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A vida na Terra mantém-se e desenvolve-se à custa de transferências permanentes de matéria

e energia.

A energia do Sol flui numa única direcção ao longo de todos os organismos da biosfera:

os seres produtores (autotróficos) transformam a energia luminosa em energia química, a


qual é acumulada nos compostos orgânicos que elaboram.

através das cadeias alimentares, a energia química passa pelos diferentes níveis de
consumidores (heterotróficos), fluindo nos sistemas vivos.

Por sua vez, a matéria está permanentemente a ser reciclada, sob a forma de um ciclo que se
processa entre os componentes bióticos e os componentes abióticos dos ecossistemas.

Os seres heterotróficos não conseguem sintetizar o seu próprio alimento necessitando de obter
nutrientes do meio ambiente, que irão ser utilizados em várias reacções químicas a nível
celular.

Para entender os mecanismos que garantem a obtenção de matéria a nível celular, é


necessário conhecer as estruturas responsáveis por tal fenómeno.

Ultra-estrutura da membrana plasmática:

A célula é um sistema biológico complexo e organizado, que se encontra delimitado do meio


externo pela membrana plasmática.
A membrana plasmática apresenta várias funções:

mantém a integridade da célula;

constitui uma barreira selectiva, através da qual se fazem as trocas de substâncias e energia
entre a célula e o meio exterior;

delimita a fronteira entre o meio intracelular e o meio extracelular;

detecta alterações externas, reconhece substâncias e recebe informações através de


receptores da membrana.

As membranas são constituídas, essencialmente, por lípidos e proteínas podendo conter


glícidos.

Lípidos:

fosfolípidos: são lípidos complexos que contêm um grupo fosfato, são moléculas anfipáticas;

colesterol: lípidos complexos pertencente ao grupo dos esteróides;

glicolípidos: glícidos associados a lípidos, também são moléculas anfipáticas.

Vários modelos surgiram numa tentativa de perceber a ultra-estrutura membranar, mas,


actualmente, o mais aceite é o Modelo de mosaico fluido (Singer e Nicholson, 1972).

Segundo este modelo, a membrana é uma estrutura dinâmica, fluida, basicamente constituída
por uma bicamada de fosfolípidos e por dois tipos de proteínas específicas: as proteínas
intrínsecas, e as proteínas extrínsecas. Na face externa da membrana encontram-se ligados,
quer à cabeça hidrofílica dos lípidos quer às proteínas, hidratos de carbono
(glicolípidos e glicoproteínas) que se pensa terem um papel importante no reconhecimento
de substâncias.
* Bicamada de fosfolípidos:

– papel essencialmente estrutural;

– as cabeças polares dos fosfolípidos ocupam as duas superfícies intra e extracelular e


as caudas hidrofóbicas situam-se viradas umas para as outras;

– os lípidos da bicamada têm mobilidade mudando de posição com frequência dentro de


uma camada – movimentos laterais, ou saltando de uma camada para a outra -
movimentos em flip-flop.

Movimentos dos lípidos.

* Proteínas:
– intrínsecas: total ou parcialmente embebidas na bicamada lipídica.

– extrínsecas: encontram-se ligados à superfície da membrana.

– as proteínas constituintes da membrana plasmática, além de terem uma função


estrutural, podem também funcionar como enzimas, proteínas transportadoras de
substâncias, proteínas receptoras de sinais do meio externo. As proteínas também
podem ter mobilidade lateral.

Diversidade de processos de transporte

A membrana plasmática tem permeabilidade selectiva, uma vez que apresenta maior
permeabilidade para umas substâncias do que para outras.

A passagem de substâncias através da membrana pode ocorrer através de vários mecanismos:

* Transporte não mediado:

– a passagem de substâncias ocorre sem a intervenção de moléculas transportadoras;

– inclui os processos de osmose e difusão simples.

* Transporte mediado:

– a passagem de substâncias é assegurada por proteínas membranares transportadoras;


– inclui os processos de difusão facilitada e transporte activo.

* Endocitose e exocitose:

– transporte de macromoléculas e elementos celulares.

Osmose:

difusão de água, através da membrana plasmática, do meio com menor concentração


(hipotónico) em soluto, para o meio com maior concentração (hipertónico);

é a favor do gradiente de concentração, não implica gasto de energia - transporte passivo;

habitualmente, as células encontram-se num meio isotónico e a concentração do meio


extracelular é idêntica à do meio intracelular, havendo equilíbrio entre o fluxo de entrada e
saída de água;

quando uma célula é mergulhada num meio hipotónico, a água desloca-se para o meio
intracelular, provocando um aumento de volume - a célula fica túrgida;

se a célula estiver mergulhada num meio hipertónico, a água desloca-se para o meio
extracelular ficando a célula plasmolisada;

consoante se trata de uma célula animal ou vegetal, o comportamento celular em função da


concentração do meio apresenta diferenças, devido, principalmente, à presença de parede
celular nas células vegetais.
Difusão simples:

deslocação de substâncias, como, por exemplo, gases, moléculas lipossolúveis e pequenas


moléculas sem carga, a favor do gradiente de concentração;

não há gasto de ATP - transporte passivo.


Difusão simples

Difusão facilitada:

deslocação de substâncias, como moléculas polares, moléculas de grandes dimensões, glicose


e aminoácidos a favor do gradiente de concentração;

não há gasto de ATP - transporte passivo;

intervêm proteínas transportadoras - permeases, que possuem locais específicos a que se


ligam as moléculas ou iões a transportar.

Difusão facilitada
Transporte ativo:

transporte de substâncias, como glicose, aminoácidos, iões, contra o gradiente de


concentração, através de proteínas transportadoras específicas;

implica gasto de ATP.

Exocitose:

transporte para o exterior da célula de produtos de excreção ou produtos de secreção úteis ao


organismo;

implica a formação de uma vesícula secretora que se funde com a membrana celular.

Endocitose e exocitose
Endocitose:

inclusão de macromoléculas ou de agregados moleculares por invaginação da membrana


plasmática, formando-se uma vesícula endocítica;

existem vários tipos de endocitose:

– Fagocitose: a membrana plasmática engloba partículas de maiores dimensões,


através da emissão de prolongamentos de membrana denominados pseudópodes.

Fagocitose

– Pinocitose: inclusão na célula de partículas dissolvidas no fluido extracelular, com


formação de vesícula de endocitose.
Pinocitose

– Endocitose mediada por recetores: as macromoléculas são reconhecidas por


recetores da membrana, ligando-se a eles e formando uma vesícula endocítica.

Endocitose mediada por recetores.

Ingestão, digestão e absorção

O processamento dos alimentos de forma a serem aproveitados a nível celular implica uma
série de processos sequenciais: a ingestão, a digestão e a absorção.
* Ingestão: consiste na introdução dos alimentos no organismo.

* Digestão: processo através do qual moléculas complexas dos alimentos são desdobradas
com o auxílio de enzimas em moléculas mais simples, que podem ser absorvidas.

* Absorção: processo de passagem das substâncias resultantes da digestão para o meio


interno.

A digestão pode ser extracelular, quando ocorre em cavidades digestivas ou em órgãos


especializados; ou pode ser intracelular, quando a digestão ocorre no interior de células.

Digestão intracelular:

A digestão intracelular é típica dos seres heterotróficos unicelulares.

Implica uma relação funcional entre um conjunto de organelos do qual fazem parte o retículo
endoplasmático (RE), o complexo de Golgi e os lisossomas.

Ao nível do RE são sintetizadas proteínas enzimáticas, que são incorporadas em vesículas e


posteriormente transportadas para o complexo de Golgi. No complexo de Golgi as proteínas
sofrem transformações e acabam por ser transferidas para vesículas que se destacam do
complexo de Golgi dando origem aos lisossomas. Estes estão munidos de enzimas hidrolíticas
e quando se unem a vesículas de endocitose formam um vacúolo digestivo, onde se dá a
decomposição de moléculas complexas em moléculas mais simples.
Relação funcional entre o RE, o complexo de Golgi e os lisossomas.

Digestão extracelular:

A digestão pode ser extracorporal, como no caso dos fungos onde as enzimas digestivas são
lançadas para o exterior do corpo, onde se realiza a digestão das moléculas complexas que
são, posteriormente, absorvidas; ou intracorporal quando ocorre no interior do organismo.

A digestão extracelular intracorporal confere aos organismos uma vantagem evolutiva, uma vez
que estes podem ingerir uma maior quantidade de alimento, que é armazenada e vai sendo
digerida durante um período de tempo, mais ou menos longo.

Nos animais, o tubo digestivo pode apresentar diferentes graus de complexidade:

* tubo digestivo incompleto:

os organismos mais simples, como a hidra e a planária, possuem uma cavidade digestiva
- cavidade gastrovascular, com uma única abertura, que funciona simultaneamente como
boca e ânus. As partículas alimentares são semidigeridas na cavidade gastrovascular, sendo
depois fagocitadas por células da parede gastrovascular, onde ocorre nova digestão. Portanto,
nestes animais coexistem os dois tipos de digestão: a digestão extracelular seguida da
digestão intracelular.
Sistema digestivo da hidra.

Sistema digestivo da planária.

* tubo digestivo completo:


os animais mais evoluídos possuem um tubo digestivo com duas aberturas - boca e o ânus -,
apresentando também um número cada vez maior de órgãos e uma maior especialização
destes; esta adaptação evolutiva permite uma digestão e absorção sequenciais ao longo do
tubo digestivo, havendo por isso um aproveitamento muito mais eficaz dos alimentos.

A minhoca apresenta um sistema digestivo diferenciado em várias regiões especializadas. Os


alimentos entram pela boca, após terem sido sugados pela faringe, deslocando-se ao longo do
esófago até ao papo, onde são armazenados. Depois, vão para a moela, onde são digeridos
mecanicamente. A digestão química dá-se a nível do intestino. A absorção é eficiente porque
existe uma prega - tiflosole, que aumenta a superfície interna. Os resíduos alimentares são
excretados através do ânus.

Os Vertebrados possuem também um tubo digestivo completo, com duas glândulas digestivas
ligadas ao intestino (pâncreas e fígado), podendo possuir ainda outras glândulas, como as
salivares. A constituição e o funcionamento do sistema digestivo dos Vertebrados são
semelhantes em todas as classes, apresentando algumas variações relacionadas com o
regime alimentar.

No Homem, a digestão extracelular inicia-se na boca, logo após a ingestão do alimento,


continua no estômago e termina no intestino, com a absorção dos nutrientes e expulsão das
fezes através do ânus.

A absorção dos nutrientes efetua-se, essencialmente, ao nível do intestino delgado, uma vez
que este apresenta especializações. A parede interna do intestino delgado possui pregas
- válvulas coniventes, que triplicam a superfície de contacto com os alimentos.

Estas válvulas estão recobertas por microvilosidades, que aumentam ainda mais a superfície
de absorção. Uma vez absorvidos, os nutrientes terão que ser transportados para todas as
células do organismo, através da corrente sanguínea e linfática.
Sistema digestivo da minhoca e em corte transversal.
Sistema digestivo do Homem.

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