UMA FERRAMENTA
PARA PROSPECÇÃO,
PROVENIÊNCIA,
PALEOGEOGRAFIA E
ANÁLISE AMBIENTAL
2º EDIÇÃO
JOÃO E. ADDAD
2010
SÂO PAULO
Copyright © 2010 by João Eduardo Addad
208p.
CDD 551.304
CDU 552.517
ISBN 978-85-901728-2-6
UMA FERRAMENTA
PARA PROSPECÇÃO,
PROVENIÊNCIA,
PALEOGEOGRAFIA E
ANÁLISE AMBIENTAL
2º EDIÇÃO
JOÃO E. ADDAD
2010
SÂO PAULO
Os minerais pesados funcionam
como traçadores em uma
prospecção. Desde as épocas
coloniais, os garimpeiros da região
de Diamantina procuram pelos
"cativos" do diamante, grãos de
magnetita ou anatásio com o
mesmo hábito octaédrico, que
acompanham o "senhor", branco e
poderoso. No Brasil do século
passado, dois caminhos de estudo
foram especialmente seguidos:
os minerais satélites do diamante,
ao longo do Espinhaço, cruzando
Minas Geraes e Bahia, na bacia do
rio Tibagy no Paraná, algumas
regiões de Goyaz e Matto Grosso, e
a descrição os depósitos de
monazita e ilmenita do litoral
extremo sul baiano, Caravellas e
Alcobaça, e ainda em Guarapary,
no Espírito Santo. Nomes como
Henri Gorceix, Orville Derby,
Eugen Hussak, brilham nestas
areias, ofuscando as limitações
técnicas da época.
ESTE LIVRO iv
PARTE 1
1 MINERAIS PESADOS NO ESTUDO DE SEDIMENTOS 1
1.1 GRÃOS E POPULAÇÕES 3
1.2 SOBREVIVÊNCIA À ALTERAÇÃO 3
1.3 SOBREVIVÊNCIA E COMPORTAMENTO NO TRANSPORTE 5
2 TÉCNICAS 8
2.1 CONCENTRAÇÃO 8
2.2 ARENITOS E AREIAS CONSOLIDADAS 11
2.3 ESCOLHA DE UMA FRAÇÃO GRANULOMÉTRICA ? 12
2.4 QUAL O TAMANHO DE UMA CONTAGEM? 12
2.5 MONTAGENS 14
2.6 ANÁLISE VARIETAL 14
3 APLICAÇÕES 16
3.1 PROVENIÊNCIA 16
3.2 PALEOCLIMAS, PALEOGEOGRAFIA E PALEOAMBIENTES 17
3.3 ANÁLISE AMBIENTAL 18
3.3.1 SOLOS 18
3.3.2 RIOS 18
3.3.3 PRAIAS 19
PARTE 2
DESCRIÇÕES DOS MINERAIS 22
ALMANDINA 23
ANATÁSIO 24
ANDALUSITA 25
AUGITA - AEGERINA AUGITA 26
BADDELEYITA 28
BIOTITA 29
BROOKITA 30
CASSITERITA 31
CIANITA 32
COLUMBITA - TANTALITA 33
CORINDON 34
CRISOBERILO 35
CROMITA 36
DIAMANTE 37
DIOPSÍDIO - HEDENBERGITA 38
EPIDOTOS 39
ESPESSARTITA 40
ESPINÉLIO 41
ESTAUROLITA 42
GOETITA 43
GORCEIXITA - GOYAZITA 44
GROSSULÁRIA 45
HEMATITA 46
HORNBLENDA 47
ILMENITA 49
MAGNETITA 50
MONAZITA 51
OLIVINA 52
PIRITA 53
PIROPO 54
RUTILO 55
SCHEELITA 56
SERPENTINAS 57
SILIMANITA 58
TITANITA (ESFÊNIO) 59
TOPÁZIO 60
TREMOLITA - ACTINOLITA - FERROACTINOLITA 61
TURMALINAS 62
XENOTÍMIO 63
ZIRCÃO 64
BIBLIOGRAFIA 66
ÍNDICE REMISSIVO 68
ESTE LIVRO
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Ti, Mg, Mn, Al, combinados com características morfológicas, podem definir
populações diferentes em uma amostra (e.g. Basu e Molinaroli, 1991).
Página | 2
1.1 GRÃOS E POPULAÇÕES
Página | 3
enquanto que zircão e turmalina resistem até mesmo em lateritas sob
prolongadas condições oxidantes extremamente agressivas.
A maioria dos pesados tem um baixo grau de sobrevivência devido
à instabilidades químicas e mecânicas. De uma maneira genérica, quanto
mais altas a temperatura e a pressão de formação do mineral, menos estável
ele é sob condições de intemperismo, onde é destruído por processos de
dissolução. Na viagem pelo ambiente sedimentar, clivagens fragmentam os
grãos, abrindo caminho para alterações químicas e fazendo com que eles
desapareçam em direção ao transporte. Durante a eodiagênese, soluções têm
uma maior atuação sobre os minerais instáveis, enquanto que os cimentos
mesodiagenéticos selam os poros e isolam porções da rocha, aumentando a
sobrevida de espécies em semi-equilíbrio.
Existem diferenças nas estabilidades relativas dos minerais sujeitos
a diferentes ambientes intempéricos e diagenéticos (e.g. Morton, 1984).
Muitas vezes, pequenas variações químicas dentro das populações (e.g. Ca,
Fe2+ e Fe3+ em granadas) determinam um limiar entre comportamentos. Isto
implica na impossibilidade do estabelecimento de séries absolutas de
instabilidade progressiva dos minerais pesados. Um dos controles externos
básicos é a variação no quimismo das águas percolantes. Magnetitas e
ilmenitas, por exemplo, podem sobreviver em ambientes oxidantes,
enquanto são atacadas sob condições redutoras. A composição destas águas
resulta tanto de variações no clima e presença de vegetação, como
principalmente na composição dos materiais por onde elas circulam (Curtis,
1990).
Em areias ou arenitos porosos, a água circula livremente, mantendo
o desequilíbrio dos minerais instáveis até o seu desaparecimento. Em solos,
entretanto, a circulação da água pode ser restrita e períodos de estagnação,
freqüentes. Como conseqüência, reações em solos são consideravelmente
complexas e variáveis, passando os minerais por longos períodos de
metaestabilidade, seguidos por fulminantes episódios de dissolução de
determinadas fases detríticas ou pedogenéticas. Quando minerais instáveis
se dissolvem, eles colaboram na composição das soluções. Deste modo, um
dos resultados do desaparecimento destes minerais é a mudança das
soluções, seu pH e sua composição iônica. Esta mudança ocorre de maneira
mais rápida próximo à superfície do solo, onde águas de chuva, usualmente
menos saturadas em constituintes dissolvidos, atuam.
Em muitos casos, a pedogênese apresenta uma continuidade por
longos períodos de tempo. Entretanto, a maioria dos solos pode ser
considerada como uma feição efêmera em termos geológicos. Processos
como a alteração do nível de base de uma bacia fluvial, mudanças climáticas
ou eventos extremos, interrompem a ação das soluções nos solos e
redistribuem os grãos. Podemos considerar as seguintes tendências de
comportamento em ambientes de solo:
Minerais de Ti e Zr
Ti e Zr mostram uma solubilidade baixa no solo e consequentemente, uma
alta resistência. Minerais de Ti e Zr sobrevivem à lixiviação dos processos
coluvionares, sendo adicionados no ambiente fluvial em taxas mais altas
que outros grupos minerais (Huston, 1977).
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Minerais Fosfáticos
Fosfatos de cálcio, como a fluorapatita ou hidroxiapatita são estáveis em
solos alcalinos, enquanto que esta estabilidade é revertida para fosfatos
hidratados de ferro e alumínio, em solos ácidos. As crandalitas são formas
muito comuns de fosfatos em solos (Lindsay e Vlek, 1977).
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Dois aspectos da forma dos grãos podem ser considerados de
modo independente: a esfericidade e o arredondamento. Grãos com planos
de clivagem, fraturamentos, zonas com grande quantidade de inclusões,
têm sua baixa esfericidade controlada por estas anisotropias mecânicas. Nos
minerais com clivagens importantes (e.g. cianita, hornblenda), pode ocorrer
a renovação destas superfícies durante o transporte. Estes controles facilitam
o seu reconhecimento, apesar de eventualmente dificultar a avaliação da
distância relativa do transporte e até eliminarem estas fases.
O arredondamento é fortemente condicionado pela granulometria.
Os impactos entre os grãos durante o movimento são mais efetivos em grãos
maiores que 5 a 10 mm, movidos principalmente por rolamento no fundo de
um córrego ou em uma praia, onde adquirem índices de arredondamento
altos. Grãos entre 5 e 0,1 mm sofrem saltação dentro do fluido, tendo um
comportamento variável, enquanto que os menores que 0,1 mm,
transportados por suspensão, são quase sempre angulares (Blatt, 1982). Isto
é decorrente de que grãos menores ficam mais efetivamente envolvidos pelo
fluído, ocorrendo menor interação mecânica com outros grãos.
Berkman (1976) apresenta uma série de minerais detríticos em
ordem de resistência ao arredondamento, da qual foram extraídos os
pesados: turmalina (mais resistente), estaurolita, titanita, magnetita,
granada, ilmenita, epidoto, zircão, hornblenda, rutilo, hiperstênio,
espodumênio, apatita, monazita, augita, hematita, brookita, cianita, enstatita
(menos resistente). Entretanto, nesta série foram considerados fatores
independentes, como clivagem e dureza.
Grãos de minerais muito duros e sem anisotropias importantes
sobrevivem melhor ao transporte. Zircão, turmalina e rutilo têm sido
utilizados como um índice de maturidade sedimentar, ZTR. Quando, junto
com quartzo, são os únicos constituintes de areias, significam o
retrabalhamento deste sedimento supermaturo. Longos períodos sob ação
química e mecânica são necessários para remover grãos de feldspato, líticos,
micas e pesados menos resistentes. Se este sedimento ainda apresentar
quartzos arredondados e esféricos como um padrão, ele aponta para
ambientes de praia ou dunas eólicas, onde a abrasão atua repetidamente e
por grandes intervalos de tempo.
Características do meio de transporte também podem determinar
variações quantitativas da presença de minerais pesados derivados da
mesma fonte, como resultado de efeitos hidrodinâmicos sobre a sua
granulometria e/ou seu formato. Enquanto que certos estilos de transporte
aceitam uma grande variedade de tamanhos (e.g. fluxo de detritos, gelo),
outros meios selecionam uma determinada faixa granulométrica e
produzem depósitos mais homogêneos de grãos homogêneos (e.g. dunas
eólicas). A presença de formas de leito, a variação de regimes de fluxo, a
mudança dos estilos de deposição ao longo de um sistema deposicional,
podem reter certa granulometrias e impedi-las de seguir (e.g. Fletcher e Loh,
1996).
Em escala de grão, processos de transporte seletivo granulometria-
densidade mostram desvios da simples equivalência hidráulica, ou seja,
grãos leves e pesados correspondentes depositados juntamente não
apresentam as mesmas velocidades de settling medidas em laboratório
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(Slingerland, 1977). Em um leito de grãos misturados, interações
hidrodinâmicas entre os grãos tornam os mais densos e menores mais
difíceis de serem levantados pelo fluxo (Komar e Wang, 1984; Trask e Hand,
1985). De um modo equivalente, a disponibilidade de granulometrias
relativamente maiores sobre trechos do leito tem um efeito de "esconder" os
grãos menores de pesados, dificultando que estes sejam arrancados do
fundo e seqüestrados pelo fluxo. Formas de grão mais alongadas ou
achatadas (e.g. anfibólios, cianitas) também vão alterar o coeficiente de
arraste hidrodinâmico, se comparadas com grãos equidimensionais de
mesma densidade e volume (e.g. epidoto, espinélio), apresentando respostas
diferenciadas e desvios dentro do fluxo.
Podemos relacionar os seguintes fatores de controle da presença de
populações de pesados em um sedimento:
estaurolita epidoto
monazita titanita
ilmenita apatita
cianita
andalusita
silimanita
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2 TÉCNICAS
2.1 CONCENTRAÇÃO
Uma amostra deve passar por uma certa rotina para que se proceda na
identificação e quantificação dos minerais pesados. Considerando uma
porção de areia, lavada dos sais, argilas e matéria orgânica, algumas vezes
tratada com solução quente de ácido oxálico e oxalato de amônia para
eliminar eventuais coberturas de hidróxido/óxido de ferro, segue-se a
separação dos pesados por meio denso, usualmente o bromofórmio. Devido
à toxidade dos vapores deste produto, muitos laboratórios adotam o
politungstato de sódio (3Na2WO4•9WO3•H2O) ou metatungstato de sódio
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(Na6•H2W12O40) como meios de separação padrão (e.g. Callahan, 1987;
Gregory e Johnson, 1987).
O politungstato de sódio produz soluções aquosas que podem ser
ajustadas por diluição para valores variáveis de peso específico, entre 1,0 e
3,1. Inércia química na ausência de íons de cálcio (cimentos de calcita e
aragonita, bioclastos carbonáticos...) e não liberação de vapores tóxicos, o
colocam como sucessor do bromofórmio, iodeto de metila e outros alcanos
voláteis. O cuidado na sua utilização reside na possibilidade da evaporação
acidental da solução e o aumento da sua densidade acima de valores críticos
em procedimentos muito demorados (e.g deixar a montagem durante um
final de semana) e na evaporação forçada em temperaturas acima de 60ºC
para ajuste do peso específico, condição que resulta na decomposição
irreversível para tungstato de sódio (Na2WO4), insolúvel em água.
Alguns problemas podem advir da viscosidade alta politungstato
de sódio em concentrações maiores, dificultando a dispersão de grãos de
areia muito fina e silte por efeitos de tensão superficial. Uma pré-
umidificação de uma amostra de peso conhecido, com uma quantidade
medida de água, torna calculável o reajuste da solução de politungstato.
Durante a pré-umidificação, é desejável o uso de vácuo e/ou agitação para
remoção de bolhas de ar.
Existem vários procedimentos e montagens para meios densos. Um
balão ou funil de separação apoiado em um suporte, seguido de um funil
equipado com papel filtro e um béquer na parte inferior do suporte, é uma
montagem simples. Dentro do balão, coloca-se o líquido denso e um certo
volume de amostra proporcional ao diâmetro do balão. A amostra deve se
acomodar em uma camada fina, de modo a não ocorrer obstrução de grãos
do contato com o líquido. Leves agitações auxiliam a descida de grãos de
pesados com bolhas de ar aderidas ou posicionados de modo ruim. Os
pesados descem até próximo à torneira de separação. Amostras com uma
grande quantidade de pesados tendem a entupir esta passagem e devem ser
tratadas em volumes menores. A abertura da torneira de separação leva os
pesados a se depositarem sobre o papel de filtro no funil intermediário,
enquanto que o líquido denso passa para o béquer e deve retornar ao
acondicionamento. Terminada a descida de pesados, que pode requerer
algumas horas e incluir umas tantas sacudidas, o papel de filtro pode ser
colocado a secar sobre uma placa de vidro, após lavagem com alcool
(bromofórmio e outros voláteis) ou água (soluções de tungstatos).
Porcedimentos com bromoformio e outros voláteis devem sempre
considerar a elevada toxicidade destes compostos, sendo padrão o trabalho
em um ambiente fornecido por uma capela de exaustão. De modo a evitar a
evaporação excessiva de bromofórmio, a colocação de uma cobertura de
papel alumínio entre a saída do balão de separação e o béquer, além do
fechamento da boca do balão de separação durante o repouso da montagem,
são procedimentos interessantes.
Quando o bromofórmio é utilizado na separação de minerais
pesados, uma etapa necessária é a recuperação deste líquido denso. À
mistura residual de bromofórmio/areia leve, dentro de um balão de
decantação, pode-se adicionar água destilada, fazendo com que grande
parte do bromofórmio se separe da areia, a qual fica imersa em água,
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flutuando sobre um remanescente de líquido denso. Retirados o
bromofórmio liberado e a água em excesso, ainda resta algum bromofórmio
nesta areia e deve-se lavá-la com álcool. Desta lavagem, teremos um resíduo
bromofórmio-solvente-água. Como o bromofórmio é imiscível com a água,
mas o álcool é miscível em quase todas as proporções, o resíduo de líquido
denso pode ser recuperado da seguinte maneira: em uma garrafa, adiciona-
se muita água e agita-se vigorosamente a mistura. Alguns dias depois,
quando as fases se separarem, retira-se a mistura flutuante água/solvente.
Algumas repetições deste procedimento terminam por extrair o solvente do
bromofórmio, o que pode ser verificado quando um fragmento de dolomita
ou calcita, colocado dentro da garrafa, flutuar na interface das fases. A
mistura flutuante água/solvente ainda apresenta odor característico de
bromofórmio e deve ser acondicionada para posterior destinação.
Após a separação da parte densa, um separador magnético
isodinâmico (Frantz) pode se tornar muito útil em amostras com muita
ilmenita, por exemplo, ou outros opacos altamente suscetíveis ao
magnetismo. Grãos de magnetita costumam obstruir a calha do
equipamento. Assim, a utilização do separador magnético deve ocorrer após
a remoção de magnetita com auxílio de um imã manual isolado por uma
folha de papel ou plástico, de modo a facilitar a sua limpeza. Grãos com
inclusões de magnetita e ilmenita, além da variação composicional de
muitos minerais (e.g. conteúdo de ferro nos epidotos, granadas e
hornblendas), dificultam uma utilização dos separadores magnéticos como
discriminador absoluto de populações.
Separadores magnéticos de campo mais intenso e separadores
permanentes, de samário-cobalto ou neodímio-ferro-boro, podem ser
utilizados na separação mais eficiente de minerais de menor
susceptibilidade, os paramagnéticos (apatita, augita, diopsídio, epidoto,
espinélio, granadas, hornlenda, rutilo, titanita, turmalina, zircão...). Deve ser
considerado, entretanto, que em muitas amostras os separadores serão
efetivos, em outras, não.
O procedimento de batear manualmente de maneira
indiscriminada e exaustiva a amostra antes da concentração por líquido
denso, eliminando quase todo o material leve, é desaconselhado em muitos
casos, pelas perdas que ocorrem de populações inteiras de minerais de grãos
pequenos, hidrodinamicamente equivalentes aos grãos maiores de minerais
e fragmentos mais leves. Este procedimento pode ter uma conseqüência
catastrófica para algumas datações, prospecções iniciadas muito longe da
área fonte ou estudos varietais, onde são consideradas as variedades de um
certo mineral ou grupo de minerais. O estudo varietal com base na cor,
forma ou inclusões de grãos é particularmente útil ao se trabalhar com
zircões, que muitas vezes mostra subpopulações de grãos muito pequenos.
Bateias mecânicas e mesas separadoras são vantajosas em amostras
volumosas com objetivos específicos (amostragem em grande escala para
prospecção de diamantes, por exemplo), assim como podem ser
interessantes a lavagem de frações argilosas e a retirada de seixos ainda em
campo, manualmente, em peneiras, bacias ou baldes.
Van der Westhuizen et al. (1993) desenvolveram um separador
hidráulico capaz de lidar com pequenas quantidades de amostra. Consiste
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em um tubo de vidro moldado em forma de uma serpentina de
aquecimento, onde as alças funcionam como armadilhas para os grãos
conforme estes são trazidos pelo fluxo. As regulagens da inclinação do
conjunto e da velocidade do fluxo permitem uma calibração para
populações de densidade e granulometria diferentes. Dois problemas
causam dificuldades na adoção desta técnica: a necessidade de frações
granulométricas estreitas, muitas vezes adulteradas pela presença de grãos
achatados ou alongados que passam pelo peneiramento, e a restrição a
pequenos volumes de amostra.
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Colúvios e sedimentos semi-consolidados geralmente apresentam
coberturas limoníticas ou argilosas sobre os grãos, que impedem até a sua
separação por meio denso. Em muitos casos, argilas são facilmente
removidas por lavagem simples. Caso isto não ocorra, um tambor em
regime lento ou um agitador mecânico podem ser muito úteis na limpeza
dos grãos. Peneiramento úmido, geralmente com uma malha 300# e uma
pisseta com água filtrada, elimina as partículas de argila liberadas.
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erro padrão 95% = 2 √ (p.q/n)
onde p é a freqüência observada, q eqüivale a (100 - p) e n é o número de
pontos contados.
Graficamente, a relação resulta nas seguintes curvas de freqüências
observadas para erros prováveis (transformados em %), para as respectivas
contagens totais (Dryden, 1931):
Página | 13
2.5 MONTAGENS
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o contorno de cada grão é analisado por harmônicas baixas para o primeiro
parâmetro e altas, para o segundo.
Duas técnicas interessantes para refinamento da análise varietal são
a microssonda eletrônica e a catodoluminescência. Através da microssonda,
mapas químicos são produzidos quando é analisada uma malha de pontos,
a partir dos quais zonamentos composicionais podem ser identificados nos
grãos. Também é extremamente útil para determinação de variedades de
anfibólios, piroxênios, epidotos e granadas (e.g. Morton, 1991).
Para frações de areia muito fina e silte, tem sido adotada uma
rotina automatizada por acoplamento de uma microssonda com um
analisador automático de imagem (AIA). Este analisador é capaz de
identificar grãos (áreas com sinal) e espaços (áreas com ruído), assim como
medir os grãos (comprimento, largura, razão comprimento/largura,
perímetro/área) e instruir a coleta de pontos composicionais, centrados
sobre cada grão. A interseção dos parâmetros de grão com a sua
composição, pode então definir classes varietais.
Na segunda técnica, catodoluminescência, uma cor de
luminescência ou sua ausência são produzidas ou inibidas pela presença de
impurezas, terras raras e outros cátions. Este procedimento pode definir
populações diferentes ou zonamentos nos grãos, revelando
sobrecrescimentos e retrabalhamentos. Uma abordagem mais abrangente
sobre esta técnica pode ser encontrada em Marshall (1988).
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3 APLICAÇÕES
3.1 PROVENIÊNCIA
Página | 16
têm uma relativa dificuldade de nucleação, o que resulta em porfiroblastese,
ou seja, formam-se poucos cristais que absorvem os componentes
formadores destas fases. Por outro lado, cristais poiquiloblásticos podem se
formar de dois modos: o englobamento de inclusões por velocidade de
crescimento grande ou a presença de poucos nutrientes para uma fase com
dificuldade de nucleação.
Página | 17
denudação e exumação de embasamento, capturas fluviais e mudança dos
curso de rios. Podvysotsky et al (2000) reconhecem paleopraias do
Carbonífero da plataforma Siberiana, através do arredondamento e textura
superficial de piropos kimberlíticos. Vaughn Barrie e Emory-Moor (1994)
descrevem placers marcando paleolinhas de costa preservadas durante uma
rápida subida do nível do mar no Holoceno, Columbia Britânica, Canada.
A costa do Oregon, litoral norte do Pacífico, é marcada por uma
forte compartimentação por pontões rochosos que impedem a troca de areia
entre os trechos. Entretanto, a composição das praias reflete o transporte e
mistura em condições de níveis do mar baixos durante o Pleistoceno,
quando não existiam os bloqueios dos pontões modernos, mas uma efetiva
deriva sul-norte. Para a delineação deste histórico, Clemens e Komar (1988)
utilizaram padrões de arredondamento de pesados relíctos diluídos em
areias produzidas pela erosão atual de escarpas.
3.3.1 SOLOS
3.3.2 RIOS
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regime de chuvas, requer a construção de mapas de risco de enchentes e de
modelagem dos eventos. Em alguns destes procedimentos, marcadores
sedimentares podem ser usados como balizadores de paleomegaeventos.
Um exemplo interessante é o trabalho de Morton e Smale (1990).
Estes autores analisam populações de pesados derivados de ultramáficas,
olivina, piroxênios, anfibólios e epidotos de areias em um sistema fluvial da
Nova Zelândia. A ausência de processos de alteração química nestes
minerais instáveis, em amostras de depósitos intermediários, indicou que o
tempo de residência não é longo nas planícies aluvionares, apontando para
um transporte controlado por enchentes.
3.3.3 PRAIAS
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Diversos trechos do litoral sul da Bahia e norte do Espírito Santo
têm apresentado problemas erosivos nas proximidades de desembocaduras
fluviais. Em Alcobaça, padrões de minerais pesados e a distribuição
granulométrica da areia ao redor da barra estuarina evidenciam a armadilha
que deltas de vazante efetivam nas saídas dos estuários. A erosão e o
crescimento do delta de vazante, nas últimas décadas, são relacionados às
mudanças da carga sedimentar do rio Alcobaça, como resultante do
desflorestamento intenso da Mata Atlântica (Addad e Martins Neto, 2000).
Ao longo das praias, padrões de concentração diferencial entre as
assembléias de pesados devem ser esperados. Zircão, rutilo, monazita,
almandina, opacos e outros pesados de densidade mais alta, tendem a ser
concentrados em áreas de maior erosão. Anfibólios, epidotos e pesados de
menor densidade, têm propensão a ser seletivamente transportados e
dispersos nas proximidades de desembocaduras de rios e zonas de acreção
(e.g. Frihy e Komar, 1991).
Algumas praias erosivas ou que apresentam um padrão de
concentração de pesados podem conter quantidades maiores de monazita
nas suas areias. Esta característica tem sido considerada como uma possível
fonte de exposição a taxas perigosas de radiação (e.g. Alam et al, 1999).
mineraispesados@hotmail.com
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PARTE 2
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ALMANDINA Fe3Al2(SiO4)3
4,12-4,318
cúbica
cristal original: dodecaedro, trapezoedro ou combinações destes. São as
granadas de ferro, as mais densas do grupo. Esta propriedade varia nas
almandinas na dependência da presença de magnésio e/ou manganês ocupando
o sítio do ferro, e ainda de ferro substituindo o alumínio.
confusões possíveis:
• espinélios rosa-vermelhos são raros em sedimentos, mostrando uma tendência
à forma octaédrica típica ou uma evolução desta por abrasão. Apresentam
susceptibilidade magnética mais baixa e relevo também mais baixo. Entretanto,
um diagnóstico apenas por métodos óticos pode ser difícil, considerando uma
população restrita de grãos muito desgastados, sem resquícios das faces
originais. Estes espinélios sensu stricto são espinélios de magnésio, apresentando
um peso específico próximo a 3,55.
• a diferenciação entre almandinas, espessartitas e piropos pode requerer o uso
de microssonda ou outros métodos químicos.
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ANATÁSIO TiO2
3,82-3,97
tetragonal
cristal original: bipirâmide octaédrica e com as faces (111) bem desenvolvidas,
podendo ser agudas, equidimensionais ou mais curtas. Em certas variedades, as
bipirâmides são tão achatadas em (001) que determinam cristais na forma de
tabletes com bordas bisotadas. Usualmente apresentam estrias perpendiculares
ao comprimento. Intercrescimentos seguindo a mesma direção são comuns.
confusões possíveis:
• corindons azuis tem um relevo mais baixo, birrefringência fraca e um cristal
com seção de seis lados.
• rutilos amarelos e brookitas têm birrefringência muito mais forte e são
uniaxiais positivos, com estrias paralelas ao alongamento do cristal.
• espinélios são isótropos e formam octaedros.
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ANDALUSITA Al2SiO5
3,13-3,20
ortorrômbica
cristal original: prisma alongado de seção aproximadamente quadrada,
usualmente terminado em (001). É o polimorfo Al 2SiO5 menos denso, estável em
menores condições de pressão. Comum na forma de porfiroblastos.
confusões possíveis:
• hiperstênio apresenta alongamento positivo e a clivagem dos piroxênios.
• silimanita ocorre como prismas bem definidos, é não pleocróica e tem
alongamento positivo.
• com topázio incolor, o qual é transparente e tem uma clivagem basal perfeita.
O tricroísmo da maioria das andalusitas e seu alongamento negativo facilitam a
distinção.
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AUGITA - AEGIRINA AUGITA (Ca,Na)(Mg,Fe,Al,Ti)(Si,Al)2O6
3,20-3,60
piroxênios monoclínicos
cristal original: prisma de seção aproximadamente quadrada a octogonal.
Ocorrem maclas polissintéticas em (001). Algumas variedades apresentam estrias
ao longo do comprimento.
características óticas: extinção oblíqua, máxima em (010), até 20º nas aegirina
augitas e 47º nos membros mais augíticos. Fragmentos sobre uma partição em
(100) mostram extinção paralela. Alongamento geralmente positivo nas augitas e
negativo nas aegirina augitas. Birrefringência média, aumentando com o
conteúdo de ferro. Grãos mais escuros mostram cores anormais, mascaradas pela
cor do mineral. Augitas titaníferas apresentam extinção incompleta dos grãos
devido à dispersão forte. Figuras biaxiais, quando observadas, podem ser
positivas ou negativas, dependendo da composição.
confusões possíveis:
• hornblenda mostra a clivagem típica dos anfibólios e tricroísmo forte.
• turmalinas esverdeadas tem o chamado dicroísmo inverso e alongamento
negativo, não apresentando clivagens. São uniaxiais.
• epidotos castanho esverdeados, allanitas, mostram extinção reta em grãos
prismáticos alongados e clivagem menos proeminente, resultando em
fragmentos irregulares.
• diopsídios são geralmente verde pálido. Entretanto, algumas variedades de
diopsídios exibem tonalidades mais intensas, que ocorrem também nas aegirina
augitas. Possibilidades de determinação são o alongamento, positivo nos
diopsídios, e o ângulo de extinção, maior que 38º nos diopsídios e menor que 20º
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nas aegirina augitas. Grãos irregulares ou pequenos, entretanto, podem ser
difíceis de diagnosticar. Quando não existe confirmação química, grãos de
piroxênios verde claros são usualmente referidos como diopsídios, e grãos de
tonalidades mais fortes, como piroxênios augíticos.
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BADDELEYITA ZrO2
5,40-6,02
monoclínica
cristal original: prisma tabular em (100), com terminações acunhadas. Os cristais
podem mostrar estrias e eventuais geminações, freqüentemente polissintéticas.
confusões possíveis:
• zircões amarelados e fragmentados, que apresentam extinção reta e são
uniaxiais.
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BIOTITA K(Mg,Fe)3(AlSi3O10)(OH)2
2,75-3,3
monoclínica
cristal original: geralmente ocorre como conjuntos lamelares empilhados, de
contorno irregular. Raro como conjuntos prismáticos curtos, de contorno pseudo
hexagonal. Esta forma ocorre em biotitas de origem piroclástica.
confusões possíveis:
• com outras micas, flogopita e stilpnomelana, para as quais podem ser
necessários testes químicos caso seja necessária uma determinação precisa.
Biotita é geralmente mais escura e mais pleocróica que as outras micas.
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BROOKITA TiO2
3,87-4,19
ortorrômbica
cristal original: prisma, fortemente estriado na direção de crescimento e alongado
na direção do eixo C. Sua principal característica é ser extremamente achatado
em (100), formando cristais tabulares.
confusões possíveis:
• rutilo tem uma birrefringência mais forte e a brookita apresenta cores anômalas
típicas, entretanto, grãos bem arredondados e pequenos podem oferecer
dificuldades de identificação. Ainda assim, rutilos fornecem cores de
interferência de alta ordem, não alterando a cor do grão com o cruzamento dos
polarizadores. São uniaxiais e mostram uma clivagem mais marcada.
• titanitas amarelo acastanhadas apresentam cores de interferência também de
ordens superiores, mas que mudam para um azul-céu anômalo na proximidade
da posição de extinção do grão.
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CASSITERITA SnO2
6,98-7,02
tetragonal
cristal original: bipirâmides muito curtas são comuns. Cristais alongados, com
predominância das faces prismáticas, são mais raros. Geminações em joelho
ocorrem em (011) e podem se repetir ciclicamente.
confusões possíveis:
• anatásio tem alongamento negativo e uma bipirâmide mais alongada,
característica, com estrias perpendiculares ao comprimento. Apresenta
tonalidades azuladas, não encontradas nas cassiteritas.
• rutilo tem relevo e birrefringência mais altos e, geralmente, uma cor vermelha
típica, mais forte e homogeneamente distribuída.
• grãos prismáticos de cor clara podem lembrar fragmentos de zircão amarelado
ou acastanhado, o qual tem cores homogêneas, relevo e birrefringência mais
baixos.
existe um teste característico para a cassiterita, com imersão dos grãos em HCl
diluído e adição de zinco em pó ou flocos. Neste processo, as superfícies dos
grãos ficam recobertas por uma película de coloração cinza metálico.
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CIANITA Al2SiO5
3,53-3,68
triclínica
cristal original: usualmente tabular, alongado paralelamente ao eixo C. São raros
os cristais com terminações.
características óticas: tem alongamento positivo e relevo alto. Como grande parte
dos grãos caem sobre a clivagem perfeita em (100) e o eixo ótico é inclinado com
as faces do prisma, estes grãos mostram extinção oblíqua, entre 27 e 32 . Uma
pequena parte dos grãos se forma na clivagem (010) e mostra extinção quase reta,
em 7 . Cianitas geralmente mostram tintas de polarização do laranja de segunda
ordem até o azul. Lascas de clivagem e grãos mais delgados chegam apenas até o
amarelo de primeira ordem. As seções (100) mostram figuras de interferência
biaxiais negativas centradas, com ângulo grande.
confusões possíveis:
• silimanitas prismáticas tem extinção reta, sendo predominantemente incolores.
• andalusitas alongadas também mostram extinção reta, mas tem um relevo mais
baixo e alongamento negativo.
• zircões ovais, bem arredondados, apresentam relevo e cores de interferência
muito mais elevadas.
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COLUMBITA - TANTALITA (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6
5,20-8,20
ortorrômbicas
cristal original: como um prisma curto ou tabular, bem achatado em (100),
retangular, terminado em pinacóides. Mostra fortes estrias em degrau, paralelas
ao comprimento. São observadas maclas em (201). A densidade aumenta com a
quantidade de tântalo presente.
confusões possíveis:
• grãos pequenos, mais fragmentados e arredondados são potencialmente
confundidos com vários outros opacos, principalmente com a ilmenita e a
magnetita, podendo apresentar dificuldades na determinação.
• mangano tantalita, uma variedade vermelha e transparente rara, mas
abundante em certos campos pegmatíticos, pode ser confundida com almandinas
escuras ou rutilos transparentes.
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CORINDON Al2O3
3,98-4,02
trigonal
cristal original: dipirâmide de seção hexagonal. Maclas polissintéticas e de
penetração podem ocorrer. Apresenta com freqüência estrias perpendiculares ao
crescimento.
confusões possíveis:
• safirina, apesar de muito rara, pode ocorrer em algumas fontes similares. Este
mineral, entretanto, não apresenta maclas e é sempre biaxial.
• anatásios tem uma forma cristalina muito diferente e relevo mais alto, que
escurece o contorno dos grãos.
• com grãos arredondados de espinélios, os quais são cúbicos.
• zircões, quando ocorrem como grãos arredondados, mas estes são uniaxiais
positivos e tem birrefringência muito forte.
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CRISOBERILO BeAL2O4
3,50-3,96
ortorrômbico
cristal original: tabular em (001), comumente maclado, podendo se repetir
formando um cristal pseudohexagonal. Os cristais apresentam estrias em (100) e
(001).
confusões possíveis:
• com corindons esverdeados, que geralmente mostram formas menos
arredondadas ou mais preservadas, onde se pode observar o alongamento
negativo. Corindons ainda tem relevo um pouco mais alto, apresentam
tonalidades diferentes de verde, zonamentos de cor e uma figura uniaxial
negativa.
• com zircões amarelados e bem arredondados, sem faces cristalinas
preservadas, os quais mostram birrefringência muito mais alta.
ocorrências e locais: mineral muito resistente à abrasão. Pode indicar uma fonte
de pegmatitos graníticos, sendo comum a abundante em muitas drenagens das
regiões entre Padre Paraíso e Catugí, norte de Minas Gerais.
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CROMITA Fe2+Cr2O4
4,43-5,09
cúbica
cristal original: octaedro. Muito comum em agregados maciços, granulares a
compactos. Cromitas de kimberlitos podem mostrar arredondamento dos cantos
e bordas por reabsorção, reduzindo a área das faces do octaedro de modo similar
aos diamantes. As faces resultantes têm aparência "congelada".
confusões possíveis:
• magnetitas são magnéticas, apresentando traço preto.
• ilmenitas e cromitas quando ocorrem em grãos irregulares podem ser
confundidas.
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DIAMANTE C
3,50-3,52
cúbico
cristal original: como octaedros, dodecaedros e, mais raramente, cubos. Alguns
cristais octaédricos mostram desenvolvimento de degraus em (111). Um
desenvolvimento intenso deste tipo converte os octaedros em cristais pseudo-
dodecaedro-rômbicos. Sobre o mesmo plano, podem ocorrer geminações.
Cristais de forma face-curva ou hábito arredondado são resultantes de processos
de dissolução-corrosão, assim como as figuras triangulares e estrias sobre as
faces. Pode ocorrer como variedades policristalinas-microcristalinas: ballas, bort
e carbonados.
confusões possíveis:
• espinélios magnesianos incolores ou amarelados tem um relevo bem mais
baixo (entre 1,7 e 1,9, contra 2,4 do diamante) e sofrem arredondamento,
geralmente apresentando arestas desgastadas e faces polidas.
• zircões não são isótropos.
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DIOPSÍDIO - HEDENBERGITA Ca(Mg,Fe) Si2O6
3,22-3,56
piroxênios monoclínicos
cristal original: prisma de seção aproximadamente quadrada ou de oito lados.
São comuns as maclas polissintéticas em (001).
características óticas: extinção oblíqua entre 38º e 48º, sendo muitas vezes
incompleta devido à dispersão alta. Fragmentos sobre uma partição (100)
mostram extinção paralela. Alongamento positivo e relevo forte. A
birrefringência é média, com cores vivas de segunda e terceira ordens. O plano
dos eixos óticos, (010), apresenta uma figura biaxial positiva de ângulo grande.
confusões possíveis:
• actinolita e ferroactinolita apresentam a clivagem dos anfibólios.
• aegirina augitas geralmente tem coloração mais forte e tricroísmo notável, além
de apresentarem uma extinção oblíqua menor que 20º. Entretanto, quando não
existe confirmação química, grãos de piroxênios verde claros são usualmente
referidos como diopsídios, e grãos de tonalidades mais fortes, como piroxênios
augíticos.
• olivinas tem extinção reta e birrefringência muito mais forte, além de não
apresentarem clivagens, apenas fraturas
ocorrências e locais: o diopsídio rico em cromo é uma dos minerais usados como
indicadores de kimberlitos, e pela sua pouca resistência ao intemperismo e ao
transporte em um ambiente aluvionar, sugere proximidade da fonte primária.
Entretanto, um teor alto de Cr não é exclusivo de derivação kimberlítica,
podendo ser encontrado em outras rochas ultramáficas. Teores de Fe, Al e Na
também são interessantes para a discriminação varietal do diopsídio.
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EPIDOTOS Ca2(Al,Fe)Al2O.OH(SiO4) (Si2O7)
3,15-4,20
monoclínicos, zoisita é ortorrômbica
cristal original: ocorre alongado na direção do eixo b, com desenvolvimento das
faces paralelas a (100), originando um prisma transversal. Estrias podem estar
presentes, também paralelas a b. Zoisitas e clinozoisitas, os epidotos de cálcio e
alumínio, são mais leves, enquanto que allanitas, epidotos de ferro, apresentam
maior densidade.
confusões possíveis:
• hornblendas geralmente ocorrem em grãos acunhados pela clivagem típica.
• olivinas tem birrefringência muito mais forte, além de não apresentarem
clivagem, apenas fraturas.
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ESPESSARTITA Mn3Al2(SiO4)3
4,16-4,25
cúbica
cristal original: dodecaedro, trapezoedro ou combinações destes.
confusões possíveis:
• almandinas podem mostrar tonalidades similares, havendo necessidade de
análise química para determinação da composição dominante.
análise varietal: como nas outras granadas, populações podem ser discriminadas
com base na composição. Os componentes comuns na espessartita são almandina
e piropo, este minoritário.
Espessartitas de pegmatitos podem mostrar substituição de ítrio ocupando o
lugar do manganês, chegando a conter até 2% de Y2O3.
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ESPINÉLIO (Mg,Fe,Zn)Al2O4
3,55-4,62
cúbico
cristal original: usualmente como octaedros. Podem ocorrer dodecaedros na
forma de truncamentos nas arestas de octaedros. São comuns maclas de contato
em (111). Muitos cristais mostram estrias.
confusões possíveis:
• espinélios vermelhos são extremamente raros em sedimentos. Almandinas
tendem a ser mais abundantes, geralmente apresentam inclusões e uma forma de
cristal diferente. Entretanto, a separação entre almandinas e espinélios pode ser
difícil por meios óticos em grãos com altos índices de esfericidade e
arredondamento.
• grossulárias incolores podem ter uma fraca birrefringência anômala e tendem a
grãos subesféricos
• zircões bem arredondados, incolores ou coloridos, não são isótropos.
• a separação de hercinitas pretas e magnetitas octaédricas é feita pelo traço
branco acinzentado e pela não susceptibilidade magnética das primeiras.
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ESTAUROLITA (Fe+2,Mg)2(Al,Fe+3)9O6(SiO4)4(O,OH)2
3,65-3,83
monoclínica
cristal original: prisma geralmente obtuso, de seção losangular a quase
hexagonal. Não são raras maclas cruciformes de dois tipos, quando indivíduos se
cruzam a aproximadamente 90º e a 60º.
confusões possíveis:
• com raras turmalinas amarelo acastanhadas, que são uniaxiais negativas e tem
alongamento negativo.
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GOETITA FeO(OH)
3,30-4,37
ortorrômbica
cristal original: raramente ocorre como cristais prismáticos, sendo mais comuns
em agregados maciços ou radiais, fibrosos. Manganês geralmente está presente,
até 5%. Algumas variedades apresentam água adsorvida.
confusões possíveis:
• hematita apresenta traço vermelho. Muitos grãos de hematita, entretanto,
mostram uma capa de alteração para goetita.
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GORCEIXITA - GOYAZITA (Ba,Sr,Ca)Al3H(OH)6(PO4)2
2,70-3,26
trigonais
cristal original: geralmente se apresenta em agregados nodulares, botrioidais ou
maciços, microcristalinos, fibrosos ou radiais.
confusões possíveis:
• o leucoxênio, um produto de alteração da ilmenita, não apresenta bordas
translúcidas, geralmente ocorrendo grãos com restos de ilmenita na forma de
pequenas agulhas ou trilhas marcadas sobre a superfície.
• limonita é castanho a castanho avermelhado, com traço tipicamente amarelo,
amarelo acastanhado.
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GROSSULÁRIA Ca3Al2(SiO4)3
3,56-3,60
cúbica
cristal original: dodecaedro, trapezoedro ou combinações destes. São as granadas
de menor densidade.
confusões possíveis:
• espinélios são isótropos.
• a cor de canela e a birrefringência anômala a separam de outras granadas,
almandinas e piropos.
• andraditas, Ca3Fe2(SiO4)3, são amareladas a verde acastanhadas, com
zonamento de cor freqüente nos grãos. Chegam a grãos quase pretos com
aumento do teor de titânio. Muito raras em sedimentos por sua fácil alteração.
Alteram para epidoto, calcita ou ainda para limonita.
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HEMATITA Fe2O3
5,08-5,256
trigonal
cristal original: quando ocorre em uma forma cristalina, geralmente é tabular em
(0001), caso contrário, forma agregados botrioidais ou maciços. As bases dos
cristais podem mostrar marcas triangulares e cunhas romboédricas nas suas
bordas. Maclas são comuns, usualmente lamelares.
aspecto: opaco, de uma tonalidade cinza escura metálica para os grãos menos
intemperizados, eventualmente apresentando um brilho alto, com bordas e
reflexos avermelhados na variedade especular. Estes grãos especulares, quando
extremamente delgados e translúcidos, podem mostrar dicroísmo do castanho
avermelhado para um amarelo avermelhado, sob luz transmitida.
confusões possíveis:
• magnetita tem um hábito octaédrico, mas que pode se apresentar muito
achatado, pseudo-tabular. Entretanto, sua susceptibilidade magnética é alta e
mostra um traço preto.
• pode ser difícil a separação entre hematita e ilmenita, caso ocorram em
pequenos grãos arredondados e polidos. Trilhas de alteração para leucoxênio na
segunda podem orientar a identificação.
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HORNBLENDAS (Na,K)0-1Ca2-3(Mg,Fe,Al)5(Si6-7Al2-1)O22(OH)2
2,96-3,55
anfibólios monoclínicos
cristal original: prismático, alongado no eixo C e geralmente terminado em (011).
Pode ainda se apresentar em conjuntos colunares ou fibrosos. Faces estriadas são
comuns.
Hornblenda é uma denominação abrangente para uma extensa "série" de
clinoanfibólios. Os minerais da "série" hornblenda podem ser referidos pela sua
cor quando não existem informações sobre a composição, pois as propriedades
óticas não são adequadas nem suficientes para esta determinação.
confusões possíveis:
• tremolitas não são pleocróicas e tem cores muito claras.
• actinolitas possuem ângulo de extinção menor, entre 11 e 15 , sendo
geralmente fibrosas, mais claras e menos pleocróicas.
• augitas têm ângulo de extinção maior, entre 35 e 48 , além de clivagens dos
piroxênios, diferentes e menos evidentes.
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• aegirina augitas tem alongamento negativo, também mostram as clivagens de
piroxênios e uma extinção oblíqua, até 20º.
• turmalinas esverdeadas tem o chamado dicroísmo inverso e alongamento
negativo, não apresentando clivagens. São uniaxiais.
• allanita, um epidoto castanho, mostra extinção até 47º em grãos prismáticos
alongados e uma clivagem imperfeita, resultando em populações de grãos mais
irregulares.
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ILMENITA FeTiO3
4,70-4,78
trigonal
cristal original: usualmente tabular espesso, com truncamentos romboédricos nas
suas bordas. Ilmenitas magnesianas de kimberlitos geralmente apresentam uma
capa de ilmenita+perovskita, formada por reações com o magma.
confusões possíveis:
• grãos de ilmenita podem apresentar trechos de intercrescimento com
magnetita. Esta característica resulta em uma maior susceptibilidade magnética
destes grãos e uma determinação mais difícil através desta ferramenta.
• alguns grãos de hematita podem mostrar um traço vermelho acastanhado e,
devido ao seu tamanho reduzido, não serem distinguíveis de ilmenitas por este
procedimento. Intercrescimentos de ilmenita-hematita podem dificultar a
determinação.
• cromitas e ilmenitas em grãos irregulares podem ser difíceis de distinguir.
ocorrências e locais: ilmenitas são muito abundantes nas praias dos litorais do
Espírito Santo e sul da Bahia, sendo observados acúmulos extensos de areias
escuras após eventos erosivos. Mg-ilmenitas são descritas na região diamantífera
do oeste de Minas Gerais.
análise varietal: ilmenitas podem ser descritas como (Fe, Mg, Mn)(Ti, Fe)O 3, onde
Mg e Mn vão ocorrer em substituições limitadas do ferro, que por sua vez, pode
substituir o titânio, gerando uma solução sólida com até 6% de Fe 2O3. O ferro
ainda pode estar presente na forma de lamelas de exsolução de hematita. As
quantidades das substituições, assim como a presença de Al, Ti, Fe, Mn e V,
podem ser utilizadas na separação de ilmenitas de fontes diferentes, i.e.
graníticas ou básicas-ultrabásicas. Ilmenitas de kimberlitos são ricas em MgO, 4 a
15%, e Cr2O3, até 2%. Ilmenitas crustais são, por outro lado, pobres em magnésio
e cromo.
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MAGNETITA Fe3+ (Fe2+Fe3+)2O4
5,18-5,21
cúbica
cristal original: octaedro. São muito comuns cristais com degraus,
intercrescimentos de vários indivíduos ou octaedros achatados. Raramente como
dodecaedros. Podem mostrar estrias sobre as faces.
confusões possíveis:
• hercinita não apresenta susceptibilidade magnética e tem traço branco a branco
acinzentado.
• ilmenitas podem apresentar alguma susceptibilidade magnética,
principalmente devido à presença de porções de magnetita inclusas. Nestes
casos, a separação pode se tronar problemática.
• hematita é fracamente magnética e apresenta um traço vermelho. Entretanto,
fragmentos de magnetitas achatadas e sem a susceptibilidade magnética
característica, também podem ser confundidas com hematita.
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MONAZITA (Ce,La,Y,Th)PO4
4,60-5,42
monoclínica
cristal original: tabular em (001) com terminações acunhadas.
confusões possíveis:
• titanita apresenta um cristal diferente, dispersão alta e uma birrefringência
extrema.
• com grãos arredondados de xenotímios e zircões amarelados, que são
uniaxiais. É comum ocorrerem monazita, zircão e xenotímio associados.
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OLIVINAS (Mg,Fe)2 SiO4
3,27-4,37
ortorrômbicas
cristal original: prismático dipiramidal, podendo ser equidimensional ou
achatado em (100) ou (010). Os cristais são normalmente granulares em
intrusivas e euédricos em extrusivas. Sua densidade aumenta com o teor de
ferro.
confusões possíveis:
• diopsídio mostra a clivagem típica dos piroxênios e extinção oblíqua. Sua
birrefringência é média. Entretanto, grãos pequenos e muito bem arredondados e
ausentes de traços de clivagem podem ser difíceis de identificar.
• epidoto s.s., de tonalidade verde, apresenta um tricroísmo forte e cores de
interferência anômalas, que o diferencia das olivinas ricas em ferro.
• outros epidotos, s.l., amarelados ou verde acastanhados, mostram
birrefringência mais fraca, com cores de interferência anômalas.
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PIRITA FeS2
aspecto: opaco. Raramente mostra sua cor amarela latão de brilho metálico forte,
por se alterar facilmente em hidróxidos ou apresentar "verniz limonítico" sobre a
superfície do grão.
confusões possíveis:
• grãos muito alterados e arredondados se tornam muito parecidos com
magnetitas no mesmo estado.
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PIROPO Mg3Al2(SiO4)3
3,50-3,582
cúbico
cristal original: dodecaedro, trapezoedro, combinações destes ou formas
xenomorfas. Os grãos euédricos podem mostrar estrias sobre as faces. Grãos de
origem kimberlítica geralmente se apresentam recobertos por uma corona
keliphítica: alumínio-piroxênios, espinélios, flogopita, serpentina, comum como
capas concêntricas. Sob a capa, a granada mostra uma textura originada das
impressões dos cristais de piroxênio e flogopita.
confusões possíveis:
• almandinas usualmente mostram tonalidades diferentes.
ocorrências e locais: piropos tem sido alvo de prospecção para diamante nas
regiões do Triângulo Mineiro, Rondônia e na fronteira com a Guiana Francesa.
análise varietal: como outras granadas, os piropos podem ser descritos com base
na quantidade relativa de cátions, no caso, os componentes piropo e almandina,
com alguma grossulária minoritária.
Comumente são utilizados os pares cálcio e cromo, assim como de Ti-Na, além
de variações de Fe ou K, para determinar sua origem peridotítica ou eclogítica.
Piropos peridotíticos e eclogíticos, trazidos em xenólitos do manto, são
abundantes em muitos kimberlitos portadores de diamantes. Reações nas áreas
fonte dos xenólitos e interações entre os piropos e o magma kimberlítico afetam
sua forma e composição, gerando as capas keliphíticas sobre os grãos. A presença
e a espessura de keliphitas em grãos transportados têm sido utilizadas como um
índice de proximidade dos corpos kimberlíticos, já que as capas se alteram e
quebram no transporte.
Piropos inclusos em diamantes geralmente são pobres em cálcio, sendo referidos
como G10 (Dawson e Stephens, 1975) quando plotados em um diagrama
CaOxCr2O3. Granadas G10 são consideradas como o alvo de programas de
exploração de diamantes. Entretanto, após a formação dos diamantes, minerais
não inclusos tendem a se reequilibrar com o sistema. Em muitos casos, a
composição original associada com a formação dos diamantes é apenas mantida
pela armadura fornecida pelo próprio diamante às suas inclusões. Apesar de
serem os principais alvos de prospecção, granadas G10 podem não ser
encontradas nas populações de xenocristais de muitos kimberlitos férteis.
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RUTILO TiO2
4,18-4,25
5,5 para variedades de tântalo-rutilos e ilmeno-rutilos
tetragonal
cristal original: prisma fortemente estriado paralelamente ao eixo principal,
terminado em bipirâmide. Mostram estrias transversais devido à maclas
polissintéticas, em direções diagonais à face do prisma. São muito comuns as
maclas em joelho em (011), que podem se repetir. Algumas variedades ocorrem
como agregados microcristalinos, eventualmente com cristais arranjados em
direções preferenciais. Pode também ocorrer como agulhas isoladas ou em feixes.
É o polimorfo TiO2 de alta temperatura.
aspecto: brilho metálico a subadamantino. Os grãos podem ser pretos, neste caso
opacos, a vermelhos, em uma tonalidade característica de vermelho sangue, ou
ainda amarelos, alaranjados até acastanhados. Variedades translúcidas e
transparentes podem apresentar algum dicroísmo. Variedades incolores ou em
tons muito claros são mais raras. Grande parte dos grãos de muitas populações
são muito escuros a quase opacos, sendo melhor observados por luz transmitida.
confusões possíveis:
• zircões arredondados da variedade jacinto exibem suas cores de polarização
características.
• cassiterita castanha avermelhada apresenta um cristal muito diferente e uma
birrefringência mais baixa.
• brookita tem um hábito característico e cores de interferência anômalas.
ocorrências e locais: muito freqüente nas areias pela sua resistência, sendo um
dos minerais-índice de maturidade sedimentar (ZTR, zircãoturmalinarutilo).
Grãos arredondados e esféricos de rutilo indicam retrabalhamento e reciclagem
de sedimentos. Encontrado nos concentrados diamantíferos da Bahia, Goiás e
Minas Gerais.
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SCHEELITA CaWO4
5,80-6,12
tetragonal
cristal original: bipirâmide tetragonal, geralmente curta, lembrando octaedros.
Algumas bipirâmides são achatadas, resultando em cristais tabulares de seção
quadrada. Muitos cristais podem apresentar estrias verticais.
confusões possíveis:
• nos concentrados de bateia ou peneira, os grãos arredondados de scheelita
podem ser confundidos com quartzo leitoso.
ocorrências e locais: mineral raro, que pode adquirir importância local, como nas
drenagens e terraços aluvionares da Faixa Seridó, Rio Grande do Norte.
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SERPENTINAS Mg3(Si2O5)(OH)4
2,55-2,63
acima de 2,8 por inclusões de opacos
ortorrômbicas ou monoclínicas
cristal original: crisotila ocorre como agregados fibrosos, enquanto a antigorita,
como maciços e lamelares. Em ambos os casos, não são diferenciados cristais.
aspecto: translúcido a opaco. Seu brilho lembra cera quando maciço e seda
quando fibroso. Grãos mosqueados, com cores manchadas são comuns, verdes,
esverdeados, verde azulados, podendo ser translúcidos a opacos. Quando
alterados, adquirem tonalidades amareladas e acastanhadas. Manchas pretas
podem corresponder a inclusões de opacos, senda a magnetita a mais comum.
Ocorrem também inclusões de cromita, níveis cloritizados e percolações por
hidróxidos entre as fibras.
confusões possíveis:
• cloritas são micáceas e apresentam cores de interferência anômalas.
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SILIMANITA Al2SiO5
confusões possíveis:
• cianita tem extinção oblíqua, clivagens retas muito marcadas e birrefringência
alta, sendo geralmente azulada.
• andalusita tem alongamento negativo, tricroísmo marcado e é mais facilmente
arredondada durante a abrasão.
• topázio tem birrefringência baixa e uma clivagem dominante em (001),
perpendicular à clivagem da silimanita.
• zircões têm birrefringência muito mais alta, uma forma com terminações
características e não apresentam clivagem. Porém, grãos muito pequenos e mais
arredondados podem ser difíceis de se diferenciar.
• tremolitas incolores tem extinção oblíqua e a clivagem dos anfibólios.
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TITANITA (ESFÊNIO) CaTiO(SiO4)
3,40-3,56
monoclínica
cristal original: cristais em forma de cunha dupla são característicos,
determinados pela combinação de (001), (111) e (110). Lembram um telhado de
duas águas.
confusões possíveis:
• monazita extingue-se normalmente, apresentando birrefringência forte com
cores de interferência definidas, mas muito mais fraca que a titanita.
• cassiteritas castanhas amareladas têm extinção reta.
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TOPÁZIO Al2SiO4(F,OH)2
3,49-3,58
ortorrômbico
cristal original: prisma com terminações. Podem ser mais alongados ou mais
curtos. As faces verticais do prisma geralmente apresentam estrias.
confusões possíveis:
• apatitas são uniaxiais negativas e têm alongamento negativo e, principalmente,
ausência de clivagem.
• andalusitas têm alongamento negativo e tricroísmo, além de uma clivagem
longitudinal. Grãos curtos ou irregulares de andalusita não pleocróica podem
oferecer alguma dificuldade na diferenciação com topázios de mesmo aspecto.
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TREMOLITA - ACTINOLITA - Ca2(Mg,Fe)5 Si8O22(OH)2
FERROACTINOLITA
3,02-3,44
anfibólios monoclínicos
cristal original: prismático, alongado no eixo C. Tremolita, de composição
magnesiana, apresenta geralmente um prisma esguio. Actinolitas ocorrem como
cristais aciculares, agregados paralelos colunares ou fibrosos. A densidade
aumenta da tremolita para a ferroactinolita, com o incremento de Fe.
confusões possíveis:
• hornblendas apresentam tonalidades mais escuras. Tremolitas e actinolitas têm
uma tendência a apresentar maior limpidez que as hornblendas.
• no caso da separação entre actinolita rica em ferro e hornblenda verde-azulada
acicular e fibrosa, nas quais as cores e as cores de polarização são semelhantes,
pode ser utilizado o ângulo de extinção das seções de cor de polarização intensa,
geralmente maior nas hornblendas. Entretanto, muitos casos requerem análise
química.
• diopsídios mostram extinção oblíqua entre 38º e 48º, muitas vezes incompleta
devido à dispersão alta.
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TURMALINA (Na,Ca)(Mg,Al,Li)3(Al,Fe,Mn)6(BO3)3(Si6O18)(OH)4
3,03-3,25
trigonal
cristal original: prisma, trigonal ou ditrigonal, com presença de terminações.
Eventualmente, os prismas podem se apresentar pseudo hexagonais, devido ao
desenvolvimento equivalente do conjunto ditrigonal. Estrias paralelas ao
comprimento são características. Podem ocorrer ainda como agulhas ou como
agregados radiais ou colunares.
confusões possíveis:
• hornblendas apresentam clivagens que condicionam os grãos, pleocroísmo
normal e extinção oblíqua.
• grãos muito escuros de turmalina podem ser confundidos com opacos.
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XENOTÍMIO YPO4
4,52-5,10
tetragonal
cristal original: bipirâmide muito curta, com terminação tetragonal dupla, ou
prisma mais alongado de seção quadrada.
confusões possíveis:
• monazitas mostram uma forma cristalina muito diferente, são biaxiais e têm
alongamento negativo sobre os traços da clivagem.
• zircões translúcidos de tonalidades mais escuras são difíceis de se diferenciar
de xenotímios. Podem ser necessários testes químicos ou difratometria. Zircões
têm birrefringência mais baixa e maior resistência à perda das faces do cristal por
abrasão.
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ZIRCÃO ZrSiO4
4,59-4,71
3,90-4,25 para zircões metamíticos
tetragonal
cristal original: prisma bipiramidal tetragonal, mais ou menos alongado, com
seção quadrada ou retangular. Em algumas localidades, ocorrem agregados de
prismas em crescimento paralelo. Zircões de rochas extrusivas são geralmente
irregulares.
confusões possíveis:
• xenotímio pode requerer testes químicos para ser diferenciado de zircões
amarelados e acastanhados.
• monazitas geralmente mostram tonalidades amarelas fortes e tem alongamento
negativo sobre os traços da clivagem.
• cianitas arredondadas tem uma birrefringência muito mais fraca e geralmente
mostram os traços de clivagem em algumas direções.
• espinélios e granadas são isótropos.
• alguns rutilos podem ser parecidos com zircões arroxeados e bem
arredondados. Mas suas cores são mais fortes, tem um relevo ainda maior e uma
cor de interferência tão alta que não altera a cor do grão
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ocorrências e locais: encontrado em grande parte das areias, pela sua resistência e
estabilidade, sendo um dos minerais-índice de maturidade sedimentar (ZTR,
zircãoturmalinarutilo). Na maioria das areias, as populações de zircão se
concentram nas frações mais finas. Algumas ocorrências de grãos maiores são
Florânia, no Rio Grande do Norte, e Porto Nacional, Tocantins.
Grãos arredondados podem ter origem direta a partir da erosão de
metassedimentos e mesmo paragnaisses, pela estabilidade deste mineral em
certas condições de metamorfismo mais altas. Em ambientes mais favoráveis
para recristalização autigênica e durante processos de migmatização e anatexia,
podem desenvolver sobrecrescimentos sintaxiais euédricos sobre os núcleos
herdados.
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ÍNDICE REMISSIVO
A estaurolita 42
actinolita 38, 47, 61
aegerina augita 26, 27, 38, 48 F
allanita 26, 39, 48 ferroactinolita 38, 61
almandina 23, 33, 40, 41, 45, 54 fibrolita 58
amostragem 8, 10, 11
anatásio 24, 31, 34 G
andalusita 25, 32, 58, 60 gahnita 41
andradita 45 goetita 43, 52
anfibólio 5, 26, 38, 47, 48, 52, gorceixita 44
58, 61 goyazita 44
apatita 26, 29, 38, 47, 60 granada 23, 37, 40, 42, 45, 54, 64
arredondamento 6, 14, 16, 18 grossulária 45, 54
augita 26, 27, 38, 47, 48
H
B hematita 32, 34, 43, 46, 49, 50,
baddeleyita 28 52, 60
biotita 23, 29, 58 hedenbergita 38
britagem 11 hercinita 41, 50
bromofórmio 1, 8, 9, 10 hornblenda 26, 39, 47, 48, 61, 62
brookita 24, 30, 55
I
C ilmenita 26, 29, 33, 36, 37, 38,
cassiterita 31, 33, 55, 59 44, 46, 49, 50, 60
catodoluminescência 3, 15, 65
cianita 17, 32, 42, 58, 64 L
cimento 4, 9, 11 leucoxênio 42, 44, 47, 57
clima 3, 4, 7, 17 limonita 43, 44, 45
clinozoisita 39
columbita 33 M
corindon 24, 34, 35 magnetita 25, 26, 33, 36, 38, 41,
crisoberilo 35 43, 46, 47, 49, 50, 53,
cromita 36, 49, 57 57
metamitização 63, 64
D monazita 33, 51, 59, 63, 64
diagênese 4, 11, 62
diamante 24, 36, 37, 44, 54, 58 O
diopsídio 26, 38, 52, 61 olivina 5, 37, 38, 39, 52
dravita 62
P
E pirita 43, 53
elbaita 62 piropo 23, 36, 37, 40, 45, 54
epidoto 26, 39, 45, 48, 52 piroxênio 5, 25, 26, 27, 38, 47, 48,
erosão 3, 7, 18, 20 52, 54
esfênio 59 politungatato de sódio 8, 9
esfericidade 6, 14
espessartita 23, 40, 43 R
espinélio 23, 24, 34, 36, 37, 41, rutilo 24, 29, 31, 32, 33, 34, 47,
45, 54, 58, 64 51, 55, 62, 64, 65
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S tremolita 47, 58, 61
safirina 34 turmalina 26, 42, 48, 55, 62, 64
scheelita 56
schorlita 62 X
serpentina 54, 57 xenotímio 33, 51, 63, 64
silimanita 25, 32, 58
Z
T zircão 31, 33, 51, 55, 58, 62, 64,
tantalita 33 65
termoluminescência 65 zoisita 39
titanita 30, 51, 59
topázio 25, 58, 60
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Almandina
grãos esféricos desgastados, alguns com grãos euédricos com marcas e figuras de
inclusões de biotita crescimento
córregos que cruzam xistos, Divino das córregos que cruzam xistos, Galiléia, Minas
Laranjeiras, Minas Gerais Gerais
grãos com bom arredondamento das arestas grãos com bom arredondamento, luz transmitida
nível erosivo, praia de Guarapari, Espírito Santo nivel erosivo, praia de Guarapari, Espírito Santo
grãos proximais irregulares e angulosos, luz
grãos proximais irregulares e angulosos
transmitida
rio Piracicaba, Minas Gerais
rio Piracicaba, Minas Gerais
grãos desgastados com forma ainda preservada grãos desgastados, eventuais faces preservadas
concentrado para diamantes, Diamantina, Minas concentrado para diamantes, Diamantina, Minas
Gerais Gerais
grão com inclusões orientadas, luz normal grão com inclusões orientadas, luz transmitida
praia a norte de Prado, Bahia praia a norte de Prado, Bahia
grãos de tonalidade rosada intensa grãos pouco arredondados e irregulares
praia de Cumuruxatiba, sul da Bahia córregos de Santa Teresa, Espírito Santo
Augita - aegerina augita
grãos desgastados, alguns com faces grãos desgastados, alguns com faces
preservadas preservadas
concentrados para diamante, rio Santo Antônio, concentrados para diamante, rio Santo Antônio,
Minas Gerais Minas Gerais
grão desgastado, mostrando as estrias grãos muito desgastados, mas ainda mostrando
longitudinais e um zonamento de cor as estrias longitudinais
rio Jequitinhonha, Terra Branca, Minas Gerais rio Jequitinhonha, Terra Branca, Minas Gerais
grãos com zonamento de cor grãos com zonamento de cor, luz transmitida
Nazareno, Minas Gerais Nazareno, Minas Gerais
grãos com zonamento de cor grãos com zonamento de cor, luz transmitida
Nazareno, Minas Gerais Nazareno, Minas Gerais
grãos com zonamento de cor grãos com zonamento de cor, luz transmitida
Cassiterita, Minas Gerais Cassiterita, Minas Gerais
grãos com zonamento de cor grãos com zonamento de cor, luz transmitida
Cassiterita, Minas Gerais Cassiterita, Minas Gerais
Cianita
agregados radiais de cianita, grãos proximais detalhe dos agregados radiais de cianita
córrego, Bandeirinha, Diamantina, Minas Gerais córrego, Bandeirinha, Diamantina, Minas Gerais
grãos com inclusões grãos equidimensionais
rio Jequitinhonha, Mendanha, Minas Gerais rio Jequitinhonha, Mendanha, Minas Gerais
detalhe da superfície dos grãos detalhe da superfície dos grãos, luz transmitida
rio Coxim, Mato Grosso do Sul rio Coxim, Mato Grosso do Sul
grão zonado grão zonado, luz transmitida
rio Coxim, Mato Grosso do Sul rio Coxim, Mato Grosso do Sul
grãos bem arredondados, alguns com grãos bem arredondados, alguns com óxidos e
esfericidade boa hidróxidos penetrando em fraturas
região de Padre Paraíso, Minas Gerais região de Padre Paraíso, Minas Gerais
grãos desgastados
grãos angulosos e irregulares
concentrados para diamante, rio Macaúbas,
Esplanada, alto córrego Faísca, Minas Gerais
Minas Gerais
grão maclado com estrias grão maclado com estrias, luz transmitida
Santo Antônio do Jacinto, Minas Gerais Santo Antônio do Jacinto, Minas Gerais
Cromita
grãos irregulares
grãos proximais
concentrado, Serra da Mata do Corda, Minas
Vaarskup, África do Sul
Gerais
grãos euédricos grãos euédricos desgastados
rio Douradainho, Minas Gerais rio Douradainho, Minas Gerais
Diamante
octaedro com arestas desgastadas e zonamento octaedro com arestas desgastadas e zonamento
de cor de cor
Cachoeira do Itapemirim, Espírito Santo Cachoeira do Itapemirim, Espírito Santo
Estaurolita
grãos euédricos com inclusões grãos euédricos com inclusões, luz transmitida
cabeceira do Talho Aberto, Rio Piracicaba, Minas cabeceira do Talho Aberto, Rio Piracicaba, Minas
Gerais Gerais
grãos irregulares grãos maclados
Amarantina, Minas Gerais Santa Maria de Itabira, Minas Gerais
grãos irregulares com cobertura argilo- grãos irregulares com cobertura argilo-
limonítica limonítica, luz transmitida
concentrados para diamante, Angola concentrados para diamante, Angola
Goetita
grãos irregulares, alguns com hábito radial- grãos irregulares, alguns com hábito radial-
botrioidal botrioidal
Conceição dos Ferros, Minas Gerais Conceição dos Ferros, Minas Gerais
grãos irregulares, alguns com hábito radial-
grãos irregulares, alguns com hábito radial-
botrioidal
botrioidal
córrego, Hargreaves, Miguel Burnier, Minas
córrego, Passagem de Mariana, Minas Gerais
Gerais
grãos com superfície irregular grãos com superfície irregular, luz transmitida
colúvio, Bedugul, Denpasar, Indonésia colúvio, Bedugul, Denpasar, Indonésia
Hematita
grãos irregulares
agregados de hematita especular
concentrado para diamantes, Diamantina, Minas
córrego, Capanema, Minas Gerais
Gerais
grãos achatados
grãos achatados
afluente do córrego Tripuí, Ouro Preto, Minas
córrego Pé de Serra, Rio Piracicaba, Minas Gerais
Gerais
Hornblenda
grãos com capas de alteração para leucoxênio grãos alterados para leucoxênio
Porto Novo, Rio de Janeiro praia, Barreiras Vermelhas, Prado, Bahia
grãos irregulares, bom arredondamento grãos irregulares
praia de Cumuruxatiba, Bahia praia de Piúma, Espírito Santo
grãos irregulares, com inclusões e núvens de grãos irregulares, com inclusões e núvens de
microinclusões microinclusões, luz transmitida
praia Lehia, Hilo, Big Island, Hawaii praia Lehia, Hilo, Big Island, Hawaii
grãos euédricos com inclusões grãos euédricos com inclusões, luz transmitida
península Mokapu, Oahu, Hawaii península Mokapu, Oahu, Hawaii
fibrolitas proximais
grãos arredondados de fibrolita
córrego cruzando xistos, Mendes Pimentel,
rio Jequitinhonha, Terra Branca, Minas Gerais
Minas Gerais
grãos irregulares com arredondamento das grãos irregulares com arredondamento das
arestas arestas, luz transmitida
praias do sul do Espírito Santo praias do sul do Espírito Santo
grãos bem arredondados, alguns escuros ou em grãos bem arredondados, alguns escuros ou em
estado metamítico estado metamítico, luz transmitida
rio Jequitinhonha, Terra Branca, Minas Gerais rio Jequitinhonha, Terra Branca, Minas Gerais