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Atualização Profissional em Análise

Criminal, Isolamento e Preservação do


Local de Crime dirigido à Atividade Policial
e Bombeiro Militar - EAD

Módulo I Aula 2
Módulo I
Aula 2

Introdução ao Isolamento
e Preservação do Local de
Crime

Jorge Aurélio Perito de Bem


Perito Criminal da Polícia Científica
Objetivos e Conteúdos da Aula
O principal objetivo desta aula será
conscientizar sobre a importância do isolamento e
preservação adequados do local de crime. Além disso,
também visa-se demonstrar as principais
regras/princípios relacionados.
Para tanto, serão abordados os seguintes temas:
1. Ciências Forenses e Criminalística
2. Perito Oficial
3. Vestígio, evidência e indício
4.Princípios e procedimentos de isolamento de local de
crime
5. Os procedimentos para entrada e saída do local de
crime
6. Área a ser isolada no local de crime: o duplo
isolamento
Sobre o instrutor...
JORGE AURÉLIO PERITO DE BEM

❖ Engenheiro Mecânico e Bacharel


em Direito.
❖ Perito Criminal desde 2009.
❖ Professor da Escola Superior de
Polícia Civil do Paraná.
❖ Professor da Academia Policial
Militar do Guatupê.
1. Ciências
Forenses e
Criminalística
1. Ciências Forenses e Criminalística

A criminalística nada mais é que uma Ciência Forense aplicada ao


Direito Penal.
Quando se utiliza a engenharia, medicina, química ou qualquer
outra ciência para responder questões jurídicas, dá-se o nome de
Ciência Forense.
Quando especificamente utiliza-se na justiça criminal, essa Ciência
Forense recebe o nome de Criminalística. De certa forma, podemos
dizer que a Ciência Forense é o gênero do qual a Criminalística é
espécie.
1. Ciências Forenses e Criminalística
O Artigo 158 do Código de Processo Penal diz o
seguinte preceito:
“Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito”.
Esse EXAME DE CORPO DE DELITO nada mais é que
a perícia.
Muitos leigos acreditam que exame de corpo de
delito é somente o exame de lesões corporais, mas
este é apenas um dos exames de corpo de delito
possíveis, uma vez que perícia criminal e exame de
corpo de delito podem ser entendidos como
sinônimos.
2. Perito
Oficial
2. PERITO OFICIAL

QUEM É O RESPONSÁVEL PELO EXAME DE CORPO DE DELITO?

CPP, Art. 159: “Os exames de corpo de delito e outras perícias


serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
superior. (...)”
2. PERITO OFICIAL
Os responsáveis pela Perícia são os Peritos Oficiais,
conforme previsto no Código de Processo Penal e outras
leis específicas. Essa exigência de vincular a um
representante do Estado, que atue com independência
técnica, se dá em razão da imparcialidade que deve
permear a realização do exame.
Aqui no Estado do Paraná, esses servidores públicos são
os Médicos Legistas, os Toxicologistas, os Químicos Legais e
os Peritos Criminais.
2. PERITO OFICIAL
Os Peritos Oficiais têm o desafio de auxiliar a justiça fornecendo
subsídios técnicos, dentro de suas especialidades, para que os
magistrados tomem as decisões, pois o juiz não terá condições de
dominar todas as áreas de conhecimento, como medicina, física,
engenharia, biologia, dentre outras. Além disso, podemos considerar
que o próprio direito que já é suficientemente extenso.

A grande pergunta é:
Como os Peritos respondem as questões
propostas pela justiça?
É simples! Respondem as questões baseados
na análise técnica dos vestígios presentes
nos locais de crime.
2. PERITO OFICIAL
E se não houver perito oficial?
A preferência é sempre do Perito Oficial. No entanto, na falta
deste, também poderão ser designados para a perícia duas
pessoas idôneas, nos termos do autorizado pelo Código de
Processo Penal.

Art. 159. § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2


(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e
fielmente desempenhar o encargo.
3. Vestígio,
Evidência e
Indício
3. VESTÍGIO, EVIDÊNCIA E INDÍCIO
É importante saber que VESTÍGIO, EVIDÊNCIA e INDÍCIO
não são sinônimos.
Os vestígios estão presentes na cena do crime, mas
podem sofrer diversas alterações até a chegada dos peritos
oficiais, os quais, em regra, são os últimos a comparecer aos
locais de crime.
Normalmente, após ou durante o cometimento do delito,
alguém, que pode ser vítima ou não, constata a presença de
um crime e aciona a Polícia Militar e/ou Corpo de Bombeiros
pelos telefones de emergência.
3. VESTÍGIO, EVIDÊNCIA E INDÍCIO

Vestígios no Local de Crime


Eventualmente, como nos casos de flagrante delito, o Próprio
Policial é o primeiro a ter contato com o local. Em outras
oportunidades, chegam onde o crime ocorreu após serem
acionados.
Na maioria das vezes, independentemente de quaisquer das
situações, os policiais ou os bombeiros são os primeiros
interventores ou os primeiros representantes do Estado no local de
crime, sendo portanto os responsáveis por zelar para que os
vestígios não se modifiquem a partir daquele momento.
3. VESTÍGIO, EVIDÊNCIA E INDÍCIO
Vestígios no Local de Crime
No Local de Crime os vestígios podem ser
considerados como:
 uma arma;
 um fio de cabelo;
 uma impressão papilar;
 uma mancha de sangue;
Enfim, todas as marcas, sinais, objetos e
quaisquer outras modificações provocadas
pela vítima ou pelo autor no local de crime e
que podem ter relação com o fato delituoso.
Vestígios
3. VESTÍGIO, no Local de
EVIDÊNCIA Crime
E INDÍCIO
Vestígios no Local de Crime
A Diretriz Local de Crime n° 003/2014 e a Apostila do Curso
de Preservação Local de Crime da SENASP/MJ atribuem a
definição de Vestígio, Evidência e Indício:
VESTÍGIO: Os peritos criminais, ao examinarem um local de
crime, procuram todos os tipos de objetos, marcas ou sinais
sensíveis que possam ter relação com o fato investigado. Todos
esses elementos, individualmente, são chamados de vestígios.
Vestígio é tudo o que é encontrado no local do crime que, após
estudado e interpretado pelos peritos, pode se transformar em
elemento de prova, individualmente ou associado a outros.
Porém, antes de se transformar em uma prova, passará pela fase
da evidência.
Evidência
3. VESTÍGIO, no LocalEde
EVIDÊNCIA Crime
INDÍCIO

Evidência no local de crime


Evidência: Quando os peritos chegam à conclusão
que determinado vestígio está, de fato, relacionado ao
evento periciado, ele deixa de ser um vestígio e passa
a denominar-se evidência. A evidência, segundo
definição do dicionário, significa: qualidade daquilo
que é evidente, que é incontestável, que todos veem
ou podem ver e verificar.
Assim, evidência é o vestígio analisado e depurado,
tornando-se um elemento de prova por si só ou em
conjunto, para ser utilizado no esclarecimento dos
fatos.
Por outro lado, vestígio é o material bruto
constatado e/ou recolhido no local do crime.
IndícioEVIDÊNCIA
3. VESTÍGIO, no Local deECrime
INDÍCIO
Indício no local de crime
Indício: O Código de Processo Penal define indício como
sendo a circunstância conhecida e provada, que, tendo
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a
existência de outra(s) circunstância(s).
Em verdade, os termos vestígio e evidência são usados
tecnicamente no âmbito da perícia, enquanto que na
persecução penal, recebem o nome de indício.

Art. 239 CPP - Considera-se indício a circunstância


conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra
ou outras circunstâncias.
3. VESTÍGIO, EVIDÊNCIA
Definição na Prática E INDÍCIO

O termo vestígio é também muito usado nas


matérias jornalísticas. Por exemplo, em uma cena de
crime de homicídio esta bengala foi encontrada
com vestígios de sangue. Agora os Peritos vão
determinar se o sangue é da vítima ou outro suspeito
no local de crime.
Matéria no Site do G1 – Clique Aqui

A demora para coletá-los pode atrapalhar a investigação


policial e até mesmo impossibilitar a responsabilização criminal
do autor do crime. Isso também é muito comum em crimes
sexuais. Veja este exemplo: Matéria no Site – Clique Aqui
4. Princípios e
Procedimentos de
Isolamento de Local
de Crime
4.1 Local de Crime O local do crime
pode ser definido,
genericamente,
como sendo uma
área física onde
ocorreu um fato,
esclarecido ou não
até então, que
apresente
características e ou
configurações de um
delito.
4.1 Local de Crime
Eraldo Rabello, um dos maiores peritos do Brasil, utiliza uma metáfora para
explicar o significado de local de crime:
“Pense que o local de crime constitui um livro extremamente frágil e
delicado, cujas páginas, por terem a consistência de poeira,
desfazem-se, não raro, ao simples toque de mãos imprudentes,
inábeis ou negligentes, perdendo-se desse modo para sempre, os
dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos.”
4.1 Local de Crime
Há um artigo escrito pelo perito Dwayne S. Hildebrand da Scottdale Police
Crime Lab, intitulado “Science of Criminal Investigation”, no qual ele descreve a
importância dos vestígios deixados no local pelo autor do crime. O texto nos leva
a uma profunda reflexão:

“Onde quer que ele (autor) ande, o que quer que ele toque ou
deixe, até mesmo inconscientemente, servirá como testemunho
silencioso contra ele.
Não impressões papilares e de calçados somente, mas, seus
cabelos, as fibras das suas roupas, os vidros que ele quebre, as
marcas de ferramentas que ele produza, o sangue ou sêmen que
ele deposite. Todos estes e outros transformam-se em
testemunhas contra ele. Isto porque evidências físicas não
podem estar equivocadas, não perjuram contra si mesma.”
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS
BÁSICOS
O trabalho pericial é muito importante à persecução
penal e as ações do PRIMEIRO INTERVENTOR são
determinantes para um bom trabalho pericial.
Na sua chegada ao local de crime, o primeiro
interventor deve ter em mente três princípios básicos
para realizar um bom trabalho:

Primeiro: Garantir sua segurança;


Segundo: Garantir a segurança de terceiros;
Terceiro: finalmente providenciar a
preservação dos vestígios no local de crime.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS
BÁSICOS

É importante saber que qualquer integrante das categorias


funcionais relacionados ao integrantes da Segurança Pública na
Constituição Federal, quando estiverem no local de crime como o
primeiro profissional de segurança pública, o fazem em nome do
Estado.
Significa dizer que, quando um profissional da Segurança
Pública chega a um local de crime, a sua presença está
simbolizando a presença do ente público. O Policial e o
Bombeiro Militar são os representantes do Estado, nos termos
da legislação penal, e está assumindo a execução de uma tarefa
que lhe é de exclusiva competência. Por isso, vale ressaltar a
importância e a responsabilidade que cabe aos profissionais
incumbidos desta tarefa.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E
PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO I : Segurança da equipe
Os Primeiros Interventores serão os
primeiros Policiais Militares e/ou
Bombeiros Militares que chegarem ao
Local de Crime e deverão adotar uma
série de medidas quanto aos
Procedimentos no Local de Crime.
Resguardar a segurança própria e da
equipe é o princípio mais importante e o
primeiro a ser adotado, pois caso o
primeiro interventor se torne uma vítima,
em nada ele irá contribuir com as
demais etapas.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E
PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO I : Segurança da equipe

Portanto, ao chegar ao local, o


primeiro interventor deve verificar se
há presença de agressoras/autores,
se há risco de colapso de estruturas
e/ou edificações, se há presença de
gases tóxicos, explosivo, dentre
outros.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS
BÁSICOS

PRINCÍPIO II : Garantir a segurança de


terceiros e socorrer as vítimas
Após afastados os riscos pessoais, é que
ele deve passar para as demais etapas, que
seriam buscar por eventuais vítimas, realizar
a prisão de criminosos, tomar medidas para
socorro, além de realizar sinalização,
isolamento, ou qualquer outro
procedimento que tenha como objetivo
garantir a segurança de terceiros, evitando
novas vítimas naquele local.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS
BÁSICOS
PRINCÍPIO II : Garantir a segurança de terceiros
e socorrer as vítimas
Finalmente, após ter a situação controlada, o primeiro
interventor deve se preocupar com a custódia de eventuais
presos bem como analisar como procederá o isolamento da
área e a preservação dos vestígios.
Lembre que o isolamento pode fazer parte de etapa anterior,
ou seja, com objetivo de garantir a segurança própria e/ou de
terceiros.
Como exemplo, temos as ocorrências com explosivos, em
que o isolamento visa não só a preservação de vestígios, mas
também a preservação da integridade física das pessoas que
pode ser afetada em caso de detonação.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS

PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios


Em regra, para preservar o vestígio, o
primeiro interventor não deve mexer em nada na
cena de crime e deve isolar a área para que
ninguém mais mexa, a não ser os Peritos
Oficiais durante seu exame.
Porém, em algumas situações pode ser
necessária uma alteração no local, justamente
para preservar um vestígio, como no caso de
estojos de arma de fogo que estão sobre a via e
começam a ser carregados por uma corrente de
água que se formou em função da chuva forte.
Nestes casos excepcionais, é melhor o
perito receber os estojos do policial a perder os
vestígios no bueiro, por exemplo.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios
Outro ponto de extrema importância na atuação do primeiro interventor
em local de crime é a comunicação de todas as alterações ocorridas no
local, sejam as alterações necessárias para garantir a segurança, sejam
aquelas para socorrer vítimas e/ou aquelas necessárias para preservar o
vestígio.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS

PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios


Tudo o que for realizado pelo primeiro
interventor no Local de Crime deverá ser
repassado/informado ao Perito Criminal em sua
chegada ao local. Isso é fundamental para que o
perito tenha o exato conhecimento do que
aconteceu e quais foram as interações das equipes
policiais, de modo que possa descartar alguma
evidência deixada pelo Policial ou Bombeiro Militar.

IMPORTANTE: O Bombeiro Militar que tenha se


retirado do Local de Crime para atendimento da
vítima também deverá repassar a equipe policial
que permaneceu na ocorrências qual foi a
interação que tiveram com a cena para prestar o
socorro.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios

Exemplo de interações das equipes policiais


que podem ocorrer no Local de Crime e que
devem ser informadas ao perito:
 Tive que quebrar o vidro do veículo para retirar
a criança que se encontrava presa em seu
interior e precisava ser socorrida ao hospital.
 Coletei os estojos que estavam sendo
carregados pela correnteza que se formou na
rua, em função da chuva forte.
 Arrombei a porta dos fundos para atender ao
chamado de socorro.
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios

 Ao entrar na casa tive que afastar alguns móveis para


prestar o socorro;
 Para desligar o alarme, precisei subir em uma cadeira;
 Ao subir no muro, acabei deixando marcas do meu
coturno na pintura;
 Foi necessário levar os medicamentos que a vítima
ingeriu para o hospital;
 Desliguei o gás ou qualquer outro
eletrodoméstico/equipamento eletrônico;
 Fechei ou abri portas/janelas/alçapões;
4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIO III : Preservar os vestígios

Todas as providências resultantes das Interações no Local de


Crime serão devidamente tratadas no último modulo do curso.
Além do procedimento de informar ao perito, será destacado
o procedimento que o policial e o bombeiro militar deverão
adotar no preenchimento dos documentos da ocorrência,
considerando que o BOU e o RGO são os registros formais do
atendimento e quanto mais informações forem inseridas, melhor.
CRIME

Primeiro Contato
(acionamento)

Primeiro Interventor

Apoio Investigação Perícia


4.2 PRIMEIRO INTERVENTOR E PRINCÍPIOS BÁSICOS
A Diretriz Local de Crime especifica a atitude do primeiro interventor no Local de
Crime, elencando uma série de PROCEDIMENTOS que devem ser adotados:

Segurança das Socorros das Prender os Interditar/isolar


equipes Vítimas criminosos o local

Permanecer no
local até o
Arrolar Comunicar o
encerramento Preservar o local
testemunhas fato/alterações
dos trabalhos
de perícia
5. Os
Procedimentos
para Entrada e
Saída do Local de
Crime
5. Os procedimentos para entrada e saída do local de crime

5.1 Chegada ao local de crime


Lembre-se sempre que a sua segurança e das outras pessoas é o ponto mais
importante na chegada ao Local de Crime. Dessa forma, deverá a equipe:
1) Observar toda movimentação de pessoas e veículos antes de descer da viatura
e quando estiver se aproximando do local;
2) Parar a viatura em ponto estratégico que facilite a proteção dos seus ocupantes e a
uma distância razoável do foco central de atendimento, evitando maior aproximação
para não destruir possíveis vestígios;
3) Descer da viatura utilizando as próprias portas como
proteção inicial, enquanto procura visualizar mais de
perto toda e qualquer movimentação de pessoas e
veículos;
4) Após descer da viatura e se posicionar em pontos
mais seguros, iniciar os demais procedimentos de
atendimento do local.
5. Os procedimentos para entrada e saída do local de crime

5.1 Chegada ao local de crime

PONTOS A SEREM OBSERVADOS:


1º) A partir do ponto próximo onde deixou a viatura,
observar a área para localizar onde se encontra a(s)
vítima(s);
2º) Adentrar ao local, mantendo a visão do outro
componente da equipe policial;
3º) Deslocar-se em linha reta até a vítima e, se não for
possível, adotar o menor trajeto possível, parar próximo a
ela e fazer a checagem nos pontos já mencionados no
tópico anterior;
4º) Se estiver morta, não se movimentar mais junto ao
cadáver, para evitar qualquer adulteração de vestígios;
5.1 Chegada ao local de crime

5º) A partir desse momento não mexer nem tocar a


vítima (não mexa nos bolsos, em carteiras,
documentos, dinheiro, jóias, etc.) em nenhuma
hipótese, toda observação deve ser apenas visual;
6º) Aproveitar que está junto ao cadáver e de outros
vestígios para fazer uma inspeção visual de toda a
área, a partir de uma visão de dentro para fora, com
o objetivo de captar o maior número de informações
sobre o local;
7º) Enquanto permanecer junto ao cadáver, fazendo
a observação visual, não deve se movimentar,
permanecendo com os pés na mesma posição; e
8º) Não recolher vestígios do local, mesmo sendo
arma de fogo e/ou munições e de vestígios;
5. Os procedimentos para entrada e saída do local de crime

5.1 Saída do local de crime


Certificando-se de que a vítima está morta, não há mais pressa
em executar as demais tarefas e, a partir deste momento, a
preocupação principal é a preservação dos vestígios para o
posterior exame pericial.

Porém, a partir deste momento, o profissional de segurança


pública deve captar o máximo de informações que possam ser
úteis ao esclarecimento do crime, pois independentemente da
sua função, é também um colaborador para a investigação do
crime.
5. Os procedimentos para entrada e saída do local de crime

5.1 Saída do local de crime

1) Ao retornar do ponto onde estava o cadáver,


adotar o mesmo trajeto da entrada e,
simultaneamente, observar atentamente onde está
pisando, para ver o que possa estar sendo
comprometido, a fim de informar pessoalmente aos
peritos criminais;
2) Ao retornar, fazê-lo lentamente para observar toda
a área (mantendo seu deslocamento somente pelo
trajeto de entrada) e, com isso, visualizar outros
possíveis vestígios. Isto é importante para se saber
qual o limite a ser demarcado para preservação dos
vestígios;
5.1 Saída do local de crime

3) Deslocar-se para fora até um ponto onde


não haja risco de comprometer algum vestígio;
4) Quando estiver na área distante do ponto
central, o profissional de segurança pública deve
fazer uma observação geral da área, e ainda,
deslocar-se pela periferia, para que tenha certeza
da área a ser delimitada.
Estes procedimentos são básicos e simples,
porém fazem toda a diferença.
É importante que você os observe
rigorosamente e não fique “passeando” pelo
perímetro próximo ao local onde ocorreu o
crime e onde possa haver vestígios,
tampouco permita que outras pessoas sem
relação com a apuração do crime o façam.
Portanto, afaste os curiosos, independente de
quem sejam.
Lembre-se sempre que a responsabilidade
pelo isolamento e preservação adequada
dos vestígios é sua enquanto PRIMEIRO
INTERVENTOR.
6. Área a ser
Isolada no Local
de Crime:
O DUPLO
ISOLAMENTO
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?
Essa pergunta não tem resposta prévia, pois somente o primeiro interventor
durante o atendimento ao local de crime é que poderá – com sua experiência,
conhecimento técnico do assunto e bom senso – definir o tamanho da área a ser
delimitada.
De maneira inicial, pode-se estar diante de dois tipos de locais de crime:
1) Aqueles que já possuem algum tipo de delimitação, como são os casos de
ambientes fechados do tipo residência, edifício comercial, escolas e tantos outros.
2) Estar em uma área totalmente aberta em que não exista delimitações naturais
e/ou construídas (Ex: via pública).
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?
 Para isolar uma área que já possua delimitações naturais e/ou construídas,
pode-se valer delas, e apenas complementar com restrição os respectivos
acessos. Deve-se ter o cuidado, no entanto, de verificar se os vestígios estão
apenas naquela área, pois, caso contrário, será necessário ampliar esse espaço
com o uso de fitas de isolamento.
 Já uma área totalmente aberta ou parcialmente aberta, terá que ser utilizada a
fita zebrada (corda, ou qualquer outro material que possa ser empregado) para
delimitar o espaço onde estão compreendidos os respectivos vestígios.
 Em qualquer das situações, é importante sempre ampliar um pouco mais a
área isolada, como medida de cautela para resguardar algum vestígio que não
tenha visto durante a visualização deles.
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?

O Primeiro Interventor deverá dividir a área a ser isolada em:


Área Imediata – Ponto Central da Área do Local de Crime
Área Mediata – Considerar toda a área do Local de Crime até encontrar
o último vestígio e aumentar mais 50% o tamanho do Local.
Área de Segurança – Local onde deverão permanecer as Autoridades
Policiais, Equipe de Socorro e demais órgãos públicos

Fora da área de segurança poderão permanecer o público em geral


e a imprensa.
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?
A própria Diretriz de Local de Crime traz a definição da área Imediata
e Mediata, desta maneira:
 Área Imediata
É a área onde ocorreu o crime, sendo o local onde normalmente se
coletam os detalhes, presumindo-se que tenha sido convenientemente
preservado desde o comparecimento do primeiro Militar Estadual.
 Área Mediato
Compreende as adjacências do local onde ocorreu o fato e, por assim
dizer, a área intermediária entre o local da ocorrência e o ambiente
exterior.
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?

Área de Segurança

Área
Mediata

Área
Imediata
QUAL O TAMANHO DA ÁREA A SER ISOLADA?
Destacamos que cada Isolamento do Local de Crime
deve ser avaliado pelo Primeiro Interventor, procurando
seguir a orientação de, sempre que possível, realizar o
Duplo Isolamento do Local de Crime, que consiste na
criação de dois perímetros isolados:
1) Abrangendo a área imediata e a área imediata:
diretamente relacionado ao local de crime e onde
podem estar os seus vestígios.
2) Abrangendo a Área de Segurança: local onde
poderão permanecer os militares estaduais, as viaturas
e demais equipes de serviço relacionadas ao
atendimento daquela ocorrência.
Área de Segurança
O Duplo Isolamento do Área de Segurança
Local de Crime, com dois
perímetros definidos por
duas fitas “zebradas”,
trará mais segurança
para as equipes e para os
populares e, ainda, Área Imediata e Mediata

facilitará e muito o
trabalho dos Peritos.
Ainda sobre o perímetro que deve ser
isolado, é importante que você
busque sempre trabalhar com o
MÁXIMO POSSÍVEL e não com o MÍNIMO
NÉCESSÁRIO.
O perímetro isolado pode variar
desde um único cômodo até várias
quadras, conforme a necessidade da
preservação do vestígio.
O “MÁXIMO POSSÍVEL”
trará maior segurança com
relação a preservação dos
vestígios.
É melhor pecar pelo
excesso e garantir a coleta
das provas.
Veja alguns exemplos
negativos de equipes
policiais que isolam o
“mínimo necessário”:
Observe como
o local fica
muito
desorganizado
R Nesta aula, tratamos sobre a diferença técnicas dos termos
“vestígio”, “evidência” e “Indícios”:

E  Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou


recolhido em um local de crime para análise posterior.

S  Evidência é o vestígio, que após as devidas análises, tem


constatada, técnica e cientificamente, a sua relação com
o crime.

U  Indícios é uma expressão utilizada no meio jurídico que


significa cada uma das informações (periciais ou não)

M
relacionadas com o crime.

O
R
Discutiu-se sobre os princípios relacionados e também falamos
sobre a figura do Primeiro Interventor, destacando quais os
procedimentos que devem adotar quando chegam ao local de crime:

E garantir a Segurança da equipes, Socorrer a vítima, Prender o


criminoso, Interditar o local, Preservar o local, Comunicar o fato, Arrolar
testemunhas do fato e Permanecer no local até o encerramento dos

S trabalhos de perícia.
Não esqueça dos padrões de procedimento estabelecidos durante

U
a entrada e a saída do local de crime: procure sempre andar pelo
mesmo lugar e preste atenção em seu trajeto para não danificar
nenhum vestígio.

M Lembre-se como é importante que os bombeiros e militares


estaduais registrem em documento próprio e falem ao perito sobre as
interações que tiveram com o local de crime.
O
R
Sempre que possível, o primeiro interventor adotará
E como padrão o Duplo Isolamento de Local de Crime, a fim
de facilitar e garantir a preservação de provas no Local de
S Crime, adotando como área a ser isolada o último vestígio
+ 50 % da distância.

U Deve-se guardar que é sempre melhor isolar um


perímetro maior a preservar um espaço muito pequeno

M que não é capaz de proteger todos os vestígios.

O
R  Não será o delegado, sozinho, quem vai esclarecer o crime.
Nem serão os peritos que fornecerão todas as respostas. O que
vai de fato auxiliar a elucidar o crime é a soma dos esforços
E empreendidos desde o primeiro profissional que atende o local
de crime até o escrivão de polícia que vai dar forma ao

S inquérito.
 Todos os órgãos e segmentos funcionais da segurança pública
(abrangendo a Segurança Pública as esferas municipais,
U estaduais e federais e até absorvendo outros órgãos públicos
que possam interagir na base da causa dos problemas de
violência e criminalidade) têm uma parcela de
M responsabilidade e podem colaborar decisivamente para a
juntada de informações para esclarecer o crime.

O
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AULA 2
MÓDULO I
CONCLUÍDA!

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