Anda di halaman 1dari 23

DISCIPLINA: Responsabilidade Civil

PROFESSOR: BRUNO ZAMPIER


MATÉRIA: Responsabilidade Civil
Indicações de bibliográficas:
 Curso de Direito Civil Volume 3 – Responsabilidade Civil - Cristiano Chaves de
Farias, Felipe Peixoto Braga Netto e Nelson Rosenvald

Leis e artigos importantes:


▪ Art. 738 do CC/02 ▪ Enunciado 46 e 380 do CJF ▪ Art. 393, CC

▪ Art. 12, § 3º, III e art. 14, § 3º, II, ambos do CDC ▪ Art. 927, § único do CC/02

▪ Arts. 932 e 933 CC/02 ▪ Art. 1521 do CC/16 ▪ Art. 927, § único do CC/02

▪ Arts. 932 e 933 CC/02 ▪ Art. 1521 do CC/16 ▪ Artigos 929 e 930 do CC/02

▪ Art. 187 e 1228, § 2º do NCC ▪ Arts. 936 a 938 do CC/02 ▪ Art. 932 do CC/02

▪ Arts. 933 e 934 do CC/02 ▪ Art. 3º e 4º do CC/02 ▪ Art. 928 do CC/02

▪ Art. 116 do ECA (c/c art. 112 do ECA) ▪ Art. 5º, § único do CC/202

▪ Art. 944 do CC/02 ▪ Art. 945 do CC/02 ▪ Art. 730 do CC/02

▪ Art. 738 do CC/02

TEMA:
Responsabildiade Civil

PROFESSOR:
BRUNO ZAMPIER

Tendência natural da provocação de danos na atual conjuntura social. Grandes cidades


comportam sociedade de massa, o que inevitavelmente aparecem danos em virtude das condutas
adotadas por certos indivíduos.

O tema destina-se a recompor (compensar) os danos que inevitavelmente ocorrerão na


nossa sociedade moderna. Essa é a ideia inserida na responsabilidade civil.

Conduta  desrespeito  danos  recomposiçãod e danos causados a uma terceira


pessoa.

Consiste no dever de indenizar, reparar o dano causado a outrem. A violação da norma


gera uma sanção.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Na percpertiva de um direito civil constitucionalizado hoje é possível falar que a
responsabilidade civil possui alguns princípios:

i) Dignidade humana: Art. 1º, III da CRFB/88.

ii) Solidarismo Constitucional: Pensando na vítima e nos seus interesses lesados nos
faz construir uma sociedade verdadeiramente solidária.

iii) Reparação integral: Dentro da ideia antiga do restitutio in integrum teríamos como
grande princípio da responsabildiade civil o principio da reparação integral. A ideia é tanto quanto
possível dentro de um ideal de fazer justiça devemos pensar na vítima retornando a
situação que ela vivenciava antes da lesão.

Todos os danos experimentados pela vítima serão suportados pelo autor da lesão.

iv) Prevenção/Precaução: Alguns doutrinadores chamam de novo paradigma da


responsabilidade civil. Hoje em uma sociedade cada vez mais em contato mutuamente entre os
indivíduos mais importante do que reparar o dano é evitar a ocorrência do dano. Se um dano
está na iminência de ocorrer o papel do Estado protegendo a pessoa humana, construindo uma
sociedade solidária é evitar, se precaver, inibindo a ocorrência de eventual dano. É com essa
perspectiva que a sociedade moderna deve trabalhar.

Existndo a possibilidade de antever a lesão a própria tutela inibitória pode evitar a


consumação do dano, uma evential mancha ao direito da personalidade.

O princípio jurídico destina-se ao auxilio da interpretação das normas atinentes


aquele ramo.

▪ Função da responsabilidade civil moderna: reparar o dano, o prejuízo mais evitar que o
dano se consume.

DICOTOMIA CLÁSSICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Extracontrarual (aquiliana) Contratual


▪ Toda coletividade tem um dever de abstenção Ilícito Contratual – Inadimplemento.
genérico estabelecido pela lei de gerar um
dano/prejuízo ao patrimônio, a uma pessoa
determinada. O descumprimento do dever faz nascer
uma pretensão de ver o prejuízo reparado
normalmente quando se não observa esse dever de
abstenção vindo a causar prejuízos a outrem temos a
configuração do ato ilícito civil, o fundamento da
responsabilidade civil extracontratual.

Base: o ato ilícito

Responsabilidade civil Extracontratual:

A - - - - > se relaciona com toda coletividade (indeterminada).

Em relação ao A essa coletividade tem um dever negativo, ou seja, toda coletividade


deverá se abster da prática de atos que venham a lesar o patrimonio ou a propria pessoa do “A”.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Esse dever ficou conhecido pela máxima “neminem laedere”. Dever imposto pela lei de
maneira genérica. Quando este dever de abstancao é violado ele lesiona o direito subjetivo do A,
por exemplo, nascendo para este uma prerenção que será uma pretensão de ver o seu prejuízo
reparado. Essa é a lógica da responsabilidade civil extracontratual. Não há um contrato concreto
entre os envolvidos.

Responsabilidade civil Contratual:

Temos a presença de dois sujeitos determinados. O contrato se formou entre um A e um


B que terão normalmente prestações recíprocas, principalmente quando falamos de prestações
bilaterais.

Na seara contratual os deveres são específicos, ao contrário do que se passa na relação


extraocntratual.

Aqui a fonte normativa é a vontade e não a lei.

Aqui temos uam ideia de ilícito mais restrita porque quando uma das partes no contrato
não cumpre o que fora convencionado teremos a figura do inadimplemento.

Essa dicotomia clássica hoje ainda faz sentido ou é besteira doutrinária?

Hoje noa estamos tão preocupados com a estrutura da responsabildiade civil mas sim
com a função que esse ramo deve cumprir. Esse é um dos fundamentos para que parte da
doutrina afirme que essa dicotomia não é mais necessária, não tem mais porque falar nessa
dicotomia.

Hoje o próprio CDC traz a figura do consumidor por equiparação, exemplo: a vítima de
um acidente de consumo prevista no art. 17 da lei 8078. Exemplo mais atual do buy standard.

Hoje a responsabilidade civil prevista no CDC pode ser tanto contratual quanto
extracontratual.

O STJ vem há alguns anos se valendo dessa distinção entre responsabilidade


extracontratual e contratual.

Para definirmos o prazo de prescrição para reparação civil, para o STJ, devemos
fazer a divisão em responsabilidade contratual e extracontratual.

O STJ entende que se a reparação tiver natureza extracontratual o prazo de


prescrição será o prazo previsto no art. 206, § 3º, V do CC.

Já se for contratual o STJ entende que não há prazo especial de prescrição, logo
aplicaremos o prazo geral previsto no art. 205 do CC de 10 anos.

▪ Evolução da responsabilidade civil conforme o elemento culpa:

1º momento: Século XIX  a responsabilidade civil possuía natureza subjetiva, ou seja,


permitia-se a indenização a vítima desde que a vítima produzisse uma prova a respeito da culpa
do agressor, ou seja, o ônus da prova era da vítima. A culpa provada era o fator essencial para
que se pudesse pensar na responsabilização de um indivíduo.
Era uma demonstração diabólica,provar a culpa do ofensor.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


2º momento: Há certas situações em que é impossivel provar a culpa do ofensor e assim
exigir da vítima a produção dessaprova equivalerá a deixar essa vítima sem qualquer
indenização. A jurisprudência e a própria lei começou em algumas situações pontuais a enxergar
a vitima, o foco começa a sair do agressor e passa a ser também a vítima. O estado começa a se
comprometer a ver o lado da vítima, especialmente em situações de acidente de trabalho. Ainda
se discute culpa, mas começando-se a enxergar a vítima percebeu-se que por vezes será
extremamente relevante se inverter o ônus da prova.

3º momento: Chegamos a responsabilização objetiva. Aqui existe a culpa, mas não


haverá espaço para produção de prova sobre o elemento culpa, ou seja, não discute-se culpa,
mas nas hipóteses em que a lei e a jurisprudência começou a reconhecer como responsabilização
independentemente de culpa não é que exista culpa na sua origem, mas a lei e a jurisprudência
ao admitir hipótese de responsabilidade objetiva dispensa a discussão a respeito da culpa.

Não há uma extensa fase de produção de prova.

Se opera independentemente de prova a respeito da culpa.

1º momento: 2º momento: 3º momento:


Responsabilidade objetiva
por culpa provada
Subjetiva Subjetiva Objetiva
Prova Jurisprudencia/Legislação Não há prova sobre culpa.
Culpa Inversão ônus da prova Na origem temos uma conduta
Ofensor O próprio ofensor tem que culposa.
provar sua isenção de culpa. Jurisprudencia e lei começam
a dispensar paulatinamente a
discussão da culpa.

Exemplo dessa evoluçã na legislação:

Responsabilidade civil dos pais pelos atos praticados pelos filhos menores.

 No CC/16 o art. 1521 preconizava que os pais só seriam responsáveis pelos atos
praticados pelos seus filhos menores se a vítima provasse que os pais custodiaram mal, vigiaram
mal e portanto assim aquele menor praticou aquele ato. Ou seja, cabia a vítima provar a
omissão culposa dos pais. Temos aqui uma responsabilidade subjetiva por culpa provada.

 A jurisprudência, ao longo do século XX sumulou entendimento através da súmula


341 do STF, que tirava o ônus da prova dos ombros da vítima. A jurisprudência transofrmou a
hipótese de culpa provada para uma responsabilidade civil por culpa presumida.

A jurisprudência conferiu nova interpretação ao art. 1.521.

 O CC/02 nos artigos 932 e 933 preconiza que não discute-se mais culpa. Se houve
ato praticado por menor que veio a causar danos a terceitos caberá aos pais responder por esse
terceiro. Os pais serão sim responsabilizados perante esse terceiro independentemente de prova
da sua culpa. Ou seja, atualmente as responsabilidade dos pais praticados pelos seus filhos
menores é uma responsabilidade objetiva.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Hoje o sistem brasileiro da responsabilidade civil adota é dividido em três correntes
sobre o elemento culpa:

1ª Corrente (majoritária): A responsabildiade será subjetiva como regra. Só teremos


responsabilidade objetiva quando a lei expressamente assim disser (exemplo: CDC, contrato de
transporte, Estado).

2ª Corrente: A regra hoje para essa corrente é a responsabilidade ser objetiva. Essa
corrente prevê isso porque na jurisprudência do STJ a maior parte das hipóteses é de
responsabilização objetiva. A exceção são os raros casos de responsabilização subjetiva.

3ª Corrente: Na posição do professor é a melhor corrente, pois a ideia de colocar o que é


regra e o que é exceção é uma dialética constante no estudo do Direito. Essa corrente afirma não
haver regra. Para essa corrente o sistema de responsabilidade civil hoje no Brasil se debruça não
sobre a lógica de regra e exceção mas sobre a prespectiva de uma concivencia harmônica entre
as hipóteses de responsabilidade civil subjetiva e as hipóteses de responsabilidade objetiva,
cabendo ao magistrado casuisticamente definir se a hipótese que está sendo julgada é uma
hipótese que deflagra uma responsabilização objetiva ou subjetiva.

O art. 927, § único do CC/02 trouxe uma abertura dentro do sistema de responsabiliade
civil. Há uma clausula geral de responsabilização objetiva nessa norma.

ATO ILÍCITO

A norma jurídica é a aquela norma que esabelecerá um certo comportamento, uma certa
conduta que as pessoas deverão adotar. O descumprimento da norma jurírida irá gerar a
aplicação de uma sanção coercitiva por parte do Estado, ou seja, ao adotar uma conduta contrária
ao que está previsto na norma esta conduta contrária a norma é chamada de conduta contrária ao
direito, ou seja, antijurídica.

Uma conduta antijurídica é uma conduta ilícita

A ilicitude seria então a contrariedade a conduta prevista na norma. Ao atuar de forma


contrária ao direito temos uma antijuridicidade/ilicitude. Esta antijuridicidade é em sentido lato.

Em relação ao direito civil temos que o ato ilícito é o ato em que se atua contratiamente a
norma e além disso temos a produção de um dano a terceiro.

Ato ilícito: Para o Direito Civil seria aquela conduta, aquele comportamento que
transgeredindo a norma pré-estabelecida acarreta um resultado danoso para alguém.

Delito Civil: é aquela conduta contrária a norma que causa um dano a alguém.

A definição do que é o ato ilícito está no art. 186 do CC/02.

A consequencia para a prática do ato ilícito está no art. 927 do CC/02.

Observação i: Se não houver dano não há que se falar em ilícito civil. Não há ato ilícito.
Ou seja, o direito civil ao contrario do direito penal/administrativo exige a produção concreta de
um dano.
O ilícito civil requer um dano para a sua configuração.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


No Direito Civil não existe crime de mera conduta.

Observação ii: Assim como no Direito Penal o Direito Civil também possui as duas
Excludentes da ilicitude. O art. 188 do CC/02 irá trabalhar com essas causas.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessár io, não
excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

O Estado realiza uma ponderação abstrata de interesses.

No que tange a legítima defesa podemos aplicar todos os requisitos do Direito Pena no
que tange ao tema no Direito Civil:

- A agressão tem que ser injusta;

- A atuação tem que ser logo após;

- Os meios tem que ser proporcionais;

- Não pode haver excesso.

Em relação ao exercício regular de um direito temos inúmeros exemplso jurisprudenciais,


diferente da legítima defesa.

Em relação ao tema ver informativo 371 do STJ: levar uma notícia crime a autoridade
pública constitui exercício regular de um direito não podendo o noticiante ser condenado
civilmente a pagar uma indenização aos denunciados ainda que estes ao final sejam absolvidos.

Todavia, uma denuncia desprovida totalmente de indicio, comprovação mínima ou


razoabilidade de que a pessoa denunciada estava envoldida na prática dos crimes apaontados o
denunciante obviamente será condenado, ou seja, a atuação abusiva do denunciante gerará
responsabilidade criminal e civil.

Outro caso muito ventilado sobre ERD no âmbito do STJ está ligado a liberdade de
imprensa: hoje o direito a informação é reputado com direito fundamental mais especificamente
de 4ª dimensão. A liberdade de expressão, via de regra, deve ser preservada. As condutas que
restringem a liberdade de expressão são excepcionais. Logo o jornalista possui o direito de
noticiar fatos, de informar.

Ver informativo 499 do STJ  exercício do direito de infomrar é exercício regular do


direito.

ESTADO DE NECESSIDADE:

O estado de necessidade exclui a possível ilicitude existente do ato praticado. Mesmo


sendo um ato lícito teremos consequências jurídicas no âmbito das indenizações:

Exemplo: Condutor do veículo dirigindo o carro e uma bola atravessa na frente do carro.
Ao ver a criança desvia o carro e bate no carro estacionado. A pergunta é: A conduta é ilícita ou

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


não? Não, não é ilícita. Houve uma atuação justificada (sacrifício de um bem de menor valor para
salvar um outro de maior expressão). Não obstante o ato ser lícito, por uma escolha do legislador
este ato praticado em estado de necessidade acarretará pagamento de indenização. O legislador
civilista trouxe os artigos 929 e 930 do CC/02 que preveem a indenização quando o ato é
praticado em estado de necessidade.

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para
haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

O art. 930 prevê a possibilidade de regressão. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro
contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao
lesado.

Ver Informativo nº 513 do STJ: assentou-se que a indenização prevista no art. 929 do
CC/02 deve ser proporcional, ou seja, quem atuou e estado de necessidade não pode ser
condenado com a mesma forca que alguém que praticou genuinamente um ato iícito. A
indenização neste caso deve ser proporcional  de menor expressão do que seria uma
indenização daquele que verdadeiramente pratica um ato ilícito.

ABUSO DO DIREITO (Art. 187 e 1228, § 2º do NCC)

Qual tipo de direito pode ser exercido de maneira abusiva?

Direito Subjetivo: faculdade de agir de acordo com a vontade do seu titular com intuito de
satisfazer seu interesse próprio.

A figura do abuso do direito traz uma analise do exercício desse direito subjetivo  houve
respeito aos limites estabelecidos pela ordem jurídica ao agir na busca da satisfação da vontade
do seu interesse.

A ordem jurídica ecerce a função limitadora do exercício do direito subjetivo.

Abuso do direito  ocorre quando um direito subjetivo vier a ser exercido extrapolando-se
os limites estabalecidos pela ordem jurídica.

A ordem jurídica brasileira no art. 187 do CC/02 trazendo um critério objetivo finalístico
estabeleceu de forma fluida (abstrata) como uma verdadeira clausula geral que um direito
subjetivo deve respeitar limites estabelecidos por uma função ecnomica, social, pelo princípio da
boa fé objetiva e também uma carga de moralidade do direito que são os bons costumes.

O legislador passou a responsabilidade para o julgador. Será o juiz que irá dizer
casuisticamente se o exercício de um direito foi dentro dos limites estabelecidos ou não.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


O STJ possui inúmeros julgados em que ele reconhece a figura do abuso do direito.

Existe abuso do direito de demandar hoje. O STJ falou que o advogado que executa
honorários tem que colocar no polo passivo quem foi o réu na ação principal.

Ver informativos 539, 545, 497 do STJ.

A responsabilidade civil que emerge do abuso do direito será edificada casuísticamente.

O abuso do direito é ato ilícito.

O abuso do direito gera responsabilidade civil, inclusive de natureza objetiva (Enunciado


37 do CJF).

O abuso do direito pode gerar a sancao clássica que é a indenizacao, mas pode gerar
outros tipos de sanção. Este caráter do abuso do direito deve ficar cristalino.
O enunciado 539 do CJF possui uma primoroza redação, preconizando que o abuso
do direito é um acategoria jurídica autônomoa da responsabilidade civil. Ou seja, existe
responsabilidade civil sem dano, principalmente se pensarmos na função precaucional ou
inibitória. (hipóteses do art. 187 do CC/02).

O melhor exemplo esta quando nos debruçamos na figura da boa fé objetiva. Exemplo:
informativo 480 do STJ  o adimplemento substancial ou inadimplemento mínimo. Até mesmo o
direito subjetivo de cobrança deve ser exercido dentro de determinados limites.

ELEMENTOS OU PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL

1º elemento: Conduta

Conduta significa comportamento e esta conduta deve ser proveniente de uma conduta
humana. Isto significa que mesmo nas hipóteses em que teremos responsabildiade civil por fato
da coisa ou por fato do animal nós teremos a presença de uma conduta humana, no mínimo uma
conduta humana de caráter omissivo. Ver arts. 936 a 938 do CC/02

Observação: as hipóteses dos arts. 936 ao 938 do CC/02 são hipóteses que se qualificam
como responsabilização objetiva.

Essa conduta humana nada mais é do que o comportamento voluntário que se


exterioriza através de uma ação ou omissão

Voluntária é a conduta que se caracteriza por ser controlável pela vontade. Não quer dizer
que na prática ela tenha sido efetivamente controlada. A contrario sensu se a conduta não for
voluntária o indivíduo não será responsabilizado.

Na situação do sujeito que voluntariamente começa a beber em ao entrar em um estado


de completa inconsciência e cometer um dano a um terceiro esse indivíduo será
responsabilizado. Actio libera in causa: se na origem ele foi livre para escolher se bebia ou não
ele será responsabilizado pelos seus atos.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Obs: Se a conduta é humana e voluntária poderemos chegar a conclusão no âmbito da
responsabilidade civil que só haverá responsabilidade pelos atos próprios, via de regra.
Todavia existem exceções:

▪ Responsabildiade Civil por fato de terceiro ou indireta: Resumidas no art. 932 do CC/02
 Estas hipóteses é mais uma hipótese de responsabilização objetiva.

Ver art. 933 do CC/02.

Não temos mais discussão enquanto vítima de culpa in vigilando.

 Ver art. 934 do CC/02 (cuidado, este direito de regresso não será aplicado nos casos
dos incisos I e II do art. 932 do CC/02)

Obs ii: Responsabilidade civil do incapaz  Nas hipóteses do arts. 3º e 4º do CC/02. Os


pais ou os responsáveis nomeados pelo juiz serão civilmente responsáveis.

O incapaz pode vir a ter responsabilidade civil diretamente pela sua conduta? O CC no
art. 928 trouxe a responsabilidade civil do incapaz.

Para o incapaz ser responsabilizado o código elenca alguns requisitos:

O sujeito deve ser imputável, mas é perfeitamente factível do incapaz ser


responsabilizado pelos seus atos.

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o
incapaz ou as pessoas que dele dependem.

- O incapaz ter mais recurso que seus pais/tutores/curadores

- Doutrina que entende que a hipótese ventilada no caput do 928 acerca da


impossibilidade dos pais terem obrigação de indenizar é a prevista no art. 116 do ECA (c/c art.
112 do ECA)  A obrigacao de reparar o dano nessas normas seria uma medida sócio educativa
aplicada ao menor e não aos seus pais.

- A indenização fixada deve ser fixada pelo juiz contra o menor de forma equitativaão
fixada deve ser fixada pelo juiz contra o menor de forma equitativa.

- A indenização fixada pelo juiz não poderia privar o incapaz ou que dele necessitam do
indispensável a sua subsistência.

 A nossa legislação trouxe sim a figura da responsabilidade civil do incapaz


mas ela o fez em caráter subsidiário.

Observações:

▪ Essa responsabilidade do art. 928 não fez qualquer distinção entre o absoluta e
relativamente incapaz, ou seja, a lei trouxe incapacidade como um gênero.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


▪ A emencipação prevista no art. 5º, § único do CC/202  o menor emancipado responde
ou a responsabilidade continua sendo dos seus pais? R.: Se ele é emancipado ele pode ser
responsabilizado porque ele já é plenamente capaz, ou seja, já é um sujeito imputável. Não se
aplica o art. 932 para que já foi emancipado.

Todavia, temos a emancipação voluntária, judicial e legal.

Na emancipação voluntaria sãos os pais por escritura pública que emancipam o menor 
ao praticar esse ato jurídico o pai se exime do art. 932 CC/02? A jurisprudência do STJ entende
que se os pais emanciparem voluntariamente o filho eles não se eximirão da
responsabilidade pelos atos praticados pelos seus filhos – Ler o REsp. 122.573 do STJ.

▪ A doutrina entende que independentemente do pai que tenha a guarda do menor ambos
os pais titurales do poder familiar serão responsabilizados pelos atos praticados pelo filho menor.

Ressalva: O STJ falou que se no caso concreto ficar provado que aquele menor só teve
aquela conduta danosa em virtude de um comportamento exclusivo de um dos pais somente este
pai é quem será responsabilizado.

Ver informativo 416 do STJ.

Conduta Comissiva:

Conduta comissiva é aquela que envolve um agir por parte do autor do dano.

Conduta Omissiva:

No Direito Penal só temos crimes omissivos mediante a não adoção da conduta de um


agir disposta na norma.

A responsabilidade por atos omissivos se fará presente quando um sujeito deixar de agir
conforme determinado por uma norma jurídica.

Sem dever de agir prévio não há que se falar em responsabilidade por ato omissivo.

O dever de agir pode ser estabelecido pela lei, como no caso do policial e do bombeiro.

No ano de 2012 o STJ entendeu que o pai que abandona completamente o seu filho
enseja uma responsabilidade civil pelo abandono afetivo. Nítida responsabilidade de caráter
omissivo.

O dever de agir pode estar previsto em um contrato. Exemplo: contrato de um guia para
uma expedição na montanha e no meio do caminho ele abandona na montanha os seus
contratantes.

Outro exemplo jurisprudência em vogal é quando o indivíduo adere a uma rede social é
obvio que adere-se a um contrato virtual tornando-se um verdadeiro consumidor. Ao celebrar esse
contrato a rede social tem a obrigação de, por exemplo, retirar conteúdos ofensivos. Se isso não
ocorrer o provedor pode ser responsável pela omissão, por não ter retirado do ar as mensagens
de conteúdo ofensivo.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Além desse dever o provedor deve identificar o IP da máquina de onde vem a agressão.

Terceiro de agir que surge da responsabilidade por omissão é proveniente da ingerência


 ocorre quando uma conduta acaba por gerar ou expor bens de outrem a perigo sejam bens de
conteúdo patrimonial ou da personalidade.

Ver STJ:

▪ Informativo 432  as empresas fabricantes de cigarro não devem ser responsabilizadas


pelo fato de não tere sido omissas, pois à época não havia lei que estipulava dever de alertar
acerca dos riscos do uso contínuo do cigarro.

▪ REsp. 618.533.

2º elemento: Culpa

Para muitos um elemento que só faria sentido se estivéssemos no âmbito da


responsabilidade subjetiva.

As hipóteses de responsabilidade subjetiva na prática estão cada vez mais reduzidas.

Em que pese termos vários exemplos atuais de responsabilidade objetiva ainda há


espaço (cada vez mais redusido) para a responsabilidade subjetiva, para o elemento culpa. O
professor não concorda com os que dizem que a culpa fora retirada da responsabilidade civil.

A culpa no Direito Civil é uma culpa lato sensu, ou seja, encolverá tanto o dolo quanto a
culpa em sentido estrito.

Dolo no Direito Civil é o dolo que enseja a responsabilidade civil. Ele será a violação
intencional de um dever jurídico com a intenção deliberada de se causar prejuízo a outrem, ou
seja, alguém adota aquele comportamente visando causar um dano a outrem.

Advertencia 1: Aqui não será relevante a classificação do dolo. Para fins de


responsabilidade civil a classsificacao do dolo não é relevante.

Grau de culpa para a responsabilidade civil não é importante.

Culpa stricto sensu: não há intensao de causar prejuízo a outrem. A violação do dever
jurídico não é intencional neste caso, ela ocorre em virtude da inobservância de um dever objetivo
de cuidado.

O agente quer adotar aquela conduta mas ele não quer a ocorrência daquele resultado
danoso. Esta inobservância deriva da falta do dever objetivo de cuidado.

Aqui trabalhamos com a ideia de imprudência, imperícia e negligência.

A imprudência ocorre quando tivermos uma conduta comissiva e não observarmos um


dever objetivo de cuidado.

A imperícia ocorre quando o individuo estuver exercendo uma atividade ou serviço para o
qual ele era em princípio qualificado mas ele deixa de observas regras de comportamento obtidas
a partir da qualificação que ele fez. Exemplo clássico: erro médico.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


A negligência se liga a ideia de atos omissivos, a ideia de omissão, de não observância
da prática de certos atos que deveria ter. Exemplo: o agente dirigi o seu carro com pneus carecas.

Na prática é comum que uma mesma conduta posssa ser classificada como mais de uma
modalidade de culpa stricto sensu.

Ver informativos STJ: 485; 500; 515.

No âmbito da culpa a classificação existente no Direito Penal de culpa consciente e culpa


inconsciente é importante na seara do Direito Civil? Não é relevante.

Mas, a classificação no que tange ao grau de culpa (culpa grave ou culpa leve) já foi
importante para os civilistas, especialmente quando não falávamos na responsabilidade objetiva.
Essa classificação era usada para o juiz mensurar o valor da indenização. Isso atualmente não é
relevante para o direito civil, pois o art. 944 do diploma civilista preconiza que a indenização deve
ser medida não pelo grau de culpa mas sim pelas extensão do dano.

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.


Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
eqüitativamente, a indenização.

O nosso CC excepcionalmente dará relevância ao grau de culpa. O grau de culpa será


relevante quando:

▪ Art. 944, § único do CC/02: quando fica rprovado no caso concreto que o grau de culpa
foi ínfimo e o dano causado foi muito extenso, ou seja, desproporção manifesta entre o grau de
culpa e a desproporção do dano.

Excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano o juiz pode reduzir


equitativamente a indenização.

▪ Na hipótese da culpa concorrente, disciplinada no art. 945 do CC/02, também haverá


relevância ao grau de culpa. Há responsabilidade, mas ela será reduzida.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de
sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Observação: Ver enunciados do CJF 46 e 380.

Na responsabilidae objetiva podemos ter condutas culposas sim, o que não precisa provar
e a culpa.

O enunciado 380 superou o 46.

A discussão do grau de culpa permitida no 944 § único e 945 se aplcia tanto as hipóteses
de responsabilidade subjetiva quanto objetiva.

Exemplo: Art. 730 do CC.

O art. 738, § único do CC. O nosso legislador nos lembra que mesmo sendo contrato de
transporte o contrato com responssabilidade objetiva excepcionalmente o grau de culpa da
pessoa transportada pode ser discutida para fins de indenização.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Art. 738. A pessoa transportada deve sujeitar-se às normas estabelecidas pelo transportador, constantes no bilhete ou afixadas à vista dos
usuários, abstendo-se de quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo aos passageiros, danifiquem o veículo, ou dificultem ou impeçam a
execução normal do serviço.
Parágrafo único. Se o prejuízo sofrido pela pessoa transportada for atribuível à transgressão de normas e instruções regulamentares, o juiz
reduzirá eqüitativamente a indenização, na medida em que a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano.

3º elemento: Nexo causal ou Nexo de Causalidade

Não está presente somente no Direito Civil. Também presente no Direito Penal.

Estudar a causalidade de um evento é estudar como um evento se forma e como ele irá
acontecer.

Na responsabilidade civil o nexo causal é justamente o elemento que liga a conduta


ao resultado danoso, ao dano injusto.

Em suma: relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano sofrido pela
vítima.

▪ A ligação jurídica entre a conduta/atividade antecedente e o dano para fins de imputação


do dever de reparação.

Trata-se do elemento imaterial da responsabilidade civil, o elemento intangível. Para


alguns o mais delicado e o mais científico dos elementos da responsabilidade.

Para sabermos se houve ou não o nexo causal devemos perquirir a causa do resultado 
a conduta que está sendo analisada pode ser reputada como causa do resulatdo danoso. Ou
ainda, havendo várias causas qual ou quais delas podemos dizer que fora a produtora do
resultado danoso.

A análise do nexo causal depende de distinção entre condição e causa.

Condição seria todo e qualquer fato que esteja na origem daquele dano. Exemplos:
Um acidente automobilístico. Sujeito na condução de veículo // esse carro está sendo dirigido em
uma estrada // no momento do acidente havia uma chuva // a estrada estava mal conservada // o
sujeito estava em alta velocidade  condição são os fatos que estão na origem do dano. Todos
os fatos narrados são condições para a produção do evento.

Causa é toda condição que pudermos dizer que é determinante para a produção
daquele resultado de dano. Condição é qualquer fato, mas a eleição da causa depende da
análise de uma situação vivenciada naquele acidente.

Causa, por exemplo  olhar as condições e eleger qual ou quais deles são as produtoras
ou determinantes na produção daquele resultado.

No caso em analise, comprovado que a alta velocidade era a causa determinante na


produção daquele acidente.

Nem toda condição será uma causa.

TEORIAS:

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Dentre a maior parte das que foram construídas serão estudas as principais trabalhadas
no Brasil.

1. Teoria da equivalência dos antecedentes causais (teoria da equivalência das


condições, ou ainda teoria da conditio sine qua non):

Criada por Von Buri em 1860.

Segundo essa teoria todas as condições devem ser reputadas como causas de um
determinado evento danoso. Se o dano é único não podemos dividir aquilo que o antecede, ou
seja, as causas.

No exemplo em comento, por essa teoria, todas as condições se equivalem e produzem


um resultado único.

Toda condição se torna uma causa.

Essa teoria não é aplicada no direito civil.

Crítica: ao igualar todas as condições chamadas de causas acabamos por permitir uma
regressão infinita levando responsabilidade para sujeitos que não se ligaram diretamente aquele
dano.
Não se presta a responsabildiade civil.

Obs.: Esta teoria foi adotada no Direito Penal de forma mitigada (art. 13 do CP).
Exemplo: Um homicídio  um homem comprou uma arma e estava no beco. Disparou a arma
causando o resultado morte  responderá pelo art. 121 do CP. Quem vendeu a arma será
responsabilizado? Se aplicarmos puramente a teoria a resposta será sim. Todavia, o Direito
Penal mitiga a teoria aplicando um filtro que é exatamente a tipicidade que a
responsabilização penal possui. O homem que vendeu a arma só responderá como partícipe
do homicídio se houver dolo ou cullpa intrínsecamente ligado a sua conduta.

2. Teoria da Causalidade Adequada:

Elaborada por Von Kries.

Segundo essa teoria causa é a condição adequada a produção do resultado dentro


de um Juízo de probabilidade, ou seja, de uma linha normal de desdobramento da conduta.

Um acidente automobilístico. Sujeito na condução de veículo // esse carro está sendo


dirigido em uma estrada // no momento do acidente havia uma chuva // a estrada estava mal
conservada // o sujeito estava em alta velocidade  condição são os fatos que estão na origem
do dano. Todos os fatos narrados são condições para a produção do evento.

Diante desse cenário o magistrado terá que dentro de um juízo de probabilidade pinçar
qual dessas condições deve ser reputada como causa. O juiz converterá alguma ou algumas das
condições em causa.

O juiz pode chegar a conclusão de que vários carros passaram na estrada naquele dia, a
estrada estava mal conservada para todo mundo, mas a alta velocidade daquele indivíduo fora o

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


fator, a condição a interferência decisiva. Com isso o juiz diz que a alta velocidade fora a
causa desse evento danoso.

Esta teoria foi aceita no Direito Civil como uma das teorias aptas a justificar o nexo de
cusalidade.

Essa teoria não está prevista expressamente dentro do Código Civil. Apesar disso
alguns autores dizem que se pinçarmos o art. 335 do CPC/73 poderíamos dele utilizar como
forma de fundamentação legal para a teoria em voga.

3. Teoria do Dano Direto ou Imeditado:

Também chamada por alguns autores de teoria de interrupção do nexo causal. De acordo
com essa teoria devemos buscar a condição que se vincula de maneira direta ou imediata ao
dano que fora produzido devendo então ser desconsideradas outras condições denominadas
condições indiretas, mediatas.

Exemplo: O sujeito estava na estrada em alta velocidade com alto índice pluviométrico e
ao cair em um buraco perdeu a direção e bateu em outro carro  Nessa narrativa tanto a chuva
quanto o buraco podem ter sido causas, mas segundo essa teoria, dentre as várias
condições deve-se escolher apenas a causa que fora produtora direta e imediata no
resultado. O juiz pode entender que o acidente só aconteceu porque estava mal
conservada, mas o fator decisivo foi o buraco, assim somente o Estado responderá.

Se o juiz chegar a conclusão de que foi a alta velocidade quem responderá será
somente o motorista.

Para a visão dessa teoria deveos nos apegar apenas e não somente não a uma ideia de
probabilidade e verificar concretamente qual foi a conduta decisiva.

Na teoria da causalidade adequada temos um juízo em abstrato, já a teoria do dano


direto ou imediato busca a concretude dos fatos, não quer recorrer a uma ideia de
normalidade nem a uma ideia de probabilidade. Para muitos essa teoria traz mais segurança
jurídica de se apegar ao caso concreto.

Nesse exemplo podemos ter responsabilidade do Estado e do mostorista se provarmos


que ambos colaboraram.

Essa teoria foi sim adotada pelo Direito Civil tanto pela doutrina, como pela
jurisprudência ASSIM COMO PELA LEGISLAÇÃO CIVILISTA. O art. 403 do CC estabelece
que esta é a teoria a ser adotada.

Quando o nosso Direito Civil tratou das perdas e danos no título do inadimplemento das
obrigações estabeleceu no art. 403 que somente os danos diretos e imediatos devem ser
indenizados.

Exemplo: atropelamento // atropelado é levado para o hospital// ao chegar no hospital não


há atendimento adequado // Para essa teora quem responderia? O administrador do hospital e
a pessoa jurídica do hospital.

Para teoria da causalidade adequada não há dúvida que seria o atropelador.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Ver Enunciado 47 do CJF: aplica-se tanto a teoria da causalidade adequada quanto a do
dano direito ou imediato.

No STJ temos julgados que responsabilizam ou deixam de responsabilizar alguém


através da teoria da causalidade adequada. Exemplo: informativo 311 do STJ e informativo 370 –
do STJ (caso do Micareta - REsp 878265 / PB).

Existem outros julgados do STJ em que a propria corte se vale da teoria do dano direto ou
imediato como no RESP 858511; Informativo 432 do STJ.

Tem julgados que o próprio STJ utiliza seja para responsabilzar seja para não
responsabilizar e fundamentou com as duas teorias, exemplo estampado no informativo 374 e
informativo 450 do STJ.

No Brasil não há unanimidade nem na doutrina nem na jurisprudência sobre a


adoção da teoria da causalidade adequada ou do dano direto ou imediato.

Observações finais:

 Teoria da necessariedade

Para acabar com essa confusão acerca de qual das duas adotar alguns autores estão
trabalhando a ideia de uma teoria chamada de relação de necessariedade. Segundo essa teoria
buscaremos no caso concreto qual é a condição que realmente gerou a produção daquele
resultado danoso, ou seja, verificaremos com grau de quase certeza qual a condição que ensejou
o dano, ou seja, qual foi a condição necessária para a produção daquele dano  trabalharemos
com a ideia de uma condição no sentido de que não haveria outra causa capaz de explicar aquele
dano.

O professor Gustavo Tepedino (no Resp. 858.511) fala que o STF aplicou exatamente
essa teoria.

De certa forma essa teoria afasta a abstração trazida pela teoria da causalidade
adequada e ao mesmo tempo não fica vinculado ao fato que está ligado diretamente a produção
daquele dano.

 O que seria a denominada concausalidade?

Estará presente quando o julgador verificar que para a produção do dano temos
concorrendo com uma causa outra que de alguma maneira altera também o resultado.

Para produção do dano concorrem duas ou mais condições.

Exemplo: sujeito caminhava indevidamente sobre uma linha férrea. Teve parcela de
responsabilidade a empresa ferroviária? Sim, todavia, caminhar na linha férrea não é uma
conduta adequada. A causa para produção do evento morte é tanto o comportamento da vítima
quanto o comportamento da empresa.

Ver informativo 430 do STJ.

 Não confundir concausalidade com a co-participação: Haverá co-participação quando


duas ou mais pessoas puderem ser ao mesmo tempo responsabilizadas pelo mesmo evento

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


danoso. Alguns autores entendem que concausalidade seria um gênero e a co-participacao seria
uma de suas espécies e o professor Bruno Zampier com isso concorda.

Com base no princípio da reparação integral a lei estabeleceu a solidariedade entre os co-
partícipes. A lei estabelecerá responsabilidade solidária quando tivermos co-participação. Este
dever de solidariedade stá insculpido no art. 942 do CC.

 Causalidade alternativa ou causalidade disjuntiva ou Responsabilidade de


grupos ou responsabilidade coletiva ou ainda danos anônimos.

Essa teoria prevê que quando não for possível precisar quais condutas foram as
produtoras da lesão todos os supostos responsáveis serão condenados.

Art. 938 do CC  trata das responsabilidades das coisas caídas  responsabilidade de


índole objetiva.

Se não for possível identificar o causador do dado há duas opções:

1ª não indenizar a vítima. Essa teoria quer exatamente repelir essa opção.

2ª responsabilizar o condomínio como um todo. Aplica o princípio do solidarismo


constitucional e o princípio da reparação integral.

Esta teoria é absolutamente impossivel de ser aplicada no Direito Penal.

Ler o RESp. 29975 do STJ.

Enunciado 557 do CJF.

Enunciado 447 do CJF – o professor não se coaduna com essa posição.

EXCLUDENTES DO NEXO CAUSAL:

São acontecimentos que ao ocorrerem quebram a ponte do nexo causal. Entre a conduta
e o resultado teremos a ocorrência de algum fato que irá excluir o nexo de causalidade e
consequentemente este fato fará com que o agente que perpetrou a conduta danosa não
responda pelo resultado.

O dano ocorre, assim como a conduta. Porém não poderemos afirmar que aquela coduta
fora a causa determinante daquele resultado.

Quando houver uma excludente do nexo de causalidade o dano irá ocorrer, porém não
podemos imputa-lo ao agente que adotou determinada conduta.

As excludentes do nexo de causalidade serão normalmente utilizadas como argumento de


defesa por aquele que está sendo responsabilizado por determinada conduta.

- Fato Exclusivo da vítima: Comportamento que deve ser imputado exclusivamente a


vítima. Neste caso aquele que teve a conduta não será considerado o verdadeiro produtor do
resultado que só terá ocorrido em virtude de um comportamento da vítima.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Exemplo clássico: o suicida se joga na frente do carro que estava trafegando dentro dos
padrões de normalidade.

Obs.: O preso que se enforca dentro do presídio com o lençol fornecido pelo Estado  O
STJ possui jurisprudência consolidada no sentido de que o suicídio por preso é responsabildiade
do Estado. Informativo 520. O professor Bruno não se coaduna com o STJ.

- Caso fortuito e força maior: Para o professor e STJ (REsp. 135.542) estas
expressões seriam expressões equivalentes e seria o entendimento também retirado do art. 393
do CC.

Não importa se trabalhamos com o caso fortuito ou força maior, o que precisa ser
analisado é se o evento é evitável ou inevitável.

Tradiconalmente a doutrina sempre diferenciou essas expressões. Para doutrina de


Sérgio Cavalieri sempre ficou consignado que caso fortuito seria o evento imprevisível e sendo
imprevisível então seria por isso inevitável, como quando ocorre um terremoto.

Já eventos de força maior para esse doutrinador seria o evento previsível mas que
também teria um traço de inevitabilidade.

Um furacão seria um evento previsível mas inevitável.

Segundo a doutrina de Caio Mário, que usa critérios para diferenciar o caso fortuito da
força maior  Para sua doutrina o caso fortuito seria acontecimento decorrente da força da
natureza, já o evento de força maior seria o evento recorrente da ação do homem.

Para o professor Bruno Zampier os eventos devem ser verificados não quanto a sua
origem. O mais importante é exatamente ser um evento inevitável. É nesta inevitabilidade que a
força maior e caso fortuito adentram na questão da interrupção do nexo de causalidade.

Outra distinção importante:

A distinção entre o o fortuito interno e fortuito externo.

O fortuito interno seria o evento que se liga a atividade ou a pessoa do responsável. A


conduta está na linha de desdobramento da atividade daquele sujeito. Exemplos: contrato de
transporte  a barra de direção do ônibus quebra // o pneu do ônibus estoura // o motorista infarta
// o piloto se tranca na cabine e joga o avião no chão // o avião entra em manutenção e o voo é
cancelado  desdobramento da atividade que o sujeito exerce  No caso de fortuito considerado
interno não haverá exclusão de responsabilidade.

Já no fortuito externo teríamos a ocorrência de um evento, a ocorrência de um ato que


não tem ligação alguma com a pessoa ou a atividade exercida. Ou seja, não está na linha de
desdobramento da atividade, assim haverá exclusão da responsabilidade. Foi um evento
completamente atípico. Exemplo: contrato com a empresa de ônibus e essa empresa fala que não
levará ao local contratado porque a ponte que passava sobre o rio caiu e não teria como o
transportador cumprir aquela atividade. Trata-se de um fortuito externo.
Outro interessante externo é quando ocorre um roubo a um carteiro  O STJ no
informativo 505 consignou que os correios não podem ser responsabilizados por tratar-se de um
fortuito externo. A responsabilidade pelos correios não incidiria.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


No contrato de transporte, o arremesso de uma pedra e atinge o passageiro dentro de
ônibus  a empresa de ônibus não será responsabilizada.

- Fato de terceiro:

Conduta -----------------/ /---------------------->Resultado


“A”

A princípio nós temos a conduta do “A” causadora do resultado danoso, porém no meio
do caminho o elo do nexo causal é rompido e aparece a figura de um terceiro que será o
responsável pelo resultado de dano aquela vítima.

O terceiro seria aquele sujeito que, em principio, não tinha qualquer ligação com o agente
causador do dano ou com a vítima. Assim, será a conduta deste terceiro que será efetivamente
decisiva para a produção do resultado danoso.

No exemplo em comento não poderemos responsabilizar o “A”. A vítima se quiser ver os


danos reparados deverá entrar com ação contra o terceiro e não contra o “A”.

Segundo a doutrina o fato de terceiro poderá se visto de duas formas:

1ª) Pode se equiparar a situação vivenciada a um estado necessário. Exemplo: Carro //


no meio do caminho uma criança correndo atrás da bola atravessa repentinamente a rua // fator
decisivo para a colisão  Nestes casos, quando o fato de terceiro se equiparar a um estado
necessário já estudamos que a lei fez uma opção no art. 188, II c/c art. 929 e 930 do CC de não
excluir a responsabilidade do causador do dano.

2ª) Pode ser equiparada a um fortuito externo e nessa hipótese não há qualquer
comportamento relevante por parte do agente, logo não podemos falar em responsabilização do
sujeito. Será o terceiro que será responsabilidado e não aquele que adotou a conduta. Exemplo:
Tiroteio entre polícia e bandidos  passageiro é alvajedo dentro do ônibus // a empresa não será
responsabilizada// a responsabilidade recairá sobre aquele que efetuou os disparos.

Em suma: A conduta de terceiro pode ser equiparada a um estado de necessidade


quando não excluirá a responsabilidade daquele que a lei optou por responsabilizar, mas pode se
equipar a um fortuito externo e nesses casos a jurisprudência entende que excluirá o dever de
indenizar.

Obs. final sobre fato de terceiro: Em muitas situações a própria lei ou a jurisprudência
através de construção hermenêutica não admitem a exclusão da responsabilidade por fato de
terceiro mesmo quando estamos diante claramente de um fato de terceiro. O exemplo melhor da
lei para o professor é aquele que fala da responsabilidade contratual do transportador por
acidente com passageiro quando ocorre um fato de terceiro  Art. 735 do CC

Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa
de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.

>>> A mesma lógica do estado necessário. Paga a indenização as vítimas e se for o caso
regride contra o verdadeiro causador do dano.

A jurisprudência, em muitas situações, especialmente quando temos uma atividade de


risco, entende que o fato de terceiro não pode excluir a responsabilidade do agente.
Exemplo: Atividade bancária  um assalto ocorrido dentro de uma agência bancária ou uma

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


fraude seja de cartão de credito seja de alteração de cheque  o STJ vem reiteradamente
dizendo que o banco responderá. Informativo 520 do STJ.

4º ELEMENTO: DANO (OU PREJUÍZO):

Segundo a doutrina seria a redução ou a subtração de um bem jurídico que afeta os


direitos da personalidade ou o patrimônio de alguém.

Podemos ter danos aos direitos da personalidade chamado de danos exstenciais ou


danos à pessoa ou ainda o dano relativo ao patrimônio chamados de danos patrimoniais.

A nossa lei não conceituou dano. Essa conceituação é fruto da doutrina, inclusive em
sede de dano o que o CC fez foi estabelecer cláusula geral, mais precisamente no art. 927 do CC.

Qualquer tipo de dano pode ser reparado.

Doutrina visando dar maior completude a cláusula geral (art. 927 do CC) fala que o dano
que deve ser objeto de reparação é aquele dano que seja qualificado como um dano injusto.

O dano que será digno de ser repadado será o dano injusto.

A análise acerca da justiça ou injustiça do dano e sua subsequente reparação será


realizada apenas a partir do caso concreto.

Dano justo não gera dever de reparação.

Dano injusto gera dever de reparação.

Ao enxergarmos a qustão dos danos injustos surge outra pergunta: definir que tipo de
dano injusto poderá ser passível de indenização e ensejar o respectivo pagamento.
Tradicionalmente somente os danos materiais e morais é que seriam reparados.

Seria certo hoje falamos em danos que atingem a coletividade como um todo atingindo
direitos que ficaram conhecidos como direitos difusos?

Seria possível falar em danos reflexos ou por ricolchete?

Seria possível falar em danos que atingem bens em estado em potencial?

Uma sociedade jurídica tradicional olhava principalmente os danos materiais e


morais. Mas em uma sociedade moderna ou pos moderna caracterizada por alta
complexidade temos que dimensionar a possibilidade da ocorrência de outros danos.

A sociedade pluralista faz surgir novos danos injustos que podem ser inclusive
dignos de indenização.

Exemplo: O afeto antigamente não se enquadrava na categoria de um bem jurídico digno


a ser violado mas atualmente passou a discutir-se acerca sobre os danos psíquicos decorrentes
da falta de afeto.

▪ Categorias de Dano

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


- Danos materiais (danos patrimoniais): Este dano pode ser dividido em duas categorias:

Danos emergentes (ou positivos)  é o efetivo desfalque sofrido no patrimônio da vítima.


Para saber qual é efetivamente o dano emergente deve-se avaliar o antes e o depois da lesão. Da
diferença entre o patrimônio antes e o patrimônio depois apura-se o valor referente aos danos
emergentes.

Lucros Cessantes (ou danos negativos)  O dano causado ao patrimônio do sujeito pode
projetar efeitos para o futuro.

É o dano que acarreta consequências futuras e essas consequências futuras consistem a


um impedimento a percepção de lucros/vantagens/benefícios de índole patrimonial.

O problema dos lucros cessantes é a incerteza. Deveremos trabalhar com a ideia


hipotética de grau de certeza, ou seja, apenas quando tivermos uma quase certeza de que aquele
ganho seria efetivamente auferido é que o causador do dano deverá pagar lucros cessantes. Não
podemos trabalhar com a ideia de mera possibilidade.

O melhor exemplo do lucro cessante é a colisão com o taxista.

Obs – Perda de chance (ou perda de uma chance): Hoje quando se tem chances
perdidas essas oportunidades são bens em estado latente, são bens potenciais. Neste caso
teremos a supressão da probabilidade de se obter uma vantagem, ou seja, a supressão de uma
oportunidade de se alcançar uma situação futura mais favorável, efetivamente melhor.

Se a conduta do sujeito traz a supressão de uma chance, de uma oportunidade irá gerar
pagamento pelo responsável aquele que teve a chance perdida.

Ver STJ REsp. 788.459.

A perda de uma chance e o lucro cessante tem algo em comum: trabalhamos com efeitos
futuros de danos presentes.

Informativos sobre perda de uma chance: 528, 530, 549**

- Danos imateriais (ou danos morais): houvera tempo em que doutrina utilizava critério
subjetivo para caracterizar o dano moral como sendo aquele que traz um abalo psíquico a vítima.

Hoje a melhor definição de dano moral é aquela que se baseia em um aspecto mais
objetivo e sobre essa óptica analisaremos qual foi o interesse lesado sem nos preocuparmos com
as consequências emocionais, ou seja, subjetivas provocadas por aquele dano.

Hoje devemos enxergar o dano moral como sendo aquele dano oriundo de uma violação
a um direito da personalidade  quando um direito da personalidade for injustamente violado
poderemos falar em dano moral.

Obs sobre o dano moral:

Obs.1: é possível haver indenização de damo moral sem falarmos conjuntamente com
indenização patrimonial? Hoje a própria Constituição consagra a possibildiade de termos o dano
moral desgarardo de qualquer dano patrimonial  art. 5º, V, X da CRFB/88 e Súmula 37 do STJ.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


Obs.2: Os meros aborrecimentos da vida cotidiana, esses mero dessabores não
ensejarão o pagamento de dano moral.

Ver informativos 426 e 553 do STJ.

Obs.3: A seara correta para falarmos em indenização por dano moral é a


responsabilidade civil extracontratual, a responsabilidade aquiliana.

Na responsabilidade contratual temos a figura do inadimplemento e este é o não


cumprimento de uma prestação no âmbito de prestação com nítido caráter econômico.

Assim, via de regra, o inadimpemento por si só não enseja o pagamento de dano moral
que fora construído para incidir nos casos de responsabilidade civil extracontratual, logo o
inadimplemento de uma obrigação dentro de um contrato via de regra não gera pagamento por
danos morais.

Porém, o STJ entende que em se tratando de contratos que veiculem direitos de natureza
existencial é possível que além do pagamento de uma indenização por danos materais possa
ocorrer também o pagamento de uma indenização a título de dano moral. Isso está no enunciado
411 do CJF.

Ver informativos do STJ 348 e 428.

Obs.4: Como ocorre a produção da prova? Diante da dificuldade a doutrina e


jurisprudência criaram a possibilidade de termos em varias hipóteses o chamado “dano moral
presumido”, um dano moral que ocorrerá “in re ipsa”.

O ônus previsto no art. 333 do CPC que caberia em regra a vítima de provar a lesão a seu
direito ficará relativizado quando tivermos uma hipótese de dano moral presumido. Nessa linha
súmulas 385, 388 e 403 do STJ.

Obs. 5: Como fixar a indenização? Os direitos da personalidade não possuem caráter


econômico. Assim fica difícil mensurar a compensação.

Muitos autores utilizam a expressão “substituição de prazeres”.

Pode haver também reparação de caráter não pecuniário se isso atender ao interesse da
vítima, como ocorre com a retratação, um pedido público de desculpas, um esclarecimento da
verdade, uma inibição de comportamento.

Devemos verificar a possibilidade da compensação monetária com a reparação não


monetária.

Obs. 6: Dano estético  O dano estético é todo aquele dano que causa a vítima um
desgosto, um complexo de inferioridade alterando a sua morfologia corporal.

- Agressão a visão alheia.

Exemplos: cicatrizes, perda de um membro, perda de sentido.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier


O dano estético é a mesma coisa do que dano moral ou são coisas diversas? Para Sergio
Cavalieri e outros o dano estético seria uma subespécie do dano moral e assim não deveríamos
falar em cumulação desses dois danos. Mas essa posição não foi a encampada pelo STJ.

Segundo o STJ o dano moral é diferente do dano estético com ele não se confundido. O
STJ editou a súmula 387 para dizer que o dano estético não se confunde com o dano moral,
portanto são verbas que podem ser cumuladas.

Responsabilidade Civil – Prof.: Bruno Zampier

Anda mungkin juga menyukai