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ANALISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA ESTRUTURAL E CONCRETO

ARMADO

COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN STRUCTURAL AND ARMED CONCRETE

ANÁLISIS COMPARATIVO ENTRE ALBAÑILERÍA ESTRUCTURAL Y CONCRETO

Dhanilo Bacellar Mascarenhas Silva1, Fernando Marques Sales2, Lucas Antônio Silva3,
Matheus de Souza e Silva4

1) Biografia: Dhanilo Bacellar Mascarenhas Silva, engenheiro civil, Faculdade do Futuro.


2) Biografia: Fernando Marques Sales, engenheiro civil, Faculdade do Futuro.
3) Biografia: Lucas Antônio Silva, engenheiro civil, Faculdade do Futuro.
4) Biografia: Matheus de Souza e Silva, engenheiro civil, especialista em ensino de física,
especialista em gestão de projetos , mestrando em estruturas metálicas – Universidade Federal
de Ouro Preto (matheussouzas@yahoo.com.br).

CONTATOS

Matheus de Souza e Silva, matheussouzas@yahoo.com.br e (33) 99140-7307.

REV. EDUC. MEIO AMB. SAÚ. V.7 N 4 OUT/DEZ- 2017 103


ANALISE COMPARATIVA ENTRE ALVENARIA ESTRUTURAL E CONCRETO
ARMADO

COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN STRUCTURAL AND ARMED CONCRETE

ANÁLISIS COMPARATIVO ENTRE ALBAÑILERÍA ESTRUCTURAL Y CONCRETO

Resumo

Diante do amplo mercado e do crescente desenvolvimento do país é de grande


importância o estudo dos diferentes sistemas estruturais, a fim de definir o jeito mais
econômico e rápido a ser executado. Para isso, deve-se fazer estudos técnicos e detalhado
sobre cada um. O presente trabalho faz a comparação entre dois dos principais sistemas da
modernidade, o de alvenaria estrutural e o método em concreto armado convencional, com o
intuito de abranger as principais vantagens, desvantagens, custos e benefícios dos respectivos
sistemas. Será mostrada também uma análise entre ambos os métodos, através de dados
coletados de uma empresa no qual ela demonstra o orçamento comparando as duas formas
construtivas em um edifício localizado em Mauá (SP).
Palavras-Chave: Estruturas, alvenaria estrutural, concreto armado.

Abstract

Before the broad market and the growing development of the country is of great
importance the study of different structural systems, in order to choose the constructive way
faster and more economical to run. For this, one must make technical and detailed studies on
each.This work makes a comparison between two of the major current systems, the masonry
and the conventional method in reinforced concrete, with the order to cover the main
advantages, disadvantages, costs and benefits of their systems. It will also be shown an
analysis between both methods, using data collected from a company in which it shows the
budget comparing the two mounting positions in a building located in Mauá (SP).
Keywords: Structures, structural masonry, reinforced concrete.

Resumen

Antes de que el amplio mercado y la creciente desarrollo del país es de gran


importancia el estudio de diferentes sistemas estructurales, con el fin de definir la forma más
económica y rápida de ejecutar. Para esto, hay que realizar estudios técnicos y detallados

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sobre cada uno. En este trabajo se hace una comparación entre dos de los principales sistemas
de la modernidad, la mampostería y el método en el hormigón convencional, con el fin de
cubrir las principales ventajas, desventajas, costos y beneficios de sus sistemas. Es también se
mostrará un análisis entre ambos métodos, utilizando datos recogidos de una empresa en la
que se muestra el presupuesto de la comparación de las dos posiciones de montaje en un
edificio situado en Mauá (SP).
Palabras clave: Estructuras, albañilería estructural, hormigón armado.

1 INTRODUÇÃO

A alvenaria estrutural tem sua origem desde a antiguidade, tinha uma forma muito
simples sendo feita a partir do empilhamento de tijolos em unidades, não existiam estudos na
sua execução, dessa forma suas construções eram feitas de modo empírico com as
informações obtidas através dos anos, obrigando assim o seu superdimensionamento.
Com o passar dos anos e a escassez de materiais causada pela segunda Guerra
Mundial, foram feitos estudos para tornar o método mais coerente e mais eficaz, passando
assim a ser dimensionada através de cálculos e não mais da forma empírica. Dessa forma
ocorreu sua evolução e a alvenaria começou a ser mais utilizada na antiguidade e na
atualidade.
Assim como a alvenaria estrutural, outros métodos estruturais foram criados com o
passar dos anos e novas empresas surgiram, dessa forma a concorrência se tornou acirrada, o
maior intuito das empresas começou a ser o custo e controle de gastos, diante disso a
necessidade de escolher um sistema estrutural mais econômico capaz de atender todos os
requisitos necessários para a execução de uma obra. Para isso são necessários estudos e
análises detalhadas de cada um, assim como seus custos e benefícios.

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2 MÉTODO

A análise se baseou em duas vertentes, sendo a primeira através da revisão


bibliográfica, buscando informações teóricas em artigos, sites, publicações, atas, dissertações
e teses, bem como em outros trabalhos de conclusão de curso, dando como enfoque a pesquisa
comparativa entre os dois sistemas construtivos, atentando para seus pontos, positivos,
negativos, técnicos e econômicos.
A segunda vertente foi a pesquisa quantitativa, através de comparações de orçamentos
de um edifício localizado em São Paulo, feitos a partir de dados de uma empresa de
engenharia chamada MZM construtora. Para a produção da comparação, utilizou-se o
orçamento feito pela empresa, no qual ela demonstra custos de ambos os métodos
construtivos.
A aplicabilidade desta análise poderá proporcionar para todo o setor da construção
civil e para a sociedade, novas soluções construtivas, o emprego de instrumentos inovadores,
soluções de baixo custo para o déficit habitacional, o desenvolvimento sustentável e diversos
outros fatores com o intuito de estabelecer uma relação entre baixo custo e qualidade da obra.
As normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) foram consultadas e
utilizadas para orientar o trabalho.

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3 RESULTADOS

Percebemos que a maior vantagem da alvenaria é sua alta racionalização e sua maior
desvantagem é a dificuldade de poder alterar o seu layout arquitetônico.
Apesar de sua desvantagem pôde ser observado pelas suas características comparadas
nos itens de revestimento e alvenaria que o seu processo pode se tornar mais econômico que
os empregados em estruturas de concreto armado, além disso, percebemos também que os
entulhos gerados pelo seu sistema ocasionam menor despesa e por ser leve, diminui os gastos
com fundações.
Segundo Tauil [ac. 2012] estudos feitos por especialistas demonstram que a alvenaria
estrutural em blocos de concreto pode reduzir a obra em até 30% (em torres de até quatro
pavimentos) e 15% (em torres com 20 pavimentos), com ganhos ambientais, por praticamente
não gerar rejeitos de canteiro e quase não utilizar fôrmas e escoras de madeira.
Segundo a MZM construtora e incorporadora, a alvenaria estrutural apresentou-se
15% mais barata e 20% mais rápida que o concreto armado. Além disso, a alvenaria também
demonstrou maiores vantagens em relação a fundação, como não é de concreto armado, não
foi preciso blocos de fundação. Nesse caso a fundação deverá ser em hélice continua, com 40
cm de diâmetro e terá grandes vigas baldrames sobre as estacas. Diante disso podemos
perceber que as fundações terão uma execução mais barata e mais simplificada.
Segundo o engenheiro Martins o revestimento interno também se manteve mais
econômico e vantajoso, já que há uma diminuição com gastos de materiais e a espessura da
camada é mais fina devida as paredes serem mais alinhadas. No caso haveria um desnível nos
encontros com os fechamentos das estruturas, exigindo um revestimento maior.

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4 DISCUSSÃO

Uma das principais diferenças entre ambos os sistemas está na sua composição,
enquanto o concreto armado é composto por lajes, vigas, pilares e fundações, a alvenaria
estrutural é composta por laje, alvenaria e fundações somente [Engenharia estrutural e
construção civil EECC, ac.2012].
A seguir foram feitas comparações entre a alvenaria estrutural e o concreto armado,
por estarem sendo bastante empregados no país e por ser um sistema em que os custos não
dependem da escala de produção. Estarão sendo especificados os benefícios da alvenaria
estrutural, em relação a prédios de até cinco pavimentos, que tem vem sendo usado em
diversos países com sucesso.
Paredes: No concreto armado as paredes de alvenaria realizam somente o papel de
vedação, carregando a estrutura com o seu peso próprio. A vedação vertical é responsável
pela proteção de chuvas, ventos e entre outros agentes indesejáveis e para a divisão do
ambiente interno. Para desenvolver uma melhor performance acústica, as paredes devem
possuir seus componentes mais densos.
Na Alvenaria Estrutural as paredes além de possuírem a função de vedação, possuem
também função estrutural, absorvendo as cargas permanentes e acidentais conduzindo até as
fundações, e promovendo uma melhor performance acústica, como consequência dos
materiais resistentes usados. Além de servir também como alojamento para instalação das
tubulações hidráulicas e elétricas.
De acordo com a Engenharia estrutural e construção civil EECC [ac.2012] “Para que
este aspecto seja permitido, o bloco do sistema de alvenaria estrutural tem uma geometria
diferente, com as paredes mais espessas e formato próprio”.
Fundações: No sistema de concreto armado as cargas das lajes são levadas para as
vigas, no qual são transferidas juntamente com as suas cargas específicas (peso próprio,
parede de vedação e carregamento das vigas secundarias), em direção aos pilares e no fim
diretamente para as fundações. Dessa forma os carregamentos distribuídos e concentrados dos
prédios acabam, no caso de fundações de sapatas, por se distribuir em pequenas superfícies,
originando no solo tensões grandes (CAVALHEIRO, 2006).
No caso de estruturas em alvenaria estrutural isso acontece de uma forma diferente. As
paredes por serem resistentes e desempenharem função estrutural, absorvem os esforços,

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dessa forma as cargas se distribuem em um espaço maior, em consequência disso o solo
resulta em uma baixa tensão. A fundação em radier de concreto é a mais adequada para a
alvenaria estrutural.
Outro fator importante é que caso seja bem dimensionada, pode aliviar em 25% as
fundações diretas, por conta de sua distribuição de cargas na base e da inexistência do entulho
de revestimento (CAVALHEIROS, 2006).
Fôrmas: As fôrmas podem variar cerca de 40% do custo total das estruturas de
concreto armado. Considerando que a estrutura representa em média 20% do custo total de
um edifício, concluímos que racionalizar ou otimizar a fôrma corresponde a 8% do custo de
construção. Nessa análise estamos considerando os custos diretos, existem também os
indiretos que podem alcançar níveis representativos. No ciclo de execução da estrutura
(fôrma, armação e concreto), o item fôrma é geralmente, responsável por cerca de 50% do
prazo de execução do empreendimento. Dessa forma, o seu ritmo estabelece o ritmo das
demais atividades e, possíveis atrasos. A fôrma é responsável por 60% das horas-homem
gastas para execução da estrutura os outros 40% para atividade de armação e concretagem
(SILVA, 2010).
Outro fator relevante é que em alguns casos não há coincidências entre as espessuras
de vigas e pilares, ocasionando assim recortes nas fôrmas, o que gera desperdícios. Em alguns
casos as fôrmas nas estruturas de concreto armado costumam ser sempre caras e possuem um
limite de reaproveitamento, ocasionando muitos gastos.
Na alvenaria estrutural pode não existir fôrmas, somente em alguns casos no qual a
execução é feita de lajes moldadas “in loco” (ou outro detalhe). Mesmo nesse caso tem um
baixo custo e possui um alto grau de reaproveitamento.
Armaduras: É imprescindível o uso de armadura no concreto armado já que o aço
tem como função principal se juntar com o concreto para combater o esforço de tração.
Na Alvenaria estrutural pode inexistir armaduras apenas em ocasiões construtivos e de
amarração, e no momento em que são retas, sem ganchos ou dobras, na sua grande maioria.
As barras de aço utilizadas, são as mesmas utilizadas nas de concreto armado, no entanto
serão sempre envolvidas para o graute, para que o trabalho conjunto com o restante dos
componentes da alvenaria seja garantido. Ao contrário do que pode ocorrer no concreto
armado, as armaduras estão bem protegidas da corrosão. Por outro lado, o consumo de aço,
mesmo no caso da alvenaria estrutural armada, é menor comparado a de concreto armado em
obras correntes (RAMALHO, CORRÊA 2003; CAVALHEIROS, 2006).

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Etapas e Tempo: A execução do concreto armado convencional é uma somatória do
sistema de fôrmas, armação, concretagem, retirada das fôrmas, alvenaria de vedação e
instalação, sendo que cada um de seus componentes tem grande importância financeira nos
custos totais da obra (GONÇALVES, 2009).
Na Alvenaria estrutural as simultaneidades que os operários exercem para a
construção dos diferentes métodos construtivos acabam por reduzir o tempo de execução até
50%, dessa forma acelerando o cronograma da obra e diminuindo encargos financeiros
(DELLATORRE, 2014).
Mão de obra: O concreto exige além de mão de obra qualificada, um número maior
de operários, como por exemplo: eletricista, encanador, apontador, armador, carpinteiro,
pedreiro, servente e ajudante.
A Alvenaria Estrutural por sua vez exige menos operário devido à simultaneidade da
execução dos serviços, como por exemplo, o mesmo pedreiro que faz o levante da alvenaria,
pode fazer o acesso dos eletrodutos nos blocos, o arranjo das armaduras e pode deixar
instaladas as peças pré-moldadas nas vergas e contra vergas. Conforme a qualificação da
mão-de-obra para execução e a qualidade dos blocos utilizados, a redução de revestimento é
expressiva (CARVALHO, 2006).
Racionalização: A racionalização de matérias no sistema de concreto armado exige
certos cuidados comparada a alvenaria estrutural que é simples, e não a muito desperdício
favorecida pela coordenação modular do projeto. Outro fator importante é que na alvenaria
estrutural os blocos não podem ser quebrados, a argamassa na maioria das vezes vem pronta,
não ocorrendo desperdício de areia e cimento, as paredes não admitem interferências como
rasgos ou aberturas para qualquer método de instalação, a quantidade à ser usada de
argamassa e graute é limitada, o graute deve ser colocado com funil e deve ficar confinado
dentro da célula do bloco não havendo por onde vazar ou perder material, dessa forma acaba
sendo uma importante causa da eliminação de desperdícios, diminuindo 67% o material não
aproveitável a ser retirado (DELLATORRE, 2014; PASTRO, 2007).
Revestimento: São todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de
proteção, de conforto, e de estética sobre superfícies horizontais e verticais de uma edificação
ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas.
Os revestimentos têm por função regularizar a superfície, proteger contra intempéries,
aumentar a resistência da parede e proporcionar estética e acabamento.
No sistema de alvenaria estrutural conforme o maior controle na alvenaria, a
qualificação da mão-de-obra para execução e a qualidade dos blocos utilizados, a espessura

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do revestimento é significativamente reduzida. Em algumas ocasiões chapisco e emboço
podem ser dispensados sem causar problema ao reboco (DELLATORRE, 2014; NUNES,
JUNGES, 2008).
A alvenaria de vedação no concreto armado é feita de tijolos ou blocos, deixando
muito a desejar em questão de precisão de dimensões, dessa forma sobrecarregando o
revestimento em pelo menos uma das faces da parede.
As espessuras que são adicionadas para que seja regularizado o revestimento
corresponde a 7% do custo de uma obra convencional não racionalizada.
Blocos: A ideia básica que estabelece a diferenciação entre blocos e tijolos usado na
construção de paredes de alvenaria é a de domínio prático na obra: o tijolo pode ser
manuseado facilmente, com apenas uma das mãos quando do seu assentamento, os blocos,
devido a suas dimensões e peso, normalmente são assentados com ambas as mãos (SANTOS,
1998).
O custo dos materiais também depende da execução. De primeiro momento, um bloco
de alvenaria estrutural é mais caro em cerca de R$ 1,55 + R$ 20,84 de instalação/m²,
enquanto um tijolo cerâmico de vedação (convencional) custa R$ 0,95 + R$ 19,85/m². No
entanto, a construção convencional pode gerar prejuízo, pelo fato da necessidade de quebra de
blocos, exigindo mais material em comparação a alvenaria estrutural [OBRASTEC, ca. 2014].
Entulhos: Os entulhos nas construções convencionais estão relacionados intimamente
com a ocorrência de desperdícios. Costumam surgir a partir da fase de execução e uso do
empreendimento juntamente com a perda de material presente nas fases da obra.
A um crescente número de entulhos gerados nas cidades brasileiras, demonstrando um
aumento de desperdício irracional de material. Além disso, a um aumento de custos e preços
de transportes para aterro e também de impacto ambiental (KARPINSK; PANDOLFO;
REINEHR; KUREK; PANDOLFO; GUIMARÃES, 2009).
Estima-se que, de todo resíduo encontrado no mundo, de 20% a 50% são gerados pelo
setor da construção civil. A cada obra realizada, até 30% são materiais desperdiçados. Devido
ao uso da larga escala de pré-moldados as empreiteiras são mantidas entre 3 e 4%, chegando
ao máximo de 15% (KARPINSK; PANDOLFO; REINEHR; KUREK; PANDOLFO;
GUIMARÃES, 2009).
Grande parte das construções convencionais geram bastante entulhos pela quebra de
blocos do sistema: as paredes logo depois de serem erguidas são rasgadas para receber
tubulação, esta é uma de suas principais desvantagens econômicas e ambientais, calculada
entre 20 e 30% de prejuízo em mão de obra e materiais (HOMETEKA, 2014).

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Segundo Ramos [ca. 2004] muitos especialistas consideram o método de alvenaria
estrutural menos prejudicial à natureza, afinal, produz menos entulho e não utiliza fôrmas de
madeira. Outro fator é o menor desperdício de materiais e de energia elétrica, já que não são
necessários vibradores no concreto ou combustível para geradores. Além disso, o concreto
usinado utilizado em estrutura de concreto armado tem aditivos químicos que podem
contaminar solos e lençóis freáticos.
Um estudo mais profundo foi feito através de dados coletados pelo autor Romário
Ferreira em agosto de 2013, no qual ele faz referência a um edifício na região de Mauá (SP)
localizada na Avenida Queiroz Pedroso, 562 feita pela empresa MZM construtora e
incorporadora.
O projeto foi elaborado com 21 andares e 16 apartamentos em cada andar, num total
de 330 apartamentos e abrange uma área total de 7.556 m², com 26.828,345 m² de área
construída. O projeto arquitetônico foi elaborado por Irineu Anselmo Júnior e os engenheiros
responsáveis foram Leonardo Locci Martins e Carla Dias Henklain.
As tabelas a seguir apresentam os orçamentos feitos pela MZM construtora e
incorporada, demonstrando os custos dos dois sistemas estruturais.

Opção A – Concreto Armado

Descrição Uni Quant. Custo Custo Total


d. Unitário
Material Mão Material Mão de Obra
obra
Fôrma em chapa compensada m² 49.764,00 8,25 410.553,00
plastificada (esp= 18mm)
Manutenção e substituição de fôrma 7464,60 8,25 61.582,95
desgastada pelo uso. m²
Destinação final após o uso da m³ 1393,39 15,78 2,00 21.987,73 2.786,00
fôrma.
Aço CA-50 com bitolas variadas Kg 475.020,00 2,43 1.154.298,60
Mão de obra industrializada para Kg 475.020,00 0,35 166.157,00
corte e dobra de amarração
Cimbramento metálico de até 63.336,00 3,50 221.676,00
2,70m
Frete para retirada de cimbramento Vg 12,00 550,00 6.600,00
metálico
Frete para a devolução do cimento Vg 16,00 550,00 8.800,00
metálico
Indenização de equipamento Vb 1,00 33.251,4 33.251,40
alocado

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Concreto dosado em central
bombeável brita 1 de 35Mpa e m³ 4976,40 255,00 1.268.982,00
abatimento de 12 +- 1cm.
Taxa de bombeamento de concreto m³ 4.976,40 35,00 174.174,00
Mão de obra da execução da m³ 4.524,00 435, 1.967.940,00
estrutura 0
Taxa de mobilização de equipe para
moldagem de corpo de prova Um 80,00 85,50 6840,00
Taxa de coleta de corpo de prova Col 80,00 85,50 6840,00
Ruptura de corpo de prova Um 2.420,00 9,97 24.127,40
Bloco de concreto de vedação de Um
14x19x39cm- resist: 2,50 Mpa – 414.645,00 1,85 767.093,25
para receber revestimento
Argamassa industrializada para Kg 663.432,00 0,21 139.320,72
alvenaria de vedação
Mão de obra para a execução da
alvenaria de vedação m² 30.156,00 24,0 723.744
0
Custo Total 4.306.127,05 2.860.727,78
Total 7.166.854,83

Opção B – Alvenaria Estrutural

Descrição Unid. Quant. Custo Custo Total


Unitário
Material Mão Material Mão de Obra
obra
Fôrma em chapa compensada
plastificada (esp= 18mm) m² 23.694,00 5,25 124.393,50
Manutenção e substituição de
fôrma desgastada pelo uso. m² 429,00 5,25 2.252,25
Destinação final após o uso da m³ 80,08 15,78 2,00 1.263,66 160,16
fôrma.
Aço CA-50 com bitolas variadas kg 234.000,00 2,43 568.620,00
Mão de obra industrializada para
corte e dobra de amarração kg 0,35 81.900,00
Cimbramento metálico de ate kg 15.600,00 3,50 54.600,00
2,70m
Frete para retirada de vg 5,00 550,00 2.750,00
cimbramento metálico
Frete para a devolução do vg 8,00 550,00 4.400,00
cimento metálico
Indenização de equipamento vb 1,00 8.190,00 8.190,00
alocado
Concreto dosado em central
bombeável brita 1 de 35Mpa e m³ 2.860,00 230,00 657.800,00
abatimento de 12 +ou- 1cm.
Taxa de bombeamento de m³ 2.860,00 35,00 100.100,00

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concreto
Mão de obra da execução da m³ 2.600,00 435,0 1.131.000,00
estrutura
Taxa de mobilização de equipe
para moldagem de corpo de un 40,00 85,50 3.420,00
prova
Taxa de coleta de corpo de prova coleta 40,00 85,50 3.420,00
Ruptura de corpo de prova un 1.480,00 9,97 14.755,60
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 18 Mpa – Um 50.349,00 3,15 158.601,71
para receber revestimento
Caneta de concreto estrutural
de14x19x39cm- resist: 20 Mpa un 6.785,10 3,53 23.951,40
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: kg 91.545,00 0,28 25.632,60
20 Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 18 Mpa un 50.349,75 2,98 150.042,26
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 18 Mpa un 6.785,10 3,35 22.730,09
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: kg 91.545,00 0,27 25,717,15
18 Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 16 Mpa un 50.349,75 2,87 144.503,78
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 16 Mpa un 6.785,10 3,17 21.508,77
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: kg 91.545,00 0,26 23.801,70
16 Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 14 Mpa un 50.349,75 2,84 142.943,29
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 14 Mpa un 6.785,10 3,13 21.237,36
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: kg 91.545,00 0,25 22.886,25
14 Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 12 Mpa un 50.349,75 2,71 136.447,82
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 12 Mpa un 6.785,10 3,01 20.423,15
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: kg 91.545,00 0,24 21.970,80
12 Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 10 Mpa un 50.349,75 2,65 133.426,84
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 10Mpa un 6.785,10 2,94 19.948,19
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: Kg 91.545,00 0,23 21.055,35
10 Mpa

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Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 8 Mpa un 50.349,75 2,64 132.923,24
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 8Mpa un 6.785,10 2,86 19.405,39
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: 8 kg 91.545,00 0,22 20.139,90
Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 6 Mpa un 50.349,75 2,44 122.853,39
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 6Mpa un 6.785,10 2,67 18.116,22
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: 6 kg 91.545,00 0,21 19.224,45
Mpa
Bloco de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 4 Mpa un 100.609,50 2,30 231.608,85
Caneta de concreto estrutural de
14x19x39cm- resist: 4 Mpa un 13.570,20 2,62 35.532,92
Argamassa Industrializada para
assentamento estrutural- resist: 4 kg 183.090,00 0,20 36.618,00
Mpa
Aço CA-50 com bitolas variadas kg 69.806,09 2,43 169.628,80
Graude para pilares e canaletas –
concreto dosado em central m³ 616,00 245,00 150.920,00
bombeável brita 0 de 25Mpa e
abatimento de 12 +ou- 1cm
Taxa de mobilização de equipe
para a retirada do corpo de prova un 80,00 85,50 6.840,00
de graute
Taxa de coleta do corpo de prova coleta 80,00 85,50 6.840,00
de graute
Ruptura do corpo de prova de un 320,00 9,97 3.190,40
graute
Taxa de mobilização de equipe
de bloco estrutural un 80,00 85,50 6.840,00
Taxa de coleta de prisma cheio e Coleta 80,00 85,50 6.840,00
eco
Ruptura de prisma oco un 160,00 75,00 12.000,00
Ruptura de prisma cheio un 160,00 75,00 12.000,00
Mão de obra para a execução da
alvenaria estrutural m² 36.618,00 32,00 1.171.776,00
Custo Total 3.693.386,18 2.384.836,16
Total 6.078.222,34

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5 CONCLUSÃO

Através dos dados orçados podemos perceber que a alvenaria se portou de forma mais
viável em relação ao método convencional em concreto armado, uma vez que apresentou
maiores vantagens, como: menores gastos com fôrmas, mão de obra industrializada e
cimbramento metálico, além de seu custo final para a execução retratar maiores economias
em relação ao de concreto armado.
Segundo a MZM construtora e incorporadora, a alvenaria estrutural apresentou-se
15% mais barata e 20% mais rápida que o concreto armado. Além disso, a alvenaria também
demonstrou maiores vantagens em relação a fundação, como não é de concreto armado, não
foi preciso blocos de fundação. Nesse caso a fundação deverá ser em hélice continua, com 40
cm de diâmetro e terá grandes vigas baldrames sobre as estacas. Diante disso podemos
perceber que as fundações terão uma execução mais barata e mais simplificada.
Segundo o engenheiro Martins o revestimento interno também se manteve mais
econômico e vantajoso, já que há uma diminuição com gastos de materiais e a espessura da
camada é mais fina devida as paredes serem mais alinhadas. No caso haveria um desnível nos
encontros com os fechamentos das estruturas, exigindo um revestimento maior.

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