pás à saída do rotor (𝑏2).............................................26
3.9 - Resultados Finais ................................................................................................ 26
4 Traçado das pás e da Voluta ........................................................................................ 28
4.1 Traçado por arcos de circunferência ..................................................................... 28
4.2 Traçado das pás por pontos ................................................................................... 29
4.2.1 Traçado da curva de variação de 𝑣𝑚 ......................................................................29
4.2.2 Traçado da curva de variação do coeficiente de contração ...........................30
4.2.3 Traçado da curva de variação da velocidade circunferencial u ...................31
4.2.4 Traçado da curva do produto 𝑢𝑣𝑢 ...........................................................................31
4.2.5 Traçado da curva wu.....................................................................................................33
4.2.6 Processo baseado na utilização do Ângulo 𝛽 .......................................................34
4.2.7 Processo baseado na utilização do ângulo 𝜑 .......................................................35
4.3 Desenho da Voluta ................................................................................................ 40
4.4 Curvas Características........................................................................................... 43
4.5 Cavitação e NPSH requerido ................................................................................ 46
5 Conclusão .................................................................................................................... 52
Referências bibliográficas .............................................................................................. 56
Anexo I – Desenhos ........................................................................................................ 57
vii
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Dados do projeto ............................................................................................. 1
Tabela 2 – Dados do projeto ........................................................................................... 12
Tabela 3 – Rendimento Hidráulico ................................................................................. 15
Tabela 4 - kvm1 para diferentes Ns ............................................................................... 18
Tabela 5 – Número de pás critério Carlo Malasavi ........................................................ 20
Tabela 6 - Número de pás critério Carlo Malasavi ......................................................... 21
Tabela 7 – Critérios número de pás ................................................................................ 22
Tabela 8 - ku2 em função de Ns .................................................................................... 24
Tabela 9 - kvm2 em função de Ns ................................................................................. 25
Tabela 10 –Valores para ψ ............................................................................................. 25
Tabela 11 – Principais valores calculados ...................................................................... 26
Tabela 12 - Variação da grandeza uvu com o raio ......................................................... 32
Tabela 13 – Valores de velocidades e β para alguns valores do raio ............................. 34
Tabela 14 – Valores de φ para diferentes valores do raio .............................................. 38
Tabela 15 – Tabela para o desenho da voluta ................................................................. 42
Tabela 16 – Tabela para traçar as curvas características da bomba ............................... 44
Tabela 17 – Valores de NPSH para construção do gráfico ............................................ 50
Tabela 18 - Comparação Bombas ................................................................................... 55
viii
Lista de Figuras
Figura 1 – Classificação dos principais tipo de bombas ................................................... 2
Figura 2 – Impelidor aberto, semi-aberto e fechado ......................................................... 2
Figura 3 – Bombas axial, radial e de fluxo misto ............................................................. 3
Figura 4 – Diagramas de velocidades ............................................................................... 6
Figura 5 - Pás ativas e inativas ......................................................................................... 7
Figura 6 - Diferentes ângulos para β2 .............................................................................. 9
Figura 7 - Head Teórico.................................................................................................... 9
Figura 8 - Curvas de potência x vazão ........................................................................... 10
Figura 9 – Curva real x Descarga Q ............................................................................... 10
Figura 10 – Curva de potência absorvida x vazão .......................................................... 11
Figura 11 – Escolha do tipo de Turbobomba ................................................................. 13
Figura 12 – Descargas a considerar no interior da Bomba ............................................. 14
Figura 13 – Condições de escoamento à entrada do rotor .............................................. 16
Figura 14 – Pás de três tipos de bombas ......................................................................... 18
Figura 15 – Diagrama das velocidades à entrada ........................................................... 19
Figura 16 – Constantes da velocidade ku e da descarga ku2 em função de nq ............. 21
Figura 17 – Influência da espessura das pás à entrada do rotor causando obstrução ..... 23
Figura 18 – Traçado da curva da pá por um arco de circunferência .............................. 28
Figura 19 – Traçado da curva da pá por dois arcos de circunferência ........................... 29
Figura 20 – Gráfico de vm em função do raio ............................................................... 30
Figura 21 – Variação teórica de 𝜐 com o raio ................................................................ 30
Figura 22 – Variação de 𝜐 com o raio ............................................................................ 31
Figura 23 – Variação de u em função do raio................................................................. 31
Figura 24 – Variação teórica da grandeza uvu com o raio ............................................. 32
Figura 25 - Variação da grandeza uvu com o raio ......................................................... 33
Figura 26 – Diagrama das velocidades para um ponto M da pá do rotor ....................... 34
Figura 27 – Cálculo de dφ em um ponto da pá .............................................................. 36
Figura 28 – Cálculo de B ................................................................................................ 37
Figura 29 - Traçado da pá pelo ângulo φ ........................................................................ 38
Figura 30 – Determinação do fator K em função da velocidade específica pelo método de
Stepanoff......................................................................................................................... 41
Figura 31 – Traçadp gráfico da voluta ........................................................................... 41
Figura 32 – Variação percentual da carga para diferentes porcentagens da vazão ........ 43
Figura 33 - Variação percentual da eficiência para diferentes porcentagens da vazão .. 44
Figura 34 - Variação percentual da potência para diferentes porcentagens da vazão .... 44
Figura 35 – Curva Head x Vazão ................................................................................... 45
Figura 36 – Curva Eficiência x Vazão............................................................................ 45
Figura 37 – Curva Potência x Vazão .............................................................................. 46
Figura 38 – Colapso de bolha em três situações características ..................................... 47
Figura 39 – Vazão máxima para não ocorrer cavitação ................................................. 48
ix
Figura 40 – Variação do NPSH requerido em função da descarga para bomba com S=8000
e diversas rotações por minuto ....................................................................................... 50
Figura 41 – Valores de SSS ............................................................................................ 50
Figura 42 – Curva NPSHreq x Vazão ............................................................................ 51
Figura 43 – Curva Head x Vazão bomba KSB............................................................... 52
Figura 44 - Curva NPSH requerido x Vazão bomba KSB ............................................. 53
Figura 45 - Curva Potência x Vazão bomba KSB .......................................................... 53
Figura 46 – Dados bomba RuhRPumpen ....................................................................... 54
Figura 47 – Curvas características bomba da RuhRPumpen .......................................... 54
x
1. Objetivo e Introdução
O presente projeto consiste em projetar o impelidor e a voluta para uma Bomba
Hidráulica para serviços leves, no qual se classificam as bombas para uso diário em
aplicações residenciais, prédios comerciais, industrias (sem atividades de
processamento), e que seja de simples fabricação (baixo custo). O ponto de operação da
bomba está indicado na Tabela 1:
Vazão (Q) 70 𝑚3
[ℎ]
Head (H) 70 [m]
Rotação (N) 3600 [Rpm]
Fluido Água
Temperatura de Temperatura Ambiente
operação
As máquinas geratrizes (ou operatrizes) são aquelas que recebem energia de uma
fonte motora e conferem energia ao líquido com a finalidade de transporta-lo de um ponto
para outro, obedecendo as condições do processo. A energia é transferida sob forma de
pressão, cinética ou ambas, isto é, ela aumenta a pressão do líquido, a velocidade ou
ambos.
1
Figura 1 – Classificação dos principais tipos de bombas (Falco & Mattos, 1998)
O impelidor pode ser fechado (quando além do disco onde se fixam as pás, existe
uma coroa circular também presa às pás), sendo utilizado para líquidos sem substâncias
em suspensão. Os impelidores aberto ou semiaberto (quando não existe a segunda coroa
circular) são utilizados para líquidos contendo pastas, lamas, areia ou esgotos sanitários.
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/5d7ca6e4-2967-4c2d-99aa-047cda66fa4f-
151103100627-lva1-app6891/95/fundamentals-of-pumps2-9-638.jpg?cb=1446545241
2
1.2.1 Classificação segundo a trajetória do líquido
Podemos classificar as turbo bombas segundo a trajetória do líquido no rotor:
Bombas Centrífugas pura ou radial, de fluxo misto e Axiais.
Nas Bombas Axiais toda energia cinética é transmitida à massa líquida por forças
puramente de arrasto. A direção de saída do líquido é paralela ao eixo. Bombas deste tipo
são empregadas quando se deseja vazão elevada e as cargas a serem fornecidas ao fluido
são pequenas.
Fonte: https://www.slideshare.net/JosemarPereiradaSilva/bombas-2013-2
3
Bilateral. Neste caso, o rotor tem uma forma simétrica em relação a um plano normal ao
eixo, equivalendo hidraulicamente a dois rotores simples montados em paralelo, sendo
capaz de elevar, teoricamente, uma descarga dupla. Neste tipo de bomba o empuxo axial
ao longo do eixo é praticamente equilibrado em virtude da simetria das condições de
escoamento.
4
2. Considerações Teóricas
Neste capítulo analisaremos a origem das chamadas Curvas Características de
uma bomba centrífuga. Através da utilização das equações básicas da mecânica dos
fluidos a uma situação ideal, encontram-se as Curvas Características ideais. Após uma
análise adequada das perdas, encontram-se as curvas reais.
⃗⃗⃗⃗
𝑉𝑚 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑊𝑚 : Projeções meridianas de V e M
⃗⃗⃗
𝑉𝑢 e ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑊𝑢 : Projeções periféricas de V e W, isto é, projeções sobre a direção U
5
Figura 4 – Diagramas de velocidades (Macintyre, 2014)
𝑉𝑚
𝑡𝑔(𝛼) = (1)
𝑉𝑢
𝑊𝑚 𝑉𝑚 𝑉𝑚
𝑡𝑔(𝛽) = = = (2)
𝑊𝑢 𝑊𝑢 𝑈 − 𝑉𝑢
⃗𝑉 = 𝑊
⃗⃗⃗ + 𝑈
⃗ (3)
6
Figura 5 - Pás ativas e inativas (Macintyre, 2014)
Vamos supor agora que as pás de perfil A1A2’ sejam substituídas por outras de
perfil A1A2” sem espessura, e em números “infinitos”. A trajetória relativa terá que se
conformar com o novo perfil das pás coincidindo com o perfil A1A2”, tendo uma
trajetória absoluta A1A2”’ não mais radial. As pás agora aplicam uma força ao líquido
decorrente do movimento de arrasto, imprimindo assim uma aceleração às partículas,
forçando-as a mudarem de direção.
Sabendo que:
7
Lembrando que a componente da força que influencia no torque é a componente
perpendicular, ressaltamos que a componente da velocidade que é responsável por essa
componente da força é sempre a velocidade circunferencial (Vu).
Como m. = constante
(𝑉𝑢2 𝑈2 − 𝑉𝑢1 𝑈1 )
𝐻= (10)
𝑔
𝑈2 2 𝑈2 𝑉𝑚2 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝛽2 )
𝐻= − (12)
𝑔 𝑔
Sabendo que a vazão volumétrica da bomba (Q) é igual a velocidade radial (𝑉𝑚2 ) vezes
a área da saída do impelidor (𝑆2 ):
𝑈2 2 𝑈2 𝑄𝑐𝑜𝑡𝑔(𝛽2 )
𝐻= − (13)
𝑔 𝑔𝑆2
Analisando a equação (13), podemos analisar 3 situações diferentes para o projeto
do impelidor mostrados na Figura 6, são essas:
8
Figura 6 - Diferentes ângulos para 𝛽2 (Macintyre, 2014)
𝑈2 2 𝑈2 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝛽2 )𝑄 2
𝑃𝑜𝑡 = 𝜌 𝑄−𝜌 (15)
𝑔 𝑔𝑆2
9
Figura 8 - Curvas de potência x vazão (Falco & Mattos, 1998)
Como os rotores das bombas centrífugas possuem um número finito de pás, existe
um desvio ou escorregamento do líquido, fazendo com que o ângulo 𝛽2 seja na verdade
menor do que ideal, logo o valor absoluto de 𝑉𝑢2 real seja menor que o ideal, levando assim
a uma diminuição do valor do Head da bomba.
Existem também as perdas por atritos e turbulência no rotor, assim como os choques na
entrada do rotor e do difusor. A Figura 9 indica a curva real Head x Vazão a partir da curva ideal,
indicando como cada perda influencia na curva.
Com isso, a potência real da bomba aumenta devido a esses fatores inerentes às
bombas. A Figura 10 mostra a curva Potência absorvida x Vazão, indicando a potência
teórica.
11
3. Projeto do impelidor e da voluta
Tabela 2 – Dados do projeto
Vazão (Q) 70 𝑚3
[ℎ]
Head (H) 70 [m]
Rotação (N) 3600 [Rpm]
Fluido Água
Temperatura de Temperatura Ambiente
operação
Tendo as condições de operação da bomba, escolhe-se o material para o impelidor
e carcaça da bomba. Como a temperatura é baixa (ambiente) e o fluido não é um eletrólito
forte, o material escolhido para o impelidor foi o Bronze por ser fácil de fundir seções
complicadas, pela facilidade de usinagem e por permitir faces lisas. O material
selecionado para a carcaça foi o ferro fundido, pela boa resistência mecânica, fácil
fundição e baixo custo.
𝑄
𝜋1 = (16)
𝑁𝐷3
𝑔𝐻
𝜋2 = 2 2 (17)
𝑁 𝐷
𝑔𝜌
𝜋3 = (18)
𝜇𝐷
Combinando (16) e (17) com o interesse de eliminar o Diâmetro do impelidor,
obtemos Ns, sendo a rotação de rpm da bomba geometricamente semelhante à bomba
𝑚3
considerada, capaz de elevar 1 à altura de 1 metro.
𝑠
−3
𝑁𝑠 = 𝜋1 0.5 𝜋2 4
𝑁√𝑄
𝑁𝑠 = 3 (19)
𝐻4
Utilizando o sistema métrico obtemos o Ns do projeto
𝑚3
3600[𝑟𝑝𝑚]√0.01944[ ]
𝑠
𝑁𝑠 = 3 = 20.74
70[𝑚]4
12
Por outro lado (Cheysson, 1975) define velocidade específica como sendo a queda
ou elevação de 1 metro e a potência de 1 CV, temos então:
Ns < 90 – Bomba centrífuga pura, com pás cilíndricas, radiais, para pequenas e médias
descargas, possuindo d2>2d1, chegando a d2=2.5d1
13
3.4 Correção da Descarga (Q’)
Durante a operação da bomba, a descarga que sai efetivamente pela voluta é
menor que a vazão que passa pela seção de entrada, isso ocorre porque existem dois tipos
de perdas volumétricas: Perdas volumétricas exteriores (qe) e interiores (qi).
De acordo com o item “3.2 Escolha do tipo da Turbo bomba”, sabe-se que o tipo
de turbo bomba é uma bomba centrífuga pura para pequenas e médias descargas, no item
“3.3 Número de Estágios (i)” mostra-se que para bombas de simples estágio o head limite
é de normalmente 75 a 150 metros, por isso para o projeto da bomba (H=70 metros),
pode-se considerar pressões médias, logo:
′
𝑚3
𝑄 = 𝑄 + 0.05𝑄 = 73.5 (21)
𝑠
14
3.5 Rendimento Hidráulico (𝜀)
Pode-se adotar os seguintes rendimentos hidráulicos segundo (Macintyre, 2014):
𝜀 Classificação
0.5 a 0.7 Para bombas pequenas, sem grandes cuidados de fabricação, com
caixa com aspecto de caracol.
0.7 a 0.85 Para bombas com rotor e coletor bem projetados; fundição e
usinagem bem feitas.
Segundo (Falco & Mattos, 1998), o rendimento hidráulico costuma ser em torno
de 0.7 a 0.75, logo foi adotado para o projeto, 𝜀 = 0.75.
1000𝑄𝐻
𝑁(𝐶. 𝑉) =
75𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (23)
15
Figura 13 – Condições de escoamento à entrada do rotor (Macintyre, 2014)
𝑁 3
𝑑𝑒 = 12 √ (24)
𝑛
Onde N é expresso em C.V e n em rpm, o fator 12 corresponde a um ângulo de torção
permissível entre 0.25 e 2.5º. Logo, temos:
𝑑𝑒 = 23.28𝑚𝑚
𝑑𝑛 = 𝑑𝑒 + 20𝑚𝑚 = 43.28𝑚𝑚
16
Aproximadamente 0.13 a 0.16 para bombas com 20<Ns<30
𝑁𝑠 2/3
𝑘𝑣1′ = 0.29 𝑎 0.58( ) (26)
100
Sendo o fator 0.29 aos menores valores de Ns, como Ns=20.7, utilizou-se o fator como
0.35
2
20.7 3
𝑘𝑣1′ = 0.35 ∗ ( ) = 0.122
100
Através do critério 2, optou-se pelo valor mais próximo do resultado obtido no
critério 1, logo 𝑘𝑣1′ = 0.13.
𝑄 ′ = Á𝑟𝑒𝑎 𝑥 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝜋 2
𝑄 ′ = (𝑑1′ − 𝑑𝑛 2 )𝑣1′ (27)
4
Conhecendo a vazão Q’ que entra no rotor e sua velocidade média 𝑣1′ pode-se calcular o
diâmetro 𝑑1′ rearrumando a equação (27)
4𝑄′ 2
𝑑1′ = √ ′ + 𝑑𝑛 = 85.26𝑚𝑚
𝜋𝑣1
17
Figura 14 – Pás de três tipos de bombas (Macintyre, 2014)
Ω′ 1
𝑣𝑚1 = ( ) 𝑣1′ = 𝑣1′ (29)
Ω1 ′ 𝜐1
Sendo 𝜐1 o coeficiente de contração da entrada mencionado no item “3.8
Dimensionamento do Rotor e do Impelidor” e discutido mais adiante. Inicialmente pode-
se calcular 𝑣𝑚1 com a fórmula:
18
𝑣𝑚1 = 0.145√2 ∗ 9.81 ∗ 70 = 5.93 𝑚/𝑠.
𝑄′
𝑏1 = = 11.69 𝑚𝑚 (32)
𝜋𝑑𝑚1 𝑣𝑚1
19
pá sofre, pois com um canal largo a pressão sobre as pás aumenta, elevando assim o valor
das perdas e reduzindo, portanto, a altura manométrica. Além disso, a diferença de
pressão entre a face de ataque das pás e seu dorso favorece a ocorrência da cavitação,
diminuindo a capacidade de aspiração da bomba.
Conforme (Macintyre, 2014) uma primeira aproximação pode ser feita como:
- 6 até 14 pás nos rotores de médias e grandes dimensões, sendo os valores maiores os
indicados para as bombas de pequena velocidade específica.
a) Widmar
𝑑
- Para alturas de elevação grandes e para 𝑑 2 = 1.8 𝑎 2.5 e 𝛽2 entre 22º30’ e 45º
𝑚1
20
Tabela 6 - Número de pás critério Carlo Malasavi
c) Pfleiderer
8𝑡𝑔(𝛽1 )𝐻𝑒
𝑍≥
𝑑 (35)
3[( 2 )2 − 1]
𝑑𝑚1
d) Stepanoff
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝛽2 𝑒𝑚 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
𝑍= (36)
3
Alguns dos métodos necessitam de valores que não foram estabelecidos ainda, 𝑑2
e 𝛽2. Para estimar 𝑑2 utiliza-se a Figura 16, considerando 𝑑1 como 𝑑𝑚1 , logo para nq =
𝑑𝑚1
75.7, temos = 0.4, 𝑑2 aproximadamente 234.5 mm.
𝑑2
21
Através de testes nos valores, e considerando um número primo, um valor ideal para o
número de pás é:
Z=7
𝛽2 = 23º
Critérios Z
Widmar 7.365977 MENOR
Carlo Malasavi 7
Pfeiderer 16.65168 MAIOR
Stepanoff 7.666667
Z final 7
22
Figura 17 – Influência da espessura das pás à entrada do rotor causando obstrução (Macintyre,
2014)
𝑆1
𝜎1 = (37)
𝑠𝑒𝑛(𝛽1 )
Utilizando 𝑆1como 3 mm, 𝜎1 = 9.433 𝑚𝑚
𝜋𝑑1
𝑡1 = = 42.09 𝑚𝑚 (38)
𝑍
Podemos agora corrigir o coeficiente de contração 𝜐1 e recalcular 𝑣𝑚1 , 𝑏1 e 𝛽1:
1 𝑡1
= = 1.288 (39)
𝜐1 (𝑡1 − 𝜎1 )
Esse valor é aceitável, pois está compreendido entre 1.20 e 1.30.
𝑏1 = 11.16 𝑚𝑚
𝛽1 = 19.35º
- adotar 𝑑2 e calcular 𝑢2
- adotar 𝑢2 e calcular 𝑑2
23
1º critério: Utilizar 𝑑2 (critério 1) calculado no item “3.8.10 Número de Pás (Z)” e calcular
𝑢2 :
𝜋𝑑2 𝑛
𝑢2 = = 44.20 𝑚/𝑠 (40)
60
2º critério: Pode-se calcular 𝑢2 utilizando 2 métodos, o primeiro deles utiliza a fórmula
Como Ns=20.74 está mais próximo de 20, adotou 𝑘𝑢2 como 1, logo:
𝑢2 = 37.06 𝑚/𝑠
= 4.5 para bombas pequenas, média e alta pressões, sem pás guias
𝑢2 = 37.65 𝑚/𝑠
24
Sendo 𝑘𝑣𝑚2 tirado da Tabela 9 em função de Ns
As duas constantes foram escolhidas para tentar manter os dois valores de 𝑣𝑚2 os
mais próximos possíveis, logo, 𝑘𝑣𝑚2 = 0.12 e 0.85.
Foi decidido usar o valor da média entre os dois valores, temos então
𝑚
𝑣𝑚2 = 4.86 .
𝑠
8𝜓
𝐻𝑒′ = 𝐻𝑒 (1 + ) (43)
3𝑍
Onde 𝜓 é o fator de correção de Pfleiderer, obtido experimentalmente variável com o
ângulo 𝛽2 como segue:
Portanto, 𝜓 = 0.9
𝐻𝑒′ = 125.33 𝑚
25
3.8.14 Cálculo da velocidade periférica levando em conta o desvio
angular (𝑢2)
No diagrama de velocidades, adotando o ângulo 𝛽2 ao ser calculado o número de
pás, vemos que:
𝑣𝑚2
𝑣𝑢2 = 𝑢2 − 𝑤𝑢2 = 𝑢2 − (44)
tan(𝛽2)
𝑣𝑚2
𝑔𝐻𝑒′ = 𝑢2 𝑣𝑢2 = 𝑢2 (𝑢2 − ) (45)
tan(𝛽2 )
Logo,
𝑣𝑚2 𝑣𝑚2
𝑢2 = + √( )2 + 𝑔𝐻𝑒′ = 41.26 𝑚/𝑠
2tan(𝛽2 ) 2tan(𝛽2 )
𝑑2 = 218.87 𝑚𝑚
𝜋𝑑2
𝑡2 = = 98.23 𝑚𝑚 (46)
𝑍
A obstrução da pá será:
𝑆
𝜎2 = (47)
𝑠𝑒𝑛(𝛽2 )
Usando S como 3mm, temos 𝜎2 = 7.68 𝑚𝑚, o coeficiente de contração à saída
do rotor é:
(𝑡2 − 𝜎2 )
𝜈2 = = 0.921 𝑚𝑚 (48)
𝑡2
Largura das pás na saída:
𝑄′
𝑏2 = = 6.624𝑚𝑚 (49)
(𝜋𝑑2 𝑣𝑚2 𝜈2 )
Ns 20.74
i 1
26
Q’ 73.5 m3/s
𝜀 0.75
𝐻𝑒 93.33 m
N 26.30 C.V.
𝑑𝑒 23.28 mm
𝑑𝑛 43.28 mm
𝑣1′ 4.82 m/s
𝑑1′ 85.26 mm
𝑑𝑚1 93.79 mm
𝑣𝑚1 6.21 m/s
𝑢1 17.68 m/s
𝑏1 11.16 mm
𝛽1 19.35 º
Z 7
1 1.288
𝜐1
𝑑2 218.87 mm
𝑣𝑚2 4.86 m/s
𝑢2 41.26 m/s
𝜈2 0.921
𝑏2 6.62 mm
𝛽2 23º
27
4 Traçado das pás e da Voluta
Para projetar o traçado das pás é necessário se atentar à questão das perdas por
atrito, que serão tanto maiores quanto mais longo o canal entre as pás e quanto menos
suavemente se fizer o alargamento do mesmo. Como observa (Quantz, 1943), uma forma
adequada para o perfil da pá satisfaz “a condição de assegurar uma aceleração
sensivelmente uniforme para os elementos da veia líquida”. Neste projeto, veremos os
métodos: Traçado por arcos de circunferência e traçado por pontos.
28
Figura 19 – Traçado da curva da pá por dois arcos de circunferência (Macintyre, 2014)
Dois têm sido os métodos mais usualmente empregados para essa determinação:
29
Vm x r
6.2
5.8
vm (m/s)
5.6
5.2
4.8
46 56 66 76 86 96 106
raio (mm)
30
𝜐 x raio
1.3
1.25
1.2
1.15
𝜐 1.1
1.05
1
46 66 86 106
raio (mm)
uxr
42
37
32
u (m/s)
27
22
17
46 56 66 76 86 96 106
Raio (mm)
31
não deve apresentar variações bruscas, a fim de que o fluido escoe suavemente sobre as
pás.
Para obter o gráfico semelhante ao gráfico acima, criou-se uma Tabela 12 com
valores próximos a r1 e r2 e alterando levemente o valor de 𝑢𝑣𝑢 (r) para obter os trechos
horizontais e a leve curvatura, depois utilizou-se uma função linear para ligar os pontos
intermediários.
46,89327 0
47 0
50 4
52 15
54 50
56 95,5
60 190,5
65 309,25
70 428
75 546,75
80 665,5
32
85 784,25
90 903
95 1021,75
100 1140,5
102 1190
104 1215
106 1228
109 1229,52
109,4376 1229,52
u.vu x r
1200
1000
800
u.vu (m^2/s^2)
600
400
200
0
46 66 86 106
raio (mm)
𝑤𝑢 = 𝑢 − 𝑣𝑢 (51)
33
Conhecendo a variação de u em função do raio (4.2.3 Traçado da curva de
variação da velocidade circunferencial u) e a variação do produto u.vu em função do raio
(4.2.4 Traçado da curva do produto ), pode-se dividir 𝑢𝑣𝑢 por u e achar os valores de 𝑣𝑢
em função do raio. Tendo conhecimento de u(r) e 𝑣𝑢 (r), acha-se 𝑤𝑢 (r ).
𝑣𝑚 (𝑟)
𝑡𝑔(𝛽)(𝑟) =
𝑤𝑢 (𝑟)
u.vu
r (mm) (m2/s2) u (m/s) vu (m/s) vm (m/s) wu (m/s) vm/wu=tgbeta 𝜷 (graus)
34
56 98,6 21,1115 4,67044 6,0153 16,44106 0,365870505 20,09608248
35
Figura 27 – Cálculo de 𝑑𝜑 em um ponto da pá (Macintyre, 2014)
Nele,
𝐶𝐷 = 𝑟𝑑𝜑 (52)
Mas
𝐷𝐸 𝐷𝐸
𝐶𝐷 = = 𝑣
𝑡𝑔(𝛽) 𝑚 (53)
𝑤𝑢
Onde DE é o acréscimo dr do raio r.
𝑑𝑟
𝑟𝑑𝜑 = (54)
𝑡𝑔(𝛽)
Separando 𝑑𝜑 do resto da equação temos
𝑑𝑟
𝑑𝜑 = (55)
𝑟𝑡𝑔(𝛽)
180
Integrando 𝑑𝜑 de r1 para r2 e multiplicando por obtém-se em graus
𝜋
180 𝑟2 𝑑𝑟
𝜑= ∫ (56)
𝜋 𝑟1 𝑟𝑡𝑔(𝛽)
1
A curva 𝜑(𝑟) pode ser obtida traçando a curva 𝐵 = 𝑟𝑡𝑔(𝛽) e calculando-se as áreas
das superfícies limitadas por essa curva, o eixo das abscissas e as ordenadas
correspondem a dois raios próximos conforme Figura 28.
36
Figura 28 – Cálculo de B (Macintyre, 2014)
𝐵𝑖 +𝐵𝑖+1
O valor de 𝜑 em graus a um raio r e a uma ordenada é então calculado pela
2
expressão
180 𝐵𝑖 + 𝐵𝑖+1
𝜑= ∑ ∆𝑟[ ] (57)
𝜋 2
Uma vez traçado valores de 𝜑 para diferentes raios r, pode-se proceder como indica a
Figura 29 para traçar o perfil da pá.
37
Figura 29 - Traçado da pá pelo ângulo φ (Macintyre, 2014)
𝜷º R (mm) B ∆𝒓 (mm) dS ∑ 𝒅𝑺 𝝋º
38
36,05940941 80 0,017167 5 0,093201 1,218645042 69,82322
39
4.3 Desenho da Voluta
O coletor ou voluta é o conduto que recebe o líquido diretamente do rotor ou das
pás do difusor e conduz o líquido à boca de saída da bomba, com o intuito de manter a
velocidade e consequentemente a pressão constante em todo os 360º. Este procedimento
permite um equilíbrio das forças radiais no entorno dos 360º da voluta, porém isto apenas
acontece se a bomba operar na vazão de projeto.
O projeto do coletor pode ser feito segundo uma das hipóteses abaixo:
Neste projeto foi adotado o método de (Stepanoff, 1957) porque usa da mesma
teoria da velocidade constante em cada seção da voluta, assim como (Falco & Mattos,
1998). Para achar a velocidade média constante 𝑣𝑣𝑜𝑙 (velocidade na voluta), é baseado
em dados obtidos com experiência que é determinada pela equação (58):
40
Figura 30 – Determinação do fator K em função da velocidade específica pelo método de
Stepanoff (Macintyre, 2014)
𝑑3 −𝑑2
Na figura acima também se acham os valores de 𝛼𝑣 e 100( ) que são os
𝑑2
valores das constantes mostradas na Figura 31.
𝛼=7
𝑘3 = 0.412
𝑑3 − 𝑑2
100 =9
2
𝑑3 = 238.57 𝑚𝑚
𝑑𝑣 = 223.87 𝑚𝑚
𝜋𝑑𝑖 2 𝑣𝑣𝑜𝑙
𝑄𝑖 = (60)
4
Rearranjando a equação (60), temos:
4𝑄𝑖
𝑑𝑖 = √ = √0.083𝑄𝑖
𝜋𝑣𝑣𝑜𝑙
42
Para a boca de recalque, temos uma velocidade mais reduzida com o objetivo de
transformar a energia cinética em energia de pressão, podendo-se considerar uma
velocidade próximo de 4m/s, logo:
4𝑄´
𝑑𝑓 = √ = 80.61 𝑚𝑚
4𝜋
√323.613[𝑔𝑝𝑚]
𝑁𝑠 = 3600[𝑟𝑝𝑚] 3⁄ = 1097.748 𝑟𝑝𝑠
229.659[𝑓𝑡] 4
Figura 32 – Variação percentual da carga para diferentes porcentagens da vazão (Falco &
Mattos, 1998)
43
Figura 33 - Variação percentual da eficiência para diferentes porcentagens da vazão (Falco &
Mattos, 1998)
Figura 34 - Variação percentual da potência para diferentes porcentagens da vazão (Falco &
Mattos, 1998)
Q Pot
%Q (m3/h) %H %Ef. %Pot H (m) Ef (C.V.)
44
0,75 52,5 1,075 0,94 0,83 75,25 0,6486 21,83038
1 70 1 1 1 70 0,69 26,30166
HxQ
90
80
70
60
50
H (m)
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Q (m3/h)
Eficiência x Q
0.8
0.7
0.6
0.5
Eficiência
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Q (m3/s)
45
Pot x Q
30
25
20
Pot (C.V.)
15
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Q (m3/s)
46
Figura 38 – Colapso de bolha em três situações características (Falco & Mattos, 1998)
No caso das bombas centrífugas, a região de mínima pressão, crítica para efeito
de análise de cavitação, é a entrada do impelidor. Nesta região a pressão é mínima pois o
líquido ainda não recebeu nenhuma adição de energia por parte do impelidor e teve sua
energia reduzida pelas perdas de carga na linha de sucção e entrada da bomba.
Portanto, para não ocorrer a cavitação em uma bomba centrífuga, a energia com
que o fluido chega na sucção da bomba (depende apenas do sistema) menos a energia que
se perde entre o flange de sucção e o olho do impelidor (depende do projeto da bomba)
necessita ser maior que a pressão de vapor do fluido na temperatura de operação.
47
da energia de pressão, que chamaremos de delta(h) e que é assim “requerida” pela bomba,
sendo chamado de NPSH requerido e varia de acordo com a vazão.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1473748/
Alguns autores propuseram seus métodos para o cálculo de NPSH requerido para
a vazão projetada da bomba. Se dividirmos delta(h) pela altura manométrica (H) temos o
Fator de Thoma, esta grandeza, as vezes chamada de “número característico adimensional
para a cavitação”, depende da velocidade específica.
∆ℎ
𝜎= (61)
𝐻
O fator de cavitação pode ser calculado pela seguinte fórmula empírica, a qual foi
determinada após um grande número de ensaios.
4
𝜎 = 𝜑𝑛𝑞 ⁄3 (62)
Para bombas centrífugas lentas e normais, 𝜑 = 0.0011, assim temos:
4⁄
𝜎 = 0.0011 ∗ 20.74 3 = 0.0627
48
𝑛 2 𝑄 2
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 = [( ) ∗ ]3 (64)
100 𝑘𝐾
- Q em m3/s
- n em rpm
Para encontrar um valor mais próximo ao método de Stepanoff, utilizamos k=0,9, logo
para o método de Pleiderer temos:
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 = 4.87 𝑚
𝑁𝑠(𝑢𝑠)
𝑆𝑆𝑆 = 3 = 8550.413 (65)
𝜎 ⁄4
Para achar os valores de 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 em função de outras vazões utiliza a Figura 40,
encontra-se os valores de 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 para as diferentes vazões e rotação de projeto. Como
esse gráfico é utilizado para SSS = 8000, existe um fator de correção k que é encontrado
na Figura 41.
49
Figura 40 – Variação do NPSH requerido em função da descarga para bomba com S=8000 e
diversas rotações por minuto (Macintyre, 2014)
80.903288 0
50
NPSH x Q
6
4
NPSH (m)
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Q (gpm)
51
5 Conclusão
O projeto da bomba centrífuga efetuado neste estudo mostrou-se adequado e apto
a ser comercializado, visto que os resultados obtidos foram semelhantes com os
resultados de bombas presentes no mercado.
52
Figura 44 - Curva NPSH requerido x Vazão bomba KSB
53
Figura 46 – Dados bomba RuhRPumpen
O diâmetro externo desta bomba possui um valor menor que a bomba do presente
projeto, principalmente em função do fator de escorregamento ser menor, da mesma
ordem de grandeza como indicado pelo Professor de Falco.
54
Além disso, por ser uma bomba para aplicação em indústria pesada, outras
medidas da bomba da RuhRPumpen indicam um melhor projeto, tais como a potência
requerida e o NPSH requerido, ambos com valores menores do que a bomba projetada
nesse trabalho.
Bomba
Bomba projeto Bomba KSB RuhRPumpen
Potência [C.V] 26.3 29.23 24.72
Diâmetro externo [mm] 218.8 209 194.06
NPSH req [m] 4.87 5.4 2.89
55
Referências bibliográficas
Cheysson, M. (1975). Tecnologie des pompes centrifugues. Institute Français du Pétrole.
Falco, R. d., & Mattos, E. E. (1998). Bombas Industriais. Rio de Janeiro: Interciência.
Stepanoff, A. J. (1957). Centrifugal and Axial Flow Pumps. New York: John Wiley &
Sons, INC.
56
Anexo I – Desenhos
57
4 3 2 1
218,87
F 93,79 F
E E
23
º
D D
19,35°
C C
B B
F 93,79 F
E E
23
º
D D
19.35°
C C
B B
218,87
F F
93,79
E E
23
D D
°
19,35°
C C
B B
218,87
F F
93,79
E E
23
°
D D
19,35°
C C
B B
80,61
F F
E E
D D
C C