INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................... 2
1. TEMA .................................................................................................................... 3
1.1. Delimitação do tema no tempo e no espaço ...................................................... 3
1.3. Contexto ............................................................................................................. 4
1.4. Justificativa ........................................................................................................ 4
2. PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................ 5
3. METODOLOGIA .................................................................................................. 6
3.1. Tipo de Pesquisa ................................................................................................ 6
3.1.1. Quanto a natureza ........................................................................................... 7
3.1.2. Quanto a abordagem do problema ................................................................. 7
3.1.3. Quantos aos Objectivos .................................................................................. 7
3.2. Tipo de Amostragem ............................................................................................. 8
3.3. Universo Populacional ....................................................................................... 8
3.4. Instrumentos de Colecta de Dados ..................................................................... 9
3.5. Tratamento, Análise e Interpretação dos Dados .................................................. 10
4. OBJECTIVOS DE ESTUDO .............................................................................. 11
4.1. Objectivo Geral ................................................................................................ 11
4.2. Objectivos Específicos ..................................................................................... 11
5. QUESTÕES DE PARTIDA ................................................................................ 11
6. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 12
6.1. Conceitos ......................................................................................................... 12
6.2. Classificação das Drogas Perante a Lei ........................................................... 14
6.3. A Problemática do uso de Drogas nas Escolas ................................................ 14
6.4. Factores que levam ao uso de Drogas nas Escolas .......................................... 15
6.5. Efeitos das Drogas na Sociedade e no Organismo........................................... 17
6.6. O Impacto das Drogas nas Escolas Secundárias .............................................. 18
6.7. A Legislação Moçambicana e as Drogas ......................................................... 21
7. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES .............................................................. 23
8. ORÇAMENTO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA ............................... 24
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 25
INTRODUÇÃO
O período que constitui a adolescência se intensifica principalmente nas séries escolares
que compõem o Ensino Médio. Dessa forma, podemos lembrar que é um período da
idade humana, em que o adolescente está à procura de uma identidade, que possa
representá-lo
como pessoa, sendo alvo de várias influências e novas experiências que poderão definir
sua personalidade por muitos anos.
O contacto com as drogas nesse período pode mostrar-se prejudicial, haja visto que
estão por se conhecer ainda. O consumo de álcool, cigarro e cannabis sativa são os mais
comuns neste período, não podendo esquecer que o consumo de tabaco em pó, não
apenas entre adolescentes do Ensino Médio, mas também nos mais novos, vem
aumentando assustadoramente no contexto zambeziano das escolas públicas. A família
tem a função de inserir seus membros na cultura, tendo directa relação de como o
adolescente reage à variada oferta de drogas na sociedade, mais especificamente no
âmbito escolar.
1
LISTA DE ABREVIATURAS
2
1. TEMA
1.2.Definição do Problema
O problema "Drogas" nas redes da escola pública pode ter sua origem, além do já
exposto na introdução, na influência da mídia e na diversidade cultural, fazendo com
que o trabalho pedagógico do professor não siga o processo evolutivo que deveria
seguir com as inúmeras possibilidades que a ludicidade proporciona no processo de
ensino aprendizagem. Os alunos, sendo oriundos das classes populares menos
favorecidas, principalmente, não se conectam, totalmente, naquele ambiente escolar no
qual deveria ocorrer o processo de interacção "professor-aluno, aluno-professor",
processo, esse, indispensável para as suas aprendizagens, o ensino qualitativo requer
uma visão da necessidade de novas experiências educativas que tenham por base os
componentes socializadores e integradores para situar a criança no espaço da escola.
3
1.3.Contexto
A escola é parte da sociedade, por isso a importância de se desenvolver tal assunto neste
ambiente, este texto vem como intuito de contribuir e se fazer refletir sobre o que está se
fazendo com o assunto “drogas” nas escolas e como pode – se auxiliar crianças e
adolescentes na sua formação enquanto sujeitos. Mostrando que prevenção é o caminho
necessário para se coibir o uso/consumo de drogas.
Em virtude dos problemas de saúde e violência que encontramos na sociedade,
relacionados em grande medida ao consumo de drogas, e as dificuldades em debater tal
assunto em relação à prevenção e ao consumo, que não é uma tarefa fácil. Porém é de
fundamental importância nas instituições escolares.
1.4.Justificativa
A intenção aqui não é achar culpados, até porque trabalhar o assunto drogas nas escolas
não diz respeito somente a ela, mas a toda sociedade e família. Contudo, actualmente
percebe-se que pouco mudou e se fez para melhorar em relação a esse assunto e foram
tais acontecimentos que direcionaram nosso olhar para a pesquisa proposta.
4
2. PROBLEMATIZAÇÃO
5
3. METODOLOGIA
A distinção entre método e metodologia em uma pesquisa torna-se importante tanto
quanto o âmbito de ambas deve ser confinado de modo melhor operacionalizar os
princípios, pressupostos e problemas basilares de investigação.
Método para Santos (2010) procuram traduzir uma concepção global do planeamento
de uma investigação que compreende em primeiro lugar um caminho de investigação
apropriado e validado face aos objectivos, meios, resultados esperados da mesma e
contexto de implementação, incluindo a definição e operacionalização de conceitos e a
formulação de hipóteses. A noção de método deve incluir também em segundo plano o
planeamento e concretização de um ou mais técnicas e procedimentos.
Para Richardson (2002, p. 70) “método em pesquisa significa a escolhia de
procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenómenos.” Portanto,
esses procedimentos se aproximam seguidos pelo método científico que consiste em
delimitar um problema, realizar observações e interpretá-las com base nas relações
encontradas, fundamentando-se, se possível, nas teorias existentes.
Já Marconi e Lakatos (2003, p. 84) relatam que método é “conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o
objectivo - conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.
No entender de Marconi e Lakatos, todas as ciências caracterizam-se pela utilização de
métodos científicos, entretanto, nem todos os ramos de estudo que empregam estes
métodos são ciências. Sendo assim pode-se dizer que a utilização de métodos científicos
não é da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos
científicos. Porém um estudo em sua metodologia deve apresentar as etapas a serem
seguidas tendo como objectivo avaliar os vários métodos utilizados, assim como
potencializar a pesquisa através do uso adequado de cada procedimento metodológico,
possibilitando visualizar os pressupostos essenciais da experiência e garantindo maior
eficiência e segurança ao estudo.
3.1.Tipo de Pesquisa
O pesquisador classificou a pesquisa sobe quatro pontos de análise nomeadamente:
quanto a natureza, quanto a abordagem do problema, quantos aos objectivos e quantos
aos procedimentos.
6
3.1.1. Quanto a natureza
Quanto à natureza, a pesquisa é considerada como básica, pois o objectivo central da
investigação básica é conhecer e explicar os fenómenos em sua realidade natural e
social, ou por outra, uma vez que não tem propósito de aplicabilidade imediata, é
generalista, voltada para descoberta de conhecimentos novos, pois buscou-se fazer um
estudo da problemática do consumo de drogas nas escolas, caso da Escola secundária
Geral e Pré – Universitária de Mocuba (2016 – 2017), colaborando apenas como meio e
fonte de conhecimento.
Na abordagem destes dois autores é visível a relação que ambos citam sobre este tipo de
pesquisa em que o seu foco principal é a não quantificação dos sujeitos em números,
mas que ele é a peça chave no processo de obtenção de informação.
7
“Uma pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou
de determinado fenómeno. Pode também estabelecer correlações entre
variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os
fenómenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de
opinião insere-se nessa classificarão”.
Cervo, Bervian e Silva (2007) advogam que toda a pesquisa em especial a descritiva,
deve ser bem planeada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos, mas esse
planeamento deve envolver também a tarefa de colecta de dados, que corresponde a
uma fase intermediária da pesquisa descritiva.
3.2.Tipo de Amostragem
3.3.Universo Populacional
População é um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas), que possuem as
características que serão objecto de estudo. Assim, a população alvo, para o estudo
serão os estudantes que frequentam e que frequentaram o nível médio na ESGPUM que
sejam residentes na cidade de Mocuba. (Vergara 2007, p. 48)
3.3.1. Participantes ou Amostra
Sobre a amostra Vergara (2007, p. 48) afirma que população amostral ou amostra é uma
parte do Universo (população) escolhido segundo algum critério de representatividade.
Neste contexto por se tratar de um estudo usando o enfoque qualitativo, a método para a
extracção da amostra foi amostragem não probabilística do tipo intencional que para
Martinazza (2008, p.79): “é aquela em que o amostrador deliberadamente escolhe certos
elementos para pertencer à amostra, por julgar tais elementos bem representativos da
população”.
8
Para a pesquisa que pretende-se realizar, a amostra irá consistir na selecção de
estudantes do curso diurno, que estejam a frequentar 11ª e 12ª classe respectivamente, e
estudantes que até o 2° trimestre de 2017 frequentaram a 11ª e 12ª classe, a amostra será
constituída por 210 participantes dos quais, 75 estudantes da 11ª e 75 da 12ª
frequentando o presente ano lectivo, 25 estudantes da 11ª e 25 estudantes da 12ª que
frequentaram no ano anterior as respectivas classes e 10 professores de ambos os sexos.
3.4. Instrumentos de Colecta de Dados
Para a obtenção de informações, juntos dos participantes usou-se os seguintes
instrumentos de colecta de dados: Questionário, observação directa e análise
documental.
A colecta de dados será mediante aplicação de um questionário do modelo de perguntas
fechadas e abertas.
Para Dencker (1998, p.146), o questionário é um instrumento que propõe a obtenção de
“maneira sistemática e ordenada, informações sobre as variáveis que intervêm em uma
investigação, em relação a uma população ou amostra determinada”.
Este aspecto fez com que se escolhe – se esta técnica por ser muito eficiente para a
obtenção de dados em profundidade acerca do comportamento humano, oferecendo
maior flexibilidade, uma vez que o estudante apenas poderá responder com símbolos.
Já Sampier (2006, p.459) Observação é uma técnica de recolha de dados que tem como
propósito explorar e descobrir ambientes.
E para Quivy e Dione (1999, p.156) Observação Directa“ é aquela em que o próprio
investigador procede a recolha das informações, sem se dirigir aos sujeitos
interessados”.
A escolha desta técnica deve-se ao facto de o pesquisador ter a possibilidade de explorar
certos comportamentos durante a entrevistas, verificar os procedimentos em louco,
assim responder-se-á ao terceiro objectivo específico.
Segundo Gil (2009, p. 51): a análise documental “vale-se de materiais que não recebem
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objectos da pesquisa”. Diz ainda o autor que na pesquisa documental, como primeiro
passo temos que fazer a exploração das fontes documentais, cujos estes documentos
alguns deles são de primeira mão, isto é, que não receberam qualquer tratamento
analítico, tais como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos,
diários, filmes, fotografias, gravações etc.
9
Finalmente irá redigir-se o relatório final que será apresentado em dois formatos,
primeiro em Microsoft Word e segundo em Microsoft Power Point.
Para a análise e interpretação dos dados, será adoptada a técnica da triangulação que,
para (Lakatos e Marconi, 2009), é uma técnica de investigação social complementar á
técnica da entrevista, análise bibliográfica e da observação que trata de fazer aparecer o
máximo possível os elementos de informação e de reflexão, que servirão de matérias
para uma análise sistemática de conteúdo que corresponde as exigências, de estabilidade
e de inter-subjectividade dos processos.
10
4. OBJECTIVOS DE ESTUDO
4.1.Objectivo Geral
Analisar o envolvimento de estudantes com as drogas na Escola Secundária
Geral e Pré – Universitária de Mocuba
4.2.Objectivos Específicos
Identificar as formas de actuação do estudante no ambiente da ESGPUM;
Realizar um diagnóstico sobre o uso e abuso de drogas e álcool entre estudantes
na ESGPUM;
Compreender os factores que levam os estudantes da ESGPUM ao uso de
drogas.
5. QUESTÕES DE PARTIDA
11
6. REFERENCIAL TEÓRICO
6.1.Conceitos
a) Drogas
De acordo com Abramovay (2006), as drogas são definidas como toda substância,
natural ou não, que modifica as funções normais de um organismo. Também são
chamadas de entorpecentes ou narcóticos.
Mas segundo Albertina (2004), as drogas são produtos químicos que se usam no
tratamento ou prevenção de doenças ou deficiências dos seres vivos. Os remédios são
feitos com drogas. Podem ser administradas por via oral, pela respiração, por meio de
injecções intradérmicas, intramusculares ou venosas, por absorção através da pele ou
das mucosas, por enemas.
Assim, percebe - se que drogas são substâncias naturais ou artificiais que alteram o
funcionamento normal do organismo. Mas como afirma a autora acima citada os
medicamentos também são classificados como drogas.
b) Escola
Segundo Kauark et all (2010) a escola (do grego scholé, através do termo latino schola)
é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de professores. A
maioria dos países tem sistemas formais de educação, que geralmente são obrigatórios.
Nestes sistemas, os estudantes progridem através de uma série de níveis escolares e
sucessivos. Os nomes para esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente
incluem o ensino fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino
secundário) para os adolescentes que concluíram o fundamental. Uma instituição onde
o ensino superior é ensinado, é comumente chamada de faculdade ou universidade.
Além destas, os alunos também podem frequentar outras instituições escolares, antes e
depois do ensino fundamental.
12
De acordo com os mesmos autores a pré-escolafornece uma escolaridade básica para as
crianças mais jovens. As profissionalizantes, faculdades ou seminários podem estar
disponíveis antes, durante ou depois do ensino médio. A escola também pode ser
dedicada a um campo particular, como uma escola de economia ou de música, por
exemplo.As escolas podem ser públicas ou particulares. Kauark et all (2010)
Na visão de Lessa(1998) a escola é uma instituição que tem como finalidade a formação
e a educação de crianças e adolescentes. Aprende – se a ler e a escrever, além de
praticar – se desporto, e conhece – se pessoas novas, aprende – se a conviver e respeitar
os professores e funcionários que fazem parte dessa instituição.
Portanto a luz dos conceitos acima apresentados,nota – se que a escola deve ser um
espaço onde educadores e educandos trabalham em prol dos valores sociais, ética e
cidadania na busca de uma sociedade justa e ciente de sua força política.
c) Estudante
Mas de acordo com Sudbrack (2003, p. 27) a palavra estudante é utilizada como
sinónimo de aluno. Este conceito diz respeito aos indivíduos que aprendem com outras
pessoas. O termo aluno provém do latim alumnum que, por sua vez, deriva de alere
(“alimentar”).
Portanto diz-se que um sujeito é aluno da pessoa que o tenha educado e criado desde a
sua infância. No entanto, também se pode ser aluno de outra pessoa que seja mais jovem
do que o próprio. Posto isto, os termos estudante, aluno, discípulo e, inclusive, aprendiz
são permutáveis.
13
6.2.Classificação das Drogas Perante a Lei
Já a cocaína, a canabis sativa, , a heroína, etc., são drogas ilícitas, ou seja, são drogas
cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são
socialmente aceitas.
14
De um lado as informações relacionadas a violência devido ao tráfico, e do outro a
mídia estimula a venda de bebidas alcoólicas, que também é um tipo de droga que causa
dependência e traz sérias consequências para a sociedade.
Um dos factores principal e que mais ajudam uma criança ou adolescente a não se
envolver e cair no mundo das drogas é uma família bem estruturada e com
ensinamentos de valores. Isso muitas famílias perderam e não conseguem retornar, ficou
difícil buscar o aprender e transmitir o que devemos realmente ser como ser humano.
Segundo Sudbrack (2003, p. 63) há adolescentes que apresentam maior
comprometimento com o consumo de drogas e/ ou outras problemáticas, em geral,
atreladas a conflitos de ordem familiar que os colocam em situações de risco.
Respeito e humildade devem ser apresentados a classe de alunados para que todos se
tornem capazes, no entanto tem que haver cobranças, combinados entre outros para que
esse meio de convivência se torne possível e agradável. A confiança que podemos
passar para os alunos nos deixa mais próximos deles para saber como anda a sua vida
dentro e fora do âmbito escolar. O trabalho para o sucesso não depende do professor e
muito menos do aluno, essas duas classes tem que andar juntas.
15
Sendo assim no final a vitória sempre serão de ambas as partes. Somente dessa forma é
que vamos trabalhar centrada no desenvolvimento humano e não nos sentir culpados
pela má formação da futura geração de profissionais.
O foco principal do trabalho da escola deve ser a reflexão, contribuindo para a visão
críticas das situações e dos problemas e para o desenvolvimento da autonomia e da
capacidade de escolha dos adolescentes. ALBERTINA; SCIVOLETTO; ZEMEL,
(2004. p. 83).
Para que haja melhores desempenhos sobre o estudo devemos apresentar os fatores de
risco e proteção.
Distância entre a escola e lugares que vendem Barracas, Bares, nas imediações das escolas
drogas
1.Uma família bem estruturada. 1. Falta de estrutura familiar.
2. Vigilância com os alunos propícios. 2.Visão dos acontecimentos com o aluno.
3.Visitas dos responsáveis na escola. 3.Falta Acompanhamento do responsável na
escola.
4.Estimular o aluno a participar de projetos na 4.Vulnerabilidade nas ruas.
escola.
5.Mostrar que o aluno também tem deveres. 5.Falta de estimulo para conquistas.
6.Cobrar incentiva e desenvolvimento do aluno 6.Falta de atenção quanto professor/aluno.
nos trabalhos escolares.
16
8.Vinculo positivo com as pessoas. 8.Família que fazem uso de drogas.
9.Autoestima bem resolvida 9.Adolescentes frustrados.
10.Satisfação com a vida. 10.Críticas destrutivas.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2018.
Uma das drogas ilícitas mais usadas em Moçambique é a Canabis sativa, que é
composta por sessenta substâncias que provocam vários efeitos no organismo. No
coração ela aumenta os batimentos e a pressão arterial; nos braços prejudica a
coordenação motora; no estômago, aumenta o apetite; no cérebro compromete a
memória e a consentração, provocando confusão mental; os olhos tornam-se vermelhos
e há dilatação da pupila; na garganta provoca tosse seca e dor na garganta devido a
fumaça e no pulmão ocasiona problemas respiratório e infecção CEBRID (2008).
17
Muitos espaços sociais vem sendo invadido pelas drogas. Cada vez mais o acesso dos
adolescentes e jovens a elas é facilitado, a exemplo das escolas, principalmente nas
grandes cidades que já estão sendo envolvidas pelo tráfico de drogas.
Miriam Abramovay, em seu Livro Cotidiano da escolas: entre violências, revela a triste
realidade de mortes de vários estudante envolvidos com as drogas que tiveram suas
vidas ceifadas pelos responsáveis pelo tráfico.
Para Sanchez (1982), não há que se falar em moralidade, quando crianças e
adolescentes brasileiras estão, cada vez mais cedo, se enveredando no caminho
alternativo das drogas. Ele explica que tais caminhos são alternativos, pois quando se é
criança e/ou adolescente a vida abre um leque de oportunidades para todos. À medida
que se vai vivendo novas oportunidades de vida vão surgindo como se um cardápio
fosse aberto deixando à mostra suas opções. As drogas, também, fazem parte desse
cardápio e podem ser classificadas em drogas lícitas ou ilícitas. As drogas lícitas são as
bebidas alcoólicas, cigarros e medicamentos farmacêuticos. Por serem lícitas essas
drogas podem ser encontradas em diversos pontos comerciais e são as portas de entrada
para o uso e abuso das drogas ilícitas.
Machado (1966: p. 29) salienta, que a interação social implica transformação e o
cuidado que um ser humano deve ter com o outro. Esta concepção reconhece que as
pessoas são devedoras umas das outras e necessitadas de atenções, carinho e respeito.
Se uma pessoa não recebe tal tratamento, a tendência e que não repasse para os seus
filhos, amor, carinho e atenção, valores fundamentais para a formação do sujeito,
atribuindo-lhe um espaço importante no desenvolvimento das estruturas psicológicas e
emocionais.
Dos vários ambientes que requerem prevenção no uso de drogas, a escola de ensino
fundamental e médio tem sido indicada como um dos mais propícios para ações desta
natureza considerando-se diversas particularidades.
18
Primeiramente, o público atendido pela escola encontra-se em uma faixa de idade que
corresponde, segundo as estatísticas, ao período da vida onde grande parte das pessoas
começa a experimentar alguma droga.
Desse modo, uma intervenção preventiva neste momento será muito mais eficaz no
sentido de se interromper a tendência do usuário em prosseguir para outros níveis de
utilização da droga em maior frequência.
Diversas características da adolescência têm sido elencadas como factores de risco para
o início do uso de drogas entre as quais podemos destacar a tendência de contestar o que
é definido como correcto e a necessidade de inserção no grupo social, de ser aceito.
Um outro aspecto importante é que a escola se constitui em um ambiente onde o
adolescente passa grande período do seu dia e ali está ávido por coisas novas e aberto ao
aprendizado, disposto a canalizar as efervescências pessoais para novas experiências.
Se por um lado estas constatações podem funcionar como factores de risco ao uso de
drogas, por outro, ao conseguir interceptá-las podemos encontrar formas objectivas de
prevenir o uso de drogas.
De acordo com Sudback (2003), o trabalho com drogas pode vir a ser feito em três
níveis: prevenção, repressão e tratamento. A prevenção divide-se em duas etapas:
prevenção primária que procura desestimular a primeira experiência dos não iniciados e
a prevenção secundária que busca prevenir o aprofundamento do uso experimental.
19
Quando se considera a prevenção no contexto escolar deve-se dar ênfase no
investimento da formação de profissionais qualificados, bem treinados e habilidosos
para lidar com as demandas da instituição. Deve também buscar envolver o corpo
escolar inteiro e colocar o adolescente como participante activo do processo de
elaboração dos projectos utilizando linguagem acessível e escutando o que ele tem a
dizer sobre sua realidade.
A medida adequada face a problemática das drogas exigiria políticas públicas que
viabilizassem a construção de soluções que fossem colocados em contraponto com o
“modelo do medo” e a “pedagogia do terror” que silenciam e excluem sem de facto
proporcionar a devida formação de consciência relativa aos problemas aos quais as
drogas podem estar ligadas.
20
6.7.A Legislação Moçambicana e as Drogas
Quanto a sanção para aqueles que vendem bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, a
alínea a) do artigo 13 do RCPCCBA estabelece que, este será sancionado com multa
correspondente a 40 salários mínimos e apreensão dos produtos relacionados com a
infracção e que estejam na posse do infractor, revertendo-se a favor do Estado;
1
Cfr. Alínea a) do Art. 5 do Decreto nº 54/2013: Aprova o Regulamento sobre o Controlo da produção,
Comercialização e Consumo de Bebidas Alcoólicas
2
Alínea c) do Art. 15 do Decreto nº 54/2013: Aprova o Regulamento sobre o Controlo da produção,
Comercialização e Consumo de Bebidas Alcoólicas
21
Portanto, nota-se aqui que a responsabilidade não compete apenas aos estudantes, mas
também ao ministério de educação e desenvolvimento humano, ao Ministério da saúde,
aos pais e encarregados de educação, aos proprietários de estabelecimentos que se
dedicam a comercialização de drogas e a sociedade em geral.
22
7. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Actividade Previsão
Inicio Termino
1. Levantamento Bibliográfico 10-02-2019 08-05-
1.1.Elaboração do pré-projecto 2019
1.2.Redacção do projecto
1.3. Entrega ao docente para avaliação
1.4.Aprovação do projecto pela comissão examinadora
2. Colecta de dados 15-09-2018 18-09-
2.1.Pesquisa Bibliográfica e documental 2018
2.2.Preparação do Questionário
2.3.Aplicação do Questionário
3. Tratamento de dados 25-08-2019 25-09-
3.1.Inferência dos resultados 2019
3.2.Analise dos resultados obtidos pela inferência
4. Redacção e aprovação da Dissertação 01-10-2019 16-12-
4.1. Redacção da versão preliminar 2019
4.2. Aceitação pelo orientador
4.3.Aceitação pela comissão examinadora
4.4.Aceitação da versão final
4.5.Encaminhamento `a comissão examinadora
4.6.Apresentação do Trabalho
23
8. ORÇAMENTO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA
Total 3.800,00mt
24
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Legislação
Doutrina
Albertina, Sérgio de Paula. (2004), Álcool: quem paga a conta somos nós. Mundo
Jovem. Porto Alegre, RS
http://www.jornalcanalmoz.co.mz/index.php/sociedade/54314-consumo-de-alcool-nas-
escolas-preocupa-sector-da-educacao.html acesso em 23/08/2018
Gil, A. C; (2006). Como elaborar projectos de pesquisa. 4 ª Edição. São Paulo: Atlas.
Kauark, F. S., Manhaes, E. C. e Madeiros, C. H. (2010). Metodologia de Pesquisa: um
guia prático; Itabuna, Via Litterarum.
Lakatos, E. M. e Marconi, M. de A; (2007). Fundamentos de metodologia científica.
6ªed. São Paulo: Atlas.
Lessa, M. B. M. F.(1998), Os paradoxos da existência na história do uso das
drogas.Alcance
25
Martinazza, C. A; (2008); Estatística Aplicada a Computação; (Apostila) Universidade
Regional do Alto Uruguai e das Missões Campus de Erechim.
Quivy, C. e Campenhoudt, J; (2008); A construção do Saber: Manual de Metodologia
de Pesquisa em Ciências Humana. Porto Alegre: Editora UFMG.
Richard, N. (2002). Metodologia de estudos em ciências da saúde: como planejar,
analisar e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Roca.
Sudback, Pedro Ribeiro. (2003), Sem drogas é bem melhor. Mundo Jovem. Porto
Alegre, RS
26