D e C a n guilh e m

a F oucault:
la fuer z a de l a s n o r m as

P ie r r e M acherey

A morrortu editores
B uenos A ir es - M adrid
B iblio t e c a de f iloso f í a
D e C a n g u ilh e m à F o uc a ult : l a f orce d es no r m es, P ie r r e M ache r e y
© L a F a b r iq u e É d i t io ns, 2009
T r a ducción: H or acio P ons

© T odos los d e r e chos de l a e d ició n en c a st e ll a n o r e se r v a d os po r

A m o r r o r t u e dit o r es S. A ., P a r a gu a y 1225, 7° p iso - C 1 0 5 7 A A S B ue
n o s A ir es
A m o r r o r t u e dit o r es E sp a ñ a S. L., C / Lópe z de H oyos 15, 3“ i z q uie r
d a - 2800 6 M a d rid

www . a m o r r o r t u e d i t o r e s. c o m

L a r e p r o d ucció n t o t a l o p a r ci a l de est e lib r o e n f o rm a id é n t ic a o

m o d i f ic a d a po r cu a l q u ie r m e dio m e cá nico, elec t r ónico o in f o r m á
tico , in c lu y e n d o f otocopia , g r a b a ció n , d ig i t a li z a c ió n o c u a l q u i e r
sis t e m a de a lm a c e n a m ie n t o y r e cu p e r a ció n de in f o r m a c ió n , no
a u t o r i z a d a p o r lo s e dit o r es, vio l a d e r e chos r ese rv a d os.

Q ue da he cho el d e p ósi t o que p r e vie n e la le y n° 11.723

I n d u s t r i a a r g e n t in a . M ade in A r g e n t in a

I S B N 978- 950- 518- 395-1

I S B N 978- 2- 91-337296 - 2, P a r ís, e dició n o r ig in a l

M a che r e y, P ie r r e
D e C a n g uilh e m a F ouc a ult : l a f uer z a de l a s n o r m as. - 1“ ed.
- B ue nos A ir e s ; A m o r r o r tu, 2011.
168 p. ; 2 0 x l 2 cm . - ( F iloso f ía)
T r a ducción de: H o r acio P o ns
I S B N 978 - 950 - 518- 395-1
1. F iloso f í a . I. P o ns, H oracio, t r a d . I I. T ítulo.
C D D 100

I m p r eso e n los T a lle r es G r á f icos C olor E f e, P aso 192, A v e ll a n e

da, p r o vin c i a de B u e nos A ir es, en n ovie m b r e d e 2011.
T ir a d a de e s t a e d ició n: 2.000 e je m p la r es.
ín dic e general

9 P a la b r as p r e lim in a r e s

39 L a f iloso f ía de l a cie ncia de G eorges

C a n guilh e m ; e pist e m olog í a e h is t o r i a
de l a s cie n ci a s

86 P a r a u n a h is t o r i a n a t u r a l de l a s n o r m as

117 D e C a n g uilh e m a C a n guilh e m p asa n d o

por F ouc a ult

131 G eorges C a n guilh e m : u n est ilo

de p e nsa m ie n t o

148 N o r m as v i t a l e s y n o r m as so cia le s e n el
E ss a i su r q ue lq ues p r o blèm es conce rn an t
le n o r m a l et le p a thologiq ue
P ala b r as p r e lim in a r es

R e u n ir e n u n v o lu m e n los cinco t e x t os que s i

gue n, como m e lo p r o p uso E r ic H a z an, a q uie n co
r r esp on d e l a in ic i a t iv a de e st a p ublic a ció n , no r e
su l t a b a t a n evid e n t e . E n efecto, lo s a r t ículos f ue
r on e sc r i t os e n épocas m u y di f e re n t es: e l p rim e r o
e s de 1963 — a ca b a b a d e t e r m in a r m i ciclo de e s t u
d ios— y e l úl t im o de 1993, m om e n t o e n e l cu a l e s
t a b a c e rc a d e l f in a l de m i c a r r e r a de i n v e s t i g a
d o r y docen t e de f iloso f ía . E n t r e e s a s d os f e chas
corrió m uch a ^ u a bajo los pue n t es; peira se r su c in
tos, d ig a m os que h e m os ca m bia d o de época, y que
m i m a n e r a de t r a b a ja r , que m e lle vó a in t e r e sa r
m e e n cie r t os p r o ble m as, a a p lic a r le s m o d os de i n
d a g a ción y r e f le x ión que m e e r a n p r o pios, y a e x
p one r p r e cisa m e n t e lo s r e su l t a d os de e sa s i n v e s t i
g a cio n es b ajo t a l o cu a l m o d a lid a d , de bió t r a nsf o r
m a rse con a r r e glo a u n proceso que, si n dud a , no
p ud e e nc au z a r d e l todo a m i an tojo, h a b id a cue n t a
de q ue e n m is esf ue r z os y a n h e los p e rso n a le s i n
t e r f irie r on in ci t a cio n e s y d e t e r m in a cio n es de todo
tip o — p a r a no h a b l a r de u n co n dicio n a m ie n t o— ,
que no d e p e n d í a n de m í pero cu y a s co nse cu e ncias
t uv e q ue a su m i r p o r l a s b u e n a s o por l a s m a l a s:
a p r o p iá n d o m e la s, e n cie r t o modo. A ce rca d e l i t i
n e r a r io in t e le c t u a l que r eco r rí e n e l t r a nscu rso de
e st os ú l t im o s t r e in t a o cu a r e n t a a ñ os m e e x pla yé
y a e n u n a a n t olog í a de t e x t os p ublic a d a , e n 1999,
e n l a colección « P r a tiq ues T héo riq ues» de P r e sse s
 U n iv e r si t a ir e s de F r a nce , H ist o ir es de d in osa u r e :
f air e de l a p h ilo so p h i e (1965-1997)-. en e ll a se p re
se n t a b a , so b r e l a b a se de m i p r o p ia e x p e rie ncia ,
u n b a la nc e de r e c a p i t ula ció n d e l co njun t o de ese
pe ríodo, e n el c u a l se p r o dujo , p r á c t ic a m e n t e en
t odos lo s á m bit os, u n a in v e r sió n de t e n d e ncia que
n a d a m e d isu a d ir á d e in t e r p r e t a r como u n t riun f o
obsceno d e l e sp í r i t u r e a c tivo, c a usa de u n a p a vo
r osa r e g r esió n temto en e l p la n o de l a f iloso f ía co
mo e n c a si t odos lo s d e m ás. N a die, como se a cos
t u m b r a decir, pue d e sa l t a r por e ncim a de su tie m
po, y t am poco, a g r e g a r í a por m i p a r t e, ig n o r a rlo ,
e lu d ie n d o l a s co a ccio n es im p u e s t a s p o r l a e v o lu
ció n de u n a si t u a c ió n o u n cont ex to, u n a e vo lució n
que un o m ism o no h a d ecidido pero de l a que debe
h a c e r , por su cuen t a y riesgo, el ámbito donde, e n su
n iv e l y con los m e d ios de que disp one , se d e dic a a
p r a c t ic a r e n t r e o t r as cosas l a f iloso f ía, e n c i r c u n s
t a n c i a s que tie n e n, p a r a d ójic a m e n t e , a lg u n os a s
p e c t os n e g a t iv o s c a p a c es de e s t i m u l a r l a r e f le
x ión , a u n cu a n d o por o t r a p a r t e l a r e f re nen. L os
t e x t os a q u í p r e se n t a d o s ll e v a n l a m a r c a de l a s
t r a n s f o r m a c io n e s c o y u n t u r a l e s q u e a c a b a n de
m e n cio n a rse , lo cu a l in s t a u r a e n t r e e llos u n a i n
so sl a y a b l e h e t e r o g e n e id a d e i n c lu s o u n a d e si
gu a ld a d , y ha c e p r eca rio su a g ru p a m ie n t o dent r o
de u n m ism o co njun t o . E n t o nc es, ¿por q ué r eco
g e rlos e n e l m a rco de u n v o lu m e n que, e n a p a r ie n
cia , d e vu e lv e a s u p r o g r e sió n u n a c o h e r e n cia o
c o n t in u id a d f orm al, a d esp echo de su ca r á c t e r d is
p a r , q ue s u com p a r ación, po r lo d e m ás, pone a ú n
m á s de r elieve ?
L a e m p r esa , n o o bst a n t e , p u e d e ju s t i f ic a r s e ,
a n t e todo por u n a r a z ón conce rnien t e a l con t e nid o
de l a s cu e st io n e s e nc a r a d as e n est os cinco t e x tos.

10
A l r e le e rlos un o t r a s otro — t a r e a que est e proyec
to de p u b lic a ció n m e b rin d ó l a o p o r t unid a d de h a
ce r— m e d i cu e n t a de que, a u n cu a n d o f u ese de
u n a m a n e r a que p o d r í a p a r ece r v a cila n t e y h a s t a
cie g a e n a lg u n os asp ec t os, los im p u lsa b a el o bst i
na do m ovim ie n t o de u n a id e a que l e s e ra co mún,
como s i est a h u b i e se p rocur a do t r a z a rse u n c a m i
n o a t r a v é s de e llos, e n t r e oscu r id a d y cla r id a d ,
s e g ú n l a ló g ic a de u n a in v e s t ig a c ió n q ue , p a r a
se rlo ve r d a d e r a m e n t e , debe proceder si n sa b e r de
a n t e m a n o h a c ia q ué con f in es se dirig e , e in v e n t a r
su dir e cció n a m e d id a que p r o g r esa e n s u cu rso ,
de u n modo que no p u e d e se r d e l todo p r e m e d i t a
do o p r e co nc e bid o , p e ro q ue n o p o r e llo d e ja de
o b e d e c e r a c i e r t a ló g ic a o, co m o d i r í a P a sc a l,
«f uer z a de l a ve rd a d», de l a que e x t ra e su r e l a t iv a
n e c esid a d . E s a es l a id e a a l a q ue t r a t é de d a r for
m a e x p líci t a a l escog e r como t í t u lo d e l p r e se n t e
v o lu m e n L a f ue r z a de l a s n o r m as, u n a f uer z a que
d ecido in t e r p r e t a r e n l a ó p tica de u n a «potencia» y
no t a n t o de u n «poder» de l a s n o r m as. P o t e ncia y
pod e r — p o t e n tia y p o t est as, p a r a h a b l a r e n e l l e n
g u a je de l a f iloso f ía clá sic a — d e sig n a n , e n efecto,
d os t i p o s de a cció n o in t e r v e n c ió n d i f e r e n t es, y
h a s t a o p uest os: l a d in á m ic a de l a p o t e ncia e s i n
m a n e n t e , e n e l se n t id o de q u e p r e su p o n e u n a
co m p le t a id e n t id a d y sim u l t a n e id a d de l a c a usa
con s u s e f ectos, q ue g u a r d a n a l a sa z ó n u n a r e
la ció n de d e t e r m in a ció n recíproca; po r su p ar t e, l a
r e f e r encia a u n poder im p lic a u n a t r asc e n d e ncia ,
r e a li z a d a p o r m e d io de u n a a n t e r io r id a d de l a
c a u s a con r esp e c t o a l e f ecto, de lo c u a l r e su l t a
t a m b ié n que debe h a b e r m á s en l a p rim e r a , que lo
go bie rn a , que e n e l se gundo, releg a do a l ra ngo de
u n a co nse cu e n cia sim p le m e n t e d e riva d a . A plica -

11
d a a l a cu e st ió n de l a s n o r m as, con v is t a s a d e t e r
m in a r de qué clase de e f icacia o «fuer z a» d isp o n e n
e st a s p a r a l a co n ducció n de l a v i d a e n t o d os s u s
asp e c t os, est a d ist in c ió n es c rucia l; o b ie n se con
cib e que l a s n o r m a s d isp o n e n de u n «poder» a bso
lu t a m e n t e f und a d o en s í m ism o , con p r escind e n -
ci a de l a m a t e r ia que él rig e e n t onces e n l a f orm a
de u n a co acción e x t e rn a — por eje m plo, m e dia n t e
l a im p o sic ió n de s u s r e g l a s con e l m á x im o vig o r
p o sib l e — , o bie n , a l con t r a rio , se l a s c a r a c t e ri z a
como a n im a d a s p o r u n a p o t e ncia en v i r t u d de l a
cu a l se a u t o p r oduce n y d e f inen su f igu r a a m e d i
d a que a c tú a n , in si t u , dir ec t a m e n t e sob r e los con
t e nid os q ue se p ro p one n r e gula r , con lo cu a l so n a
l a ve z , se g ú n l a f ó r m ula de P asc a l en su f r a g m e n
to so b r e lo s dos in f in i t os, «c a usa d a s y c a usa n t e s,
a y u d a d a s y a yud a n t es», si n que h a y a p r io r id a d o
p r e ce d e ncia a lg u n a de uno de e sos asp e c t os de su
m a ni f est a ció n sob r e el otro.
M e p a r ece — a sí , a l m e n os, lo s he le íd o— que
C a n g uilh e m y F ouc a ult gir a r o n de m a n e r a in c a n
sa b le a lr e d e d o r de est e p r o b le m a q ue conc e n t r ó
su a t ención, y que e sa p r e ocup a ción co nst it u y e el
h ilo secr e t o que lo s lig a d esd e u n p un t o de v is t a f i
losó f ico, d a do q ue f ue ron, en e l sig lo X X , lo s d os
g r a n d e s p e nsa d o r es de l a in m a n e n ci a de l a n o r m a
y de l a p o t e ncia de l a s n o r m a s, y que a d e m á s se
r e conocie ron a sí m ism o s como ín t im a m e n t e a so
cia d os e n el t r a t a m ie n t o de ese t e m a cu y a s v a r i a
cio n e s p e rso n a l e s p r o p usie r o n ; ello e s lo que e x
p lic a , e n p a r t icula r , l a e no rm e co nsid e r a ción m u
t u a que se p ro f esa ron, h a s t a el f in a l y a d esp echo
de lo que p o r ot r a p a r t e p o dí a a le ja r los. P a r a d e
cirlo con o t r as p a la b r as, l a p r in cip a l jus t i f ic a c ió n
de m i in t e r é s p o r lo s t r a b a jo s de C a n g u ilh e m y

12
F o u c a u l t r a d ic a b a e n el r e t o rno p un z a n t e de u n
p r o ble m a , y n o e n e l h e cho de p r e se n t a r su so lu
ció n como o f r ecid a e n b a n d e ja : p a r a a q u e llo s se
t r a t a b a , ant e todo, de comp rend e r cómo a c t ú a n l a s
n o r m a s e n lo s d i f e r e n t es p l a n o s e n q ue o p e r a n,
con s u s c a r a c t e r íst ic a s p r o p i a s de t a l e s que i m
p id e n a si m il a r l a s a le y e s d e cid id a s e i n s t i t u i d a s
— que e x hib e n, e n conse cue ncia , el ca r á c t e r de a r
t e f actos— , y a f ec t a d as p o r u n a d im e nsió n de f or
m a lism o e n v ir t u d de l a cu a l d a n p á bulo a u n a re
f le x ió n de t ip o e se n c i a lm e n t e ju r í d ic o . N i p a r a
C a n g uilh e m n i p a r a F ouc a ult l a s n o r m a s se p r e
se n t a n como r e g l a s f o r m a le s que so n a p lic a d a s
d e sd e a f u e r a a c o n t e n id os e la b o r a d os e n f o r m a
in d e p e n d ie n t e de e lla s, sin o que d e f in e n su f igu r a
y e je r c e n s u p o t e n c i a d i r e c t a m e n t e so b r e l o s
p r ocesos e n cuyo t r a nscu rso su m a t e r ia u obje to se
c o nst i t u y e poco a poco y a d q uie r e f orma , de u n a
m a n e r a que d isu e lv e l a a l t e r n a t iv a t r a d icio n a l de
lo esp on t á ne o y lo a r ti f icia l: q ue d a n e n t onces po r
a p r e h e n d e r l a n a t u r a l e z a y l a s m o d a lid a d e s de
e sos p r ocesos e n los cu a les h is t o r i a n a t u r a l e h is
t o r ia so ci a l in t e r f ie r e n de u n modo que d esa f í a l a s
r e p r e se n t a cio n e s t r a d ic io n a l e s de l a c a usa lid a d ,
e n p a r t ic u l a r l a s que r e m it e n a l m od elo de u n d e
t e r m in ism o m ec á nico . A un q u e u n o y ot ro se h a
y a n a bst e nid o de e x a m in a r la e n g e n e r al, como u n
obje to de d isc usió n f ilosó f ica que pue d e se r c o nsi
de ra do en a bst r a c t o , lo cier t o e s que C a n g u ilh e m
y F ouc a ult com p a r t en e l hecho de h a b e rse se n t id o
p r in cip a lm e n t e a bso r bid os po r est a cuest ión, que
o rie n t ó su s inv e st ig a cio n es: no l a p e r die r on de v i s
t a e n n in g ú n m o m e n t o , l a r e t o m a r o n s i n c esa r ,
con l a in q u i e t u d p e r m a n e n t e de ll e v a r su e x a m e n
a l t e r r e no donde p u d ie r a n r eve la rse , en u n p la no

13
a l a ve z in d iv i d u a l y colectivo, s u s im p lic a cio n e s
p r á c t ic as, que im p id e n r e d u cir la a l a ca t egoría de
u n a esp e cula ció n p u r a m e n t e t eórica.
A l a lu d i r a ese v í n c u lo , m a ni f e st a d o a t r a v é s
de l a p r e se n cia co m ún de u n p roble m a , no p r e t e n
do e n a b so lu t o su g e r i r que C a n g u ilh e m y F o u
c a ul t d e b e r í a n si t u a r se en u n a m ism a lín e a e n l a
que s u s p osicio n es f ue r a n in t e r c a m b ia b les, lo cu a l
su p o n d r í a u n a d r á s t ic a r e d u c ció n de s u co n t e
nid o , a lc a n z a d a a l cabo de u n a op e r a ción de a b s
t r a cción cuyo p r in cip io es in a ce p t a ble , p u est o que
e st á cla ro que a m b os e nc a r a r on l a cu e st ió n de l a
n o r m a p o r v í a s m u y d i f e r e n t es, y q ue s i e n a l
g un os p u n t os im p o r t a n t es s u s in t e n t os se cru z a
r o n y lle g a r o n a sí a co njug a rse , no por ello d eja r on
de m ost r a r di f e r e ncias que o bst a n a co n f un d ir los
y h a c e r como s i no f ue r a n sin o e x p r esion es de u n
m ism o sis t e m a de p e nsa m ie n t o , que sólo h a b r í a
t e n id o q ue d e s a r r o ll a r de m a n e r a u n ív o c a s u s
p r e m isa s. E s a s di f e r e ncias obedecen, a n t e todo, a
lo s c a m p os de obje t os sob r e lo s cu a l e s un o y otro
c e n t r a r o n s u re f le x ión: s i b ie n F ouc a ult , que co
m en z ó por v e s t i r e l h á b i t o de «psicólogo», p a r t ió
d e l e s t u d io de p r o b l e m a s r e l a c io n a d o s co n l a s
p r á c t ic as m é d ic a s, lo cu a l lo ace rca b a de e n t r a d a
a C a n g uilh e m , r á p id a m e n t e a m p lió el t e r r e no de
su s in v e st ig a cio n e s, que lo conduje r on, en u n p e
r ip lo de aso m b r osa co m p lejid a d , a a b o r d a r t e m as
conc e rnie n t es de l a m a n e r a m á s la t a a l a f iloso f í a
p o lí t ic a y m o r a l e n t odos su s asp ect os; t e m as que
C a n g ui f lie m , p o r su p a r t e , n o ig n o r ó , p e r o que
c ó n sí d ir ó sólo en f unción d el se n t id o de lo que p a
r a él e r a l a cu est ió n p rim o r dia lidú'f le 1 S ‘vid a ,:yin a
cu e st ió n que, a u n cua ndo t ampoco est a b a d e l todo
a use n t e d el p e nsa m ie n t o de F ouc ault , no ocup a b a

14
e n él, s i n d u d a , e l m ism o lu g a r . A un q u e a m b os
a u t o r es a t r ibu y e r o n su m a im p o r t a n cia a l a s in t e
r r e la cio n es ent r e lo n a t u r a l y lo cul t u r a l, lo bio ló
gico y lo so cia l — in t e r r e la cio n es que n i un o n i otro
in t e r p r e t a r o n e n e l se n t id o de u n a a r m o n í a con
co r d a t a r ia— , no e nc a r a r on su s con f lict os y t e nsio
n e s po r el m ism o e x t remo: p a r a sim p liñ c a r l a s co
s a s a l m á x im o , d ir e m os que lo n a t u r a l — est o es,
lo bioló gico— f ue el polo p r in ci p a l de l a r e f le x ión
de C a n guilh e m , e n t anto que p a r a F ouc a ult e l po
lo p r in c i p a l f ue el de lo c u l t u r a l y lo so cia l, y esa
di f e r e ncia lo s lle vó a e f ectuar, a t r a v és de u n m is
mo campo, r ecor ridos in v e r so s, d e st in a d os por con
sig u i e n t e a e ncon t r a rse . P or t a l ra z ón, s i t ie n e al-_
g ú n se n t id o le e r ju n t o s a C a n guilh e m y F ouc a ult
— e m p r esa que, por cier to, n i un o n i otro h a b r í a n
o bje t a d o— , h a y q ue r e sis t i r s e e m p e r o a l a t e n
t a ción de m e t e rlos en l a m ism a b o lsa , p a r a d ecirlo
vulg a r m e n t e : l a co m p a r a ció n, en e f ecto, debe su
v a lo r a l h e cho de que in d u c e a su s in t e r e se s r e s
p e c t ivos, y a los r e su l t a d o s e n que d ese m bocó l a
p l a sm a ció n de est os, a r e a ccion a r e nt r e s í y r eve
l a r de t a l modo a q uello que, a l a ve z que los un e ,
lo s d esp la z a , t a n t o e n el p la n o de s u s c e n t r os de
in t e r és como en e l de s u s r e f e r e ncias in t e le c t u a les
y s u s e s t ilo s de p e nsa m ie n t o , p a r a no h a b l a r de
s u s e s t ilo s de esc ri t u r a , que in d isc u t ib le m e n t e los
d ist in g u e n , a un q u e si n op onerlos.
A e sa t e n t a ción que acabo de d e nuncia r , ¿no h e
ce dido yo m ism o , a l m e n os en parte ? L a sosp e ch a
p o d r í a co n f ir m a rse po r e l re t o rno o bsesivo , en la
m a y o r í a de lo s t e x t os que h e d e dica do a r e le c t u r as
d e C a n g uilh e m y F ouc ault , de l a re f e r encia a S p i
no z a, f ilóso f o po r e l cu a l a m b os se n t í a n si n d u d a
cie r t a sim p a t í a in t e le c t u a l e in c luso , t a l ve z , u n a

15
 1
esp e cie de a t r a cción, si n que ello lo s h a y a lleva d o ,
no o bst a n t e , a h a c e r de é l u n a p ie d r a a n g u l a r de
s u r e f le x ión; est o e x p lic a , e n p a r t ic u l a r , q ue e n
c o n ju n t o lo h a y a n cit a d o y co m e n t a d o b a st a n t e
poco, por que e n e l f ondo no e r a a ll í dond e r e sid í a
s u p ro ble m a . L a in sis t e n c i a de e sa re f e r encia es,
p u e s, de m i e n t e r a r e sp o n sa b ilid a d y se e x p lic a
por l a s o r ie n t a cio n es p e rso n a les d e bid as a m i for
m a ción, lo cu a l se t r a duce e n que, s i n e r ig ir lo e m
pero e n u n a a u t o rid a d a bso lu t a — a c t i t u d que h a
b r í a sid o , m e p a rece, d e l todo co n t r a r ia a l e sp í r i t u
p r o f un d o d e l e s p in o sism o — , no h a y a d e ja d o de
v o lv e r a él, a nim a d o por l a esp e r a n z a de pene t ra r
lo s m is t e r io s de ese p e nsa m ie n t o a ust e r o, «t an d i
f ícil como raro», p a r a reco rd a r u n a f ó r m ula que el
p ro pio S pino z a dejó ase n t a d a a l f in a l de su É t ic a y
que r e su m e b ast a n t e b ie n e l ca r á c t e r de su proce
d e r, m á s si n g u l a r q ue n in g u n o ; el d e l p e nsa d o r
que f ue m á s le jos, si n dud a , e n e l se n t id o de u n a
r e f le x ió n so b r e e l p r o ble m a f ilosó f ico de l a in m a
n e n c i a c o nsid e r a d o e n t od a s u g e n e r a lid a d . P or
c o n sig u ie n t e (debo a d m i t i r lo s i n r o d e os), m e h e
v a lid o de Spino z a, a q uie n cr e ía conocer b ast a n t e
b ie n — lo cu a l e n t r a ñ a b a , por cier to, u n a cuo t a de
il u si ó n — , p a r a co m p r e nd e r m e jo r lo que, ju n t a s,
p e r m it í a n p e nsa r l a s o b r as de C a n g uilh e m y F ou
c a ult , dos a u t o r es con t e m p o r á n e os con lo s cu a le s,
m ovid o por m is p r o p ios in t e r e se s e sp in o sis t a s, yo
se n t í a l a m a y o r a f inid a d . E n est a o rie n t a ción con
t a b a con l a r a t i f ic a ción de L o u is A l t h usse r , q uie n
t a m b ié n p rocuró que e l conocimie n t o que p odía t e
n e r so b r e l o s m o d os de p r o c e d e r de a q u e llo s l e
b r in d a r a u n m e dio p a r a n u t r i r su in t e n t o de e la
b o r a ción de u n a f iloso f ía d el m a r x ism o , l a f iloso f ía
que l a e m p r esa de M ar x p o ní a d e la n t e de sí mis -

16
m a s i n h a b e r t e nid o o si n h a b e rse p r ocur a do lo s
i n s t r u m e n t o s p a r a d a r l e u n a f o r m a e x p líc i t a ,
p r o ble m a q ue no dejó de o bsesio n a r lo y p a r a cu y a
r e so lu c ió n e l r e cu rso a S pino z a le p a r e cí a i g u a l
m e n t e in d isp e n sa b l e . T odo est o — lo recono z co—
h u e l e a r e cup e r a ción a l se r vicio de lo s p r o pios fi
n es, u n a r e cup e r a ción t a n t o m á s d iscu t ib le , qui z á,
c u a n t o q u e s e e f e c t u a b a e n p r im e r g r a d o , s i n
t e n e r si q u i e r a l a p e rsp e c t iv a q ue h a b r í a su p u e st o
lua a t e n t a t iv a de m a n ip ula ció n co nscie n t e y ra z o
n a d a . C on est o q uie r o d ecir — a un q u e d e b e ría se r
obvio— que a lg u n a s cosas que escrib í, sob r e todo
e n e l p r im e r o de l o s t e x t os p r e se n t a d os a q u í (el
p u b lic a d o e n 1964 en L a P ensée, con u n a e x t e nsa
in t r o d ucció n de A l t husse r), y a no l a s e sc r ib ir í a , a l
m e n os b ajo e sa f orma; por eje m p lo, e n l a co nclu
sió n de l a se g u n d a p a r t e d e l a r t ículo, e l com e n t a
rio a b ru p t o y cu a nd o m e n os aud a z , y h a s t a a ve n
tur a d o, so b r e l a m a n e r a e n que C a n g uilh e m h a b í a
p r o ble m a t i z a d o e l conocimie n t o de l a vid a : «P ro
ce d e r p r o p ia m e n t e dia lé c t ico y m a t e r i a list a ».^ A
e st a con f esión, que h a g o s i n r est riccio n es, q uie r o
s i n e m b a r g o a p o r t a r l a si g u i e n t e p r e c isió n ; a l
f un d a r m e e n u n a conce pción d e l p e nsa m ie n t o de
M a r x in f o r m a d o y r e f o r m a d o p o r e l e s t u d io d e
Spino z a, no t e ní a l a in t e n ció n de v a le r m e de e ll a
como de u n p ro t o tip o o u n m o d elo lis t o p a r a s e r
a p lic a d o t a l cu a l, r ígid a m e n t e , a o t r os con t e nid os
e sp e cula t iv os, como l a f iloso f i'a bio ló gic a de C an
g u ilh e m o l a t e o r í a hist ó r ic o - so ci a l de F ouc a ult ,
con v is t a s a a p r o p ia rse de e ll a s o a inc o r p o r a r las a
d ic h a conce pción, de l a cu a l h a b r í a n c o nst i t uid o
e n t o nc es u n a m e r a p r olong a ción o com plem ento ;

^ V e r in f r a , p ág. 56.

17
con l a r e l e c t u r a de C a n g u ilh e m y F o u c a u l t a l a
lu z de S pino z a y M ar x se t r a t a b a , e n c a m bio , de
ll e v a r a cabo en f or m a sim u l t á n e a l a o p e r a ción i n
v e rsa , c o nsist e n t e e n r ele e r a S pino z a y M ar x a l a
lu z de C a n g uilh e m y F ouc a ult , e n u n a p e rsp e c t i
v a , por ende, no de r e ducción, f a t a lm e n t e à r id a y
e m p ob r ece do r a , sin o , a l co n t r a rio , de e n r i q u e c i
m ie n t o ; de m a n e r a a n à log a , po r lo d e m ás, l a le c
t u r a c o n ju n t a de C a n g u ilh e m y F o u c a u l t , o de
S pino z a y M ar x, no d e bí a c o n d ucir a l a a si m il a
ció n a r b i t r a r i a de c a d a un o de lo s m ie m b r os de
esos dos p a r es de a u t o r es a l otro, e n l a que se los
e rig ie r a en lo s r e p r ese n t a n t es de u n p e nsa m ie n t o
de se n t id o ú n ic o d e s t in a d o a t r a n s f o r m a r se e n
vulg a t a .
E n consecue ncia , a l r ele e r hoy, con cie r t a p e rs
p e c tiva , lo s di f e r e n t es t e x t os en lo s cu a le s p rocuré
d a r r a z ón de lo que era, a m i ju ic io , el e sp í r i t u f un
d a m e n t a l de l a s in v e st ig a cio n e s de C a n g uilh e m y
F o u c a ul t — a sa b e r: e l in so sl a y a b l e a por t e de e s
t a s a l a co m p r e nsió n de lo que im p lic a v iv i r , y v i
v i r en socie d a d, b ajo n o r m a s— , est im o que no re
su l t a a b su r d o r e u n i r l o s e n u n m ism o c o njun t o ,
s i n a b r ig a r l a ilu sió n , emp ero, de que est e p u e d a
t e n e r u n a lc a nce sist e m á t ico o dogmá tico, p u e s l a
p e rsp e c t iv a que yo a dop té de m a n e r a i n s t i n t iv a
d esd e e l comien z o, c o nsist e n t e e n p one r l a c o nsi
d e r a ción de los p r o ble m as por d ela n t e de l a c o nsi
d e r a ción de l a s so lu cio n e s que se l e s d a n, in e vi t a
b le m e n t e p r o viso r i a s, m e p a re ce h o y m á s v á lid a
q ue nunc a , e in c luso in d isp e nsa b le . E st o m e ll e v a
a p r o p on e r u n a jus t i f ic a c ió n m á s p a r a l a concre
ción de est a p e q ueñ a a n t olog í a de a r t ículos, j u s t i
f ic a ción que e st a ve z no concie rn e a su cont e nid o
t e m á t ico , r e p r e se n t a d o po r l a c u e st ió n de l a in -

18
r m a n e n cia , sin o a su pro pio est a t us, e n cua n t o j a-
lo n es de u n a in v e st ig a c ió n que me gu a r d a r é b ie n
de p r e t e n d e r c o nsu m a d a , ll e g a d a a s u t é r m in o
— p a r a se r b r eve : de p r e su m i r que h a log r a do de
cir l a ve r d a d , l a ú l t im a p a la b r a , so b r e l a cu est ió n
en t o m o a l a cu a l no dejó de gir a r , a un q u e esto no
sig n i f i q u e , s i n e mb a rgo, que l a f ue r z a de l a id e a
v e r d a d e r a no t u v o p a p e l a lg u n o e n s u d e sa r r o
llo— . E n ot ros t é r m in os, consid e r o n e c esa r io que
l a s in v e st ig a c io n e s que h e podido r e a li z a r a lr e d e
dor de lo q ue acabo de ca ra ct e ri z a r, an t e todo, co
m o u n p r o b le m a c o nse r v e n s u n a t u r a l e z a t a m
b ié n p r o b le m á t ic a , p r o p ia de u n a in d a g a c ió n en
cu rso que, a p esa r de h a ll a r s e in c o n clusa , no est á
po r ello p r iv a d a de t od a sig n i f ic a ció n y v a lo r . E st a
sig n i f ic a ció n se r í a , en p r im e r lu g a r , l a de u n docu
m en to conce rnie n t e a u n a época e n que pud e , con
o t r os o a l m ism o tie m p o que e llos, in t e r e sa r m e de
m a n e r a p r io r i t a r i a en e sa clase de p r o ble m as e i n
t e n t é p r e cisa r su s co nsid e r a n d os con m a y o r o m e
n o r é xito, cu est ió n que no me toca a m í ju z g a r . Q ue
est a época no est á d e f ini t iv a m e n t e ce r r a d a y t e r
m in a d a es lo que t e st im o n ia n inv e st ig a cio n e s m á s
r e cie n t es, ll e v a d a s a cabo por p e rso n as de u n a ge
n e r a ció n que no e s l a m ía , e n q uie n es recono z co l a
p e r sis t e n c i a de u n a si m il a r a t e nció n in t e le c t u a l,
a u n cu a n d o no p r ove n g a n de l a m ism a t r a d ició n
de p e nsa m ie n t o . P a r a no m e n cio n a r m á s que esos
e je m p los, d os o b r a s q ue f ue r on m uch o m á s l e jo s
de lo que yo h a b í a sid o ca pa z de h a c e rlo en el e x a
m e n de l a p r o ble m á tica de l a f uer z a de l a s n o r m as,
y que d e m u e st r a n que est a ú l t im a h a m a n t e nid o
a c t u a lid a d e i n c lu so cie r t a u r g e n ci a , so n L a V ie
h u m a in e : a n t h r o p olo gie et b io lo gie che z G eorges
C a n g uilh e m , de G uilla u m e le B la nc (2002), y L es

19
N o r m e s che z F o u c a u l t , d e S t é p h a n e L e g r a n d
(2 0 0 7), a m b a s p u b lic a d a s e n l a colección « P r a t i
q u e s T h é o r iq u e s» d e P r e ss e s U n iv e r si t a i r e s de
F rance .
A l f o r m ula r e l d ese o de que lo s a n t ig u os t e x t os
que yo m ism o pud e d e dic a r a C a n g uilh e m y F ou
c a ul t se a n t o m a d os como d ocum e n t os, y n o t a n t o
como r e su l t a d o s t e ó r ic os q ue d e b e n a c e p t a rse o
d e ja rse como t a l e s e n su f orm a p r e sun t a m e n t e de
f in i t iv a ; a l su g e r ir , p o r co nsiguie n t e , u n modo de
u so u n t a n t o in d ir e c t o y se sg a d o , q uie r o h a c e r
com p r end e r que e l tip o de in t e r és r e cur r e n t e que
h o y so n ca p aces de c o nse rv a r d e p end e jus t a m e n t e
d e s u c a r á c t e r p r o viso r io , incom p le t o, e x p lic a ble
p o r el h e cho de que t o m a n lu g a r e n u n r e co r rid o
e f ectua do e n si t u a ció n , de m a n e r a in e vi t a b le m e n
t e op aca, lo cu a l n o h a b r í a suc e did o s i se h u b i e r a n
r e a li z a d o e n e l e sp a cio t r a nsp a r e n t e d e l p e n s a
m ie n t o p u r o , e l esp a cio dond e , p a r a f r a se a n d o a
K an t, l a p a lo m a e m p r e nd e lib r e el vu e lo . P or eso
r e p r ese n t a n in d ic io s y sí n t o m a s de l a m a n e r a e n
que t uvo lu g a r c o y un t u r a lm e n t e cie r t a r ece pción
de lo s t r a b a jos de C a n g uilh e m y F ouc ault , e n v i r
t u d de l a c u a l e st os cru z a r o n a lg u n o s m á r g e n e s
d e l e sp í r i t u p úblico y p r o duje r on e f ectos e n él; y en
e s a c a li d a d , m e p a r e c e , p u e d e r e l e é r s e l o s, e n
cu a n t o r e p r e se n t a n u n esf ue r z o de in d a g a c ió n
t e ó r ic a e n e l á m b it o de l a f iloso f í a , esf ue r z o d e l
que p u e d e d e cirse , con t o d a s l a s a m b ig ü e d a d e s
a so cia d a s a l uso d e l f u tur o a n t e rio r , q ue h a b r á s i
do, p u es, b ajo l a f o r m a de u n a t e n t a t iv a de p r os
p ección so b r e l a cu a l a ú n h o y pue d e p osa rse u n a
m ir a d a r e t r osp e c tiva , y cuy os r e sul t a d os, e n con
se cu e ncia , e st á n d e st in a d os a m e d irse a l a ve z , in -
d iso cia b le m e n t e , e n t é r m in os de é x it o y f racaso.

20
 C on e sa s condicion es, e n esos lí m i t e s, l a he t e rog e
n e id a d d e e st o s t e x t os no c o ns t i t u y e p o r f ue r z a
u n a d e sv e n t a ja o u n o bst á culo p a r a su r e unió n : a l
con t r a rio , pue d e con f e rir a e st a u n in t e r és a dicio
n a l. E s a es l a r a z ón por l a cu a l, a l r e t om a rlos, no
in t e n t é r e dond e a r s u s á n g ulos p a r a h a c e r d e sa p a
r e ce r l a s ir r e g u l a r id a d e s y l a s d e sig u a ld a d e s de
l a s que m u e s t r a n h u e ll a s y de l a s que no pue d e l i
b e r á rse los, so p e n a de p e r d e r l a m a y o r p a r t e de l a
sig n i f ic a ció n que t o d a ví a e st á n e n co ndicio n es de
r e iv in d ic a r . L a s c o r r e c cio n e s q u e in t r o d u j e en
e llos, so b r e todo e n lo a t in e n t e a l p r im e r texto, el
de 1963, que er a im p e r a t ivo a r r e gla r p a r a h a c e rlo
u n poco m á s p r ese n t a ble , no co ncie rn e n sin o a l a
f or m a y no a f ect an e n a bso lu t o el con t e nid o, que
m e p r o hib í m o di f ic a r con el f in de co nse rva r lo que
acabo d e ll a m a r su e st a t us de t e st im o n ios y docu
m e n t os, d e l cu a l e x t r a e n lo q ue pue d e q u e d a r les
de sa b o r . C on l a m ism a in t e n c ió n , m e a b st uv e ,
lue g o de m u c h a s v a cila cio n e s, de r e it e r a r l a m a
n e r a de in d ic a r l a s r e f e r e n cias ho m o g e n e i z a n d o
l a s c i t a s con f orm e a l est a d o a c t u a l de lo s co r p us
e n cu e st ió n , p o r que m e p a r eció que a l m a n t e n e r
p r o c e d im ie n t os q ue h o y e s t á n p e r im id o s co nse
g u í a d a r u n a id e a m á s ju s t a de l a s co n d icio n es y
el e n t o rno c ir c u n s t a n c i a l e n lo s c u a l e s lo s t r a b a
jo s de C a n g uilh e m y F o uc a ult p udie r o n , e n di f e
r e n t es m om e n t os, a b o r d a rse de u n a m a n e r a que,
d esd e l a d éc a d a de 1960, h a su f r id o u n a c o nsid e
r a ble evolución .

M e q u e d a a ho r a v o lv e r a ca d a un o de lo s cinco
t e x t os que sig u e n , a f in de p r e cisa r m ejo r los con
t e x t os e n que se o r ig in a r o n , a lg o n e c e sa r io p o r
que, como acabo d e t r a t a r de jus t i f ic a r lo , es me -

21
 1
n e s t e r p o n e r los de n u e v o e n si t u a c ió n p a r a q ue
co nse r v e n u n a p a r t e, por le ve que se a , de in t e r és.
E l t e x to t i t u l a d o « L a f iloso f í a de l a c ie n ci a de
G eorges C a n guilh e m : e p ist e m olog í a e h is t o r i a de
l a s cie ncias», que f ue m i p r im e r a p ublic a ció n , h a
b í a sid o e n su in icio u n a p o n e ncia e st u d i a n t il, que
p r ese n t é d u r a n t e e l ciclo le c t ivo u n iv e r si t a r io de
1962-1963 e n l a É cole N o r m a le S u p é rie u r e , d on
de d is f r u t a b a , t r a s h a b e r g a n a d o e l co ncu rso de
o p osicio n e s de f iloso f í a , de u n «año su p l e m e n t a
rio» d e dic a do a in v e st ig a c io n e s lib r e s, si n o b lig a
c ió n n i sa n c ió n ; a lo la r g o de ese año co m e ncé a
t r a b a ja r e n e s t r e c h a r e l a c ió n con A l t h u ss e r , a
q u i e n conocía d esd e m i in g r e so a l a E cole , pe ro
con el cu a l no h a b í a t e nid o n u n c a l a o p o r t unid a d
de m a n t e n e r ese tip o de vín culo . E n u n a c a r t a a
F r a nc a M a donia f echa d a e l 23 de octubr e de 1962,
a q u e l, que p a sa b a e n t o nc es p o r u n o de e so s p e
r ío d os e n que v e í a l a v id a color de r osa , escribí a :

« M i a c t iv i d a d s e d e s a r r o ll a e n u n a f o r m a su m a m e n t e
s a t is f a c t o r i a ; t r a b a jo , y t r a b a jo p a r a h a c e r t r a b a j a r a
l o s o t r os, a q u í m ism o , e n l a l í n e a d e m is in v e s t i g a c i o
n e s o, e n t odo c a so , e n s u e s p í r i t u , y l a c o sa f u n c io n a de
m a r a v ill a s . Y a v e r á s: d e a q u í a d ie z a ñ o s, s u s h u e ll a s y
r e su l t a d o s s e r á n v i s i b l e s e n e l u n iv e r s o f ilo só f ic o n a
c io n a l y loc a l».^

U n a cosa es se gu r a : e l t ra to con A l t h u ss e r m e
b rin d ó u n e st í m ulo in t e le c t u a l de u n a in t e n sid a d
inco m p a r a ble ; y cua nd o é l dice que h a c í a t r a b a ja r
a q uie n es t e n í a n a b ie n h a c e rlo «en e l e sp í r i t u de
s u s inv e st ig a cio n es», h a y que com p r end e r que no

^ L o u is A l t h uss e r , L e t t r es à F r a nc a : 19 61- 1973, P a r ís:

Stock/ I M E C , 1998, p ág. 257.

22
h a b í a e n e llo n in g ú n in t e n t o de a d oc t rin a m ie n t o,
sin o e l esf ue r z o con v is t a s a est a ble c e r , so b r e l a
b ase p e r m a n e n t e de in t e r c a m b io s y d isc u sio n e s
t o t a lm e n t e a b ie r t a s, u n a c o m u n id a d de p e n s a
m ie n t o e n acto, s i n c a m in os t r ill a d os, e n u n v e r
d a der o e sp í r i t u de in d a g a ció n — algo que r e su l t a
b a b a st a n t e e m b ria g a d o r y po r lo que sie m p r e le
e st a r é a g r a d e cid o— . A l t h u ss e r sa b í a h a s t a q ué
p u n t o me h a b í a m a r c a d o l a e nse ñ a n z a de C an -
g u ilh e m , a q uie n h a b í a se g uid o d esd e m i in g r e so
a l a É cole en 1958, e n u n cont e x to y u n a m bie n t e
de lo s que doy u n a id e a e n e l cua r t o de los a r t ícu
lo s a q uí r e cogid os, e l t i t u la d o « G eorges C anguil -
h e m : u n est ilo de p e nsa m ie n t o»; y po r eso m e p ro
p uso h a c e r u n a p r ese n t a ció n de su obra, e n t onces
poco conocid a por e l g r a n público, a un cua nd o sólo
f ue r a a c a usa de lo s o bst á culos que el pro pio C an-
g u ilh e m , que no le d a b a im p o r t a n cia a l a no t o rie
d a d — u n a no t o rie d a d que no recha z ó cua nd o t e r
m in ó po r lle g a r , pe ro que no se h a b í a in t e r esa d o
en ob t ene r— , h a b í a in t e r p u est o con e l objeto de l i
m i t a r e l acceso a su s escrit os, que est a b a n ago t a
d os o d isp e r so s e n p u b lic a cio n e s su m a m e n t e e s
p e ci a li z a d as. C omo e s n a t u r a l, yo ace p t é l a p ro
p u e st a , que m e e n t usi a sm a b a , y m i p r im e r ísim a
t a r e a , p a r t ic u l a r m e n t e l a b o r io s a , c o n sis t ió e n
r e u n ir u n co r p us p a r a su est udio , el cu a l a p a rece
d e t a lla d o e n l a p r im e r a p a r t e de m i a r t ículo , u n a
e nu m e r a ció n que h e m a n t e nid o a q uí si n c a m bios
a f in de d a r u n a id e a de l a m a n e r a e n que l a obra
de C a n g uilh e m se p r ese n t a b a e n el asp ecto m a t e
r ia l, a comie n z os de lo s a ñ os sese n t a , a lo s ojos de
a q u e llos cu y a cu r iosid a d d esp e r t a b a . T r as r e u n ir
e l p a q ue t e de lib r o s y a r t ícu los que con g r a n e s
fuer z o h a b í a logra do h a ll a r , me f ui a l campo, a u n

23
 r
lu g a r t ra n quilo, p a r a e x a min a rlos con d e t e n im ie n
to y p r o cu r a r e x t r a e r de e llo s a lgo q ue p u d i e s e
c o n s t i t u i r l a m a t e r i a de u n a p o n e ncia m á s o m e
n o s c o nsist e n t e , n o d e m a sia d o in d ig n a d e l t e m a
t r a t a d o , q ue n o p o d í a sin o d e sp e r t a r e n m í u n
f uer t e in t e r és. Sólo v o lv í a l a E cole e l dí a y a l a h o
r a f ija d o s p a r a e l e je r cicio , y a l ll e g a r comp robé
que A l t h usse r , si n h a b é r m e lo a dve r tido, h a b í a to
m a d o l a in ic i a t iv a de r e se r v a r p a r a l a cir c u n st a n
c i a l a s a l a d e l e st a b l e c im ie n t o d e s t in a d a a l a s
g r a n d es o c asio n es: e l sa ló n de act os; a l e n t r a r a él,
d e sc u b r í con so r p r e sa y e st u p o r q ue a ll í e st a b a
C a n g uilh e m en p e rso n a — a q uie n A l t h usse r h a
b í a a visa d o— , se n t a d o a u n a m esa e n p r im e r a f i
la , p a p e l y p lu m a e n m a no p a r a t o m a r no t as, e n l a
p ost u r a de u n a lu m n o a t ento, lo cu a l m e su m ió e n
u n a p r o f un d a t u r b a ció n cuy o r e cue r d o a ú n con
se rvo e n t od a s u in t e nsid a d . T r a t ando de d o m in a r
e l p á nico q ue m e inv a d í a , b r in d é en t onces, lo m e
jo r que pud e , l a p r est a ció n q ue se esp e r a b a de mí,
m i e n t r a s p r o cu r a b a no m i r a r d e m a si a d o h a c i a
dond e e st a b a C a n guilh e m , q ue se m a n t uvo su m a
m e n t e t r a n q uilo a lo la r go de t od a l a p rue b a . E n
u n a c a r t a a F r a n c a M a d onia d e l 25 de e ne r o de
19 63, A l t h u ss e r in f o r m a e n c a lie n t e a s u l e ja n a
co r r esp o nsa l so b r e el e p iso dio que aca b a d e t e n e r
lu g a r m o m e n t os a n t es;

« E s t a t a r d e , c l a s e co n u n a p o n e n c i a so b r e u n p r o f eso r
d e l a S o r b o n a , d e l a n t e de é l . . . ( H a b í a a c e p t a d o v e n i r a
e sc u c h a r u n a p o n e n c i a d e u n o d e m is a lu m n o s so b r e s u
o b r a : l a c o s a a n d u v o m u y b i e n ; se q u e d ó a q u í h a s t a h a
ce u n r a t o , ¡lle g ó a l a s 14 y s e f ue d e s p u é s d e l a s 18.3 0!
T odo e s t u v o O K ; y e r a u n a a v e n t u r a a n t e l a c u a l todo
e l m u n d o t e m b l a b a , m á s q u e n a d i e e l a lu m n o q u e d e
b í a h a b l a r f r e n t e a é l, ¡yo no! Y o e r a s i n d u d a e l ú n ic o , y

24
e n l a d is c u s i ó n q u e s i g u i ó m e m o s t r é a b so lu t a m e n t e
r e la ja d o ..

A p e sa r de l a o bst in a d a p r e p a r a ción q ue h a b í a
d e dic a d o a l eje rcicio , su e je cució n m e r e sul t ó , e n
efecto, a r d u a y h a s t a p e lig r osa . E s in d u d a b le que
C a n g u ilh e m , que h a b í a v is t o o t r os, no « t e m bla
ba», pe ro t a l ve z est a b a m olest o, p u e s e l h e cho de
q ue h a b l a r a n de é l e n s u p r e se n cia le p a r e cí a i n
co nv e nie n t e y f u e r a de lu g a r , lo cu a l no im p id ió ,
e m p e r o, que a c e p t a r a l a in vi t a c ió n . C on f ieso no
t e n e r u n recue rdo m u y n í t id o de l a d isc usió n , s a l
vo so b r e e l si g u i e n t e p un t o : C a n g u ilh e m h a b í a
so r p r e n d id o a l i n s is t i r con f ue r z a e n e l p a p el d e
se m p e ñ a d o p o r l a r e f e r e ncia n ie t z sch e a n a e n su
o r ie n t a ció n f ilosó f ic a p e rso n a l, u n asp e c t o so b r e
e l c u a l h a b í a m a n t e n id o h a s t a e n t o n c es m u c h a
disc r e ció n . L a c o nv e rsa ció n sig u ió e n e l d e p a r t a
m e n t o de A l t h usse r , si t u a d o e n el p iso de a b ajo,
a d ond e est e h a b í a lle v a d o a t odo e l m un d o p a r a
d ist e n d e r e l clim a : t o m a m os u n b u e n v in o bla nco,
que C a n g uilh e m a p r ecia b a , y se g uim os h a b la n d o
d e todo u n poco, s i n r e st r ic c io n e s. C a n g uilh e m ,
q u e d e sd e si e m p r e m e h a b í a d e m o st r a d o u n a
g r a n b e n e vo le ncia , no m e hi z o g r a n d es com e n t a
r io s so b r e m i e x p osició n, que h a b í a escuch a d o si n
p est a ñ e a r , con in d u lg e n ci a in c luso cu a n d o le a t r i
b u í, con d esconc e r t a n t e in g e n uid a d , in c lin a cio n e s
p o r e l m a t e r i a lism o d i a lé c t ic o , lo c u a l d e bió de
so r p r e n d e rlo m ucho: m e agr a d eció co r t ésm e n t e el
t r a b a jo q ue h a b í a h e cho ace rca de s u s e sc r i t os y
no p a sa m os de a llí, como e ra de rig o r e n t r e gent e
d e b u e n t ono. S in e m b a rgo, p r o b a ble m e n t e con-

^ L. A l t h usse r , L et tres à F r a n c a . . ,,o p . c i t , p ág. 356.

25
 T
se r v ó u n a im p r e sió n f a vo r a b le d e m i p r e se n t a
ción, p u e s a c o n t in u a ció n le h a b ló de e ll a a F ou
c a ult , q uie n m e p r o puso t r a ns f o r m a r l a p o n e ncia
en u n a r t ículo p a r a p u b lic a r e n C ritique, l a p r e st i
g iosa r e vis t a a cuyo comit é de r e d a cción él pe r t e
necía. C on ese f in, pr e p a ré e n t onces u n t e x to que
f in a lm e n t e , por in ic i a t iv a de A l t h usse r , se publicó
e n 1964 en L a P ensée, a q u e lla de l a s r e vis t a s t eó
r ic a s d e l P a r t id o C o m u n ist a F r a n c és ( P C F) a l a
que é l t e n í a lib r e acceso por in t e r m e dio de su r e
d act or e n je f e , M a rcel C ornu, de q uie n e r a amigo,
y dond e a p a r eció u n a g r a n p a r t e de s u s a r t ículos:
«S o b r e e l jo v e n M a r x ( C u e s t io n e s d e t e o r í a)»,
« C ont r adicción y so b r e d e t e r m in a ción ( N ot as p a r a
u n a inv e st ig a ció n)» , etc., lu e g o r e e d i t a d os e n L a
r evo lució n t eórica de M ar x { Pour M arx], P u b lic a r
e n u n a r e vis t a de ob e die ncia m a r x ist a u n est ud io
so b r e C a n g u ilh e m que no e s t u vi e r a d e st in a d o a
d e m ole rlo co nst it uí a , en e sa época, u n a a p u est a y
u n d esa f ío : a q u e l, a d e sp e ch o de s u s c o n o cid a s
p ro e z as e n l a R esist e ncia , e ra ca t alogado, e n ef ec
to, como u n r e a ccion a rio redom a do, u n a dve rsa r io
de lo s c o m u n ist a s, r e p u t a ció n que d e b í a e n g r a n
m e d id a a l p a p el que h a b í a d ese m p eñ a d o d u r a n t e
u n o s die z a ñ os, d e sp u é s d e l a L ib e r a ció n , como
insp e c t o r g e n e r a l de f iloso f ía. E s t a f unción lo h a
b í a lle v a d o a r ecor re r F r a n cia con v is t a s a r e st a
ble ce r u n a e nse ñ a n z a p ú b lic a d e v a st a d a d u r a n t e
m ucho tie m p o a ra í z de l a p olí tic a d e l r é g im e n de
V ich y , de q uie n C a n guilh e m h a b í a sid o feroz opo
si t o r . E s a t a r e a , a l a cu a l h a b í a d e cidid o no s u s
t r a e rse por que a sí se lo e x ig í a su r esp o nsa b ilid a d ,
l a d ese m p eñó con in t r a nsig e n ci a , como todo lo que
h a c í a , y t a l a c t i t u d lo ll e v ó e n v a r i a s o p o r t u
n id a d e s a choca r con pro f esores de f iloso f ía comu -

26
 n is t a s — e r a n m u c h o s e n e sa é p oca— q ue , a n i
m a d os con l a s m e jo r es in t e n cio n es, t e n d í a n a m e
nu d o a co n f un d ir s u cla se con u n a t r ib u n a p o lí t i
ca, u n proce de r que le p a r ecía in a d m isib l e y a l que
se h a b í a o p u est o r e su e l t a m e n t e . E n t a l e s co n
d icio n es, h a c e r u n elogio de C a n guilh e m , e x a lt a r
su ob r a de f ilóso f o y de h ist o r i a d o r de l a s cie n cia s
e n ese m e dio p a r t icula r , e n est a do de e f e rvesce n
ci a p e r m a n e n t e y d on d e e l a n a t e m a v o l a b a con
sin g u l a r f a cilid a d , er a u n a su e r t e de provocación:
ju s t a m e n t e lo que h a b í a r a t i f ic a d o e n su i n i c i a
t iv a a A l t h usse r , que por e n t onces t e n í a l a ín t im a
c o n vic c ió n d e q ue s u t a r e a p o lí t ic a e se n c i a l de
f ilóso f o er a t o m a r in t e le c t u a lm e n t e el poder en el
p a r t id o de l a s m a s a s t r a b a ja d o r as, y de que u n a
a c ció n p e r t u r b a d o r a , d e s e s t a b ilí z a d o r a , como
p o d í a se r lo e st a p u b lic a ció n , e r a cap a z , p a r a r e
p e tir u n a f ó r m ula por l a que é l t e n í a esp e cia l a p e
go, de «m ove r l a s cosas» e n e l se n t id o a d ecua do.
P or eso se e m p eñó en que e l t e x to de m i a r t ículo
f ue r a p re ce dido por u n a «P rese n t ación» b ast a n t e
e x t e nsa , f ir m a d a con su n om b r e y que comen z ab a
de l a sig u i e n t e m a n e r a :

« E l a r t ic u l o q u e a q u í se l e e r á b r i n d a p o r p r im e r a ve z
u n a v is i ó n sis t e m á t ic a d e l o s t r a b a jo s d e G e o r g es C a n
g u ilh e m . E l n o m b r e d e e s t e f ilóso f o e h is t o r i a d o r d e l a s
c i e n c i a s, d ir e c t o r d e l I n s t i t u t o d e H is t o r i a d e l a s C ie n
c i a s d e l a U n iv e r si d a d d e P a r ís, e s co n o cid o p o r t o d os
a q u e ll o s q u e , e n e l á m b i t o f ilosó f ico y cie n t í f ic o , s e in t e
r e s a n e n l a s n u e v a s in v e s t i g a c i o n e s so b r e l a e p is t e m o
lo g í a y l a h is t o r i a d e l a s c i e n c i a s. S u n o m b r e y s u o b r a
no t a r d a r á n e n t e n e r u n a a u d ie n cia m ucho m á s g r a n
de. E s j u s t o q u e l a r e v is t a f u n d a d a p o r L a n g e v in d é s u
a c o g id a a l p r i m e r e s t u d io e x h a u s t iv o q u e s e l e c o n s a
g r a e n F r a n ci a » .

27
 E n efecto: a l p arece r, no se h a b í a lle v a d o a cabo
a n t e s n in g ú n e st u d io de est a índ ole , y yo t uv e el
p r ivile g io de a b r ir por m i cue n t a y riesg o ese ca m
po de e s t u d io s, q ue a c o n t in u a ció n h a sid o m u y
f r ecue n t a do y de m a n e r a si n d u d a m e n os a v e n t u
r a d a . L a p r e se n t a c ió n d e A l t h u ss e r f ue r e p r o
d u cid a , e n s u v e r sió n co m p le t a , e n l a a n t o lo g í a
P e nse r L o u is A l t husse r ;^ yo m ism o cit é e l que es,
e n m i o p inión, su p a sa je m á s sig n i f ic a t ivo , e n m i
a r t ículo « G eorges C a n guilh e m : u n e st ilo de p e n sa
mient o».^
C a nguilhe r a , por su p a r t e, se h a ll a b a per f ect a
m e n t e a l t a n t o de l a ( m a la) r e p u t a ción que t e n í a
e n l a esf e r a de in f lu e n ci a d e l P C F , lo cu a l le r e su l
t a b a indi f e r e n t e por comple to. R a z ón de m á s p a r a
que lo so r p r e n d ie r a e l hecho de que a cu d ie r a n a él
p e rso n as a l a s que se a t r ib u í a l a p e r t e n e ncia a d i
ch a es f e r a de in f lu e n c i a , q ue le t e s t im o n i a b a n ,
con a ce n t os de sin c e r id a d que lo h a b í a n co nve nci
do, l a m u y g r a nd e a d m ir a ció n que se n t í a n por su s
t r a b a jos t e ó ricos, a sí como por l a m a n e r a a b so lu
t a m e n t e p a r t ic u l a r e n q ue e je r cí a s u m a g ist e r io
u n iv e r si t a r io , con u n rigo r, u n a a use n cia t o t a l de
é n f a sis y u n a c l a r id a d que c o n t r a st a b a n con lo s
h á b i t o s e n t o n c es im p e r a n t e s e n l a F a c u l t a d de
L e t r as de P a r ís, donde se h a b í a in s t a l a d o e n ge
n e r a l cie r t o e sp í r i t u de r u t in a . D esd e h a c í a m u
cho tie m p o m a n t e n í a r e la cio n es p r o f esio n a les con
A l t h u ss e r , e n lo c o n c e r n ie n t e a l o s p r o b l e m a s
p la n t e a d os po r l a o r g a ni z a ción de lo s e st u d ios de
f iloso f í a e n l a É cole N o r m a le S u p é r ie u r e , e n lo s

^ L o u is A l t h u ss e r , P e nse r L o u is A l t h uss e r , P a n t in ; L e
T em ps d es C e rises, 2006, p à gs. 25-30.
® V er in f r a , p â gs. 143-4.

28
q ue no h a b í a d e ja d o de in t e r e s a r s e , so b r e todo
d esd e q ue s u vie jo com p añe ro de e st u d ios y a mig o
J e a n H y p p oli t e h a b í a a su m id o l a dir e cción d e l e s
t a b le cim ie n t o . E s a s r e la cio n e s h a b í a n ll e v a d o a
C a n g uilh e m y A l t h usse r a p ro f esa rse u n a e st im a
re cíp roca , se n t im i e n t o que f a cilit ó m uch o l a s co
s a s cu a ndo, por in t e r m e d io d el g rup o de a lu n m o s
f ilóso f os de l a E cole d e l que yo f orm a b a p ar t e, l a s
r e la cio n es com en z a r on a t om a r otro ca ri z al sa c a r
a l a lu z , e n u n h e cho no d el todo p r e vist o a l p r in c i
pio , c i e r t a s a f in id a d e s in t e l e c t u a l e s q ue t e n í a n
como t e lón de fondo u n o s d esa f íos t e ó ricos f un d a
m e n t a les. Se sa b e que A Jt husse r , que xmos q uinc e
a ñ os a n t e s h a b í a p r e p a r a do \ m a t e sin a de m a e s
t r í a so b r e H e gel b a jo l a dir e cció n de G ast o n B a
ch e la r d , a p e la b a e n a b u n d a n ci a a lo s a p o r t es de
l a n u e v a e p ist e m o lo g í a a l a f r a nc esa p a r a d a r b a
s e s «cie nt í f icas» só lid a s a s u e m p r esa de re f orma
d e l m a r x ism o , un o de cu y os p il a r e s d e b í a se r l a
n o ció n de «cor t e e p ist e m o ló gico». C u a n d o C a n
g u ilh e m co m p r e ndió e n qué se n t id o y con qué f in e s
se lo q u e r í a utili z a r, quedó d esconce r t a do, pero, a
l a ve z q ue m a n t e n í a u n a a c t i t u d de p rud e n t e r e
se rva , t a m poco o p uso u n recha z o in e q uívoco a esa
t e n t a t iv a , e n l a cer t e z a de que, de t odos modos, no
h a b í a f or m a de que se a p r o p ia r a n de él. E n conse
cu e ncia , acogió con sim p a t í a lo s ll a m a d o s que se
l e h a c í a n y, si n co m p r o m e t e rse e m p e r o a t í t u lo
p e rso n a l, aceptó con m u ch a co r t esía , a p esa r de su
f a m a de i r a sc ib l e — u n a l e y e n d a q ue h a b í a a l i
m e n t a d o cuid a d osa m e n t e— , los h o m e n a je s que le
r e n d í a n p e rso n as que no p e r t e ne cía n e n a bsolu t o
a s u « f a m ili a de p e nsa m ie n t o», u n a noción, e st a
ú l t im a , que p a r a é l t e n í a po r lo d e m á s m u y poco
se n t id o . E l h e ch o de q ue p o r p r im e r a ve z se le

29
c o n s a g r a r a u n e x t e nso a r t í c u lo t e ó rico e n u n a
r e v is t a o f icia l d e l P C F no ib a a a u m e n t a r m uch o
su r e p u t a ció n e n t r e s u s cole g as, pe ro est o le i m
p o r t a b a e n v e r d a d n a d a y q ui z á s h a s t a lo dive r t í a .
P or eso, j a m á s m e hi z o n in g ú n re p roche y no p l a n
t eó r e s e r v a a l g u n a con r e sp e c t o a m i a r t ícu lo :
sim p l e m e n t e , m u ch o m á s a d e la n t e , cu a n d o u n a
e d i t o r ia l u n iv e r si t a r i a b r a sil e ñ a p u b lic ó L o n o r
m a l y lo p a t oló gico [ O n o r m a l e o p a t ologico ] , con
l a r e e dición de ese a r t ículo como epílogo, m e dio a
e n t e nd e r que a s u modo de v e r l a cu e st ió n est a b a
f ue r a de lug a r . P a r a d e cirlo sin t é t ic a m e n t e : en su
o p inión, se h a b í a da do vu e l t a l a p á gin a .

E sc r ib í el se gun d o t e x to in c lu id o en est a a n t o
logía , «P ara u n a h is t o r i a n a t u r a l de l a s no rm as»,
v e in t icin c o a ñ os d esp u és d e l a n t e rio r . L o h a b í a r e
d a c t a d o co n v is t a s a l E n cu e n t r o I n t e r n a c io n a l
« M ich el F o u c a u l t f ilóso f o», q ue se ce le b r ó e n el
t e a t r o d e l R ond - P oint de P a r ís e n ene ro de 1988.
L a t o t a lid a d de los t r a b a jos p r ese n t a d os du r a n t e
e sa r e u n ió n se p ublicó e l año sig uie n t e en l a colec
ción « D es T ravau x» de E d i t io ns du S e u il — un o de
cu y os in ic i a d o r e s h a b í a sid o F ouc a ult— , p r e ce di
d a p o r u n b r eve t e x to de p r ese n t a ció n de C anguil -
h e m . E st e no se cont a b a ent r e lo s v e in t io ch o p a r
t icip a n t e s d e l e ncuen t ro, pe ro h a b í a a sis t id o a l a s
s e sio n e s y d u r a n t e u n a d isc u si ó n t om ó l a p a l a
b r a d esd e l a s a l a p a r a e x p r esa r, con l a so b rie d a d
que le e r a h a b i t u a l, la co nm ovid a g r a t i t u d que le
h a b í a susc i t a d o l a le c t u r a d e l a r t ículo escrit o co
mo p r e f a cio p a r a l a e d ició n n o r t e a m e r ic a n a de
u n a a n t o lo g í a d e s u s o b r as. E l t e x to se t i t u l a b a
«L a vid a ; l a e x p e rie ncia y l a ciencia», y su v e r sió n
f remcesa h a b í a a p a re cido e n ene ro de 1985 e n u n

30
n úm e r o e n h o m e n a je a C a n g u ilh e m de l a R evue
de M é t a physiq ue et de M orale (luego se re e dit ó en
el v o lu m e n 4 de lo s D i ts et écrits).^ F ue im o de los
ú l t im o s g r a n d es t e x t os esc ri t os po r F ouc a ult poco
a n t e s de su m u e r t e y, s i n d ud a , u n o de lo s e s t u
d ios m á s b e llo s q ue se h a y a n consa g r a d o a l p e n
sa m i e n t o de C a n g u ilh e m . P o r t e m p e r a m e n t o y
por p rincip io , F ouc a ult no e ra u n hom b r e a f ecto a
lo s ju r a m e n t o s de f id e lid a d , p ese a lo cu a l h a b í a
r econocid o l a j e r a r q u í a de «m a est ro» a C a n g u il
h e m — y, que yo se p a , sólo a él— ; cuando se p r ese n
t a b a l a o p o r t unid a d de e ncon t r a rnos, sie m p r e m e
h a b l a b a , sa b ie n d o d e l a p r e cio que yo se n t í a por
a q uel, de «nuest r o vie jo m a est ro», y e st a f ó r mula ,
t e ñid a de ir o n í a , no est a b a en m odo a lg un o d e s
p r o vist a de alcemce re al. N o creo que F ouc a ult h a
y a se guid o j a m á s s u s cu rsos, a p e sa r d e que lo t e
n í a como s u «dir ector de t esis»; el p ro pio C a n g uil
h e m con t a b a — er a un o de su s t e m as f avo rit os de
co nve rsa ció n— q ue no h a b í a d ir ig id o n a d a en a b
solu t o , p u est o que h a b í a r e cibido en su d esp a cho
el m a n usc r i t o de l a H ist o r ia de l a lo cu r a en l a épo
ca c l á sic a y a p le n a m e n t e conf ormado, si n que h u
b ie r a sa b id o a n t e s u n a p a la b r a de su con t e nid o,
p u e s n o h a b í a t e n id o o c a sió n de in t e r v e n i r . Se
re f ería, a sim ism o , a su estup e f a cción a l d e scu b r ir
e n ese t ex to, en negro sobre bla nco, cu e st io n e s que
d esd e h a c í a t ie m p o y a é l t r a t a b a de p e n sa r po r

® M ichel F ouc ault , « L a vie : l ’e x p é rie nce e t l a science», en

B iís et écrits, 1954 - 1988, e dició n est a b le cid a por D a niel D e
f e r! y F r a n ç o is E w a ld con l a cola b o r a ción de J a c q u e s L a
gr ange , P a ris: G a llim a r d , 1994, vol. 4, tex to 361, p á gs. TÒS
TO [«La vid a : l a e x p e rie ncia y l a ciencia», e n G a b riel G iorgi
y F e r m í n R o d rig u e z ( e ds.). E n s a y o s so b r e b io p o li t ic a :
e xcesos de vid a , B uenos A ir es: P a id ós, 200 T, p á gs. 41-5 T].

31
s u cu e n t a si n lo g r a r d a r l e s u n a f o r m a t a n sis t e
m á t ic a m e n t e c o nsu m a d a , de u n a m a n e r a q ue a
su e n t e n d e r e r a d e cisiv a . Poco a n t es de que F ou
c a u l t d e f e n d ie r a e sa c u r io s a t e sis, que no t e n í a
n a d a d e l e je r c ic io u n iv e r si t a r i o t r a d ic io n a l, yo
v e í a r e g ula r m e n t e a C a n guilh e m , b ajo cuy a dir e c
ció n p r e p a r a b a e n t o nc es u n a t e sin a de m a e st r í a
so b r e « F iloso f í a y p o lí t ic a e n Spino z a»: é l m e h a
bla b a de l a t e sis de F ouc a ult como de u n acon t eci
m ie n t o poco c o m ú n e im p o r t a n t e , q ue no h a b í a
q ue p e r d e rse b a jo n in g ú n p re t e x t o. Y e n t o n c es
se n t í l a n e c esid a d de a sis t i r a e sa d e f e nsa e f ecti
v a m e n t e m e m o r a ble : t o d a ví a veo, e n e l a m bie n t e
e st ir a d o de la Seda L o uis L i a r d donde se cele b r a
b a e sa clase de ce r e m o nias, a F ouc a ult , a q uie n yo
d escu b r í a e n e sa oc asión, e scuch a r e n sil e n c io lo s
co m e n t a rios a lt a m e n t e e lo giosos q ue C a n g uilh e m
e H y p p oli t e h a c í a n sobre su obra, y r esp ond e r, no
s i n cie r t a im p a c ie n c i a , a l a s o b se r v a cio n e s m á s
r e se r v a d a s que le h a c í a G ouhie r y l a s o bje cion es
de r u t in a de G a n d dla c y L agache, a q uie n e s e l e s
t ilo in usi t a d o de su t r a b ajo h a b í a p r e d isp u est o de
m a n e r a n o t o r ia e n su cont r a. C ua ndo e l t e x to de
l a t e sis a p a re ció p ublic a d o por P ión, m e lo p rocuré
de in m e d ia t o , y su le c t u r a m e p r o dujo e l e f ecto de
u n sism o : el lib r o p oní a en e n t r e dicho todo lo que
so lí a h a c e rse en h is t o r i a de l a s id e a s, y a b r í a p e rs
p e c t iv a s in a u d i t a s a in v e st ig a cio n e s q ue se e nc a
m in a r a n h a c i a lo que h o y ll a m a r í a u n a «f iloso f ía
e n se n t id o la to», no r e ple g a d a e n e l est u d io de s i s
t e m a s d o c t r in a le s, sin o r e sp a ld a d a e n el conoci
m ie n t o de l a h is t o r i a y lo s a por t es de l a s cie n ci a s
h u m a n a s; u n a f iloso f ía, dicho se a de p aso, q ue p u
d ie r a in t e r e sa r no só lo a lo s «f ilóso f os» de pro f e
sió n — a d e cir ve r d a d , est os ú l t im o s n u n c a recono -

32
cie r on a F o uc a ul t como un o de lo s su y os, lo cu a l,
por lo d e m ás, no le c a usa b a d isg ust o a lgun o— . A
c o n t in u a c ió n , com e ncé a l e e r con a vid e z t odo lo
que F o u c a ul t esc r ib í a , a m e d id a que s u s lib r o s y
a r t ículos se p ub lic a b a n , con el m ism o se n t im ie n t o
de u n a r a d ic a l inn ov a ció n , f uent e p e r m a n e n t e de
so r p r e sa s por s u t e n d e ncia a p on e r e n cu est ió n l a s
i d e a s co nv e n cio n a le s, de m a n e r a a v e c e s e x c e si
v a m e n t e a b ru p t a , p u e s n o e r a é l de a n d a rse con
c h i q u i t a s; con f ieso h a b e r m e se n t id o p e r tur b a d o,
a l comie n z o, po r a lg u n a s d e l a s t e sis d e sa r r o ll a
d as en V ig il a r y c a st ig a r y L a v o lu n t a d de sa b e r , y
n e c esi t é cier t o t ie m p o p a r a a d v e r t ir su v a lid e z y
f e cun did a d e in c luso , sim p le m e n t e , p a r a a p r e cia r
s u a lc a n c e e x acto. F o u c a u l t t e n í a la z os d e co n
f ia n z a y a m ist a d con A l t husse r , de q uie n h a b í a s i
do a lu m n o d u r a n t e s u s a ñ os e n l a É cole N ormale;
est e a t r ib u í a su m a im p o r t a ncia a l a s inv e st ig a cio
n e s de a q uel, en l a s cu a le s v e í a u n a conve r g e ncia
con s u s p r o p ios esf ue r z os d e st in a d os a e la b o r a r l a
p e rsp e c t iv a de u n m a r x ism o r e visa d o y corregido,
b á sic a m e n t e he t e rodo x o; po r s u p a r t e, F ouc a ult ,
cu y a a c t i t u d con r esp ect o a l m a r x ism o — como a l
p sic o a n á lisis, po r lo d e m á s— sie m p r e f ue de u n a
e x t r a o r d in a r ia co m p lejid a d , no hi z o n a d a , a l m e
n os e n e l p e ríodo p r e vio a 1968, p a r a d isu a d i r a
A l t h usse r de v e r l a s cosas de e sa m a n e r a . S i digo
todo est o e s p a r a m ost r a r q ue yo t e n í a t o d as l a s
r a z o n es p o sib l e s p a r a se g u i r in t e r e sá n d o m e e n
F o uc a ul t , a u n q u e só lo f u e r a con l a in t e n c ió n de
t r a t a r de d eve la r lo s e nig m a s de u n p e nsa m ie n t o
t a n rico que p a r e cía sus t r a e r se a u n a a p r e h e nsió n
e x h a ust iv a ; a ú n h o y q u e d a n po r d e scu b r ir e n e sa
ob r a in m e n s a y de u n a a so m b r osa v a r ie d a d , que
n o h a dicho su ú l t im a p a la b r a , c osas no v is t a s. L a

33
in t e rv e n ció n que yo h a b í a p r e p a ra do con v is t a s a l
e ncu e n t r o d e l R ond - P oint r e p r ese n t a b a , e n s u s
t a ncia , u n a t e n t a t iv a de e x plor a r con m a y o r p ro
f un d id a d a lg u n os asp e c t os in t r ig a n t e s del t r a b ajo
de F ouc a ult , y de t r a z a r con m a y o r e x a c t it ud los
co n t o r n os de e sa f iloso f ía de l a s n o r m a s que v e í a
esb o z a rse e n él y e n l a cu a l, con r a z ón o s i n e lla ,
a d iv in a b a cie r t a a f in id a d con e sq u e m a s t e ó ricos
h e r e d a d os de Spino z a: a l m e nos, m e p a re cía , u n a
l e c t u r a c o n ju n t a de est e y de F o uc a ul t p o d í a se r
a d m isib l e , no p a r a a si m il a r un o a l otro, lo cu a l h a
b r í a sid o a bsu r d o , sin o p a r a t r a t a r de in s t a u r a r y
p on e r e n m a r ch a u n a r e la ció n de in t e r c a m bio en
t r e e so s d o s m u n d o s de p e n s a m i e n t o q u e co n
f lu í a n — que co n f lu í a n e n m i cabe z a, e n todo c a
so— . N o m e co r r esp ond e d e cid ir s i e sa t e n t a t iv a
fue o no f ructí f era, y n i si q u i e r a s i t e ní a a lg ú n se n
tido.

E l t e rce r t e x to a q uí re p ro ducido, « D e C anguil -

h e m a C a n g uilh e m p asa n d o po r F oucault», es f ru
to t a m b ié n de u n a in t e rv e n ció n en el m a rco de u n
coloquio. E st e , o r g ani z a do como p a r t e de l a s a c t i
vid a d e s d e l C ollège I n t e r n a t io n a l de P hiloso p hie ,
t uvo lu g a r e n dicie m b r e de 1990 en el P a la cio de
l a D é couve r t e y s u t e m a f ue « G eorges C a n g u il
h e m , filóso f o, h ist o r i a d o r de l a s cie ncias»; lo s t r a
b a jo s p r ese n t a d os se r ecogie ron a co n t inu a ció n en
u n v o lu m e n de l a « B iblio thè que du C ollège I n t e r
n a t io n a l de P hiloso p hie » .^ E s t a e x p osició n , que
r e un ió a v a r io s ex a lu m n o s de C a n guilh e m , t e n í a

C ollè g e I n t e r n a t i o n a l d e P h il o so p h i e ( ed.), G eorges

C a n g uilh e m , p h iloso p h e , h ist o r ie n d es scie n c es: a c t es d u
collo que (6-7-8 décembre 1990), P a ris; A lb in M ichel, 1993,
col. « C ollège I n t e r n a t io n a l de P hiloso phie». Í

34
r e l o bje tivo de p one r de m a ni f iest o l a d im e nsió n fi
losó f ic a de l a ob r a de u n h is t o r i a d o r de l a s cie n
c i a s que, con u n a so l a e xcepción — u n b r eve texto
t i t ula d o « D e l a scie nc e e t de l a cont re - science», p u
b lic a d o e n u n H o m m a g e à J e a n H y p p o li t e —
sie m p r e se h a b í a a bst e nid o de c o nsa g r a r s u s e s
c r i t os a cu e st io n e s de f iloso f ía p u r a co nsid e r a d as
e n cu a n t o t a les. P or pudo r, C a n g uilh e m no h a b i a
a sis t id o a l a s se sio n e s d e l colo quio que le est a b a
d e dica do, pero se h a b í a m a n t e nid o a l co r rien t e de
su d e sa r r o llo y est a b a visib l e m e n t e sa t isf e cho con
e l c o njun t o de l a o p e r a ción, que h a b í a susc i t a d o
to d a clase de p o lé m ic a s en los m e dios u n iv e r si t a
r io s o f icia les — lo cu a l no le f a st id ia b a e n a bso lu
to— . Y o h a b í a consid e r a d o n a t u r a l a p r ove ch a r la
o p o r t unid a d p a r a t r a t a r de co r r e la cio n a r el in t e
r é s que, d esd e m is a ñ os de est udio , l e s p r est a b a ,
r e sp e c t iv a m e n t e , a l a s o b r as de C a n g uilh e m y a
l a s de F ouc a ult : de a ll í el t í t u lo u n poco e x t r año
de m i in t e rv e n ció n , en l a cu a l m e p r o p oní a e x p li
car, y e n p r im e r lu g a r e x p lic a r m e , lo que u n í a a
e st os d os a u t o r es a l a ve z que lo s di f e r e ncia b a y,
en r a z ón de lo s d e sp la z a m ie n t os y l a s t e nsio n e s
que l a a t r a v e sa b a n , h a c í a a ú n m á s e st im u l a n t e
su r ela ció n. U n a ve z m á s e ncon t r a b a , en e l cruce
de lo s c a m in o s q ue no si n t r a b a jo m e esf o r z a b a
por se g uir , l a cu est ió n t e ó ric a de l a s n o r m as, que
no h a b í a d e ja d o de p r e o cu p a r m e y cuy o t r a t a
m ie n t o , a m i e n t e nd e r , se e n r iq u e cí a de m a n e r a
p a r t icula r m e n t e sig n i f ic a t iv a con l a s e nse ñ a n z as
e x t r a íd as de l a l e c t u r a de C a n g uilh e m y de F ou
cault .
® G e o r g es C a n g u ilh e m , « D e l a scie n c e e t de l a cont re -
scie nce», e n S u z a nn e B a che la r d et a l. , H om m a g e à J e a n
H ypp olit e, P a ris: P U F , 1971, p àgs. 173-80.

35
 E l cua r t o t ex to, « G eorges C a n guilh e m ; u n e s t i
lo d e p e nsa m ie n t o», m e f ue enca rg a do por u n a r e
v is t a de docen t es de f iloso f ía. L es C a hie rs P h ilo so
p h i q u e s, que e n 1996 de dicó un o de s u s n ú m e r os a
«L a f iloso f ía de G eorges C a nguilhe m». E n e l m a r
co de e sa p u b lic a ció n de ca r ác t e r conm e m o r a tivo,
r e a li z a d a poco d e sp u és d e l a m u e r t e de C a n g u il
h e m , m e esf orcé por d a r ra z ón d e l e f ecto de e s t u
p e f a cción q u e h a b í a n p r ovo c a d o e n m í — y q ue
sie n t o a ú n a l e sc r ib ir e st a s lí n e a s— l a p e rson a , la
e nse ñ a n z a y l a ob r a de a q uel, a q u i e n le debo lo
e se n cia l de lo s f un d a m e n t os de m i f o r m a ción f ilo
só f ica y c u y a s o b r as j a m á s d eja r on de d a r m e m o t i
v o s de re f le x ión.

P a r a t e r m in a r , e l q uin t o t ex to, « N o rm as v i t a
l e s y n o r m a s so ci a le s e n el E ss a i su r q ue lq ues p r o
b lè m es co nc e rn a n t le n o r m a l et le p a t holo giq ue»,
u b ic a d o a q u í e n ú l t im o lu g a r d e bid o a s u f echa
t a r d í a d e p u b lic a c ió n ,^ r e t o m a e l c o n t e n id o de
u n a in t e rv e n ció n de 1993, en el cu rso d e l décim o
colo quio de l a S ocie d a d I n t e r n a cio n a l de H ist o r ia
de l a P si q u i a t r í a y e l P sic o a n á lisis, r e a li z a d o e n el
H osp i t a l S ain t e - A nne . Se ce le b r a b a a ll í el q u in
c u a g ésim o a n iv e r sa r io de l a a p a rició n , e n t r e l a s

® P ie r r e M ache r e y, « N orm es v i t a l e s et n o r m e s so c i a le s
d a ns V E ssa i su r q u e lq u es p r o blè m es conce rn a n t le n o r m a l
e t le p a t h o lo g i q u e » , e n F r a n ç o is B in g , J e a n - F r a n ç o is
B r a u n s t e in y E lis a b e t h R o u d in esco ( e ds.), A c t u a li t é de
G eorges C a n g uilh e m : L e N o r m a l et le p a t holo giq u e , ac t es
du collo que de l a Société I n t e r n a t ion a le d ’H ist oir e de la
P sy c h i a t r ie et de l a P sy c h a n a ly se (4 déce mbr e 19 9 3), L e
P lessis - R o binson; I n s t i t u t S y n t h ela bo p our le P rogrès de l a
C o n n a issa n c e , 1998, col. « L es E m p ê ch e u rs de P e nse r en
R ond», p à gs. 71-84,

36
 p u b lic a cio n es de l a F a cult a d de L e t r as de E s t r a s
bur go e n e dicion es de L es B elles L e t t r es, de l a t e
s is de m e d icin a de C a n g uilh e m , el E ss a i su r q u e l
q u es p r o blè m es conce rn a n t le n o r m a l et le p a t h o lo
giq u e , q ue f ue r e e dit a d o lue go, e n 1966, por P r e s
s e s U n iv e r si t a i r e s d e F r a n c e , a u m e n t a d o con
n u e v a s c o nsid e r a cio n e s, e n u n v o lu m e n t i t u l a d o
L o n o r m a l y lo p a t olò gico, q ue c o nst it u y e un o de
l o s p u n t o s c e n t r a l e s de t o d a s u obra . E s t a ve z ,
C a n g u ilh e m se m olest ó y escuchó s i n d e cir p a la
b r a l a t o t a lid a d de l a s in t e rv e n cio n es: t uv e e n t on
ces, d u r a n t e los in t e r v a lo s y e l almue r z o, u n a de
l a s ú l t i m a s o p o r t unid a d es de h a b l a r con él, en rm
c lim a de f a m ili a r id a d y con f iím z a, lo cu a l e r a p a r a
m í u n a e x p e rie ncia a l a ve z e m ocion a n t e y p a r t i
c u l a r m e n t e g r a t i f ic a n t e , po r t r a t a rse d e q uie n ,
e n t r e lo s r e p r ese n t a n t es d el m un d o u n iv e r si t a r io
e in t e le c t u a l q ue lle g u é a f re cuent a r, m e in s p i r a
b a m a y o r a d m ir a ció n y resp e t o. E n e l t r a nscu rso
d e l a co nve rsa ción , m e e nt e ré de que el eje m p lo de
l a n iñ e r a a l que a lu d í en m i e x p osición, y que h a
b í a e x t r a íd o de l a le c t u r a d el E ss a i de 1943 con el
f in de i lu s t r a r l a m a n e r a e n q ue in t e r f ie r e n l a s
n o r m a s v i t a l e s y l a s n o r m a s so cia les, l e h a b í a sid o
insp ir a d o po r u n recue rdo person E il de v a c a cio n es
f a llid a s a c a usa de l a s in d isp o sic io n e s de l a p e rso
n a que est a b a e nc a r g a d a de cuid a r a s u s h ijo s. P a
r a C a n guilh e m , q ue a t r ib u í a e no rm e im p o r t a n cia
a l a d im e n sió n e x is t e n c i a l de l a c u e s t ió n de l a s
n o r m a s — u n a cu e st ió n con l a que yo v o lv í a a to
p a r m e e n m i c a m in o— , l a r e f le x ión f ilosó f ica y l a s
p r e o cu p a cio n es de l a v id a c o t id i a n a n u n c a e st a
b a n d e l todo se p a r a d a s, con f orm e a u n a i n s p i r a
ción que d e bí a q ui z á s a s u m a est r o A la in , a l que
j a m á s d ejó de d e cla r a rse f iel.

37
 U n a r e f l e x ió n p a r a c o n c lu i r e s t a s p a l a b r a s
p r e lim in a r e s; a m i ju ic io , C a n g uilh e m y F ouc a ult
f ue ron, con a lg u n o s o t r os, lo s r e p r e se n t a n t e s de
u n p e nsa m ie n t o no y a pre f a bricado, sin o vivo , e n
e l cu a l l a f uer z a de la v e r d a d se t ra z a xm ceunino,
u n c a m in o n e c e sa r ia m e n t e co m p lic a d o , p u e s no
p ue d e i r e n lí n e a r e c t a h a c ia u n a m e t a que debe
inv e n t a r , y r e m o d e la r , e n f unció n de s u d esa r r o
llo , q ue e st á d e st in a d o a n o c u lm in a r n u n c a y a
p r ose g uirse sie m p r e e n n u e v a s dir eccio n es. S i v a
l e l a p e n a h a c e r f iloso f í a , a l m a r g e n d e lo q ue
P a sc a l h a y a p o did o d e cir a l r esp e c t o , e s b a jo l a
c o n d ició n d e b usc a r a lg u n os p u n t o s p o r lo s q ue
p a sa ese c a m ino , cu est ió n que he t ra t a do de r e so l
v e r con m a y o r o m e n o r é x it o e n lo s t e x t os c o nsa
g r a d os a «la f uer z a de l a s no rm as».

P ie r r e M a c h e r ey
S e p tie m b r e de 2008

38
L a f iloso f ía de la ciencia
de G eorges C anguilhem:
epist emología e hist o ria
de l a s ciencias*

« L a h is t o r i a d e u n a c i e n c i a n o p u e d e s e r u n a m e r a
c o le c ció n d e b io g r a f í a s n i, co n m a y o r r a z ó n , u n c u a
d r o c r o n o ló g ic o m a t i z a d o c o n a n é c d o t a s. D e b e s e r
t a m b i é n u n a h is t o r i a de l a f o r m a ció n , l a d e f o r m a
c ió n y l a r e c t i f ic a c ió n de c o n c e p t os cie n t í f ic os».^

« L a h is t o r i a d e l a s c i e n c i a s d e b e c u r a r n o s d e e s a
im p a c i e n c i a , de e se d e se o de t r a n sp a r e n t a r e n t r e s í
l o s m o m e n t o s d e l t ie m p o . U n a h is t o r i a b i e n h e c h a ,
c u a l q u i e r a q u e se a , e s l a q u e lo g r a h a c e r s e n si b l e la
o p a c id a d y a lg o a s í como e l e s p e so r d e l t ie m p o . ( . . . )
E s e e s e l e l e m e n t o r e a l m e n t e h is t ó r ic o d e u n a i n
v e s t ig a c ió n , p u e s l a h is t o r i a , a u n s i n s e r m il a g r o s a
o g r a t u i t a , e s m u y o t r a c o sa q u e l a ló g ic a , ca p a z de
e x p lic a r e l a c o n t e c im i e n t o c u a n d o y a h a o c u r r id o ,
p e r o in c a p a z d e d e d u c i r lo a n t e s d e s u m o m e n t o de
e x ist e n c i a « .^

* E st e t ex to, cuyo t í t ulo o r ig in a l e s « L a p h iloso p hie de la

scie n c e de G eorges C a n guilh e m : é p ist é m olo gie e t h ist o ir e
d es scie nces», se p ublicó por p r im e r a ve z e n f i a P ensée, 113,
f ebrero de 1964, págs. 62-74.
^ G eorges C a n guilh e m , « L a co nst i t u t io n de l a p h ysiolo gie
comm e science», in t r o d ucció n a C h a rles K a yse r (ed.). P h y
sio lo g ie , t r e s v o lú m e n e s, P a r ís; F l a m m a r io n , 1963 [«L a
c o nst i t u ció n de l a f isio lo g í a como cie ncia», e n E s t u d io s de
h is t o r i a y de f iloso f í a de l a s cie n ci a s, B ue nos A ir es: Amo -
r r o r t u, 2009, pàg. 247].
^ G eorges C a n g uilh e m , «P a thologie e t p h ysio lo g ie de l a
t h y r o ï d e a u X I X® siè cle », T h a ï es, 9, 1959, p á gs. 78 y 91

39
 L a ob r a e p ist e m oló gic a e h is t ó r ic a de G eorges
C a n g u ilh e m im p r e sio n a , a n t e todo, po r su espe -
cia li z a ción: a lo s d os t í t ulos r e cién cit a d os — l a i n
t r o ducció n a l a P h ysio lo g ie de K a yse r y «P a t olo
g í a y f isio lo g í a d e l a t i r o id e s e n e l sig lo X I X »—
h a y q ue a g r e g a r t r e s lib r o s: E ss a i su r q u e l q u es
p r o b lè m e s co nc e r n a n t le n o r m a l et le p a t h o lo g i
que,^ L a C o nn a issa nc e de l a vie'^ y L a F o r m a t ion
d u concep t de réflexe -^ a d e m ás, v a r io s a r t ículos,
e n t r e lo s c u a l e s e s líci t o d est a c a r lo s sig u i e n t e s:
« N ote su r l a si t u a t io n f ait e e n F r a nce à l a p h ilo
so p h ie biolo giq u e»,® « Q u’est - ce q u e l a p sy c h o lo
gie ?»,^ «S u r u n e é p ist é m o lo g ie conco r d a t a ir e»,®
«L’h is t o ir e d es scie n c es d a n s l ’œ uvr e é pist émolo -

[«P atologia y f isiolo g í a de l a t ir oid es en el sig lo X I X», e n E s

t u d io s de h is t o r i a . . op. e i t , p á gs. 243 y 310-1].
^ G e o r g es C a n g u ilh e m , E ss a i s u r q u e lq u e s p r o b lè m e s
co nce rn a n t le n o r m a l et le p a t holo giq u e , t e sis de m e dicin a ,
C le r m o n t - F e r r a n d : L a M on t a gn e , 1943 [ Lo n o r m a l y lo
p a tológico, M éxico: Siglo X X I, 1986].
G eor ges C a n guilh e m , L a C onn a issa nc e de l a vie , P a ris:
F la m m a r io n , 1952 l E l conocimien t o de la vid a , B arcelona:
A n a g r a m a , 1976],
® G eorges C a n g uilh e m , L a F o r m a t ion du concep t de ré
flexe a u X V l F et X V I I F siècles, P a r ís; P U F , 1955 { La f o r m a
ción d el concepto de re flejo en los sig lo s X V I I y X V I I I, B ar
celona: A vance, 1975],
® G e org es C a n g u ilh e m , « N ote su r l a si t u a t i o n f ait e en
F r a nc e à l a p h iloso p h i e biologiq ue», R evue de M é t a p hysi
que et de M orale, 57(3- 4), julio - oc tub r e de 1947, p á gs. 322-
32.
^ G eorges C a n g uilh e m , « Q u’est - ce que l a psychologie ? »,
R evue de M é t a physiq ue et de M orale, 63(1), 1958, p ágs. 12-
25 [«¿ Qué es l a psicología ?», e n E s t u d io s de h is t o r i a . . . , op.
cit., p ágs. 389-406].
® G eor ges C a n guilh e m , «Sur un e é p ist é m olo gie concorda
t air e», e n G eor ges B o ulin g a n d et a l. , H om m ag e à G aston
B a chela rd : é tud es de p hiloso p hie et d ’hist o ir e des scie nces.

40
giq ue de G. B achela rd»,® «L’ho m m e e t l ’a n im a l d u
p o in t de v u e p sy ch o lo g i q u e se lo n C h a r l e s D a r
w in » ,^® « L a n é c e ssi t é de l a d i f f usio n sc i e n t i f i
que»,^^ « G ast on B a chela r d e t l e s p hiloso p h es»^^ y
« T he r o le o f a n a lo g i e s a n d m o d e ls i n b io lo g ic a l
d i s c o v e r y » , y, p a r a t e r m in a r , l a p a r t icip a ció n

P a r ís: P U F , 1957, p á gs. 3-12 [«Sobre u n a e p ist e m o lo g í a

conco r d a t a ria», en J e a n L acroix et a l.. I n t r o ducció n a B a
ch e la r d , B uenos A ir es: C alden, 1973],
® G e o r g es C a n g u ilh e m , «L ’h is t o i r e d e s sc i e n c e s d a n s
l ’œ uvr e é p ist é m olo giq u e de G aston B achelard», A n n a le s de
r U n iv e rsi t é de P a r is, 33(1), 1963 [«La h ist o r i a de l a s cie n
c i a s e n l a o b r a e p ist e m o ló g ic a de G ast on B a chela rd», en
E s t u d io s de h is t o r i a . . . , op. cit., p ágs. 183-97],
G eorges C a n g uilh e m , «L’ho m m e e t l ’a n im a l d u p oin t
de vu e psycholo giq ue se lo n C ha rles D a rwin», R evue d ’H is-
toire d es S ciences, 13(1), enero - mar z o de 1960, p á gs. 81- 94
[«El ho m b r e y el a n im a l d esde e l pun to de v is t a psicologico
se g ú n C h a r les D a rwin», e n E s t u d io s de h is t o r i a . . ,,op. ci t . ,
p á gs. 119-33].
G e o r g es C a n g u ilh e m , « L a n é c e ssi t é d e l a d i f f usio n
scie n ti f iq ue», R evue de l ’E nse ign e m e n t S u p é rie u r , 3, 1961,
p ágs. 5-15 [«La n e c e sid a d de la d i f usió n cient í f ica». S ocio
lo gia . R e vist a de l a F a c u l t a d de S ociolo g í a de l a U n iv e r
sid a d A u t òno m a L a t in o a m e ric a n a , 19, 1996, p ágs. 26-33],
G eorges C a i^ i l h e m , « G aston B a chela rd e t l e s p h ilo
so phes», S ciences, 24, mar z o - a bril de 1963 [« G aston B ache
l a r d y l o s f ilóso f os», e n E s t u d i o s de h is t o r i a . . . , op. cit .,
p á gs. 198- 206],
G eorges C a n guilh e m , « T he role o f a n a lo g ie s a n d m o
d e ls i n biolo gic a l discove r y», en A lis t a i r C a me ron C rombie
(ed.), S cie n t i f ic C ha nge: H ist o r ic a l S t u d ie s in the I n t e lle c
t u a l, S o cia l a n d T echnic al C on dit ions f or Scie n ti f ic D isco
very a n d T echnic al I nv e n t io n f rom A n t iq ui t y to the P r esen t
( S y m p osiu m on t h e H ist o r y of Science, U n iv e rsid a d de O x
ford, 9 a 15 de ju li o de 19 61), L ondres: H e in e m a nn , 1963,
p á gs. 507- 20 [« M odelos y a n a lo g í a s e n e l d e scu b r im ie n t o
e n biología», en Ssfwoíí os cíe hist o ria . . ., op. cit., p á gs. 324-
39],

41
e n u n nùm e r o de T hales d e dica do a l a h is t o r i a de
l a id e a de evolución, de r e d a cción cole c tiva (19 6 0),
y e n R ené T a ton (ed.), H ist oir e g éné r ale d es sc ie n
ces, cua t r o vo lú m e n e s, P a r ís; P U F , 1957-1964.
E n t od a e sa ob ra , l a r e f le x ión se r e la cio n a de
m a n e r a t a n r ig u r osa y c o n t inu a con obje t os p r e ci
so s que, e n d e f in i t iv a , d e b e m os p r e g un t a r n os so
bre e l e s t a t us de u n a inv e st ig a ció n t a n concre t a y
adaptada - , p u est o que no sólo es e rudit a , sin o que
con tie n e u n a e nse ñ a n z a g e n e r al, y n o sólo cum p le
u n a f unción de conocimie n t o de lo s d e t a lles, t ie n e
u n a lca nce de ve r d a d . D e a llí e st a p a r a doja ; ¿cuál
e s l a cu e st ió n e n ju e g o a lo la r go de esos e st u d ios
que p a r e ce n n o d e be r su c o nsist e n ci a a o t r a cosa
que su s obje t os, e n t r e los cu a les, si n e mb a rgo, se
m a n i f ie st a u n a aso m b r osa co nve i^e ncia ? U n p r i
m e r in v e n t a r io n os p one f rent e a u n a d iv e r sid a d
r a dic a l. D iv e rsid a d de lo s t e m as, e n p r im e r lug a r :
l a e n f e rm e d a d, e l m edio, el re flejo, lo s m o nst r u os,
l a s f un cio n es de l a g l á n d u l a tir oid e a . D iv e rsid a d
de l a s t e m á t ic a s, a co n t in u a ció n ; d e n t r o de ca d a
ob r a y de ca d a a r t ículo a dve r t im os u n a m u l t i p lic i
d a d de n iv e l e s de a n á lisis, a p un t o t a l que p arece
p osib le h a c e r v a r i a s le c t u r a s a l a ve z , p a r a b usc a r
y h a ll a r e n e ll a s u n a t e o ría de la cie ncia , u n a teo
r í a de l a h is t o r i a de l a s cie n ci a s y, p o r úl t im o , l a
h is t o r i a m ism a de l a s cie n ci a s y l a s t é cnic as, e n l a
r e a lid a d de su s c a m in os. E st o, si n que u n n iv e l de
a n á f isis su s t i t u y a j a m á s a otro, como s i t a n sólo
t u vie r a que se r vir l e de pre te x to; con re f erencia a l
re f lejo o a l a t ir o id e s u t ili z a d os como ilust r a c ió n ,
n o e nco n t r a m os u n a r e f le x ión e n lo a t in e n t e a l a
h is t o r i a de l a s cie ncias. L as di f e r e n t es lí n e a s que
e s p osib le a isl a r v a n n e c esa r ia m e n t e a l a p ar, y es
e sa u n i d a d l a que h a y q ue p e nsa r , p o r que l a re-

42
la ció n d e lo s d is t in t o s n iv e l e s de a n á lisis d e no t a l a
coh e r e ncia e n t r e u n a r e f le x ión, su s obje t os y su s
mé to dos.
¿ C ómo a b o r d a r , e m p e r o, e s a u n id a d ? E n u n
comien z o so n p o sib l e s d os c a m in os: se pue d e b u s
ca r u n con t e nid o co m ún o b ie n u n a p ro ble m á tica ,
u n obje to o u n a cu est ió n co mun es. Y , como es n a
t u r a l, e l q ue m á s n o s a t ra e es el objeto, po r que to
d a r e f le x ión sob r e l a cie ncia , se a h is t ó r ic a o e se n
cia l, p a rece d ebe r su cohe r e ncia a l a e x ist e ncia , l a
p r e se n c i a de h e cho de u n a c i e n c i a c o n s t i t u id a .
P ero s i l a cie n cia e s e n v e r d a d e l obje t o busc a d o ,
es m e n e st e r sa b e r cómo d e f in ir e st e úl t im o : h a
b r á q ue a c u d ir e n t o nc es a u n a t e o r í a de l a cie n
cia, a l p r o ble m a de l a e x ist e n cia de d er echo de l a
cie ncia , de s u le g a lid a d : u n p r o ble m a que debe r e
so lv e r se d e n t r o de l a cie n cia m ism a , es decir, e n
u n a e p ist e m o lo g í a . S in e m b a r g o , e se p r o b le m a
su p o n e ot ro, p u est o que es l a e x ist e n cia de hecho
de l a cie n cia l a que p la n t e a u n a cu est ió n de dere
cho, que y a no e s in t e r io r a su d esa r r o llo sin o ot ra
cu e st ió n , p la n t e a d a a l a cie n ci a y y a no p o r e lla .
E n co nse cue ncia , p a sa m os de l a p r o ble m á t ic a d e l
obje to a l a de l a cu est ió n , y con e llo n os v e m os e n
l a n e c esid a d de ca r a c t e ri z a r e l f enóm eno cie n t í f i
co como u n a a c t it ud , u n a t om a de p o sició n dent ro
de u n deba t e. Y da do que l a cie n cia no d e t e r m in a
por s í so l a l a s co ndicion es de est e , da do que no lo
a su m e e n s u t o t a lid a d , po r q ue e st á cond e n a d a a
se r u n a p a r t e e n el proceso, t a m b ié n e s p osib le i n
t e r r o g a rla desd e el e x terior. P uest o que l a cie ncia
e s t o m a de p o sic ió n , e s p osib le , recíproca m en t e ,
t o m a r p o sic ió n con respecto a ella .
E n e l c a so de l o s li b r o s de G e o r g es C a n guil -
h e m e st a m os, e n ef ecto, f re n t e a u n a o b r a esen -

43
ci a lm e n t e p o lé m ic a , no lim i t a d a a l a d esc r ip ció n
de su obje to, sin o r e co r rid a por l a p r o ble m á t ic a de
u n a e va lu a ció n , q ue no se a p lic a t a n t o a lo s r esult
f a dos como a l a f o r m ula ción de u n a preg;xnta que
p u e d e p l a n t e a rse de l a sig u i e n t e m a n e r a : ¿ Q ué
q uie r e l a ciencia ? H a bid a cu e n t a de que est a , e n el
d e t a lle de su a dve nim ie n t o , e n s u r e a lid a d d isc u r
siv a , e la b o r a u n a a c t it ud , l a s f o r m as de u n a pro
b l e m á t ic a , l a r e f le x ió n so b r e e ll a e s t a m b ié n l a
b úsq u e d a de u n a a c titud , l a f o r m a li z a ción de u n a
cu est ió n . P a r a r e n d ir cu e n t as de vma h is t o r i a de
l a s c i e n c i a s no se t r a t a r á , p u e s, de h a c e r l a d e s
c rip ción de u n a d escrip ción; por lo d e m ás, es sólo
cie r t a p o s t u r a id e o ló g ic a de l a c i e n c i a so b r e s í
m ism a l a que l a ll e v a a no se r m á s que l a d esc r ip
ción de u n u n iv e r so de obje tos, y e sa p ost u r a t a m
b ié n debe ju z g a r s e . T oda l a f iloso f í a de l a s cie n
ci a s co nsist e , por lo t anto, e n h a c e r u n a p r e gun t a
so b r e u n a p r e gun t a . E n c o nse cu e n cia , no h a b r á
q ue d e t e n e rse e n e l in v e n t a r io de u n a se r i e de
d e scu b r im ie n t os, sin o p la n t e a rse a ca d a inst a n t e ,
por m e dio de l a r ig u r osa d esc rip ció n d e l acon t eci
m ie n t o que co nst it uy e su a p a rició n, l a cu est ió n de
p r in cip io de s u se n t id o , s u ra z ón de se r. E in c luso
— y est e vo c a b ula r io se a cla r a r á a co n t inu a ció n— ,
no se h a r á u n a t eoría sob r e t e o rías, lo c u a l se r í a
ú n ic a m e n t e t o m a r n o t a de cie r t o n ú m e r o de r e
su l t a d o s, y se procederá, e n cambio, a u n a concep -
t u a li z a c ió n so b r e co nc e p t os, q ue e s e l es f u e r z o
m ism o po r r e n d ir cu e n t a s de u n m o vim ie n t o , de
u n proceso, r e m on t á n d ose h a s t a l a cu est ió n q ue lo
ilu s t r a e n cua n t o origen.
U n p roce d er de e st a s c a r a c t e r íst ic a s e st á t r a
d icio n a lm e n t e lig a d o a u n modo de in v e st ig a c ió n
d e t e r m in a d o ; l a e x p osición hist ó r ic a . A t r a v és de

44
 l a d iv e r sid a d de los t e m a s y lo s p u n t os de v is t a ,
obje t o o cu e st ió n n u n c a se d a n de otro m odo que
e n l a d isc u r siv i d a d de u n a suc esió n , u n d e se nvo l
vim ie n t o . P arece, d esd e e l inicio , que lo s f enóm e
n o s só lo co b r a n se n t id o cu a n d o se lo s r e si t ú a e n
s u h is t o r i a . P ero d e se n v o lvim i e n t o e h is t o r i a no
so n a ú n m á s que t é r m in os a bst r a c t os, d e m asia d o
g e n e r a l e s y h a s t a a m b ig u os: q u i e n dice «d ese n
v o lvim i e n t o » p a rece d e cir «d esa r r ollo» y, por e n
de, a p a r ició n p r o g r esiv a de lo que e st a r í a e n vu e l
to e n e l o rig e n como e n u n ge rm en. M ás que con el
t é r m in o p rog r eso, a f ectado de ju i c i o s de v a lo r con
co n n o t a cio n es h is t ó r ic a s, p o d r í a m os con f o r m a r
n o s p r o viso r i a m e n t e con e l t é r m in o p r oceso, e n
cu a n t o r e t o m o cr í tico a s í m ism o . E s t a v a c il a ció n
con r esp ect o a l a p a l a b r a no es a r b it r a r ia : r esp o n
de a l a n e c esid a d de n o m b r a r u n a f o rm a p a r a d ó
ji c a , q ue c o ns t i t u y e u n p r o ble m a . E n e f ecto, e n
C a n g uilh e m , l a e x p osició n h is t ó r ic a j a m á s e s l i
n e a l: so n co n t a d as l a s oc asio n es en l a s cu a le s se l a
p r e se n t a e n s u o r d e n in m e d ia t o de su c e sió n cro
noló gic a , q ue t e r m in a r í a p o r r e d u c ir l a h is t o r i a
de l a s ci e n ci a s a u n a a d q u isic ió n c o n t in u a de r e
su l t a d o s p o si t iv o s; l a s m á s d e l a s v e c e s se l a re-
t r a nsc r ib e de u n a m a n e r a m u y ela bo r a d a , a m e
nud o t o d a ví a m á s in esp e r a d a de lo que lo se r í a e x
p o n e rla e n se n t id o in v e rso a su o r d e n n a t u r a l: e l
e je m p lo m á s so r p r e n d e n t e e s e l a r t ículo « M edio»
de E l conocimie n t o de l a vid a (se p a r t e de N ewt on
p a r a ll e g a r h a s t a el sig lo X X; de a llí vo lv e m os a l a
A n t ig ü e d a d y se g u im o s de n u e vo e l o r d e n h is t ó
rico, h a s t a N ewt on); e n el c a p í tulo de L o n o r m a l y
lo p a t oló gico so b r e C omt e, n os r e m on t a m os de e s
te a B r o ussa is y lue go a B rown, es decir, u n sig lo
a t r á s. R e f le x iva o t r ast oc a d a , e sa h is t o r i a mues -

45
t r a u n a d ist o r sió n p a r a d ó jic a de l a su c e sió n in m e
d ia t a . A u n a n t e s d e r e v e la r e l secr e t o de u n sen -
tido, est o pue d e se r v ir de in d icio me todológico: ese
modo de e sc r ib ir l a h is t o r i a sug ie r e , e n p r im e r l u
g a r, u n a in t e n ció n crí tica . E l p un t o de p a r t id a lo
p r o p o r cio n a , p u e s, el cu e st io n a m ie n t o r a z on a do
de l a m a n e r a h a b i t u a l de e sc r ib ir l a h is t o r i a de l a s
cie n cias.

L a h ist o r i a t a l y como se l a hace:

su crí tica

N o n os e x t e nd e r e m os sob r e el «estilo» hist ó r ic o

q u e es, n o o bst a n t e , el m á s d i f u n d id o : e l de l a s
e num e r a cio n es, lo s r e cue n t os, lo s inv e n t a r ios. Se
lo pue d e d e m ole r con f a cilid a d s i se lo a t aca e n dos
de s u s d e t e r m in a c io n e s, a b su r d a m e n t e c o n t r a
d ic t o r i a s, p e ro cu y a r e u n ió n no e s f o r t uit a sin o ,
a n t e s bie n , u n t e st im o n io d e l r e la ja m ie n t o de su s
in t e n cio n es. G r isa lla de h e chos a m on t on a d os — en
u n cont e x t o se m e ja n t e ( el m on t ón), l a n o ció n de
h e cho cien t í f ico p ie r d e l a m a y o r p a r t e de su se n
t ido— , l a r e se ñ a en f o r m a de c r ó nic a g e n e r a l a i l u
sió n de que h a y a cu m ula ció n de d a t os: l a h is t o r i a
se r e duce a u n a lí n e a p á lid a no e nso m b r e cid a por
n in g ú n o bst á culo y que no conoce l a r e g r esió n n i
l a f r a gm e n t a ció n. E m p e ro, a l a in v e r sa , e sa a cu
m u l a c ió n , e n cu a n t o p a r e c e se r d e p o r s í o bvia ,
im p lic a , m á s que l a id e a de u n a t eleología (lu z a ú n
d e m a si a d o in t e n sa ), l a de u n a z a r. L a lí n e a d e l
r ela t o no es m á s que l a f o rm a d a d a a u n a d isc o n
t in u i d a d radical - , in t r o d ucid os un o por uno, se a li
n e a n los a p o r t es que no a p o r t a n n a d a a n a d a . Es-

46
t a h is t o r i a a bso lu t a m e n t e contingen t e colecciona
f e chas, bio g r a f í as y a nécdo t as, pero e n d e f in i t iv a
no d a cu e n t a de n a d a , y m e n os que m e n os del e s
t a t us hist ó r ic o de u n a cie ncia co nst it uid a .
C on t ra u n a h is t o r i a a sí de a r b it r a r ia , que no es
e n e l f ondo m á s que u n a h is t o r i a indi f e r e n t e , debe
se r p o sib l e — y e s n e c e sa r io — e sc r i b i r u n a h i s
t o r ia in t e r esa d a . A p a r t ir de e st a e x ig e ncia se e n
t a b la u n deba t e, la n z a do por l a cr í t ic a d e u n a m a
n e r a de e sc r ib ir l a h is t o r i a t o m a d a como mod elo,
cuyo r esp o nsa ble p a re ce se r e l p r im e r in t e r esa d o
e n e sc r ib ir u n a h is t o r i a de l a ciencia : el cientí f ico.
S e v e r á q ue é l e st á d e m a sia d o in t e r e sa d o e n l a
op e r ación, y con ello l a cond e n a a no a lc a n z a r su
o bje tivo : m á s que e sc r ib ir u n a h is t o r i a , el cie n t í
fico d a f o rm a a le y e n d as, su le ye nd a, r e o r g a ni z a n
do e l p asa d o e n f unció n de su s p r o p ias in q u i e t u
d e s p r ese n t es y so m e tie nd o e l ele m e n t o hist ó r ic o a
l a s n o r m a s de su p a sió n f un d a m e n t a l; l a lógica de
su cie n cia , e s d ecir , de l a cie n cia a c t u a l. S in e m
b a r go, d e b e r í a se r p o sib l e e sc r ib ir o t r a h is t o r i a ,
q ue m a n t u v i e r a l a p r e o c u p a ció n p o r p o n e r e n
e v i d e n c i a u n v e r d a d e r o se n t id o y r e sp e t a r a , a l
m ism o tie m p o, l a r e a lid a d de los a con t e cimie n t os
p asa d os; u n a h is t o r i a que r e ve la r a la cie n cia como
c o nst i t u ció n y d escu b r im ie n t o a l a ve z .
D e o r din a rio, el lu g a r de l a h is t o r i a de l a s cie n
c i a s se d e f in e con c la r id a d d ent r o de l a ob r a cie n t í
f ica: e sa h is t o r i a se in c lu y e en su t o t a lid a d e n e l
c a p í t ulo in t r o d uc t o r io , co nsa g r a d o a l «hist o r i a l»
d e l p r o b le m a e st u d i a d o e n e l r est o d e l lib r o . E l
cien t í f ico no t ie n e cu e n t as que r e n d ir a l a h is t o r i a
a l ca bo d e s u p roceso, sin o m á s b i e n u n a cu e n t a
que a r r e g la r con e ll a p r e via m e n t e . L os e je m p los

47
a b un d a n ; e l m á s ll a m a t iv o es e l de D u B ois- R ey
m o n d y el h is t o r i a l que est e hace d el p r o ble m a del
re f lejo, no en u n c a p í tulo de in t r o d ucció n sin o e n
i m d isc u rso o f icial.^^ E n é l v e m os en t od a su p le
n i t u d cu á le s so n lo s ele m e n t os que d e t e r m in a n el
r e t o m o f ic t icio a l p asa do: u n a cronología ll e n a de
hu e cos, e n t r e lo s cu a le s se d e sli z a n lo s elogios r e
t r osp e c t ivos, no g r a t ui t a m e n t e r e p a r t id os. R e su l
t a m a ni f iest o q ue est a h is t o r i a es de f ectuosa; p e
ro, m á s a ún , n i si q u i e r a es u n a hist o r i a . T res so n
lo s r a sg os e se n c ia l e s que e xhibe: es a n a lí t ic a , r e
g r e siv a y est á tica .
A n a lí t ic a e n u n p r im e r se n t id o , p o r q ue a ísl a
u n a lí n e a esp ecí f ica, y n o el ve r d a d e r o h is t o r i a l de
u n p r o b le m a d e t e r m in a d o , lo c u a l p l a n t e a m u y
o t r as cu est io n es; se con f orm a con u n t r a t a m ie n t o
p a r c i a l de ese p r o ble m a . C u a n d o G le y y D ast r e
d e lin e a n l a h is t o r i a de l a cu est ió n de l a s se cr e cio
n e s in t e r n a s, «un o y ot ro d e sv in c u l a n l a s e x p e
r i e n c i a s f isi o l ó g ic a s de l a s c i r c u n s t a n c i a s h i s
t ó ric as de s u cr e ación, l a s r eco r t an y l a s lig a n e n
t re sí , y sólo invo c a n l a clín ic a y l a p a t ología p a r a
co n f ir m a r o bse r v a cio n e s o v e r i f ic a r h i p ó t e sis de
f isió lo g os», a p e sa r de q ue e n ese f r a g m e n t o de
h is t o r i a l a f isio lo g í a no tie n e u n p a p e l prot agóni -
co (su p a p e l e s «de e x p lo t a ció n , y n o de f u n d a
ción»).^^ A l e st r e ch a r l a a p e r t u r a del ca mpo d e n
t ro d e l cu a l se d e sa r r o lla u n a p r o ble m á t ic a esp e cí
f ica, n o s i m p e d im o s c o m p r e n d e r l a ló g ic a pro-

E m il d u B ois - R eymond, d isc u rso e n conm e m o r a ción de

l a m u e r t e de J o h a n n e s M ülle r e n 1858, cit a do e n G. C an-
g u ilh e m , L a F o r m a t ion d u concept. . .,op . cit., pàg, 139.
G. C a n guilh e m , «P a thologie e t p h ysio lo g ie de l a t h y r o ï
de, . op. cit., pàg. 87 («P atología y f isio lo g í a de l a t i r o i
d es. . .», op. cit., pàg. 305].

48
p i a de s u m o vim ie n t o . P e ro e st a n o e s sin o u n a
p r im e r a f o r m a de d ivisio n : a ú n m á s sig n i f ic a t iv a
e s l a v o lu n t a d de e f ectua r u n a p a r t ició n dent ro de
l a h is t o r i a m ism a , p o r m e dio de lo s c r i t e r ios q ue
p r o p o rcio n a e l est a do a c t u a l de u n a cie ncia . L a i n
v e s t ig a c ió n del p asa d o coincid e e n t o n c es con u n
t r a b a jo de d escom p osición: se t r a t a de d e ve la r e n
r e t r osp e c t iv a p a r c e las, g é r m e n es de ve r d a d , y l i
b e r a r lo s de lo s m á r g e n e s de e rror. E l d e sc u b r i
m ie n t o cien tí f ico, p o r c o nsig uie n t e , n u n c a se r á lo
que s u s co ndicion es de a p a r ició n hacen de él, sin o
l a a p a r ició n p ur a , l a m a ni f est a ció n o l a r e ve la ció n
de lo que dehe ser. E n e l lí m i t e , se d i a g n ost ic a n i n
v e n c io n e s f a lli d a s r e c o nst i t u y e n d o l a v e r d a d e r a
so lu c ió n d e u n p r o b le m a a p a r t ir de s u s e le m e n
tos: es lo que suce d e , por eje m plo, s i se p a sa « r e vis
t a a lo s co no cim ie n t os de t od a cla se y o rig e n e n lo s
cu a les, a l p arece r, M ülle r p o d r í a h a b e r e ncon t r a
do, e n a r a s de u n a uni f ic a ció n que con se g u r id a d
e r a m u y ca p a z de h a c e r , l a s p r e su n c io n e s de lo
que se se n t a a ñ os m á s t a rd e h a b r í a de con t e ne r u n
t r a t a d o c o m ú n de f isio lo g í a e n m a t e r i a de t i r o i
des».^® S e omit e a sí lo que debe su sc i t a r l a a t e n
ció n p r io r i t a r i a d e l h is t o r i a d o r de l a s c i e n c i a s,
como, p o r eje m plo , est a d e cla r a ción d e Jo h a n n e s
M ülle r e n su H a n d buch: «Se ig n o r a cu á l es l a f un
ción de l a tir oid es», que e x p r esa no u n a e le m e n t a l
con f esión de ig n o r a ncia , sin o l a v o lu n t a d d e l cie n
tí f ico de d e t e r m in a r con p r e cisió n lo que é l sa b e ,
p a r a a isl a r so b r e e sa b ase el con t e nid o de su ig n o
r a ncia . E n t a l p e rsp e c t iva , h a y u n d esf ile de v e r
d a d es cie n t í f ic as a m p u t a d a s de su contexto re al, lo
cu a l h a c e cree r a la ve z e n l a c o n t in uid a d de u n es-

I6Í CÍ., p ág. 78 [ibid., p ág. 2931.

49
cla r e cim ie n t o y e n l a p e rsist e n c i a de u n a o cult a
f
ción: lo s e sp a cios de ig n o r a n ci a no h a c e n , e n t o n
ces, m á s que d e m o r a r l a m a r ch a d e l conocimie nt o,
que no por ello d e ja de ava n z a r; se h a b l a a l a s a
z ón de u n a «visc osid a d d e l progreso». L a ve r d a d
de e sa r e p r ese n t a ción de l a h is t o r i a se e ncu e n t r a
en e l r eve rso e x acto de l a d esc rip ció n que se ha c e
de e lla : sólo se m u est r a e l p a so de lo f a lso a lo ve r
d a d e r o a co n d ició n de p r esu p o n e r lo ve rd a d e ro en
el p u n t o de p a r t id a . Se su p o n e a l comien z o, in c o n
f esa d a o incon f esa ble , u n a e d a d de oro cien t í f ica ,
en que l a t o t a lid a d de l a cie ncia se le e de d e recho
como e n t r a nsp a r e n ci a , si n que se a n e c e sa r ia l a
p a r t icip a ció n de u n t r a b a jo y u n deba t e; u n a in o
c e ncia de lo ve r d a d e r o , e f ec tua d a a t r a v é s de su
d o n a ción id e a l, t r a s lo cu a l l a h is t o r i a no es m á s
q ue c a íd a , oscu r e cim ie n t o , c r ó nic a de u n a lu c h a
v a n a . E l secre to de est a h is t o r i a es, p o r lo t a n to,
u n a r e f le x ió n p u r a m e n t e m í t ic a , que n o po r e llo
est á d e sp r o vist a de se n t id o , po r q ue e l m i t o c u m
p le u n a f unció n p r e cisa : l a de p roy ect a r en u n co
mie n z o que r e nie g a de t od a t e m p o r a lid a d , y a que
l a p r e c e d e r a d ic a lm e n t e , e l e st a d o a c t u a l de l a
cie ncia .
E n se g un d o lu g a r , l a p r ese n t a ció n esp o n t á n e a
de l a h is t o r i a d e l sa b e r es r e g r esiva , po r que con
sis t e e n r e c o nst r u ir v e r d a d e s a p a r t ir de u n e le
m e n t o ve r d a d e r o y a da do en e l p r ese n t e de l a cie n
cia y p royect a do en u n comien z o mí tico. M ás que
e x act a, e st a h is t o r i a decide se r r e f le x iva : asp ect o
im p o r t a n t e , p o r q ue l a o t r a h is t o r i a que e sc r ib e
G eorg es C a n guilh e m , c o nst r uid a so b r e l a s r u in a s
de est a , t a m b ié n se r á re flexiva', se v e r á e n t onces

Ibid.

50
q u e a p a r t i r d e l m é t o do r e cu r r e n t e p u e d e i n s t i
t u i r s e u n a r e p r e se n t a c ió n a b so lu t a m e n t e di f e
r e n t e d e l h e cho hist ó r ic o . L a r e g r esió n ll e v a d a a
cabo p o r l a h is t o n a de lo s cie n t í f icos ca e en u n a
t r a m p a p o r q ue con f und e su m ovim ie n t o con el del
a n á lisis: a l m ism o tie m po, l a r e t r osp e cción se re
duce a u n recor te, que p e r m it e e f ectuar u n a se le c
ción; en e sa s condicion es, el d esp lie g u e de l a s t eo
r í a s se lim i t a a se r u n su r g im ie n t o , cuy a p o sib ili
d a d se p r o g r a m a so b r e l a b ase de l a t e o r í a f in a l.
P a r a t e r m in a r , e st a p r e se n t a ció n e s est á t ic a ,
por que en e ll a no se a t r ib u y e p a p e l a lg un o a u n a
d u r a ció n e f ectiva: todo se ju e g a e n el p resent e i n
m e m o r ia l de l a t e oría , que si r v e a l a ve z de p un t o
de p a r t id a y de r e f er encia úl t im a . U n a ve z i n s t a
la d o el d eco r a do ( el est a d o a c t u a l de u n a t e oría)
como a p a r ie n ci a e n g a ñosa , es im p o sib l e esc a p a r
a l t e a t r o, y l a s in t r ig a s que en él se r e p r ese n t a n
so n t o d a s f in g id a s. A sí como s u co mie n z o no es
m á s que el r e sult a d o de u n a p ro y ección m í t ic a , el
tie m p o de e sa h is t o r i a n o e s sin o e l disf r a z de u n a
lógic a . P a r a t o m a r u n a de l a s im á g e n e s de C an-
g u ilh e m , l a s t e o r í a s p r e c e d e n t es so n «r e p e ticio
n es» de l a que ll e g a e n ú l t im o lu g a r , t a n t o e n el
se n t id o t e a t r a l de l a p a la b r a , e n que l a re p e tición
o el e nsa y o precede a l esp ect áculo, como en su se n
t ido co r rie n t e de r e c a p it ula ción .^^ D ado que a l co
m ie n z o y a l f in a l d e b e m os e ncon t r a r lo m ism o , e n
tre uno y otro no p a s a n a d a . L as nocion es vie n e n y
se v a n , pe ro a n a d ie se le o cu r r ir í a in t e r r o g a rse
so b r e s u i r y v e n ir : l a s c osa s só lo e x ist e n , p u e s,
p o r q u e s u n a t u r a l e z a si e m p r e h a c o n sis t id o e n

G. C a n guilh e m , «L T iomme e t l ’a n i m a l . . op. ci t ., pág,

85 [«El ho m b r e y el a n i m a l . .,», op. cit., p ág. 123],

51
 e x ist ir , y t e r m in a m os por h a b l a r de «nociones v i e
j a s como e l m u n d o » . N a d a a p a rece, n a d a nace,
no h a y m á s que «desarrollo» con tinuo de u n p asa je .
N os q ue d a m os, po r ende , con l a cie ncia p r ese n
te c o nst i t uid a , cu y a h is t o r i a no e s m á s q ue e l d e s
p li e g u e in v e r so , l a d e d ucció n e n esp e jo , r e t r o s
p e c tiva . E n e sa p e rsp e c t iv a , e s im p o sib l e h a b l a r
de l a f o r m a ción r e a l de u n a ciencia , de u n a t e orí a
(pero, p r e cisa m e n t e , se v e r á que l a s que se «for
m a n» no son, e n rigo r, l a s t e orí as): con a n t e r io r i
d a d a l a ú l t im a e t a p a t a n sólo h a y u n a p r e h ist o r i a
a r t i f ic i a l, t r a s l a cu a l q u e d a todo p o r h a c e r . E l
eje m p lo m á s ca r a c t e r ístico de est a d e f o rm a ción lo
b r in d a e l concepto de re f lejo en s u s r e la cio n es con
e l c a r t e si a n ism o (uno de los t e m a s c e n t r a les d el l i
bro ace rca d e l re f lejo). E l concepto cien t í f ico de r e
f lejo, lle g a d o a l a a dult e z , p e r m it e e la b o r a r u n a
t e o r í a d e l m o vim i e n t o in v o lu n t a r io con p r escin -
d e ncia de cu a l q u ie r psico lo g í a de l a se n sib ilid a d ;
p a rece in sc r ib i r s e con t od a n a t u r a lid a d e n u n con
t e x to de insp ir a c ió n m e c a nicist a , y n a d a e s m á s ló
gico, po r ende , que b usc a r s u s o r íg e nes en D esca r
t es. D e hecho, e n el a r t ículo 36 d e l T r a t ado de l a s
p a sio n e s, y e n el T ra t a do d e l ho m b r e , e n c o n t r a
m os la p a l a b r a o su so m b r a , y u n a o bse rva ción co
r r e s p o n d i e n t e a l o q ue d e sd e e n t o n c e s h e m o s
a p r e n d id o a d e sig n a r como u n f e nóm e no re f lejo.
A h o r a b i e n , u n e s t u d io a t e n t o de l a f isio lo g í a
c a r t e si a n a r e ve la , e n p r im e r lu g a r , que en los t e x
t os u t ili z a d os e st a m os f rent e a ot r a cosa , y no a u n
f e nó m e no r e f lejo) e n se g u n d o lu g a r , q u e e l co n
ju n t o de l a t e o r í a c a r t e si a n a (conce pción d e lo s

G. C a n g uilh e m , L a F o r m a t ion d u concep t. . . , op. cit.,

pág, 148.

52
e s p í r i t u s a n im a l e s, d e l a e s t r u c t u r a de lo s n e r
vio s, d e l p a p el d el cora z ón) h a c í a e n r e a lid a d i m
p osib le l a f o r m ula ció n d e l concep to de re f lejo. E s
t a m os, p u es, e n p r ese n cia de u n a le y end a, pero de
u n a le y e n d a t ena z , v e r d a d e r a m e n t e c o ns t i t u t iv a
y sim b ó lic a de cie r t a m a n e r a de e sc r ib ir o, m ejo r,
de r e e sc r ib ir l a h is t o r i a . E l e je m p lo m u e s t r a en
m e d id a su f icie n t e que se t r a t a de u n a h ist o r io g r a
fía, u n a h is t o r i a o rie n t a d a , a pologética, y no si e m
pr e por r a z on es que obede z can a l a cie n cia o l a t eo
ría: s i D u B ois - R eymond pone po r d e la n t e a D es
ca r t es, lo h a c e p a r a esca m o t e a r a P r o ch ask a , y si
e l pro f esor de l a U n iv e rsid a d d e B e rlin bo r r a de l a
h is t o r i a a l cien t í f ico checo, es p a r a a f ir m a r l a s u
p r e m a cí a n a c io n a list a de u n a cie ncia «fuerte» so
bre la cie n cia de u n a m in o r í a .
M ás q ue u n a c ie n ci a q ue e sc r ib e s u h is t o r i a ,
v e m os a ll í a u n cien t í f ico que r e d act a su s m e m o
r i a s, y p a r a h a c e r lo p r o y e c t a s u p r e se n t e e n u n
p asa d o im a g in a r io . P ero el eje m p lo d e l re f lejo no
sólo e s d e m ost r a t ivo : n os hace e n t r a r e n l a s ra z o
n e s de e sa d e svi a c ió n y p e r m it e d e sc r ib ir s u for
m a e x act a, p u est o que e l concepto de re f lejo, u n a
ve z «f ormado», p arece t e n e r po r der echo pro pio su
lu g a r e n u n a t eorí a m e c a n icist a . H a b r á que ve r ,
con todo, s i ese lu g a r se im p on e de m a n e r a a bso lu
t a y e s e x cluy e n t e de otro, a un q u e la hist o r i a , t a l y
como el cien tí f ico l a r e const ruy e , t r a sl a d a e l con
cepto a l cont e x to d e ot r a t eoría, a r m o n iosa con l a
p rim e r a . L a t r a y ec t o ria de e sa h is t o r i a f ic t icia se
t ra z a, p u es, e nt r e d os t e o r í as, e in c luso e n t r e dos
f o r m as d e im a m ism a t eoría . E l concepto sólo p a r
t icip a como m e d i a ció n , p a n t a ll a p a r a e sa o p e r a
ción de sus t i t u c ió n ; y, de hecho, se a dvie r t e que se
lo o lv i d a como t a l, a l e x t r e m o de r e co n o c é rse lo

53
d ond e no est á. P or o t r a p a r t e, e st a hist o r io g r a f í a
no e s u n p ur o f a n t asm a , u n sim p l e f e nóm e no de
p roy ección; se a p oy a so b r e d a t os r e a les, q ue u t i
li z a o e x plo t a como pre t e x t os: se re f ie re so b r e to
do a cie r t os p ro t ocolos de o bse rv a ció n c o nsid e r a
d os «su f icie n t es»; l a p r ese n cia de u n m ism o f enó
m eno p a rece b a st a r p a r a con f ir m a r la p e r m a n e n
ci a d e l concepto (por eje mplo: e l re f lejo p a lp e b r a l
f igur a , a l p a re ce r, e n l a s o bse rv a cio n es r e p r o d u
c id a s po r D esca r t es; a l m e n os, lo que m á s a d e la n
t e se id e n t i f icó como re f lejo p a lp e b r a l es e f ectiva
m e n t e o bse rv a d o y d e sc r ip t o p o r él). E n c o nse
cue ncia , el m e c a n ism o de l a d e f orm ación e s e l s i
g uie n t e : se t o m a n lo s f e nóm e nos p o r conce p t os y
lo s concep tos p o r t eorías; en u n comien z o, h a y u n a
c o n f usió n o r g a n i z a d a de lo s n iv e l e s, cu a nd o u n a
ve r d a d e r a r e p r ese n t a ción de l a h is t o r i a , que p r e
se rv e s u h is t o r ic id a d r e al, t ie n e que d is t in g u i r r i
g u r osa m e n t e lo que se r e la cio n a con l a o bse r v a
c ió n de lo s f e n ó m e n os, co n l a e x p e r im e n t a ció n ,
con e l concepto y con l a t eoría.
L a d is t in c ió n ent re el concepto y l a t eoría co n t i
n ú a sie n d o lo m á s di f ícil de log ra r, p o r q ue e n a p a
r i e n c i a no r e m it e a o p e ra ciones se p a r a d as. P or el
m o m e n t o , e n t o nc es, t a n sólo p u e d e n p r o p on e rse
d e t e r m in a cio n es a p r o x im a d as, que se r á m e n est e r
p r e cisa r . U n concepto e s u n a p a la b r a m á s su de f i
n ic ió n ; e l concep to t ie n e u n a h is t o r i a ; e n u n m o
m e n t o de e lla , se dice que est á f ormado, a sa b e r:
cua nd o p e r m it e est a ble c e r u n protocolo de o bse r
v a c ió n — « E n 1850, el concepto de re f lejo e st á i n s
crip to en lo s lib r o s y e n e l la bo r a t o rio , b ajo l a for
m a d e a p a r a t os de e x p lo r a ció n y d e m o st r a c ió n
m o n t a d os por él y que si n é l no h u b i e se n e x istid o .
E l re f lejo d e ja de se r sólo concepto p a r a conve r tir -

54
se e n percepto»— y cu a nd o in g r e sa a l a p r á c tic a
de u n a socie d a d; a l m ism o tie m p o que a p ar ece el
m a r t illo que r e v e la el re f lejo r o t ulia n o , l a p a la b r a
p a sa a l a le n g u a co r rien t e; la d i f usió n d e l concepto
coincid e con s u vulg a r i z a ció n , y e n ese m om e n t o
comie n z a o t r a p a r t e de s u h is t o r i a , que no es t a n to
l a de s u d e f orm ación como la de co nst a t a ción de su
in a d a p t a ció n cre cien t e a lo que se le q uie r e h a c e r
d ecir : es el in icio de s u r e visió n (la in v e r s a de l a
f or mación). U n a t eorí a c o nsist e e n l a e la b o r a ció n
g e n e r a l de a q uello que por a ho r a n os con f orm a re
m os con ll a m a r «a plica ciones» d e l concepto. M ien
t r a s que e l c a m in o de l a h is t o r i a r e a l v a d e l co n
cepto a l f enóm eno a t r a vés de d os m e d ia cio n es í n
t im a m e n t e so lid a r i a s: e x p e rim en t a ción y t eoría, l a
h is t o r i a v is t a de m a n e r a esp o n t á n e a po r lo s cie n
t í f icos se f u n d a en u n a conce pción je r á r q u ic a de
lo s nive les, de l a o bse rva ción a l a t eoría, que au t o
ri z a a l a ve z o p e r a ciones de sus t i t u c ió n ( f enómeno
= concepto = t e oría) y u n a concepción de l a h is t o
r i a como e nc a d e n a mie n t o de l a s t e orí as: p a r t im os
de e ll a s y e n e ll a s n o s q ue d a m os, lig a d a s u n a s a
o t r a s p o r q u e c o ns t i t u y e n , e n a p a r ie n ci a , e l e le
m ent o m á s co nsu m a d o de l a p r á c tic a cien t í f ica , el
que o f rece u n a in d isc u t ib l e c o nsis t e n c i a y con el
cu a l, por co nsig uie n t e , p o d e m os cont ar. P roceder
id e a lis t a típico.
L a id e a de u n e n c a d e n a m ie n t o im p lic a l a d e
p e n d e n cia con r esp ec t o a u n a lógica , d a d a po r l a
ú l t im a t e o r í a e n cua n t o se l a p r ese n t a como l a r a
z ón de t o d as l a s o t r as, l a que l a s e x plic a . A ho r a
bie n , G eorg es C a n g uilh e m sus t i t u y e el encadena -

G. C a n g uilh e m , L a F o r m a t io n d u concept. ., op. cit.,

pág. 161,

55
m ie n t o de l a s t e o rías por l a f ili a c ió n de lo s concep
tos: d e a ll í l a e x c lusió n de todo c r i t e r io in t e r n o ,
d a do p o r u n a t e o r í a cie n t í f ic a y, p o r lo t a n t o, s u
p u e st o p o r e lla . L a m e t a de C a n g u ilh e m e s a t r i
b u i r todo su v a lo r a l a id e a de u n a h is t o r i a de l a s
cie n cias, q ue p rocure id e n t i f ic a r , d e t r ás de l a cie n
ci a que o cult a s u h is t o r i a , l a h is t o r i a r e a l que l a
go bie rn a y l a co nst it uy e . Se t r a t a , p u e s, de p r ose
g u i r l a h is t o r i a e n e l e x t erior d e l a cie ncia m ism a ,
lo cu a l e s u n a m a n e r a de d e cir q ue e sa h is t o r i a es,
de hecho, el p aso de u n «no s e sa be» a u n «se sabe».
Se d i r á a d e m á s q ue es e l esf ue r z o p o r p e n sa r l a
cie ncia e n su cue rp o re al, el concepto, m á s que en
s u le g a lid a d id e a l, c o nst i t uid a por l a t e o ría e n su
f or m a co nsum a d a . P roceder p r o pia m e n t e d i a lé c t i
co y m a t e r i a list a .

N acimien to y f ormación de los conceptos

A n t es de e la b o r a rla de m a n e r a m á s p r e cisa , l a
o r ie n t a ció n que sost e n e m os de a q uí e n m á s i n d u
ce a c o nsid e r a r l a h is t o r i a como u n a su c e sió n de
a co n t e cim ie n t os r e a les, y no como e l d e se n v o lv i
m ie n t o d e in t r ig a s f ic t ic ia s o como u n a d ise m in a
ció n de a ccid en t es. E n conse cue ncia , e l método de
in v e st ig a c ió n se r á n e c esa r ia m e n t e e m p írico y cr í
tico; d e b e e st a r a bie r t o a t od a p o sib ili d a d de i n
f o r m a cio n es, t a n t o m á s cu a n t o q ue e st á e n p r e
se n c i a de u n m a t e r i a l e se n cia lm e n t e disf r a z a do.
D e t a l modo, l a f o r m a ción d e u n concep to como el
de re f lejo d ebe se r d esc rip t a a t r a v és de u n a se rie
d e e t a p as o r ig in a l e s, esp e cí f ic as, cu y a e n u m e r a
ció n se i n s p i r a m á s e n u n a ló g ic a d e l a bio lo g í a

56
q ue e n u n a lo g ic a f o r m a l o f ilosó f ic a . C a d a con
cepto tie n e , po r lo t anto, s u h is t o r i a p ro pia , e n l a
cu a l sie m p r e se r e gist r a n , emp ero, d os m om e n t os
e se n cia les: e l de su n a cim ie n t o y a q uel e n que a c
cede a s u c o n sis t e m i a c a r a c t e r íst ic a (y a no se h a
b la d e cohe r e ncia , po r que t odos lo s est a d os de u n
concep to t ie n e n , po r d e recho propio, s u cohe r e ncia
co r r esp ondie n t e); se dice e n t onces que e l concepto
est á «f ormado»; e n el caso d e l concepto de re flejo,
se p ue d e e st im a r que l a se g un d a e t a p a se cu m p lió
e n 1800, cua nd o r ecibió su d e f inició n ca b al, e n l a
cu a l pue d e e ncon t r a rse , como s i se o r g a ni z a r a e n
est r a t i f ic a cio n es, t od a l a h is t o r i a que lo se p a r a de
s u n a cim ie n t o .

1. E l t e m a d e l n a cim ie n t o r e m it e a u n a doble
e x ig e n cia m e to doló gica : lo s conce p tos no so n d a
d os p a r a t o d a l a e t e r n id a d , y l a c u e s t ió n de su
a p a r ic ió n p r ece d e po r d e r e cho p r o pio a l a d e su
p r e f igu r a ció n y, po r lo t ant o, l a in v a lid a . A l nacer,
u n modo de p e nsa r cien t í f ico a p a rece con in d e p e n
d e ncia de t o d a e la b o r a ción t eórica: l a t e o ría p u e
de c o in cid ir o co e x ist ir con e l concepto, pero no lo
d e t e r m in a . A sí t a m b ié n , p a r a a p a r e ce r , u n con
cepto no e x ig e u n t elón de f ondo t eórico p re de t er
m in a d o', ocurr e , p o r eje m p lo , q ue e l concep to de
re f lejo no t ie n e o rig e n e n el cont e x to m e c a n icist a
a l que se creyó p od e r t r a nsp o n e rlo r e t r osp e c t iv a
m e n t e , sin o que su r g e , con l a ob ra de W illis, e n el
con t e x t o d e u n a d o c t r in a d e i n s p i r a c i ó n d in a -
m is t a y v i t a lis t a , e n r e la ció n con l a cu a l se p r ese n
t a como u n a a n o m a lí a . E n e se se n t id o , e l n a c i
m ie n t o d e u n concep to e s u n a bso lu t o comien z o:
l a s t e o rías, que so n como su «conciencia», sólo vie
n e n d e sp u és, y v a r i a s e x c r e c e ncias t e ó r ic as pue -

57
d e n in j e r t a r se en u n m ism o concepto. L a in d i f e
r e n cia del concep to n a cie n t e resp ect o d el cont e x to
t e ó rico de ese n a cim ie n t o (como esc r ib e C a nguil -
h e m e n su in t r o d u c ció n a l a P h ysio lo g ie de K ay -
se r , p á gs. 18-20 [op. cit., pág. 249]; «los p r o ble m as
m ism o s (. . .) n o se o r ig in a n n e c esa r ia m e n t e e n el
t e r r e no e n que e n cu e n t r a n s u so lució n») es p a r a
a q u e l l a p r o m esa de u n a ve r d a d e r a h is t o r i a , que
t ie n e po r co ndición l a p o liv a l e n c i a t eórica. L os de
s a r r o ll o s u l t e r io r e s d e l concep t o c o e x is t i r á n e n
p a r t e en s u p aso de u n cont e x to t eórico a otro.
H a y q ue d e sc r ib ir con m a y o r p r e cisió n e l con
cepto e n s u n a cim ie n t o y l a s co n d icio n es de est e
úl t im o . E l concepto, lo h e m os dicho, comie n z a po r
no se r o t r a cosa que u n a p a la b r a y su d e f inición.
L a d e f in ic ió n es lo q ue p e r m i t e identi f ica rlo - , lo
esp e ci f ic a e nt r e lo s concep tos y e n su ca r á c t e r de
t a l. D ent ro de l a su c e sió n de n iv e l e s a l a que y a
n o s h e m o s r e f e rid o , t ie n e , p o r c o nsig u ie n t e , u n
v a lo r d isc r im in a t o r io ; « N o se pue d e c o n sid e r a r
e q uiv a le n t e de u n a noción n i a u n a t e o ría g e n e r a l
com o lo e s l a e x p lic a c ió n c a r t e si a n a d e l m o v i
m ie n t o in v o lu n t a r io n i, con m a yo r ra z ón, a u n re
co rd a t o rio de o bse rv a cio n es que e n m u ch os c a sos
se r e m o n t a n m á s a ll á de n u est r o autor»;^^ l a con
ce pción ci e n t i f ic is t a de l a h is t o r i a , p o r el con t r a
rio, e n modo a lgun o t ie n e e n cu e n t a los r a sg os d is
t in t iv o s de l a noción, o concepto, po r que con f und e
t e o ría y obse rva ción. A l m ism o tie m po que d is t i n
gue l a f un ció n que l e es pro pia, l a d e f inició n e lev a
e l concepto po r e ncim a de s u r e a lid a d in m e d ia t a ,
a l do t a r de u n nu e vo v a lo r a l sopor t e t e rminológi -

G. C a n g uilh e m , L a F o r m a t io n d u conce p t .. op. d t . ,

p á g . 41.

58
co que lo co nst it u y e en u n inicio ; de l a p a la b r a h a
ce u n a noción. H a y que p a r tir , si n dud a , del so p o r
t e t e r minoló gico, se g ú n escrib e C a n g uilh e m en s u
a r t ículo sob r e «p a tología y f isio lo g í a de l a tir oid es»
( p ág. 80 [op. ci t ., p ág . 2 9 5]): « E s cie r t o , l a s p a
l a b r a s n o so n lo s conce p t os que e ll a s v e hicula r!,
y l o s cono cim ie n t os sobre l a s f un cio n es de l a t i r o i
d es no a u m e n t a n cu a nd o se r est it uy e , e n u n a e ti
m olo g í a correct a , e l se n t id o de u n a co m p a r a ción
de m o r f ologist a . P ero no e s indi f e r e n t e p a r a l a h i s
t o r ia de l a f isio lo g í a sa b e r que, e n 1905, cu a n d o
S t a r lin g p r o p uso por p r im e r a ve z el t é r m in o “h o r
m o n a ” a su g e r e n ci a de W. H a rd y, lo hi z o lue go de
c o nsul t a r a u n colega, W. V ese y, f ilólogo de C a m
bridge». E m p e ro, t ampoco cabe d e t e n e rse a llí; co
mo dic e e l p r o pio C a n g u ilh e m e n u n o de s u s a r
t ícu lo s so b r e B a ch ela r d [«La h is t o r i a de l a s cie n
cias. ..», op. cit., pág. 187], «un a m ism a p a la b r a no
es u n m ism o concepto. E s p r e ciso r e c o n s t i t u ir l a
s í n t e sis e n l a cu a l e st á inse r t a d o e l concep to, es
d ecir, r e c o nst r u ir a l a ve z el cont e x to conce p tual y
l a in t e n ció n dir e c t ri z de l a s e x p e rie ncias u obse r
va cio n es». D eve la r l a a p a r ició n de u n a n oción es,
por end e, r e d ucir l a cie ncia a s u m a t e r ia p r im a i n
m e dia t a , e x t r a íd a d el le ngu a je , pero si n p e rd e r de
v is t a l a s co ndicio n es p r á c t ic as de s u ela bo r a ción,
p u e s so n e ll a s l a s q ue p e r m it e n sa b e r s i se t r a t a o
n o de sim p l e s p a l a b r a s. A sí p o d r á r e c o nst i t u irse
l a in v e n c ió n del concepto, con a poyo e n s u s in s t r u
m e n t os r e a les; y se t r a t a de algo m u y d ist in t o de
u n a psicolog í a in t e le c t u a l. E so s ins t r u m e n t o s so n
de d os c l a s e s, y d e b e r á e s t u d i á r s e lo s a p a r t e ; el
le n g u a je y el campo pr áctico.
E n p r im e r lu g a r , el ca m p o p r á c tico: in t e rvie n e
e n e l p la n o de l a e x p e rim e n t a ción, e n r e la ció n con

59
e l p a p e l e f ec tiva m e n t e mo t o r cu m p lid o por t écni
c a s q ue co r r esp o n d e n a ci e n ci a s d i f e r e n t es de la
que est á sob r e e l t ape t e; e n el inicio , ese p a p e l e s
d e t e r m in a n t e . A u n e n el m om e n t o de l a o bse rv a
ción, l a cie n ci a sólo se c o nst i t u y e s i l a m o vili z a n
e x ig e n cias que e ll a e s inc a p a z de e ncon t r a r e n sí
m ism a y que p on e n de m a ni f iest o s u s f e nóm e nos
c r ucia le s: e n l a h is t o r i a de l a f isiolo g í a , ese p a p el
lo ju e g a l a clínic a , por in t e r m e d io de l a p a t ología.
E l c aso de l a s f un cio n es de l a t ir o id e s e s p a r t icu
la r m e n t e d e m ost r a t ivo de ese tip o de in t e r f e r e n
cias: « E n ese á m bit o, l a f isio lo g í a f ue t r ib u t a r i a de
l a p a t olo g í a y l a c lí n ic a e n cu a n t o a l a sig n i f ic a
ción de s u s p r im e r a s in v e st ig a c io n e s e x p e rim e n
t a l e s, y l a c lí n ic a f ue t r ib u t a r i a de a d q u isic io n e s
t e ó r ic as o t é c n ic a s de o r ig e n e x t r a m é d i c o » . E l
e st u d io de e sos e ncu e n t r os es c a pit a l: s i su d e t a lle
p a r e ce r e sp o n d e r , l a m a y o r í a de l a s v e c e s, a l a
a nécdo t a , se t r a t a de u n a a nécdo t a d e t e rmin an t e ,
ilu s t r a d a , p o r q ue p e r m it e m e d ir l a a m p li t u d de
u n ca m p o cien t í f ico, que d e p end e de s u c a r á c t e r
m u l t id im e n sio n a l. E st e est u d io t ie n e u n doble a l
cance: l a d ist a n c i a puede a p r e cia rse como u n o bs
t á culo , p u e s se r á h a r t o di f ícil que a l o la r go de e lla
d os l í n e a s p u e d a n c o n f luir ; pero l a p r o f un d id a d
d e l c a m p o a n u n c i a t a m b ié n u n a f e cu n d id a d , y a
que p o sib ili t a r á que m á s lí n e a s se cruc e n e n él. Se
v e r á q ue e sa d ist a n cia , e n cua n t o u n e y e n cu a n t o
se p a r a , p e r m it e e x p lic a r c a si t o d os lo s a con t e ci
m ie n t os de u n a h is t o r i a cie n t í f ic a , que d e ja n de
se r e n t o n c es a z a r es oscu r o s p a r a c o nv e r t ir se en
h e chos in t e lig ib l e s.

^ G. C a n g uilh e m , «P a thologie e t p h ysio lo g ie de l a t h y r o ï

d e . op. ci t ., p à gs. 78-9 [«P atología y f isio lo g ia de l a t ir o i
d es. ..», op. cii. , p àg. 292],

60
 L a t e r m in olo g í a e s m á s que xm m e dio e n l a gé
n e sis de u n p e nsa m ie n t o cientí f ico; es l a condición
de su m ovim ie n t o . D e t r ás d e l concepto, l a p a la b r a
g a r a n t i z a lo s t r a sp a so s d el se n tid o . L a p r ese n cia
c o n t in u a de l a m ism a p a la b r a p e r m it e el p aso de
u n concep to de u n á m bit o a otro; de u n á m bit o no
cie n t í f ico a u n á m b it o cie n t í f ico, po r eje m p lo: el
concep to de «um b r al», e n u n a psicolog í a cien tí f ica ,
se im p o r t a de la t e orí a f ilosó f ica de l a s p e q u e ñ as
p e rce p cion es; el concep to de «tono», e n l a f isio lo
gía , p r ovie n e de l a t e o r í a est oic a d e l p n e um a . P ero
el t r a sp a so pue de t a m b ié n d a rse de u n a cie ncia a
ot ra: e l concep to de «in t e nsid a d», que d e sp u és de
L e ib ni z e nco n t r a m os e n l a t e n t a t iv a de im a ma -
t h e sis in t e nso r u m , se d espla z ó d e l t e r r e no de la d i
n à m ic a a l de l a óp tica. P or o t r a p ar t e , l a p a l a b r a
m is m a p u e d e c a m b i a r a l a ve z q ue d e sp la z a el
concepto, y ese t r a b a jo del l e n g u a je sob r e s í m is
mo precede acaso de h e cho — y a yud a , a b u e n se
guro— a l a m u t a ció n del se n t id o ; u n a p éndice de
E l co n o cim ie n t o de l a v id a q ue d e sc r ib e a sí , s i n
a b a n d o n a r el n iv e l d e l vo c a b ula r io , e l p aso de l a
t e o r í a f ib r il a r a l a t e o r í a c e lu l a r , concluy e : « V e
m os, e n r e su m e n , de qué m a n e r a u n a in t e r p r e t a
ció n c o n j e t u r a l d e l asp e c t o e st r i a d o de l a f ib r a
m usc u l a r lle vó a lo s p a r t id a r ios de l a t e orí a f ib r i
l a r , poco a poco, a u t ili z a r u n a t e r m in o lo g í a t a l
que l a su s t i t u c ió n de u n a u n id a d mor f ológica por
ot r a, s i b ie n e x ig ía u n a v e r d a d e r a co nv e rsió n in t e
le c t u a l, se v e í a f a cilit a d a p o r el h e cho de que e n
con t r a b a e n g r a n p a r t e pr e p a ra do su vo c a b ula r io
de e x p osición: v e sícu l a , célula».^® E st a p la st icid a d

G. C a n g u ilh e m , L a C o n n a issa n c e de l a vie , op. ci t .,

a p éndice I, pág. 215.

61
de l a s p a la b r a s, su f a cult a d c a si «espon t áne a» de
m o v e rse p a r a d a r c a b id a a l n u e vo concep to, t i e
n e n s i n d u d a su r a z ón e se n cia l e n l a im a g e n que el
concep to só lo o cult a e n s í p a r a e x p on e rla e n lo s
m o m e n t os c r ucia le s de l a h is t o r i a de l a s id e as. E l
e st u d io de l a s v a r i a cio n e s t e r m in o ló g ic as co n du
ce, p u e s, a u n a m e d i t a ció n sob r e l a f un ció n de l a
im a g in a c ió n . E s t a f u n c ió n e s a m b ig u a : cu e r p o
p r e p a r a d o p a r a t o d a a n t icip a ció n , l a im a g e n se
of rece a l a ve z como u n o bst á culo y u n a guí a . E l
o bst á culo : d a m os a q uí con t odos lo s t e m a s bache -
l a r d i a n o s d e l r e t o m o a l a m it olo g í a ; l a f icción r e
cu r r e n t e e s t a m bié n u n a r e g r esió n t eórica. P or eso
p u e d e d e cir se q ue h a y im á g e n e s v i e j a s como el
m un d o , lo c u a l es just a m e n t e im p osib le en lo que
a t a ñe a lo s concep tos: l a p e n die n t e de l a e nso ñ a
ción ll e v a sie m p r e a l m ism o pun t o, donde l a h is t o
r i a se h a d e t enido. E l c a p í t ulo sob r e e l « a lm a íg
ne a» de L a f o r m a ción d e l concepto de re flejo m u e s
t r a lo que pue d e se r ese d esf ile de f ig u r a s p r e cie n
t í f ic as, que p r olo ng a u n a n oción por d e b ajo de su s
p o sib ilid a d e s r e a les: como s i l a im a g in a c ió n h u
b ie se id o d e m asia d o le jos en su e x plo r ación, se r e
f u gia e n t onces e n u n a im a g e n f a m ili a r y sie m p r e
t e n t a do r a . S in e mb a rgo, est o no debe h a c e r o lv i
d a r e l p od e r de p r osp e cción que p ose e n si m u l t á
n e a m e n t e l a s im á g e n es. W illis f orja l a n o ción de
r e f lejo e n e l m a rco de u n a d o c t r in a que e n g r a n
p a r t e e s f a n t ást ic a . L a inv e n c ió n su p o n e l a v o lu n
t a d de i r h a s t a e l f in de n u e s t r a s p r o p ias im á g e
n es, se g u ir lo m á s le jos p osible l a ló gic a de su su e
ño: p o r q ue p i e n sa ín t e g r a m e n t e l a v id a como lu z ,
W illis pue d e r e cu r r ir , p a r a d e sc r ib ir e l m o vim i e n
to, a l a s le y es ó p t ic as de l a re fle xión, y ll e v a a cabo
e n t r e d os á m b i t o s l a u n ió n q ue D esc a r t es, pre -

62
cisa m e n t e , h a b í a o m i t id o . F ig u r a r y a no es, p o r
lo t a n t o, ilu sio n a r se o d e sc a nsa r e n l a vu e l t a a los
t e m a s m í t ic os de u n a r e f le x ión blo q ue a d a e n im á
g e n es: l a i m a g e n e ncub r e u n a d in á m ic a p r o pia
— u n «esq ue m a tism o», d ir í a m os en e l le n g u a je de
K a n t— , e n v i r t u d de l a cu a l y a no es sólo u n a evo
ca ción, v is t a d esd e le jos como u n pue r t o de a m a
r r e , sin o q ue r e a c t iv a e l m o vim i e n t o de l a r e f le
x ión. P ero est e m ovim ie n t o t a m b ié n pue d e sob r e
p a sa r su m e t a , dejcu: a t r á s e l concep to m ism o , a l
p r e f e rir l a so m b r a q ue pr oyect a po r d e la n t e e n el
i m p u ls o de u n a d i f usió n g a lo p a n t e , como lo d e
m u e s t r a l a h is t o r i a t a r d í a d el concepto d e re flejo,
su vulg a r i z a ció n , q ue t e r m in a po r no r e t e n e r y a
sin o l a im a g e n , de l a que h a c e u n a a bst r a cción. Y a
cu m p la l a f unció n de u n o bst á culo o l a de u n a e s t i
m ula ció n , l a im a g e n se h a conve r tid o en e l corre
la t o y l a condición de u n a d e f inición.
Se log r a , así, pone r de r e lie v e u n a ló gic a sin g u
l a r y p a r t icula r m e n t e p r eca ria , que es l a de l a s p a
la b r a s. E m p e ro, no se t r a t a a q uí de p o n e rla e n v a
lo r s i n r e se r v a s, h a c e r de l a v i d a d e l le n g u a je el
f un d a m e n t o de l a inv e n ció n , p u est o que l a h is t o
r i a de l a s cie n cias no es sólo l a h is t o r i a de l a s f un
d a c io n e s e x i t o sa s. E n l a p e q u e ñ a e sc a l a de lo s
d e scu b r im ie n t os sin g u l a r e s, l a r a z ón de su s in n o
v a c io n e s n o su e l e se r ot r a cosa que u n a a p r o x im a
ció n in e sp e r a d a o u n a cu r iosa e leva ción. V o lve r a
l a s co ndicio n es r e a les que no sie m p r e e m b elle ce n
el m om e n t o de l a inv e n ció n es r e p r ese n t a rse u n a
su c e sió n n e c e sa r i a , a f a l t a de se r , p r o p ia m e n t e
h a b la n d o , r ig u r osa . L a e le v a ció n pue d e r e su l t a r
d esa f o r tun a d a , y a ve n t u r a d a l a a p ro x im a ción; p e
ro e s t a s m is m a s d i f icu l t a d e s so n «esti m u la n t e s»

63
 de l a in v e n c ió n , y l a h is t o r i a , a un q u e f a llid a , no
d e ja por eso de e st a r m á s d e t e r m in a d a y se r, a su
m a n e r a , m á s r a cion a l. C omo dice C a n g uilh e m en
s u in t r o d ucció n a l a P h ysio lo gie de K a yse r ( p ágs.
18- 20 [op. cit., pág. 247]), «sólo a ese precio p u e d e n
e ncu a d r a rse de acue rdo con su ju s t o v a lo r de si g
ni f ic a ció n lo s a ccid e n t es que im p id e n a cu a l q uie r
in v e st ig a c ió n u n d esa r r o llo se r e no, lo s c a lle jo n e s
s i n s a li d a de l a e x plo r ación, l a s c r isis de lo s m é t o
d os, lo s de f ectos t é cn ic os — a ve c es, a f o r t un a d a
m e n t e co nve r t id os e n v í a s de acceso— , lo s n u e vos
p u n t os de p a r t id a no p r e m e dit a dos». Lo f or tuito,
jus t a m e n t e por que sie m p r e s e r e si t ú a e n e l ca mpo
t o t a l de s u a p a r ició n , r e cib e t o d a s u f u n ció n de
r e a lid a d : «si e n cier to se n t id o todo suc e d e a l a z ar,
o se a , s i n p r e m e di t a ció n , n a d a p a sa po r c a su a li
dad, est o es, g r a tuit a m e n t e».^^ E l a con t e cimie n t o
se id e n t i f ic a , e n el se n t id o m u y f ue r t e q ue l a poe
sí a dio a ve c es a e st a p a la b r a , como u n encuent ro:
est o e s lo que, p a r a d ójic a m e n t e — pero no p a r a el
h is t o r i a d o r — , e lim in a s u s in c e r t id u m b r e s. H a y
e n c u e n t r o s que se h u b i e r a n p r o d ucid o d e t o d os
m odos, q ue se p ro duce n e n v a r io s lu g a r e s a l a ve z ,
y h a y c a d e n a s de e ncu e n t r os. A sí, el t ie m p o d e l
d e scu b r im ie n t o q ue d a siíw a d o con e x actitud. C on
t r a l a i l u si ó n de u n a v isc o sid a d d e l p r o g r eso , l a
h is t o r i a m a r ch a e n t onces a su rit m o r e al. E so e s lo
que l e g i t im a l a d e cisió n d e e st a r a t en to a la o p a ci
d a d y no a l a t r a nsp a r e n cia , f un d a d a e n e l su p u e s
to de u n a ló gic a a u t ón o m a d e l a r a cio n a lid a d cie n
tí f ica. A l a d e cisió n de escla r ece r lo f or tuito a l a lu z

G. C a n g uilh e m , «P a thologie e t p h ysio lo g ie de la t h y r o ï

de. ..», op. cit ., p ág. 85 [«P atología y f isio lo g í a de l a t i r o i
d es. . op. cit., pág. 301].

64
d e u n a n e c e sid a d c i r c u n s t a n c i a l r esp o n d e l a i n
q uie t u d de p one r e n e vid e n ci a que lo s conce p t os,
e n ve z de se r d e d ucid os, so n p r o d ucid os. L a lín e a
d e l d esa r r o llo se q uie b r a p u e s y a no co r r esp ond e a
u n a c o n t in u id a d ló gic a , pe ro so b r e e ll a p o d e m os
co m e n z a r a se ñ a l a r l a s «épocas d el saber».
E s t a p u e st a e n e vid e n cia de los c a r a c t e r es p r o
p ios de u n a f orm ación se b asa , en ese ncia , en u n a
p r o b le m á t ic a d e l orig en: e l o rig e n es lo que esp e ci
f ica d esd e el in ic io u n concepto, lo in d iv id u a li z a al
n ace r, con p r escin d e n cia de cu a l q uie r r e la ción con
u n a t e o r í a . S e p r e se n t a como u n a e le cció n q ue
pone e n m a r ch a , a u n cu a n d o si n p r e f igu r a r la , l a
h is t o r i a si n g u l a r d e l concep to. N o es, po r c o n si
guie n t e , u n comien z o n eu t r o, u n gr ado cero de la
p r á c t ic a cie n t í f ic a . U n cu rso in é d i t o de G eorges
C a n g u ilh e m so b r e lo s o r íg e n es de l a p sic o lo g í a
cie n t í f ic a (19 6 0 - 19 61) se a p o y a e n l a d ist in c ió n ,
e tim oló gic a m e n t e est a ble cid a , e n t r e lo s concep tos
d e comien z o y orig en: origo, de o rio r, sig n i f ic a «sa
l i r de»; cum - ini t ia r e , d e l b a jo la t ín , sig n i f ic a algo
m u y d ist in t o : «e n t r a r a», « a b rir u n c a mino». S e
g ú n C a n guilh e m , «d escub rim os los o r íg e nes cu a n
do d e ja m os de p r e o cu p a r n os po r lo s comien z os».
L a c u e s t ió n c o nsist e , e n t o nc es, e n que e sos con
c e p t os no p r o p o n e n d os in t e r p r e t a c io n e s de u n
m ism o m o m e n t o , sin o d os m o m e n t os h is t ó r ic a
m en t e di f e r en t es: l a psicolo g í a cie n t í f ic a comien z a
e n e l sig lo X I X , pero t ie n e su s or ígenes e n L ocke y
L eibni z . D e t a l modo, la a p r e h e nsió n d el comien z o
y la d e l o rig e n r e m i t e n a d os m o m e n t os de cari z
e x a c t a m e n t e inv e rso : p a r t im os d e l comien z o, pero
n os r e m on t a m os a l orig en. E st e úl t im o m o vim i e n
to de r e m o n t e c a r a c t e ri z a a l a h is t o r i a r e cu r r e n
t e t r a d ic io n a l, l a h is t o r i a r e t r osp e c t iv a y apolo -

65
gé tica , que se p r e se n t a como u n a d e t e r m in a ció n
r e f le x iva de lo s or íg e nes, se g ú n l a p a r a d oja p ro pia
d e u n a a r q u e olo g í a r e cu r r e n t e . A ñ n d e q ue ese
r e t o rno t e ng a a lg ú n se n t id o e s m e n est e r que n o se
lim i t e a l a p u e st a e n e vid e n ci a de u n a id e n t id a d
(in t e r p r e t o e l conce p to de r e f lejo e n u n cont e x to
m e c a n icist a , y s i n d u d a e s e n ese m ism o cont e x to,
p o r lo d e m ás, dond e a p a rece) y d ese mbo que, a n t es
bie n, e n l a r e ve la ció n de u n a esp e ci f icid a d . Se t r a
t a, po r conduc to de u n re co r rid o en se n t id o in v e r
so d e l m o vim ie n t o de l a h is t o r i a , d e reconoce r el
ve r d a d e r o sig ni f ic a d o de u n a noción, lo cu a l su p o
n e r e si t u a r l a , no en u n m e ro cont e x to t eórico r e
t r osp e c t ivo , sin o e n s u p r o b l e m á t ic a r e a l: « L os
p r o b le m as e x ig e n l a r e f le x ión e n el p r ese n t e . Si l a
r e f le x ión conduce a u n a r e g r esión , e st a le e s n e c e
sa r i a m e n t e r e l a t iv a . A sí, e l o rig e n h is t ó r ic o i m
p o r t a m e n os, a d e cir ve r d a d , que e l o rig e n r e f le x i
vo».^® E n co nse cu e ncia , r e m o n t a rse h a s t a e l o r i
g e n d e l conce p to e s e x p on e r l a p e r m a n e n c i a d e
u n a c u e st ió n y escla r e c e r s u se n t id o a c t u a l. P or
eje m plo , l a b úsq u e d a de lo s o r íg e nes d e l concepto
de no r m a , t a l como l a e m p r e nd e C a n g uilh e m a l fi
n a l de su lib r o L o n o r m a l y lo p a t ológico, im p lic a
m ost r a r cómo ava n z ó l a id e a de u n a f isio lo g í a a
p a r t i r de u n a p a t olo g í a y a t r a v és de l a s n e c e si
d a d e s c l í n ic a s. S e d e t e r m in a n p u e s, a l m ism o
tiem po, e l se n t id o y el v a lo r de u n a d isc i p lin a , que
d e f in e n su n a tur a le z a .
E st e p roce d er p e r m it e p r e cisa r con m a y o r d e
t a ll e lo que d is t in g u e a l concep to d e l a t eorí a: l a
p r e se n ci a c o n t in u a d a d e l concepto, e n t od a l a lí -

G. C a n g uilh e m , E ss a i su r q ue lq u es p r oblèm es. . ., op.

cit., pág. 29.

66
n e a d ia c r ò n ic a que c o nst it u y e s u h is t o r i a , a t e st i
g u a l a p e r m a n e ncia de u n m ism o p roble m a . D e fi
n i r e l concepto es f o r m u l a r u n p roblem a', e l se ñ a
l a m ie n t o de u n o r ig e n e s t a m b ié n l a id e n t i f ic a
ció n d e u n p r o ble m a . L o im p o r t a n t e , e n c o nse
cu e n cia , e s reconoce r, a t r a v é s de l a su c e sió n de
l a s t e o r í as, «la p e r sis t e n c i a d e l p r o ble m a d e n t r o
de u n a so lu ció n q ue se cree h a b e r le dado».^® D e
e st a m a n e r a , h a c e r h in c a p ié e n e l concep to p a r a
e sc r ib ir l a h is t o r i a de u n a cie n cia , y p r o p on e rse
d is t in g u i r s u lí n e a p a r t icula r , e s n e g a rse a c o nsi
d e r a r e l in ic io de e sa h is t o r i a , y ca d a u n a de su s
e t a p as, como g e r m e n de ve r d a d , elemento de t eo
r í a , ú n ic a m e n t e p e r c e p t ible a p a r t i r d e l a s n o r
m a s de l a t e orí a ult e rio r ; n os n e g a m os a e f ectua r
u n a r e c o nst it ució n d e p r e m isa s im a g in a r i a s p a r a
no ve r, e n lo que in ic i a e n est a h ist o r i a , m á s que l a
f e cun did a d de u n a a c t it ud e in c luso l a ela bo r a ción
de u n p roble m a . S i e l concepto est á d e l la d o de l a s
p r e g u n t a s, l a t e o r í a e st á d e l la d o de l a s r e sp u e s
t as. P a r t ir d e l concepto p a r a e sc r ib ir la h is t o r i a es
d e cid ir p a r t ir de l a s p r e gun t as.
E l conce p t o d e n o r m a r e p r e se n t a u n p r e ciso
e je m p lo de e st a d e st i t u ció n d e l p un t o de v is t a t eó
rico y d el p r ivile g io otorgado a la a p e r tur a de u n a
p r o ble m á tic a . E s im p osib le h a c e r u n a d e t e r m in a
ción cie n t í f ic a e x h a us t iv a d e l concepto de no rm a :
t o d a s l a s t e n t a t iv a s e n ese se n t id o (por e l objeto
de la f isiología , por l a id e a de m e d ia [moyenne] , . .)
se a p a r t a n d e l á m b it o p r o p io d e l co n o cim ie n t o
cien tí f ico. A quí, l a s r e sp u e st a s no e st á n e n e l m is
mo n iv e l q ue l a p r e gun t a : a sí , l a r e sp u e s t a a l a
«p r e gun t a» de Q ué t ele t so b r e e l «hom b r e medio»

I b i d . , p A g. 3 8 .

67
 1
le es d a d a por D ios; l a s r e sp u e st a s no p u e d e n se r
v i r de p un t o de v is t a e x c lusiv o so b r e l a h is t o r i a ,
p o r que p e r t e ne ce n en r e a lid a d a ot ra h ist o r i a ; l a
r e sp u e s t a de D ios lo m u e s t r a e n su f ici e n t e m e
did a . N o se pue d e r e d ucir el concepto a l a t e o ría a
l a cu a l r e m it e oc asio n a lm e n t e ; t ampoco se lo p u e
de ilu s t r a r por ella . Lo cu a l no quie r e d e cir que se a
im p osib le d e f inirlo , o que l a p r e gun t a que sub y a c e
e n él care z ca de se n tid o ; pero se t r a t a de u n a p r e
g un t a en b usc a de su se n tid o, y p o r eso im p lic a en
lo f u n d a m e n t a l u n a h is t o r i a . E n ese asp ect o, el
concepto de n o r m a t ie n e u n v a lo r e m in e n t e m e n t e
h e u r íst ic o : l a n o r m a no es u n objeto a d e sc r ib ir n i
u n a t e o r í a e n p o t e ncia ; só lo s i se r econoce est o
p o d r á u t ili z á r s e l a como r e g l a de in v e s t ig a c ió n .
« N os p a rece que l a f isiolo g í a t ie n e algo m e jo r p a r a
h a c e r q u e p r o c u r a r d e f in i r o b j e t iv a m e n t e ( es
d ecir, como u n obje to) lo n o r m a l, y es reconocer l a
o r ig in a l n o r m a t ivid a d de la vid a ».^^ií e co n o c e r el
concepto es m a n t e n e rse f iel a la p r e gun t a vehicu -
la d a por él y a su n a t u r a le z a p r o pia de p r e gun t a ,
e n lu g a r de t r a t a r de r e so lv e r la y, po r c o nsig u ie n
te, de t e r m in a r con e lla si n h a b e r r evela do s u v a
lo r h e u r íst ic o . E st a e x ig e ncia es v á lid a t a n t o p a r a
el pr oceder de l a cie ncia como p a r a el de la h is t o
r i a de l a s cie n cias, si n que ello im p li q u e r e d ucir los
a u n a m e d id a o u n p un t o de v is t a co m un es. « N o
n os im p o r t a t a n t o a p o r t a r u n a so lució n p r o viso r i a
como m ost r a r que u n p r o ble m a m e r ece se r p l a n
teado».^®
E n e sa p e rsp e c tiva , so r p r e nd e n t e m e n t e , se r e
cup e r a l a f ó r m ula que hace de l a f iloso f ía «la cien -

I b id . , p á g . 1 0 9.
I b id . , p á g . 1 0 8,

68
 ci a de lo s p r o b le m a s r esu e lt os»,^® en u n se n t id o
que B r u nsc hvic g q ui z á no le otorgaba; l a f iloso f ía
— y a quí, a un q u e l a cu est ió n sólo deba se r d el todo
cla r a po r lo que sig u e , f iloso f ía q uie r e d e cir h is t o
r i a , es d e cir , r e v e la ció n de l a h is t o r ic id a d de u n
sa b e r— e s l a cie n ci a de lo s p r o b l e m a s con in d e
p e n d e ncia de su so lució n , y por end e l a cie ncia que
no se p r e o cu p a p o r l a s so lu c io n e s, d a do que, en
cie r t o m o d o , si e m p r e l a s h a y y l o s p r o b l e m a s
sie m p r e se r e su e lv e n en su n iv e l; en ef ecto, l a h is
t o ria de l a s so lucio n es no es m á s que u n a h is t o r i a
p a r c i a l, u n a h is t o r i a oscu r a y que oscur ece todo lo
que toca, a l g e n e r a r l a ilu si ó n de que lo s p r o ble
m a s p u e d e n li q u id a r se , y o lvid a rse . L a h is t o r i a ,
jus t a m e n t e , a l p a sa r po r d e t r ás de l a a cu m ula ció n
de t e o r í as y r e sp u e st a s, est á a l a búsq u e d a de lo s
p r o b l e m a s o lvid a d o s, a u n a t r a v és d e s u s s o l u
ciones.
L a di f e r e ncia ent re la t e sis de m e d icin a de C an-
g u ilh e m de 1943 ( el E ss a i su r q u e l q u es p r o b lè
m es. . .) y s u s o t r os lib r o s r esid e , p r e cisa m e n t e , en
que no p a rece ll e v a r t a n l e jo s como e llos e sa e x i
g e n ci a de mé t odo, h a b id a cu e n t a de q ue en m u
ch os p a sa je s p ropone en a p a r ie n cia l a «solución»;
l a vid a . E n l a ob ra de Gleorges C a n guilh e m , donde
l a f id e lid a d a l «esp í r it u d e l vi t a lism o » se r ecue r d a
e n f o r m a r e gula r , p o d r í a m os d is t in g u i r d os v i t a
lism o s: el p rim e r o , si n so m b r a , a p o r t a r í a l a r e s
p u e st a a l a p r e gun t a de l a f isio lo g í a y p o r ese m is
mo m o t ivo l a f und a r í a ; d e cim os bie n , e n condicio
n a l, «a por t aría», por que ese v i t a lism o es critica do
e nse g u id a p o r la in t e r p r e t a ción que se d a a l espí -

Cf. G. C a n g uilh e m , L a F o r m a t io n d u concept. , op.

cit.

69
r î t u d e l v i t a lism o , l a cu a l le con f ie re u n lu g a r de
p r ivil e g io con r esp ect o a t o d as l a s t e o r í as p osibles:
l a de se r t eórico sólo e n a p a rie ncia , p u est o que en
el f ondo no e s m á s que l a p r ese rva ció n , en el p la no
p ro pio d e l concep to, de l a v o lu n t a d de p e r p e t u a r
u n a p r o ble m á t ic a . L a r e sp u e s t a no es, e n t onces,
sin o u n a t r a nsp osició n de l a p r e gun t a , y el m e dio
e nco n t r a d o p a r a c o nse r v a r la : « E l a n im ism o o el
v i t a lism o , e s d ecir, d o c t rin as que r esp o n d e n a u n a
p r e g un t a si t u á n d o l a e n l a r espuest a».^® H a y, por
co nsig uie n t e , d os f id e lid a d es p osib le s; l a que t o m a
a l a p r e g un t a por u n a r e sp u est a , se co n t e n t a con
u n a p a la b r a y se a p r e su r a a o lvid a r a q u e lla en l a
r e p e tición in c a nsa b le de est a , y ot ra, m á s se c r e t a
y d i f ícil, q ue se a p r o p ia de l a p r e gun t a , l a r e e n
cu e n t r a , l a r econoce y só lo a d m i t e el v i t a lis m o
co n t r a o t r as t e o r í a s p o r q ue no es u n a teoría', no
po r que l a s crit iq ue , sin o por que en e ll a s c r i t ic a l a
t e o r í a (o, m ejo r, su ilu sió n ) y de ese modo d e vu e lve
a l a c i e n c i a — e n est e caso, a l a f isio lo g í a — u n a
h is t o r i a y u n p o rv e n ir a l a ve z .
Se ll e g a a sí a u n a de l a s m á s g r a n d e s d i f ic u l
t a d e s e n e l t r a b a jo de d e se n t e r r a m ie n t o d e l con
cepto: s i l a p r e se n ci a de est e e nvu e lv e l a p e r m a
n e n ci a de u n a p r e gun t a , l a m a y o r í a de l a s ve c es
sólo lo h a c e de u n a m a n e r a oscu r a , p r ese n t a n d o
e sa p r e g u n t a como u n a r e sp u e s t a y dis f r a z a n d o
de t e o r í a e l concep to. S in e m b a r g o, l a p r e g un t a
n u n c a se o lv i d a ; t r a n sp u e s t a , p e r sis t e , y q u i e n
u t ili z a e l concepto, a f in de cu e n t as, r e f le x io n a so
bre e lla , a un q u e se a ign o r a n t e de e sa re f le x ión.

G. C a n guilh e m , « L a co nst i t u t io n de l a p h y sio lo g ie . ..»,

op. eit., p ág. 16 [«La c o nst i t u ció n de l a f isio l o g í a . ..», op.
cit., pág. 244].

70
r E n sí n t e sis, v o lv e r a l concepto es e x hib ir l a p r e
g u n t a o r ig in a l, y ese es e l se n t id o de l a e m p r esa de
u n a a r q ue ología : en l a m e d id a en que l a p r e gun t a
no est á a t a d a a s u s r e sp u e s t a s p o r u n a r e la ció n
de n e c esid a d — e n t a n t o que el concepto m a n t ie n e
s u in d e p e n d e n ci a r esp e c t o de u n cont e x t o t e ó r i
co— , l a h is t o r i a d e sc r ib e u n a u t é n t ic o d e v e n ir
d e t e r m in a d o pero a bie r t o, a plic É indose a r e s t i t u ir
m u t a c io n e s v e r d a d e r a s; y e s t a s só lo p u e d e n s e
ñ a l a r se a t r a v és de su r e la ció n con u n n a cim ie n t o
que no t ie n e v a lo r de m e d id a sin o en cua n t o no se
h a ll a p e t ri f ic a d o e n e l in d ic io de u n a i n m u t a b i
lid a d .

2. H ace r l a h is t o r i a d e l concepto d e sp u és de su
n a c im i e n t o es d a r cu e n t a de u n m o vim i e n t o de
f o r m a ción, que debe su c o nsist e n ci a a su p o liv a
le n cia o r ig in a l. N o se t r a t a r á , por lo t anto, de u n a
lí n e a r e f le x iv a e n s í m ism a , sin o de u n t r a y ec t o
q ue e x ist e ú n ic a m e n t e por s u s c a m b ios de se n t i
do, s u s d ist o rsio n e s. Sólo e n t onces pue d e d esmit i -
f íca rse po r comple to e l t e m a d e l orig en, que se h a
se p a r a d o de l a r e p r ese n t a ció n de u n a e d a d de oro
de l a v e r d a d , r e a li z a d a p osi t iv a m e n t e po r sim p l e
p r o y e cció n y n e g a t iv a m e n t e como r e sis t e n c i a a
u n a in f id e lid a d . S a lir de l a e d a d de oro es pone r el
acent o e n lo que jus t a m e n t e se n e g a b a e n el mito:
el c a os d e l error. V o lve m os a d a r con l a id e a ba -
c h e l a r d i a n a d e l v a lo r e pist e m oló gico de l a f a lse
d a d , el único que p e r mit e e x p r esa r el p a so d e l no-
sa b e r a l sa b e r. E n o t r as p a la b r as, h a y que d is t i n
g u i r l a p r o b le m á t ic a ve r d a d e r o / no - ve r d a d e r o de
l a p r o b le m á t ic a sa be r / no - sa be r, y d e cid ir a t e n e r
se con e x c lu siv id a d a l a se g u n d a ; p a r a v a l e r n o s
de u n vo c a b ula r io m a r x ist a que no e s el de Geor -

71
 1
g es C a n g uilh e m , d ir e m os q ue l a p r im e r a e s u n a
p r o b le m á t ic a id e oló gic a — y no se a d vie r t e cómo
p o d r í a e l cien t í f ico no a d h e r ir esp o n t á n e a m e n t e a
cie r t a «ideología» de su cie ncia— , e n o p osición a l a
se g u n d a , q ue e s u n a p r o b le m á t ic a cie n t í f ic a : de
a h í l a r e v o lu c ió n e p is t e m o ló g ic a im p lic a d a p o r
e st a m a n e r a p a r t icula r de e sc r ib ir la hist o r i a . Se
reconoce a l m ism o tie m p o e l alcance de u n a t e ra
t olo gía d e lo s concep tos, e n cu a n t o c o nsid e r a ció n
r ig u r o sa de lo q ue compe t e a l no -saber; po r e je m
plo , u n conce p t o v i a b l e r e t r osp e c t iv a m e n t e , e n
r a z ón de s u f e cundid a d, pue d e p a r ece r a b e r r an t e
e n e l m om e n t o de s u n a cim ie n t o ; da do q ue no se
a p oy a e n n a d a , t o d a ví a no h a co nst it uid o s u t elón
d e f ondo t e órico. P ue d e c o m p r e n d e rse e n t o n c es
cómo evo lucio n a e l concepto por r a z on es no t e ó r i
c as, e n e sp e c i a l a r a í z de l a in t e rv e n ció n de u n a
p r á c t ic a no cien t í f ica , o p a u t a d a a p a r t i r de ot r a
cie ncia : a l a sa z ón, l a m a y o r í a de l a s veces, lo f a lso
revela no se r m á s que l a in t e r f e re ncia no co di f ic a
d a de d os á m b i t os a l e ja d o s’, s i e n ese caso h a y d e s
p ro p o rción, e s p r e ciso t o m a r la como l a co n dició n
de a p a rició n de u n a ciencia .
U n a h is t o r i a q ue se n ie g a a e nc e r r a rse e n los
t é r m in os de u n a ló gic a d a d a en e l inicio , in d e p e n
d ie n t e de su d esa r r ollo , sa b e e n f r en t a rse , lle g a do
e l caso, a cie r t a ló gic a de lo im p r evist o , que e s p e r
f ect a m en t e p osib le inco r p o r a r a la r e p r ese n t a ció n
de u n a r a c io n a lid a d hist ó r ic a , e n lu g a r d e r e m i
t i r l a a u n a id e o lo g í a d e l a ir r a cio n a lid a d , o i r r a
c io n a lism o . E s m e n e st e r , po r e nd e , d e se c h a r la
t e n t a ció n de t r a z a r u n m od elo p a r a t od a h is t o r i a a
p a r t i r d e l tip o de r a cio n a lid a d a sí p u est o e n e v i
d e ncia . E st o no im p id e , si n emb a rgo, que u n a n á
l i s i s r ig u r oso como e l que se aca b a de m e n cio n a r

72
r p u e d a l e g í t im a m e n t e c o nsid e r a rse e je m p la r ; e s
líci t o e n t o n c es e x t r a e r e nse ñ a n z a s de él: l a obra
de G leorges C a n g uilh e m no n os si r v e sólo p a r a re
f le x ion a r so b r e d e t e r m in a d os e p iso d ios de la h is
t o r ia de l a f isiolo g í a . S e ría, emp ero, u n co n t r ase n
tido p r e se n t a r ese a n á lisis como s i p u d ie r a re p ro
d uc í rse lo a l in f in i t o , e im a g in a r l a p o sib ilid a d de
t r a nsp o n e r lo s i n c a m bio a lg un o a o t r os á m bit os,
p u est o q ue l a t r a nsp osició n o, p a r a d ecirlo todo, el
uso de u n r e sul t a d o t eórico t om a do como m od elo
obedece a Icis r e g las de u n a m u y p r e cisa v a r ia ció n ,
de u n a m a n i p u l a c ió n conce r t a d a . E n o t r as p a l a
b r as, a n t e s de proce de r a l a a p lic a ció n de i m m é t o
do h a y q ue r e f le x io n a r con c l a r id a d so b r e lo que
sig n i f ic a a p lic a r , p u e s u n método, que de pende de
l a s co n dicio n es h is t ó r ic a s de s u f orm ación, no ll e
v a p r e f igu r a d as e n s í m ism o l a s r e g la s de su uso ;
eso es jus t a m e n t e lo que C a n g uilh e m n os e nse ñ a
con r e f e r e ncia a u n c aso p a r t icu la r . P or eso h a y
q ue e m p e z a r po r d e sc r ib ir l a n a t u r a l e z a e x a c t a
de u n mé t odo, como e st a m os h a cié n d o lo a q u í e n
est e m om e n t o; lue go, e n otro m om e n t o, e st u d i a r
l a s co n d icio n es d e s u t r a sla d o a o t r os á m bit os, lo
cu a l im p lic a u n co nocimie n t o , s i no comple to, a l
m e n os r e la t iv a m e n t e cohe re nt e d e l t e rr eno de su
t r a sp la n t e : e l método d el que se p a r t e pue d e a y u
d a r a h a c e r e se r e c o n o cim ie n t o , p e r o n o b a s t a
p a r a su p r i m i r l a d is t a n c i a de p r in cip io e n t r e los
d os á m b i t os e n cu est ión . T od avía no es e l m o m e n
to d e d e s a r r o ll a r e st e p un t o . S in e m b a r g o , h a y
q u e s e ñ a l a r q u e l a m a y o r í a de lo s e p ist e m ólo -
gos r e f le x io n a n so b r e u n obje to q ue p r ivil e g i a n si n
d ecirlo, e in c lu so s i n r e f le x ion a r sob r e ese p r iv il e
gio; y q u i e n e s l o s l e e n y u t ili z a n h a c e n como s i
a q u e llo s h u b i e r a n r e a li z a d o ese t r a b a jo de refle -

73
 y
x ió n , y g e n e r a li z a n e n t o n c es d e sc r i p c io n e s q ue
t a l ve z sólo d e b í a n s u rig o r y su v a lo r al h e cho de
e st a r ín t im a m e n t e a d a p t a d as a su á m bit o in ic i a l.
N o h a b r í a que d a r l a im p r e sió n d e q ue eso e s lo
que suc e d e a quí. Y p a r a t e ne r la g a r a n t í a de ello
no se h a r á a lusió n , por eje m plo — a un q u e no c a r e
ce r í a de in t e r és h a c e rlo— , a u n a p osib le con f ron
t a ción e n t r e los r e su l t a d os ob t e nid os por C anguil -
h e m y t r a b a jos ll e v a d os a cabo e n ot ros t e r r enos:
no n o s p r e g u n t a r e m os, p o n g a m os po r c aso , q ué
lu g a r t e n d r í a l a noción de cor te e n su h is t o r i a de
l a f isio lo g í a , p u est o que l a cu e st ió n no r e sid e en
sa b e r s i é l se e ncu e n t r a con o t r os o se se p a r a d e
e llo s, a n t e s d e co m p r e n d e r lo q ue e sp e ci f ic a su
p r o p ia a c t i t u d , a l m a r g e n de cu a l q u i e r e m p r esa
de com p a r a ción y h a s t a de a p ro pia ción.

U na e pist e mología de l a hist o ria ;

cie ncia y f iloso f ía

E l e ncue n t r o e nt r e l a h is t o r i a y su objeto se h a
se ñ a la d o e n v a r i a s o p o r tunid a d es: a ho r a h a y que
jus t i f ic a r lo . E n e l c a m in o de u n a h is t o r i a de l a bio
lo g í a se ela b o r a no u n a biolog í a d e l conocimie n t o
e n e l se n t id o t r a d icio n a l de l a p a la b r a , v a l e decir,
u n a e x p lic a ció n m e c a n ic ist a d e l p roceso de p ro
d ucció n d e lo s co n o cim ie n t os, sin o u n a r e f le x ió n
so b r e el conocimie n t o de l a biolo g í a p r e cisa m e n t e
ilu m in a d o po r l a s lu c e s d e l a biolog í a . E n o t r as
p a l a b r a s, t i e n e q ue h a b e r u n a r e l a ció n e n t r e el
mét odo y e l con t e nid o de l a inv e st ig a ció n , u n a h o
m o g e n e id a d e n t r e lo s concep tos cu y a ra z ón no r e
si d a ú n ic a m e n t e en l a n e c esid a d d e l h is t o r i a d o r

74
de p a sa r p o r dond e l a cie n cia y a h a p asa d o . M e
d ia n t e e sa r e la ció n se d e no t a u n p e nsa m ie n t o que
e n t a b la de m a n e r a p e rm a n e n t e u n v ín c u lo r e
f le x ivo con s u s o bje t os: p o r eso l a e le cció n de e s
tos no e s e n a bsolu t o indi f e r e n t e y r eve la , e n c a m
bio, u n a u n i d a d de est ruc t u r a , u n o bje t ivo d e t e r
m in a d o . E l proyecto de ocup a rse de l a h is t o r i a de
l a s cie n ci a s con r e f e r encia a l a biolo g í a e s p ro f un
d a m e n t e coherent e, y de e sa cohe r e ncia pr oce den
a l a ve z su rig o r y s u t e nsió n .
P a r a r e n d i r c u e n t a s so b r e el c a m in o se g u id o
por l a cie n cia e st u d i a d a y e l mét odo e m ple a do con
t a l f in a lid a d , n e c esit a m os v a le r n os de m e d ios que,
s i n se r c o m un es, so n p a r a le los y r e m i t e n u n o s a
o t ros. D e t a l modo, e l d isc u rso ace rca de l a h is t o
r i a d e l a d isc i p lin a est á co nst a n t e m e n t e a t r a v e sa
do po r r e so n a n c i a s t e ó r ic as t o m a d as de e st a ú l
t im a , de m a n e r a que, e n e l lím it e , no p a rece i m
p osib le t r a n sp o n e r a lg u n o s p a s a j e s, a d esp e cho
de s u p a r t icip a ció n e n e l m o vim ie n t o d e l a h is t o
r i a cie n t í f ic a q ue d e sc r ib e n , y, a cost a de lig e r a s
t r a ns f o r m a cio n e s, o t o r g a r le s o t r a sig n i f ic a c ió n ,
de a lc a nce m á s ge ne r al; en u n a p a la b r a : h a c e rlos
v o lv e r r e f le x iv a m e n t e so b r e s í m ism o s p a r a lo
g r a r q ue e x p r ese n e n vo z a l t a l a f iloso f ía que h a
b la e n e llo s s i n d e cir lo . T om e mos como e je m p lo
u n p a s a j e d e l a r t íc u lo de G e o rg es C a n g u ilh e m
ace rc a de la psico lo g í a d a r w in i a n a : v a m o s a com
p r o b a r que lo que se dice de l a t e o ría de D a rwin
p o d r í a d e cirse t a m b ié n d e l a m a n e r a de e n t m cia r
u n d isc u r s o a p r o p ósi t o d e l a t e o r í a ; e n c o nse
cue ncia , se pue d e p a sa r d e l d isc u r so p r onuncia d o
r esp ect o d e u n a cie n cia a l d isc u r so de l a h is t o r i a
de l a s cie n ci a s en ge ne r al. L o cu a l d e r iv a en lo si -

75
g u í e n t e (con t r a u n uso est a b le cid o , só lo p o n d r e
m os e n t r e c o m illa s lo s p a sa je s m o di f ic a dos):

E n e l á r b o l g e n e a ló g ic o d e «la cie n ci a » — q u e s u s t i t u y e
l a s e r i e l i n e a l «q ue v a d e l a v e r d a d a l e r r o r»— , l a s r a
m i f ic a c io n e s m a r c a n e t a p a s, y no e sb o z os, y l a s e t a p a s
n o s o n l o s e f e c t os y t e s t i m o n i o s d e u n p o d e r p l á s t ic o
q u e a p u n t a n m á s a l l á d e s í m ism o s: s o n c a u s a s y a g e n
t e s d e u n a h is t o r i a s i n d e se n la c e a n t ic ip a d o .
A h o r a b i e n , a l m ism o t ie m p o q u e l a «c ie n c ia c o n s t i
t u id a » d e j a d e s e r c o n sid e r a d a com o l a p r o m e sa i n i c i a l
— y , p a r a a l g u n o s « h is t o r i a d o r e s» , in a c c e si b l e — d e l a
«ig n o r a n ci a » , e s t a ú l t i m a d e ja d e v e r s e co m o l a a m e n a
z a p e r m a n e n t e d e «la cie n ci a », l a im a g e n d e u n p e lig r o
d e c a í d a y d e c a d e n c i a l a t e n t e e n e l s e n o m is m o d e l a
a p o t e o sis . L a « ig n o r a n c i a » e s e l r e c u e r d o d e l e s t a d o
«p r e cie n t í f íco» d e l a «cie ncia»; e s s u p r e h is t o r i a « e p ist e
m o ló g ic a », y n o s u a n t in a t u r a l e z a m e t a f ísic a .

E st e es e l t e x to e n s u f o rm a origin a ] , que p r e
se n t a m os e n s u t o t a lid a d p a r a h a c e r v e r con m á s
c l a r id a d l a s m o d i f ic a cio n es q ue se le r e a li z a r o n ;
p e r t e n e c e a l a r t í c u lo « L ’h o m m e e t l ’a n im a l d u
p o in t de vu e p sy c h o lo g i q u e se lo n C h a r l e s D a r
w in » (op. cit., p àg. 85 [«El hom b r e y e l a n i m a l . .
op. cit.^ p à gs. 123-4]):

« E n e l á r b o l g e n e a ló g ic o d e l h o m b r e — q u e s u s t i t u y e l a
s e r i e a n i m a l l i n e a l— , l a s r a m i f ic a c i o n e s m a r c a n e t a
p a s, y n o esb o z os, y l a s e t a p a s n o so n l o s e f e c t os y t e s
t i m o n i o s d e u n p o d e r p l á s t ic o q ue a p u n t a n m á s a ll á d e
s í m is m o s : s o n c a u s a s y a g e n t e s d e u n a h is t o r i a s i n
d e s e n l a c e a n t ic ip a d o .
» A ho r a b i e n , a l m ism o t ie m p o q u e l a h u m a n i d a d d e
j a d e s e r c o n sid e r a d a co m o l a p r o m e sa i n i c i a l — y, p a r a
a l g u n o s n a t u r a l is t a s , in a c c e sib l e — d e l a a n i m a li d a d ,
e s t a ú l t i m a d e j a d e v e r s e co m o l a a m e n a z a p e r m a n e n -

76
t e d e a q u e ll a , l a im a g e n d e u n p e lig r o d e c a í d a y d e c a
d e n c i a l a t e n t e e n e l se n o m ism o d e l a a p o t e o sis. L a a n i
m a li d a d e s e l r e c u e r d o d e l e s t a d o p r e e sp e c í f íc o d e l a
h u m a n i d a d ; e s s u p r e h is t o r i a o r g á n ic a , y n o s u a n t in a
t u r a l e z a m e t a f ísic a » .

C omo e s obvio , est o es u n ju e g o que no h a b r í a

que ll e v a r d e m asia d o le jos. Y se r í a t e n t a d o r d e cir
q ue e n él n o h a y , d e sp u és de todo, m á s que u n e n
cue n t r o d e p a l a b r a s, s i no n os h u b i e r a n p r e p a r a
do p a r a a t r ib u i r t a n t a im p o r t a n ci a a lo s m e d ios
de f o r m ula ció n de u n a id e a y p a r a no a isl a r j a m á s
u n se n t id o d el p r oceso de s u f ig u r a ció n y s u f or
m ula ció n . P or lo t a n t o, l a p e rsist e n c i a de u n l e n
g u a je e s sig n i f ic a t iv a : de hecho, ll e v a — y no podí a
se r v ir sin o p a r a u n a in t r o d ucció n de e sa índole—
a reconocer u n a lig a z ón m á s pro f unda. E l a r t ículo
«L a e x p e rim e n t a ció n e n biolo g í a a nim a l», i n c lu i
do e n E l co nocimie n t o de l a vid a , y a m u e s t r a en
q u é a sp e c t o p u e d e n l o s p r o p io s m é t o d os d e l a
c i e n c i a c o n sid e r a r se o bje t os d e c i e n c i a ( en e st e
caso p r e ciso , de u n a m ism a ciencia), e in c luso de
j a v e r q ue só lo t o m a n s u ve r d a d e r o se n t id o e n el
t r a sl a d o p osib le d e l o r d en de lo s conce p tos a l de
lo s obje t os con q ue e llos se r e la cio n a n; s i l a e x pe
r im e n t a ció n d is f r u t a e n biolo g í a de u n v a lo r p r i
vile gia d o , es p o r q ue l a e x p e rie ncia so b r e l a s f un
c io n e s e s e n s í m is m a u n a f u n ció n . « E s q ue , a
n u e st r o ju ic io , h a y u n a su e r t e de p a r e n t esco f un
d a m e n t a l e n t r e l a s n ocion es de e x p e rie ncia y f un
ció n . A p r e n d e m os n u e s t r a s f u n c io n e s e n e x p e
r ie n ci a s, y n u e s t r a s f uncion es so n a co n t inu a ció n
e x p e r ie n cias f o r m a li z a d as». E l ca r ác t e r h e u r ís t i
co d e l a e x p e r im e n t a c ió n e n b io lo g í a ob e d ece ,
p u es, a s u f unció n de r e constitución de l a r e a lid a d
de l a s f un cio n es; l a h is t o r i a de l a e x p e rim e n t a -

77
ció n p o d r í a se r l a de l a c o nst i t u c ió n de u n a f u n
ción. E n ese se n t id o , l a h is t o r i a no e s l a m e r a a p li
c a ció n o su p e r p osició n de u n a m ir a d a a u n objeto;
o, s i lo es, e sa m ir a d a p r olong a o t r a y c o nst i t u y e
co n e ll a u n a s e r i e a r m ó n ic a . S a b e m os q u e e n
biolo g ía , jus t a m e n t e , e l objeto y el suje t o d e l sa b e r
conve r g e n un o h a c i a e l otro: con in d e p e n d e ncia de
u n p a r a l e lism o o u n a a d ecua ción, se e la bo r a u n a
h is t o r i a insc r i p t a e n el m ovim ie n t o de a q u e llo a lo
que e lla a pun t a .
A sí , lo s co nc e p t os de l a h is t o r i a , s u s m e d ios
e p ist e m oló gicos, e st á n p ro f und a m e n t e insp ir a d o s
e n e l «conocimien t o de l a vid a». H a y u n concepto
e n p a r t icu l a r que p arece p od e r t r a nsp o n e rse a l a
t e orí a de la h ist o r i a ; el d e n o r m a (la re f le x ión so
b r e e st e conce p t o e n m a r c a l a o b r a de G e o r g es
C a n g u ilh e m : e s e l t e m a de s u p r im e r lib r o , de
1943, y t a m b ié n el d e l cu rso que dictó en l a Sor -
b on a en 1962-1963). U n a t r a nsp osició n de e st a í n
dole p ond r í a e n r e la ció n los sig u i e n t e s n iv e l e s;

— f isio lo g í a / est a do a c t u a l de u n a cie ncia ;

— p a t olo gía / t e r a t ología de lo s concep tos;
— c lín ic a / inse r ció n en u n u n iv e r so de i n s t r u
m e n t os t écnicos.

E n el se n t id o biológico, que h a y que com en z a r

p o r p r e se n t a r e n s u s t é r m in os m á s g e n e r a les, la
n o r m a im p lic a l a p o si b ili d a d de h a c e r ju g a r u n
m a r g e n de tole rancia', es, po r lo t anto, u n concepto
e se n cia lm e n t e d in á m ic o , que no d escrib e f o r m as
p r e cisa s, sin o l a s co ndicion es p a r a l a inv e n c ió n de
n u e v a s f orm as. E l concepto de n o r m a r e m it e a sí a
e st a p r e gun t a : ¿ C ómo d e sc r ib ir u n m o vim i e n t o
e n e l se n t id o de l a a d a p t a ción a n u e v a s condicio -

78
T n és, e s decir, de r e sp u e st a o r g a ni z a d a a condicio
n e s im p r e vist a s ? E l t r a b a jo d e l concepto coincid e
con l a n e g a t iv a a f u n d a r l a r e p r ese n t a ción de ese
m ovim ie n t o e n l a id e a m e t a f ísic a de p o t e ncia o en
l a d e l a v id a como inv e n c ió n pur a , o se r dot ado en
s í m ism o de u n a p l a s t ic id a d e se n cia l. A l con t r a
rio, el concep to co n t r ib u y e a r e si t u a r l a cu e st ió n
e n su cont e x to r e a l e in c lu ir lo e n ot r a cuest ión: l a
de l a s r e la cio n es e n t r e e l vivi e n t e y e l m edio. L os
p r o p ios m o vim ie n t os o r g á nicos e st á n co n dicio n a
d os p o r u n m o vim i e n t o f u n d a m e n t a l, q ue e s l a
h is t o r i a d el m edio. « D ado que e l vivie n t e c a li f ic a
do v iv e e n u n m un d o de o bje t os c a li f ic a d os, v iv e
e n u n m un d o de a ccid e n t es p osibles. N a d a ocurr e
p o r a z ar, y todo suc e d e b ajo l a f o rm a de acon t eci
m ie n t os. E n eso e l m e dio es in f ie l. Su in f id e lid a d
e s p r o p ia m e n t e su d e ve nir , s u h i s t o r i a » . E l v i
vie n t e no e st á f rent e a u n a n a t u r a le z a si t u a d a co
mo co m p le t a e x t e rio rid a d a su resp ect o, r a d ic a l
m e n t e in m o vili z a d a ; est á e n r e la ció n con u n m e
dio h a b i t a d o po r u n a h is t o r i a , q ue e s t a m b ié n l a
d e l o r g a n ism o d e l q ue d e p e n d e s u c o nst i t u ció n .
E l h e cho de que e l m e dio pla n t e e p r o b le m as a l o r
g a n ism o , e n u n o r d e n im p r e v isi b l e p o r d e r echo
p ro pio, se e x p r esa a t r a v és de l a n oción bioló gic a
de deba t e. E st a m a n e r a de c i r c u n sc r ib i r l a c u e s
t ió n f un d a m e n t a l de l a biolo g í a no l a d espla z a h a
ci a u n in d e t e r m in ism o . A l con t r a rio : « L a cie n cia
e x p lic a l a e x p e r ie n ci a , p e ro n o p o r e llo l a a n u
l a » . V o l v e m o s a t o p a r nos en t onces, como co n di
ció n de u n a r a c io n a lid a d , con la t e m á t ic a de lo

G. C a n g uilh e m , E ss a i su r q ue lq u es p r oblè m es. . . , op.

cií. , pág. 122.
32 I bid .

79
im p r e visib l e . L a bio lo g í a y su h is t o r i a se r e ú n e n
b ^ o est os dos concep tos: l a cuestión y el acon t e ci
miento.
¿ Q ué se r í a u n a h is t o r i a c o ns t r u id a sis t e m á t i
c a m e n t e so b r e l a b a se de l a id e a de norm a ? R es
p ond e r í a e n lo f un d a m e n t a l a t r es e x ig e ncias:

1. U n a re p r ese n t ación de l a cie ncia como d e b a

te con u n contexto (vé ase todo lo que se d ijo de l a
im p o r t a n cia de l a n oción m e t odoló gica de campo:
c a m p o t écnico , ca m p o im a g in a r io , in t e r f e r e n cia
e n t r e lo s c a m p os cien t í f icos o de u n ca mpo cie n t í
fico con los c a m p os no cien t í f icos, se a n p r á c ticos,
t é cn ic os o id e oló gicos). Sólo e n l a p e rsp e c t iv a de
u n a d is t a n c i a p u e d e ju s t i f i c a r s e e l m o vim i e n t o
de l a h is t o r i a ( p aso de u n «no se sab e» a u n «se s a
be»); p a r a le la m e n t e , e l est a d o a c t u a l de u n a cu e s
t ió n só lo r e cib e todo su se n t id o de l a p o sib ilid a d
de u n a p u e s t a e n p e rsp e c t iv a d ia c r ò n ic a . C omo
ilu s t r a c ió n d e l t e m a pue d e p r o p on e rse e st a n u e
v a t r a nsp o sició n a p a r t ir de u n a í r a se t o m a d a d el
E ss a i su r q u e lq u es p r o b lè m es co nc e rn a n t le n o r
m a l et le p a t h o lo g iq u e : «Sólo se co m p r e nd e b ie n
cómo, e n m e d io s p r o p ios d e l h o m b r e , e l m ism o
ho m b r e , do t a do de lo s m ism o s ó r g a nos, se c o nsi
d e r a e n di f e r e n t es m o m e n t os n o r m a l o a n o r m a l,
s i se com p r end e de q ué m a n e r a l a v i t a lid a d orgá
n ic a se e x p a nd e e n é l como p l a st ic id a d t é cnic a y
a vid e z de d o m i n a c i ó n » . B a s t a con r e e m p la z a r
«hombre» po r «ciencia», «dot ado de lo s m ism o s ór
g a nos» po r «do t a d a d e l m ism o v a lo r de co h e r e n
cia» y «vi t a lid a d o r g ánica» p o r «búsq u e d a de u n a
r a cio n a lid a d cien tí f ica» p a r a que e st a f r ase t am -

I b id , , pág. 124.

80
r b ié n e m pie ce a se ñ a l a r u n cont e nid o conce rnien t e
a l a h is t o r i a de lo s conocimie n t os cien tí f icos.

2. E l recha z o de u n a ló gic a p u r a , esp e cula t iva .

E l m o vim ie n t o de l a h is t o r i a no se e x p lic a so b r e
l a b a se d e l a p r e se n c i a id e a l de l a v e r d a d , sin o
ú n ic a m e n t e a p a r t ir de su a u se n c i a r e a l. A ho r a
bie n , l a id e a de n o r m a b r in d a jus t a m e n t e lo s m e
d ios de r e n d ir cu e n t as de e sa a use n cia , e n l a m e
d id a e n q ue l a n o r m a sólo e x ist e e n f o r m a d in á
m ic a , a t r a v és de los e f ectos que produce. D e ello
r e su l t a que l a h is t o r i a d e l conocimie n t o no se r e
duce a l a e lim in a c ió n de lo f a lso , sin o que im p lic a
u n a r ecup e r a ción d e l e rr or dent ro d e l m ovim ie n t o
p o r el c u a l lo ve rd a d e ro se p roduce a l m a ni f e st a r
se, de l a m ism a m a n e r a , e n f isiolo g í a , l a e n f e rm e
d a d cu m p le u n a f unció n n o r m a t iv a : «Lo a n o r m a l
d esp ie r t a e l in t e r és por lo no rm al».

3. L a p u e s t a en e v i d e n c i a d e l a c u e s t ió n d e
p r in c i p io d e l «valo r» de l a cie ncia . D el m ism o mo
do, l a f isio lo g í a debe co nsid e r a rse u n a e v a lu a ció n
d e l viv i e n t e , u n e st u d io d e s u s e x ig e n ci a s y s u s
p o sib ilid a d e s, en l a m e d id a e n que e st a s so n obje
to de u n cu est io n a m ie n t o . D e id é n t ic a m a n e r a , la
h is t o r i a , y l a in t e lig e n c ia r a cio n a l de lo que c o ns
t i t u y e l a e se n c ia de l a «hist o r icid a d », in t e r r o g a
ció n p r o p i a d e l a f iloso f í a , es c u e s t io n a m i e n t o
ace rc a de l o s cu est io n a m ie n t os de l a cie ncia , q ue
e ll a e v a lú a so m e t ié n d o los a s u s p r o p i as in t e r r o
g a cion es: «L a h is t o r i a de l a cie ncia sólo pue d e e s
c r ib ir se con id e a s d ir e c t r ic es s i n r e la ció n con l a s
de l a cie ncia . ( . . . ) N o e s u n a so r p r esa , por lo tan -

34
/ ó í£ Í . , p á g . 1 2 9.

81
to, v e r que el h is t o r i a l d el re f lejo se compone poco 1
a poco como h e m os comp rob a do que lo hace, po r
que so n m o t ivos no cie n t í f icos lo s que conduce n a
l a s f u e n t es de l a h is t o r i a de l a s ciencias».®® E n t r e
l o s m é t o d os de l a h is t o r i a y lo que e st a d esc r ib e
h a y a l a ve z co r r esp ond e ncia y d isc o n t in u id a d , lo
cu a l ll e v a a d esc a r t a r l a id e a de u n a «biología del
conocimient o» in t e r p r e t a d a en p rim e r grado, c u a n
do po r ot r a p a r t e se h a u tili z a d o, como g u í a f ilosó
f ica, e l m od elo m ism o de l a biolog í a p a r a acce der
a l concepto de u n a h is t o r i a de l a s cie ncias.

L a f iloso f ía p r e gun t a , ent onces: ¿qué q uie r e l a

cie ncia ? O, m e jo r : ¿qué q uie r e c a d a cie ncia ? L o
que l a f iloso f í a m e d i t a , y l a c ie n ci a p r a c t ic a si n
m e dit a rlo , a l m e n os en lo s m ism o s t é r m in os, es la
d e t e r m in a ció n , l a lim i t a c ió n de u n á m b it o y p o r
e nd e de u n a e se n cia re al. E se á m bit o no e st á d a
do como u n m un d o de obje t os colocado f rent e a l a
m ir a d a cie n t í f ic a , sin o q ue d e p e nd e de l a c o ns
t i t ució n de u n a o bje t ivid a d :

« D u r a n t e m u c h o t ie m p o se b usc ó l a u n i d a d c a r a c t e r ís
t ic a d e l co nc e p t o d e u n a c i e n c i a e n l a d i r e c c i ó n d e s u
o bje t o . E l o bje t o d ic t a r í a e l m é t o d o u t ili z a d o p a r a e l e s
t u d io d e s u s p r o p i e d a d e s. P e r o d e e se m o d o , e n e l f o n
do, s e l i m i t a b a l a c i e n c i a a l a in v e s t i g a c i ó n d e u n a c i r
c u n s t a n c i a y l a e x p lo r a ció n d e u n d o m in io . C u a n d o r e
s u l t ó e v id e n t e q u e t o d a c i e n c i a s e a si g n a e n m a y o r o
m e n o r m e d i d a s u c i r c u n s t a n c i a y s e a p r o p i a , p o r e llo ,
d e lo q u e s e l l a m a s u “ d o m i n i o ” , e l c o n c e p t o d e u n a
c i e n c i a co m e n z ó , p oco a poco, a t e n e r m á s e n c u e n t a s u
m é t o d o q u e s u o bje t o . O , m á s e x a c t a m e n t e , l a e x p re -

G. C a n g uilh e m , L a F o r m a t ion d u concept. , . , op. ci t . ,

p á gs. 158-9.

82
s i ó n “ o b je t o d e l a c i e n c i a ” a d q u i r ió u n n u e v o se n t id o . E l
o b je t o d e l a c i e n c i a y a n o e s so lo e l d o m in io esp e c í f ico
d e l o s p r o b l e m a s y lo s o b s t á c u lo s p o r r e so lv e r : t a m b i é n
e s l a in t e n c i ó n y e l o b je t iv o d e l su j e t o d e l a c i e n c i a , e l
p r o y e c t o e sp e c í f ic o q u e c o n s t i t u y e co m o t a l u n a c o n
c i e n c i a t e ó ric a».®^

E n e s a s co ndicion es, l a r e f le x ión so b r e lo s o r í

g e n es accede a l a p le n i t u d de su se n tid o . E l objeto
d e l E ss a i s u r q u e l q u es p r o b lè m e s co nc e r n a n t le
n o r m a l et le p a t holo giq u e co nsist e , en d e f in i t iv a ,
se g ú n lo r e v e l a n s u s ú l t im o s c a p í t u lo s, e n m o s
t r a r e l t e r r e no e xacto donde se co nst it uy ó l a f isio
lo g í a , «el e sp í r i t u de l a f isio lo g í a n a cie n t e», a s a
ber: u n a c i e n c i a de l a s c o n d icio n e s de l a sa lu d .
A sí se pone de r e lie v e u n a lí n e a h is t ó r ic a , e s t u
d i a d a a p a r t i r de u n concep t o c e n t r a l, que , m á s
que e x p lo r a r u n obje to, b osq u e ja u n a f ig u r a . D e
t a l modo, l a in v e s t ig a c ió n se a p r o pia , a l t em a ti -
z a r la , de u n a f o r m a conocid a ; l a h is t o r i a de u n
p r o b le m a cien tí f ico, d esd e e l p un t o de v is t a de l a
c u a l lo d e t e r m in a n t e , m á s que el obje to de l a f i
sio lo g í a , es su s u j e t o . L u e g o de c a r a c t e ri z a r de
e st a m a n e r a el o rig e n conc e p tua l, es p osib le h a
cer e l e st u d io d e l a cie n ci a e n s u r e a lid a d de h e
cho, r e la cio n a d a con lo que l a d e t e r m in a en ú l t i
m a in s t a n c i a , a sa b e r : lo que e ll a quie r e . P ue d e
suc e d e r que se r eve le u n a d esp ro porción, u n d e s
pla z a m ie n t o , n o e nt r e l a s in t e n cio n e s y lo s act os,
sin o e n t r e el se n t id o re al, t a l y como est á in sc r i p
to e n l a h is t o r i a , y su s e x presiones: el caso m á s es-

G. C a n g u ilh e m , « Q u’est - ce que l a psychologie ? », op.

cit., p ág. 13 [«¿ Qué es l a psicología ?», op. cit., pág. 390].
G. C a n g uilh e m , E ss a i s u r q ue lq u es p r oblèm es. . .,o p .
cit., p á gs. 143-4.

83
cla re ce dor e s e l de l a psic o lo g í a cien t í f ica , q ue e n
e l m om e n t o de t e r m in a r de n a c e r e n t r a e n d eca
d e ncia ; ocurre ent onces que hace ot ra cosa y no lo
que quier e, p o r q ue se pone a l se rvicio de in t e r eses
que no so n lo s su y o s p r o pios. Se a p lic a a u n d o m i
nio que no le pe r t enece, pero que le h a sid o dado:
e l ho m b r e como h e r r a m ie n t a . E n ese m om e n t o, l a
f iloso f í a pue d e p la n t e a r s u s p r o p ias p r e g u n t a s a
l a cie ncia , lo cu a l sólo e s p osible cua ndo e lla h a ll e
gado a se r p r o f un d a m e n t e lo que es: h is t o r i a (es
a sí como conoce lo s or ígenes). E st o e s el r esult a d o
de h a b e r t om a do como p un t o de p a r tid a , como b a
sa m e n t o , u n a h is t o r i a c u y a s r e g l a s no d e p e nd e n
d ir e c t a m e n t e de l a s p r á c t ic a s de l a cie n ci a . H e
a q uí e l f in a l de «¿ Q ué e s l a psicología ?», l a y a re f e
r id a con f e r encia de G eorges C a n g uilh e m [qp. cit.,
p á gs. 405- 6]:

«P ero n a d i e p u e d e t a m p oco im p e d i r a l a f iloso f í a s e

g u i r in t e r r o g á n d ose sob r e l a je r a r q u í a m a l d e f in id a de
l a psicolo g í a : m a l d e f in id a t a n t o p o r e l la d o de l a s cie n
c i a s como por e l la d o de l a s t écnic as. A l h a c e rlo , l a f ilo
so f í a s e co n duc e con s u in g e n u id a d c o n s t i t u t iv a , t a n
poco se m e ja n t e a l a n e ce d a d q ue no e x cluy e u n c in ism o
p r o viso r io , y l a ll e v a a v o lv e r se u n a ve z m á s h a c i a el
b a n d o p o p ula r , o se a , e l b a n d o n a t iv o d e lo s no esp e cia
lis t a s.
» A sí p u e s, l a f iloso f ía p la n t e a m u y vu lg a r m e n t e a l a
psic o lo g í a l a p r e gun t a : ¿Por q ué no m e d ic e s h a c i a d ó n
d e v a s , p a r a sa b e r q ué eres? P ero e l f ilóso f o t a m b ié n
p u e d e d i r ig i r s e a l psicólog o e n l a f o rm a de u n conse jo
d e o r ie n t a ció n — u n a ve z no sig n i f ic a sie m p r e— , y d e
cir : C uemdo se sa l e d e l a S o rbon a po r l a c a lle S a in t - Ja c
q u es s e p u e d e su b i r o b a ja r ; s i u n o su b e , s e ace rca a l
P a n t e ó n q ue e s e l c o nse r v a t o r io d e a lg u n o s g r a n d e s
h o m b r e s, p e r o s i b q ja d ese m b o c a d ir e c t a m e n t e e n l a
Je f a t u r a d e P olicía».

84
 T a m bién se p o d r í a h a b e r t om a do como eje m p lo
e l a r t í c u lo so b r e l a d i f u sió n cie n t í f ic a , q ue t e r
m in a a sim ism o con u n a a dve r t e ncia , cu y a s ra z o
n e s p r o p o r cio n a l a e p ist e m o lo g í a de l a h is t o r i a
r a c io n a l de l o s c o n o cim ie n t os. E n l a m e d id a e n
que lo s m e d ios p u e st o s e n p r á c t ic a p a r a d e sc r ib ir
u n obje to im p lic a n u n a conce pción de est e m ism o ,
se c r e a n l a s c o n d ic io n e s de p o si b ili d a d de u n a
p u e st a e n e n t r e dicho de ese objeto.
E n ve z de h a c e r , e n g e n e r a l, u n a t e o r í a de l a
cie n cia , h a y que f o r m ula r el concepto de l a cie n
ci a , e s d e cir , de h e cho , e l concep to d e c a d a cie n
cia; y ese concep to no pue d e a p r e h e n d e rse e n n in
g u n a o t r a p a r t e que e n la h is t o r i a de s u s f o r m ula
cion es: e n e l lí m i t e , sólo pue d e e x t ra erse con d i f i
c u l t a d e s de e lla . D icho concep to ca r a c t e ri z a a l a
c i e n c i a como u n a f u n ció n q ue e s p r e ciso e n c o n
t r a r a ca d a p aso, sig u ie n d o el c a m in o inv e r t id o de
u n a a r q ue ología ; l a f unció n n o pue d e d e sc r ib irse
e n s í m ism a , de m a n e r a a isl a d a , con p r escind e n -
ci a de s u s m o d a lid a d e s de a p a rició n. E l concepto,
l e jo s de d a r u n a id e a g e n e r al de l a n o ció n de cie n
cia , l a esp eci f ica . A sí, e n vm se n t id o m u y f r e udia
no, l a a r q ue olo g ía e s l a d ilucid a ció n de u n a esp e
c i f ic id a d a c t u a l. E s t a r í a f u e r a de lu g a r t o m a r
p r e st a d o de u n a d isc i p lin a di f e r e n t e e l t é r m in o
q ue ca r a c t e ri z a a e sa r e p r ese n t a ció n: se r echa z a
r á , p u e s, l a p a la b r a « p sic o a n á lisis», u t ili z a d a si n
e m b a rgo po r B a ch ela r d e n u n se n t id o m ucho m á s
a leja d o d e l o r ig in a l q ue el que t e n d r í a a quí. P ero
a c aso se a líci t o d e cir que con l a ob r a de G eorges
C a n g u ilh e m t e n e m os, e n e l se n t id o m u y f ue r t e y
no esp e cia li z a d o que F r e ud d a b a a est a p a la b r a , o
se a , e n el se n t id o o bje t ivo y r a cio n a l, e l a n á l is is de
u n a h ist o r i a .

85
P ara un a hist o ria n a tur a l
r
de l a s normas*

L a m a y o r p r e o cu p a ció n de F o u c a u l t f ue, s i n
dud a , com p r e nd e r d e q ué m a n e r a l a a cción de l a s
n o r m a s e n l a v i d a de lo s h o m b r e s d e t e r m in a e l
t ip o de so cie d a d a l a cu a l e st os p e r t e ne ce n como
suje t os. A ho r a bie n , con resp ect o a est e pun t o, to
d a s s u s in v e st ig a c io n e s g ir a r o n e n t orno a u n i n
t e r r og a n t e f un d a m e n t a l, d e a lca nce a l a ve z e p is
t e mológico e hist ó rico : ¿ C ómo se p a sa de u n a con
ce pción n e g a t iv a de l a n o r m a y su acción, f un d a
d a e n u n m od elo ju r í d ic o de e x clusió n , e n r e la ció n
con l a d iv isi ó n e nt r e lo p e r m it id o y lo p r ohibid o , a
u n a conce pción p o si t iv a que, a l con t r a rio , p ong a
e n p r im e r p la n o s u f unción bioló gic a de in c lusió n
y r e gula ción , no e n e l se n t id o de u n a r e g la m e n t a
ción sin o de u n a r e gula ri z a ció n , con r e f e r e ncia a
l a d ist in c ió n e n t r e lo n o r m a l y lo p a tológico, v e r i
f ic a d a po r l a s ll a m a d a s «cie ncias hu m a n as» ? S e
g ú n p r evale z ca u n a u ot r a de e s a s f or m as, l a s re
l a cio n e s so ci a le s y e l modo de inse r ció n de lo s in -

* E st e t ex to, cuyo t í t ulo o r ig in a l es «P our u n e h ist o ir e n a

t u r e lle d es no r m es», se p ublicó po r p rim e r a ve z e n A sso cia
t io n p o u r le C ent re M ichel F ouc a ult (ed.), M ichel F ouc a ult
p h iloso p h e : rencont re in t e r n a t io n a le , P a r is, 9, 10, 11 j a n
vie r 1988, P a ris: S e uil, 1989, col. « D es T ravaux», p à gs. 203-
21 [«Sobre u n a h ist o r i a n a t u r a l de l a s no r m as», e n M ichel
F ouc ault , f ilóso f o, B arcelona: G e disa , 1990, p á gs. 170-85].

86
d ivi d u o s e n l a re d q ue e st a s co nst i t u y e n se d e f ini
r á n sob r e b a se s com ple t a m e n t e di f er ent es.
A t e n o r de l a c o n c lusió n e se n c i a l q ue se d e s
p r e n d e de l a H is t o r i a de l a lo c u r a , e st a ú l t i m a
p u e d e p e nsa rse , y t a m b ié n , por d e cirlo de a lg ú n
modo, a c t u a rse , co n t r a u n f ondo de sin r a z ó n , e n
r e la ció n con l a p r á c t ic a se g r e g a t iv a de u n e n cie
r r o cu y a r e a li z a ción e je m p la r p r o puso e l H osp it a l
G e n e r a l, o b ie n con t r a u n f ondo de a lie n a ción , en
e l m o m e n t o e n que e sa se g r e g a ción se r e vie r t e y
io s locos so n «lib e ra dos», e n e l a silo que a d m in is
t r a l a lo cu r a de u n modo t o t a lm e n t e d ist in t o , a l i n
t e g r a r la a a q u e llo q ue l a m e d icin a d eja sa b e r d el
ho m b r e . E n e l m ism o se n t id o . V ig il a r y c a st ig a r
m u e s t r a q ue l a p e n a lid a d p u e d e m o n t a rse como
u n esp e c t á culo , que pone e n esc e n a con t r a u n f on
do n e g r o l a o p a cid a d de lo s g r a n d e s in t e r d ic t os,
c u y a t r a n sg r e sió n e x p u ls a d e l a h u m a n i d a d a
q u ie n e s l a come t en, a l a m a n e r a d e l su p lic io de los
r e g ic id a s; o como u n a d isc i p lin a , d e n t r o d e u n a
in s t i t u c ió n p e n i t e n c i a r i a que d e sp lie g a u n p r in
cip io de t r a nsp a r e n cia , a im a g e n de lo que d e be rí a
se r l a so cie d a d e n t e r a , con f orme a l a d isp o sic ió n
e je m p l a r d e l p a nó p tico. P a r a t e r m in a r , se g ú n l a
H ist o r ia de l a se x u a lid a d , el p la ce r lig a d o a l se x o
p ue d e so m e t e rse a u n cont rol e x t erno que t ie n d a a
c o n t e n e r lo e n c i e r t os l í m i t e s r e c o n o cid os como
le g í t im os, o b ie n «lib e ra rse», e n el m ism o se n t id o
e n q ue se d ijo que e l a silo «lib e ró» a lo s lo c os a l
c o nv e r t ir los e n a lie n a d os, y e n t onces se v e a r r a s
t r a d o e n u n m ovim ie n t o de e x p a nsió n a l p a r ece r
ilim i t a d o , pe ro no o bst a n t e r e gula do, que lo co ns
t i t u y e p r o p ia m e n t e como «se x u a lid a d», de a cu e r
do con e l im p u lso p osi t ivo que le d a u n poder que
f un cio n a como u n «biopoder».

87
 E l a n á lisis de est os t r es c asos p r osigu e conf or
m e a u n a o rie n t a ción a p a r e n t e m e n t e c o m ún por
que t r o pie z a e n ca d a o p o r t unid a d con el m ism o d i
le m a : l a con f r on t a ción de d os p r á c t ic as o p u est as
de l a no r m a , que l a e rig e n e n u n p r in cip io de e x
c lusió n o de in t e g r a ción , a l a ve z que e lla r e ve la l a
im b r ic a ció n de l a s dos f o r m as que t a m b ié n a su m e
hist ó ric a m e n t e , o se a, n o r m a de saber, que e n u n ci a
c r i t e r ios de v e r d a d cuyo v a lo r pue d e se r r e st r ic t i
vo o c o nst i t u t ivo , y n o r m a d e poder, que le f ij a a l
suje t o l a s co ndicio n es de s u lib e r t a d , se g ú n r e g la s
e x t e r n a s o le y e s in t e r n a s. V e m os a sí que l a p r o
b le m á t ic a de l a no r m a , e n l a r e la ció n que m a n t ie
n e con l a socie d a d y con e l suje t o , r e m it e a sim ism o
a l a d is t in c ió n e n t r e l a s d os f o r m as p o sib l e s d e l
c o n o cim ie n t o p u e s t a s de m a n i f i e s t o e n L a s p a
l a b r a s y l a s cosas-, l a de u n a g r ill a a bst r a c t a de r a
cio n a lid a d , que d o m in a d esd e a r rib a , a l e nc e r r a r
los e n s u s p r o pios m a rcos, el á m bit o de los obje tos
cuy a «r e p r ese n t ación» se le a t ribuy e , y l a de u n s a
b e r que se p r ese n t a , a l con t r a rio , como inco r p o r a
do a l a c o nst it ució n de su obje to, que con e llo y a no
e s sólo s u «objeto» sin o t a m b ié n su suje t o , u n s a
b e r cu y a f or m a po r e x cele ncia d a n l a s cie n cias h u
m a n a s.
D e t o d as m a n e r as, u n a ve z d est a c a d as e sa s co
r r e sp o n d e n ci a s e n t r e lo s di f e r e n t es á m b it os de in
v e st ig a ció n que concit a r on su c e siv a m e n t e l a a t e n
ció n d e F o u c a u l t , e s p r e ciso a g r e g a r que , d e l a
H is t o r i a de l a lo cu r a a l a H ist o r ia de l a se x u a li
d a d , s u in t e r é s se d espla z ó no sólo e n lo conce r
n ie n t e a l co r p us de obje t os y e n u n ci a d os so b r e el
cu a l t r a b ajó , sin o t a m b ié n e n lo re f erido a l p un t o
de a p lic a ció n de l a a l t e r n a t iv a f u n d a m e n t a l cu
y a s g r a n d e s lí n e a s a c a b a n de p o n e rse de r e lie v e ;

88
y ese d esp la z a m ie n t o im p id e que lo s a n á lisis r e
cié n m e n cio n a d os se su p e r p o n g a n con e x a c tit ud,
como s i d e sa r r o lla r a n , e n p a r a le lo u n o s con ot ros,
u n r a z o n a m ie n t o f o r m a lm e n t e id é n t ic o . D icho
d esp la z a m ie n t o e s a q uel que — de u n a y ot r a p a r
t e de lo que l a no r m a , se g ú n el m od elo con que se
la r e la cion e , d ivid e o d ist in g u e — v a lo ri z a , con v i s
t a s a l e st u d io de su f un cio n a m ie n t o , e l t é r m in o
q ue e ll a conno t a d e m a n e r a n e g a t iv a , a l q ui t a r le
im p o r t a n cia , o su polo p osi t ivo , que por e l con t r a
rio re al z a : lo p r ohibid o o lo p a tológico, e n l a p e rs
p e c t iv a de l a H ist o r ia de l a lo cu r a , o lo líci t o o lo
n o r m a l, e n l a p e rsp e c t iv a de l a H ist o r ia de l a se
x u a li d a d y, e n esp e cia l, de s u s d os ú l t im o s v o lú
m e n e s p u b lic a d os. A ho r a b ie n , v e m os esb o z a rse
a q u í u n se g u n d o d il e m a , q ue e n cie r t o m odo es
t r a n sv e r s a l a l a n t e rio r y sugie r e , e n lo que r esp e c
t a a l a a cció n d e l a n o r m a , d os n u e v a s p o si b ili
d a d es de in t e r p r e t a ción, se g ú n que e ll a se o rie n t e
h a c i a l a c o nst i t ució n de u n a f igu r a de l a a n o r m a
lid a d — y est e es, e n ve r d a d , e l p r o ble m a e se n cia l
de l a H ist o r ia de l a lo cu r a— o, e n con t r ast e , h a c ia
l a de u n a f igu r a de l a n o r m a lid a d o a l m e n os de lo
que se p e rcib e como t a l, con f orme a l a p e rsp e c t iv a
que fue, e n d e f init iv a , l a de l a H ist o r ia de la se x u a
lid a d .
S i e st o e s e x act o, p u e d e c o n sid e r a r se q ue l a
p r o b l e m á t ic a q ue h a o r ie n t a d o e l c o n ju n t o d e l
t r a b a jo de F ouc a ult se si t ú a e n l a in t e rse cció n de
e s a s dos lí n e a s de elección: u n a concie rn e a l a re
la ció n de l a n o r m a con s u s «objetos», u n a r e la ció n
que pue d e se r e x t e rn a o in t e r n a , y a se r e f ie ra a u n
d e slin d e (la n o r m a e n se n t id o ju r í d ic o ) o a u n l í
m i t e (la n o r m a e n se n t id o biológico); l a o t r a con
cie r n e a l a r e la ció n de l a n o r m a con s u s «suje tos»,

89
lo s cu a le s, a l m ism o tie m p o que r e su l t a n e x c lu i
dos o in t e g r a d os de a cue r d o con l a p r im e r a r e l a
ción, so n d esc a li f ic a d os o id e n t i f ic a d os, en t é r m i
n os de d esco no cim ie n t o o re conocimien t o, a f in de
si t u a r lo s en un o u otro de lo s la d os que l a n o r m a
se p a r a o d ist in g u e . A l ocup a rn os a l a ve z en esos
d os t i p o s de p r o b le m as, lo g r a r e m os co m p r e n d e r
en qué asp ecto F ouc ault , que no dejó de in t e r e sa r
se en l a m ism a cu est ió n , modi f icó no o bst a n t e su
p un t o de v is t a a m e d id a que s u in v e s t ig a c ió n se
d e svi a b a h a c i a n u e v os á m bit os.
N uest r o in t e r és se c e n t r a r á a q uí en conocer lo
que est á e n ju e g o , d esd e el p un t o de v is t a f ilosó f i
co, con e st a p r o ble m á t ic a de la no r m a , en los t é r
m in o s e n q ue a c a b a de p l a n t e á r se l a . ¿ H a y u n a
«verdad» o b je t iv a de l a s n o r m a s y de su acción, en
r e la ció n con el tip o de so cie d a d y de suje t o a que
co rr espond en ? ¿ Y cu á l es l a n a t u r a le z a de e sa v e r
dad ? ¿ S us c r j t e r io s de e v a lu a c ió n p a r t ic i p a n de
u n a h is t o r i a o de u n a e pist emología ? O bie n , ¿en
qué m e d id a concilÍ£m e llos l a s p e rsp e c t iv as de u n
est u d io h ist ó r ic o y de u n est udio e pist emológico ?

II

P a r t a m os de u n a p r im e r a t e sis, cuyo alcance,

como ve r e m os, es f r a nc a m e n t e f ilosó f ico: l a a f ir
m a ció n d e l ca r á c t e r p r o duc t ivo de l a no rm a .
Y a se h a se ñ a l a d o que, se g ú n se p r iv il e g i e el
m od elo ju r í d ic o o e l m od elo biológico de l a no r m a ,
l a acción de est a se p e nsa r á o bie n de m a n e r a n e
g a t iv a y r e st r ic t iv a , como l a im p osició n — a b usiv a
por d e f inició n— de u n a lí n e a de d e m a rc a ción que

90
a t r a vi e sa y cont rola , b ajo l a f o rm a de u n a d o m in a
ción, u n á m bit o de esp o n t a n e id a d cu y a s in i c i a t i
v a s se su p o n e n p r e e x ist e n t e s a e sa in t e rv e n ció n
(que, a p ost e rio ri, l a s or d ena , a l co n t e n e r las t a l co
mo u n a f o r m a c a p t a u n co n t e n id o a l im p o n e r le
s u s m o dos de o r g ani z ación), o b ie n de m a n e r a po
si t iv a y e x p a nsiv a , como u n m o vim ie n t o e x t e nsi
v o y cr e a tivo que, a l a m p lia r p r o g r esiva m e n t e lo s
l í m i t e s de su á m bit o de acción, co nst it u y e e n con
cre to y p o r s í m ism o el ca m p o de e x p e r ie n cia a l
que l a s n o r m a s t ie n e n que a p lic a rse . E n est e ú l
t im o caso, pue d e d e cirse que l a n o r m a «produce»
l o s e l e m e n t o s so b r e lo s c u a l e s a c t ú a , a l m ism o
t ie m p o q ue e la b o r a lo s p r o c e d im ie n t os y lo s m e
d ios r e a les de est a acción; es d e cir que d e t e r m in a
l a e x ist e n ci a de esos e le m e n t os por e l hecho m is
mo d e p ro p one rse d o m in a r la .
P o r e je m p lo , cu a n d o F o u c a u l t , en u n p a s a j e
c r ucia l de L a vo lu n t a d de sa b e r,^ p r ese n t a l a t ec
nolo g í a de l a con f esión — que a su ju ic i o e st á en la
b a se de n u e s t r a sc ie n t i a se x u a lis, dond e e sa con
f esión in t e r vie n e como u n r i t u a l de p roducción de
v e r d a d— , q uie r e d e cir que lo s c r i t e r ios a lo s cu a
l e s se ajust e m l a s r e p r ese n t a cio n es de l a «se x u a li
dad» só lo so n e f icaces e n cua n t o a q u e lla , m á s que
co n f o r m a rse con p on e r de r e lie v e e sa v e r d a d co
m o s i y a e st uvie r a p r e via m e n t e in sc r i p t a en u n a
r e a lid a d o b je t iv a d e l se x o que e ll a d a r í a a cono
cer, l a «produce» a l c o n s t i t u i r en todo se n t id o s u
obje to m ism o , esa «se x u a lid a d» — l a s c o m illa s u t i
li z a d a s a q u í p a r a d e sig n a r la d est a c a n su ca r áct er

^ M ichel F ouc ault , H ist oir e de l a se x u a li t é , vol. 1, L a V o

lo n t é de s a v o i r , P a r is: G a llim a r d , 1976, p à gs. 78 y sig s.
[ H ist o ria de l a se x u a lid a d , vol. 1, L a v o lu n t a d de sa b e r ,
M exico: S iglo X X I, 1985],

91
de art e f acto— , que no se f o rm a sin o en cier to tipo
h ist ó r ic o de socie d a d , e l m ism o que, a l a ve z que
a r r a n c a o in d u c e co n f esio n es so b r e e l se x o y su s
p r á c t ic as, f a b ric a t a m b ié n lo conf es a ble e n d e t e r
m in a d a r e la ció n con lo incon f esa ble . U n a n á lisis
de e st a ín d ole ll e v a a u n a «hist o r i a p olí t ic a d e l a
ve r d a d»^ e in c luso a l a «economía p o lí t ic a de u n a
v o lu n t a d de sa b e r»,^ E n ef ecto, t a l pr oceder escla
rece l a n oción de u n a «vo lun t a d de sa b e r» que d a
s u t í t ulo a l a obra: s i no h a y sa b e r si n u n a «vo lun
t ad» que lo sost e n g a — como es obvio, no se t r a t a
a q u í de l a v o lu n t a d de u n suje t o— , e s p o r que e l
d isc u rso de v e r d a d que a q u e l p r ocur a p r o n un cia r
no se r e duce a l a r e p r ese n t a ción n e u t r a li z a d a de
u n con t e nid o de r e a lid a d que le se a p r e e x ist e n t e ,
y po r que , a l con t r a rio , e n é l se a f ir m a l a m ism a
v o lu n t a d o l a m ism a n e c esid a d que t a m b ié n pro
duc e h is t ó r ic a m e n t e s u obje to, en u n a f o r m a d e
«poder - saber» e n que e st os d os asp e c t os, p od e r y
sa b e r , coincid e n p o r comple to, cua ndo se cu m p le n
l a s co n dicio n es p a r a ello.
A b r a m os e n est e p un t o u n p a r é n t esis, que por
lo d e m á s só lo c e r r a r e m os e n f o r m a p r o viso r i a .
¿ E n q ué co nc e p ción f ilosó f ic a de l a v e r d a d h a c e
p e nsa r , a n t e todo, e st a id e a de u n a v o lu n t a d de
sa b e r que se e n c a m a e n u n poder -saber? P or de
t r á s de u n a r e f e r e ncia n ie t z sch e a n a , d e m a sia d o
dir e c t a m e n t e le gible a q u í como p a r a se r su f icie n
te, ¿no e s p osib le v e r ot ra, m á s l e ja n a , q ue se r í a
e sp in o sist a ? D e sp u és d e todo, F o u c a u l t n o h a c e
o t r a cosa que e x p lic a r que l a s id e a s que pod e m os
f o r m a r n os con r esp ect o a l a se x u a lid a d , so b r e l a

^ Jb id . , p ág. 80.
^ / ó i d , p ág. 98.

92
b a se de lo s m a t e r i a le s r e u n id os por e l r i t u a l de l a
con f esión, no so n «como p in t u r a s m u d a s so b r e u n
cua d ro», c u y a e x a c t i t u d f u e r a t e s t im o n i a d a p o r
s u co r r esp o n d e ncia con e l obje to que l e s si r v e de
m o d e lo, a l a m a n e r a de u n a r e la ció n e x t e r n a de
a d a p t a ció n ( S pino z a h a b l a de c o nv e nie n t ia ) que
lig a p u n t u a lm e n t e l a id e a a s u id e a tunr, pero so n
« a d e cu a d a s» e n l a m e d id a e n q ue d e n t r o de s í
m ism a s, a t r a v és d e l m ovim ie n t o que l a s o rigin a ,
se a f ir m a e l m ism o o r d en d e n e c e sid a d q ue p ro
duce t a m b ié n e l d o m inio de r e a lid a d , l a s «cosas»,
que e ll a s d a n a conocer. Y cua ndo Spino z a, por su
p a r t e, i n sis t e e n l a a c t ivid a d din á m ic a , de l a cu a l
l a id e a v e r d a d e r a e s r e su l t a d o y e x p r e sió n a l a
ve z , ¿hace é l m ism o o t r a cosa q ue r e la cio n a r e sa
v e r d a d con u n a «volun t a d de sa b e r» que l a p r o du
ce? P or lo d e m ás, cua nd o e n u n a f ó r m ula cele bé
r r im a p r ese n t a b a el in t ele c t o como im «au t óm a t a
e sp ir i t u a l» , y a sug e r í a , po r m e dio de e st a me t á f o
r a de u n a m á q u in a que p i e nsa por s í sola , l a p r e
su n t a n e c esid a d de r e la cio n a r la g é n e sis d e l sa b e r
con u n a «t ecnología» que f ue r a a l a ve z l a de u n
sa b e r y l a de u n pode r. E n e l t r a n sc u r so d e est a
e x p osició n e nc o n t r a r e m os v a r i a s v e c e s e sa re f e
r e n cia e sp in osist a .
V o lv a m os a ho r a a lo s asp e c t os g e n e r a les de l a
p r o d u c t ivid a d de l a n o r m a , q ue in v o lu c r a e n e l
m ism o p roceso p od e r y sa b e r , y e x t r a ig a m os su s
c o nse cu e n ci a s. D esd e e l p un t o de v is t a de d ic h a
p r o d u c t ivid a d , se r suje t o , e s d e cir — p u e st o que
p a r a F ouc a ult est a ú l t im a e x p r esión no pue d e te
n e r otro se n t id o— , e st a r e x p uest o a l a a cción de
u n a no r m a , como suje t o de sa b e r o como suje t o de
poder, im p lic a d e p e nd e r de e sa acción, no sólo e n
lo que a t a ñe a cie r t os asp e c t os e x t e rio r es d e l com-

93
 p o r t a mie n t o, se g ú n l a lín e a de d iv isio n e nt r e lo l í
1
cit o y lo ilícit o , sin o t a m b ié n en lo que c o nst it u y e
e l se r m ism o del suje t o p e nsa n t e y a c tua n t e , que
sólo a c túa a l se r él m ism o actua do, que sólo p ie n
s a a l se r é l m ism o p e nsa d o , p o r n o r m a s y b a jo
n o r m a s, e n r e la ció n con l a s cu a le s su p e nsa m ie n t o
y su a cción p u e d e n m e d irse , est o es, in t e g r a rse a
u n sis t e m a de e v a lu a c ió n g lo b a l d on d e e ll a s f i
g u r a n e n conc e p t o de u n g r a d o o u n e le m e n t o .
D esde ese p un t o de v is t a — ^reit erémoslo— , se r s u
je t o es, po r lo t anto, e st a r li t e r a lm e n t e «suje t a do»,
a u n cu a n d o no en e l se n t id o de l a su m isi ó n a u n
o r d en e x t e rio r que su p o n g a u n a r e la ció n de p u r a
d o m in a c ió n , si n o e n e l d e u n a in s e r c ió n de l o s
i n d iv i d u o s — de t o d os lo s in d iv i d u o s s i n e x ce p
ció n y s i n e x c lusió n — e n u n a r e d ho m o g é n e a y
c o n t in u a , u n d isp o si t iv o n o r m a t ivo que al p r o d u
cir lo s, o, m ejo r , a l r e p r o d ucir los, lo s t r a ns f o r m a
e n suje t os.
T om emos u n eje m p lo que a parece v a r i a s v e c es
e n los ú l t im o s t e x t os de F o uc a ul t y que f ue p a r a
él, si n d u d a a lgun a , de p a r t icu l a r im p o r t a ncia : el
d e l o p úsculo de K a n t sob r e l a I lust r a ció n , de 1784,
donde a quel d escub r e l a p r im e r a a p a rició n h is t ó
r ic a de u n a p r e g un t a e se n cia l, p a r a l a c u a l p r o
pone e s t a s d os f o r m ula cio n e s c o m p le m e n t a r i a s:
«¿ Q uién so y ahora ?» y «¿ C uál es el ca m po a c t u a l
de l a s e x p e rie ncias posibles?». T a m bién est os dos
in t e r r o g a n t e s r e m i t e n im p líci t a m e n t e a l a t e sis
de l a p r o d u c t ivid a d de l a n o r m a . E n e f ecto, s i
t u a r se con resp ect o a n o r m as, en cua n t o e st a s d e
f in e n , po r u n tie m p o, u n ca m p o de e x p e r ie n cias
p o sib le s, es p ost ula rse como suje t o e n el cont e x to
de u n a socie d a d n o r m a li z a d a que hace p r eva le ce r
s u s le y es pero no so m e t ie n d o a su rig o r a su je t o s

94
 que, en f un ció n de s u s p r e d isp osicio n es p r o p ias o
de u n p r in c i p io de a u t o n o m í a que p r e e x ist a e n
e llo s a u n a n t e s de e x p on e rse a l a a cción de u n a
le y se m e ja n t e , se m u e st r e n d ó ciles o r e b eld es a e s
t a , sin o , a l co n t r a r io , in s t a u r a n d o u n á m bit o de
su b je t ivid a d p r e p a ra do de p o r s í p a r a e sa acción e
in c lin a d o a e lla . P o d r í a m os, a d e m á s, p r o lo n g a r
e st a le c t u r a d e l t e x to de K a n t y v e r a q uí el p un t o
de p a r t id a y h a s t a el b asa m e n t o concre to de u n a
d o c t r in a d e l a u n iv e r s a li d a d d e l a le y. P a r a s u
je t o s a sí p r o d ucid os o r e p r o ducid os, l a le y j a m á s
se p r e se n t a como u n a p r esc rip ció n p a r t icula r con
l a que e llos se top en en su c a m in o como u n in d ic a
d o r o u n obst á culo , y que o rie n t e f á c tica m en t e su
d est in o si n t e n e r e n cue n t a s u p r o pia in t e n cio n a
lid a d esp on t á ne a , p u est o que esa le y se e x p r esa de
m a n e r a u n iv e r s a l d esd e el f ondo de e llos m ism os,
y p u est o que, de ig u a l modo, los «nombra», es de
cir, lo s d e sig n a como su je t o s y l e s a sig n a n o r m a s
de a cción que por e llo d e ben reconocer como su y a s
p r o p ias. E n ese se n t id o , pue d e d e cirse que l a le y,
e n cu a n t o sis t e m a que a c túa en lo s d os p la n os — la
p r á c t ic a y la t e orí a— , «in t e rp ela» a lo s in d iv id u o s
como suje t os.
E n o t r as p a la b r a s, se r suje t o es «pe r t enecer»,
de acue rdo con u n a f ó r m ula que r e a p a rece de m a
n e r a p un z a n t e en el t e x to de l a clase que en el C o
ll è g e d e F r a n c e se c o nsa g r ó e sp e c i a lm e n t e a l
o p úsc u lo de K a n t so b r e l a I lus t r a c ió n (se g ún l a
v e r sió n in é d i t a de e sa clase p u b lic a d a en m a yo de
1984 e n e l núm e r o 207 d e l M aga z ine L it t é r air e).*

* Se t r a t a de la clase d el 5 de enero de 1983, co r r esp on

d ie n t e a u n cu rso h o y y a p ublic a d o : M ich e l F o uc a ul t , L e
G ouve r n e m e n t de s o i et d es a u t r es. C ou rs a u C ollège de
F r ance , 1982 - 1983, P a ris; S e uil/ G a llim a r d , 2008, p à gs. 3-

95
 y

E n él, l a p r e g u n t a y a m e n cio n a d a : «¿ Q uién so y

ahora ?», se r e f o r m u la e n e s t o s t é r m in o s: «¿ Q ué
es, p u es, e l p r ese n t e a l cu a l pertene zco?». E s e l f iló
so f o el que p la n t e a a q u í l a p r e gun t a y se pr opone
r e f le x io n a r so b r e e sa p e r t e n e ncia , y su r e f le x ión
se o r ie n t a d e est e modo: «Se t r a t a de m ost r a r en
q ué asp e c t o y cómo a q u e l q ue h a b l a , e n cu a n t o
p e nsa d o r , e n cu a n t o sa bio , e n cua n t o filóso f o, f o r
m a p a r t e de ese proceso, y ( m ás que eso) cómo t i e
n e q ue c u m p li r cie r t o p a p e l e n ese p r oceso e n e l
cu a l se h a ll a r á , e n t onc es, a l a ve z como e le m e n t o
y como act or. E n r e su m e n , m e p a r ece q ue e n e l
te x to de K a n t v e m os a p a r ece r l a cu e st ió n d e l p r e
se n t e como a con t e cimie n t o f ilosó f ico a l que pe r t e
nece e l f ilóso f o q ue h a b l a de él». E n t e n d á m o slo
bie n : e l e nun cia d o que se a t ribuy e a q u í a l f ilóso f o
no se r e f ie r e só lo a lo que esp e ci f ic a su p o sició n
p r o p ia de t a l, sin o a lo que c o nst i t u y e de m a n e r a
g e n e r a l l a co n d ició n m ism a d e l suje t o , e l se r d e l
suje t o o, m e jo r a ún , el se r - suje t o; y p r e cisa m e n t e
a l t o m a r a su cargo e l e nuncia d o d e e sa co ndición
y e x p licit a r lo s r e q uisi t os, se p o st u l a t a m b ié n co
m o f ilóso f o. D esde e sa p e rsp e c t iva , «se r suje t o» es,
po r lo t an t o, «pert enecer», v a le decir, in t e r v e n i r a
l a ve z como ele m e n t o y como actor e n u n proceso
glob al, cuyo d e se nvo lvim ie n t o de f ine e l ca mpo ac
t u a l de l a s e x p e rie ncias p osib le s, y d e n t r o d e l cu a l
— y só lo d en t r o d e l cu a l— pue d e si t u a r se el hecho
de «ser -suje to».
E n co nse cu e n cia , s i h a y u n a sin g u l a r i d a d d e l
suje t o , a s í d e f inido, no e s l a de u n se r a isl a d o que

39 [ El go bie rno de s í y de lo s ot ros. C urso en e l C ollège de

F r a nce (1982 - 1983), B ue nos A ir es: F ondo de C ul t u r a E co
n ó m ic a , 2009, p á gs, 17-56]. ( N. d el T.)

96
se d e t e r m in e por s u so la r e la ció n consigo, y a r e m i
t a e st a r e la ció n a u n a o r ig in a l id e n t id a d concre t a,
l a d e u n «yo» no i g u a l a n in g ú n ot ro, o h a g a r e
f e r encia a u n u n iv e r s a l a bst ra ct o, a l a m a n e r a de
l a «cosa q ue p ie nsa » r e v e la d a po r el cogito ca r t e
si a n o (se gún u n a e x p e rie ncia r a cio n a l que, po r d e
f inició n , v a ld r í a de e n t r a d a p a r a todos los su je t o s
a q u i e n e s e ll a c o n s t i t u y e ju n t o s e n u n a m is m a
o p e r a ción p r im o r d ia l). S e t r a t a , e n cambio, de u n a
sin g u l a r id a d que n o a p a rece o no se d est a c a m á s
que con t r a u n fondo de p e r t e ne ncia , que lig a a l s u
je t o n o só lo a o t r os su j e t o s con l o s c u a l e s él se
co munic a , sin o a l proceso glo b a l que lo co nst it uy e
a l n o r m a li z a r lo y d el q ue e x t r a e s u p ro pio se r . E n
l a c la se d e l C ollège de F ra nce a n t es m e ncion a d a ,
le e m os a con tinua ció n:

« Y p o r e so m ism o v e m o s q u e , p a r a e l f ilóso f o, p l a n t e a r
l a c u e s t ió n d e s u p e r t e n e n c i a a e se p r e s e n t e y a n o se r á
e n a b so lu t o l a c u e s t ió n d e s u p e r t e n e n c i a a u n a d o c t r i
n a o u n a t r a d ic ió n ; y a n o s e r á l a si m p l e c u e s t ió n d e s u
p e r t e n e n c i a a u n a c o m u n id a d h u m a n a e n g e n e r a l, s i
n o l a d e s u p e r t e n e n c i a a cie r t o “n o so t r o s", u n n o so t r o s
q u e s e r e l a c io n a co n u n c o n ju n t o c u l t u r a l c a r a c t e r ís t i
co d e s u p r o p i a a c t u a lid a d . E s e se n o so t r o s e l q u e e s t á
c o n v i r t ié n d o s e p a r a e l f ilóso f o e n e l o bje t o d e s u p r o p i a
r e f l e x ió n ; y p o r eso m ism o se a f i r m a l a i m p o si b ili d a d
de q u e e l f ilóso f o s e a h o r r e l a in t e r r o g a c ió n so b r e s u
p e r t e n e n c i a s i n g u l a r a él. T odo est o — l a f iloso f í a como
p r o b le m a t i z a c id n d e u n a a c t u a lid a d y como in t e r r o g a
c i ó n d e l f ilóso f o a c e r c a d e e sa a c t u a li d a d de l a q u e é l
f o r m a p a r t e y c o n r e sp e c t o a l a c u a l t i e n e q u e s i t u a r
s e — b i e n p o d r í a c a r a c t e r i z a r a l a f iloso f í a com o d is c u r
so d e l a m o d e r n id a d y so b r e l a m o d e r n id a d » .

A ho r a b ie n , a l le e r e s t a s lí n e a s un o n o p u e d e
d e ja r de p r e g un t a rse si, como F ouc a ult p a r ece ría

97
a f ir m a rlo a q uí, l a d e t e r m in a ció n del suje t o con t r a
e l f ondo de l a p e r t e n e n ci a a u n «n oso t r os» q ue
coincid e con l a s co ndicion es de u n a a c t u a lid a d , es
d ecir , con u n ca m p o a c t u a l de e x p e r ie n cias p o si
b le s, só lo co mie n z a a su r g i r con K a n t , cu a n d o el
t e x to de est e úl t im o a l que se hace r e f e r encia p a
rece h a b la r , s i se lo t om a a l p ie de l a le t r a , de algo
m u y d ist in t o : esbo z a, e n t r e o t r as cosas, u n a t e oría
d e l d ésp o t a ilust r a d o , a p oy a d a en el p r in cip io se
g ú n e l cu a l el hom b r e es e l se r que p a r a «eleva rse»
t i e n e a b so lu t a n e c e sid a d d e u n m a est r o , t e o r í a
que F ouc a ult e lud e por comple to en su p r o pia i n
t e r p r e t a ción, lo cu a l in d uc e a p e nsa r que e st a p a r
t icip a r í a m á s b ie n d el or d en de u n a le c t u r a «sin t e
mal». S i se a d m it e que K a n t es el p rim e r o en p l a n
t e a r e s t a p r e g u n t a : «¿ Q uién so y aho ra ?» con e l
se n t id o de; «¿ C uál e s e l n oso t r os a l que pe r t ene z
co?», ¿cómo no h a c e r v a l e r t a m b ié n l a r e sp u e st a
que é l m ism o pr o pone p a r a e ll a — u n a r e sp u e st a
que si n lu g a r a d u d a s go bie rn a la f o r m ula ción de
l a p r e gun t a— , a sa b e r: que se r suje t o es d e f inirse
po r l a p e r t e n e ncia a u n a co m unid a d h u m a n a en
g e n e r al ? A ho r a b ie n , e l conce p t o de c o m u n id a d
h u m a n a que se r e q uie r e e n u n cont e x to se m e ja n t e
est á c o nst i t uid o de u n e x t re mo a l otro po r l a r a cio
n a lid a d de su derecho, e n u n doble se n t id o m o r a l y
ju r í d ic o : e ll a es l a que se cum p le e n u n E st a d o de
derecho.
D esd e l a ó p t ic a a d o p t a d a p o r K a n t , b i e n ca
be p e n sa r e n u n a p r o d u c t ivid a d de l a no r m a ; en
efecto, l a le y que m e lig a a u n a co m unid a d h u m a
n a e n g e n e r a l h a b l a e n m í, e in c luso pue d e d e cir
se , s i se c o nse r v a n t odos lo s se n t id o s de e st a e x
p r esió n , que «me» h a b la , como lo m u e st r a con cla
r id a d l a f ó r m ula de R o usse a u a l a que K a n t e r a

98
p a r t ic u l a r m e n t e a f ecto: «concie ncia , in s t in t o d i
vin o » , de d on d e é l h a b í a e x t r a íd o p o r s u p r o p ia
cu e n t a l a t e sis de l a «le y m o r a l e n m í», est o es,
d e n t r o de mí. E m p e ro, a q u e lla p r o d u c t ivid a d s i
gu e est a n d o p r e cisa m e n t e so m e t id a a l a id e n t i f i
c a ción de l a n o r m a y e l derecho, u n a id e n t i f ic a ción
q ue es la co ndición de t o d as m is acciones: s i la le y
m e in d ic a lo que debo ha ce r, a u n a n t es de p r o hi
b ir m e lo q ue no h a y que h a c e r , lo cier t o e s que su
d isc u r so e s e n e se n c ia p r e sc r ip t ivo , es d e cir que
m e o blig a como u n a p u r a f orma, cuy a e f icacia r a
dic a r í a , jus t a m e n t e , en e l h e cho de e st a r lib r e de
t o d o c o n t e n id o . F o u c a u l t , e s e v i d e n t e , no se
o r ie n t a e n ese se n tid o . A q uí d a r í a m os, a n t es bie n,
con l a s p r e m is a s de l a le c t u r a de K a n t esbo z a d a
p o r L a c a n e n s u t e x t o « K a n t con S a de», d o n d e
m u e s t r a q u e l a p e r t e n e n c i a a l a l e y y a l id e a l
co m uni t a r io p r esc rip t o por e lla de f ine de e n t r a d a
a l suje t o d ese a n t e , a l m ism o t ie m p o q ue som e t e
su d ese o a l p eso de e sa le y que, por s í so la , como
f or ma, le d a todo s u cont enido. C omo se ve , p l a n
t e a r l a c u e st ió n d e l suje t o d e m a n e r a co m p le t a
m e n t e f o r m a l — dir í a m os, a d e m ás: en el or d en de
lo sim b ó lic o— es, s i n dud a , h a c e r de é l e l p ro duc
to de l a le y y, con ello, si t u a r lo d esd e el in icio en
u n a r e la ció n de p e r t e n e ncia (con re f e r encia a u n a
c o m un id a d r a cio n a l que t a m b ié n es, por p a r a d ó ji
co q u e p a r e z c a , c o m u n id a d d e se a n t e ); p e ro e s
ig u a lm e n t e , a l m ism o t ie m p o , t o m a r p o r ú n ic a
m e d id a de e sa p r o d u c t ivid a d e l f o r m a lism o ju r í
dico de l a le y, o se a , e la b o r a r u n a conce pción n e
g a t iv a o n e g a d o r a de d ich a p r o d uc t ivid a d , que no
t ie n d a a o t r a cosa q ue a l a ins t a u r a c ió n de u n l í
m it e «en» e l propio suje t o ; y est e a p a rece e n t onces
como n e c e sa r ia m e n t e a t r a ve sa d o p o r l a le y: suje -

99
to e scin d id o o h e n d id o , suje t o de e sa f a lt a e n se r
q ue t ie n e po r nom b r e «deseo», est o es, el suje t o en
el se n t id o la c a nia n o . D esde ese p un t o de v is t a , el
su je t o e s a q u e l q ue e n c u e n t r a s u lu g a r y a t r a
z ado p o r co m ple t o en u n d o m inio sig n i f ic a n t e de
l e g i t im id a d cir cunsc r ip t o con p r e cisió n , d ent r o d el
cu a l debe m a n t e n e r y g a r a n t i z a r su id e n t id a d de
suje t o .
¿ C ómo esc a p a r a e st a lí n e a de in t e r p r e t a ció n
h a c ia l a cu a l p a rece co n ducir l a re f e r encia k a n t i a
n a s i se l a r e si t ú a e n s u ló g ic a p ro pia ? T a l ve z
h a y a que h a c e r in t e r v e n ir o t r a r e f e r encia f ilosó f i
ca p a r a d e f inir la noción de p e r t e n e ncia en cua n t o
e s c o n s t i t u t iv a d e l se r - suje t o: l a r e f e r e ncia espi -
n o sis t a e n l a q ue y a n o s a p o y a m os, que d e b e r í a
p e r m i t i r p e r f il a r o t r a f ig u r a de l a m o d e r n id a d ,
d is t i n t a d e l a q ue p u e d e d e d u c ir se de l a c r í t ic a
k a n t i a n a . E n est e asp ect o, es p osib le b a sa r se e n
u n a in d ic a ció n d a d a po r e l p ro pio F ouc a ult en l a
H ist o r ia de l a locur a , in d ic a ció n que, a d m i t á m os
lo, careció de r e p e r cusio n es e n e l r est o de s u obra.
Se t r a t a d e l c a p í t ulo 5 de l a p r im e r a p a r t e , d e d i
cado a lo s in s e n s a t o s, “^ dond e h a c e m e nció n de l a
p r o ble m á t ic a é tic a que est á e n el t r asf ondo de to
do el p e nsa m ie n t o clásico: « L a ra z ón c l á sic a no e n
cu e n t r a l a é t ic a a l cabo de su ve r d a d, y b ajo l a for
m a de l a s le y e s m o r a l e s; l a é t ic a como e le cció n
con t r a l a sin r a z ó n est á p r ese n t e d esd e el o rig e n de
todo p e n sa m ie n t o conce r t a do (. . .). E n l a é poca
clásic a , l a r a z ón nace en e l esp a cio de l a ética». P a
r a r e sp a ld a r el a r gum e n t o , F o uc a ul t ci t a l a fór-

M ichel F ouc ault , H ist oir e de l a f olie à l ’âge cla ssi q u e : f o

lie et d é r a iso n , P a ris: P lon, 1961, p à gs. 174-5 [ H istoria de
l a lo cu r a en l a época clásic a , B uenos A ir es: F ondo de C ult u
r a E conómica , 1992].

100
m u l a d e l D e in t e ll e c t us e m e n d a t io n e : «¿ C uál es,
p u e s, e st a n a t u r a le z a [sup e rio r, cu y a a p a r ie n cia
g e n e r a l d e f ine l a ética] ? (.. .) M ost r a r e m os que es
e l conocimie n t o de l a u n ió n que t ie n e el a lm a p e n
sa n t e con l a n a t u r a l e z a ent e ra». A ho r a b ie n , l a
n o ción de p e r t e n e ncia o u n ió n se de f ine a q uí y a no
e n e l o r d e n d e lo sim b ó lic o , sin o en el d e lo r e a l.
S e r suje t o im p lic a , por co nsig uie n t e — de acue rdo
con u n a f ó r m ula que r e a p a rece en t oda l a ob ra de
S p in o z a — , p o s t u l a r s e , a f ir m a r se , r e c o n o c e rse
como p a r s n a tur a e , es d ecir, en cua n t o se est á so
m e tido a la n e c esid a d (y a q uel dice que se t r a t a de
todo lo con t r a rio de im a co acción e x t e rna) glo b a l
de u n todo, u n todo que es la n a t u r a le z a m ism a , de
l a c u a l c a d a u n a d e n u e s t r a s e x p e r ie n ci as como
su je t o s es l a e x p r esión m á s o m e n os d e sa r r o lla d a
y comple t a ; e x p r esión d e t e r m in a d a , dice Spino z a;
e x p r e sió n n o r m a d a , d i r í a F o uc a ul t e n s u p ro pio
le n gu a je .
E n co nse cue ncia , v e m os a p a re ce r a q uí u n a m o
d a lid a d de l a p e r t e n e ncia q ue romp e con l a que se
p i e n s a e n l a t e orí a k a n t i a n a d e l d e recho r a cion a l,
p u e st o que, s i ha c e r e f e r e ncia a u n o r d e n — u n a
r e f e r e ncia de l a cu a l d e duce s u p r o p ia r a c io n a li
d a d— , ese o r d e n no e s hu m a n o sin o n a t u r a l, no es
u n o r d en p r e sc r ip t ivo de lo s h o m b r es sin o u n or
d e n n e c esa r io de l a s cosas, que se e x p r esa d esd e el
p un t o de v is t a de u n a n a t u r a le z a con r esp ect o a l a
c u a l n o h a y h o m b r e q ue t e n g a e l d e r e cho — y
m e n o s a ú n q u e e s t é e n c o n d ic io n e s— d e p o s
t u l a r s e t a n q u a m im p e r iu m i n im p e r io , est o es
( a ve n t u r e m os u n a t r a ducción), «como u n p od e r en
u n poder». P or eso, l a s le y es de est e orden, que so n
l a s de l a n a t u r a le z a m ism a , y no l a s de u n a n a
t u r a le z a h u m a n a in d e p e n d ie n t e , so n l e y e s en el

101
se n t id o f ísico d e l t é r m in o , y no en su se n t id o j u
rídico. P or co nsig uie n t e , l a r e la ció n de p e r t e n e n
cia y a no debe d e t e r m in a rse de m a n e r a li m i t a t i
v a , a l modo de u n a coacción, sin o de m a n e r a p o si
t iv a e in c luso , con f orme a l a s p a la b r a s d e l pro pio
Spino z a, c a usa l: es e sa r e la ción, en efecto, l a que
co nst it uy e , l a que h a c e se r, a q uello que se a f ir m a
en e ll a y po r e lla . D esd e e sa p e rsp e c t iv a , acceder
a u n a n a t u r a le z a su p e r io r — p a r a r e t om a r l a fór
m u l a d e l D e in t e lle c t us e m e nd a tion e— no sig n i f i
ca e n a bsolu t o d e sp o ja m os d e n u e st r a n a t u r a le z a
p r im e r a , con v is t a s a lo q ue se p r e se n t a r í a , a l a
sa z ón, como m á s a ll á de n u e st r os lí m i t e s p ro pios,
s i r a z on a m os e n t é r m in os de f init ud : es, a l con t r a
rio, d esp le g a r a l m á x im o t od a l a p o t e ncia que est á
en e sa m ism a n a t ur a le z a , en v i r t u d de l a cu a l est a
se co munic a , e n cua n t o p a r s n a tur a e , con l a n a t u
r a le z a e n t e r a a l a que t ie n d e a m a n i f e st a r e n su
in t e g r id a d , h a b id a cu e n t a de que l a in f in i t u d no
se d ivid e ; a sí como tod a l a e x t e nsió n «est á» en u n a
go t a de a gua , a sí como l a t o t a lid a d d e l p e nsa m ie n
to est á e n l a m á s sim p l e de l a s id e as, a sí t a m b ié n
t od a l a n a t u r a le z a est á «en» mí, sie m p r e y cua nd o
yo a p r e n d a a co no c e r m e como p e r t e n e cie n t e a
e lla , a l a cce d e r a ese sa b e r é tico que es t a m b ié n
u n a é tic a d e l sa b e r y que su p r im e l a f a lsa a l t e r n a
t iv a e nt r e l a lib e r t a d y l a n e c esid a d .
E s lícit o a so cia r a e st a ú l t im a co nse cu e ncia la
f ó r m ula que a p a rece e n l a in t r o ducció n de E l uso
de lo s p la c e r es,^ m e dia n t e l a cu a l F ouc a ult de f ine
el o bje t ivo de su e m p r esa ; «S a ber e n q ué m e d id a

® M ichel F ouc a ult , H isio ir e de l a se x u a li t é , vol. 2, L ’ U sage

d es p l a is i r s , P a ris: G a llim a r d , 1984, p àg. 15 [ H isto ria de la
se x u a lid a d , vol. 2, E l uso de los pla ce res, M éxico: Siglo X X I,
1986].

102
e l t r a b a jo de p e nsa r su p ro pia h is t o r i a pue d e lib e
r a r a l p e nsa m ie n t o de lo que p i e nsa e n sil e n c io y
p e r m i t i r l e p e n s a r de o t r a m a n e r a ». P e n s a r su
p r o p ia h is t o r i a , es d ecir, p e nsa rse como p e r t e ne
cie n t e a cier t o tipo de socie d a d e n l a s co ndicion es
de u n a a c t u a lid a d , es lib e r a r a l p e nsa m ie n t o de lo
que p i e n s a si n p e nsa r e n ello, y a b rir le a sí e l c a m i
no d e l a ú n ic a lib e r t a d q ue t ie n e a lg ú n se n t id o
p a r a él: no l a de u n a ilu so r i a «lib e r a ción» que le
p e r m it a e x p e rim e n t a rse como p le n a m e n t e h u m a
no, sin o l a q ue ll e v a a «p e nsa r de o t r a m a ne r a»,
e x p r e sió n q ue t a m b ié n p o d r í a m os u t ili z a r p a r a
p r e se n t a r el a m o r in t e ll e c t u a lis D ei a l cu a l hace
r e f e r encia Spino z a, q uie n, en e l fondo, no dice n a
d a d ist in t o .
S i p r o lo n g á r a m os a ú n m á s e st a r e f e r e ncia a
S pino z a lle g a r í a m os a u n a n u e v a t e sis, que en l a
r e f le x ió n c o nsa g r a d a p o r F o u c a u l t a lo s p r o b le
m a s d e l a n o r m a y su acción es, qui z á , l a m á s i m
p o r t ant e : lue go de l a t e sis de l a p r o d uc t ivid a d de
l a no r m a , l a de su in m a n e n cia .

I II

P e n s a r l a in m a n e n c i a de l a n o r m a e s, d esd e
lue go, r e n u n c ia r a co nsid e r a r su a cción de m a n e
r a r e s t r ic t iv a , como u n a « r e p r e sió n» f o r m ula d a
e n t é r m in o s de in t e r dic t o , e je r cid a con t r a u n s u
je t o d a do con a n t e r io r id a d a d ic h a a cción y que
p o d r í a , p o r s u p a r t e , lib e r a r se o se r lib e r a d o de
u n cont r ol se m eja n t e : l a h is t o r i a de l a locur a , co
mo l a de l a s p r á c t ic as p e n i t e n cia r i a s y, a sim ism o ,
l a d e l a se x u a lid a d , m u e s t r a a l a s cla r a s que e sa

103
«lib e r a ció n», l e jo s de su p r i m i r l a a cció n de l a s
n o r m as, no h a c e sin o re f or z arla. M as t a m b ié n po
d e m os p r e g u n t a r n os s i b a s t a con d e n u n c i a r l a s
ilu si o n e s de ese d iscu rso a n t ir r e p r esivo p a r a esc a
p a r a e ll a s: ¿no co r r e m os e l r ie sg o d e r e p r o d u
c i r l a s en otro n iv e l, e n el que h a n d eja do de se r i n
g e n u a s pero, a p esa r de se r a ho r a in f o r m a d as, no
d e ja n de est a r d esp la z a d as con resp ecto a l cont e
nid o a l que p a r ece n a pun t a r ? E n a p a rie ncia , F ou
c a ul t se e n c a m in a en ese se n t id o e n o p o r t unid a d
d e l d e b a t e q ue i n i c i a con e l p sic o a n á lisis e n L a
vo lu n t a d de sab er:

« Q ue e l se x o , e n e f ec to, n o e s t á “r e p r i m id o ” n o e s u n a
a f i r m a c ió n m u y n o v e d o s a . H a c e u n b u e n t ie m p o q u e
l o s p s i c o a n a l is t a s lo d ij e r o n . R e c h a z a r o n l a p e q u e ñ a
m a q u in a r ia sim p le que un o im a g in a de b u e n a g a n a
c u a n d o se h a b l a d e r e p r e sió n ; l a i d e a d e u n a e n e r g í a
r e b e ld e q u e h a b r í a q u e in t e r r u m p i r l e s p a r e ció in a d e
c u a d a p a r a d e sc i f r a r d e q u é m a n e r a s e a r t ic u l a n p o d e r
y d ese o ; l o s su p o n e n lig a d o s d e u n m o d o m á s c o m p le jo
y o r ig in a r i o q u e e l ju e g o e n t r e u n a e n e r g í a s a lv a j e , n a
t u r a l y v iv i e n t e , q u e s i n c e sa r a sc i e n d e d e sd e a b a jo , y
u n o r d e n d e sd e a r r ib a q u e p r o c u r a o b s t a c u li z a r l a ; no
h a b r í a q u e im a g i n a r q ue e l d e se o e s t á r e p r im id o , p o r l a
b u e n a r a z ó n d e q u e l a l e y lo c o n s t i t u y e y c o n s t i t u y e l a
f a l t a q u e lo in s t a u r a . L a r e l a c ió n d e p o d e r y a e s t a r í a
a l l í d o n d e e s t á e l d ese o : e s ilu so r i o , p u e s, d e n u n c i a r l a
e n u n a r e p r e si ó n q ue s e e je r c e r í a a p o st e r io r i, p e ro v a
n id o so , t a m b i é n , p a r t i r a l a b ú s q u e d a d e u n d e se o a l
m a r g e n d e l p ode r»,®

A ho r a bie n , p r ese n t a r l a le y como c o ns t i t u t iv a

d e l d ese o es, t a l cu a l a ca b a m os de ve rlo , p e nsa r l a

® M. F ouc ault , L a V olonté de sa vo ir , op. eit., pág. 107.

10 4
p r o d u c t iv i d a d de l a n o r m a ; p e r o n o b a s t a con
a n a li z a r l a r e l a ció n de l a l e y con el d ese o como
u n a r e la ció n c a usa l, e n l a q ue el dese o d el suje t o
se id e n t i f ic a como u n efecto cuy a c a usa se r í a el or
d e n m ism o de l a ley; es p r eciso, a d e m ás, p r e g un
t a rse por e l tip o de c a usa lid a d , t r a n si t iv a o in m a
n e n t e , que est á en ju e g o en e sa relación. Se com
p r e n d e , e n t o nc es, q ue p a r a e x p lic a r e l h e cho de
que h a y a n o r m a s que a c tú a n e f ectiva y e f ica z m en
t e no se a su f icie n t e r e d ucir esa acción a u n modelo
d e t e r m in ist a , d esa r r o lla d o en f orm a sim é t r ic a con
el d isc u r so de l a «lib e ra ción», como s u im a g e n en
esp ejo, in v e r t id a y, en el ju e g o m ism o de e sa inv e r -
sió n , id én tic a .

« L o q u e d is t i n g u e u n o d e o t r o e l a n á l is is q u e s e h a c e e n
t é r m in o s d e r e p r e sió n d e l o s i n s t i n t o s y el q u e se p l a n
t e a d e sd e e l p u n t o d e v is t a d e l a l e y d e l d e se o e s, s i n
d u d a , l a m a n e r a de co n c e b ir l a n a t u r a le z a y la d in á
m ic a d e l a s p u lsi o n e s , y n o l a m a n e r a d e c o n c e b ir e l p o
d e r . A m b o s r e c u r r e n a u n a r e p r e se n t a c ió n c o m ú n d e l
p o d e r q u e , co n f o r m e a l u so q u e se le d é y a l a p o sic ió n
q u e s e l e r e c o n o z c a co n r e sp e c t o a l d ese o , ll e v a a d o s
c o n s e c u e n c i a s o p u e s t a s: y a s e a a l a p r o m e sa d e u n a “l i
b e r a c ió n ” s i e l p o d e r ú n ic a m e n t e t ie n e u n in f lu jo e x t e
r i o r so b r e e l d e se o , y a se a , s i e s c o n s t i t u t iv o d e e s t e
m is m o , a l a a f i r m a c ió n “ y a e s t á s e n t r a m p a d o d e sd e
si e m p r e ”».^

P a r a no d e m o r a rnos, d ig a m os que est a ú l t im a

f ó r m ula , «y a e s t á s e n t r a m p a d o d esd e sie m p r e »
— la le y, d e bido a su n a t u r a le z a de c a usa , se a n t i
cip a sie m p r e a su s e f ectos p o sib l e s— , es l a que re
su l t a r í a de l a m e r a a se r ció n de l a p r o d uc t ivid a d

I b id ., pág. 109.

105
 T
d e l a no r m a , si n t e ne r e n cu e n t a el otro asp ect o de
su a cción que es su ca r á c t e r inm a n e n t e .
¿ E n q ué c o nsist e e st a t e sis de l a in m a n e n cia ?
E n in t r o d u c ir e n l a r e la ció n c a usa l que de f íne l a
a cción de l a n o r m a l a sig u ie n t e consid e r a ción; d i
ch a r e la ció n no e s u n a r e la ció n de su c e sió n , que
v in c u l e t é r m in o s se p a r a d os, p a r t es e x t ra p a r t e s,
con f orme a l m od elo de u n d e t e r m in ism o m ecani -
cist a , sin o que p r esup on e l a sim ul t a n e id a d , l a coin
cid e n ci a , l a p r e se n c i a r ecíp roca , l o s u n o s e n lo s
o t r os, de lo s e le m e n t os r e u n id o s p o r e lla . D esd e
e sa p e rsp e c t iv a , y a no se pue d e p e nsa r l a n o r m a
m ism a a n t es de l a s co nse cu e ncias de su acción, y
e n cier to modo por d e t r ás y con p r e scin d e n cia de
e ll a s; p o r el con t r a rio , h a y que p e nsa r la t a l y como
a c tú a e n su s e f ectos, y no, p r o pia m e n t e h a bla n d o ,
so b r e e llos, con el f ín de con f e rirles el m á x im o de
r e a lid a d de que so n ca p aces, no de lim i t a r su r e a
lid a d a t r a v és de u n mero condicion a m ie n t o . ¿ E n
q ué asp ecto r e p r ese n t a est a conce pción u n p rog r e
so en com p a r a ción con lo s a n á lisis e f ectua dos p r e
cedent e men t e ?
P a r a v o lv e r a lo s e je m p los t r a t a d os po r F o u
c a ul t , y a sa b í a m o s que no h a y se x u a lid a d e n sí,
a sí como no debe h a b e r t ampoco locur a en sí , a u n
q ue el t e x to de l a H ist o r ia de l a lo cu r a no sie m p r e
h a y a sid o del todo cla ro a l resp ect o; no h a y se x o
s a lv a j e , cu y a v e r d a d i r r u p t iv a se m a n i f i e s t e a
t r a v é s d e u n a e x p e r ie n ci a o r ig in a r i a , f u e r a d e l
t ie m p o y de l a socie d a d , p o r q ue lo que ll a m a m o s
«se x u a lid a d» es u n f enómeno hist ó rico - so cia l, d e
p e n die n t e de l a s co ndicion es o b je t iv a s que lo «pro
ducen». S in emb a rgo, p a r a esc a p a r a l m it o de los
o r íg e n es no b a st a con t r a ns f e r ir a l a le y y su poder
l a in ic i a t iv a concre t a de u n a acción de l a cu a l l a s

106
p r á c t ic as de l a se x u a lid a d d e p e nd a n con e l ca r ác
t e r de co nse cu e n cias. T a m bién se debe com p r e n
der que no h a y n o r m a e n sí, no h a y le y pur a , que
se a f ir m e como t a l en su r e la ció n f o r m al consigo, y
que sólo sa lg a de s í m ism a p a r a lim i t a r o d e lim i
t a r s u s e f ectos y, a sí , m a r c a r los n e g a t iv a m e n t e .
L a h is t o r i a de l a se x u a lid a d e nse ñ a que n o h a y
n a d a d e t r ás del t elón: n in g ú n suje t o se x u a l au t ó
nomo con resp ect o a l cu a l l a s f o r m as h is t ó r ic a s de
l a se x u a lid a d no se a n m á s que m a ni f est a cio n es fe
n o m é n ic a s, m á s o m e n o s a co r d es a s u e se n c i a
o cult a , p e ro t a m p oco n in g u n a le y de l a s e x u a li
d a d, q ue cree a r t i f ici a lm e n t e e l á m bit o de su i n
t e rve nció n, so m e t ie n d o de e n t r a d a a su s r e g las a l
suje t o de est a úl t im a , u n suje t o a l cu a l, de t a l mo
do, e ll a «pose a», t a n t o e n el se n t id o noble de l a p a
l a b r a como en s u se n t id o t r ivi a l. E n est e aspecto,
suc e d e con l a a s t u c i a de l a n o r m a lo m ism o que
con l a a s t u c i a de l a ra z ón.
E n ot ros t é r m in os, l a se x u a lid a d no es m á s que
e l co njun t o de l a s e x p e rie ncias h is t ó r ic a s y so cia
l e s de l a se x u a lid a d , s i n que e s t a s e x p e r ie n cias,
p a r a se r e x p lic a d as, t e ng a n que con f ron t a rse con
l a r e a lid a d de u n a cosa e n sí , que est é si t u a d a en
l a le y o e n e l suje t o a l cu a l se a p lic a , u n a r e a lid a d
que se r í a t a m b ié n l a v e r d a d de d ic h a s e x p e rie n
ci a s. A llí e st á l a cla v e del « p osi t ivism o » de F ou
c a ult ; sólo h a y ve r d a d f enoménica , si n re f e r encia
a u n p r in cip io de der echo que se a n t icip e a l a r e a
lid a d de lo s h e ch os a lo s cu a le s se a plic a . P or eso,
l a h is t o r i a de l a s e x u a li d a d no es u n a h is t o r i a
«de», e n e l se n t id o d e l e s t u d io de l a s t r a n s f o r
m a c io n e s de u n co n t e nid o o bje t ivo , su je t o o le y,
que p r e e x ist a a e lla s, y y a se id e n t i f iq u e ese cont e
n id o a t r a v é s de l a e x ist e n ci a de u n suje t o de se -

107
x u a lid a d o de u n a le y de se x u a lid a d . D e a h í est e
p r in cip io m e t odológico f un d a m e n t a l q ue r e duce l a
h is t o r i a de l a s e x u a li d a d a u n a h is t o r i a d e lo s
e n u n ci a d os so b r e la se x u a lid a d , s i n q ue e n lo s u
c e siv o l a c u e s t ió n c o n sis t a e n r e l a cio n a r d ich o s
e n u n c i a d o s con u n con t e nid o in d e p e n d ie n t e que
e llo s no h a g a n m á s que d e sig n a r r e a l o si m b ó li
c a m e n t e . E n est e asp ect o, p a re ce e n v e r d a d que
F ouc a ult r e nunció de m a n e r a d e f in i t iv a a u n pro
ce der de tip o h e r m e n éu t ico , d ir ig id o a in t e r p r e t a r
e n u n ci a d os, p a r a d e se n t r a ñ a r d e t r á s de e llo s u n
s e n t id o y h a s t a u n a a u s e n c i a d e se n t id o , con
r esp e c t o a lo s cu a le s a q u e llos f u e r a n a l a ve z algo
a s í com o i n d i c i o s y m á sc a r a s. H is t o r i a d e l o s
e n u n c i a d o s so b r e l a se x u a lid a d o, m e jo r , de lo s
e n u n ci a d os de l a se x u a lid a d , se g ú n l a f ó r m ula d el
«se x o q ue h a bla » que F ouc a ult t om a de l a f á bula
de L os d ij e s in d isc r e t o s: a l no h a b e r d e t r á s d e l
d isc u r so d e l se x o n a d a que so st e n g a o r e sp a ld e
s u s a se r c io n e s, e l se x o no e s de p o r sí o t r a cosa
q ue e l c o njun t o d e s u s a se r cio n e s, o se a , todo lo
que él m ism o dice de s í m ism o . P or e st a ra z ón, su
v e r d a d n o d e b e b usc a r se e n n in g u n a o t r a p a r t e
que e n l a su c e sió n h is t ó r ic a de los e nun cia d os que
co nst it uy e , po r s í sola , el á m bit o de t o d as su s e x
p e rie ncias.
E n co nse cu e ncia , s i l a n o r m a n o e s e x t e rio r a
s u campo de a p lic a ción , ello no sólo se debe, como
y a lo m ost r a m os, a q ue lo produce , sin o a que e ll a
m ism a se p roduce e n él a l p r oducirlo . A sí como no
a c t ú a so b r e u n con t e nid o que su b sis t a con in d e
p e n d e ncia y a l m a r g e n de e lla , t ampoco es de po r
s í in d e p e n d í e n t e de su acción, p r esun t a m e n t e de
sa r r o ll a d a de m a n e r a e x t e rio r a e lla , e n u n a for
m a que se r í a , por f uer z a, l a de l a d iv isi ó n y l a esci -

108
sió n . S in d u d a a lgun a , es en est e se n t id o q ue h a y
q ue h a b l a r de l a in m a n e n ci a de l a no r m a , con r e s
pecto a lo q ue est a p roduce y a l proceso po r m e dio
d el cu a l lo produce: lo q ue n o r m a l a n o r m a es su
acción.
E l r e p r oche que F ouc a ult l e h a c e a l p sic o a n á li
s i s — a l cu a l, por o t r a p a r t e, le reconoce no pocos
m é r i t os— es, jus t a m e n t e , el de h a b e r p rolonga do
a su m a n e r a e l g r a n m it o de lo s orígenes, a l r e la
cion a rlo con l a le y m ism a y c o ns t i t u ir a e st a como
u n a e se n c i a in a l t e r a b l e y se p a r a d a : como s i l a
n o r m a t uvie se u n v a lo r e n sí, que p u d ie r a m e d ir
se a l p re cio de u n a in t e r p r e t a ción; como s i su v e r
d a d se m a n t uvi e r a p o r d ebajo de su s e f ectos y e s
t os só lo d e se m p e ñ a r a n a su r esp e c t o e l p a p e l de
sín t o m a s.
P o r c o nsig u ie n t e , s i l a a cció n de l a n o r m a no
e ncu e n t r a u n campo de r e a lid a d que se a p r evio a
s u in t e r v e n ció n , t a m b ié n h a y que d e cir que e ll a
m ism a no e st á p r e o r d e n a d a a e st a y que sólo orde
n a s u f unció n n o r m a t iv a a m e d id a que l a eje rce,
e n u n e je r cicio que t ie n e a l a n o r m a por suje t o y
objeto a l a ve z . P a r a r eit e r a rlo con o t r as p a la b r as:
l a n o r m a t a n sólo pue d e p e nsa rse hist ó r ic a m e n t e ,
e n r e la ció n con lo s p r ocesos q ue l a p o n e n e n p r á c
t ic a . A q uí, F o u c a u l t sig u e , s i n lu g a r a d u d a s, l a
le cción de G eorges C a n guilh e m , q uie n es e n n u e s
t r a é poca e l in d isc u t ib l e in ic i a d o r de u n a n u e v a
r e f le x ió n so b r e l a s n o r m as. E n su in t r o d ucció n a
l a e dició n n o r t e a m e ric a n a de L o n o r m a l y lo p a t o
lógico (tex to public a d o con el t í t ulo de «L a v i e et la
scie nce» e n el núm e r o de enero - mar z o de 1985 de
l a R evue de M é t a physiq ue et de M orale co nsa g r a
do a C a n g uilh e m ), F o u c a u l t p o n e de m a n i f ie st o
con m u ch a cla r id a d e sa e nseñ a n z a :

109
 « M e d ia n t e l a d ilu c i d a c i ó n d e l s a b e r so b r e l a v i d a y d e
l o s c o n c e p t o s q u e lo a r t ic u l a n , G e o r g e s C a n g u ilh e m
q u i e r e r e c u p e r a r lo q u e p a s a co n e l conce p t o e n l a v id a ,
e s d e cir , c o n e l conce p t o e n c u a n t o e s u n o d e l o s m o d os
d e l a in f o r m a c ió n q u e todo s e r v iv o t o m a d e s u m e d io .
E l h e ch o d e q u e e l h o m b r e v iv a e n u n m e d io c o n c e p t u a
l m e n t e e s t r u c t u r a d o n o p r u e b a q u e se h a y a d e sv i a d o
de l a v i d a a r a í z d e a lg ú n o lv id o o q u e u n d r a m a
h is t ó r ic o lo h a y a se p a r a d o d e e ll a ; só lo p r u e b a q u e v iv e
d e c i e r t a m a n e r a . (. . . ) F o r m a r co nc e p t os e s u n a m a n e
r a d e v i v i r y n o d e m a t a r l a v id a » ( p á gs. 12 - 3).

E l a b o r a r n o r m a s d e sa b e r — e st o e s, f o r m a r
conc e p t os— e n r e la ció n con n o r m a s de p o d e r es,
p u e s, e m b a r c a rse e n u n p r o c eso q ue , a m e d id a
q ue se d e se nvu e lv e , g e n e r a p o r s í m ism o l a s con
d icio n e s q ue lo v e r i f ic a n y lo h a c e n efica z. L a n e
c e si d a d de e sa e l a b o r a c ió n n o se r e l a c io n a con
o t r a cosa q ue a q u e llo que y a P asc a l, con rm a f ór
m u l a p a sm osa , lla m a b a «fuer z a de la ve rd a d» (cf.
l a « R elación de l a g r a n e x p e rie ncia d e l e q uilib r io
de lo s lí q uid os» de 1647, y est e p asa je de l a a dve r
t e ncia a l le cto r que l a precede: « C on todo, no dejo
de s e n t i r p e sa r a l a p a r t a r m e de e s a s o p in io n e s
t a n g e n e r a lm e n t e a d m i t id a s [ acerca d e l ho r r o r a l
vacío] ; sólo lo h a g o ce diendo a l a f ue r z a de l a v e r
d a d q ue m e o blig a a ello»). A q iu se t r a t a si n d u d a
de l a f ue r z a de l a ve r d a d , con l a co n dició n de no
e se n cia li z a r la , a sa b e r , de r e d u cir la m í t ic a m e n t e
a l a je r a r q u í a de u n a f ue r z a v i t a l cuy o «poder»
se a p r e e x ist e n t e a l co njun t o de e f ectos que p r o d u
ce. Si h a y n o r m a s q ue a c túa n, no lo h a c e n e n v i r
t u d d e u n a oscu r a p o t e ncia q ue g u a r d a r í a e n su
o r d en, e n est a d o v i r t u a l, e l sis t e m a de t odos su s
e f ectos p osib le s, p u est o que e n t onc es se r í a i n e v i
t a b le p r e g un t a rse q ué l e g i t im a o co n d icio n a u n a

lio
a cció n se m e ja n t e , y p a r a r e sp o n d e r h a b r í a que
r e cu r r ir a l a f icción d e u n o rig e n t r asc e n d e n t e de
l a n o r m a , q ue le p e r m i t ie r a a n t icip a rse a todo lo
p r o ducid o por ella . E l «ya e st á s ent r am p a do», que
p r esu p o n e l a e x ist e n ci a p r e via de l a no r m a , debe
se r su s t i t u i d o por l a id e a de que l a n o r m a m ism a ,
e n t r a m p a n t e y e n t r a m p a d a , no es o t r a cosa que
e l h e cho de ca e r e n su p r o pia t r a m p a , que es p a r a
e ll a como u n e m b ust e y u n t est im o n io de ve r d a d .
Y a lo h e m os dicho : d e t r á s d e l t e ló n n o h a y n a d a .
Y l a a s t u c i a de l a n o r m a no se a poy a e n n in g u n a
f ue r z a m a n ip ula d o r a , po r que s u p r o p ia a cción l a
m a n i p u l a por comple to.
L a n o r m a no es, p u es, u n lí m i t e y a t o t a lm e n t e
t r a z a d o cu y a lí n e a d iv i d a e l d e st in o de l o s h o m
b r es: K a n t v e í a a l a h u m a n id a d e n e l cruce de dos
c a m in o s y l a o bse rv a b a c o n q uist a n d o s u lib e r t a d
a l e le g ir e l la d o bu e n o de e sa bi f urca ción. L o que
est á e n ju e g o a q uí es, d esd e lue go, l a r e la ció n e n
t r e u n a n a t u r a le z a y u n a cu l t u r a . P ero, ¿a dop t a
e sa r e la ció n l a f orm a de u n cliv a je , que p a sa e nt r e
d os ó r d e n es de h e ch os he t e rogéne os, o es u n a r e l a
ció n de c o nst i t u c ió n e in t e r c a m b io , que d e p osit a
e n l a s f ue r z as de l a n a t u r a le z a y l a v id a l a t a r e a
de e la b o r a r l a s n o r m a s y h a c e r l a s reconocer ? E n
est e pun t o, l a re f e r encia e sp in o sist a q ui z á pue d a ,
u n a ve z m ás, ilust r a r n o s.
Se sa b e q ue S p in o z a e la b o r ó u n a n u e v a co n
ce pción de l a so cie d a d sobre l a b ase d e l a de H ob
b es, pero t a m b ié n e n o p osición a e ll a con resp ecto
a u n p un t o c rucia l. S e gún H obbes, el est a do de so
cie d a d im p o n e n o r m a s, e s d e cir , le y e s, con v is t a s
a p r o t e g e r a lo s h o m b r e s co n t r a s í m ism o s, y e n
p a r t ic u l a r con t r a l a p a sió n d e st r u c t iv a , v e r d a d e
ro in s t in t o de m u e r t e , que lo s a t o r m e n t a y t ie n e

111
 1
c a m p o li b r e e n e l e st a d o de n a t u r a l e z a . A ho r a
bie n , sie m p r e en o p inió n de H obbes, l a r e gula ció n
de l a v i d a p o r m e d io de n o r m a s d e p e n d e de u n
c á lculo r a cio n a l que, a l e nc e r r a r d en t r o de cie r t os
l í m i t e s l o s c o m p o r t a m ie n t os, lo s c o n t ie n e y lo s
r est r in g e , con e l obje to de «sup e r a r» l a s co n t r a dic
cio n e s de u n a n a t u r a le z a d eso r d e n a d a ; y l a con
d ició n de ese p asa je - su p e r a ció n — en el cu a l N e gri
ve , s i n d u d a a lg un a ace r t a d a m e n t e, u n a p r e f igu
r a ció n de l a d i a lé c t ic a en el se n t id o h e g e li a n o—
co nst it u y e u n a t r a ns f e r e ncia v o lu n t a r i a de poder,
a ce p t a d a p o r todos los in t e g r a n t es d e l cue r p o so
ci a l y p r oduc t o r a de u n a n u e v a f orma de p od e r so
b e r ano, que r esc a t a en su b ene f icio el in s t in t o de
d o m in a ció n p r o pio de t odos lo s h o m b r es, pe ro lo
v u e lv e en con t r a de e llos en l a f orma de u n a o b li
g a ción a bsolu t a . E s a q uí dond e se d eja v e r en t od a
su pur e z a la id e a de u n a t r asc e n d e ncia de l a n o r
m a , con t odos lo s e f ectos que de ello se d e r iv a n : e l
ju e g o de e sc isio n e s y co n t r a diccio n es que p o d r í a
h a c e r le e r l a ob ra de H obbes como l a a n t icip a ción ,
en l a época clásic a , de u n a su e r t e de p sic o a n á lisis
d el poder.
A ho r a bie n , S pino z a, con t r a H obbes, se n ie g a a
est a ble c e r e n t r e est a d o de n a t u r a le z a y est a do de
so c i e d a d e sa r e l a c ió n d e r u p t u r a y su p e r a c ió n
que r e cu e r d a , como a c a b a m os de se ñ a l a r lo , u n a
dia lé c t ic a de tip o he g elia no . A su en t e nd e r , l a n a
t u r a le z a n u n c a d e ja de a c t u a r e n l a so cie d a d , a l
m o vili z a r l a s m ism a s le y es y l a s m ism a s p a sio n e s
que i m p u ls a n a l a s a r a ñ a s a p e le a r y ll e v a n a lo s
p eces chicos a se r p ast o de los g r a n d es, si n que el
se n t id o de e sa s le y es se invie r t a , si n que se v u e l
v a n co n t r a s í m ism a s p a r a in s t a l a r l a d i a lé c t ic a
de u n cont ra - poder. E s que el poder, p o r lo t a n t o.

112
 1
no se d e f in e n e c e sa r ia m e n t e p o r l a d o m in a ció n .
H ist ó ric a m e n t e pue d e t om a r la f o rm a de est a , por
su p u e st o , pe ro que lo h a g a o n o e s a bso lu t a m e n
t e c i r c u n s t a n c i a l; y el p r in c i p io m ism o d e l t ip o
de so cie d a d que se co nst it uy e a p a r t ir de u n poder
de e s a s c a r a c t e r íst ic as es víc t im a , en t onces, de u n
d e se q u ilib r io . V iv i r e n so cie d a d , de a cue r d o con
n o r m a s, no es su s t i t u i r e l d er echo de l a n a t u r a le
z a p o r u n d e recho r a cio n a l; m u y por el cont r a rio,
e s m a n e ja r y r e g u l a r l a s m is m a s r e l a c io n e s de
f ue r z a q ue d e t e r m in a n , so b r e l a b a se d e l ju e g o
lib r e y n e c esa r io de lo s a f ectos, el co njun t o de l a s
r e la cio n es in t e r in d iv id u a l e s. D esd e ese p un t o de
v is t a , l a s p r e m is a s de u n a t e o r í a p o lí t ic a no se
e n cu e n t r a n en l a cu a r t a p a r t e de l a É t ic a , sin o y a
en l a t erce ra, donde S pino z a e xpone, a u n a n t es de
f o r m ula r l a id e a de u n p od e r so b e r a no, l a so c i a
li z a ció n esp o n t á n e a de los a f ectos, t e o ri z a d a por
m e d io d e l conce p t o de im i t a t io a f f e c tuum , u n a
so c i a li z a c ió n q u e p a r a f u n c io n a r n o n e c e si t a
o t r a s l e y e s q ue l a s de l a n a t u r a le z a . E n c o nse
cu e n cia , l a cu e st ió n d e l o r d e n so c i a l se ju e g a de
e n t r a d a e n e l p la n o de lo s co n f lic t os p a sio n a l e s
cuy o d esa r r o llo ese m ism o or d en abra z a: d e e llos
e x t r a e su ve r d a d e r a po t encia , p o t en tia , y no de u n
n u e vo p r in cip io , p o t est as, que so b r e a ñ a d a a la e x
p r e sió n de d ich os con f lic t os n u e v a s r e g la s y n u e
v a s p a u t a s de com p o r t a mie n t o. D esde ese p un t o
de v is t a , u n a ve z m á s, se r í a m u y p osible le e r en la
t e rce r a p a r t e de l a É t ic a el esbo z o de u n a t e orí a
de lo s micro - p od e r es. A lo cu a l h a y que a g r e g a r
que l a s n o r m a s de p od e r a sí in t r o d u cid a s f uncio
n a n t a m b ié n , de m a n e r a in d iso ci a b le , como n o r
m a s de sa b e r : a l m u l t i p lic a r l a s r e la cio n es e nt r e
lo s h o m b r es, a l t eje r l a r e d ca d a ve z m á s com p leja

113
de su s r e la cio n es m u t u a s, a u m e n t a n e n l a m ism a
p ro p orción su c a p a cid a d de f orja r n ocion es co m u
n es, est o es, n o cio n es n e c esa r ia m e n t e a d q u ir id a s
e n co njun t o que e x p r esa n lo que es co mún a l a m a
y o r c a n t id a d de c osa s p osibles. C omo se a dve r t ir á ,
l a m ism a f uer z a de l a n a t u r a le z a y l a v id a t r a n s
f o r m a a l i n d iv i d u o e n su j e t o co g n osc e n t e y a c
tu a n t e .
¿ Q ué es, en ese ncia , lo que d ist in g u e a H obbes
de Spino z a ? E s e l h e cho de q ue l a p r e o cu p a ció n
c e n t r a l d e H obb es r a d ic a e n f un d a r u n a p o lí t ic a
e n u n a a n t r o p olog í a , o se a , e n u n a t e o r í a d e l a s
p a sio n e s h u m a n a s, que p e r m it a d e se n t r a ñ a r u n a
m o t iv a ció n f un d a m e n t a l, rect or a de t o d as l a s ac
cio n e s de lo s h o m b r es: el m ie d o a m o rir , m o t iv a
ció n q ue , in v e r t id a , o t o rg a a l d e r e cho su ú n ic o
p r in cip io y f un d a l a conce pción ju r í d ic a d e l poder.
A ju i c i o de S pino z a , emp ero, se g u i r u n p roce d e r
se m e ja n t e es c o ns t i t u ir a l ho m b r e « t a n q u a m i m
p e r iu m i n im p e rio», a t ribuy é n d o le u n a n a t u r a le z a
t o t a lm e n t e o p u e st a a l a n a t u r a l e z a m ism a ; po r
eso, é l no in t e n t a a p o y a r su r e f le x ión p o lí t ic a en
u n a t e o ría de l a s p a sio n e s h u m a n a s, e n l a que e s
t a s d e lim i t e n , d e n t r o de l a n a t u r a le z a , u n or d en
p r o p i a m e n t e h u m a n o , sin o q u e e la b o r a , p o r el
co n t r a r io , u n a t e o r í a n a t u r a l d e l a s p a sio n e s en
g e n e r a l, m ost r a n d o que t odos los a f ectos, y lo s de
lo s h o m b r es en p a r t icula r , e st á n por comple to i n
m e r so s e n l a n a t u r a le z a , cu y a s l e y e s sig u e n y de
l a que no so n m á s que e x p r esion es d iv e r sa s y de
t e r m in a d a s. P ue d e d e cirse , e n t onces, que de h e
cho l a s p r e m isa s de u n a t e orí a p o lí t ic a d e b e n b u s
c a rse , a n t es que en l a t e rce ra y l a cu a r t a p a r t es de
l a É t ic a , en l a p r im e r a y la se gun d a , que e x ponen
l a s co ndicio n es de a q u e lla inse r ció n .

114
 Se ve , p u es, a dónd e conduce el p r in cip io de l a
in m a n e n c i a de l a n o r m a a su s e f ectos, a t odos su s
e f ectos. C on t r a l a id e a co mún y co r rien t e de que el
poder de l a s n o r m a s es a r t i f icia l y a r bit r a rio , ese
p r in cip io r e ve la el ca r á c t e r n e c esa rio y n a t u r a l de
s u f ue r z a , q ue se d e f in e y se f o r m a en el t r a n s
cu rso m ism o de su acción y se pr oduce a l p r o ducir
s u s e f e c t os, co n u n a t e n d e n c i a a h a c e r lo s i n
r e se r v a s n i lí m i t e s, es decir, si n su p o n e r l a in t e r
v e n c ió n n e g a d o r a de u n a t r a sc e n d e n c i a o u n a
d ivisió n . S in dud a , es est o lo que F ouc a ult q ue r í a
e x p r esa r a l h a b l a r de la p o si t ivid a d de l a no rm a ,
q ue se d a p o r ent e ro, se p roduce a l p r o d ucir su s
e f ectos, a t r a v é s de su acción, est o es, en s u s f enó
m e n os, y sim ul t á n e a m e n t e en s u s e nun cia d os, si n
r e t e n e r en modo a lgun o por d e b ajo de est os, o por
e ncim a , u n a bso lu t o de p od e r a l que d e b a su e f i
c a ci a p e ro cu y os r e c u r so s j a m á s a go t e d e l todo.
N o r m a p o si t iv a , t a m bié n, e n l a m e d id a e n que su
in t e r v e n c ió n no se r e duc e a l g est o e le m e n t a l de
e sc in d ir á m b i t os de l e g i t im id a d , sin o que c o n sis
te, p o r e l con t r a rio , en u n a inco r p o r a ción pr ogr e
siv a y u n a p r oli f e r a ción c o n t in u a de su s m a n i f e s
t a cion es, cu y a f orma m á s g e n e r a l e s l a de l a in t e
gr ación.
N e cesid a d y n a t u r a lid a d de l a no r m a , po r con
sig u i e n t e ; pero no se pue d e d e ja r a q u í in t e r r u m
pido e l cot ejo que se h a esbo z ado con a lg u n os a s
pect os del p e nsa m ie n t o f ilosó f ico de Spino z a. H a y
que e x p lo r a r h a s t a el f in a l e st a h i p ó t e sis y p r e
g u n t a rse s i debe ll e v a r t a m b ié n a a f ir m a r l a sus -
t a n c i a lid a d de la no r m a , a r e in sc r ib i r l a e n u n or
d e n d e c osa s m a siv o y glob al, que so m e t a n e c esa
r i a m e n t e su e x p lic a ción a u n a p e rsp e c t iv a m e t a
f ísic a . E n Spino z a, l a le y e x t ra e su f ue r z a del se r

115
de l a sus t a n c i a ; y es e vid e n t e que se r í a i n ú t il b u s
ca r e n l a obra de F ouc a ult e l bosq uejo de u n ra z o
n a m ie n t o se m eja n t e . H ast a a quí, S pino z a n os h a
se r vid o p a r a le e r a F ouc a ult , m a s t a m b ié n p o d r í a
m os p r e g u n t a r n o s s i est e no n os a y u d a a l e e r a
a q u e l, a t r a v és d e l a con f r on t a ción q ue é l m ism o
n os im p on e ll e v a r a cabo e n t r e el t e m a de l a sus -
t a n c i a li d a d y e l de l a h is t o r ic i d a d ; y e s t á cla r o
que, a l p l a n t e a r e st e ú l t im o p r o ble m a , t a m p oco
n os h a ll a m o s le jos de l a s cu e st io n e s susc i t a d a s en
M a r x p o r e l e st a t us d el «m a t e r ia lism o hist ó rico»,
que e s u n nu e vo esf ue r z o po r p e nsa r ju n t o s lo h is
tórico y lo sus t a n c i a l.

116
De C anguilhe m a C anguilhem
p asando por F oucault*

A l m a r g e n de l a s co nsid e r a cio n es p e rso n a les y

p a r t icu la r e s que ll e v a n a co t eja r los r u m b os t e ó ri
cos t o m a d os p o r G e o r g es C a n g u ilh e m y M ich e l
F o uc a ult , l a co m p a r a ción se ju s t i f ic a so b r e todo
po r u n a r a z ón de fondo: esos dos p e nsa m ie n t os se
d e sa r r o ll a r o n a lr e d e d o r de u n a r e f le x ión c o nsa
g r a d a a l a p r o ble m á t ic a de l a s n o r m as; r e f le x ión
f ilosó f ica , e n e l se n t id o f ue r t e de l a e x p r esión, a u n
cu a n d o e n los dos a u t o r es se h a y a asocia do dir e c
t a m e n t e a l a e x plo t a ción de m a t e r ia les e x t r a ídos,
e n u n p r in cip io , de la h is t o r i a de l a s cie n ci a s bio ló
g ic a s y h u m a n a s y l a h is t o r i a p o lí t ic a y so cia l. A
e llo obedece est e in t e r r o g a n t e co m ún que, e n t é r
m in o s m u y g e n e r a les, p o d r í a f o r m ula rse así; ¿Por
qué l a e x ist e n ci a h u m a n a se e n f r e n t a a no rm as?
¿ D e dónd e sa c a n e st a s su poder? ¿ Y en qué dir e c
ción lo o rient an ?
E n C a n g uilh e m , e s t a s cu e st io n e s se u r d e n en
t orno a l concepto de «va lo r es n e g a tivos», r e ela bo
r a d o a p a r t i r de B a ch e la r d . E s t e asp e c t o t ie n e

* E s t e t e x t o, cuyo t í t u lo o r ig in a l e s « D e C a n g u ilh e m à
C a n g uilh e m e n p a ssa n t p a r F ouc ault», se p ublicó por p r i
m e r a ve z e n C ollè g e I n t e r n a t io n a l de P h ilo so p h i e ( ed.),
G eorges C a n guilh e m , p hiloso p h e , hist o r ie n d es sciences: a c
tes d u collo que (6-7-8 décembre 1990), P a ris: A lb in M ichel,
19 93, col. « C ollège I n t e r n a t io n a l de P h iloso p hi e » , p à gs.
286-94.

117
u n a ilus t r a c ió n e je m p la r en l a c o n c lusió n d e l a r
t ículo « V ie» de l a E n c y clo p a e d ia U n iv e r s a lis, el
cu a l, so b r e l a b ase de u n a r e f e r encia a l a p u lsió n
de mue r t e , e n u n ci a l a t e sis sig uie n t e : L a v id a sólo
se h a c e conocer y reconoce r a t r a v és de s u s e rr o
r es, que e n todo se r vivi e n t e r e v e la n su in a c a b a
m ie n t o co nst it u t ivo . Y por ello el poder de l a s n o r
m a s se at firma e n el m om e n t o en que choca, y ll e
gado e l caso t ropie z a, con lo s lí m i t e s que n o pue d e
f r a n q u e a r y h a c i a lo s cu a les, po r eso m ism o , v u e l
v e in d e f inid a m e n t e . E n ese se n t id o , a n t e s d e c i
t a r in e x t enso a B orges, C a n g uilh e m se pregcmt a;
« E l v a lo r de l a vid a , l a v id a como v a lo r , ¿no t ie n e n
s u s r a íc es en el conocimie n t o de su e se n c i a l p r e
cariedad?».
E n l a e x p osició n que sig u e , lo s p r o b le m as que
e st á n e n ju e g o se in sc r ib ir á n en u n m a rco d e lim i
t a do con rigo r, a p a r t ir de u n a le c t u r a p a r a le la de
l a s d os o b r a s d e G e o r g es C a n g u ilh e m y M ich e l
F ouc a ult que t r a t a n p r e cisa m e n t e e st a cu est ió n :
l a r e la ció n in t r í nse c a de l a v i d a con l a m u e r t e , o
de lo vivi e n t e con lo m o r t a l, se g ú n se com p rue b a
so b r e l a b ase de l a e x p e rie ncia clín ic a de l a en f e r
m e d a d . P a r a com en z a r, r e co r d e m os b r e ve m e n t e
e n qué esp a cio cr onoló gico se d e sp lie g a e sa co n
f ront a ción: e n 1943, C a n g uilh e m p u b lic a su t e sis
de m e d icin a , e l E ss a i su r q uelq ues p r o blè m es co n
c e r n a n t le n o r m a l et le p a thologiq ue - , e n 19 63,
«v e in t e a ñ os d e sp u és» , p r e se n t a e n l a colecció n
« G alien», d e dic a d a a l a h is t o r i a y l a f iloso f í a de l a
b io lo g í a y l a m e d ic in a , que é l d ir ig e e n P r e ss e s
U n iv e r si t a ir e s de F r a nce , l a se g u n d a g r a n ob r a
de M iche l F ouc a ult lue go de l a H ist o r i a de l a lo
cu r a : E l n a cim ie n t o de l a clínica - , ese m ism o a ño
d ic t a u n cu rso so b r e l a s n o r m a s e n l a S o r bon a ,

118
 1

como p r e p a r a ción de l a r e e dición, en 1966, d e l E s

s a i d e 1943, a um e n t a d o con « N ouve lles r é f le x io ns
co nc e r n a n t le n o r m a l e t le p a thologiq ue». R ecor
d e m os l a s e t a p as su c e siv a s de ese r e co r rid o { Le
N o r m a l et le p a t h o lo g iq u e , de G e o rg es C a nguil -
h e m , se ci t a r á se g ú n l a e dición de 1966, r e p r o du
cid a e n 1988 p o r P U F en l a colección « Q uadrige»,
y N a issa n c e de l a c lin i q u e , de M ich e l F ouc a ult ,
se g ú n l a e d ició n o r ig in a l de 1963 e n l a colección
« G alien» de P U F ).

E n 1943, e l E ss a i de C a n g uilh e m cont r a p one la

p e r sp e c t iv a o b je t iv a d o r a de u n a b io lo g í a p o si t i
v is t a — po r e n t onces r e p r ese n t a d a de modo e je m
p l a r e n lo s t r a b a jos de C laud e B e rn ar d, que e st u
d i a l a v id a en el la bo r a t o rio— a l a r e a lid a d e f ecti
v a y, por d e cirlo así, e x ist e n cia l de l a en f ermed ad:
e st a ú l t i m a tie n e , e n ese ncia , el v a lo r de u n p r o
b le m a p la n t e a d o a l in d ivid u o y por el in d ivid u o a
c a usa de lo s de f ectos de s u p r o pia e x ist e ncia , y d el
que se h a c e cargo u n a m e d icin a que no es e n p r in
cip io u n a cie ncia , sin o u n a r t e de l a vid a , ilust r a d o
p o r l a co n cie n cia concr e t a de ese p r o b le m a con
sid e r a d o como t a l, con p r e sc in d e n c i a de l o s i n
t e n t os de so lució n que se p ro p onen r eso lve rlo , e s
to es, h a c e rlo d esa p a r e ce r en cua n t o p roble m a .
T odo est e a n á lisis g ir a alr e d e do r de u n concep
to c e n t r a l: e l d e l «vivie n t e», suje t o de u n a «e x pe
rie n cia » — n oción que re a p a rece a lo la rgo de todo
el E ss a i— que lo e xpone, de m a n e r a a l a ve z in t e r
m it e n t e y p e r m a n e n t e , a l a p o sib ilid a d d e l su f r i
m ie n t o y, m á s e n g e n e r a l, d e l v iv i r m a l. E n e sa
p e rsp e c t iva , el vivie n t e es ernte todo el in d ivid u o o
e l se r viv o , a p r e h e n did o e n su sin g u l a r id a d e x is
t e ncia l, t a l y como l a r e ve la e n f orma p r ivil e g i a d a

119
l a v iv e n c i a co nscie n t e d e l a e n f e rm e d a d; pero es
T
t a m b ié n lo que p o d r í a m os ll a m a r «lo vivi e n t e del
vivie n t e » : ese m o vim i e n t o p ola ri z a d o de l a v i d a
q ue e m p uja a todo vivi e n t e a d e sa r r o lla r a l m á x i
mo lo que h a y e n él de se r o de e x ist ir . E n est e ú l
t im o asp e c t o , p o d e m os s i n d u d a e n c o n t r a r u n a
in sp ir a c ió n b e r gso nia n a , pero podríamos v e r t a m
b ié n , a un q u e el p ro pio C a n g uilh e m no m e ncio n e
l a e v e n t u a lid a d de ese cotejo, l a so m b r a t e n d id a
po r el concep to e sp in o sis t a de con a tus.
E se vivie n t e , que e st á con v id a e n l a m e d id a en
que se hace v iv i r , se c a li f ic a por e l hecho de que es
po r t a do r de u n a «e x periencia», p r ese n t a d a de m a
n e r a sim u l t á n e a b ajo d os f or m as: u n a co nscie n t e y
ot r a inc o nscie n t e . E n l a p r im e r a p a r t e d e l E ss a i,
en o p osición a los p r o c e dim ie n t os d el biólogo que
t ie n d e a h a c e r d e l en f ermo u n objeto de la b o r a t o
rio, se in sis t e so b r e todo en que el en f ermo es u n
suje t o conscie n t e , que se a f ana e n e x p r esa r lo que
le h a c e se n t ir su p r o pia e x p e rie ncia d e cla r a ndo su
m a l a t r a v és de l a le cción v iv i d a que lo v in c u l a al
m édico; e n ese se n t id o , C a n g uilh e m esc r ib e , con
r e f e r e n cia a l a s co nc e p cio n es d e R ené L e rich e :
« E st im a m os que no h a y n a d a e n l a cie n cia que no
h a y a a p a r e cid o a n t e s e n l a co ncie ncia y (. . .) que,
e n e l f ondo, e l p un t o de v is t a ve r d a d e r o e s e l d e l
en f ermo».^
N o o bst a n t e ello, l a se g u n d a p a r t e d e l lib r o r e
t o m a el m ism o a n á l is is y lo p r o f un d i z a , lo cu a l
conduc e a a r r a ig a r l a e x p e rie ncia d e l v iv i e n t e e n
u n a r e g ió n si t u a d a a n t e s o e n lo s l í m i t e s de l a
co ncie ncia , a ll í dond e se a f ir m a , a p r u e b a de lo s

^ G eorges C a n guilh e m , L e N o r m a l et le p a t holo giq u e , P a

r ís; P U F , 1966, p ág. 53 [ Lo n o r m a l y lo p a tológico, M éxico:
S iglo X X I, 1986].

120
o bst á culos q ue se o p onen a su t o t a l e x p a nsió n , lo
que a c a b a m os de ll a m a r «lo vivi e n t e d e l vivie n t e»,
y q ue C a n g u ilh e m d e sig n a t a m b ié n como «el e s
fuer z o esp on t á n e o d e l a vid a»,^ esf uer z o esp o n t á
neo, p o r lo t a n t o, a n t e r io r y q ui z á s e x t e rio r a su
r e f le x ión co nscie n t e ; « No v e m os cómo p o d r í a e x
p lic a rse l a n o r m a t ivid a d ese n cia l p a r a l a concie n
cia h u m a n a si, de a lg u n a m a n e r a , no e st uvie r a en
g e r m e n e n l a vid a».^ E n g e rm en, e s d ecir, bqjo l a
f o rm a de u n a p r o m esa que se r e v e la como t al, so
b r e todo, e n l o s c a so s e n que n o p a r e c e p o sib l e
cu m p lir la .
L a p u e s t a e n v a lo r de e sa «e x p e rie ncia», con
s u s d os d im e n sio n e s, c o nscie n t e e in c o nscie n t e ,
ll e v a , e n o p osició n a l o b je t ivism o p r o p io de u n a
biolo g í a p o si t iv is t a v o lu n t a r ia m e n t e ig n o r a n t e de
lo s v a lo r e s de l a vid a , a l a sig u i e n t e c o n c lusió n :
« N os p a rece que l a f isio lo g í a t ie n e algo m e jo r p a r a
h a c e r q ue p r o cu r a r d e f in ir o bje t iva m e n t e lo n o r
m a l, y e s reconoce r l a n o r m a t ivid a d o r ig in a l de l a
vida».'* Lo cu a l sig n i f ic a que, a l no se r l a s n o r m a s
d a t os o bje t ivos, y como t a le s dir ec t a m e n t e obse r
v a b l e s, los f enóm enos que o r ig in a n no so n lo s e s
t á t ic os de u n a «n o r m a lid a d», sin o lo s d in á m ic o s
de u n a «no r m a tivid a d». Se a dve r t ir á que el t é r m i
no «e x p e riencia» e ncu e n t r a a q uí otro nu e vo se n t i
do: e l de u n im p u lso que t ie n d e h a c i a im r e su l t a
do si n t e n e r l a g a r a n t í a de a lc a n z a rlo o de sost e
n e r se e n é l; e n e l c aso d e l v iv i e n t e h u m a n o , l a
f ue n t e p o si t iv a de t o d as s u s a c t ivid a d e s e s el se r
e r r á t ico de lo vivi e n t e , suje t o a u n a in f in id a d de
e x p e rie ncias.
^ I h id . , p ág. 77.
® I b id .
^ I b id . , pág. 116.

121
 D e ese modo se in vi e r t e l a p e rsp e c t iv a t r a d icio
n a l so b r e l a r e la ció n ent r e l a v id a y l a s n o r m as: no
e s l a p r im e r a l a que e st á so m e t id a a l a s se g u n d a s,
m ie n t r a s e s t a s a c t ú a n sob r e e lla d esd e e l e x t erior;
a n t e s b i e n , e l m o v im i e n t o m is m o d e l a v i d a
p r o duc e l a s n o r m a s, de m a n e r a co m p le t a m e n t e
in m a n e n t e . E s a e s l a t e sis c e n t r a l d e l E ss a i: h a y
u n a n o r m a t ivid a d ese n cia l de lo vivie n t e , cr e a dor
d e n o r m a s que so n l a e x p r esió n de s u p o la r id a d
c o n s t i t u t iv a . E s a s n o r m a s e x p lic a n e l h e ch o de
q u e lo v iv i e n t e no p u e d a r e d u c i r s e a u n d a t o
m a t e r i a l y se a e n c a m b io u n a p o sib ilid a d , e n e l
se n t id o d e u n a po t encia : u n a r e a lid a d q ue se d a
d esd e e l in ic io como in a c a b a d a por que se con f ron
t a de m a n e r a in t e r m i t e n t e con los r ie sg os de l a e n
f e r m e d a d y de m a n e r a p e r m a n e n t e con e l de l a
mue r t e .

L a le c t ur a , lu e go d e l E ss a i de 1943, d e E l n a c i
m ie n t o de l a c lín ic a , e l lib r o de F ouc a ult public a d o
e n 1963 e n u n a cole cción d i r ig i d a p o r C a n guil -
h e m , ll e v a a l a com p r ob a ción d e u n a co m un id a d
de co nc e p cio n es que n o e x clu y e n l a d i f e r e n cia y
h a s t a l a o p osició n d e lo s p u n t o s de v is t a . E s t a s
dos o b r as t ie n e n e n co m ún u n a c r í t ic a r a d ic a l de
l a p r e t e nsió n de o b je t ivid a d d e l p o si t ivism o bioló
gico, ll e v a d a a cabo e n s u s d os b o r d es e x t r e m os.
S e g ún h e m o s v is t o , G e org es C a n g u ilh e m h a b í a
e f ectuado e sa c r í t ic a r e cur rie nd o a l a e x p e rie ncia
concr e t a d e l vivie n t e , con lo cu a l se h a lló a n t e l a
n e c e sid a d de a b r ir u n a p e rsp e c t iv a , q ue p o d r í a
m os c a li f ic a r de f enom enològica, so b r e e l ju e g o de
l a s n o r m as, ca p t a do e n e l p un t o e n que su r g e de l a
e se n cia l n o r m a t ivid a d de l a vid a . A ho r a bie n , M i
ch e l F o u c a u l t su s t i t u y e l a c o nsid e r a ció n de ese

122
o rig e n ese ncia ] por l a de u n «nacimie n t o» h is t ó r i
co, si t u a d o p r e cisa m e n t e e n e l d e sa r r o llo de u n
p roceso so c i a l y p olí tico; de t a l modo, l e toca pro
c e d e r a u n a «a r que ología» — lo co n t r a r io de u n a
f e n o m e n o lo g í a— d e l a s n o r m a s m é d ic a s, v is t a s
d esd e el la d o d el médico, e in c luso , por d e t r ás de
est e , de l a s ins t i t u c io n e s m é dic as, m ucho m á s que
d esd e e l la d o d e l en f ermo, que p a rece a sí e l g r a n
a use n t e d e ese N a cim ie n t o de l a clín ic a . D e e st a
m a n e r a se e x p lic a e l d e sp li e g u e d e u n e sp a cio
m é d ico e n e l c u a l l a e n f e r m e d a d q u e d a su j e t a a
u n a «mir a d a» a l a ve z n o r m a d a y no r m a do r a , que
d e cid e l a s c o n d ic io n e s d e l a n o r m a li d a d so m e
t ié n d ose a l a s de u n a n o r m a t ivid a d común:

« L a m e d ic in a y a n o d e b e s e r ú n ic a m e n t e e l c o r p us d e
l a s t é c n ic a s d e l a c u r a c ió n y d e l s a b e r q u e e s t a s r e q u i e
r e n : t a m b i é n a b a r c a r á u n c o n o cim ie n t o d e l h o m b r e s a
lu d a b l e , e s d e cir , a l a v e z u n a e x p e r i e n c i a d e l h o m b r e
n o e n f e r m o y u n a d e f in ic ió n d e l h o m b r e m o d e lo . E n l a
g e s t i ó n d e l a e x is t e n c i a h u m a n a , a su m e u n a p o s t u r a
n o r m a t iv a , q u e n o l a a u t o r i z a si m p l e m e n t e a r e p a r t i r
c o n s e jo s d e v i d a p r u d e n t e , s i n o q u e l e d a f u n d a m e n t o s
p a r a r e g i r l a s r e l a c io n e s f ísi c a s y m o r a l e s d e l i n d i v i
d u o y d e l a so c ie d a d d o n d e e l viv e » .^

Se d ir í a q ue el vivi e n t e h a d eja do de se r e l s u
je t o de l a n o r m a t ivid a d p a r a no se r y a ot r a cosa
que su p un t o de a plic a ción, s i no f ue ra por que, en
l a p r á c tic a . F ouc a ult su p r im e d e s u s a n á lisis t od a
re f e r encia a e sa n oción de vivie n t e , t a n e sc a sa e n

® M ichel F ouc ault , N a issa n c e de l a clin i q u e : un e a rchéo

lo gie d u r e g a r d m é d ic a l, P a ris: P U F , 1963, col. « G alien»,
pàg. 35 [ El n a cim ie n t o de l a clí n ic a : u n a ar que ología de la
m i r a d a m é dic a , M éxico: Siglo X X I, 1966].

123
E l n a cim ie n t o de l a clí n ic a como f recuent e es e n el
E ss a i de C a n guilh e m . E se es el pr ecio que h a y que
p a g a r p a r a p r e se n t a r u n a g é n e sis de l a n o r m a
lid a d , e n el doble se n t id o de u n m od elo e p ist e m o
lógico, que r e g u l a lo s conocimie n t os, y u n mod elo
p olí tico, que rig e lo s co m p o r t a mie n t os.
E l concepto de «e x pe riencia» a p a rece t a n a m e
n u d o e n lo s a n á l is is de F o u c a u l t como e n lo s de
C a n guilh e m ; s i n emb a rgo, e n r e la ció n con l a e x i
g e n ci a p l a n t e a d a p o r a q u e l d e « t o m a r l a s cosas
e n su se v e r id a d est ruc t ur a l»,® se le d a u n a si g n i
f ic a ción m u y di f erent e. Y a n o se t r a t a de u n a e x
p e r i e n ci a d el viv i e n t e , e n t o d os lo s se n t id o s q ue
p u e d e a d o p t a r e st a e x p r esión , sin o de u n a e x pe
r i e n c i a h ist ó r ic a , a l a ve z a n ó n im a y colectiva: e x
p e r ie n cia de vivie n t e , m á s que e x p e rie ncia d e l v i
vie n t e , de l a que se d esp r e nd e l a f igu r a com ple t a
m e n t e d e si n d iv i d u a li z a d a de l a c lí n ic a . A sí , lo
que F ouc a ult ll a m a «e x p e rie ncia clínic a» procede
sim u l t á n e a m e n t e en v a r io s n iv e le s: e s lo que p e r
m i t e a l m édico p e r f ecciona r su e x p e rie ncia , a l po
n e rse e n cont acto con l a e x p e rie ncia p o r m e dio de
l a o bse rv a ció n (la «m ir a d a m édica»), e n e l m a rco
in s t i t u c io n a l que d e t e r m in a u n a e x p e r ie n cia so
ci a lm e n t e r e con o cid a y con t r ola d a . E n e st a ú l t i
m a f r a se , l a p a l a b r a « e x p e r ie n cia » a p a r e c e e n
t r es p osicio n es y con sig n i f ic a cio n e s di f e re n t es: l a
c o r r e la ció n de e s a s p o sic io n e s y sig n i f ic a c io n e s
d e f ine p r e cisa m e n t e l a e st r u c t u r a de l a e x p e rie n
ci a clínic a .
E s est e e l t r i á n g u lo d e l a e x p e r ie n cia : e n u n
vé r t ic e , e l en f ermo ocup a el lu g a r d e l obje t o m ir a
do; e n o t r o s e h a l l a e l m é d ic o , m ie m b r o d e u n

® I b id . , p á g. 138.

12 4
«cue r p o», e l cu e r p o m é d ic o , c u y a c o m p e t e n cia
p a r a co nv e r t irse e n e l suje t o de l a m ir a d a m é d ic a
se reconoce, y, p a r a t e r m in a r , l a t e rce r a p osició n
e s l a de l a ins t i t u c ió n que of iciedi z a y le g i t im a so
cia lm e n t e l a r e la ció n d el obje t o m ir a d o con e l su j e
to q ue m ir a . V e m os, p u e s, que e l ju e g o de lo «di
cho» y lo «vist o» a t r a v és del cu a l se t r a m a e sa «ex
p e rie ncia » p a sa po r e n cim a d e l en f e rmo y d e l m é
dico m ism o , p a r a r e a li z a r e sa f o r m a h is t ó r ic a a
p r i o r i que se a n t icip a a l a v iv e n c i a concre t a de l a
e n f e rm e d a d im p o nié n d o le s u s p r o p ios m o d e los de
re conocimien t o.
E st e a n á l is is di f ie r e p r o f un d a m e n t e y t a l ve z
in c lu so d ive r g e d el p r ese n t a d o p o r G eorges C an-
g u ilh e m e n su E ss a i de 1943, donde b usc a r í a m os
e n v a n o l a s h u e ll a s de u n a p osició n est r uc t u r a lis -
t a a v a n t l a lettre. N o obst a n t e ello, de u n a m a n e r a
que pue d e p a r ece r in e sp e r a d a , ll e g a a c o n c lusio
n e s b a st a n t e sim il a r e s, p u est o que l a e x p e rie ncia
c lí n ic a t a l cu a l a ca b a de c a r a c t e ri z a rse , a l tie m p o
q ue le b r in d a a l e n f e rm o u n a p e rsp e c t iv a d e s u
p e r viv e n ci a , a l d e volve rlo a u n est a do n o r m a l cu
y os c r i t e r ios d e f ine e ll a m ism a — ^y que sólo a p o s
t e r io r i so n c o n v a lid a d o s p o r l a s c o n s t r u c c io n e s
d e l sa b e r obje tivo— , lo e n f r en t a a l riesg o y l a n e
c e sid a d de u n a m u e r t e que a p a re ce e n t o nc es co
mo e l secr e t o o l a v e r d a d de l a vid a , s i no como su
p r in cip io . E s l a le cción de B icha t , e x p u est a e n el
c a p í t ulo 8 de E l n a cim ie n t o de l a c lín ic a , a l a que
C a n g u ilh e m , p o r s u p a r t e , se r e f ir ió con m u c h a
f irecuencia.
L a e st r u c t u r a c ió n h is t ó r ic a d e l a e x p e r ie n cia
c lí n ic a es, p u es, la que est a blece l a g r a n e cua ción
e n t r e lo v iv i e n t e y lo m o r t a l; in se r t a lo s p rocesos
m ó r b id os e n u n esp a cio o r g á nico cu y a re p rese n -

125
t a ció n e st á ju s t a m e n t e in f o r m a d a po r l a s c o n d i
cio n e s q ue p r o m u e v e n e sa e x p e rie ncia ; y d ic h a s
co ndicion es, e n ra z ón de su p r o pia hist o r icid a d , no
so n r é d u c t ib l e s a u n a n a t u r a le z a bio ló gic a d a d a
d e in m e d ia t o e n sí, como u n objeto o f recido de m a
n e r a p e r m a n e n t e a u n conocimie n t o cuy os v a lo r es
d e v e r d a d , d e bid o a e llo , se a n in c o n d ic io n a d o s.
P or eso.

« h a y q u e d e j a r a l a s f e n o m e n o lo g í a s l a t a r e a d e d e sc r i
b i r e n t é r m in o s d e e n c u e n t r o , d is t a n c i a o “ c o m p r e n
s i ó n ” l o s a v a t a r e s d e l p a r m é dico - e n f e r m o . ( . . . ) E n e l
n iv e l o r i g i n a r i o s e t r a m ó l a f ig u r a c o m p l e j a q u e u n a
p sic o lo g í a , a u n e n p r o f u n d id a d , a p e n a s e s c a p a z d e d o
m i n a r ; a p a r t i r d e l a a n a t o m í a p a t o ló g ic a , e l m é d ic o y
e l e n f e r m o y a n o s o n d os e l e m e n t o s c o r r e l a t iv o s y e x t e
r i o r e s, como e l su j e t o y e l o bje t o, lo q u e m i r a y lo m i r a
do, e l ojo y l a su p e r f ic ie ; s u co n t a c t o só lo e s p o sib l e co n
t r a e l t e ló n d e f ondo d e u n a e s t r u c t u r a e n q u e lo m é d i
co y lo p a t o ló g ic o s e p e r t e n e c e n d e sd e a d e n t r o e n l a
p l e n i t u d d e l o r g a n ism o ( . . . ) . E l c a d á v e r a b ie r t o y e x t e
r i o r i z a d o e s l a v e r d a d in t e r i o r d e l a e n f e r m e d a d , l a
p r o f u n d i d a d e x p u e s t a d e l a r e l a c i ó n m é d ic o - e n f e r -
mo».*7

E n l a s co n d icio n es q ue h a c e n p osib le l a e x pe
r i e n ci a clínic a , l a mue r t e , y con e lla t a m b ié n l a v i
d a, d e ja de s e r u n a bso lu t o on t ològico o e x is t e n
cia! y a d q uie r e , a l m ism o tiempo, u n a d im e nsió n
e p ist e m oló gic a . P or p a r a d ójico que est o p are z ca,
«ilu m in a » l a vid a :

« D esd e lo a l t o d e l a m u e r t e p u e d e n v e r s e y a n a li z a r s e
l a s d e p e n d e n c i a s o r g á n ic a s y l a s s e c u e n c i a s p a t o ló g i
c a s. E n lu g a r d e s e r lo q u e h a b í a si d o d u r a n t e t a n t o

Loe. eit.

126
t ie m p o , e s a n o c h e e n q u e l a v i d a se b o r r a y l a e n f e r m e
d a d se con f und e , est á d o t a d a a h o r a d e l g r a n pode r de
il u m i n a c i ó n q u e d o m in a y s a c a a l a lu z , a l a v e z , e l e s
p a cio d e l o r g a n ism o y e l t ie m p o d e l a e n f e r m e d a d».®

S e ñ a le m os q ue a q u í a p a r ece u n a de l a s m u y
co n t a d as r e f e r e ncias de E l n a cim ie n t o de l a c l í n i
ca a l a n oción de «vivie n t e», y lo h a c e e n r e la ción
con B icha t y con v is t a s a r e la t ivi z a r su cont enido;

« L a i r r e d u c t i b i li d a d d e lo v iv i e n t e a lo m e c á n ic o y lo
q u í m ic o só lo t ie n e u n lu g a r s e c u n d a r io co n r e sp e c t o a l
la z o f u n d a m e n t a l e n t r e l a v i d a y l a m u e r t e . E l v i t a
l is m o a p a r e c e c o n t r a el t r a s f o n d o d e e se m o r t a lism o » .®

P or e st a ra z ón, d esco m p on e r e sa e x p e r ie n cia

c lí n ic a y r e v e l a r l a e st r u c t u r a que l a so st ie n e es
t a m b ié n e x p o n e r l a s r e g la s d e u n a esp ecie de a r t e
d e v iv i r , e n r e l a c ió n con todo lo q u e s e in c lu y e
d e n t r o de l a s nocion es de s a lu d y n o r m a lid a d , que
p o r s u p a r t e y a no t ie n e n n a d a que v e r con la re
p r ese n t a ció n de lo q ue el pro pio G eorges C anguil -
h e m ll a m a r í a «inoce ncia biológica». Y p o d r í a m os
v e r a q uí el esbo z o de lo que F ouc ault , e n su s ú l t i
m os esc r i t os, d e n o m in a r á «est é tic a de la e x ist e n
cia», a f in de h a c e r com p r end e r cómo n os v a le m os
de l a s n o r m a s a l ju g a r con e ll a s, e s d e cir , a l po
n e r l a s e n f uncio n a m ie n t o y a b r ir a l m ism o tie m po
e l m a r g e n d e i n i c i a t iv a lib e r a d o po r su «juego».
E st e a r t e de v iv i r su p o n e , e n q uie n lo ejerce, s a
b e rse m o r t a l y a p r e n d e r a m o rir : F o uc a ul t t a m
b ié n d esa r r o lló e st a id e a ese m ism o año, 1963, en
s u o b r a so b r e R a y m o n d R o usse l, d on d e l a expe -

® I b id ., p ág. 145.
® I b id ., p ág. 147.

127
r i e n c i a d e l le n g u a je t om a de a lg u n a m a n e r a el l u
T
g a r de l a e x p e rie ncia clínic a .

E n 19 6 3, a l t ie m p o q ue d e sc u b r e e l lib r o d e
F ouc a ult , C a n g uilh e m se r ele e a s í m ism o y pre -
p a r a su s « N uevas re f le x iones», que se p u b lic a r á n
t r e s a ñ os d e sp u és. E n ese ú l t im o t e x to, s u a u t o r
no d e ja de i n s is t i r e n que n o v e ra z ón a lg u n a p a r a
r e t r a c t a rse de l a s t e sis d e f e n did as e n 1943 y m o
d i f ic a r l a s o d ese ch a r las. E m p e ro, s i r e a lm e n t e e s
eisí, ¿cómo e x p lic a r l a n e c esid a d de p r ese n t a r e sa s
r e f le x io n e s, e n l a s cue d es e s m e n e st e r q ue t a m
b ié n sa lg a a l a lu z algo «nuevo»?
A h o r a b ie n , s u n ov e d a d obedece, a n t e todo, a
que vu e lv e n a p la n t e a r l a cu e st ió n de l a s n o r m a s
pe ro d e sp la z a d a h a c i a ot ro t e r r e no , q ue a m p lí a
d e m a n e r a c o nsid e r a b l e s u ca m p o d e f u n c io n a
m ie n t o . P a r a d e cirlo m u y su cin t a m e n t e , e sa a m
p li a ció n procede de lo v i t a l a lo socicd. D e a ll í e st a
in t e r r o g a ció n , que de h e cho e st á e n e l cen t ro de
l a s « N u evas r e f le x iones»: E l esf ue r z o de p e nsa r l a
n o r m a con t r a u n f ondo de n o r m a t ivid a d y n o d e
n o r m a lid a d , q ue h a b í a c a r a c t e ri z a do cd E ss a i de
1943, ¿puede e x t e nd e rse de lo v i t a l a lo so cia l, e n
p a r t ic u l a r cu a nd o se t om a n e n cu e n t a t odos los fe
n ó m e n os de n o r m a li z a ció n c o nc e r nie n t es a l t r a
b a jo h u m a n o y s u s productos?
L a r e sp u e st a a e st a p r e gun t a se r í a g lo b a lm e n
te n e g a t iv a e n rci zón de l a im p osib ilid a d , d e m os
t r a d a po r G reoiges C a n guilh e m , de h a c e r in f e r e n
c i a s de lo v i t a l a lo so ci a l, est o e s, d e a lin e a r e l
f u n cio n a m i e n t o d e u n a so cie d a d e n g e n e r a l, e n
cu a n t o p o r t a d o r a d e u n p roy ec t o de n o r m a li z a
ció n , con e l d e u n o r g a nism o . E n e st a a r g u m e n
t a ció n p u e d e v e r se u n r e su r g im i e n t o d e l d e b a t e

128
t r a d icio n a l e n t r e f in a lid a d in t e r n a y f in a lid a d ex
t e r n a . ¿ S ig n i f ic a est o que h a b r í a que h a c e r u n a
d is t i n c i ó n r a d ic a l e n t r e d os t i p o s d e n o r m a s, y
o p one r s i n m á s lo v i t a l y lo social?
T a m bién a e st a ú l t im a p r e gun t a se d a r á , p ese
a t odo, u n a r e s p u e s t a n e g a t iv a , e n e se n c i a p o r
d os r a z on es. E n p r im e r lu g a r , l a s « N u evas re f le
x ion es» d est a c a n e l h e cho de que l a s n o r m a s v i t a
l e s, a l m e n os e n e l m u n d o d e l ho m b r e — ¿y acaso
no e s est e el se r que t ie nd e a inco r p o r a r t o d as l a s
c o sa s a s u p ro pio mundo ?— , no so n l a e x p r esió n
de u n a «vit a lid a d» n a t u r a l, e n r e a lid a d a bst r a c t a
p o r q u e e s t á r ig u r o sa m e n t e c o n f in a d a e n s u o r
d e n; e x p r esa n, a d e cir ve r d a d , u n esf ue r z o e n p ro
cu r a de su p e r a r dicho orden, u n esf uer z o que sólo
t ie n e se n t id o po r que e st á condicion a d o d esd e u n
p un t o de v is t a so cia l. P or o t r a p a r t e, e s a s m ism a s
« N u e v as r e f le x io nes» p o n e n de r e lie v e l a id e a de
u n a n o r m a t ivid a d so c i a l que procede p o r «inv e n
ció n d e órg anos»,^® e n e l se n t id o t écnico de l a p a
l a b r a «inve n ció n». E st o su g i e r e l a n e c e sid a d de
d a r vu e l t a l a r e la ció n d e lo v i t a l con lo so cia l: no
e s lo v i t a l lo que im p o n e su m od elo insu p e r a b le a
lo so cia l, como quenÍ E m h a c e rlo cr e e r l a s me t á f o
r a s d e l o i^ a n ic ism o ; a n t e s bie n , e n el m un d o h u
m a n o , lo so c i a l l a n z a lo v i t a l p o r d e l a n t e d e s í
m ism o , a un q u e sólo se a p o r q ue im o de lo s «órga
nos» que incu m b e a s u «inve nción» e s el pr o pio co
n o cim ie n t o de lo vi t a l, u n conocimie n t o cuyo p r in
cip io e s so cia l.
P e nsa r l a s n o r m a s y s u a cción es, po r lo t a n t o,
r e f le x io n a r so b r e u n a r e la ció n e n t r e lo v i t a l y lo

G. C a n g uilh e m , L e N o r m a l et le p a tholo giq u e , op. cit.,

p á g. 189.

129
so c i a l q ue n o se a r é d u c t ib l e a u n d e t e r m in ism o
c a u s a l u n il a t e r a l. E st o r e cu e r d a e l e s t a t u s m u y
p a r t icu l a r d el concepto de «conocimien t o de l a v i
da» e n G e org es C a n g uilh e m , q uie n r e cu r r ió a él,
como e s sa b id o , p a r a d a r t í t u lo a un o de s u s l i
b ros. E se concepto co r r esp ond e sim ul t á n e a m e n t e
a l conocimie n t o que se pue d e t e ne r con resp ect o a
l a v i d a c o nsid e r a d a como u n obje t o y a l co n o ci
m ie n t o p ro ducido por l a v i d a que, en cu a n t o su j e
to, p r o m u eve e l acto d e l conocer y le con f iere s u s
v a lo r es. Q uie r e d ecir , e nt onces, que l a v id a no es
n i t o t a lm e n t e obje t o n i t o t a lm e n t e suje t o , a sí co
mo no e s d e l todo concie ncia in t e n cio n a l y t a m p o
co m a t e r i a e x p u est a a se r la b r a d a , in c o nscie n t e
de lo s i m p u lso s que l a m ovili z a n . E s po t encia , e s
to es, como d ijim o s p a r a comen z ar, in a c a b a m ie n
to, y p o r eso sólo se e x p e rim e n t a a l con f r on t a rse
con «va lo r es ne g a tivos».
A l f in a l de l a s « N u evas r e f le x ion es» p o d e m os
le e r lo sig uie n t e :

« E s e n e l f u r o r d e l a c u l p a , a s í com o e n e l g r i t o d e l s u
f r im i e n t o , q u e l a in o c e n c i a y l a s a lu d su r g e n co m o l o s
t é r m in o s d e u n a r e g r e si ó n t a n i m p o si b l e co m o b u sc a
da».

Q ui z á M ich e l F o u c a u l t p o d r í a h a b e r esc r i t o
e st a f r ase p a r a ilu s t r a r los in e vi t a b l e s m i t os de la
n o r m a lid a d ; l o s m i t o s que, a t r a v é s de s u e x p re
sió n id e a li z a d a , no h a b l a n de ot ra cosa que d e l s u
f rim ie n t o y l a mue r t e , e s decir, de l a a m e n a z a que
d e vu e lv e a todo vivi e n t e a s í m ism o , a l a ve z a su
in d iv id u a li d a d de t a l y a lo vivie n t e que v iv e en él.

I b id . , pág. 180.

130
G eorges C anguilhem:
u n estilo de p ensamiento*

G e o r g es C a n g u ilh e m p u b lic ó r e l a t iv a m e n t e
poco y sólo acep tó de m a n e r a t a r dí a , y no si n r e t i
c e n cias, p o n e r a l a lc a nc e de u n p ú b lic o m á s a m
p lio e sc r i t os que h a s t a a ll í él se h a b í a in g e n i a d o
b a st a n t e b ie n e n d isp e r sa r y d isim u l a r en lu g a r e s
e le g id os con disc r e ció n . P a r a q u i e n e s f ue r on su s
a lle g a d os, e st a r e se r v a e r a u n r asg o c o nst i t u t ivo
de su p e r so n a lid a d , que r e ch a z a b a todo a q u e llo
que p u d ie r a e m p a r e n t a rse con e l hecho m ism o de
a p a recer, e n cu a l q uie r se n t id o de l a p a la b r a . A ho
r a bie n , l a in f lu e n ci a que eje rció — si n d u d a pue d e
h a b l a rse , a est e respecto, de u n ve r d a d e r o m a g is
t e rio in t e l e c t u a l, q ue m a rcó a v a r i a s g e n e r a cio
n e s— est a b a dir e c t a m e n t e lig a d a a e sa vo lu n t a d
de r ese rv a , a l a d e cisió n , r esp e t a d a h a s t a e l f in a l
s i n co nc esio n es n i com p on e nd as, de a t e n e rse a lo
in d is p e n s a b l e e n e l d ese m p e ño de su f unció n de
p ro f esor y filóso f o. E s a economía de p e nsa m ie n t o ,
p o r lo d e m á s, e r a t a n t o m e jo r o bse r v a d a cu a n t o
q u e l a p r a c t ic a b a co n o b s t in a c ió n , s i n h a c e r l a
obje to de co m e n t a rios o g losas, p u e s h u b i e se sid o
a bso lu t a m e n t e ocioso p r o p on e rlos, y t e r m in ó por
a d o p t a r l a c a r a c t e r íst ic a de lo q ue p o d e m os de-

* E s t e t e x t o, cuyo t í t u lo o r ig in a l es « G eo rges C a n g u il
h e m : u n st y le de pensé e», se p ublicó por p rim e r a ve z e n C a
h i e r s P h iloso p hi q u e s, 69, d icie m b r e de 1996, « L a p h ilo so
p hie de G eorges C a nguilhe m», p ágs. 47-56.

131
f in i r como e st ilo f ilosó f ico: u n a m a n e r a d e t e r m i
n a d a de si t u a r se en l a e m p r esa d e l p e nsa m ie n t o y
p r o se g u i r s u t r a b a jo , e s d e cir , d e a su m i r con e l
m á x im o r ig o r s u s co ndicion es y co nse cu e ncias. E n
G eorges C a n g uilh e m , ese rigo r t uvo u n a n a t u r a le
z a eje m p la r .
P a r a d a r u n a id e a de ello, q u e r r í a b asa r m e e n
u n a e x p e r ie n ci a p e r so n a l y t r a t a r d e r e v iv i r l a
f u e r z a d e l a im p r e sió n q ue e m b a r g ó a u n e s t u
d i a n t e — f o r m a do p o r l a m e dioc r e e nse ñ a n z a de
l a s p r e p a r a t o r ias p a r isin a s de l e t r a s [ khâgnes] de
en t onces, e n l a s cu a le s no h a b í a a p r e ndid o m ucho
m á s que l a r e t ó ric a de los e je r cicios d e concurso—
que e n 1958 se p r o p onía ob t ener im a lic e n ci a t u r a
d e f iloso f ía e n l a F a cult a d de L e t r as de P a r ís, y se
encon t r ó — u n poco po r c a su a lid a d , e m p uja d o po r
l a c u r iosid a d y si n p r eve r e n a bsolu t o lo q ue ib a a
suc e d e r le — se n t a d o e n lo s b a ncos d e l a n f it e a t r o
b a st a n t e r a le a d o d ond e C a n g u ilh e m d ic t a b a u n
cu rso de a g r e g a ción so b r e l a f iloso f í a d e A u g u s
t e C omte ( que e n a q u e lla época no e r a t o d a ví a el
a u t o r m a ld i t o que h a lle g a d o a se r e n l a a c t u a li
d a d). Q uie n h o y e sc r ib e e s t a s l í n e a s , c e r c a d e
cu a r e n t a a ñ os d e sp u és, sig u e sin t ie n d o con ig u a l
in t e n sid a d a q u e lla im p r esió n : a t a l p un t o e r a so
brecogedor el e f ecto p r o ducid o p o r e sa p a la b r a i n
t r a nsig e n t e . E n u n a n f it e a t r o v e cin o , q ue est a b a
— est e sí— a t est a d o, R a y m ond A r on d a b a ig u a l
m e n t e u n cu rso so b r e C omt e, cuy o sis t e m a d e s
m on t a b a , con u n a ir o n í a ir r e f u t a ble , m e dia n t e le
v e s p in c e l a d a s, con lo c u a l h a c í a p e n s a r q ue no
h a b í a g r a n cosa que e x t ra e r de e sa f iloso f ía, so b r e
todo e n lo co nc e r nie n t e a l concep t o d e so cie d a d ,
cu y a v e r sió n com t e a n a era, d esd e s u p un t o de v i s
t a , u n a su e r t e d e m is t i f ic a c ió n : l a o p e r a ció n d e

132
d e m o lic ió n , ll e v a d a a ca bo con in d isc u t ib l e e l e
g a ncia , e r a d iv e r t id a y e fica z , pero d eja b a u n a i m
p r e sió n de m a lest a r , por que no h a c í a lu g a r a n i n
g ú n r e su l t a d o p o si t iv o y se lim i t a b a , de a cue rdo
con l a t r a d ició n de u n a cr í t ic a e n p r im e r gr ado, a
e x pone r l a n a d e r í a de u n a n a d a . C a n guilh e m , po r
e l co n t r a r io , t o m a b a e n se r io e l p e nsa m ie n t o de
C om t e, como co r r esp o n d í a t r a t á n d ose de un o de
lo s f un d a d o r es de l a t r a d ició n no sólo de u n a f ilo
so f ía bioló gica , sin o t a m b ié n de u n a e p ist e m olo g í a
h is t ó r ic a ; se se n t í a oblig a do a se g u ir lo e n e l p o r
m e n o r y l a ló g ic a i n t e r n a d e s u s o p e r a c io n e s
t e ó ric as, y d e dic a b a tie m p o y esf uer z o, p o r e je m
plo , a r e t r a n sc r ib i r e n n e g r o so b r e b la n c o y co
m e n t a r e n d e t a lle l a t o t a lid a d d e l cu a d r o d e l a s
f un cio n es ce r e b r a les, p a r a d evolve rle , a d esp echo
de s u s e x t r a v a g a n ci a s a p a r e n t es, su in t e r é s f ilo
só f ico, e q uiv a le n t e , e n u n o r d e n m u y d is t in t o de
id e a s, a l de l a t a b l a k a n t i a n a de l a s c a t e g o r í as.
T al y como C a n g u ilh e m lo p r e se n t a b a e n s u cu r
so , C om t e no e r a , s i n d u d a , e l p ose e d o r d e u n a
v e r d a d e x c lu siv a q ue d i e r a lu g a r a u n a e x p osi
ció n d o g m á t ic a : a n t e s b ie n , r e p r e se n t a b a e n l a
h is t o r i a d e l a v e r d a d u n a p o sic ió n a t ip ic a , cu y a
e sp e c i f ic id a d m e r e c í a l a p e n a r e cono c e r s i un o
m ism o a sp ir a b a a t om a r p osició n e n e l m o vim i e n
to de e sa h is t o r i a , q ue f ue e l obje to a l q u e C a n
g u ilh e m consa g r ó p r in cip a lm e n t e su a t e nció n de
f ilóso f o y e n t o m o a l cueil co nst ruy ó lo e se n cia l de
s u obra.
N o p a r e c í a in d isp e n sa b l e s e g u i r a d e la n t e con
e l cu rso de A ron: e n él, todo — e s decir, n a d a— e s
t a b a dicho d esd e e l inicio . E n ca mbio, d e sp u és de
h a b e r lo dis f ru t a d o im a so l a ve z , y a no e r a p osible
a b a n d o n a r e l d e C a n g uilh e m , de m a n e r a que lo s

133
a ños q ue sig u i e r o n v iv í , se m a n a t r a s se m a n a , a l a
esp e r a de l a p r ó x im a cla se — ^los m ié r co les po r l a
t a r d e , s i l a m e m o r ia no m e e n g a ñ a — , a l a c u a l
a sis t í a sie m p r e con l a m ism a a vid e z y e l m ism o
asom b r o . A sí, lue go d e l cu rso so b r e C omt e d ic t a
do e n 1958 - 1959, escuché s i n p e rd e r u n a so l a p a
l a b r a l o s d e d ic a d o s a l a c i e n c i a de D e sc a r t e s
(1959 - 19 6 0), lo s o r íg e n es de l a p sic o lo g í a (1960-
1 9 6 1), e l e s t a t u s so c i a l de l a c i e n c i a m o d e r n a
(19 61- 19 6 2) y po r úl t im o , e n 1962-1963, e l cu rso
so b r e l a s n o r m a s, q u e se in t e g r ó e n p a r t e a l a
n u e v a e dición d e l E ss a i su r le n o r m a l et le p a t h o
logique . C a d a u n a de e s a s c l a se s d u r a b a u n a h o
r a , a lo la r g o de l a c u a l l a s p e r so n a s p r e se n t e s,
cuyo núm e r o a u m e n t a b a con e l p aso de los a ños,
v iv í a n u n a in t e n sa e x p e rie ncia in t e le c t u a l, r e n o
v a d a s i n c esa r , que l a s p o n í a e n cont acto dir ec t o
con se g m e n t os e n t e r os de l a h is t o r i a d e l p e n sa
m ie n t o, p r ese n t a d os so b r e l a b ase de t e x t os de d i
f ícil acceso. E n boca de C a n guilh e m , e st os se ca r
g a b a n de u n a sig ni f íc a ció n ese ncia l: p a r a no cit a r
m á s q ue u n e je m p lo , d i f ícilm e n t e p u e d a o lv id a r
u n co m e n t a rio d el a r t ículo « A plicación», r e d a c t a
do por d’A le m b e r t p a r a l a E ncyclo p édie , asocia d o
a e x t r a c t os d e l a S cience d es in g é n i e u r s de B éli -
dor, de dond e se d esp r e n d í a n lo s e le m e n t os f un d a
c io n a l e s de u n a f iloso f í a de l a t é c n ic a a p o y a d a
e n cie r t os asp e c t os c a r a c t e r íst icos de l a h is t o r i a
de su concepto, a p r e h e n did o e n el cora z ón de s u s
t r a n s f o r m a c io n e s y, p o r e so m ism o , r e m i t id o a
s u s p r in c i p a l e s d esa f íos e sp e cula t ivos y p r á cticos.
A ll í e s t a b a í n t e g r o e l m é t o d o d e C a n g u ilh e m ,
c o n sis t e n t e e n r e p r o d u cir cie r t os h e ch os f u n d a
m e n t a le s de l a h is t o r i a d el p e nsa m ie n t o , caracte -

134
r i z a d os e n s u e se n c i a l sin g u l a r i d a d , d e m a n e r a
que a c t u a r a n e n el p r ese n t e , como h e ch os que e s
t a b a n p r o ducién d ose y no como l a m a t e r ia m u e r t a
de u n a h is t o r i a y a p asa d a , s i n que im p o r t a r a que
e s t u v i e se p e r im id a o sa n cio n a d a . P a r a u n le c t o r
de S pino z a, u n a e x p e rie ncia se m e ja n t e no d eja b a
de e m p a r e n t a rse con l a p r á c tic a del conocimie n t o
d e l t e rce r género, y pue do a se ve r a r que, a l s a li r de
l a s c l a se s de C a n guilh e m , un o t e ní a cie r t a id e a de
lo que p odía se r e l a m o r in t e ll e c t u a lis D ei,
C a n g u ilh e m t e ní a u n t alen t o esp e cia l p a r a s u s
ci t a r n u e vo in t e r és po r a u t o r es c o nsid e r a d os m e
no r es, a q uie n es sa c a b a d el olvid o con el f in de s e
ñ a l a r e l p a p e l q ue h a b í a n cu m p lid o e n l a e la b o
r a ció n de l a s o b r as de los g r a n d e s cie n t í f icos y lo s
g r a n d e s f ilóso f os, a l o f recer a e ll a s u n ca m p o de
r e so n a n c i a d e n t r o d e l c u a l su d isc u r so se c a r g a
b a de u n se n tid o comple t a men t e nuevo. E st o e q u i
v a l í a a m o s t r a r q u e l a v e r d a d , q ue e n c a so de
a sig n á r se l e u n a lo c a li z a ción est r ic t a corre e l r i e s
go de t r a ns f o r m a rse e n ilu si ó n d o g m á t ic a co a gu
l a d a , se d e s p li e g a y d i f u n d e p o r d o q u i e r e n e l
d e r r o t e r o i r r e g u l a r se g u id o p o r el p e nsa m ie n t o
h u m a n o b a jo t o d a s s u s f o r m a s, u n d e r r o t e r o a
t r a v é s d e l cu a l e ll a se p r o p a g a p o r c a m in o s m u y
a m e nud o oscu r os y q ue c a si p o d r í a m os c a li f ic a r
de in c o nscie n t e s. D e a llí se d esp r e n d í a n l a s g r a n
d e s lí n e a s d e u n a h is t o r i a d e l conocimie n t o f un d a
d a e n el p r in cip io de l a g e n e a lo g í a de los concep
tos, e n l a cu a l n o e r a n l a s cie n cia s l a s ú n ic a s in v o
luc r a d as.
L a se c r e t a a l q u im i a de l a s p e q u e ñ as v e r d a d es
p e r m i t í a a sí com p r end e r cómo «la cie ncia , a c t ivi
d a d est ric t a m e n t e t eórica, t ie n e u n a h ist o r i a , y no

135
só lo u n d e s t in o o u n a lò gic a ».^ E n t e n d á m o slo
bie n : e x p lic a r l a cie n ci a po r s u h is t o r i a — o p e r a
ción que no t ie n e n a d a que v e r con l a de \ ana t eo
r i a d e l conocimie n t o , e in c lu so se si t ú a e n p a r t e
como a l t e r n a t iv a con r esp e c t o a e ll a — n o si g n i f i
c a e n a b so lu t o n e g a r le s u c a r á c t e r d e a c t ivid a d
t e ò ric a ; e s, a l co n t r a rio , d a r r a íc es a d icho ca r á c
t e r, lo c u a l n o ll e v a f a t a lm e n t e a r e d u cir e sa c i e n
c i a a u n a se r i e de «da tos» e x t e rio r es, p o r d e f in i
ción, a s u ca m p o p r o pio de p r o ducción; « U na c osa
es r e ch a z a r u n a e x p lic a ció n so cio ló g ic a si e m p r e
m á s o m e n os r e d u c t iv a , y ot r a, r e ch a z a r u n a e x
p lic a ció n d e l con t e nid o de l a cie n ci a e n l a m e d id a
e n que m a n t i e n e u n a r e la ció n o b lig a d a con u n a
si t u a ció n» ,^ E l p un t o de p a r t id a d e l p r oce d e r f ilo
só f ico d e G e o r g es C a n g u ilh e m e r a e l h e ch o d e
q ue , d e sd e u n a p e r sp e c t iv a h is t ó r ic a , e l co n o ci
m ie n t o se p r o duc e sie m p r e e n si t u a c ió n y, p o r lo
t a n t o, de im a m a n e r a que no e s f r o n t a l sin o n e c e
sa r i a m e n t e sesg a d a , y de que, e n co nse cu e ncia , a
l a ve z q ue no p u e d e r e d u c í rse lo a d e t e r m in a cio
n e s e x t r a t e ó ric as, t a m poco e s id e n t i f ic a b le con el
e s t a t u s d e u n c o n o cim ie n t o p u r o , f o r m a d o p o r
com ple t o como f u e r a d e ca mpo; se co m p r e nd e r á ,
p u e s, que l a se n d a p a r t icula r m e n t e a n g ost a que
e se p r o c e d e r t o m a b a r e q u e r í a e l e x ig e n t e e s t ilo
de p e n sa m ie n t o a l q ue n os h e m o s r e f e rid o e n e l
comien z o.
L a d i f icul t a d a su m i d a y so st e n id a h a s t a e l f i
n a l p o r C a n g u ilh e m pue d e , a d e m ás, f o r m ula rse
d e e st e modo: a l n o h a b e r co n o cim ie n t o s i n his -

^ F r ase d e G e o i^ s C a n g uilh e m e x t r a íd a de l a s n o t a s to
m a d a s d u r a n t e el cu rso sobr e el e s t a t us so cia l de l a cie n cia
m ode rna .
^ I b id .

136
t o ñ a , t a m p oco p u e d e h a b e r h is t o r i a g e n e r a l d e l
conocimie n t o , p o r q ue l a h ist o r icid a d de e sa h is t o
r i a obe dece p r e cisa m e n t e a su sin g u l a r id a d , q ue
e s l a c o n d ició n d e s u f e cun d id a d t e ó ric a . E so lo
lle v a b a , e n p a r t icula r , a h a b la r , en e l cu rso dic t a
do e n 1961-1962, de u n «est a t us so ci a l de l a cie n
cia»: po r « e st a t us so cia l» h a b í a que e n t e nd e r , e n
t o nc es, no u n c o n d icio n a m ie n t o im p u e s t o p o r le
y e s de n a t u r a l e z a socioló gic a , y e n c o nse cu e n cia
e x t r a cie n t í f íc o , si n o e l h e ch o de q ue e l co n o ci
m ie n t o n o e s e l p r o duc t o de u n a ló g ic a p u r a d e l
p e nsa m ie n t o , que lo h a g a a v a n z a r e n d e r e chu r a
so b r e u n a l í n e a p r e vi a m e n t e d e f in id a a l a q ue
n a d a p u e d a d e sv i a r d e su o rie n t a ción p rim e r a , co
mo s i c o n t uvie r a e n s í m ism a e l p r in cip io d ese nc a
d e n a n t e de s u p r o g r esión, a l a m a n e r a de u n a «in
v e s t ig a c ió n » t e n d id a h a c i a l a p e rse cu ció n d e su
m e t a y, po r lo t a n t o, d e f inid a e n f unció n de est a ,
t a l como l a p r ese n t a el mod elo p la t ónico d e l cono
cim ie n t o . S i l a cie n cia no e x ist e po r l a socie d a d, en
e l se n t id o de u n a r e la ció n vmívoca de d e t e r m in a
ción c a usa l, que l a co nvie r t a e n vm sim p l e i n s t r u
m en t o, e x ist e e n e ll a y con e lla , como u n a f o r m a
de p e nsa m ie n t o concreto, es d ecir, como im a f igu
r a in d iso ci a b le m e n t e v iv a e in d ivid u a d a .
L a a t e n ció n t e ó ric a p r e st a d a p o r C a n g uilh e m
a lo s p r o b le m a s de l a v i d a y l a e x ist e n ci a i n d iv i
du a d a , con lo s «v a lo r es n e g a t ivos» p r o p ios de e s
t a , e r a p u e s inse p a r a b le de su in t e r é s po r l a h is
t o r i a d e l co n o cim ie n t o , conce bido como p r á c t ic a
h u m a n a , cuy o e st u d io im p lic a t o m a r e n c o nsid e
r a ció n a con t e cim ie n t os lig a d os a l d esa r r o llo acci
d e n t a do y con t r ast a do d e e sa p r á c tic a , u n d esa r r o
llo que , a l n o e st a r p r e d e t e r m in a d o e n modo a lg u
no, m a n t i e n e h a s t a e l f in a l e l c a r á c t e r de u n a

137
 1
a v e n t u r a . A sí , en su conce pción, el conocimie n t o
d e l a v i d a t e n í a p o r co r r ela t o l a v id a d e l conoci
mie n t o; u n a y ot ro se e n f r e n t a b a n por ig u a l a l p ro
b le m a c r u c ia l d e l er ror, y a q ue h a y e r r o r es de l a
v i d a como h a y e r r o r es de l a cie ncia , y r e v e la b a n
en e sa con f ron t ación lo que es ese n cia l en e llos.
D esd e e se p u n t o de v is t a , y a f in de ll e v a r e s
t a cu e st ió n a u n d il e m a t r a d icio n a l, C a n g uilh e m
co nsid e r a b a l a h is t o r i a d e l p e nsa m ie n t o , y m u y
e n p a r t ic u l a r l a d e l p e nsa m ie n t o cien t í f ico, m á s
como u n a inv e n ció n que como u n d escub rim ie n t o .
E llo lo c o n d uc í a a d e vo lv e r le , e n o p osició n a u n
condicion a m ie n t o , su d im e n sió n d e lib e r t a d , en el
se n t id o d e u n a lib e r t a d en si t u a ció n , e n f r en t a d a a
l a co nst a n t e e x ig e ncia de a d a p t a r s u s r e sp u e st a s
a l a s p r e g un t a s p la n t e a d a s p o r l a a c t u a lid a d , sin
t ene r, no obst a n t e , l a ca p acid a d de f o rja r a r b i t r a
r ia m e n t e e s a s p r e g un t as y, por lo t anto, de f a b ri
c a r l a s e n t o d a s s u s p a r t es. C onocer se r í a así, en
cie r t a f orma , d e scu b r ir p r e g un t as e in v e n t a r r e s
p u e s t a s p a r a e ll a s, a l a m a n e r a e n que u n o r g a
n is m o d i a lo g a con s u m e d io de e x is t e n c i a . L a s
p a la b r a s de P asc a l; «Somos en el medio», co m e n
t a d a s p o r C a n g uilh e m e n e l c a p í t ulo « M edio» de
E l conocimie n t o d e l a vid a , tie n e n p u es, e n l a p ro
lo n g a ció n de s u s r e so n a n c i a s e x ist e n c i a l e s, u n a
sig n i f ic a c ió n e p ist e m o ló gic a . E n o t r as p a la b r a s,
l a h is t o r i a de l a s t e o r í as no p u e d e c o nsid e r a rse
ú n ic a m e n t e u n a h is t o r i a t eórica, a m e n os q ue se
l a r e b aje a l p la n o de u n a h is t o r i a vir t u a l, que d e
duc e lo m ism o a p a r t ir d e lo m ism o y, e n c o nse
cue ncia , no d a c a bid a a lg u n a a los a ccid e n t es que
ja lo n a n e i m p u ls a n el m ovim ie n t o de l a h is t o r i a
r e a l. L a r e f le x ió n de f ondo q ue C a n g uilh e m con
sa g r ó a l a c u e s t ió n de lo s f a lso s p r e c u rso r e s se

138
a p oy a p r e cisa m e n t e e n e st a id e a : a t r ib u i r a L eo
n a r d o d a V in c i o a M ende] e l p a p e l de precxirsores
im p lic a r e e sc r ib ir la h is t o r i a a p a r t ir de su f in a l
su p u e st o , que se p r o y e c t a e n t onc es e n u n o rig e n
id e a l d e sd e e l c u a l e s a h is t o r i a p a r e c e d e s e n
v o lv e rse de m a n e r a lin e a l, dir e c t a y s i n r u p t iir a
— p o r ende , si n q ue se p u e d a a p a r t a r de su c a m i
no y a t ra z ado de a n t e m a no, y si n que s u s e f ectos
de ve r d a d , q ue comp e t en a l or d en d el conocim ie n
to, p u e d a n j a m á s n a c e r de s u s d e svia cio n e s o su s
e r r o r es— .
E n u n a p e rsp e c t iv a di f e r e n t e de l a de M ar x p e
ro no f a t a lm e n t e inc o m p a t ib le con e lla , todo esto
ll e v a a a p r e h e n d e r e l conocimie n t o como u n hecho
so ci a l, y no sólo como u n r e sul t a d o d e l f un cio n a
m ie n t o p u r a m e n t e in t e le c t u a l d e l a m e n t e h u m a
na . P o r «hecho social» h a y que en t e nd e r , ent onces,
no u n h e cho d e t e r m in a d o e n ú l t im a in s t a n c i a so
bre l a b a se de co ndicion es so ci a le s f ija d a s con a n
t e rio rid a d a su p ro ducción y que lo e x p lic a n en su
t o t a lid a d , sin o u n hecho que no pue d e p r o d ucirse
si n l a in t e r v e n ció n co r r e la t iv a d e c ir c u n st a n c i a s
que no t ie n e n su o rig en e n l a t e orí a p ur a , sin o que
a p a r ecen y so b r e todo a d q uie r e n u n a sig ni f ic a ció n
e n u n p la n o d ist in t o de a q u e l e n e l q ue l a t e o ría
h a c e reconocer l a p e r t in e n cia de su s le y es.
E se e r a e l se n t id o e n que C a n g u ilh e m , e n su
cu rso d e 1961-1962 so b r e el e s t a t us so c i a l d e l a
cie ncia , re t om a b a, crit ic á n d ola , l a d iv is a comtea -
n a : « C ie n cia , de d on d e p r e v isió n [ p révoyance ];
p r e visió n , de dond e acción», a l a que n e g a b a e l ca
r á c t e r de d e ducción c o n t in u a su g e r id o por el giro
«de d o n d e . . . de d o n d e . . al m ism o tie m po, la d i
v is a q u e d a b a e scin d id a e n d os se cu e n cia s su c e si
v a s h e t e r o g én e as d esp le g a d as en p la n os di f eren -

139
 t es; «cie ncia , de dond e p r e vid e n cia \ p r évision ]» y
« p r e visió n , d e d ond e acción», e n q ue e l e sq u e m a
t e órico de l a p r e vid e n cia no p ue d e su p e r p o n e rse
dir e c t a m e n t e a l esq u e m a p r á ctico de l a p r e visió n ;
«Se p ue d e d e cir “p r e visió n , de dond e a cción”, pero
no “cie ncia , de dond e p r e visió n ” ; l a p r e visió n e s u n
c o m p o r t a m ie n t o . C o r r esp o n d e a l se g u n d o s i s
t e m a».^ E st e se g un d o sis t e m a e s p r o p ia m e n t e el
de l a v id a so cia l, p a r a u t ili z a r u n a f ó r mula , «vid a
social», e n que l a re f e r encia a l a v id a y a s u s p ro
b l e m a s no t ie n e sólo u n p a p e l met a f órico: e x p r esa
e l h e cho in so sl a y a b l e de q ue l a so cie d a d , m uch o
m á s a ll á de u n cont e x to m a t e r i a l in m ó v il que im
p o n e d e t e r m in a c io n e s y a d e sa r r o ll a d a s d e a n t e
m a n o , o de u n a f o r m a in s t i t u c io n a l ún ic a m e n t e
vin c u l a n t e e n e l p la n o d el derecho, c o nst it u y e p a
r a e l p e nsa m ie n t o u n in t e rlo cu t o r , e l p a r de u n i n
t e rc a m bio in c e sa n t e e n cuyo t r a nscu rso el p e nsa
m ie n t o r o ism o e la b o r a y r e ha ce s u s p r o p ias f igu
r a s. Y l a h is t o r i a d e l p e nsa m ie n t o h u m a n o no es,
jus t a m e n t e , m á s q ue l a p r ose cució n , e s d e cir , l a
r e cup e r a ción p e r p e tua , de ese diálogo.
E n o t r as p a la b r a s, e l p roce d e r e p ist e m oló gico
de C a n g uilh e m e q uiv a le a d e sin t e le c t u a li z a r t a n
to como se a p osib le lo s f enóm enos de l a cie n cia y el
conocimie n t o, no con e l f in d e n e g a r o r e ch a z a r e l
c a r á c t e r t eórico pr o pio de a lg u n os de e llos, sin o , a l
con t r a rio , d e con f ir m a rlo , p onie ndo d e r e lie v e su s
co n d icio n es de p o sib ilid a d y s u s lí m i t e s. D e a h í l a
t e sis a sí f o r m ula d a e n e l cu rso so b r e e l e st a t us so
c i a l de l a cie n cia m od e rn a : «L a cie n cia debe a p a
r e c e r e n u n u n iv e r so q ue l a h a g a p osib le ». E se

® N ot a t om a d a e n e l cu rso de C ang^uilhem sob r e e l e st a t us

so cia l de l a cie ncia mode rn a .

140
u n iv e rso , que no es r é duc t ible a d a t os m a t e r ia les,
e s a n t e todo i m m un d o de obje t os t écnicos p r o d u
cid os p o r e l t r a b a jo hu m a n o , e n f o r m as indisocia -
b le m e n t e m a n u a l e s y m e n t a le s; y e s t a m b ié n u n
m u n d o in f o rm a do, e n e l se n t id o f ue r t e d e l t é r m i
no, po r l a s t é cn ic a s de d esa r r o llo y p ro p a g a ción de
l a c u l t u r a — l a e nse ñ a n z a e n p r im e r a f ila — que
h a c e n de é l u n m un d o inst r u id o . A l e la b o r a r e st a s
id e a s, C a n g uilh e m re t om a b a de m a n e r a m a n i f i e s
t a u n c a m in o q ue B a ch e la r d y a h a b í a a b ie r t o ;
pe ro no se q ue d a b a a hí, p o r q ue d u p lic a b a l a t e sis
p r ece d en t e con l a t e sis in v e r sa , a l e x p lic a r que l a
cie n ci a m ism a , o r ig in a d a en cie r t a s p r á c t ic as so
ci a le s, t a m b ié n est á d e st in a d a , e n l a ló gic a de su
d e sa r r o llo , a c o n v e r t ir se e n u n a p r á c t ic a so c i a l,
inco r p o r a d a como t a l a l f uncio n a m ie n t o de l a so
cie d a d , e n e l doble p la n o de l a in f r a e st r uc t u r a y
de l a s su p e r e st r u c t u r a s, se g ú n se in t e r p r e t e que
p r o cu r a a l a co m un id a d m á s b ie n e st a r o m á s l u
c e s — u n a id e a que y a c o n s t i t u í a e l núcle o de l a
e m p r e s a f ilosó f ic a d e C om t e— . L a f u n c ió n d e l
cien tí f ico, y l a h is t o r i a de e sa f unción, que r a d ic a
p r in cip a lm e n t e e n s u p r o f esio n a li z a ción g r a d u a l,
so n ilu m i n a d a s p o r e sa t e n d e n cia a l a so ci a li z a
ción d e l sa b e r , que lo inco r p o r a a l a o r g a ni z a ción
de l a so cie d a d con a r r e glo a u n m ovim ie n t o ca d a
ve z m á s c o n sus t a n c i a l a s u sig n i f ic a c ió n p r o p ia
m e n t e t e órica.
¿ H a b la r de u n a f un ció n so c i a l de l a cie n ci a y
d e l cie n t í f ico sig n i f ic a , e m p e ro, q ue e st o s d e b e n
con f o r m a rse a u n p la n o est ric t a m e n t e f un cio n a l e
ins t r u m e n t a l, que los p r iv e de m a n e r a d e f in i t iv a
de s u a u t onom í a ? N o, a l m e n os e n l a m e d id a e n
q ue se c o n cib a cie r t a a u t o n o m í a de l a so cie d a d
m ism a con r esp ect o a s u s p r o p ias f uncio n es o a al-

141
g u n a s d e e ll a s ; a h o r a b ie n , p r e c isa m e n t e a eso
conduce l a id e a de u n a v id a social. P a r a que l a so
cie d a d p u e d a u t ili z a r l a cie ncia y a los cie n t í f icos
e s p r e ciso que d isp o n g a de l a s n o r m as co r r esp on
die n t es, pero e s a s n o r m a s no so n en modo a lgun o
p r e vi a s a s u p u e st a en p r á ctica, p o r q ue so n e n s í
m ism a s e l pr oduct o de u n a h is t o r i a so m e t id a a l a
in c e r t id u m b r e d e l a co n t e cim ie n t o , u n a h is t o r i a
e n cuy o t r a n sc u r so l a so cie d a d in v e n t a , p o r s u
cu e n t a y riesgo, m a n e r a s de se r y ob ra r que no es
p osib le d e f inir e n u n p la n o est ric t a m e n t e i n s t i t u
cio n a l pe ro que r e p r ese n t a n , sie m p r e b a jo cier t o
sesg o , certo oc d e t e r m in a t o modo, u n e st a d o d e
t e r m in a d o de l a s lu c h a s y lo s t r a b a jos h u m a n o s,
cu y a r e a lid a d co nc r e t a no a go t a n in g u n a in t e r
p r e t a ción f in a lis t a o f o r m a list a .
C ie ncia , conocimie n t o y p e nsa m ie n t o e n gene
r a l p a r t icip a n , p u es, de u n a h is t o r i a n a t u r a l que
e s sim ul t á n e a m e n t e u n a h is t o r i a so cia l: e st a h is
t o r ia e s n a t u r a l po r que s u m o vim ie n t o no p u e d e
e x p lic a rse so b r e l a b a se de d e cisio n e s p a r t ic u l a
r e s a su m id a s e n concie ncia y ca p aces, como t a les,
de d e sv i a r de m a n e r a a r t i f ici a l s u curso; y e s so
ci a l por que lo s in cid e n t es que l a ja lo n a n d est a c a n
su sin g u l a r id a d en u n cont e x to en que l a co le c t ivi
d a d e n t e r a , co nsid e r a d a en el co njun t o de l a s a c t i
v id a d e s que l a c o nst i t u y e n , e st á so lid a r i a m e n t e
im p lic a d a . E n ot ro vo c a b ula r io , d ir í a m o s que e l
co n o cim ie n t o cie n t í f ico e s u n h e ch o so c i a l t o t al.
P o d r í a m os d e cir t a m b ié n que l a v e r d a d e s h is t ó
ric a e n s u e se ncia po r q ue es in d iso ci a b le d e l pro
ceso de s u p ro ducción: est e , h a b r í a dicho A l t h u s
se r , q ue a d m ir a b a l a ob r a de C a n g uilh e m y sa có
de e ll a u n g r a n p rovecho, es p r o ducción de e f ectos
de ve r d a d .

142
 E n ese asp ecto, q ui z á no care z ca d e in t e r és re
m i t i r s e a u n t e x to de A l t h usse r d e dica do a l a t r a
d ició n de l a e p ist e m olo g í a h ist ó r ic a p r o m ovid a por
B a chela r d, C a n g uilh e m y F ouc ault , y cu y a redac
ció n e s u n poco a n t e r io r a l a p u b lic a c ió n de L a
r e vo lució n t eórica de M ar x [ Pour M arx]:

« L a c i e n c i a y a n o a p a r e c e co m o l a m e r a c o n s t a t a c i ó n
d e u n a v e r d a d d e sn u d a y d a d a , q u e e n c o n t r a r í a m o s o
r e v e l a r í a m o s, s i n o co m o l a p r o d u c c ió n ( p ose e d o r a d e
u n a h is t o r i a ) d e c o n o c im ie n t o s, u n a p r o d u c c ió n d o m i
n a d a p o r e l e m e n t o s c o m p l e jo s, e n t r e e ll o s l a s t e o r í a s,
l o s c o n c e p t o s, l o s m é t o d o s, y l a s r e l a c i o n e s i n t e r n a s
m ú l t i p l e s q u e l o s li g a n o r g á n ic a m e n t e . C onoc e r e l t r a
b a jo r e a l d e u n a c i e n c i a su p o n e e l c o n o cim ie n t o d e t odo
e se c o n ju n t o o r g á n ic o co m p le jo . ( . . . ) E s t e c o n o c im ie n
t o su p o n e o t r o , e l d e l d e v e n i r r e a l , l a h is t o r i a d e e se
c o n ju n t o o r g á n ic o d e t e o r í a s, co nc e p t os y m é t o d os, y d e
s u s r e su l t a d o s ( c o n q u is t a s, d e s c u b r i m i e n t o s c i e n t í f i
c os), q u e v i e n e n a in t e g r a r s e poco a poco a é l y m o d i f i
c a n s u f ig u r a o s u e s t r u c t u r a . C on e llo , l a h is t o r i a , l a
v e r d a d e r a h is t o r i a d e l a s c i e n c i a s, a p a r e c e co m o i n s e
p a r a b l e d e t o d a e p ist e m o lo g í a , com o s u c o n d u c t a e s e n
c i a l. E m p e r o , l a h is t o r i a q u e d e sc u b r e n e s o s i n v e s t i
g a d o r e s e s u n a h is t o r i a n u e v a , q u e y a n o t i e n e e l c a
r á c t e r d e l a s f ilo so f í a s d e l a h is t o r i a i d e a lis t a a n t e r io
r e s y a b a n d o n a , a n t e to d o, e l v i e j o e s q u e m a i d e a lis t a
d e u n p r o g r e so m e c á n ic o ( a c u m u l a t iv o : d ’ A le m b e r t , D i
d e r o t , C o n d o r c e t , e t c .) o d i a l é c t ic o ( H e g e l, H u ss e r l ,
B r u n s c h v i c g ) c o n t in u o , s i n r u p t u r a s , s i n p a r a d o j a s ,
s i n r e t r o c e sos, s i n s a l t o s. A p a r e c e u n a n u e v a h is t o r i a :
l a d e l d e v e n i r d e l a r a z ó n ci e n t í f ic a , p e r o d e sp o ja d a d e l
s i m p l is m o i d e a lis t a t r a n q u ili z a d o r s e g ú n e l c u a l , a s í
co m o e l h a c e r e l b i e n s i n m i r a r a q u i é n j a m á s d e j a d e
t e n e r s u r e c o m p e nsa , n o h a y c u e s t ió n c i e n t í f ic a a l g u n a
q u e q u e d e s i n r e s p u e s t a y , a n t e s b i e n , si e m p r e l a e n
c u e n t r a . L a r e a li d a d t i e n e u n p oco m á s d e i m a g i n a
ció n ; h a y c u e s t io n e s q u e j a m á s t e n d r á n r e s p u e s t a por -

143
q u e so n i m a g i n a r i a s y d e j a n s i n v e r d a d e r a r e s p u e s t a e l
p r o b l e m a r e a l q u e e lu d e n ; h a y c i e n c i a s q u e s e d ic e n
c i e n c i a s y q u e n o s o n m á s q u e l a i m p o s t u r a c i e n t i f íc is -
t a d e u n a id e o lo g í a so c i a l, y h a y id e o lo g í a s n o c i e n t í f i
c a s q u e , e n c o n f lu e n c i a s p a r a d ó jic a s, d a n a lu z v e r d a
d e r o s d e sc u b r im i e n t o s, a s í com o v e m o s b r o t a r e l f ue go
d e l ch o q u e d e d o s c u e r p o s e x t r a ñ os. D e e se m o d o , t o d a
l a c o m p l e j a r e a lid a d d e l a h is t o r i a , e n l a t o t a li d a d de
s u s d e t e r m in a c i o n e s e c o n ó m ic a s, so c i a l e s, id e o ló g ic a s,
e n t r a e n ju e g o e n l a in t e li g e n c i a d e l a h is t o r i a c i e n t í f i
c a m is m a . L a o b r a d e B a c h e la r d , C a n g u ilh e m y F o u
c a u l t d a p r u e b a d e ello».^

E s t a s r e f l e x io n e s e sc l a r e c e n l a f ó r m u l a de
C a n g uilh e m a n t es cit a d a ; «L a cie ncia debe a p a r e
cer e n u n u n iv e r so que l a h a g a p osible». E se u n i
ve rso , en e l cu a l l a s id e a s cu m p le n e n p le n i t u d su
p a p e l de t r a ns f o r m a ció n e in f o r m a ción de l a r e a li
d a d , n o p u e d e r e d u c ir se e m p e ro a u n m u n d o de
id e a s, s i se e n t ie nd e p o r t a l u n m un d o de id e a s y a
p r e f a b ric a d as que no t e n g a n m á s q ue r e p r o d ucir
o «re f lejar» u n o r d en de cosas que est á , po r su p a r
t e, d e t e r m in a d o con a n t e r io r id a d a s u in t e r v e n
ción. C ua nd o so st e n í a q ue l a h u m a n id a d sólo se
p la n t e a lo s p r o b le m a s que p ue d e r eso lve r , M ar x
p a r o d ia b a l a t e sis h e g e li a n a de que n a d ie pue d e
s a l t a r po r e n cim a de su tiem po. A ho r a bie n, C an
g u ilh e m , y F o u c a u l t t r a s é l, d e sa r r o ll a r o n u n a
concepción de la h is t o r i a ir r e d uc t ib le a ese h is t o r i
cism e . Y s i n d u d a e s a s í como A l t h u ss e r lo s lee,
con e l obje to de in t e g r a r los a l a p e rsp e c t iv a de su
m a r x ism o he t erodo x o, d e pur a do e n l a m e d id a de

^ L o uis A l t h usse r , p r ese n t a ció n d e m i a r t ículo « L a p h ilo

so p hie de l a scie nc e de G eorges C a n guilh e m : épistémologpe
e t h is t o i r e d es scie nc es», L a P ensée, 113, f ebrero de 1964,
p àg. 53.

144
lo p osib le de l a r e f e r encia a u n f in a lism o que si t ú e
l a s é p oc as su c e siv a s de l a h is t o r i a e n l a lí n e a de
li n a ú n ic a p r o g r esión, e n l a cu a l ca d a u n a t e nd r í a
su lu g a r y a asign a d o .
U no de lo s ú l t im o s t e x t os p u b lic a d os po r C an-
g u ilh e m , co nsa g r a d o a «la d e c a d e ncia de l a id e a
de pr ogreso»,® e x p lic a l a f o r m a ción de e st a id e a ,
e n l a se g u n d a m i t a d d e l sig lo X V I I I, a p a r t ir d el
p r in cip io cosm ológico de co nse rva ció n que e s u n a
le y de l a ast r o n o m í a n ew t o n i a n a , lo cu a l lo ll e v a a
f o r m u la r l a sig u i e n t e h i p ó t e sis: «L a a sim il a c ió n
de l a id e a de p rogreso a u n p r in cip io de co nse rva
ción p e r m i t ir í a e x p lic a r su d e c a d e ncia d e ot r a m a
n e r a , y no p o r u n re torno im p r e vist o d e l ir r a cio n a
lism o».® E n o t r as p a la b r a s, l a id e a ll e v a b a e n su
se n o d esd e e l comien z o l a s co ndicio n es d e s u m a r
chit a m ie n t o , si n que p a r a co m p r e nd e rla f uese n e
c esa rio a p e la r a u n a t e o ría g e n e r a l de l a ne g a tivi -
d a d d ia lé c t ic a . ¿ A dónde q uie r e lle g a r C a n g uilh e m
a l e m b a r c a rse e n e se tip o de r a z on a m ie n t o ? : a l
h e cho de que l a id e a de p rog r eso, como t od as l a s
id e a s, e st á m a rc a d a p o r l a sin g u l a r id a d de su h is
t o r ia , e n l a c u a l l a r e f e r e ncia cie n t í f ic a a p a re ce
ju n t o a o t r as, e n condicion es que, s i e m p le a m os u n
l e n g u a je q ue n o e s e l su y o , p o d e m os c a li f ic a r de
so b r e d e t e r m in a d a s. A l e x plic a r , como lo h a c e e n
s u a r t ículo de 1987, que l a m á q u in a de v a p o r , y
con e ll a l a ins t a u r a c ió n de u n a n u e v a co n f igu r a
ción so cio t écnic a y cul t u r a l, que sus t i t u y ó los mo-

® G e org es C a n g uilh e m , « L a déc a d e nce de l ’id é e de p ro

g r ès», R evue de M é t a physiq ue et de M orale, 92(4), octubre -
d icie m b r e de 1987, p à gs. 437-54 [«La d eca d e ncia de l a id e a
de progr eso». R evist a de l a A socia ció n E sp a ñ o la de N euro -
p si q u i a t r i a , 19(72), 1999, p à gs. 669-83],
® I b id . , p àg. 440.

145
d é los t e ó ricos y l a s m e t á f o r as i m a g in a r i a s de l a
T
lu z po r lo s d e l c a lo r — ins t a u r a c ió n in t e r p r e t a d a ,
e n p r im e r lu g a r , como u n p r o duc t o d e l p r o g r eso
h u m a n o — , condujo a pone r en cu e st ió n l a id e a de
p r o g r eso , C a n g u ilh e m h a c e v o l a r e n p e d a z os l a
r e p r ese n t a ció n de u n a h is t o r i a un i f ic a d a a p a r t ir
d e su s co ndicion es d e p osib ilid a d , t a l y como e s i n
t e r p r e t a d a , p r e cisa m e n t e , p o r lo que no debe d u
d a rse e n ll a m a r «id eología d e l progreso». L o cu a l
lo ll e v a , de p aso, a d est a c a r lo que e n el f ondo d is
t in g u e , e in c luso se si t ú a como r u p t u r a con r esp e c
to a e lla , el concepto m a r x ist a de r e vo lució n de la
r e p r ese n t a ció n b u r g u e sa d el progreso:

« P a r a l a f iloso f í a d e l p r o g r eso , l a r a z ó n d is i p a l o s p r e
j u i c i o s y l a s i n j u s t i c i a s co m o e l s o l l a s t i n i e b l a s . P e r o
p a r a e l s o c i a lism o d i a lé c t ic o , l a i n d i g n i d a d d e l a c o n d i
c i ó n o b r e r a n o e s, co m o l a o sc u r i d a d , d e l o r d e n d e l a
p r iv a c i ó n . E s e l e f ec t o d e u n a e x p o li a c ió n . L a c o r r e c
c ió n n o c o n sis t e e n r e c u p e r a r lo q u e f a lt a , s i n o e n c o n
q u is t a r a q u e llo d e lo q u e u n o h a sid o d e sp o ja d o . E l p r o
g r e so só l o s e h a r á e f e c t ivo p a r a t o d os lu e g o d e u n a s e
g u n d a r e v o lu c ió n , l a v e r d a d e r a , l a r e v o lu c ió n q u e s u s
t i t u i r á l a s a n t ic i p a c i o n e s i d e a lis t a s p o r u n a t e o r í a m a
t e r i a lis t a d e l a h is t o r i a » .^

E s lo que el p ro pio A l t h usse r t ra tó de d e cir con

o t r as p a la b r as. Y a l escoger, p a r a t e r m in a r s u a r
t ículo so b r e l a d e c a d e ncia de l a id e a d e progreso,
u n a r e f e r encia a F r e ud y a su t e sis d el ins t in t o de
mue r t e , y no a M a r x — sosp e cha d o, no s i n ra z ón,
de in s p i r a r e n e l sig lo X X , a p e sa r de h a b e r p r o
p u est o lo s ins t r u m e n t o s p a r a cri t ic a rla , u n r e su r
g im ie n t o p a t oló gico de l a id e a de p r o g r eso , q ue

^ I b id . , p á gs. 449-50.

146
p r e se n t a a l a ve z lo s ca r a c t e r es de u n e r ro r de l a
v id a y u n e rr or de l a cie ncia— , C a n g uillie m m u e s
t r a m e d ia n t e el eje m p lo que u n f ilóso f o pue d e i n
t e r esa rse e n lo s p r o b le m as p la n t e a d os po r l a h is
t o r ia d e l co n o cim ie n t o , que so n in s e p a r a b l e s de
t odos lo s que se p la n t e a n , p o r lo d e m á s, a t r a v és
de l a t o t a lid a d d e l d esa r r o llo de l a h is t o r i a h u m a
n a , b usc a n d o e n o t r a p a r t e y no e n u n e vo lu c io n is
m o m e t a f isico im a g a r a n t í a con t r a l a s d e r iv a s del
ir r a cio n a lism o . E st a le cción e s l a que hace que su
e st ilo de p e nsa m ie n t o se a ir r e e m p la z a ble e i n i m i
t a ble.

147
 N ormas vi t a les y norm as socia les
en el E ss a i su r q u e lq u es p r o b lè m es
conc e rn a n t le n o r m a l et le
p a tholo giq u e*
( H ospit a l S aint e - A nne, 4 de dicie m b r e de 1993)

E l t e m a c e n t r a l d esa r r o lla d o e n l a t e sis de doc

t o r a do e n m e d ic in a p u b lic a d a po r G e org es C an-
g u ilh e m , e n e l a ño 1943, con e l t í t ulo de E ss a i su r
q u e lq u es p r o b lè m es conce rn a n t le n o r m a l et le p a
t h o lo g iq u e e s «la e x p e r ie n ci a d e lo vivie n t e » , e n
cu a n t o se a r t ic u l a e n torno a cie r t a r e la ción de lo
n o r m a l con lo a n o r m a l, que d e t e r m in a de m a n e r a
esp ecí f ica e sa e x p e rie ncia y l e con f ier e su ca r ác t e r
p r o p ia m e n t e bioló gico de e x p e rie ncia d e lo v iv i e n
t e, de t a l modo que e st a e x p r esa lo que p o d e m os
ll a m a r «lo v iv i e n t e d e l vivie n t e » . E n o t r as p ala -
''b r a s, s i h a y u n pode r de l a vid a , sólo se d e ja a p r e
h e n d e r a t r a v é s d e s u s e r r o r es o s u s f la q u e z as,
cu a n d o t ro pie z a con lo s o bst á culos que im p id e n o
t r a b a n su m a ni f e st a ció n : de a h í l a im p o r t a n cia ,
r e a f ir m a d a si n c esa r por C a n guilh e m , de los «va
lo r es n e g a tivos», cuyo concepto f un d a su perspec -

* E st e t e x to, cuyo t í t u lo o r ig in a l es « N orm es v i t a l e s et

n o r m es so c i a le s d a n s l ’E ss a i s u r q u e lq u es p r o b lè m es co n
c e rn a n t le n o r m a l et le p a thologiq ue«, se publicó p o r p r im e
r a ve z en F r a n ç o is B ing, Je a n - F r a nçois B r a u nst e in y É lis a
b e th R oudin esco ( eds.), A c t u a lit é de G eorges C a n guilh e m ;
L e N o r m a l et le p a t ho lo g i q u e . A ct es d u co llo q u e de l a
Société I n t e r n a t io n a le d ’H ist oir e de l a P sy chia t r ie et de l a
P sy ch a n a lyse (4 décembre 1993), L e P lessis - R o binson: I n s
t i t u t S y n t héla b o p o u r le P rogrès de la C o nn a issa nc e , 1998,
col. « L es E m p ê ch e u rs de P e nse r en R ond», p à gs. 71-84.

148
 t iv a f ilosó f ica , que se a poy a e n l a d ia lé c t ic a o, m e
jo r , l a d in á m ic a de l a p o t encia y s u s lí m i t e s. E st a
p osició n f ue r e su m id a a sí en l a con f e rencia de re
c a p i t ula ció n de s u s t r a b a jos p r o n un cia d a e n 1987,
cuíuid o e l C ent re N a t io n a l de l a R eche rche S cie n
t i f iq u e [ C N RS] lo ho m e n aje ó con u n a m e d a lla de
oro: «P uede a d m i t ir se que l a biolog í a se d ist a n ció
de l a m e c á n ic a e n v i r t u d de l a in t e lig e n c i a de l a
a n o m a lí a ». R e p a r a r u n a m á q u in a p o r q ue se h a '
d e sc o m p u est o o d e sg a st a d o e s m u y d is t in t o que
a t e nd e r o t r a t a r a u n o r g a nism o e x puest o a l r i e s
go d e l a en f e rm ed ad, l a m o nst r u osid a d y l a m u e r
t e , q ue no so n só lo f a llo s d e l a v id a , r i e sg o que
c o nst it u y e , e n f o r m a n e g a t iv a , su e x p e rie ncia de
v iv i e n t e y le ot orga s u r e a lid a d e in c luso su v a lo r
de o r g a nism o .
E st a t e sis g e n e r a l e s d esa r r o lla d a e nse g uid a a
t r a v és de e st a ot ra: l a noción de n o r m a lid a d , a p li
ca d a a e sa e x p e rie ncia , no pue d e d e sig n a r u n con
t e n id o o b je t iv o u n il a t e r a lm e n t e p o si t iv o , y con
e llo ofi - ecido si n m e dia ció n como u n obje to da do a
u n a r a cio n a li z a ció n cie n t í f ic a que a dop t a dir e c t a
m e n t e l a f o r m a de u n a m e d id a , e s d e cir , de u n a
d e t e r m in a c ió n e n t é r m in o s c u a n t i t a t iv o s de l a s
co n dicio n es de esa n o r m a lid a d , a lin e a d a e n t onces
con l a r e p r ese n t a ció n d e u n a m e dia . Se r echa z a de
t a l m odo e l p o s t u l a d o p o si t iv is t a , q ue t i e n d e a
n e u t r a li z a r l a di f e r e ncia e n t r e lo n o r m a l y lo p a t o
lógico a l r e d ucir est o úl t im o a no m á s que u n a for
m a o u n g r a d o , a p r e ci a b l e e n t é r m in o s c u a n t i
t a t ivos, d e l p rim e r o, en nom b r e d e l p r in cip io e le
m e n t a l de que sólo h a b r í a cie n cia de lo m e n su r a
ble , u n p r in cip io que e n c o n t r a n a a q uí su s ú l t im o s
r e q u isi t o s en lo que pod e m os ll a m a r u n «o p t im is
mo t ecnológico». S i h a y u n a e x p e rie ncia de lo v i

149
vie n t e , se e f ectúa y se d a a conocer y reconoce r a
T
t r a v és d el recha z o a c tivo de u n a a c t i t u d de in d i f e
r e n ci a o in d i f e r e n ci a ció n con r esp ec t o a l a e se n
c i a l d i f e r e n c i a q u e , d esd e d e n t r o de s í m ism a ,
c o nst i t u y e e sa e x p e rie ncia , m ie n t r a s que p a r a el
biólo go p osi t iv o e l cue rpo viy p es como u n cuer po
mue r t o, y, a l a in v e rsa , debe suc e d e r de m u y o G ï^
m a n e r a p a r a e l p a cie n t e y s u m édico, q ue e st á n
dir e c t a m e n t e e n f r e n t a dos a lo s v a lo r e s n e g a t ivos
de l a e n f e rm e d a d y l a mue r t e , a t r a v és de lo s cu a
l e s l a v i d a se a f ir m a , en l a f igu r a de m a n e g a ción
a f ir m a t iv a , e x p r e siv a d el im p u lso f un d a m e n t a l a
p e rse v e r a r en s u se r que e x ist e e n ca d a vivie n t e y
que se d a a conocer, entonces, t om a ndo l a s f o r m as
de l a p r o t est a y e l recha z o. •
P or eso, e n l a f ó r m ula e x t r a íd a de l a con f e ren
cia de r e c a p i t ula ció n de 1987, que a c a b a m os de c i
t a r , a p a rece , p a r a d e sig n a r el tipo de i n t e li g i b ili
d a d p ro pio d e l conocimie n t o de lo vivie n t e , l a e x
p r e sió n «in t e lig e n cia de l a a n o m a lí a ». L a i n t e li
g e ncia de l a a n o m a lí a es, p r e cisa m e n t e , el t r a b a jo
de u n p e nsa m ie n t o u n id o a l a e x p e rie ncia y d ese o
so, a n t e todo, de o p e ra r e n lo s lí m i t e s que est a le
f ija e n concreto; t r a b ajo del p e nsa m ie n t o que, m á s
a ll á de l a s f o r m as d a d a s de l a e x ist e n cia o r g ánica ,
d isp o sició n a n a t ó m ic a y a n á lisis cu a li t a t ivo de l a s
f un cio n es a so cia d a s a ca d a órg ano o g rup o de ór
g a n os, p one a l d e sn u d o , d a n d o u n se n t id o a lo s
v a lo r e s n e g a t ivos de l a e x ist e ncia , los in d ic io s de
u n poder de v iv i r que n o se d eja o bse rv a r o m e d ir
o bje t iv a m e n t e , est o es, r e d ucir a m a esc a la g r a
d u a l de f o r m as q ue c o ns t i t u y a n el obje t o de u n a
a bst r a c t a co m p a r a ción m ec á nic a . E n ú l t i m a i n s
t a ncia , s i h a y que d a r c a bid a a u n a r e la ció n ent r e
lo o r g á nico y lo m ecánico, lo m ejo r se r í a co m p a r a r

150
l a s m á q u in a s con lo s o r g a n ism os a lo s c u a l e s e s
t á n e f ec tiva m e n t e v in c u l a d a s como ó r g a nos a r t i
f icia le s, y no a l a in v e r sa ; y, de t a l modo, s i h a y
u n a f iloso f ía de l a t écnic a , es e ll a l a que p e r t e ne
ce ría a l o r d en d el conocimie n t o de lo vivie n t e , e n
lu g a r de se r est e co n o cim ie n t o no m á s q ue u n a
p a r t e del o r d en glo b a l de u n a n a t u r a le z a in t e r p r e
t a d a e n f unció n d el m od elo de vm a m á q uin a .
E st e tip o de r a z on a mie n t o lle v a , jus t a m e n t e , a
s u s t i t u i r u n a r e f le x ión e n torno a l a s cu e st io n e s
t r a d icio n a le s de l a n o r m a lid a d por u n a in v e s t ig a
ción o r ie n t a d a h a cia m p r o ble m a m á s f un d a m e n
t a l: el de l a n o r m a t ivid a d . S i l a s f o r m as n o r m a le s
— c a si est a r í a m os t e n t a d os de d ecir «vivibles», por
no h a b l a r de v i a b l e s— de l a vid a , e n cu a n t o so n
p r e cisa m e n t e f o r m as de vid a , no se d e ja n a n a li z a r
de m a n e r a o b je t iv a e n los t é r m in os de u n a m e d i
d a e st á t ic a que se r e du z ca a l a d e t e r m in a ció n de
u n a m e d i a e st a d íst ic a , es p o r q ue l a e x p e r ie n cia
con l a cu a l se r e la cio n a n debe se r in t e r p r e t a d a co
mo l a a c t u a li z a ció n d in á m ic a de n o r m a s v i t a l e s
que d e f in e n el poder o l a p o t e ncia de e x is t ir p r o pia
de todo v iv i e n t e , t a l y como se a f ir m a n e g a t iv a
m e n t e e n los m o m e n t os p r ivile g i a d os en los cu a le s
se e n f r e n t a de m odo dir e c t o a lo s l í m i t e s de s u
e f ectuación.
E s in d u d a b l e que l a re f e r encia a n o r m a s v i t a
l e s e s p r o ble m á tic a : s i e st a s se in t e r p r e t a n como
l a s m a n i f e st a cio n e s de u n a p o t e ncia que en s u s
t a n cia y a est á t od a c o nst i t u id a , l a d in á m ic a que
i m p u ls a n se e ncu e n t r a de a lg u n a m a n e r a d e t e ni
da, f ija e n su orig en, donde id e a lm e n t e se p r e f igu
r a r í a n a sim ism o su s su c e siv a s m a ni f est a cio n es; y
y a no h a b r í a m o tivo e n t onces p a r a h a b l a r de u n a
d in á m ic a de l a vid a , sin o sólo de m a d in á m ic a de

151
s u s m a ni f est a cio n es, a l a s que e sa e n t id a d m e t a f í
T
si c a q ue se ll a m a «la vid a » d a r í a s u r e sp a ld o a
p r io r i: en eso e st r ib a l a a p o r ía f un d a m e n t a l d e l v i
t a lism o . E m p e ro, t a m b ié n e s p osib le in t e r p r e t a r
d e m a n e r a m u y d is t i n t a e l co nc e p t o de n o r m a
v i t a l, r e n un cia n d o a p r esu p on e r u n p od e r id e a l de
v iv i r que est é d a do e n s í con a n t e rio r id a d a l a e x
p e rie ncia a t r a v és de l a cu a l l a s n o r m as que acom
p a ñ a n l a m a n i f e st a ció n de ese p od e r se a su m e n
e f ec tiva m e n t e; se d in a m i z a e n t onces d esd e a d e n
t ro l a n o ció n de n o r m a , lo c u a l e s ju s t a m e n t e e l
o b je t ivo d e l p aso d e u n a d o c t r in a de lo n o r m a l a
u n a d o c t rin a de l a n o r m a lid a d . E n lu g a r de c o nsi
d e r a r l a p u e st a e n v ig o r de l a s n o r m a s como l a
a p lic a ció n m e c á nic a de u n p od e r p r e c o nst it uid o ,
h a b l a r de n o r m a t ivid a d es, s i n dud a , m ost r a r de
q ué m a n e r a e l m o vim i e n t o concr e t o de l a s n o r
m a s, que so n e sq u e m a s v i t a l e s p a r a l a b úsq u e d a
de l a s c o n d ic io n e s d e su r e a li z a ció n , e la b o r a , a
m e d id a que se d esa r r o lla , ese poder que produce,
a l a ve z , e n e l p la n o de s u f orm a y de s u cont enido.
L a v i d a d e ja de se r e n t onces u n a n a t u r a le z a s u s
t a n cia l p a r a co nve r t irse en u n proyecto, e n el se n
tid o propio d e l im p u lso que l a d e se q u ilib r a a l pro
y e c t a r la s i n c e sa r h a c i a a d e la n t e de s í m ism a , a
r iesg o de v e r la , e n s u s m o m e n t os cr í t icos, t r o p e
z ar con los o bst á culos que se op onen a su avance .
Se p la n t e a , a l a sa z ón, u n a n u e v a cu est ió n : l a
de sa b e r cómo se d e f in e n l a s o r ie n t a cio n es de ese
proyecto, que con f ie r e n a s u r e a li z a ció n s u a p a
r i e n c i a de co njun t o , y por lo t a n t o u n a n e c esid a d
in t r í nse c a , e n ve z d e d e ja r lo d iv a g a r a l c a p richo
de l a s in t e rv e n cio n e s d e u n d e t e r m in ism o que t e r
ci a r í a e n o, m ejo r , so b r e s u cu rso d esd e a f ue r a y
so b r e l a m a r ch a , con v is t a s a f ija r l a s e t a p as de s u

152
r e a li z a ción, p u est o que s i e l p od e r de v iv i r t uvie r a
que e x p lic a rse e n s u t o t a lid a d po r t a le s r e la cio n es
d e c a u s a li d a d , e n e l se n t id o , d esd e lu e g o , de l a
c a usa lid a d m e c á nic a e x t erna , y a no h a b r í a ra z ón
p a r a in t e r p r e t a r lo e n t é r m in os de n o r m a t ivid a d .
¿ S igni f ic a est o que p a r a r e s t i t u i r su d in á m ic a i n
t e r n a a l a v i d a h a y que r e in y e c t a r e n s u concepto
cie r t a d o sis de f in a lism o y, por lo t ant o, con el f in
de p o n e r de r e lie v e e l c a r á c t e r n o r m a t ivo de s u
proyecto, in t e r p r e t a r su m ovim ie n t o e n u n a p e rs
p e c t iv a in t e n cio n a l, cu y a d im e nsió n se a e se n c ia l
m e n t e su b je t iv a ? ¿Y no es a est a d im e nsió n e se n
ci a lm e n t e su b j e t iv a a l a que h a c e r e f e r encia , en
e f ecto, l a id e a de u n a e x p e rie ncia de lo vivie n t e ,
que no pue d e se r m á s que u n a e x p e rie ncia v iv i d a
e n concreto?
E n est e p un t o h a y que t om a r e n cu e n t a el h e
cho de q ue l a e x p e rie ncia de lo vivi e n t e no es y no
p u e d e se r o t r a cosa q ue u n a e x p e r ie n cia i n d iv i
dua d a : no h a y e x p e rie ncia de lo vivie n t e e n gene
r a l, sin o t a n sólo e x p e rie ncias de v id a sin g u l a r e s,
q ue d e b e n su sin g u l a r id a d p r e cisa m e n t e a que se
e n f r e n t a n de m a n e r a p e r m a n e n t e a lo s v a lo r e s
n e g a t ivos de l a vid a , p a r a lo s cu a le s ca d a vivi e n t e
debe e n p r in cip io d escub rir , por su cu e n t a y r i e s
go, s u s p r o p ias r e sp u e st a s de vivie n t e , a d a p t a d as
a s u s d isp o sic io n e s y s u s a sp ir a cio n e s p a r t icu l a
r e s de t a l. E s e st a l a ra z ón po r l a cu a l e l proceso
n o r m a t ivo de l a v id a no se r e duce a l a p u e st a e n
a p lic a ció n de n o r m a s p r e est a ble cid as, con el v a lo r
de p r e sc r ip cio n e s f ija d a s ne v a r ie t u r , q ue o b je t i
v e n a l v iv i e n t e so m e t ién d olo a u n or d en e x t r ínse
co a su n a t u r a le z a de vivie n t e p a r a h a c e rlo e n t r a r
e n u n tip o id e a l, a l a m a n e r a de lo que h a b í a im a
gin a d o e l est a d íst ico Q ué t ele t cua nd o f orjó su con-

153
cepto de ho m b r e m edio. L as no r m as, en cua n t o no
co r r esp ond e n a u n a m e r a const a t a ción de n o r m a
lid a d y so n , e n cambio, l a a f ir m a ción de u n poder
de n o r m a t ivid a d , e x p r esa n din á m ic a m e n t e u n i m
p u lso q ue t ie n e s u n e r vio e n c a d a viv i e n t e , con
f orme a u n a o rie n t a ción d e t e r m in a d a po r su e se n
cia sin g u l a r de vivie n t e . ¿ H ay que c o n cluir que l a s
f o r m as de e sa e x p e rie ncia, cu y a s m a ni f est a cio n es
so n ir r e d u c t ib l e m e n t e p lu r a l e s, se in v e n t a n con
lib e r t a d ? S i a sí f ue r a , l a n oción de n o r m a , a l i n
co r p o r a rse a u n a p e r sp e c t iv a de n o r m a t ivid a d ,
q u e d a r í a p r iv a d a de s u ca r á ct er de n e c esid a d y, a l
m ism o tiem po, p u e st a d el la d o de l a sin g u l a r id a d
su b j e t iv a de in ic i a t iv a s concr e t as, que se r í a n co
mo o t r os t a n t os m o d e los de v id a f r a gm e n t a dos, y a
si n n in g ú n la z o e f ectivo e nt r e e llos. S i se sig u i e r a
est e c a m in o , ¿no se ll e g a r í a e n t o n c e s a p e n sa r
u n a esp ecie de lib r e n o r m a t ivid a d , u n a n o r m a t ivi
d a d si n n o r m a s y a l a ve z d esp oja d a de t od a s u s
t ancia ?
P a r a su p e r a r e st a s d i f icult a d es h a y que v o lv e r
a l a n oción de e x p e rie ncia in d iv id u a d a y a d m i t i r
que, sob r e todo en el caso d el se r hu m a n o , e lla no
se r e duce a l a de e x p e rie ncia in d iv id u a l, esto es, a
u n a e x p e r ie n cia a su m i d a po r e l in d iv i d u o como
t a l, en el se n t id o de u n a in d iv id u a lid a d a bst r a c t a ,
in d e p e n d ie n t e , d e t e r m in a d a e n su t o t a lid a d po r
s u s r a sg os bioló gicos y, así, a isl a d a en s u n a t u r a
le z a de in d iv id u o que, con s u s p r o p ie d a d es y su s
insu f ic ie n c i a s, s u s cu a lid a d e s y su s de f ectos, se r í a
co m p le t a m e n t e a u t osu f icie n t e . S i e n el p la n o de
la v i d a h u m a n a h a y in d ivid u a ció n , l a h a y a l cabo
de u n proceso que p roduce in d iv id u o s a p a r t ir de
c o n d icio n e s q ue n o so n e st r ic t a m e n t e i n d iv i d u a
l e s, en el se n t id o de que no se r e a li z a n a l comien z o

154
 e n e l m er o in d iv ì d u o , po r que su p o n e n l a in t e r v e n
ción d el m e dio hu m a n o , en el que p r eva le ce n for
m a s de e x ist e n cia que no so n in d iv id u a l e s sin o co
le c t iv a s. L o que ll a m a m o s con u n a e x p r esión s i n
cr é tic a «la v id a hu m a n a » — en u n se n t id o , t oda v i
d a h a t e r m in a d o p o r se r h u m a n a , h a b id a cu e n t a
de que e l or d en h u m a n o t e ndió a im p o n e rse a l a
m a y o r p a r t e de l a n a t u r a le z a viv a , a l a cu a l a plicó
s u s f o r m as de r e g ula ció n y cont rol, con l a co nse
cu e n cia de e x p one rla, a l m ism o tie m po, a l a s p o si
b ilid a d e s de d esa r r e glo y e rror a so cia d a s a e ll a s—
se e ncue n t r a , de t a l m a n e r a , en l a con f lue ncia de
d os m o d os de d e t e r m in a cio n es, u n a s bio ló gic as y
o t r as so ci a le s, y l a cu e st ió n c o nsist e e n t onces e n
com p r e nd e r cómo se e f ectúa l a a r t icula ció n ent r e
a m b os t ip os de p rin cip ios.
P r e cisa m e n t e a l t o m a r e n c o nsid e r a ció n e st a
a r t icula ció n e nt r e lo biológico y lo so ci a l es p osible
d e vo lv e r a l a d in á m ic a de l a s n o r m as, co m p r e n di
d a s e n el se n t id o de l a n o r m a t ivid a d , u n a n e c esi
d a d in t e r n a , e n lu g a r de a b a n d o n a r e l r um b o de
e sa d in á m ic a a l a s lib r e s in ic i a t iv a s de in d iv id u o s
ju z g a d o s a u t ó n o m o s e in d e p e n d i e n t e s u n o s de
ot ros. E l poder de v iv i r , e n cua n t o h a lle g a do a se r
pode r hu m a n o , se r e a li z a en f o r m as que, le jos de
s e r lib r e m e n t e in v e n t a d a s p o r i n d iv i d u o s só lo
co n dicio n a d os por su s r asg os biológicos, e s decir,
p o r l a s d isp o sicio n e s n a t u r a l e s que lo s d ist in g u e n
e n t r e sí, r esp o n d e n a co ndicion es que so n l a s que
d e f in e n l a c o nst i t u c ió n d e l m e dio h u m a n o a t r a
v é s de s u h is t o r i a . A l a t e o r í a d e l ho m b r e m e dio
como t ip o a l a ve z n a t u r a l e id e a l, so st e n id a por
Q ué t ele t, H a lbw a chs y a le h a b í a opuest o el a r g u
m e n t o sig uie n t e : ese tipo, l e jo s de e st a r f ija do de
m a n e r a d e f in i t iv a , se v e e x p u est o a v a r i a c io n e s

155
que ll e v a n n e c esa r ia m e n t e l a m a rc a del modo his -
t ó rico - socia l de e st r u c t u r a ció n e in f o r m a ció n d e l
m un d o vivie n t e . C omt e fue, si n dud a , el p rim e r o
en com p r e nd e r l a im p o r t a n cia de ese modo hist ó -
rico - socia l de e st r u c t u r a c ió n e in f o r m a ció n , a u n
cu a n d o , a l t e o ri z a r lo a l a lu z d e l p r in c i p io d e l a
p r e p o n d e r a ncia d e l p un t o de v is t a est á t ico so b r e
e l p un t o de v is t a din á m ico , de a lg u n a m a n e r a lo
r e n a t u r a li z ó , a l r e p r ese n t a r a l a h u m a n id a d con
f orme a l m od elo d e u n solo in d ivid u o que se e nc a
m in a h a c i a l a s m e t a s a l a s c u a l e s lo i n c lin a s u
c o nst it ució n f und a m e n t a l.
C on t r a ese p r in cip io de l a p r e p ond e r a ncia de lo
e st á t ic o so b r e lo d in á m ic o , h a y q ue so s t e n e r l a
id e a de que l a v id a no es u n da t o p r evio , u n a c a u
sa , sin o u n producto, u n efecto; o, m ejo r , h a y que
p ro pone r, e n u n a p e rsp e c t iv a din á m ic a , que e s ca
d a ve z m e n os u n d a t o p r e vio y ca d a ve z m á s u n
producto. E st o es, jus t a m e n t e , lo que p e r m it e p e n
s a r u n a n o r m a t ivid a d de l a s n o r m a s que l a s a p a r
t e de u n m o d e lo m e c á n ic o de n o r m a lid a d . L a s
n o r m a s que o r d e n a n l a vid a , en e l se n t id o de u n a
v id a que h a lle g a d o a se r o se h a vu e l t o h u m a n a ,
no e st á n p r e e st a b le cid a s o p r e c o nst i t u id a s, sin o
q ue se e la b o r a n e n e l t r a n sc u r so d e l m ism o p ro
ceso a n t a gónico q ue hace y d esh a c e l a s f o r m as de
e sa v i d a h u m a n a , p u est o que, po r u n a su e r t e de
re t ro acción, lo s e f ectos que pr oduce o con t ribuy e a
p r o ducir l a acción de e sa s n o r m a s in t e r vie n e n en
e l proceso de su p r o pia p roducción, cuy a a p a rie n
cia g e n e r a l b osq u e ja n y m odi f ican. D e t e r m in a n t es
y d e t e r m in a d a s a l a ve z — o, p a r a r e t o m a r lo s
t é r m in os que P a sc a l h a b í a e x t ra ído, a s u ve z , de
u n a de l a s m á s a n t ig u a s t r a d icio n es de l a f iloso f ía
biológica , l a de lo s p e nsa d o r es est oicos: «c a usa d as

156
y c a usa n t e s, a y u d a d a s y a yud a n t es» (y p o d r í a m os
a g r e g a r: n o r m a d a s y n o r m a d o r as)— , l a s n o r m a s
q u e i m p u ls a n e l m o v im i e n t o de l a v i d a — y no
t a n t o que lo d ir ig e n como u n a m a t e r ia m u e r t a e n
u n se n t id o susc e p t ib le de se r id e n t i f ic a d o de u n a
ve z p o r t o d as, e n r e la ció n con u n a in t e n ció n , u n
«d esig nio in t e lig e n t e» cuy a ra z ón de se r no p od ría
m á s q ue e st a r o cult a y d e b e rse al m ism o tie m p o a
i m p r in cip io so b r e n a t u r a l— se con f und e n con ese
m ovim ie n t o del que no es p osible se p a r a r la s, p u e s
to que s i n é l no e x ist ir í a n , a sí como é l no e x ist ir í a
si n e lla s.
H a y m o t ivos, en t onces, p a r a v o lv e r a l concepto
de v a lo r n e g a t ivo , q ue cobr a e n est e cont e x to u n
r e li e v e m u y e sp e ci a l. S i l a e x p e r ie n ci a d e lo v i
vie n t e e s de n a t u r a le z a t a l q ue se e x p r esa , a n t e
todo, a t r a v és de lo s v a lo r e s n e g a t ivos que r e ve la n
l a s a n o m a lí a s de s u t r a y e c t o ria , es p o r q ue e st a s
so n c o n s t i t u t iv a s de su e se n c ia de vivie n t e , cuy a
m a n i f e st a ció n t a m b ié n e x p onen: l a e n f e rm e d a d,
l a m o n s t r u o sid a d y l a m u e r t e no so n a ccid e n t es
e x t e rio r es que v e n g a n a in je r t a r se e n e sa e se ncia
p a r a a lt e r a r su n a t u r a le z a e n cua n t o e ll a est a r í a ,
p o r sí , d e t e r m in a d a e n sí; son, e n cambio, f o r m as
c o n sust a n c i a l e s a l pr oceso de l a vid a , cuy os l í m i
t e s esp e ci f ic a n n e c esa r ia m e n t e , y d esd e a den t ro.
E s t a r en f e rmo, se r u n m o nst r uo , m o rir , co n t inú a
si e n d o v iv i r ; y q ui z á lo se a in c luso e n u n se n t id o
m á s f ue r t e, m á s in t e n so q ue e l b a n a li z a d o po r el
cu rso o r d in a r io de l a e x ist e ncia , por que e sos mo
m e n t os o e st a d os de c r isis so n t a m b ié n a q u e llos
e n v i r t u d de lo s c u a l e s l a v i d a a lc a n z a u n v a lo r
m á s eleva do. E l modo hist ó rico - so cia l de e st r u c t u
r a ció n e in f o r m a ción de l a vid a , que condicion a su
c a r á c t e r n o r m a t ivo , e n r e la ció n con e l poder que

157
e ll a t ie n e de p r o ducir n o r m as, y no sólo de so m e
t e rse a est as, e ncu e n t r a a sí vm ir r e e m p la z a ble r e
v e la d o r e n e sos f e nóm e nos crí ticos, a t r a v és de los
c u a l e s l a d in á m ic a v i t a l se e n f r en t a a su s lí m i t e s:
no po r c a su a lid a d D u r k h e im escogió, p a r a p o n e r
en e vid e n ci a l a s f ig u r a s concr e t as de l a r e g u l a r i
d a d so cia l, e l t e m a d e l su ic id io , f enómeno t í p ic a
m e n t e a n ó m ico cu a n d o se lo c o nsid e r a d e sd e el
p un t o de v is t a de l a e x ist e n ci a in d iv i d u a l y que,
p ese a ello, d e m u e st r a est a r so m e t id o a le y e s s i se
lo a bo rd a d esd e el p un t o de v is t a de l a e x ist e ncia
colectiva . E n lo conce rnien t e a l a en f e rmed ad, t a l
f ue si n d u d a l a p e rsp e c t iv a d esd e l a cu a l M ichel
F o u c a ul t a n a li z ó l a e x p e rie ncia clín ic a , cu y a e s
t r u c t u r a e nglo b a , ju n t o a l en f e rmo que c o nsu l t a
por que le duele algo, a l m édico que d ia g n ost ic a l a
en f e rm e d a d cuyo sín t o m a es esa d e m a nd a , a sí co
mo a l a in s t i t u c ió n m é d ic a que a por t a su l e g i t im i
d a d a esa r e la ció n e nt r e u n p a cie n t e o bse rva d o y
el p r o f esio n a l que lo e x a min a . E l pro pio F ouc ault ,
e n s u s e st u d ios sobre l a locur a , l a p e n a lid a d y la
se x u a lid a d , se p r o p uso m ost r a r que l a m o nst r u o
si d a d de se r e s r e p u t a d os in f a m e s se in t e g r a a la
d in á m ic a de lo que é l d e n o m in ó «biopoder», que
d e f in e e l m a rco d e n t r o d el c u a l e sa m o n s t r u o si
da d es r econocid a y, sobre l a b ase de est e r econoci
m ie n t o , a t e n did a o sa n cio n a d a , e n cu a n t o se t r a
t a , d esd e lue go, de u n a f or m a de vid a . C on re f e
r e n cia a l p r o b le m a de l a m u e r t e , lo s t r a b a jos de
A nn e F ago t - L ar ge ault sobre l a asig n a ció n c a usa l
de a q uella , que a p a r ecie ron con pre f acio de G eor
g es C a n g u ilh e m ,* a y u d a n a co m p r e n d e r de q ué

’ R e f e r e ncia a A nn e F a got - L a rg e ault , L es C a uses de l a

mo r t: hist o ir e n a t u r e lle et f a ct eurs de risq u e , P a r is y L yon:

158
m a n e r a l a mue r t e , t r a ns f o r m a d a en «deceso», se
h a conve r tid o e n u n acto le g a l, som e tido e n cuan to
t a l a c r i t e r ios de clasi f ic a ció n que, po r e x t raño que
p are z ca, m a n i f i e st a n a su modo, en e l se n t id o de
h a c e r la le gible , cie r t a n o r m a t ivid a d de l a v id a que
no p ue d e se p a r a rse de l a ins t i t u c io n a li z a c ió n de
s u s a con t e cim ie n t os f un d a m e n t a les.
L a s in v e st ig a cio n e s que aca b an de m e ncio n a r
se f ue ron in d isc u t ib l e m e n t e in s p i r a d a s por e l e xa
m e n que G eorges C a n guilhe m dedicó a lo s p r o ble
m a s de lo n o r m a l y lo p a tológico. L a cu est ió n con
sis t e a ho r a e n sa b e r s i l a h ip ó t e sis a l a cu a l r e m i
t e n, est o es, l a de u n a c o nst it ució n hist ó rico - so cia l
d e l p od e r n o r m a t ivo que e n ca d a v iv i e n t e de f ine
su r e a lid a d de t a l, se a jus t a a l a s t e sis p la n t e a d as
en 1943 en e l E ss a i su r q u e lq u es p r o b lè m es co n
c e r n a n t le n o r m a l et le p a t h o lo g iq u e . A p r im e r a
v is t a , p a r e c e r í a q ue no. E n e f ecto, e n e sa o b r a
p o d e m os le e r, por eje m plo, lo sig uie n t e :

« A l d is t i n g u i r a n o m a l í a y e s t a d o p a t o ló g ic o , v a r i e d a d
b io ló g ic a y v a l o r v i t a l n e g a t iv o , s e h a d e le g a d o e n su m a
e n e l v iv i e n t e m ism o , c o nsid e r a d o e n s u p o l a r id a d d i
n á m ic a , l a t a r e a d e d is t i n g u i r d ó n d e co m ie n z a l a e n f e r
m e d a d . E s d e c i r q u e e n m a t e r i a d e n o r m a s b io l ó g ic a s
h a y q u e r e m i t i r s e s i e m p r e a l i n d iv i d u o » ( si g u e u n a
r e f e r e n c i a t o m a d a d e G o ld st e in).^

E n a p a rie ncia , est o r educe l a e x p e rie ncia in d i

vid u a d a p r o pia de lo vivie n t e a l a f orma de u n a ex-

V r in / I n s t i t u t I n t e r d isc i p lin a i r e d ’ É t u d e s É p is t é m o lo g i
q u es, 1989. { N. d e l T.)
^ G eor ges C a n guilh e m , L e N o r m a l et le p a tholo giq ue , P a
r ís: P U F , 1988, col. « Q uad rige», p ág. 120 [Lo n o r m a l y lo
p a t ológico, M éxico: S iglo X X I, 1986].

159
p e r ie n cia est ric t a m e n t e in d iv id u a l, en l a que e s el
T
in d iv id u o , p o r d e cir lo de a lg u n a m a n e r a , el q ue
sie m p r e t ie n e l a ú l t im a p a la b r a , so b r e todo e n lo s
c a sos e n q ue se e n f r en t a a lo s v a lo r e s n e g a t ivos de
l a vid a .
E m p e ro, ¿qué sig n i f ic a e x act a m en t e l a in ic i a t i
v a a q uí r econocida a l vivie n t e in d ivid u a l ? E llo se
re f iere a l h e cho de que no h a y n o r m a o n o r m a s de
v i d a en g e n e r a l que v a lg a n de m a n e r a in d is t in t a
p a r a t o d os lo s in d iv id u o s, c u y a s f o r m as d e e x is
t e ncia q u e d a r í a n a sí so m e t id a s a u n p r in cip io de
o r d e n o de clasi f ic a ció n d e t e r m in a d o a l m a r g e n de
e ll a s. E s p r e cisa m e n t e e st a id e a l a que S pino z a
f o r muló en l a p r o p osición 57 de l a t e rce ra p a r t e de
s^x É t ic a : « Q uilib e t u n iusc u jus q u e i n d iv i d u i affec-
t us a b a f f ectu a l t e r ius t a n t u m d isc r e p a i q u a n t u m
e sse n t ia u n iu s ab e sse n t ia a l t e r ius di f f ert», que se
pue d e t r a d u cir de est e modo: « U n a f ecto cu a l q uie
r a e n ca d a in d ivid u o est á en r u p t u r a con el af ecto
de ot ro in d iv id u o en l a m ism a r e la ció n e n que l a
e se n cia de un o di f ie re de l a e se ncia de otro». E n e l
escolio q ue a com p a ñ a a est a p r o p osición, Spino z a
ilu s t r a l a t e sis e x plica ndo, en p r im e r lu g a r , que l a
d i f e r e n ci a e n t r e l a e se n c i a o l a n a t u r a l e z a d e l
ho m b r e y l a d el ca b a llo e s t a n gr and e , que e l dese o
de p r o c r e a r a d o p t a e n u n o y o t r o f o r m a s no
co m p a r a bles, con r e f e r encia a u n tip o de d e t e r m i
n a ció n e se n c ia l que concie rne, p u es, no a l i n d iv i
duo, u n ho m b r e o u n ca b a llo co nsid e r a d os e n p a r
t icula r , sin o a l a esp e cie h u m a n a o e q uin a e n g e
n e r a l; d e t o d a s m a n e r a s, a c o n t in u a ció n a f ir m a
que, e n vir t u d d el m ism o p r incip io , l a a le g r í a debe
ig u a lm e n t e t o m a r f o r m as d is t in t a s y no a si m il a
b l e s — p o r lo t a n t o, im p osib l e s de r e si t u a r e n u n a
m ism a e sc a la de e v a lu a ció n— e n e l bo r r acho y el

160
f ilóso f o, q ue p o r s u p a r t e so n se r e s de l a m ism a
esp e cie , a p r e h e n d id os con e llo en s u e se n cia s i n
g u l a r de e x ist e n t es o v iv i e n t e s in d ivid u a d os. A ho
r a bie n , s i n os u b ic a m os en el p un t o de v is t a d e l
co nocimie n t o d e l t e rce r género, que no t ie n e p r e
cisa m e n t e ot ro o bje t ivo que e l de com p r end e r l a s
e se n c i a s sin g u l a r e s, e st á cla r o que ese p r in cip io
de i n d iv i d u a c i ó n , e n cu a n t o no se r e d uc e a u n
p r in cip io de esp e ci f ic a ción, co n dicio n a en ú l t im a
in s t a n c i a l a s m o d a lid a d e s de e x ist e n ci a corpor al
y m e n t a l de lo vivie n t e , e n r e la ció n con l a f orm a
q ue a dop t a e n concreto, e n ca d a vivie n t e , e l cona -
t us po r cuyo in t e r m e d io a q u e l e st á e n co m un ic a
ción con l a n a t u r a le z a ent e ra.
E n s u t e sis de m e d icin a p u b lic a d a e n 1932, e s
to es, u n os die z a ños a n t e s que l a de C a n guilh e m ,
e l p ro pio Ja c q u e s L a c a n cit a en e x ergo est a propo
sic ió n de l a É t ic a de Spino z a, que é l t r a duce de l a
sig u i e n t e m a n e r a : « U na a f ección cu a l q uie r a de u n
i n d iv i d u o d a do m u e s t r a con l a a f ección de ot ro
t a n t o m á s d isc o r d a n c i a s cu a n t o m á s d i f ie r e l a
e se n cia de un o d e l a ese ncia de otro».^ Y com en t a
a sí e st a r e f er encia: « Q ue re mos d e cir con ello que
l o s con f lic t os d e t e r m in a n t e s, lo s sí n t o m a s in t e n
cio n a les y l a s r e a ccion es p u lsio n a l e s de u n a p sic o
s is d iscu e r d a n con l a s r e la cio n es de co m p r e nsión,
q ue d e f in e n e l d esa r r ollo, l a s e st r u c t u r a s concep
t u a l e s y l a s t e nsio n e s so cia le s de l a p e rso n a lid a d
n o r m a l, se g ú n u n a m e d id a d e t e r m in a d a p o r la

^ Cf. so b r e est e p un t o l a s escla r e ce do r as co nsid e r a cion es

e x p u e st a s por E lisa b e t h R oudin esco e n Ja c q u es L a c a n: es
q u isse d ’un e vie, h ist o ir e d ’u n systè m e de pe nsé e , P a ris: F a
y a r d , 1993, p à gs. 81- 6 [ L acan: esbo zo de u n a vid a , h ist o r i a
de u n sist e m a de p e nsa m ie n t o , B ue nos A ir es: F ondo de C ul
t u r a E conòmic a , 1994].

161
h is t o r i a de l a s a f ecciones del suje to».® A un q u e ll e
gue a e ll a po r c a m in os di f e r e n t es, L a c a n de f iende
p u e s l a m ism a id e a que t a m b ié n h a b r á de f o r mu
l a r se e n l a ob r a de C a n guilh e m ; l a d is t in c ió n e n
t re lo n o r m a l y lo p a tológico, t a l y como l a im p on e
l a d isc o r d a n cia de cie r t os co m p o r t a m ie n t os in d i
v id u a l e s — y e l t é r m in o «disco r d a ncia» a q uí u t i l i
z a do h a c e u n a r e f e r e n ci a d ir e c t a a l o s v a lo r e s
n e g a t ivos de l a v id a — , no t ie n e o t r a m e d id a que
l a que le co m unic a l a h is t o r i a o, m ejo r, l a s h is t o
r i a s de lo s su j e t o s i n d iv i d u a l e s c o nsid e r a d os en
su e se n cia l sin g u l a r id a d .
H a y que p r e g un t a rse e n t o nc es qué es e x a ct a
m e n t e u n a h is t o r i a sin g u l a r d el suje t o . T om emos
el e je m p lo de u n a de e s a s h is t o r i a s se g ú n se l a
m e n cio n a e n l a t e sis de m e d icin a de C a n guilh e m ,
en r esp a ld o de l a id e a de que l a s n o r m a s de vid a
só lo v a l e n , e n ú l t i m a in s t a n c i a , p a r a lo s i n d iv i
d u os y en l a m e d id a im p u e st a por s u si t u a c ió n de
in d ivid u o s;

« C ie r t a n iñ e r a , q u e c u m p l e a l a p e r f e cció n co n l a s o b li
g a c io n e s d e s u p u e st o , só lo se e n t e r a de s u h i p o t e n si ó n
p o r l o s t r a s t o r n o s n e u r o v e g e t a t iv o s q u e e x p e r im e n t a
e l d ia que la lle v a n de ve r a n e o a la m o n t a ñ a . A ho r a
h i e n , n a d i e e s t á o b lig a d o , s i n d u d a , a v i v i r e n l a a l t u r a .
S i n e m b a r g o , l a c a p a c id a d d e h a c e r lo i m p lic a u n a s u
p e r io r id a d , p u e s e n a l g ú n m o m e n t o a q u e llo p u e d e l l e
g a r a s e r in e v i t a b l e . U n a n o r m a d e v i d a e s su p e r i o r a
o t r a c u a n d o c o m p o r t a lo q u e e s t a ú l t i m a p e r m i t e y lo
q u e p r o h í b e , p e r o e n s i t u a c i o n e s d i f e r e n t e s h a y no r -

^ J a c q u e s L a c a n, D e l a psy ch ose p a r a n o ï a q u e d a n s ses

r a p p o r ts avec l a p e rso n n a lit é , r e e dición, P a ris: S e uil, 1980,
col. « P oin ts», p à g. 343 [ De l a p s i c o sis p a r a n o ic a en s u s
r e la cio n es con l a p e rso n a lid a d , M éxico; Siglo X X I, 1976].

162
m as di f erent es que, en cuanto t ales, son igualment e
válid as. Por ello son todas normales».^

R esum a m os: todo es cu e st ió n de «sit ua ción», y

por eso l a d is t in c ió n ent re lo n o r m a l y lo p a t ológi
co no e st á e n p osició n d o m in a n t e so b r e l a v a r i e
d a d de e x ist e n ci a s in d iv id u a l e s, sin o que se a p lic a
a e ll a s de m a n e r a n e c esa r ia m e n t e in d ir e c t a y s e s
g a d a , e n r e la ción con l a sin g u l a r id a d aso cia d a a l a
h is t o r i a de c a d a suje t o . E m p e r o , e n e l c aso q ue
ilu s t r a e st a e x plica ción, e l t é r m in o «situ a ción» co
b r a u n r e lie v e m u y p a r t icula r : e st a r o blig a d a , en
el ca r á c t e r de n iñ e r a , a se g u ir a su s e m ple a do r es
cu a nd o v a n a ve re m e a r a l a m o n t a ñ a es v iv i r u n a
e x p e rie ncia sin g u l a r que e n lo s h e ch os d e m u est r a
se r u n a p rue b a , a t r a v és de l a cu a l l a e x ist e n cia de
l a p e rso n a e x p u est a a e ll a se e n f r e n t a a v a lo r e s
n e g a t ivos que le r e v e la n su s lí m i t e s. N o obst an t e ,
e st a e x p e rie ncia , que es si n d u d a u n a e x p e rie ncia
de in d iv id u o en e l se n t id o de que l a viv e u n i n d iv i
duo, ¿es, p r o p ia m e n t e h a b la n d o , u n a e x p e rie ncia
in d iv id u a l ? M a n i f iest a m e n t e , no, p u e s e l m e dio
v iv o e n e l cu a l h a y lu g a r p a r a e m p le os de n iñ e r a y
p a r a ve r a n e os en l a a l t u r a debe e st r uc t u r a rse de
m a n e r a t a l que h a g a p osib le u n a e x p e rie ncia se-
m ej ernte que, a un q u e v iv i d a «en si t u a ció n» po r i n
d ivid u o s, co r r esp ond a a f o r m as co le c t ivas de or ga
ni z a ció n de l a v i d a si n l a s c u a l e s ese t ip o de «si
tua ción» se n cilla m e n t e no t e n d r í a lug a r . Y g r a cias
a est e eje m p lo se ve con cla r id a d en qué asp ect o la
«si t u a c ió n » de n iñ e r a , cu a n d o l a a su m e «un a »
n iñ e r a , e x p u e st a p o r su c o n d ició n a v i a j a r a u n

^ G. C a n g uilh e m , L e N o r m a l et le p a t holo giq u e , op. ci t .,

p á g. 119.

163
lu g a r alto, que es t a m b ié n «esta» niñ e r a , con l a h i
p o t e n sió n c o n s t i t u t iv a d e s u se r si n g u l a r , e s t á
li t e r a lm e n t e so b r e d e t e r m in a d a p o r co n d icio n e s
que comp e t en a n o r m a s v i t a l e s y so cia les.
E l h e cho de que n o r m a s v i t a l e s y n o r m a s so ci a
l e s c o n ju g u e n s u s a ccion es a l in t e r v e n i r so b r e e l
t r a nscu r so de l a s e x ist e n ci a s in d iv id u a l e s, ¿sig n i
f ic a que e s a s a ccio n es so n ho m o g é n e as e n t r e sí ?
¿ Y h a y que c o ncluir de e llo que e sa s n o r m a s e st á n
c o n s t i t u i d a s so b r e l a b a se de u n m ism o m od elo,
cu y a in t e lig ib ilid a d d e p e nd a d el concepto g e n e r a l
de org ani z ación ? P or l a m a n e r a e n q ue est á p l a n
t e ado, p a r e ce r í a que est e úl t im o in t e r r o g a n t e no
t ie n e se n t id o n i m uch o m e n os obje to, p u est o que
no h a y mod elo n o r m a t ivo que pue d a p ost u la rse o
p e nsa rse e n g e n e r a l y cu y a s a p lic a cio n es se a n l a s
n o r m a s p a r t icula r e s, ca da u n a e n e l á m bit o que le
e s propio. L a s n o r m a s no t ie n e n r e a lid a d a l m a r
gen de l a acción concre t a a t r a v és de l a cu a l se r e a
li z a n a f ir m a ndo, cont r a lo s o bst á culos que se opo
n e n a d ich a acción, s u v a lo r no r m a t ivo ; y e sa a f ir
m a ció n no e s e n a bsolu t o l a e x p r esión d e u n e st a
do d e h e cho o bje t iv a m e n t e da do, sin o que e ll a e s
a x io ló g ic a m e n t e p r im e r a con r esp e c t o a l a s f or
m a s r e a les de o r g a ni z a ción im p u e s t a s po r e lla , en
lo s m o m e n t os e n que se e n f r en t a a lo s lí m i t e s que
d e f in e n e l ho ri z on t e de su acción. E n el a p éndice
agre ga do u n os v e in t e a ñ os d e sp u és, cua nd o el E s
s a i se re e dit ó e n u n co pjun t o m á s v a st o b a jo el t í
t ulo de L o n o r m a l y lo p a t ológico, est a t e sis se f or
m u ló con cla r id a d de l a sig u i e n t e m a n e r a : «P a ra
r e t o m a r u n a e x p r esió n k a n t i a n a , p o st u l a r í a m os
q ue l a co n d ició n d e p o si b ili d a d de l a s r e g l a s es
in t r í nse c a a l a condición de p o sib ilid a d de la e xpe
r ie n ci a de l a s r e glas. L a e x p e rie ncia d e l a s r e g las

164
es la p u e st a a p rue b a , e n u n a si t u a ció n de ir r e g u
l a r id a d , d e l a f un ció n r e g ula d o r a d e l a s r e g la s»
(pág. 179). S i algo t ie n e n e n co mún l a acción de l a s
n o r m a s v i t a l e s y l a a cción de l a s n o r m a s so cia les,
e s p r e cisa m e n t e est e h e cho n e g a t ivo e n s u e se n
cia : n i i m a s n i o t r as e st á n en co ndicio n es de p r o
p one r m od e los de e x ist e n cia p r e f a b ric a dos que ll e
v e n e n s í m ism o s, e n su f orma, l a p o t e ncia de i m
p one rse ; so n a p u e st a s o p rovoca ciones, cuyo único
im p a c t o r e a l se d a a t r a v és de l a a p r e h e nsió n de l a
a n o m a lí a y l a ir r e g ula r id a d , si n l a s cu a le s se n c i
lla m e n t e no t e n d r í a n ra z ón de se r . E se e s el m o t i
vo por el cu a l l a e x p e rie ncia de n o r m a t ivid a d , t a n
to e n e l p la n o de la v id a in d iv id u a l como e n el de la
e x ist e n cia so cia l, sup on e , e n l a p u e st a en p r á c tic a
de su s f o r m as d e o r g a ni z a ción, l a «p rio rid a d de l a
in f r a cción so b r e l a r e gula rid a d»,® e s decir, l a p r i
m a c í a de v a lo r e s n e g a t iv o s so b r e v a lo r e s p o si
t ivos.

® I b id . , p ág. 216.

165
B iblioteca de filoso f ía
T

T heodor W. A d o rno , C o nsig n a s

H e n r i A rvo n , L a e st é t ic a m a r x is t a
K ost a s A x elos, I n t r o d ucció n a u n p e nsa r f u tur o
G ast on B a ch e la r d , E s t u d io s
G ast on B a ch e la r d , L a f iloso f í a d e l no
W alt e r B e n ja m in , E sc r i t o s f r a nc eses
L u d w i g B insw a n g e r , T res f o rm as de la e x ist e n c ia f r ust r a d a . E x al -
t a ció n , e x c e n t r icid a d , m a n e r ism o
O tto F . B o U now, I n t r o d ucció n a l a f iloso f í a d e l co nocimie n t o
B e r n a r d B our g e ois, E l p e nsa m ie n t o p olít ico de H egel
B ruce B r own , M ar x , F r e u d y l a c r í t ic a de l a v i d a co t id ia n a . H a
c i a u n a r e v o lu ció n c u l t u r a l p e r m a n e n t e
J u d i t h B u t le r , S u je t o s d e l d ese o . R e f le x io n es h e g e li a n a s e n l a
F r a n c ia de l si g lo X X
G e orges C a n g u ilh e m , E s t u d i o s d e h is t o r i a y d e f iloso f í a de l a s
c i e n c ia s
G eorges C a n g u ilh e m , I d e olo g í a y r a c io n a lid a d e n l a h is t o r i a de
l a s c i e n c i a s d e l a vi d a
G ill e s D eleu z e, D i f e r e ncia y r e p e t ició n
R o l f D enke r, E lu c id a c io n e s so b r e l a a g r esió n
J a c q u e s D e r r id a , E l toca r, Je a n - L uc N a ncy
J a c q u e s D ’H o n d t , D e H eg el a M ar x
J a c q u e s D ’H o n d t , H e gel, f ilóso f o de l a h is t o r i a viv i e n t e
G ilb e r t D u r a n d , L a im a g in a c ió n sim b ó lic a
P a sc a l E n g e l, ¿ Q ué e s l a ve r d a d ? R e f le x iones so b r e a lg u n os t r u is
m os
M a u r i z io F e r r a r is, I n t r o d ucció n a D e r rid a
T heodor G eiger, I d e olo gia y v e r d a d
L u ci e n G o ld m a nn , I n t r o d ucció n a la f iloso f í a de K an t. H ombr e ,
c o m u n id a d y m u n d o
L ucie n G old m a nn , L u k á cs y H eide gge r. H acia u n a f iloso f ia n u e v a
L u d e n G o ld m a nn , M a r x ism o y ci e n c i a s h u m a n a s
F r é d é r ic G r os, M ichel F o u c a ul t
P ie r r e G u g li e lm in a , L eo S t r a uss y el a r t e de le e r
M a x H o r kh e im e r , T e oría c r í t ic a
M a rc Jim e n e z , T he odo r A dorno. A r t e, id e o lo g ia y t e o rí a d e l ar t e
L eo K oße r , H ist o r ia y d ia léc t ic a
L es z ek K o l a k o wsk i, L a p r e se n cia de l mito
L es z ek K o l a k o wsk i, V ig e n cia y c a ducid a d de l a s t r a d ic io n e s c r is
tia n as
G u ill a u m e le B la nc, E l p e nsa m ie n t o F o uc a ult
K u r t L e nk, E l concep to de id e olo g ía . C om e n t a rio crí tico y se le c
ció n sis t e m á t ic a de t e x t os
P ie r r e M acher ey, D e C a n g u ilh e m a F ouc a ult : l a f uer z a d e l a s n o r
m as
A l a s d a i r C. M ac In ty r e , E l concep to de in c o ncie n t e
M ih a ilo M a r k ovic, D ia lé c t ic a d e l a p r a x is
P ie r r e M asse t , E l p e nsa m ie n t o de M a r cuse
R o l a n d M o usnie r , L as je r a r q u í a s so c ia l e s
B e r t eli O ilm a n , A lie n a ció n . M ar x y s u conce pción d e l ho m b r e e n
l a so cie d a d c a p i t a list a
S t e f a no P e t r uccia ni, M ode los de f iloso f í a p olí t ic a
R ic h a r d R o r t y lJü r g e n H a b e r m as, Sobre l a v e r d a d ; ¿va lid e z u n i
v e r s a l o just i f ic a c ió n ?
M a x im ilie n R ub el, P á g in a s esco gid as d e M ar x p a r a u n a é tic a so
c i a list a , 2 vo ls.
A nn e S a uv a g n a r g u e s, D eleu z e. D el a n i m a l a l a r t e
L u ci e n Sève, M a r x ism o y t e o rí a de l a p e rso n a lid a d
L eo S t r a uss, E l r e n a cim ie n t o d e l r a c io n a lism o p olí tico clásic o
L eo S t r a uss, E s t u d io s de f iloso f í a p o lí t ic a p la t ó nic a
L eo S t r a uss, L a p e rse cu ció n y el a r t e d e e sc r ib ir
W ilh e lm S z il a si , F a n t a sí a y co nocim ie n t o
W ilh e lm S z il a si , I n t r o d ucció n a l a f e nom e nologí a d e H uss e r l
C h a r les T aylo r, L a lib e r t a d de lo s m o d e r n os
P a u l T illic h , T e ología d e l a c u l t u r a y o t r os e nsa y os
S a lv a t o r e V eca, L a f iloso f í a p olít ic a
P e t er W inch, C ie ncia so c i a l y f iloso f í a
S l a v o j Z &ek, E r ic L. S a n t n e r y K e nn e th R e in h a r d , E l p r ó jim o .
T r es in d a g a c io n e s e n t e ología p o lí t ic a
F r a n ç o is Z o u r a b ic hvili, D eleuz e. U n a f iloso f í a d e l a con t ecimien to