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Oswald T Avery, o herói anônimo da ciência

genética
Setenta anos atrás esse tranquilo homem anunciou uma das mais importantes
descobertas na história da ciência: a função genética do DNA.

*Muitos geneticistas e químicos não aceitaram que os genes fossem feitos de DNA, e foi
apenas na década de 1950 que a importância da substância foi amplamente
reconhecida.

Em 1953, James Watson e Francis Crick mudaram a cara da biologia quando


descobriram a estrutura de dupla hélice do DNA, com base em estudos experimentais
realizados por Maurice Wilkins e Rosalind Franklin.

Setenta anos atrás, por volta da meia-noite do dia 26 de maio de 1943, um homem
magro, careca, com seus 60 e poucos anos estava em seu apartamento em Nova York
terminando de escrever uma longa carta para seu irmão na qual ele anunciava um dos
achados mais importantes da história da ciência.

O homem era o Dr. T Oswald Avery. Ele e seu pequeno grupo de pesquisadores do
Instituto Rockefeller, haviam chegado a uma conclusão surpreendente. Por quase 10 anos,
Avery estava tentando identificar a natureza química de algo que ele descreveu para seu
irmão como "parece um vírus - pode ser um gene".

Esta substância misteriosa tinha sido descoberta em um organismo que Avery vinha
estudando há 30 anos - as bactérias causadoras da pneumonia (estafilococos). Em 1928, um
médico britânico chamado Fred Griffith havia relatado que as formas não-infecciosas de
estafilococos poderiam ser transformada em formas perigosas e virulentas, se elas fossem
misturadas com as células mortas de uma cepa virulenta. Além disso, esta transformação
seria permanente e passada de uma geração de bactéria para outra. Isso foi o que fez Avery
pensar que um vírus ou um gene estava envolvido nesse processo.

O grupo de Avery tinha obtido o mesmo resultado com um extrato da cepa virulenta
e, como Avery anunciou em sua carta à meia-noite a seu irmão, em 1943 eles finalmente
foram capazes de identificar esse "princípio da transformação". Era uma substância branca
viscosa notavelmente difundido nas células, mas que havia sido esquecida: o ácido
desoxirribonucléico, ou, como ficou conhecida na década de 1950, DNA.
Avery publicou sua descoberta em fevereiro de 1944 em co-autoria com seus dois
colaboradores mais chegados, Maclyn McCarty e Colin MacLeod. A importância da
descoberta de Avery foi logo reconhecida em todo o mundo, apesar da Segunda Guerra
Mundial que ainda estava no auge.
Em janeiro de 1944, um visitante australiano do laboratório de Avery escreveu uma
carta animada à noiva afirmando que seu anfitrião "acaba de fazer uma descoberta
extremamente empolgante que, muito grosseiramente, é nada menos que o isolamento de
um gene puro na forma de ácido desoxirribonucléico".
Mais tarde no mesmo ano, dois artigos na revista Nature reconheceram o trabalho de
Avery, um saudando a descoberta como tendo "implicações consideráveis" para a genética ,
o outro, sugerindo que pequenas diferenças na configuração das moléculas de DNA podiam
explicar muitos fenômenos biológicos. Em 1945, a Royal Society premiou Avery com a
Medalha Copley, principalmente por seu trabalho em microbiologia, mas reconhecendo
também a grandiosa importância de sua descoberta para os geneticistas.
De volta a Nova York, um estudante de 19 anos chamado Joshua Lederberg leu o
artigo em janeiro de 1945 e inspirou-se imediatamente, como escreveu em seu diário:
"Terrível e ilimitado em suas implicações ... posso ver motivo real de excitação neste coisa.
"Lederberg mudou de medicina para genética bacteriana e em 1959 ganhou o Prêmio Nobel
por sua descoberta do sexo em bactérias. Erwin Chargaff também imediatamente defendeu o
trabalho de Avery e iniciou o estudo químico do DNA, que forneceu a Watson e Crick a
chave para a descoberta a estrutura de dupla hélice.
Na recém liberada Paris, André Boivin aplicou imediatamente o mesmo método de
"transformação" a uma bactéria diferente, E. coli. Em novembro de 1945, Boivin publicou
suas descobertas e afirmou claramente que as principais propriedades dos genes seriam
encontradas no DNA.Na recém liberada Paris, André Boivin aplicou imediatamente o
mesmo método de "transformação" a uma bactéria diferente, E. coli. Em novembro de 1945,
Boivin publicou suas descobertas e afirmou claramente que as principais propriedades dos
genes seriam encontradas no DNA.
Em retrospecto, a descoberta de Avery deveria ter imediatamente convencido
cientistas em todo o mundo de que genes eram feitos de DNA, e a corrida para descobrir
como o DNA era capaz de produzir a ampla gama de efeitos genéticos deveria ter começado
imediatamente. Em algum momento, Avery deveria ter sido convocado para Estocolmo para
receber um prêmio Nobel.
Mas a história tomou um rumo muito diferente. Muitos geneticistas e químicos não
aceitaram que os genes eram feitos de DNA, e foi só em 1950 que a importância da
substância foi amplamente reconhecida. Avery permaneceu em relativa obscuridade até a
sua morte em 1955: escandalosamente, ele nunca ganhou um prêmio Nobel, e seu trabalho
sequer foi citado por Watson e Crick, Franklin e Wilkins. Nenhum dos três artigos
publicados em 1953 sobre a estrutura do DNA se preocupou em dar o crédito ao homem que
tornou tudo isso possível.
Os historiadores e os cientistas ainda hoje discutem as razões pelas quais o trabalho
de Avery não modificou imediatamente a cara da ciência. Na década de 1970 alegou-se que
a descoberta era "prematura" ou que ou que Avery não teve o cuidado de descrever o seu
resultado de forma clara, ou ainda que o artigo foi publicado a partir de um fenômeno
obscuro em uma revista ímpar. Também alegaram que a mobilização produzida pela guerra
dificultou significativamente aos cientistas tomarem conhecimento sobre esta descoberta.
Porém, nenhuma dessas explicações são satisfatórias.
Parte do problema residia no fato de a transformação bacteriana ser bem conhecida,
e, em 1941, um renomado biólogo evolucionista já a havia descrito como sendo uma
mutação. Para muita gente não ficou claro que as bactérias tinha mesmo genes, e que era
possível que ao tal "princípio transformador" fosse de fato algo que causava uma mutação,
em vez de um gene.
Mas a questão chave, que foi reconhecida por Avery, era que extratos de DNA
aparentemente puros ainda poderiam conter milhões de moléculas de proteína, o que poderia
teoricamente explicar a transformação. Ainda era possível que o DNA fosse apenas um
transportador para o que poderia ser a parte decisiva de um gene – proteína. Aqueles na
comunidade científica que se apegaram à velha teoria se apegaram a esse argumento.
Mesmo aqueles que aparentemente queriam aceitar a interpretação de Avery ainda se
continham. Em novembro de 1945, o geneticista pioneiro Herman Muller deu a prestigiosa
conferência Pilgrim Trust à Royal Society. Ele descreveu a "notável evidência experimental"
do grupo de Avery sobre o papel do DNA e reconheceu suas implicações: "Se essa
conclusão for aceita", disse Muller, "sua descoberta é revolucionária". Mas Muller, como
tantos outros, temia que pequenas quantidades de proteínas não identificadas pudessem ser
responsáveis pelos efeitos.
No final, foi o acúmulo de evidências que gradualmente balançaram o argumento em
favor da interpretação de Avery. No final da década de 1940, havia um grande número de
experimentos bioquímicos, todos sugerindo que os genes eram feitos de DNA. Os "genes
são proteínas" lobby realmente só tinha um argumento: o DNA é chato.
E essa convicção começou a desaparecer quando Erwin Chargaff mostrou que as
quantidades das quatro bases diferiam entre as espécies.
Um dos passos finais foi um experimento de 1952 de Alfred Hershey e Martha
Chase, que mostrou que a infecção viral ocorre pela transferência de DNA, não de proteína.
As coisas mudaram desde 1944: enquanto Avery não acreditara, porque havia 0,1% de
proteína em seu DNA "puro", ninguém criticou o resultado do confuso experimento de
Hershey e Chase, que envolvia vírus radioativos e um liquidificador de cozinha, embora
quantidades desconhecidas de proteína possam ter causado o efeito.
Quando Watson, Crick, Franklin e Wilkins estavam correndo para descobrir a
estrutura do DNA, seu papel biológico era claro. De fato, essa foi a razão pela qual a corrida
estava acontecendo. É triste que eles não reconhecessem o papel do homem que os levou até
lá - o silencioso revolucionário Oswald T Avery.

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