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Relatório de Resultados

3T17

Barretos, 09 de novembro de 2017 – A Minerva S.A. (BM&FBOVESPA: BEEF3 | OTCQX: MRVSY), uma das líderes na
América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados, com 26 unidades de abate de
bovinos localizadas no Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Colômbia, anuncia hoje seus resultados referentes ao terceiro
trimestre de 2017 (3T17). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em BRGAAP, em Reais (R$),
de acordo com o IFRS (International Financial Reporting Standards).

Destaques do 3T17
 O fluxo de caixa livre ao acionista desconsiderando o investimento relacionado à aquisição das
novas operações do Mercosul, pago em 01 de agosto de 2017, foi de R$ 343,7 milhões no 3T17.
Nos 9M2017, o fluxo de caixa livre ao acionista foi de R$ 51,6 milhões. Considerando o valor
Minerva (BEEF3)
pago pelas novas operações, o fluxo de caixa livre ao acionista foi negativo em R$ 769,9 milhões.
Preço em 08-11-17: O fluxo de caixa das atividades operacionais da Minerva foi de R$ 496,5 milhões no 3T17.
R$ 11,20
 A Receita Líquida da Minerva no 3T17 apresentou crescimento de 34,9% sobre o 3T16, um
Valor de Mercado: recorde histórico para um trimestre, e totalizou R$ 3.417,8 milhões. No acumulado dos últimos
R$ 2.574,4 milhões 12 meses, a Receita Líquida atingiu R$ 10.695,4 milhões, 8,6% acima do mesmo período de
229.860.259 Ações 2016. Se considerarmos as receitas proforma das novas unidades adquiridas no Mercosul, a
Receita Líquida acumulada atingiu R$ 13.335,4 milhões, em linha com o guidance anunciado
Free Float – 52,0%
pela Companhia para os próximos 12 meses, a partir de julho de 2017, no intervalo de R$ 13,0
bilhões a R$ 14,4 bilhões. Com base nos resultados do terceiro trimestre de 2017, a Companhia
Teleconferências reafirma que este guidance está mantido.
10 de novembro de 2017  As exportações responderam por 58,1% das vendas consolidadas da Companhia entre julho a
Português
setembro de 2017, favorecidas por um cenário setorial volátil, que abriu diversas oportunidades
14:00 (Brasília) comerciais tanto no mercado local quanto internacional. A combinação entre: i) o contínuo foco
11:00 (US EST) no desenvolvimento dos programas de eficiência comercial, com o objetivo de elevar a
Tel.: +55 (11) 2188-0400
Código: Minerva capilaridade no mercado interno e privilegiando a diversificação de canais e origens; ii) o
aumento da utilização de capacidade das unidades no Brasil; iii) a reabertura da unidade
Inglês
12:00 (Brasília) localizada em Mirassol D’Oeste, no estado de Mato Grosso e; iv) a consolidação das vendas das
09:00 (US EST) novas unidades adquiridas no Mercosul nos meses de agosto e setembro, proporcionaram,
Tel.: +1 (412) 317 5479
Código: Minerva juntas, que as vendas no mercado interno subissem 40,6% em relação ao 2T17. No mercado
externo, as vendas foram 26,8% superiores às vendas do trimestre anterior, afetadas pelos
impactos descritos acima e mais uma vez pelo desbalanço entre a oferta e a demanda mundial
de carnes.
 O EBITDA no 3T17 foi de R$ 311,8 milhões, também recorde histórico, e atingiu margem EBITDA
Contatos de RI: de 9,1%. O desempenho do EBITDA foi influenciado por dois meses das operações das plantas
do Mercosul, que operaram com nível inferior às margens dos ativos da Minerva. Esperamos
Eduardo Puzziello
Kelly Barna que nos próximos trimestres os ganhos de sinergias elevem o desempenho destes ativos para o
Matheus Oliveira padrão dos ativos da Companhia nas respectivas regiões. Nos últimos doze meses encerrados
Tel.: (11) 3074-2444 em setembro, o EBITDA proforma, considerando o resultado dos ativos do Mercosul adquiridos
em 01 de agosto de 2017, atingiu R$ 1.194,9 milhões, com margem de 9,0%.
ri@minervafoods.com
 A posição de caixa em 30/09/17 era de R$ 3,2 bilhões, 1,5x superior aos vencimentos de curto
prazo. A alavancagem financeira no final do trimestre, medida através do múltiplo dívida
líquida/EBITDA dos últimos 12 meses, ficou em 4,2x, mesmo considerando o pagamento de US$
300 milhões em 31 de julho de 2017, referentes à aquisição das operações no Mercosul.
 Por fim, vale destacar a expectativa de abertura de novos mercados para os países produtores
de carne bovina na América do Sul nos próximos meses, como o Japão para Uruguai, os Estados
Unidos para os produtores paraguaios e a reabertura dos Estados Unidos para o Brasil.
Resultados do 3T17

Principais Indicadores

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Abate (milhares) 804,2 590,0 36,3% 576,0 39,6% 2.382,2 2.196,0 8,5%
Volume Vendas (1.000 ton) 215,5 151,2 42,5% 148,7 44,9% 622,2 571,2 8,9%
Receita Bruta 3.659,5 2.694,7 35,8% 2.767,4 32,2% 11.459,1 10.421,5 10,0%
Mercado Interno 1.531,8 1.064,9 43,8% 1.089,5 40,6% 4.713,1 3.537,2 33,2%
Mercado Externo 2.127,8 1.629,7 30,6% 1.677,9 26,8% 6.746,0 6.884,3 -2,0%
(1)
Receita Líquida 3.417,8 2.533,7 34,9% 2.579,3 32,5% 13.335,4 9.845,9 35,4%
(1)
EBITDA Ajustado 311,8 249,3 25,1% 277,3 12,4% 1.194,9 1.076,3 11,0%
(1)
Margem EBITDA Ajustada 9,1% 9,8% -0,7 p.p. 10,8% -1,6 p.p. 9,0% 10,9% -2,0 p.p.
(1)
Dívida Líquida/LTM EBITDA Ajustado 4,2 3,2 0,9 4,1 0,1 4,2 3,2 0,9
Lucro (Prejuízo) Líquido 85,8 47,4 80,9% -55,6 -254,3% 45,0 249,2 -82,0%
(1) LTM3T17 inclui números proforma de Receita Líquida e EBITDA para as plantas dos ativos do Mercosul adquiridos em 01 de agosto de 2017

Mensagem da Administração

Os últimos eventos políticos e setoriais alteraram o cenário competitivo e trouxeram um ambiente extremamente
desafiador e volátil, porém cheio de oportunidades de crescimento e de aumento na rentabilidade das operações na
América do Sul. Nesse contexto, a Minerva tem sido ágil e flexível, e o resultado pode ser verificado no aumento do
volume de vendas, no crescimento de mais de 35% da nossa receita, em relação ao mesmo período do ano passado,
e na geração de caixa. Algumas ações importantes que tomamos nos últimos meses: i) aumentamos o nível de
utilização da capacidade instalada das unidades brasileiras no terceiro trimestre, para níveis acima de 80%; ii)
reabrimos a unidade de Mirassol D’Oeste, no estado do Mato Grosso; e iii) iniciamos o processo de integração das
unidades adquiridas no Mercosul (3 unidades de abate no Paraguai, 5 unidades de abate e 2 unidades de alimentos
processados na Argentina e mais uma unidade de abate Uruguai).
Após a conclusão dessa importante aquisição em 1º de agosto, nosso foco é materializar os ganhos da integração nos
próximos trimestres. Com a integração, virão os ganhos de sinergia e o crescimento das vantagens competitivas da
Companhia, dados pela maior diversificação geográfica, maior acesso a diferentes mercados, e melhor
posicionamento competitivo entre os players num cenário de reduzida oferta e alta demanda mundial de carne
bovina.
A combinação entre a consolidação das novas operações do Mercosul, a reabertura em julho da unidade de Mirassol
D’Oeste, e a elevação da utilização de capacidade, levou a Receita Líquida do 3T17 a atingir R$ 3,4 bilhões, recorde
da Companhia para um trimestre. As margens bruta e EBITDA do 3T17 foram, respectivamente, 18,1% e 9,1%,
impactadas pela consolidação das novas unidades. A alavancagem proforma no final de setembro de 2017
permaneceu estável em 4,2x, apesar da aquisição das novas operações. Não obstante, nosso principal foco de
geração de valor está na desalavancagem sustentável do nosso balanço, reduzindo o endividamento total da
Companhia.
Outro ponto de destaque neste trimestre foram as aprovações dos Estados Unidos para as carnes do Paraguai, e de
Singapura e Argentina para as carnes brasileiras. Outro exemplo deste movimento é a expectativa da abertura do
mercado japonês para os produtores do Uruguai nos próximos meses. Esse processo é fruto da elevação dos padrões
tecnológicos e sanitários da região, aliada à falta de oferta mundial. Outros países como Argentina, Paraguai, Uruguai
e Colômbia também estão passando pelo mesmo processo de certificação e esperamos que ao longo dos próximos
anos os países produtores de carne bovina na região, em conjunto, tenham acesso irrestrito aos principais mercados
consumidores do mundo. Destacamos o forte volume exportado do Brasil nos meses de julho a setembro, acima de
100 mil toneladas/mês.

2
Resultados do 3T17

Com relação ao consumo de carne bovina no Brasil, começamos a observar sinais de retomada de crescimento a
partir do segundo semestre, efeito da redução da inflação, da taxa de juros e do desemprego. Sazonalmente, o
quarto trimestre tende a ser o mais forte em termos de consumo interno no ano. Aliado a esta tendência, a
Companhia continua a aperfeiçoar sua estratégia comercial e ampliar seus canais de distribuição no Brasil através da
nossa estratégia Go to Market focada em pequenos e médios varejistas e no segmento food service. Atingimos, no
3T17, mais de 60 mil pontos de vendas no Brasil. Observamos o recente crescimento do consumo de carne bovina
em outros países da América do Sul, como na Colômbia, na Argentina, no Paraguai e no Chile. Esse crescimento do
consumo está aliado às melhores perspectivas macroeconômicas da região.
A América do Sul continuará gerando excelentes oportunidades no nosso setor nos próximos meses e anos: i) por
maior disponibilidade de animais para abate, devido ao ciclo positivo do gado no Brasil e no Paraguai; ii) pelo
contínuo desequilíbrio entre a oferta e demanda de carne em regiões importantes, como o Extremo Oriente e o
Oriente Médio; iii) pela efetiva abertura de novos mercados, cujos efeitos deverão ser plenamente colhidos nos
próximos anos; e iv) pela recente retomada dos mercados internos nos países que temos distribuição na América do
Sul. No caso da Minerva, a conclusão da integração das novas operações aumentará nossa diversificação geográfica e
fortalecerá ainda mais a estratégia comercial da Companhia, o que beneficiará nossos resultados.
Entendemos que a América do Sul possui todas as vantagens competitivas para se transformar na principal
plataforma mundial de produção de carne bovina, seja pela estrutura de custos de produção, seja pelas vantagens
naturais que a região oferece. Por isso, acreditamos que o ano de 2018 deverá ser um ano de crescimento expressivo
da participação desta região no mercado mundial. Atenta a esse cenário, a Minerva continuará centrando seus
esforços em executar seu modelo de plano de negócios, que prevê maior penetração comercial nos mercados
internos e externos, na maior diversificação geográfica no trading de produtos de terceiros, no continuo
aperfeiçoamento dos programas de eficiências operacionais e comerciais, na gestão eficiente de riscos, no foco na
desalavancagem financeira e na geração de retornos consistentes a longo prazo para nossos acionistas.

Fernando Galletti de Queiroz, Diretor Presidente

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Resultados do 3T17

Panorama Setorial

Brasil
Fornecimento de Gado
Foram abatidas aproximadamente 6,5 milhões de cabeças de gado no terceiro trimestre de 2017. Este volume foi
7,7% maior que o apurado no 2T17 e 8,2% superior ao mesmo período do ano passado.
Historicamente, o terceiro trimestre é caracterizado por uma menor oferta de animais prontos para o abate, devido
ao período de entressafra que reduz a quantidade de animais finalizados no pasto e aumenta a quantidade de
animais provenientes de confinamento de terminação. Entretanto, este trimestre foi atípico, e houve elevação no
volume de abate, fruto da boa disponibilidade de animais não abatidos no trimestre anterior, devido a eventos que
impactaram o setor no 2T17, e também fruto do crescimento significativo no volume das exportações no período. O
resultado desta combinação foi o maior volume de abate no 3T17, registrado desde o quarto trimestre de 2014.
O preço médio da arroba no 3T17 (referência Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de São Paulo) atingiu valor médio de
R$ 133,9/@, em linha com o preço reportado no trimestre anterior e 11,9% inferior ao preço do 3T16, reflexo do 1)
alto volume de abate registrado em julho e agosto que absorveu a disponibilidade de gado do 2T17; (2) início da
entressafra, e (3) novos episódios em meados de setembro que trouxeram mais volatilidade na dinâmica da
indústria.

Figuras 1, 2 e 3 – Abate de Bovinos e Preço Médio do Gado

Abates (mil cabeças) R$/@ Abate (mil cabeças) R$/@

152,1 150,2 145,6


133,7 133,9 150,00 3.000 143,47 160,00
2.500 124,52 133,71 155,00
150,00
145,00
100,00 2.000 140,00
135,00
130,00
6.493 1.500 125,00
120,00
6.003 5.920 6.183 6.027 50,00 1.000 2.225 2.303 1.965 115,00
110,00
500 105,00
100,00
95,00
0,00 - 90,00
3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 jul-17 ago-17 set-17

Variação Anual - Abate Preço do Gado - R$/@


20,0% 160,00
10,0% 150,00
0,0% 140,00
-10,0% 130,00
-20,0% 120,00
-30,0% 110,00
jun/14
ago/14

fev/15

jun/15
ago/15

fev/16

jun/16
ago/16

fev/17

jun/17
ago/17
out/14

out/15

out/16
dez/16
dez/14

dez/15
abr/14

abr/15

abr/16

abr/17

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, CEPEA/ESALQ | Dados preliminares de abate no 3T17

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Resultados do 3T17

Mercado Externo
As exportações brasileiras de carne bovina in natura apresentaram excelente resultado durante o 3T17 e atingiram
341 mil toneladas, volume 30,7% e 32,2% superior ao 2T17 e 3T16, respectivamente. No trimestre, a receita
totalizou US$ 1.443 milhões, 31,4% superior à receita apurada no 2T17 e 35,5% acima do mesmo período do ano de
2016.
O aumento das exportações foi reflexo da falta de oferta no mercado internacional, combinado à recuperação de
importantes mercados consumidores, como China, Rússia, Egito e alguns países do Oriente Médio.

Figuras 4 e 5 – Exportação de carne in natura

(mil ton) (US$ milhões)

1.443
341 1.065 1.060 1.082 1.098
258 246 265 261

3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17

Figura 7 - Exportação brasileira de carne in natura

5,00
4,24 4,23 4,21
4,00
40,0
106 123 112 3,00

5,0 2,00
jul/17 ago/17 set/17
Volume (mil ton) Preço Médio (US$/kg)

Figura 6 - Preço médio carne in natura


17,0 16,1 16,2 8,0
16,0
15,0 14,2 7,0
15,0 4,7 4,9 4,9 13,8 13,5 13,4
14,0
4,3 4,2 13,4 12,9 6,0
5,0
13,0
4,0

12,4 12,3 13,0 4,6 4,2 3,8 4,1 4,3 4,1


12,0
11,0 3,9 4,2 4,2 3,0
2,0
10,5 11,1
10,0
9,0 1,0
8,0 0,0

2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17

R$/Kg US$/Kg

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

5
Resultados do 3T17

No 3T17, o preço médio da carne bovina em Dólar apresentou aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do
ano anterior e totalizou US$ 4,2/kg. Esse aumento é explicado pela recuperação da demanda de importantes
mercados importadores.
Os principais destinos das exportações brasileiras no 3T17 foram Hong Kong e China, que corresponderam a 36% do
total exportado, 11 p.p. acima do volume apurado no 3T16. O Egito, por sua vez, foi o terceiro maior destino das
exportações, sendo responsável por 15% do total registrado no trimestre, seguido por Irã, que apresentou
crescimento de 400 bps e atingiu 11% do total das exportações no 3T17.

6
Resultados do 3T17

Figuras 8 e 9 – Destino das Exportações (% da Receita)

3T16 3T17
Egito
China
Hong Kong 15%
Hong Kong 16%
15% China
10% 20%

Egito
15%
Rússia
10%

Chile Outros Irã


8% 24% 11%
Outros
Irã
35% Chile Rússia
7%
5% 8%

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior


Mercado Interno
O consumo do mercado interno no 3T17 apresentou boa performance, principalmente em julho e agosto, com as
vendas impulsionadas pelo Dia dos Pais. Dessa forma, os preços dos cortes do traseiro (Loins e Rounds)
apresentaram melhora, especialmente no atacado, conforme apresentado no gráfico abaixo:

Figura 10 - Rump + Loins Atacado Figura 11 - Round Cuts Atacado


27,00 16,00
26,00 15,50
25,00 15,00
24,00 14,50
R$/kg

R$/kg

23,00
22,00 14,00
21,00 13,50
20,00 13,00
19,00 12,50
18,00 12,00
Semana 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 Semana 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52

2015 2016 2017 2015 2016 2017

Fonte: Scot Consultoria

No entanto, a elevação dos preços foi interrompida em meados de setembro, seguindo a incerteza da indústria em
função de novos acontecimentos que desestabilizaram a dinâmica do setor. Dessa forma, a indústria que vinha
praticando níveis de abates altos, foi obrigada a racionalizar suas atividades com a redução de oferta de animais, o
que impactou na curva de preços.
Pelo efeito sazonal, estima-se uma maior demanda de carne bovina no último trimestre de 2017, que deverá atingir
o pico do consumo do ano. Um exemplo deste fenômeno foram as fortes vendas do setor no mês de outubro,
recorde no ano. Além disso, para o ano de 2018, estima-se melhoras importantes nos indicadores macroeconômicos,
como baixa inflação, forte crescimento do PIB, redução no desemprego, redução da inadimplência das pessoas físicas
e redução no nível de endividamento das famílias. Estes fatores combinados deverão elevar ainda mais a demanda
por carne bovina no próximo ano.

7
Resultados do 3T17

Paraguai
Fornecimento de Gado
No 3T17, foram abatidas 536 mil cabeças, volume 3,5% e 2,3% maior que o registrado no mesmo período do ano
anterior e no 2T17, respectivamente. Assim, o terceiro trimestre de 2017 marcou o recorde de abate no ano. O
maior volume de abate ocorreu no mês de julho; nos meses de agosto e setembro, no entanto, a indústria ajustou
suas atividades, apresentando pequeno recuo.
Apesar deste ajuste, os bons resultados dos últimos trimestres foram fruto de recorrentes melhorias de
procedimentos operacionais e de produtividade nos últimos anos, tanto no campo quanto na indústria. Esse
movimento tem consolidado o Paraguai cada vez mais como um dos principais mercados exportadores de carne
bovina na América do Sul.
Ao final do trimestre, em função do ajuste da oferta/demanda, o preço médio do gado atingiu US$ 166,2/100Kg,
praticamente estável com relação ao 2T17, e 4,1% superior ao apurado no terceiro trimestre de 2016.

Figuras 12 e 13 – Abate de Bovinos e Preço Médio do Gado

Abates (mil cabeças) US$/100Kg Abate (mil cabeças) US$/100Kg

600 165,2 166,2 167,4 169,2


159,6 165,8 155,3 210 250 161,7 180,0
175,0
170,0
165,0
170 200 160,0
155,0
130 150,0
145,0
150 140,0
135,0
400 90 130,0
125,0
521 524 536 50 120,0
518 100 198 115,0
110,0
425 10 170 167 105,0
100,0
50 95,0
90,0
-30 85,0
80,0
200 -70 -
75,0
70,0
3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 jul-17 ago-17 set-17

Fonte: SENACSA

Mercado Interno
Vale notar o crescimento nos últimos anos do consumo interno de carne bovina no Paraguai. Com uma população
de um pouco mais de 6 milhões de habitantes, espera-se um consumo per capita esperado para 2018 de
aproximadamente 35 kg, um crescimento de 4% em relação esse ano de 2017, acompanhando a expectativa de
crescimento de 4,0% do Produto Interno Bruto, inflação estável em 4,0% e nível de desemprego de cerca de 6,0%,
de acordo com as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mercado Externo
O volume das exportações do Paraguai atingiu aproximadamente 77 mil toneladas no 3T17, 11% superior ao volume
apurado no trimestre anterior e 3% acima do apurado no 3T16.
O Chile seguiu como o principal destino das exportações paraguaias e representou 36% do total das exportações,
praticamente estável em relação ao mesmo período de 2016. Por outro lado, a Rússia apresentou queda de 10 p.p
na mesma base de comparação. Esta fatia, no entanto, foi absorvida por outros importantes mercados, como Egito
e Irã, conforme demonstrado nos gráficos abaixo (figuras 16 e 17).
Vale destacar que, decorrentes das recentes melhorias no país, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
da América (USDA na sigla em inglês) através de seu departamento de Serviço de Inspeção Sanitária e Fitossanitária
de Animais e Plantas (APHIS na sigla em inglês), aprovou em outubro as importações de carne bovina provenientes
do Paraguai. A partir desse status, as plantas industriais que tem capacidade para exportação podem solicitar uma
visita dos veterinários do USDA para a certificação final da unidade. Somente após essa certificação que o Paraguai
poderá exportar aos Estados Unidos. Vale destacar também que recentemente o Chile, um exigente mercado

8
Resultados do 3T17

consumidor, reconheceu o Paraguai como livre de aftosa com vacinação, beneficiando assim a oferta de animais para
abate para aquele país.
Figuras 14 e 15 – Exportação de carne in natura

(US$ milhões)
(mil ton)

75 69 77 296 326
64 66 298 277 278

3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17

Fonte: SENACSA

Figuras 16 e 17 – Destino das Exportações (% da Receita)

3T16 3T17
Outros
10%
Chile Outros Chile
Líbano 22%
35% 36%
2%
Vietnã
6%
Vietnã
Israel 5%
10%
Irã
6%
Brasil
Israel Rússia
10% Rússia Brasil
6% 17%
27% 8%

Fonte: SENACSA

Uruguai
Fornecimento de gado
O volume de abate no terceiro trimestre totalizou 519 mil cabeças, 15% e 9% inferior ao comparado com o 2T17 e
3T16, respectivamente. Somente no mês de julho foi notada uma redução de 23% no abate em comparação com o
mês anterior. Esse movimento foi reflexo do período de entressafra, somado a uma sequência de greves nacionais
durante o trimestre. Aliado a esse cenário, o preço médio do gado alcançou US$ 172/100kg em setembro, 7% acima
da média do 2T17, porém em linha com o mesmo período de 2016.

Figuras 18 e 19 – Abate de Bovinos e Preço Médio do Gado

Abate (mil cabeças) US$/100Kg


Abates (mil cabeças) US$/100Kg
205,0
240 177,2 200,0
175,3 195,0
172,7 190,0
173,0 164,0 163,0 160,5 220 185,0
180,0
172,0 175,0
170,0
600 240
220
200 165,0
160,0
200
180
160 180 155,0
150,0
140
120
100 145,0
80
60
40 160 140,0
135,0
400 569 627 604 608 20
0 130,0
519 -20
-40
-60 140 178 174
125,0
120,0
-80
-100
-120 167 115,0
110,0
-140
-160
-180
120 105,0
100,0
200 -200 100
95,0
90,0
3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 jul-17 ago-17 set-17

Fonte: INAC

9
Resultados do 3T17

Mercado Externo
As exportações do Uruguai sofreram os impactos da redução do abate no 3T17 e com isso o volume das exportações
do país totalizou 74 mil toneladas (6,0% e 10,3% inferior ao 3T16 e 2T17 respectivamente), com uma receita de US$
376,5 milhões, 5,9% inferior ao reportado no 2T17 e 4,1% inferior ao mesmo período de 2016.
Nas exportações do país, a China foi o principal destino respondendo por 35% do total exportado (em receita), um
aumento de 4 p.p. na comparação com o 3T16, seguida dos Estados Unidos, os quais responderam por 17% da
receita de exportação do Uruguai. Juntos, os dois países foram destino para mais da metade das exportações
uruguaias de carne in natura. Vale destacar a expectativa para os próximos meses de abertura do Uruguai para o
mercado japonês, o que deverá impulsionar as exportações de produtos de nicho e principalmente de cortes
premium.
Apesar da queda no volume exportado, o preço médio de exportação apresentou elevação de 5,7% em relação ao
2T17 e de 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2016.

Figuras 20 e 21 – Exportação de carne in natura

(US$ milhões)
(mil ton)

79 86 83 392 412 400 377


79 74 388

3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17
Fonte: INAC | Dados preliminares

Figuras 22 e 23 – Destino das Exportações (% da Receita)

3T16 3T17
China Outros
Outros 31% 17% China
20% 35%
Brasil
Brasil 4%
4%
Alemanha
Alemanha 6%
6%
Estados
Israel Israel Estados
Unidos
10% 18% 9% Unidos
Holanda Holanda
11% 17%
11%

Fonte: INAC

Argentina
Indústria
Na última década, a indústria argentina de carne bovina sofreu grande desestabilização, decorrente de inúmeras
alterações nas políticas comerciais, como por exemplo a criação de impostos sobre a exportação de carne bovina.
Durante esse período, tornou-se desinteressante produzir no país e, como consequência, houve um grande
retrocesso na dinâmica da indústria. Nesse ambiente, a posição da Argentina entre os maiores exportadores de
carne bovina saiu da 3ª para a 13º posição em menos de 10 anos, segundo dados da Sociedade Rural Argentina. Com
a redução das exportações, veio o desincentivo à pecuária e, consequentemente, o rebanho bovino argentino retraiu

10
Resultados do 3T17

de 55,7 milhões de cabeças em 2007, para seu menor nível em 2011, atingindo 48,2 milhões de cabeças, queda de
13%.
Entretanto, a partir de 2015, o Governo Federal alterou algumas regras do setor, o que incentivou o processo de
recuperação do rebanho bovino. O resultado pode ser observado no crescimento do rebanho no ano de 2016, e que
impulsiona as estimativas para os anos de 2017 e 2018, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Figura 24 - Rebanho Bovino da Argentina


(Em 1000 cabeças)
58.000
55.662
56.000
54.260 54.215
53.515
54.000

52.000

50.000
48.156
48.000

46.000

44.000
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017E 2018E

Fonte: USDA | E: Estimativa

A partir deste processo de recuperação, a Argentina ocupa atualmente o 6º lugar entre os países com maior rebanho
comercial, atrás do Brasil, Índia, China, Estados Unidos e União Europeia (UE).

Mercado Argentino
Maior consumidor de carne da América do Sul, com previsão de atingir 57,8 kg/hab em 2018, segundo estimativas do
FMI, o mercado interno argentino foi, por 12 anos, o responsável por manter a indústria do país em funcionamento,
uma vez que as exportações, àquela época, se tornaram desinteressantes em virtude das altas taxas impostas pelo
governo. A partir de 2015, com a mudança do governo, a Argentina passou a esboçar melhoras na sua economia,
sentidas principalmente no controle da inflação e na redução da taxa de desemprego, as quais possuem expectativas
de melhorias em 2018, segundo o Fundo. O bom momento vivido pelo país foi ratificado pelo resultado da eleição do
dia 22 de outubro de 2017, que renovou um terço das cadeiras do Senado. Naquela oportunidade, o governo obteve
uma grande vitória e ampliou sua base de apoio no Senado, acima do inicialmente estimado. Importante ressaltar
que o país possui um grande potencial de crescimento e há enorme expectativa de que, nos próximos anos, a
Argentina volte a figurar entre as mais dinâmicas economias do mundo. Neste ambiente, estima-se que o consumo
de carne bovina na Argentina em 2018 cresça cerca de 3% em relação a 2017.
Perspectivas para Exportações
Embora o mercado interno ainda consuma grande parte da produção de carne bovina argentina (aproximadamente
90% da produção permanece no próprio mercado argentino de acordo com o USDA), estima-se que as exportações
do país alcancem o volume de 280 mil toneladas em 2017 e 350 mil toneladas em 2018 (de acordo com dados do
USDA – verificar seção “Estimativas do USDA para 2018”, a seguir), o maior nível desde 2009. Caso o volume
esperado para 2018 seja alcançado, as exportações argentinas apresentarão um expressivo crescimento de
aproximadamente 30% e 62%, comparados ao volume exportado em 2016 e 2017, respectivamente, conforme
demonstrado no gráfico abaixo:

11
Resultados do 3T17

Figura 25 - Exportações de carne bovina da Argentina


700 621 (Em 1000 toneladas equivalente carcaça)
600
500
396
400 350
277 280
300 216
200
100
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017E 2018E

Fonte: USDA | E: Estimativa

Dentre os principais destinos das exportações de carne bovina da Argentina, destacam-se a União Europeia, a China,
o Chile, e os países do Oriente Médio entre outros. A China apresenta consumo em constante ascensão, o que pode
ajudar a impulsionar as exportações (verificar seção “Estimativas do USDA para 2018”). Como é possível analisar no
gráfico a seguir, a China aumentou sua participação em 6 pontos percentuais de janeiro a setembro desse ano,
comparado ao mesmo período de 2016. A Europa sempre foi um importante destino para os produtos argentinos,
por demandar cortes nobres, os principais produtos de exportação do país. Como reflexo dessa confiança europeia,
a cota Hilton do país está estabelecida em 29,5 mil toneladas (volume limite de exportação de cortes de alta
qualidade para a União Europeia, com redução tributária), e a Argentina possui atualmente a maior participação
nessa cota. Segue abaixo o gráfico com os principais destinos de exportação da carne bovina argentina, nos nove
meses de 2016 e 2017:
Figuras 26 e 27 – Destino das Exportações (% da Receita)

9M2016 9M2017

Rússia Outros Rússia Outros


6% Brasil 2% 6%
Brasil 1% UE
5% UE 5%
34%
40%
Chile Israel
12% 12%

Chile
Israel
13%
14%

China China
22% 28%
Fonte: Instituto de Promoción de la Carne Vacuna Argentina

12
Resultados do 3T17

Estimativas do USDA para 2018

De acordo com as projeções elaboradas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção
global de carne bovina deverá crescer cerca de 2% em 2018, para 62,6 milhões de toneladas, com destaque para
Brasil e Estados Unidos. As exportações globais de carne bovina deverão crescer em cerca de 3% em 2018 e atingir o
volume de 10,1 milhões de toneladas, principalmente através do crescimento de embarques de Argentina, Brasil e
Austrália.
A demanda no Leste Asiático continuará robusta. A China, em particular, continuará a impulsionar o comércio
mundial, uma vez que a produção doméstica estagnada não poderá atender seu consumo crescente. Como
destaque, o volume das importações chinesas deverá aumentar 11% em 2018. De acordo com o Departamento,
embora os Estados Unidos tenham recuperado o acesso ao mercado de carne da China no primeiro semestre de
2017, é provável que os embarques àquele país sejam limitados no curto prazo, devido às exigências do mercado
que limitam a capacidade dos Estados Unidos de maximizar as oportunidades comerciais, como a utilização de
indutores de crescimento bovino.
Segundo as projeções do USDA, as exportações dos principais produtores do Mercosul (Brasil, Paraguai, Argentina e
Uruguai) chegará a 3 milhões de toneladas em 2018, liderado por Brasil (+4%) e Argentina (+25%). Este volume é
123 mil toneladas superior ao volume esperado para 2017 e acima do volume de 2007, que foi recorde de
exportação da região.
Para o departamento norte-americano, o destaque em 2018 será a Argentina, com as exportações atingindo 350 mil
toneladas, 70 mil toneladas superior em relação a 2017 e o maior volume desde 2009, quando iniciou-se o processo
de liquidação do rebanho.
Sobre as exportações o órgão estima que o volume aumentará em linha com a produção de carne bovina. Também
estimam uma produção de 9,7 milhões de toneladas, 250 mil toneladas a mais do que em 2017. A maior parte desse
crescimento (185 mil toneladas) deverá ser consumido no mercado local, que apresentará sinais de aquecimento
após a forte crise econômica de 2015 e 2016. As 65 mil toneladas restantes deverão ser exportadas.
Desta forma, o Mercosul se consolidará como a principal região exportadora de carne bovina do mundo.
A seguir a estimativa do USDA para exportação e importação dos principais países do mercado mundial de carne
bovina:

13
Resultados do 3T17

Exportação de Carne Bovina*

Países 2015 2016 2017E 2018E


Brasil 1.705 1.698 1.760 1.825
Uruguai 373 421 432 420
Argentina 186 216 280 350
Paraguai 381 389 380 380
Mercosul 2.645 2.724 2.852 2.975
Austrália 1.854 1.480 1.450 1.525
Nova Zelândia 639 587 570 570
Oceania 2.493 2.067 2.020 2.095
EUA 1.028 1.159 1.285 1.320
Canadá 398 443 475 475
México 228 258 280 295
NAFTA 1.654 1.860 2.040 2.090
Índia 1.806 1.764 1.825 1.850
U.E (27) 303 344 400 420
Outros 644 663 654 626
TOTAL 9.545 9.422 9.791 10.056
Fonte: USDA | *Em mil toneladas equivalente carcaça | E: Estimativa

Importação de Carne Bovina*

Países 2015 2016 2017E 2018E

EUA 1.529 1.367 1.341 1.374


China 666 818 925 1.025
Japão 707 719 780 815
Coreia do Sul 414 513 550 560
Rússia 621 522 520 480
Hong Kong 339 453 425 410
U.E 363 369 340 360
Egito 360 340 250 280
Chile 213 269 290 280
Canadá 280 254 225 235
México 175 188 205 210
Outros 1.964 1.879 1.897 1.963
TOTAL 7.631 7.691 7.748 7.992
Fonte: USDA | *Em mil toneladas equivalente carcaça | E: Estimativa

14
Resultados do 3T17

Minerva – Análise dos Resultados

Abates
No 3T17, o volume de abate da Companhia totalizou aproximadamente 804,2 mil cabeças (39,6% acima do volume
total abatido no 2T17 e 36,3% superior ao 3T16) com taxa de utilização de capacidade em 77,1%, 2,3 p.p. e 6,3 p.p.
acima da taxa de utilização registrada no 2T17 e 3T16 respectivamente. O alto nível de abates se deu pelos seguintes
fatores: (i) o cenário positivo para a indústria brasileira, com a grande oferta de animais que ficaram represados no
trimestre anterior em virtude dos acontecimentos que trouxeram incerteza ao setor; (ii) ao início das operações nas
plantas recém adquiridas no Paraguai, Uruguai e Argentina, cujos resultados foram consolidados a partir de 1º de
agosto de 2017 e; (iii) a retomada das atividades da planta de Mirassol D’Oeste em Mato Grosso. Vale lembrar que a
taxa de utilização da capacidade consolidada do 3T17 ainda foi impactada pelas operações em fase de ramp-up da
unidade industriai adquirida no Paraguai.

Figura 28 - Utilização da Capacidade Instalada


77,1%
74,7%
70,8% 70,1%
65,0%

3T16 4T16 1T17 2T17 3T17

Fonte: Minerva
Receita Bruta Consolidada

A receita bruta da Companhia atingiu o recorde histórico de R$ 3,7 bilhões no 3T17, 35,8% acima da receita
reportada no mesmo período de 2016 e 32,2% acima da receita do 2T17. A receita da Divisão Carnes apresentou alta
de 22,7% em relação ao 3T16 e de 29,9% em relação ao trimestre anterior, e representou 76% da receita bruta
consolidada. Esse resultado é explicado pela consolidação dos resultados dos novos ativos adquiridos no Mercosul,
pela reabertura da planta de Mirassol D’Oeste e pelo aumento de utilização da capacidade instalada dos ativos no
Brasil. Com isso, as vendas no Mercado Interno apresentaram crescimento de 10,5% se comparado ao 3T16 e de
31,2% comparado ao 2T17, e totalizou R$ 862,6 milhões. Além disso, as vendas da Divisão Carnes para o Mercado
Externo atingiram R$ 1.906,9 milhões, 29,3% acima da receita registrada no 2T17 e 29,1% superior ao 3T16.

A receita da Divisão Outros no terceiro trimestre de 2017 apresentou crescimento de 103,7% em relação ao 3T16, e
de 40,2% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 890,0 milhões. Essa performance é resultado da
combinação da nova estratégia Go to Market nos resultados da distribuição de produtos de terceiros, da boa
performance das tradings, da recuperação das exportações de gado vivo e da consolidação dos produtos
industrializados das operações na Argentina.

15
Resultados do 3T17

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Receita Bruta 3.659,5 2.694,7 35,8% 2.767,4 32,2% 11.459,1 10.421,5 10,0%
Divisão Carnes 2.769,6 2.257,7 22,7% 2.132,5 29,9% 8.704,0 8.868,7 -1,9%
Divisão Outros 890,0 436,9 103,7% 634,9 40,2% 2.755,1 1.552,8 77,4%

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Mercado Interno 1.531,8 1.064,9 43,8% 1.089,5 40,6% 4.713,1 3.537,2 33,2%
% Receita Bruta 41,9% 39,5% 2,3 p.p. 39,4% 2,5 p.p. 41,1% 33,9% 7,2 p.p.
Divisão Carnes 862,6 780,3 10,5% 657,3 31,2% 2.769,8 2.705,4 2,4%
Divisão Outros 669,1 284,6 135,1% 432,2 54,8% 1.943,3 831,8 133,6%

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Mercado Externo 2.127,8 1.629,7 30,6% 1.677,9 26,8% 6.746,0 6.884,3 -2,0%
% Receita Bruta 58,1% 60,5% -2,3 p.p. 60,6% -2,5 p.p. 58,9% 66,1% -7,2 p.p.
Divisão Carnes 1.906,9 1.477,4 29,1% 1.475,2 29,3% 5.934,2 6.163,3 -3,7%
Divisão Outros 220,8 152,3 44,9% 202,7 8,9% 811,8 721,0 12,6%

Figuras 29 e 30 – Composição da Receita Bruta Consolidada

3T16 +35,8 3T17

Carnes
Outros ME
52%
Carnes MI
ME 55% 18%
Outros
MI 11%

Carnes
Carnes MI Outros
MI 29% Outros 24% ME
ME 6% 6%

Fonte: Minerva

Divisão Carnes

Após a consolidação dos resultados dos novos ativos adquiridos no Mercosul, a reabertura da planta de Mirassol
D’Oeste e o aumento de utilização de capacidade dos ativos no Brasil, a receita bruta da Divisão Carnes atingiu R$
2.769,6 milhões no 3T17 e apresentou alta de 22,7% em relação ao 3T16 e 29,9% em relação ao trimestre anterior.
Esse resultado foi fruto tanto do forte desempenho do Mercado Externo (+29,1% yoy e +29,3% qoq) e que totalizou
R$ 1.906,9 milhões no trimestre, quanto do Mercado Interno (+10,5% yoy e +31,2% qoq), que atingiu R$ 862,6
milhões.

A Companhia direcionou 69% das vendas da Divisão para o Mercado Externo, que se mostrou atrativo com a
recuperação de grandes países importadores como Rússia e Chile, além da forte demanda dos países do Oriente
Médio. Vale destacar que no mercado doméstico, o preço médio da carne in natura apresentou leve alta de preço
em relação ao 2T17 (+1,1%), acima do desempenho do preço médio da arroba do boi gordo na comparação com o
trimestre anterior, mostrando início de recuperação da economia.

16
Resultados do 3T17

Exportações
No 3T17, a Companhia apresentou aumento do Market Share em todos os países onde atua, na comparação com o
segundo trimestre de 2017. No Brasil, a participação da Minerva nas exportações foi de 20%, impactada pelo
aumento da utilização de capacidade e pela reabertura da planta de Mirassol D’Oeste. De igual forma, houve
aumento na participação da Companhia nas exportações do Paraguai e Uruguai, reflexo do início das operações das
plantas adquiridas, a partir de 1º de agosto (dois meses do trimestre). No Paraguai, com a aquisição, a Minerva
passou a ser o player com maior capacidade de abate do país, e seu Market Share atingiu 32%. No Uruguai, a
Companhia respondeu por 16% das exportações, resultado que também foi impactado pelo início das atividades da
planta de Canelones, no dia primeiro de agosto.

Figuras 31, 32 e 33 – Market Share 3T17 (% da Receita)

Brasil Paraguai Uruguai

Minerva
Minerva
20% Minerva 16%
32%

Fonte: Minerva, Secex, INAC e SENACSA

Apresentamos abaixo a evolução das exportações da Companhia por região, entre o LTM3T17 e o LTM3T16:
África: A participação da região nas exportações da Companhia teve queda de 5 p.p. no LTM3T17, na
comparação com o mesmo período de 2016, respondendo por 10% do total. Esse impacto ainda reflete a
redução das exportações para o Egito nos últimos trimestres. Porém, o país já começou a apresentar sinais
de melhora e volta ao consumo forte de carne bovina no 3T17, com a receita aproximadamente três vezes
maior que o trimestre anterior.
Américas: A região das Américas respondeu por 18% das exportações da Companhia no LTM3T17, resultado
4 pontos percentuais superior ao apurado no LTM3T16. O Chile seguiu como principal consumidor da região.
Somente o país sozinho apresentou crescimento de 32% (em receita) nas exportações para a região das
américas da Companhia, na comparação entre os dois períodos.
Ásia: A participação da Ásia nas exportações da Companhia apresentou queda de 5 p.p. nos últimos doze
meses encerrados em setembro de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016 e respondeu por
22% do total exportado pela Companhia. Esse resultado é reflexo do redirecionamento de partes dos cortes
enviados para essa região, para países que consomem os esses mesmos cortes, como Oriente Médio. Por
outro lado, tivemos o aumento da receita de países como Taiwan e Singapura com crescimento de 159% e
24% no período analisado respectivamente.
CEI (Comunidade dos Estados Independentes): No LTM3T17, a participação da Comunidade dos Estados
Independentes, representada principalmente pela Rússia, respondeu por 7% das exportações da Companhia,
2 pontos percentuais acima do mesmo período de 2016. A Rússia tem apresentado uma forte recuperação
de suas importações de carne bovina nos últimos meses. Em receita das exportações da Companhia, a Rússia
apresentou 46% de crescimento, na comparação com os últimos doze meses encerrados em setembro de
2016, fruto da melhora no cenário econômico daquele país.

17
Resultados do 3T17

Europa: A participação da Europa nas exportações da Companhia foi de 14% no LTM3T17, estável na
comparação com o mesmo período de 2016. Alemanha e Holanda foram os principais destinos da região.
Ressalta-se que a região corrobora com a rentabilidade das exportações da Companhia, uma vez que é
destino para cortes nobres das peças do traseiro.
NAFTA: No LTM3T17, a região do NAFTA respondeu por 6% das exportações da Companhia, 200 bps acima
do mesmo período de 2016. Os Estados Unidos, principal destino da região, aumentou sua contribuição para
a receita de exportação da Companhia em 48% no período analisado.
Oriente Médio: O Oriente Médio foi o principal destino das exportações da Companhia nos últimos doze
meses encerrados em setembro de 2017 e respondeu por 24% do total da receita exportada, 400 bps acima
do reportado no LTM3T16. As vendas para a Arábia Saudita (um dos principais destinos da região) e
Emirados Árabes Unidos aumentaram em mais de 72% e 24% respectivamente, no período analisado. Israel
e Líbano também foram outros países de destaque da região.

Figuras 34 e 35 - Composição das Vendas Consolidadas por Região

LTM3T16 LTM3T17
Ásia Oriente
27% Médio
24%

NAFTA Oriente
Médio NAFTA Ásia
4%
20% 6% 22%
CEI
5% CIS
7%
Américas
África
14%
10%
África Américas
15% 18%
UE UE
14% 14%

Fonte: Minerva

18
Resultados do 3T17

A seguir, o detalhamento completo da Divisão Carnes:


Receita Bruta (R$ Milhões) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Carne In Natura – ME 1.745,6 1.374,2 27,0% 1.350,3 29,3% 5.455,6 5.763,8 -5,3%
Carne Processada – ME 3,8 17,8 -78,5% 14,0 -72,7% 31,2 40,1 -22,3%
Outros – ME 157,5 85,4 84,5% 110,9 42,1% 447,4 359,4 24,5%
Sub-Total – ME 1.906,9 1.477,4 29,1% 1.475,2 29,3% 5.934,2 6.163,3 -3,7%
Carne In Natura – MI 742,2 639,3 16,1% 536,3 38,4% 2.320,2 2.219,5 4,5%
Carne Processada – MI 16,1 22,9 -29,7% 24,2 -33,3% 70,7 63,9 10,6%
Outros – MI 104,3 118,0 -11,6% 96,9 7,7% 379,0 422,0 -10,2%
Sub-Total – MI 862,6 780,3 10,5% 657,3 31,2% 2.769,8 2.705,4 2,4%
Total 2.769,6 2.257,7 22,7% 2.132,5 29,9% 8.704,0 8.868,7 -1,9%

Volume (milhares de tons) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Carne In Natura - ME 117,0 81,0 44,4% 84,2 39,0% 345,0 334,0 3,3%
Carne Processada - ME 0,2 0,7 -75,1% 0,6 -68,8% 1,2 1,6 -25,7%
Outros - ME 17,2 7,6 124,8% 9,4 82,8% 41,0 31,1 32,1%
Sub-Total - ME 134,4 89,4 50,4% 94,2 42,7% 387,2 366,7 5,6%
Carne In Natura - MI 60,0 53,0 13,2% 43,9 36,9% 187,0 170,2 9,9%
Carne Processada - MI 1,2 1,7 -31,4% 1,5 -22,9% 4,8 4,6 2,8%
Outros – MI 19,9 7,1 180,2% 9,1 117,5% 43,2 29,6 45,8%
Sub-Total - MI 81,1 61,8 31,1% 54,5 48,7% 235,0 204,5 14,9%
Total 215,5 151,2 42,5% 148,7 44,9% 622,2 571,2 8,9%

Preço Médio – ME (USD/Kg) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Carne In Natura - ME 4,7 5,2 -9,8% 5,0 -5,5% 4,9 4,8 3,6%
Carne Processada - ME 6,8 7,7 -11,3% 7,6 -10,9% 8,1 6,8 18,3%
Outros – ME 2,9 3,4 -15,8% 3,7 -21,0% 3,4 3,2 6,6%
Total 4,5 5,1 -12,0% 4,9 -8,0% 4,8 4,6 3,1%
Dólar Médio (fonte: BACEN) 3,16 3,24 -2,5% 3,21 -1,6% 3,21 3,62 -11,6%

Preço Médio – ME (R$/Kg) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Carne In Natura - ME 14,9 17,0 -12,1% 16,0 -7,0% 15,8 17,3 -8,4%
Carne Processada - ME 21,5 24,9 -13,5% 24,6 -12,3% 25,9 24,7 4,6%
Outros – ME 9,2 11,2 -17,9% 11,8 -22,3% 10,9 11,6 -5,8%
Total 14,2 16,5 -14,2% 15,7 -9,4% 15,3 16,8 -8,8%

Preço Médio – MI (R$/Kg) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Carne In Natura - MI 12,4 12,1 2,5% 12,2 1,1% 12,4 13,0 -4,8%
Carne Processada - MI 13,7 13,4 2,5% 15,8 -13,4% 14,8 13,8 7,6%
Outros – MI 5,3 16,7 -68,5% 10,6 -50,5% 8,8 14,2 -38,4%
Total 10,6 12,6 -15,7% 12,1 -11,7% 11,8 13,2 -10,9%
ME- Mercado Externo, MI – Mercado Interno

Divisão Outros
A receita bruta da Divisão Outros totalizou R$ 890,0 milhões no 3T17, crescimento de 103,7% e 40,2%, se comparado
ao 3T16 e 2T17, respectivamente.
Um dos destaques dessa Divisão foi a revenda de produtos de terceiros (conceito One-Stop-Shop), tanto em outras
proteínas (aves, suínos e processados), quanto nos produtos importados. Esse segmento apresentou crescimento de
mais de 46% de sua receita no comparativo ao 3T16 e de aproximadamente 7% contra o 2T17. O foco da Companhia
em atender o pequeno e médio varejo e o food service (que se mostram mais resilientes em cenários adversos) e a
constante melhoria dos canais de distribuição, tem sido os grandes impulsionadores desse forte desempenho nos
últimos trimestres.

19
Resultados do 3T17

Outro destaque foram as exportações de Gado Vivo, que começaram a apresentar sinais de melhora e registrou
crescimento de 15% na receita em relação ao 3T16, e de 47% quando comparada à receita do 2T17. Esse
desempenho pode ser atribuído à crescente demanda dos países do Oriente Médio.
Por fim, vale destacar o segmento de industrializados, que a partir da integração com as unidades da Argentina, sob
a marca SWIFT, apresentou forte crescimento. Antes, esse segmento era representado somente pela Minerva Fine
Foods. Agora, com a aquisição, passaremos a reportar o resultado consolidado das duas unidades, no Brasil e na
Argentina. No 3T17, a receita desse segmento cresceu 160,5% em relação ao 2T17.
Receita Líquida
No 3T17, a receita líquida da Companhia totalizou R$ 3.417,8 milhões, resultado 34,9% superior ao mesmo período
do ano anterior. Nos últimos doze meses, a receita líquida, sem considerar os valores proforma das plantas do
Mercosul adquiridas em 01 de agosto de 2017, foi de R$ 10.695,4 milhões, 8,6% acima do reportado no LTM3T16. Se
considerarmos a receita proforma das aquisições, a receita liquida atingiu R$ 13.335,4 milhões nos últimos 12 meses.

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Receita Bruta 3.659,5 2.694,7 35,8% 2.767,4 32,2% 11.459,1 10.421,5 10,0%
Deduções e Abatimentos -241,7 -161,0 50,2% -188,1 28,5% -763,7 -575,6 32,7%
(1)
Receita Líquida 3.417,8 2.533,7 34,9% 2.579,3 32,5% 10.695,4 9.845,9 8,6%
% Receita Bruta 93,4% 94,0% -0,6 p.p. 93,2% 0,2 p.p. 93,3% 94,5% -1,1 p.p.
(1) LTM3T17 exclui números proforma de Receita Líquida dos ativos do Mercosul adquiridos em 01 de agosto de 2017

Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e Margem Bruta


O CMV no 3T17 correspondeu ao equivalente a 81,9% da receita líquida, implicou em uma margem bruta de 18,1%.
R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Receita Líquida 3.417,8 2.533,7 34,9% 2.579,3 32,5% 10.695,4 9.845,9 8,6%
CMV -2.797,7 -2.042,7 37,0% -2.074,8 34,8% -8.702,1 -7.798,0 11,6%
% Receita Líquida 81,9% 80,6% 1,2 p.p. 80,4% 1,4 p.p. 81,4% 79,2% 2,2 p.p.
Lucro Bruto 620,1 491,0 26,3% 504,5 22,9% 1.993,4 2.047,9 -2,7%
Margem Bruta 18,1% 19,4% -1,2 p.p. 19,6% -1,4 p.p. 18,6% 20,8% -2,2 p.p.

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas


As despesas com vendas corresponderam a 5,9% da receita líquida no 3T17, resultado 0,4 p.p. acima do 2T17,
reflexo do aumento dos gastos com frete nesse trimestre, dado o crescimento das exportações de gado vivo. As
despesas Gerais e Administrativas (como percentual da receita líquida) registraram aumento de 0,6 p.p. na
comparação com o mesmo período do ano anterior em função do processo de integração das aquisições da
operação do Mercosul, além da retomada das atividades na planta de Mirassol D’Oeste.
R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%
Despesas com Vendas -202,1 -159,7 26,5% -143,4 40,9% -632,2 -690,3 -8,4%
% Receita Líquida 5,9% 6,3% -0,4 p.p. 5,6% 0,4 p.p. 5,9% 7,0% -1,1 p.p.
Despesas G&A -139,6 -87,7 59,1% -117,1 19,3% -437,3 -345,4 26,6%
% Receita Líquida 4,1% 3,5% 0,6 p.p. 4,5% -0,5 p.p. 4,1% 3,5% 0,6 p.p.

20
Resultados do 3T17

EBITDA
No 3T17, o EBITDA Ajustado por itens não-caixa e não-recorrentes (no total de R$ 15,5 milhões) totalizou R$ 311,8
milhões, resultado 12,4% superior ao apresentado no 2T17 e 25,1% superior ao mesmo período do ano anterior. A
margem EBITDA Ajustada do trimestre atingiu 9,1%, influenciada por dois meses das operações das plantas do
Mercosul, que operaram com margem ao redor de 5-6%, nível inferior à margem dos ativos da Companhia. O
processo de integração das novas unidades está acontecendo em velocidade acima do esperado e esperamos que os
ganhos de sinergias nas vendas, na aquisição de matéria prima e de G&A, em conjunto com a finalização no processo
de ramp-up da planta de Belém, no Paraguai, e com a implementação dos programas de eficiência operacional e
comercial e da padronização de processos que a administração da Companhia vem praticando ao longo dos últimos
anos em suas unidades, elevem as margens destes ativos para o padrão dos ativos da Minerva no médio prazo. Nos
últimos doze meses encerrados em setembro/17, e considerando os números proforma dos ativos do Mercosul
consolidados a partir de 1º de agosto, o EBITDA Ajustado foi de R$ 1.194,9 milhões, ou uma margem de 9,0%.

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Lucro (Prejuízo) Líquido 85,8 47,4 80,9% -55,6 -254,3% 45,0 249,2 -82,0%
(+/-) IR e CS e Diferidos 21,2 -32,3 -165,6% -16,8 -226,4% 15,9 94,9 -83,3%
(+/-) Redução ao valor recuperável de ativo 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 21,9 23,5 -6,8%
(+/-) Resultado Financeiro 155,7 214,1 -27,2% 321,9 -51,6% 832,8 627,8 32,7%
(+/-) Depreciação e Amortização 33,5 20,1 67,3% 27,7 21,0% 105,4 80,8 30,4%
EBITDA 296,3 249,3 18,9% 277,3 6,9% 1.021,0 1.076,3 -5,1%
Margem EBITDA 8,7% 9,8% -1,2 p.p. 10,8% -2,1 p.p. 9,5% 10,9% -1,4 p.p.
(+/-) EBITDA Ativos Mercosul proforma 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 158,4 0,0 n.d.
(+/-) outras receitas/despesas operacionais não
15,5 0,0 n.d. 0,0 n.d. 15,5 0,0 n.d.
recorrentes
EBITDA Ajustado 311,8 249,3 25,1% 277,3 12,4% 1.194,9 1.076,3 11,0%
Margem EBITDA Ajustada 9,1% 9,8% -0,7 p.p. 10,7% -1,6 p.p. 9,0% 10,9% -2,0 p.p.

Resultado Financeiro
No terceiro trimestre de 2017, o resultado financeiro foi negativo em R$ 155,7 milhões, enquanto nos últimos doze
meses encerrados em setembro, o resultado financeiro totalizou R$ 876,8 milhões.
A variação cambial (não-caixa) foi positiva em R$ 122,1 milhões no 3T17, explicada pela apreciação do Real frente ao
Dólar de R$ 0,15 (4,2%) ao final do trimestre.
As despesas financeiras totalizaram R$ 226,7 milhões no 3T17, 12,2% superior ao 3T16 e 8,2% maior que o registrado
no 2T17, devido a dois fatores: i) à elevação da dívida bruta no trimestre, em função da emissão das Notes 2016 para
o pagamento da aquisição dos ativos do Mercosul; e ii) ao efeito não recorrente do juros referente à adesão nesse
trimestre ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) com o pagamento único no valor aproximado de
R$ 45 milhões, para regularizar débitos tributários com o estado, com a contrapartida de descontos no pagamento
de juros, e contabilizado na linha de despesa financeira.
A rubrica “Outras Receitas/Despesas” financeiras apresentou resultado negativo de R$ 25,8 milhões, em função dos
descontos financeiros em acordo comerciais com as grandes redes, descontos comerciais, pagamento de taxas e
comissões.

21
Resultados do 3T17

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Despesas Financeiras (juros passivos) -226,7 -202,0 12,2% -209,6 8,2% -913,2 -808,3 13,0%
Despesas Financeiras (Pert) -44,6 0,0 n.d. 0,0 n.d. -44,6 0,0 n.d.
Receitas Financeiras 19,3 38,5 -49,8% 38,7 -50,1% 118,2 120,5 -1,9%
Variação Cambial 122,1 4,2 n.d. -124,3 -198,2% 170,8 642,1 -73,4%
Outras Receitas / Despesas -25,8 -54,8 -52,9% -26,7 -3,3% -208,7 -582,1 -64,1%
Resultado Financeiro -155,7 -214,1 -27,3% -321,9 -51,6% -876,8 -627,8 39,7%
Dólar Médio (R$/US$) (Fonte: Bacen) 3,16 3,24 -2,5% 3,21 -1,6% 3,21 3,62 -11,6%
Dólar Fechamento (R$/US$) (Fonte: Bacen) 3,17 3,25 -2,4% 3,31 -4,2% 3,17 3,25 -2,4%

(*) Outras Despesas (R$ Milhões) 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%

Resultado Hedge Cambial 1,2 -19,9 -106,0% 7,5 -84,0% -6,6 -480,6 -98,6%
Resultado Hedge Commodities -0,9 -6,8 -86,8% -5,3 -83,0% -42,7 -16,9 152,7%
Descontos Financeiros, Taxas, Comissões,
Desconto Comercial e Outras Despesas -26,1 -28,1 -7,1% -28,9 -9,7% -159,4 -84,6 88,4%
Financeiras
Total -25,8 -54,8 -52,9% -26,7 -3,4% -208,7 -582,1 -64,1%

Resultado Líquido
A Companhia registrou lucro líquido antes IR e CS de R$ 107,0 milhões. Após a apuração do IR e CSLL, o lucro líquido
do trimestre atingiu R$ 85,8 milhões, e obteve margem líquida de 2,5%, 0,6 p.p. acima da margem líquida do 3T16.

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.% LTM3T17 LTM3T16 Var.%


Lucro (Prejuízo) Líquido Antes do IR e CS 107,0 15,2 605,0% -72,4 -247,9% 60,8 344,2 -82,3%
Imposto de Renda e Contribuição Social -21,2 32,3 -165,6% 16,8 -226,4% -15,9 -94,9 -83,3%
Lucro (Prejuízo) Líquido 85,8 47,4 80,9% -55,6 -254,3% 45,0 249,2 -82,0%
% Margem Líquida 2,5% 1,9% 0,6 p.p. -2,2% 4,7 p.p. 0,4% 2,5% -2,1 p.p.

22
Resultados do 3T17

Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais


No 3T17, o fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais da Companhia totalizou R$ 496.5 milhões. A
variação da necessidade do capital de giro foi positiva em R$ 293,4 milhões no trimestre, e resultou das seguintes
linhas: (1) “Recebíveis” (-R$ 183,8 milhões), relacionada ao crescimento das vendas e consolidação das operações do
Mercosul, e que foi parcialmente compensado pela linha de; (2) “Fornecedores”, que devolveu R$ 177,6 milhões ao
caixa, pois a Companhia adquiriu maior quantidade de matéria-prima a prazo no 3T17.
Outro ponto que beneficiou a geração de caixa foi a variação positiva na linha de “Outras Contas a Pagar”, a qual
reflete a política de crédito da Companhia, que solicita pagamentos antecipados de acordo com a avaliação de risco
dos clientes de determinados países. Dado que a Companhia redirecionou parte das suas vendas para clientes na
Ásia e Oriente Médio, a variação positiva dessa conta frente ao 3T17 foi de R$ 330,8 milhões.

R$ Milhões 3T17 3T16 2T17 LTM3T17


Lucro (Prejuízo) líquido 85,8 47,4 -55,6 45,0
(+) Ajustes do Lucro Líquido 117,3 281,5 394,5 830,5
(1)
(+) Variação da necessidade de capital de giro 293,4 -479,9 -281,4 170,1
Fluxo de caixa operacional 496,5 -151,0 57,5 1.045,5
(1)
excluindo os ajustes de avaliação patrimonial e acumulados de conversão

Fluxo de Caixa Livre


A geração de fluxo de caixa, mesmo com a consolidação das novas operações do Mercosul, após investimentos,
pagamento de juros e capital de giro, foi positivo em R$ 343,7 milhões no 3T17. No acumulado dos últimos 12 meses
findos em 30/09/2017, o fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 237,3 milhões, conforme demonstrado abaixo.
Entretanto, vale destacar que o fluxo de caixa desse trimestre foi impactado pelo reconhecimento integral da
aquisição das unidades do Mercosul, no montante de R$ 1,1 bilhão. Ao ajustar o fluxo de caixa, considerando o valor
pago na aquisição, o fluxo de caixa foi negativo em R$ 769,9 milhões no 3T17, e no acumulado dos últimos 12 meses,
a geração de caixa livre ao acionista foi negativa em R$ 876,3 milhões.

R$ Milhões 3T17 2T17 1T17 4T16 LTM3T17


EBITDA 311,8 277,3 197,6 249,9 1.036,5
(+) Capex (base caixa ex-Mercosul) -72,4 -65,0 -58,5 -60,8 -256,7
(1)
(+) Resultado Financeiro (base caixa) -189,0 -162,6 -163,0 -198,0 -712,6
(2)
(+) Variação da necessidade de capital de giro 293,4 -281,4 -36,5 194,6 170,1
Fluxo de caixa livre 343,7 -231,7 -60,4 185,7 237,3
Aquisição Mercosul -1.113,6 0,0 0,0 0,0 -1.113,6
Fluxo de caixa livre ao acionista com Capex
-769,9 -231,7 -60,4 185,7 -876,3
aquisição Mercosul
(1) considerando o resultado caixa do hedge cambial
(2) excluindo os ajustes de avaliação patrimonial e acumulados de conversão

23
Resultados do 3T17

Estrutura de Capital

A Companhia encerrou o terceiro trimestre de 2017 com posição de caixa equivalente a R$ 3,2 bilhões, suficiente
para amortizar dívidas até 2023. Aproximadamente 75% da dívida total estava exposta à variação cambial ao final de
setembro de 2017. A alavancagem medida pela relação dívida líquida/EBITDA dos últimos doze meses, atingiu 4,16x
em 30/09/2017 e o duration da dívida atingiu 5,4 anos. Em agosto de 2017, a Companhia realizou o pagamento da
aquisição das unidades do Mercosul, no valor de US$ 300 milhões.

Figura 36 - Fluxo de amortizações da dívida em 30/09/17


(R$ milhões)

3.797,7
3.199,7

845,2 783,4 718,1 720,8


530,2
360,4 221,6
29,7 102,9 27,4 28,4 4,9

Caixa 4T17 1T18 2T18 3T18 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2026 ... ∞

R$ Milhões 3T17 3T16 Var.% 2T17 Var.%


Dívida de Curto Prazo 2.210,6 1.263,7 74,9% 2.307,0 -4,2%
% Dívida de Curto Prazo 27,1% 18,8% 8,3 p.p. 27,6% -0,5 p.p.
Moeda Nacional 1.433,7 452,7 216,7% 1.422,0 0,8%
Moeda Estrangeira 776,9 811,0 -4,2% 885,0 -12,2%
Dívidas de Longo Prazo 5.960,1 5.469,4 9,0% 6.054,8 -1,6%
% Dívida de Longo Prazo 72,9% 81,2% -8,3 p.p. 72,4% 0,5 p.p.
Moeda Nacional 307,6 709,8 -56,7% 309,3 -0,5%
Moeda Estrangeira 5.652,4 4.759,6 18,8% 5.745,6 -1,6%
Dívida Total 8.170,7 6.733,1 21,4% 8.361,9 -2,3%
Moeda Nacional 1.741,4 1.162,5 49,8% 1.731,3 0,6%
Moeda Estrangeira 6.429,3 5.570,6 15,4% 6.630,6 -3,0%
(Disponibilidades) -3.199,7 -3.235,7 -1,1% -4.376,8 -26,9%
(1)
Dívida Líquida 4.966,3 3.470,1 43,1% 3.980,8 24,8%
Dívida Líquida/EBITDA LTM (x) 4,2 3,2 0,9 4,1 0,1
(1) Dívida líquida inclui as cotas subordinadas do FIDC no valor de R$ 4,7 milhões no 3T17, de R$ 27,3 milhões no 3T16, e de R$ 4,2 milhões no 2T17

24
Resultados do 3T17

Moeda Nacional (R$ Mil) Set/17 Jun/17 Moeda Estrangeira (R$ Mil) Set/17 Jun/17

3T17 0 107.945 3T17 0 472.013


4T17 80.428 63.806 4T17 279.979 3.656
1T18 683.525 562.283 1T18 161.639 103.059
2T18 591.618 687.972 2T18 191.782 306.276
3T18 78.171 93.415 3T18 143.477 32.915
2.018 10.870 10.888 2.018 18.866 713
2.019 176.038 85.210 2.019 354.206 233.983
2.020 66.121 64.994 2.020 36.785 0
2.021 22.528 22.528 2.021 4.881 0
2.022 23.484 23.644 2.022 4.881 0
2.023 8.607 8.607 2.023 709.480 731.481
2.024 0 0 2.024 4.881 0
2.026 0 0 2.026 3.797.685 3.940.778
∞ 0 ∞ 720.755 805.683
TOTAL 1.741.390 1.731.293 TOTAL 6.429.299 6.630.558

Investimentos

Os investimentos em imobilizado totalizaram R$ 72,4 milhões no 3T17. Deste total, R$ 51,7 milhões foram
destinados à manutenção das operações e R$ 20,7 milhões foram utilizados para expansão, que compreendeu na
reabertura da unidade de Mirassol D’Oeste e melhorias das operações, principalmente na implementação do sistema
de integração de gestão empresarial nas novas unidades. Além disso, a companhia concluiu a aquisição das unidades
do Mercosul, no valor de R$ 1,1 bilhão.

Segue abaixo a evolução dos investimentos (efeito caixa), por trimestre nos últimos doze meses:

CAPEX (R$ Milhões) 3T17 2T17 1T17 4T16 LTM3T17


Manutenção 51,7 42,5 45,0 43,8 183,0
Expansão 20,7 22,5 13,4 17,0 73,6
Aquisição 1.113,6 0 0 0 1.113,6
Total 1.186,0 65,0 58,5 60,8 1.370,3

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Resultados do 3T17

Eventos Subsequentes

5ª Emissão de Debêntures
Em 02 de outubro de 2017, a Companhia realizou uma oferta de debêntures simples, não conversíveis em ações, da
espécie quirografária, em série única, para colocação privada, no montante de R$ 350 milhões, com vencimento em
02 de outubro de 2020. As Debêntures foram vinculadas aos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), objeto
da 2ª Série da 1ª Emissão da CIBRASEC – Companhia Brasileira de Securitização, distribuídos por meio de oferta, nos
termos da Instrução CVM 400, à taxa de 105,5% do CDI.

Resgate antecipado da 4ª Emissão de Debêntures


Em 16 de outubro de 2017, a Companhia concluiu o resgate antecipado da totalidade das debêntures da 4ª Emissão
de Debêntures Simples, Não Conversíveis em Ações, da Espécie Quirografária, com Garantia Fidejussória, para
Distribuição Pública, com Esforços Restritos, nos termos da cláusula 4.8 do Instrumento Particular de Escritura da 4ª
Emissão e que pagava juros de CDI+1,75% a.a.. O pagamento do valor de resgate antecipado total, (valor do principal
de R$ 155.761.470,57 milhões) foi feito utilizando-se os procedimentos adotados pela CETIP S.A. – Balcão
Organizado de Ativos e Derivativos.

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Resultados do 3T17

Minerva Day – São Paulo e Nova Ioque

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Resultados do 3T17

Sobre a Minerva S.A.

A Minerva Foods é uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina, couro,
exportação de gado vivo e derivados, é a segunda maior exportadora brasileira do setor em termos de receita bruta
de vendas, e atua também no segmento de processamento de carne bovina, suína e de aves, comercializando seus
produtos para mais de 100 países. A Companhia possui atualmente capacidade diária de abate de 26.380 cabeças de
gado e de desossa equivalentes a 27.966 cabeças de gado por dia. Presente nos estados de São Paulo, Rondônia,
Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, e também no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e
na Colômbia, a Minerva opera 26 plantas de abate e desossa e três plantas de processamento. Nos últimos doze
meses findos em 30 de setembro de 2017, a Companhia apresentou uma receita bruta de vendas de R$ 11,5 bilhões,
10% acima da receita bruta do mesmo período de 2016.

Relacionamento com Auditores


Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03 informamos que nossos auditores não prestaram outros serviços nos
exercícios do ano de 2016 e do terceiro trimestre de 2017 que não os relacionados com auditoria externa.
Declaração da Diretoria
Em observância às disposições constantes em instruções da CVM, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com
as informações contábeis individuais e consolidadas relativas ao exercício fiscal encerrado em 30 de setembro de 2017 e
com as opiniões expressas no relatório de revisão dos auditores independentes, autorizando a sua divulgação.

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Resultados do 3T17

ANEXO 1 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (CONSOLIDADO)

(R$ mil) 3T17 3T16 2T17


Receita de venda de produtos - Mercado Interno 1.531.767 1.064.935 1.089.499
Receita de venda de produtos - Mercado Externo 2.127.763 1.629.733 1.677.899
Receita Bruta de Vendas 3.659.530 2.694.668 2.767.398
Deduções da receita - impostos incidentes e outros -241.716 -160.970 -188.110
Receita operacional líquida 3.417.814 2.533.698 2.579.288

Custo das mercadorias vendidas -2.797.691 -2.042.674 -2.074.785


Lucro bruto 620.123 491.024 504.503

Despesas vendas -202.125 -159.731 -143.402


Despesas administrativas e gerais -139.622 -87.746 -117.052
Outras receitas (despesas) operacionais -15.635 -14.314 5.489
Resultado antes das despesas financeiras 262.741 229.233 249.538

Despesas financeiras -271.327 -201.990 -209.587


Receitas financeiras 19.318 38.502 38.691
Variação cambial 122.069 4.209 -124.329
Outras despesas -25.804 -54.778 -26.680
Resultado financeiro -155.744 -214.057 -321.905

Resultado antes dos impostos 106.997 15.176 -72.367


Imposto de renda e contribuição social - corrente -19.826 28.045 14.348
Imposto de renda e contribuição social - diferido -1.354 4.220 2.406

85.817 47.441 -55.613


Resultado do período antes da participação dos acionistas não controladores

Acionistas controladores 85.817 47.387 -55.854


Acionistas não controladores 0 54 241

Resultado do período 85.817 47.441 -55.613

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Resultados do 3T17

ANEXO 2 – BALANÇO PATRIMONIAL (CONSOLIDADO)

(R$ mil) 3T17 4T16


ATIVO
Caixa e equivalentes de caixa 3.199.691 3.397.870
Contas a receber de clientes 1.132.330 673.983
Estoques 683.168 454.459
Ativos biológicos 188.947 141.706
Tributos a recuperar 876.054 791.361
Outros Recebíveis 325.507 199.901
Total do ativo circulante 6.405.697 5.659.280
Tributos a recuperar 201.611 196.462
Ativos fiscais diferidos 193.013 246.757
Outros recebíveis 13.078 38.362
Depósitos judiciais 21.005 22.212
Imobilizado 3.490.331 2.179.946
Intangível 719.773 616.129
Total do ativo não circulante 4.638.811 3.299.868
Total do ativo 11.044.508 8.959.148

PASSIVO
Empréstimos e financiamentos 2.210.617 1.397.051
Fornecedores 923.145 625.503
Obrigações trabalhistas e tributárias 276.475 97.060
Outras contas a pagar 733.852 691.414
Total do passivo circulante 4.144.089 2.811.028
Empréstimos e financiamentos 5.960.071 5.430.652
Obrigações trabalhistas e tributárias 41.999 17.095
Provisões para contingências 147.861 36.933
Contas a Pagar 38.296 42.701
Passivos fiscais diferidos 316.349 98.672
Total do passivo não circulante 6.504.576 5.626.053
Patrimônio líquido
Capital social 128.854 128.854
Reservas de capital 187.504 294.851
Reservas de reavaliação 54.097 55.556
Reservas de lucros 144.496 155.929
Lucros (prejuízos) acumulados 33.787 0
Ações em tesouraria -78.732 -43.112
Ajustes de avaliação patrimonial -74.163 -71.455
Total do patrimônio líquido atribuído aos controladores 395.843 520.623
Participação de não controladores 0 1.444
Total do patrimônio líquido 395.843 522.067
Total do passivo e patrimônio líquido 11.044.508 8.959.148

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Resultados do 3T17

ANEXO 3 - FLUXO DE CAIXA (CONSOLIDADO)

(em R$ milhares) 3T17 3T16 2T17


Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do período 85.817 47.441 -55.613
Ajustes para conciliar o lucro líquido
pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações 33.546 20.055 27.727
Resultados atribuídos aos não controladores 0 -54 -241
Valor justo de ativos biológicos -23.932 16.849 1.373
Realização dos tributos diferidos - diferenças temporárias 1.354 -4.220 -2.406
Encargos financeiros 228.975 201.783 208.887
Variação cambial não realizada -121.159 44.400 159.242
Provisão para contingências -1.454 2.671 -80

Contas a receber de clientes e outros recebíveis -183.777 -93.172 -127.345


Estoques 10.403 -499 -4.738
Ativos biológicos 801 -35.142 -3.640
Tributos a recuperar -42.479 -18.065 7.663
Depósitos judiciais -16 204 128
Fornecedores 177.607 -4.634 73.673
Obrigações trabalhistas e tributárias 119.665 -14.315 11.554
Outras contas a pagar 330.812 -314.281 -238.676
Ajustes de avaliação patrimonial e acumulados de conversão -11.667 -1.069 2.758
Fluxo de caixa decorrente das atividades operacionais 604.496 -152.048 60.266

Fluxo de caixa das atividades de investimento


Aquisição de controlada menos disponibilidade na aquisição -1.113.574 0 0
Aquisição de intangível -8.488 -10.853 -1.795
Aquisição de imobilizado -58.508 -58.342 -75.999
Fluxo de caixa decorrente das atividades de investimento -1.180.570 -69.195 -77.794

Fluxo de caixa das atividades de financiamento


Empréstimos e financiamentos tomados 673.580 2.901.512 1.793.534
Empréstimos e financiamentos liquidados -1.233.005 -2.195.656 -316.177
Variação na participação de não controladores -1.784 50 241
Dividendos 0 0 -11.433
Ações em tesouraria -39.821 -25.801 -16.643
Fluxo de caixa proveniente de atividades de financiamento -601.030 680.105 1.449.522

Aumento/Redução líquido de caixa e equivalente de caixa -1.177.104 458.862 1.431.994


Caixa e equivalentes de caixa
No início do período 4.376.795 2.776.883 2.944.801
No fim do período 3.199.691 3.235.745 4.376.795
Aumento/Redução líquido de caixa e equivalente de caixa -1.177.104 458.862 1.431.994

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