Entenda o caso:
Após ver seu vale refeição perder o poder de compra com a falta de reajustes desde
o ano de 2004, Servidor Público Estadual, ingressou com ação buscando o aumento do
mesmo. Após inúmeras decisões o processo aguardou a palavra final do STF, o qual
condenou o Estado gaúcho ao pagamento das majorações não concedidas, assim como os
valores atrasados dos últimos anos.
A decisão do STF acaba por estabelecer entendimento aos demais julgamentos das
instâncias inferiores, possibilitando assim que os Servidores possam buscar os valores que
lhes são devidos.
Fato Positivo:
A Lei exige que haja decreto prevendo o aumento do vale refeição. Ocorre que
desde 2004 o Governo gaúcho não edita novo decreto, deixando há mais de 4 anos os
Funcionários sem receber o reajuste devido. De acordo com a decisão da Suprema
Instância, os valores devidos são de natureza alimentar, ou seja, são o meio de subsistência
dos Servidores. Além disso, a decisão afirmou que os Funcionários não podem ficar
aguardando uma atitude do Governo, enquanto a inflação sobe cada vez mais.
O que Fazer? O Servidor Público Estadual Ativo, na busca dos reajustes do vale refeição
não concedidos, deverá ingressar com ação requerendo a concessão da vantagem, assim
como o pagamento dos valores relativos aos últimos anos.
Após longo trâmite no Judiciário, que até agora vinha entendendo que o percentual e a
periodicidade do reajuste do vale-refeição dos servidores públicos estaduais deveriam ser
definidos pelo próprio Governo, em 26 de agosto de 2008, a mais alta corte do País, o
Supremo Tribunal Federal, reformou as decisões do Tribunal de Justiça de nosso Estado,
definindo que o valor deve ser reajustado mensalmente e de acordo com os índices oficiais
que indicam a desvalorização da moeda.
A decisão foi tomada durante reunião da Primeira Turma do STF. O Tribunal de Justiça do
RS havia negado o pedido dos servidores. O relator do recurso, Marco Aurélio Mello,
rejeitou o argumento do governo estadual para deixar de reajustar o benefício (necessidade
de cortar despesas). Ele observou que o artigo 169 da Constituição, ao prever o
enquadramento das despesas com pessoal, no limite previsto em lei, indica como chegar a
esse limite. “Mas não consta a possibilidade de a administração pública descumprir a lei”,
destacou.
Assim, como a lei que instituiu o vale-refeição para os servidores estaduais gaúchos (Lei
10.002/93-RS) está em plena vigência, os ministros acolheram o recurso dos servidores,
decidindo que o governo gaúcho deve repor o poder aquisitivo do vale-refeição.
Entretanto, mesmo com a decisão do STF, a qual o Tribunal de Justiça de nosso Estado
deverá seguir, tem-se que dificilmente o Estado irá reajustar espontaneamente o valor do
vale-refeição e pagar o reajuste retroativo aos servidores. A solução, portanto, é ingressar
com demanda no Judiciário, a fim de obter decisão obrigando-o (Estado) a implementar o
reajuste mensal, desde 1993, pelos índices oficiais de inflação e, também, buscar, as
diferenças dos últimos 5 anos.