A Revolução Francesa na Época do Terror:

uma discussão sobre o poder político

Apresentação Prof. Rogerio Forastieri da Silva Com a exibição do filme Danton

 Chant de Guerre pour L’Armée du Rhin
(La Marseillaise, 1792, Claude-Joseph Rouget de Lisle)
Allons enfants de la patrie,
Le jour de gloire est arrivé.
Contre nous de la tyrannie,
L’Étendard sanglant est levé. (bis)
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces féroces soldats,
Ils viennent jusque dans vos bras
Égorger vos fils, vos compagnes.
Aux armes, citoyens!
Formez vos bataillons!
Marchez, marchez, Refrain
Qu’un sang impur
Abreuve nos sillons.
Que veut cette horde d’esclaves,
De traîtres, de rois conjurés?
Pour qui ces ignobles entraves,
Ces fers dès longtemps préparés? (bis)
Français, pour nous, ah! quel outrage,
Quels transports il doit exciter?
C’est nous, qu’on ose méditer
De rendre à l’antique esclavage! Refrain
Tremblez, tyrans! et vous perfide
L’opprobre de tous les partis,
Tremblez!... vos projets parricides
Vont enfin recevoir leur prix. (bis)
Tout est soldat pour nous combattre
S’ils tombent, nos jeunes héros,
La terre en produit de nouveaux
Contre vous tous prêts à se battre.
Refrain
Amour sacré de la patrie
Conduis, soutiens nos bras vengeurs.
Liberté, liberté chérie
Combats avec tes défenseurs. (bis)
Sous nos drapeaux, que la victoire
Accoure à tes mâles accents,
Que nos ennemis expirants
Voient ton triomphe et nobre gloire!
Refrain
Cinema

PRODUÇÃO
DIREÇÃO

Atores
Roteiro

Roteiro
Fotografia

Fotografia
Atores

Direção
Produção

Indústria
Conteúdo,
cinematográfica, importância do texto
efeitos especiais e mensagem
 Andrzej Wajda (1926-...)

Diretor de cinema e
teatro polonês

Filmografia critica o
autoritarismo

Recebeu o Oscar
honorário (1999) pelo
conjunto de sua obra
Em 1999, Andrzej Wajda recebeu o
Oscar honorário “em reconhecimento
pelas cinco décadas de extraordinária
direção de filmes”
Outras informações: www. wajda.pl (em inglês e polonês)
Ficha técnica resumida
Título original Danton (França/Polônia, 1983)

Direção Andrzej Wajda

Gérard Depardieu (Danton), Wojciech Pszoniak
Elenco (Robespierre), Anne Alvaro (Eleonore), Roland
Blanche (Lacroix), Patrice Chéreau (Desmoulins)
Jean-Claude Carrière (baseado em peça de
Roteiro
Stanislawa Przybyszewska)
Fotografia Igor Luther

Música Jean Prodromidès

 BRASIL

MG

Comparação Área (km2)

Minas Gerais (BRA) 586 528

FRANÇA
França 543 965

Europa Ásia

América África

Oceania

Antártida
Localização da França no globo terrestre
Antigo Regime na França
Organização
Organização política:
política: monarquia
monarquia absoluta
absoluta ee centralizada
centralizada
Organização
Organização econômica:
econômica: predomínio
predomínio da
da agricultura
agricultura
Organização
Organização social:
social: ordens
ordens ou
ou estados
estados ou
ou estamentos
estamentos

REI
Clero
1° Estado Possuem
Possuem privilégios
privilégios
Nobreza Não
Não pagam
pagam impostos
impostos
2° Estado

Não
Não possuem
possuem privilégios
privilégios
Demais setores
3° Estado Pagam
Pagam impostos
impostos
 1 2

Caricatura de 1789
satiriza a
desigualdade na
cobrança de impostos 3
na França do Antigo
Regime.

Um eclesiástico (1)
e um nobre (2) são
carregados sobre os
ombros de um
camponês (3)
apoiado em seu
instrumento de
trabalho
Alegoria da pesada 1 2
carga tributária que
recaía sobre o
Terceiro Estado na
França do Antigo
Regime.
Na pedra, lê-se:
Talha*, impostos e
corvéias**.
Mais uma vez,
o clero (1) e a
nobreza (2) são
representados como 3
fardos pesados para
o Terceiro Estado (3)

* Talha: equivalente ao atual imposto territorial

** Corvéia: trabalho gratuito durante certo período do ano
dedicado ao governo, principalmente no reparo de estradas reais
Reinado de Luís XVI
(1774-1792)

Crise econômica
(dívida pública)

Solução: aumentar a
arrecadação de impostos

Problemas: clero e
nobreza recusam-se a
perder privilégios

1787: Assembléia dos
Notáveis

1789: Reunião dos
Estados Gerais
Luís XVI
 Revolução Francesa
(1789-1799)

Periodização

1789 Reunião dos Estados Gerais

1789-1791 Assembléia Nacional e Constituinte

1791-1792 Assembléia Legislativa (Monarquia Constitucional)

1792-1795 Convenção (República) Filme: nov/1793-abr/1794

1795-1799 Diretório (República)

 Estados Gerais (1789)

Problema da
votação

Por Estados ou
por cabeça?

Deputados do
Terceiro
Estado (96%
da nação)
declaram-se
constituídos em
Assembléia
Nacional
Sessão de abertura dos Estados Gerais em 1789,
realizada em Versalhes
 Assembléia Nacional (1789)

Não poderia
haver imposto
algum sem seu
consentimento

Luís XVI fecha
a sala de
sessões

Juramento do
jogo da péla
(20.06.1789)

Assembléia
Nacional torna-se
Assembléia
Constituinte

Juramento do jogo da péla (óleo de Jacques Louis David)

 Assembléia Constituinte
(1789-1791)

Demissão de
Necker (1789)

Tomada da
Bastilha (1789)

Organizam-se
as Guardas
Nacionais

Supressão dos
direitos feudais
(1789)
Demolição da Bastilha (pintura de Jean-Pierre Houel)
 Assembléia Constituinte
(1789-1791)

Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão (1789) Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão

Confisco dos bens do clero

Origem da esquerda e da direita

Patriotas, partidários da Revolução,
sentavam-se à esquerda do
presidente da Assembléia

Aristocratas, partidários do Antigo
Regime, sentavam-se à direita do
presidente da Assembléia

Constituição (14.09.1791)

Monarquia Constitucional
Assembléia Legislativa
(1791-1792)

Declaração de guerra
à Áustria (1792)

Manifesto de
Brunswick (1792)

Assalto às Tulherias e
formação da Comuna
Insurrecional de Paris
(10.08.1792)

Implantação da
República

Convenção
Luís XVI confrontado pela
multidão nas Tulherias (1792)
 Convenção (1792-1795)

745 membros
“Montanha”
(Poder Executivo)
Danton

Divisões políticas

Gironda (direita)
Luís XVI

Montanha (esquerda)

Planície (“maioria
“Planície”
silenciosa”)
Luís XVI (Luís Capeto) sob julgamento
perante a Convenção
 Convenção (1792-1795)

1792-1793

Preponderância
Girondina

Execução de
Luís XVI (janeiro/1793)

Comitê de Salvação
Pública

Tribunal Revolucionário

Detalhe de gravura produzida após a execução

do rei Luís XVI. No original, lia-se a inscrição:
Matéria para os charlatães coroados refletirem
Convenção (1792-1795)

1793/1794: Preponderância Montanhesa (Terror)

Eliminada a oposição; disputa intramuros

Processo Danton (30.03.1794 – 05.04.1794)
Maximilien Marie Isidore Georges Jacques DANTON
de ROBESPIERRE (1759-1794) – 35 anos
(1758-1794) – 36 anos
Convenção (1792-1795)

1794-1795

Preponderância da Planície

Robespierre executado (28.07.1794)

Terror Branco: contra a esquerda
Diretório (1795-1799)

Golpes de Estado

Execução de Babeuf

Envolvido em
conspiração igualitária François-Noël
(Graco) Babeuf

Guerras

Campanha da Itália

Campanha do Egito

Golpe do 18 Brumário

Napoleão no poder
Napoleão
Bonaparte
Revoluções do século XVIII

Revolução Industrial

Revolução Americana (Independência

dos Estados Unidos, 1774-1776)

Revolução Francesa (1789-1799)

Legado da
Revolução Francesa

Princípio do governo representativo

Princípio da cidadania

Princípio do individualismo

Princípio da nacionalidade
Legado da
Revolução Francesa

Princípio do governo representativo

Não deve haver o poder absoluto

Doutrina da origem popular do poder

Governantes

Representam a vontade popular

Possuem um mandato predeterminado

Devem seguir um conjunto de regras escritas
(Constituição) que define as esferas e limites do
poder
Legado da
Revolução Francesa

Princípio da cidadania

Durante o Antigo Regime

Homens eram súditos

Desigualdade social

A partir da Revolução Francesa

Súditos passam a ser cidadãos

Consagrada a igualdade de todos perante a lei

Opiniões expressas pelo voto

Controle e fiscalização sobre os destinos da
sociedade
Legado da
Revolução Francesa

Princípio do individualismo

Direitos

Privacidade

Inviolabilidade do lar e da correspondência

Locomoção (ir e vir)

Reunião

Livre manifestação do pensamento

Sob o Antigo Regime tais liberdades
inexistiam
Legado da
Revolução Francesa

Princípio da nacionalidade

Idéia de comunidades que possuam
cultura, língua ou aspirações em comum

Homens

Deixam de se considerar como súditos de
determinado monarca

Passam a se considerar como membros de
uma nação, com a qual se identificam