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PESQUISA DE JURISPRUDÊNCIA – BLOQUEIO DO FATURAMENTO DE

EMPRESA

- É a forma mais gravosa de satisfação do crédito fiscal;

- Sobre o faturamento: não é igual a dinheiro, é expectativa de receita ainda


não realizada, somente passível de penhora em situação excepcional, quando
não encontrado nenhum bem penhorável.

- “A penhora sobre o faturamento é medida excepcional, admissível somente


após atendidos os requisitos legais de a) nomeação de administrador, b)
apresentação de plano de pagamento e c) comprovação da inexistência de
bens suficientes para garantir a execução.”.

- O deferimento da Penhora sobre o Faturamento deve ocorrer somente por


meio de informações fornecidas pelos sistemas RENAJUD, INFOJUD,
Cartórios de Registros de Imóveis e por certidões de Oficial de Justiça. Estes
podem conferir sobre a inexistência de bens da empresa executada; caso
contrário, todo e qualquer ato judicial poderá ser considerado ilegal e abusivo.

- (NCPC) Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover
a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o
executado.

Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais


gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob
pena de manutenção dos atos executivos já determinados.

Subseção IX
Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa

Art. 866. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-
os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito
executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de
empresa.

§ 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito


exequendo em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da
atividade empresarial.

§ 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à


aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente,
entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes
mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.

§ 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á,


no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e
rendimentos de coisa móvel e imóvel.
- (LEF) Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte
ordem:

I - dinheiro;

II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham


cotação em bolsa;

III - pedras e metais preciosos;

IV - imóveis;

V - navios e aeronaves;

VI - veículos;

VII - móveis ou semoventes; e

VIII - direitos e ações.

§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento


comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em
construção.

- Quebra do sigilo bancário e o bloqueio de valores em conta corrente


somente após a constatação da inviabilidade dos meios postos à
disposição do exequente para a localização de bens do devedor

- Totalmente abusiva a penhora do faturamento da empresa enquanto


existentes outros meios menos onerosos e gravosos de proceder à execução.
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. QUEBRA DE SIGILO
BANCÁRIO. LOCALIZAÇÃO DE BENS. PENHORA SOBRE ATIVOS FINANCEIROS DA
CONTA-CORRENTE DA EMPRESA. POSSIBILIDADE.
1. A questão relativa ao bloqueio de numerário em contas correntes
de empresa alvo de execução fiscal deve receber tratamento similar
à penhora sobre o faturamento, a qual é admitida por esta Corte
apenas em situações excepcionais e desde que cumpridas as
formalidades estatuídas pela lei processual de regência, quais
sejam, a) nomeação de administrador, b) apresentação da forma de
administração e do esquema de pagamento, além de c)comprovação
da inexistência de outros bens suficientes à garantia da execução.
2. Recurso especial não-provido.
(REsp 797.928/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA,
julgado em 14.02.2006, DJ 21.03.2006 p. 122)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. QUEBRA DO SIGILO

BANCÁRIO. BLOQUEIO DE VALORES DEPOSITADOS EM CONTA CORRENTE.

REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 7/STJ.


1. Não comprovando a divergência jurisprudencial nos moldes legais e regimentais,
deixa a parte de evidenciar a similitude fática entre os julgados tidos como
dissidentes, o que impede o conhecimento do recurso pela alínea "c".

2. O aresto recorrido não decidiu a lide à luz dos os arts. 341, 399, 655, inciso I, 656
do CPC, 11, inciso I, da Lei n.º 6.830/80 e 198, § 1º, inciso I, do CTN, nem a
recorrente apresentou embargos de declaração com o fito de instar debate sobre as
correspondentes questões federais, de modo que resta vedada a abertura da via
especial, ante o teor das Súmulas n.º 211/STJ, n.º 282/STF e n.º 356/STF.

3. A jurisprudência desta Corte admite a quebra do sigilo bancário e


o bloqueio de valores em conta corrente somente após a constatação
da inviabilidade dos meios postos à disposição do exeqüente para a
localização de bens do devedor.
4. Como inexiste informação sobre o exaurimento de providências voltadas a obter,
pela via extrajudicial, dados sobre a existência de outros bens do executado, o
acolhimento da pretensão deduzida no recurso especial demandaria o reexame do
suporte fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 7/STJ, de seguinte
conteúdo:"A pretensão de simples reexame de prova não

enseja recurso especial".

5. Recurso especial não conhecido.

(REsp 725.271/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em


06.09.2005, DJ 03.10.2005 p. 217).

- Com valores bloqueados, como uma empresa poderá pagar seus funcionários
ou seus fornecedores?

- Por outro lado, muitas empresas são sólidas e estáveis, podendo superar tal
momento de dificuldade com o apoio do Poder Judiciário e compreensão de
seu credor (seja particular, seja a Fazenda Pública), subtituindo-se tal
constrição em dinheiro por penhora de percentual de seu faturamento.

- coadunar o interesse do credor com a mínima onerosidade ao devedor

- De outro norte, a manutenção do bloqueio de valores viola o princípio da


preservação da empresa, segundo ensina Fabio Ulhoa:

"Quando se assenta, juridicamente, o princípio da preservação da


empresa, o que se tem em mira é a proteção da atividade econômica, como
objetivo de direito cuja existência e desenvolvimento interessam não somente
ao empresário, ou aos sócios da sociedade empresária, mas a um conjunto
bem maior de sujeitos. [...] O que se busca preservar, na aplicação do princípio
da preservação da empresa, é, portanto, a atividade, o empreendimento. O
princípio da preservação da empresa reconhece que, em torno do
funcionamento regular e desenvolvimento de cada empresa, não gravitam
apenas os interesses individuais dos empresários e empreendedores, mas
também os metaindividuais de trabalhadores, consumidores e outras pessoas;
são estes últimos interesses que devem ser considerados e protegidos, na
aplicação de qualquer norma de direito comercial. [...] O princípio da
preservação da empresa é legal, geral e implícito." COELHO, Fábio Ulhoa.
Curso de Direito Comercial - Direito de Empresa. São Paulo. Editora Saraiva,
2012. Vol. 1. pág. 79 e 80 (grifo nosso).
- “Ante a inexistência de outros bens, revela-se adequada a penhora de 5%
sobre o faturamento, até porque não restou demonstrado pela parte
embargante que a penhora dessa parcela inviabiliza de fato a continuidade de
seus negócios.” -> PARA REFLETIR

- DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PENHORA
SOBRE FATURAMENTO DA EMPRESA. POSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE NÃO CONFIGURADO. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 7/STJ. 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior entende
ser possível a penhora do faturamento da empresa, desde que
observadas as cautelas necessárias para o bom andamento da mesma,
sem que isso caracterize violação dos arts. 622 e 655 do CPC. 2. Na
hipótese vertente, vê-se que a penhora sobre o faturamento foi determinada
com base em duas premissas fáticas: bens idôneos (sic) oferecidos à
penhora e ausência de prejuízo ao funcionamento da empresa. 3. Nesse
contexto, infirmar as conclusões a que chegou o acórdão recorrido demandaria
a incursão na seara fático-probatória dos autos, tarefa essa soberana às
instâncias ordinárias, o que impede o reexame na via especial, ante o óbice da
Súmula 7 deste Tribunal. 4. Agravo regimental a que se nega provimento."
(STJ, AgRg no AREsp 415971/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA
TURMA, DJe de 24/03/2014).

- PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE VALORES DE CRÉDITOS FUTUROS,
RESULTANTES DE VENDAS EFETUADAS POR CARTÃO DE CRÉDITO E
DÉBITO. FATURAMENTO DA EMPRESA. MEDIDA EXCEPCIONAL. SÚMULA
83/STJ. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTES.
QUESTÕES TRATADAS APENAS NO VOTO VENCIDO.
PREQUESTIONAMENTO NÃO CONFIGURADO. SÚMULA 320/STJ. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Consoante a orientação firmada no STJ, não se
conhece de Recurso Especial em que a Fazenda Pública recorrente pretende a
penhora de créditos da parte executada, junto às administradoras de cartões
de crédito, quando, com base no conjunto fático-probatório dos autos, o
Tribunal de origem deixa consignado, no voto condutor do acórdão recorrido,
que a medida requerida pela Fazenda Pública é excepcional e reclama a
demonstração efetiva de que foram esgotados todos os meios
disponíveis para a localização de outros bens penhoráveis, porquanto,
concluir em sentido contrário, para verificar se houve o esgotamento dos
meios disponíveis para a localização de bens penhoráveis, ou avaliar se a
penhora, na forma como requerida, inviabilizaria as atividades da
empresa, demanda o reexame de matéria de fato e de prova, inviável, em
sede de Recurso Especial, nos termos da Súmula 7 do STJ. Nesse sentido são
os seguintes julgados do STJ, em recursos interpostos, também, pelo
Município de Belo Horizonte, em casos semelhantes: AgRg no AREsp
450.575/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de
18/06/2014; AgRg no AREsp 443.217/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, DJe de 15/04/2014. II. No caso, a controvérsia foi
decidida, nas instâncias ordinárias, com base no conjunto fático-probatório dos
autos e em consonância, ainda, com a orientação jurisprudencial do Superior
Tribunal de Justiça, no sentido de que a penhora das vendas efetuadas por
meio de cartão de crédito e de débito implica, na realidade, em verdadeira
penhora sobre o faturamento da empresa, que deve obedecer maior rigor,
devendo ser determinada apenas se frustradas todas as tentativas de
localização de bens, pela exequente, mostrando-se indevida tal medida
constritiva excepcional, se ausentes os requisitos legais a embasá-la.
Com efeito, o Tribunal de origem, soberano no exame de matéria fática, deixou
consignado, no voto condutor do acórdão recorrido, que "a penhora do
faturamento da empresa, na qual se assemelha o pedido de bloqueio de
pagamento via cartões de crédito, é hipótese excepcionalíssima e só pode ser
deferida em situações especiais, que não a dos autos, onde não há
comprovação de ter a exequente diligenciado quanto à existência de bens,
pretendido tão somente que o Judiciário supra o que lhe cabia diligenciar".
Dadas as circunstâncias da causa, retratadas no voto condutor do acórdão
recorrido, mostra-se inadmissível o Recurso Especial, por incidência, na
espécie, das Súmulas 7 e 83 do STJ. III. Quanto à alegação, feita pelo
Município de Belo Horizonte, no sentido de que, no acórdão proferido pelo
Tribunal de origem, ficou consignado, no voto vencido, que foram
empreendidas diligências no sentido de busca de bens em nome do devedor,
antes de se requerer a pesquisa e o bloqueio de crédito junto a empresas de
cartão de crédito, impende salientar que, nos termos da Súmula 320 do STJ, "a
questão federal somente ventilada no voto vencido não atende ao requisito do
prequestionamento". IV. Agravo Regimental improvido.

(STJ - AgRg no AREsp: 385525 MG 2013/0268151-8, Relator: Ministra


ASSUSETE MAGALHÃES, Data de Julgamento: 19/03/2015, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 26/03/2015)

- TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO DO


JULGADO. INOCORRÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE
FATURAMENTO, EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO BANCO CENTRAL E
NECESSIDADE DE REMOÇÃO DE BENS PENHORADOS: ANÁLISE DE
ASPECTOS FÁTICOS-PROBATÓRIOS. SÚMULA 07/STJ. 1. É entendimento
sedimentado o de não haver omissão no acórdão que, com fundamentação
suficiente, ainda que não exatamente a invocada pelas partes, decide de modo
integral a controvérsia posta. 2. No regime anterior ao da Lei 11.382/06, que,
modificando o CPC, deu novo tratamento à matéria (art. 655, VII e art. 655-A, §
3º), a jurisprudência do STJ admitia apenas excepcionalmente a penhora
do faturamento, desde que presentes os seguintes requisitos: a)
realização de infrutíferas tentativas de constrição de outros bens
suficientes a garantir a execução, ou, caso encontrados, sejam tais bens
de difícil alienação; b) nomeação de administrador (arts. 678 e 719, caput,
do CPC), ao qual incumbirá a apresentação da forma de administração e
do esquema de pagamento; c) manutenção da viabilidade do próprio
funcionamento da empresa. A verificação de tais requisitos importa reexame
de matéria fático-probatória vedada em sede de recurso especial (Súmula 7). 3.
Antes das modificações introduzidas pela Lei 11.382/06 (CPC, art. 655, I, e
655-A, caput), a quebra de sigilo bancário para obter informações acerca de
bens penhoráveis do devedor ou para determinar o seu bloqueio através do
sistema BACEN JUD somente era admitida em situações excepcionais, após
exauridas todas as tentativas extrajudiciais de localização de bens do
executado. A verificação dessa circunstância no caso concreto encontra óbice
na Súmula 7 do STJ. 4. O exame da presença ou não dos requisitos fáticos
autorizadores de remoção de bens penhorados encontra óbice na Súmula
7/STJ. 5. Recurso especial do Estado parcialmente conhecido e, nessa parte,
improvido. Recurso especial da empresa não conhecido.

(STJ - REsp: 665140 RS 2004/0088896-0, Relator: Ministro TEORI ALBINO


ZAVASCKI, Data de Julgamento: 25/03/2008, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de
Publicação: --> DJe 17/04/2008 LEXSTJ vol. 226 p. 87)

- PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


MEDIDA CAUTELAR FISCAL. EXECUÇÃO FISCAL. INCIDENTAL.
DESBLOQUEIO DE BENS E VALORES. PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO
TRATADA NA DECISÃO AGRAVADA EM RELAÇÃO A ALGUNS
AGRAVANTES. REQUERIDO TIDO POR CORRESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO.
REDIRECIONAMENTO. SESSENTA DIAS. OBRIGATORIEDADE. PENHORA
SOBRE O FATURAMENTO. FIXAÇÃO EM PERCENTUAL EXCESSIVO
(10,7%). OFENSA AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. PERCENTUAL
ANTERIOR MANTIDO (5,87%). PRECEDENTES. 1. Não se conhece do
agravo de instrumento na parte em que discute matéria não analisada na
decisão agravada. 2. A medida cautelar fiscal concedida em caráter incidental
demanda o redirecionamento da execução fiscal para os requeridos tidos por
corresponsáveis tributários, no prazo de 60 dias previsto no art. 11 da Lei
8.397/1992. 3. Sem o redirecionamento da execução fiscal, após 4 (quatro)
anos da concessão da liminar na medida cautelar fiscal, e fora das hipóteses
previstas no art. 2º, IV e IX, da Lei 8.397/1992, não se há de falar na
possibilidade de manutenção da referida medida. 4. A medida cautelar fiscal
tem por objetivo assegurar a execução fiscal. Assim, por não configurar ação
de cobrança, os procedimentos legais para a satisfação dos créditos tributários
devem ser realizados na execução fiscal ou nos embargos à execução, se for o
caso. 5. Aindaque esta Corte, excepcionalmente, devido às condições
peculiares do caso, tenha deferido a penhora sobre o faturamento em medida
cautelar fiscal, a majoração do percentual de 5,85% para 10,7% não se
justifica, diante dos bens da empresa já bloqueados, da garantia oferecida em
embargos à execução, e da evolução patrimonial da empresa, os quais indicam
não haver dilapidação do patrimônio. 6. O percentual arbitrado para fins de
penhora de faturamento deve ser fixado em cerca de 5%. Precedentes do STJ.
7. Agravo de instrumento parcialmente conhecido e, à parte conhecida, que se
dá parcial provimento, para manter o percentual arbitrado para fins de penhora
de faturamento em 5,85%.

(TRF-1 - AI: 00323184620154010000 0032318-46.2015.4.01.0000, Relator:


DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO, Data de
Julgamento: 18/09/2015, OITAVA TURMA, Data de Publicação: 02/10/2015 e-
DJF1 P. 4997)

JURISPRUDENCIA DE PENHORA SOBRE O FATURAMENTO:

TRF-1

- PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA


SOBRE FATURAMENTO DA EMPRESA. NECESSIDADE DE
ESGOTAMENTO DAS DILIGÊNCIAS PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO
DEVEDOR. 1. Descabe a penhora sobre o faturamento da empresa devedora
quando não comprovado o esgotamento das diligências para a localização de
outros bens passíveis da constrição. Precedentes do STJ e deste Tribunal. 2.
Agravo interno da União/exequente desprovido.A Turma, por unanimidade,
negou provimento ao agravo interno da União/exequente.

(ACORDAO 00033244220144010000, DESEMBARGADOR FEDERAL


NOVÉLY VILANOVA, TRF1 - OITAVA TURMA, e-DJF1 DATA:24/03/2017
PAGINA:.)

- TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO


FISCAL. PENHORA SOBRE FATURAMENTO DE EMPRESA EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CABIMENTO. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DO ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS PARA
LOCALIZAÇÃO DE OUTROS BENS PENHORÁVEIS. 1. Deferida a
recuperação judicial da empresa executada com "a dispensa na apresentação
das certidões negativas" (Ação nº 2008.01.1.103082-9-TJDFT), a execução
fiscal terá regular prosseguimento, com a penhora de bens e demais atos
subsequentes, nos termos da Lei 11.101/2005. 2. A executada não apresentou
prova concreta de que a penhora de 10% sobre o seu faturamento inviabilizará
a recuperação judicial, de modo a tornar ilegítima essa constrição, nos termos
do art. 620 do CPC/1973 (vigente na data da decisão recorrida). Nesse sentido:
REsp 1.512.118-SP, r. Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma do STJ em
05/03/2015. 3. No entanto, a penhora sobre o faturamento da empresa
devedora é admitida excepcionalmente, sendo descabida no presente
caso, tendo em vista que a União/exequente não comprovou o
exaurimento de diligências para a localização de outros bens penhoráveis
da executada (expedição de ofícios aos registros públicos de seu
domicílio; pesquisa no sistema renajud). Precedentes do STJ: AgInt no
REsp 1.244.737-PR, r. Ministro Marco Buzzi, 4ª Turma em 08/11/2016; AgRg
no AREsp nº 573.647- RS, r. Ministro Benedito Gonçalves, 1ª Turma em
18/12/2014. 4. Em rejulgamento, agravo interno da União/exequente
desprovido.

- TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO DA EMPRESA.
EXCEPCIONALIDADE. 1. A penhora sobre o faturamento da empresa somente
é admitida em circunstâncias excepcionais e se preenchidos alguns requisitos,
entre os quais, a comprovação de que não foram localizados outros bens
passíveis de constrição. Isso porque o faturamento da empresa, que não é
igual a dinheiro, é expectativa de receita ainda não realizada. 2. Na nova
sistemática processual civil, o art. 835 do CPC inclui a penhora sobre
percentual do faturamento da empresa devedora no item X, depois dos bens
móveis em geral - que está no item VI -, o que permite a substituição da
penhora sobre o faturamento pelos bens móveis. 3. O prazo para o
oferecimento dos embargos à execução, na forma do art. 16, III, da Lei
6.830/1980, terá início com a intimação da penhora, que não se supre pelo
comparecimento espontâneo da parte devedora (STJ, REsp 1.217.073, DJe de
3/2/2011). 4. Agravo de instrumento a que se dá provimento. A Turma, por
unanimidade, deu provimento ao agravo de instrumento.

(ACORDAO 00062699420174010000, DESEMBARGADORA FEDERAL


MARIA DO CARMO CARDOSO, TRF1 - OITAVA TURMA, e-DJF1
DATA:30/06/2017 PAGINA:.)

- PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 557.
APLICABILIDADE. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO DA SOCIEDADE
EMPRESÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. NÃO COMPROVAÇÃO DA CAPACIDADE
FINANCEIRA. PERCENTUAL QUE INVIABILIZA O FUNCIONAMENTO DA
PESSOA JURÍDICA. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL E DO STJ.
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. De acordo com o disposto no art.
557 do CPC/1973, "o relator negará seguimento a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com
jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal,
ou de Tribunal Superior". 2. Incabível a penhora sobre o faturamento da
sociedade empresária, quando não comprovada a inexistência de outros bens
passíveis de garantir a execução, bem como a capacidade econômico-
financeira da executada para suportar a constrição, tampouco que o percentual
requerido se encontra em patamar considerado viável à manutenção do
funcionamento da pessoa jurídica. Precedentes. 3. Agravo regimental não
provido.A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental.

(ACORDAO 00295790320154010000, DESEMBARGADOR FEDERAL


MARCOS AUGUSTO DE SOUSA, TRF1 - OITAVA TURMA, e-DJF1
DATA:25/11/2016 PAGINA:.)

PENHORA 5% FATURAMENTO

- PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA


SOBRE O FATURAMENTO (5%): POSSIBILIDADE (EXCEPCIONAL) -
SEGUIMENTO NEGADO - AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1 - O
princípio da menor onerosidade ao executado recomenda a preferência da
penhora sobre bens outros em vez de sobre o faturamento (alternativa final, se
não última). 2 - Aferindo-se que não há outros bens penhoráveis, salvo os que
já garantem outras execuções fiscais e cujo valor não comporta a garantia de
outros feitos, legitima-se, por justo motivo excepcional, a penhora do
faturamento, até porque fixada em percentual módico (5%) que não
compromete a atividade empresarial além do mínimo necessário à paulatina
satisfação do credor. 3 - Se, a teor do art. 620 do CPC, não se deve imputar ao
devedor ônus excessivo, por outro, o processo de execução visa à satisfação
do crédito do exeqüente. Embora não haja hierarquia entre tais princípios
(maior utilidade x menor onerosidade), cujo eventual entrechoque se resolve
mediante interpretação que, reduzindo aqui e ampliando alhures, os
compatibilize, tende-se a preservar a eficácia do processo executivo, cujo
objetivo é, a final, dar ao credor tudo quando lhe cabe por direito auferir. 4 -
Agravo interno não provido. 5 - Peças liberadas pelo Relator, em 11/10/2005,
para publicação do acórdão.

(TRF-1 - AGTAG: 59261 MG 2005.01.00.059261-3, Relator:


DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, Data de
Julgamento: 11/10/2005, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: 28/10/2005 DJ
p.68)
- PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.
PENHORA SOBRE FATURAMENTO DIÁRIO. NÃO-COMPROMETIMENTO
DO PLANO DE RECUPERAÇÃO DA EMPRESA E DA CONTINUIDADE DE
SUAS ATIVIDADES. REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE 20% PARA 5% DO
FATURAMENTO. ART. 620 DO CPC. 1. É admissível penhora sobre o
faturamento diário, a fim de assegurar a eficácia da prestação jurisdicional,
diante da inexistência de bens suficientes à garantia da execução. 2. A
penhora sobre faturamento deve ser reduzida (de 20 para 5%), para não
comprometer o plano de recuperação implementado pela Agravante e não
impedir a continuidade de suas atividades. 3. Agravo de instrumento
parcialmente provido.

(TRF-1 - AG: 53775 DF 2005.01.00.053775-4, Relator: DESEMBARGADOR


FEDERAL FAGUNDES DE DEUS, Data de Julgamento: 05/10/2005, QUINTA
TURMA, Data de Publicação: 27/10/2005 DJ p.94)

- PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. INEXISTÊNCIA DE OUTROS BENS SUFICIENTES À
GARANTIA DA EXECUÇÃO. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO DA
EMPRESA. MEDIDA EXCEPCIONAL. ADMISSIBILIDADE. 1. A penhora sobre
o faturamento da empresa só é admitida em circunstâncias excepcionais e
desde que, entre outros requisitos, não implique o comprometimento da
atividade da pessoa jurídica executada. 2. Deve ser reconhecida a legalidade
da penhora de 5% (cinco por cento) sobre o faturamento da executada, à
míngua de outros bens penhoráveis e inexistência de prova inequívoca para
demonstrar prejuízo à atividade da agravante. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento.

(TRF-1 - AGA: 312966020094010000 BA 0031296-60.2009.4.01.0000, Relator:


DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO, Data de
Julgamento: 31/01/2014, OITAVA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.1582
de 14/03/2014)

- PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA SOBRE O
FATURAMENTO DA EMPRESA - MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL -
IMPOSSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. 1. No processo executivo, a
penhora sobre faturamento da empresa deve observar as cautelas
recomendadas pelos arts. 620, 677 e 678 do CPC e, somente deve ser
admitida, em caso excepcional, a evidenciar a extrema dificuldade que terá a
credora para obter a satisfação do seu crédito, bem como em quantitativo que
não prejudique a normalidade dos negócios da executada. 2. Vê-se que,
apesar de citado, o executado não diligenciou em garantir a pretensão
executiva contra ele instaurada. Com efeito, foram observadas outras medidas
que pudessem tornar menos gravosa a execução contra o executado, o que,
restou inviabilizado ante a inexistência de patrimônio passível de constrição. 3.
A proporcionalidade na fixação do percentual é tema de primordial atenção, e,
na hipótese em questão, configura-se excessiva a penhora no percentual
pleiteado de 10% (dez por cento), devendo a mesma ser autorizada em
patamar que não comprometa, ainda mais, a atividade normal da
agravada. 4. O percentual mensal deve ser mantido em 5% (cinco por cento),
consoante precedentes deste Tribunal e do colendo STJ. 5. Decisão mantida.
6. Agravo Regimental não provido.

(TRF-1 - AGA: 00488815220144010000, Relator: JUÍZA FEDERAL MARIA


CECÍLIA DE MARCO ROCHA (CONV.), Data de Julgamento: 03/02/2015,
SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: 13/02/2015)

- PROCESSUAL CIVIL - TRIBUTÁRIO - AGRAVO REGIMENTAL -


EXECUÇÃO FISCAL. - PENHORA SOBRE O FATURAMENTO DA EMPRESA
- SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS - REDUÇÃO DO PERCENTUAL -
POSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência desta Corte e do e. STJ é firme no
sentido de admitir a penhora sobre o faturamento somente em situações
excepcionais e em percentual que não inviabilize as atividades da empresa. 2.
A penhora incidente sobre faturamento da empresa é medida excepcional,
admissível, pela jurisprudência de nossos tribunais, apenas na hipótese de
inexistirem bens livres e desembaraçados suficientes para garantir a execução
ou quando existirem apenas bens de difícil alienação. (Precedente: STJ, AgRg
no Ag 880.231/RJ)"(in AGA 1999.01.00.058754-4/MG, Rel. Desembargador
Federal Carlos Olavo, Sétima Turma,Re-DJF1 p.321 de 10/10/2008). 3 .Nesse
sentido, o colendo STJ já se manifestou, inúmeras vezes, sobre a possibilidade
da penhora recair sobre o faturamento da empresa, em percentual razoável
(normalmente 5%) e que não prejudique as suas atividades (AgRg no REsp.
1.320.996/RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 11/9/2012, AgRg no Ag.
1.359.497/RS, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES, DJ de 24/3/2011, AgRg no
REsp. 1.328.516/SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJ de 17/9/2012; AgRg
na MC 19.681/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 11/12/2012, DJe 19/12/2012 e AgRg no AREsp.
242.970/PR, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 22/11/2012). 4. Agravo
Regimental não provido.

(TRF-1 - AGA: 701262720114010000 MG 0070126-27.2011.4.01.0000,


Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA, Data de
Julgamento: 01/07/2013, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.1012
de 19/07/2013)

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