Anda di halaman 1dari 6

O seguinte trabalho foi realizado com um sujeito do sexo masculino, com vinte

três anos de idade, ensino médio completo, que trabalhava em um banco


público, sendo um estagiário que tinha função de almoxarifado, fazer contratos,
atender clientes e serviço administrativo.

Foi feita uma entrevista com esse indivíduo visto que ele pediu demissão do
trabalho por estar muito estressado e isso ter trazido problemas em sua saúde
física e mental, e ele ter aderido a culpa disso ao seu ambiente profissional.
Sendo assim, foi investigado sobre seu processo de adoecimento e os principais
fatores presentes no contexto de trabalho que contribuíram para desencadear
esse problema.

O estresse emocional é definido por Selye (1965, apud FRANÇA &


RODRIGUES, 1999) como “uma reação do organismo com reações
psicofisiológicas que ocorre frente a situações que o amedrontam, excitam ou o
façam feliz”. De acordo com França & Rodrigues (1999), em seu livro Stress e
Trabalho, o estresse tem dois aspectos essenciais: de um lado, não ser algo
somente negativo, pois em certas situações ele pode ser um recurso importante
e útil para uma pessoa fazer frente às diferentes situações da vida que ela
enfrenta em seu quotidiano, que é nomeado de eustress. Se a resposta for
negativa, ou seja, desencadeia um processo adaptativo inadequado, podendo
gerar inclusive doença, é chamado distress. No caso do indivíduo entrevistado,
ele estava vivenciando o distress que trazia consequências muito danosas visto
que em seu relato o estresse estava trazendo insônia, dores na barriga,
esgotamento físico, desmotivação, ansiedade e irritabilidade.

Fato do estresse conseguir modificar em nosso organismo uma série imensa de


reações, é que importantes estruturas do sistema nervoso central, como a via
sistema endócrino (relacionado às glândulas) e sistema imunológico, estão
intimamente relacionadas com o funcionamento dos órgãos e regulação das
emoções.

Dentro dessa perspectiva, ao conjunto de modificações não específicas que


ocorrem no organismo, diante de situações de estresse, Seyle (1965, apud
FRANÇA & RODRIGUES) deu o nome de Síndrome Geral de Adaptação que
consiste em três fases: Reação de Alarme que é caracterizado por aumento da
frequência cardíaca, ansiedade, aumento da frequência respiratória e etc.; Fase
de Resistência que é caracterizado por ulcerações no aparelho digestivo,
insônia, irritabilidade, mudanças de humor entre outros, e Fase de Exaustão que
é o retorno parcial e breve à reação de alarme, falha dos mecanismos de
adaptação, esgotamento por sobrecarga fisiológica e morte do organismo.
Importante ressaltar que não é necessário que ela se desenvolva até o final para
que haja o estresse e, evidentemente, só nas situações mais graves é que a
pessoa atinge essa última fase. Assim, podemos concluir que o sujeito da
entrevista apresentou respostas de acordo com a Fase de Resistência, levando-
se em conta dos sintomas ditados.

Durante a entrevista o indivíduo deu ênfase às necessidades que procurava


satisfazer no trabalho, que eram o progresso na carreira, reconhecimento, status
na sociedade e obtenção de tranquilidade doméstica. Percebeu-se pela sua fala
que ele não estava obtendo nenhuma satisfação em suas necessidades
pessoais, o que deixava seu ambiente de trabalho mais desgastante. Outros
fatores que desencadeavam seu estresse era sua chefe que, segundo ele, era
extremamente autoritária e os excessos de trabalho cobrados.

Os autores França & Rodrigues (1999) defendem as teorias dos papéis, em que
os fatores de estresse são separados em quatro papéis: ambiguidade de papel,
incompatibilidade de papel, conflitos de papel e sobrecarga de papel.

De acordo com a entrevista, foi observado que o sujeito demonstrou


ambiguidade de papéis, que ocorre quando a pessoa no ambiente de trabalho
não tem muita certeza quanto ao papel que deve desempenhar. Isso ocorreu
devido à incerteza sobre as expectativas dos outros quanto ao seu desempenho
nas funções que lhe eram atribuídas e por dar o máximo de si, sem saber o limite
por ser muito cobrado por sua chefia imediata.

Outra fase que ele demonstrou foi a de incompatibilidade de papéis. Essa surge
quando as expectativas dos membros do ambiente de trabalho são bem
conhecidas por eles, mas são incompatíveis com as características da pessoa.
Para o sujeito, a personalidade dele era incompatível com o trabalho, visto que
apresenta problema de memória e tinha que mexer com números.

No entanto, o indivíduo não demonstrou conflitos e nem sobrecargas de papéis.


França & Rodrigues (1999) fazem referência a duas formas básicas de
enfrentamento quando a relação com o trabalho é perigosamente estressante:
Enfrentamento Ativo e Enfretamento Passivo. Analisando a entrevista do sujeito
percebe-se que se encontrava no enfrentamento passivo, pois ele sempre falava
do trabalho como um peso e que só permanecia nele para obter renumeração.
Em nenhum momento citava situações de satisfação no trabalho, o que, para a
autora, não é algo bom por levar à alienação, no sentido sociológico do termo.

Durante a entrevista foi perguntado sobre a satisfação de qualidade de vida no


trabalho, quando foi falado sobre salario que recebia o sujeito demonstrou
insatisfação dizia que não recebia bem, destacou que não gostava de seu
ambiente de trabalho e reclamava que tinha pouca oportunidade de crescimento
na carreira e no desenvolvimento pessoal.

Para Walton (1976, apud FRANÇA & RODRIGUES, 1999), a Qualidade de Vida
no Trabalho (QVT):

Deve ter como meta a geração de uma organização mais humanizada,


na qual o trabalho envolva relativo grau de responsabilidade e de
autonomia no que se refere a cargo, recebimento de recursos de
feedback do desempenho, tarefas adequadas, variedade,
enriquecimento do trabalho e ênfase no desenvolvimento pessoal do
indivíduo. (Walton, 1976 apud FRANÇA & RODRIGUES, 1999).

Pela entrevista e pelo o que Walton (1976, apud FRANÇA & RODRIGUES)
propõe percebe-se que o banco em que o sujeito trabalhava não estava gerando
qualidade de vida em seus funcionários visto que o salário não correspondia à
adequação da renumeração recebida, a estrutura física não era confortável e
havia pouca oportunidade de crescimento. Assim, compreende-se o motivo da
insatisfação do sujeito com o trabalho

Tendo em vista a baixa qualidade de vida do sujeito no trabalho, foi pedido para
que fizesse o hexágono de Kertesz de acordo com a época em que trabalhava
no banco com o objetivo de verificar o nível de stress e bem-estar à época,
considerando as notas 0 para carência total e 5 para ótimo.

Como pode ser visto na figura 1.0, o sujeito vivia praticamente para o trabalho,
com pouquíssima atenção à sua vida social e privada. Tal comportamento pode
ser prejudicial, pois, mesmo com as pessoas necessitando de certo grau de
estresse para o desempenho de suas funções, se a pressão sobre elas for muito
intensa ou o oposto, o resultado é que apresentem um desempenho insuficiente,
o que de fato ocorreu com o sujeito.

Hexagono de Kertesz
Série 1

(1) alimentação
5
4
3
(6) amigos (2)atividade fisica
2
1
0

(5) relação com o trabalho (3) repouso e relaxamento

(4) lazer e diverção

Figura 1.0

Acredita-se que esses resultados vêm ao encontro do objetivo proposto nesse


trabalho, que é a compreensão das teorias estudadas que abordam sobre a
saúde do trabalhador, mediante a análise de casos de adoecimentos.
Com o referido trabalho foi possível levantar várias fontes de estresse que
condizem com os referenciais teóricos aqui citados.
Conclusão
Dessa forma, a entrevista mostrou que fatores presentes no ambiente de
trabalho contribuem para desencadear o adoecimento, afetando o nível de
produtividade, estresse, cansaço e doenças dos funcionários. Sendo assim, a
qualidade de vida é essencial para a sobrevivência das organizações.

Essa qualidade pode ser alcançada se forem observados alguns aspectos como
a adequada remuneração do trabalhador, a melhoria das condições de trabalho,
a promoção de desenvolvimento pessoal, o oferecimento de crescimento e
segurança, a busca de integração social na organização e a consideração da
relevância social do trabalho. Portanto, para o aumento da produtividade e para
o bom relacionamento entre funcionários e chefias, é de extrema relevância que
as empresas ajam na prevenção desses problemas.
Referências Bibliográficas

FRANÇA, Ana Cristina Limongi; RODRIGUES, Avelino Luiz – Stress e Trabalho


– Uma Abordagem Psicossomática – São Paulo: Atlas, 1999.

SADIR, Maria Angélica; LIPP, Marilda E. Novaes – As Fontes de Stress no


Trabalho, 2009 [INTERNET] Disponível em

https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/16/16

Acesso em: 25/10/2016

Anda mungkin juga menyukai