67-80
(1) Vid. Romania, XLV, pág. 551. A palavra liga-se antes a PARDALUS,
de origem grega (esp., port.pardal] magrebe barthal). Cf., ainda, o deri-
vado pardelha, nome de um peixe.
Está, pois, afastado o étimo PALLJDU, referido em Diez, Etymolo-
gisches Wôrterbuch der romanischen Sprachen, n, 1870, pág. 162.
(2) "..., sendo eu mais mancebo que aguora, diante os meus olhos
me t o m a r a m a vaca braguada, may destoutras braguadas que tenho eu
ainda a g o r a . . » (Menina e Moça, ed. de Carolina Michaélis, pág. 63.)
(3) Loc cit., pág. 551. No F. E. IV., 1, 1928. pág. 480, há outras for-
mas galo-românicas.
(4) C, I. /.., 1, 1012; vi, 140. Ernout, Recueil de textes latins archaï-
ques, 1938, pág. 104.
Aulo Gélio confirma a rusticidade do vocábulo: «Sermonari rusticius
uidetur, sed rectius e s t . . . » (Noctes Atlicae, xvn, 2.)
(5) Aparece em texto do séc. xiv : '(Castigou todos, sar>noando-\bes
muito.» (Inéditos de Alcobaça, 1, pág. 94.)
(6) São muito curiosos, a vários respeitos, inclusive sob o aspecto
linguístico, os chamados graffiti de P o m p e i o s . Cf. E. T h o m a s , Roman
Life under the Caesars, 1899, 32 ss.; H. H. T a n z e r , The Common People of
Pompei. A Study of graffiti, Baltimore, 1939.
(7) M. Jeanneret, La langue des tablettes d'exécration latines, 1918,
pág. 4.
TRES INSCRIÇÕES DO LATIM VULGAR 7*
II
III
O M I N E S ( I N T ) R E N T E T CANES D E T R A E N T . E G O E S I Z O S V S FABRICABI
Ainda que não sejam das mais antigas, cremos que o estudo
destas inscrições foi proveitoso, por mostrar alguns dos mais
característicos fenómenos da língua vulgar.