A experiência com o som, nessa lógica, é dispersa, já que ouvir aquilo que os
músicos tocam é apenas uma das atrações que o evento proporciona, talvez
nem sendo a mais importante. As cerca de trezentas pessoas que ficam às
voltas de cada uma dessas tendas (que ao total somam quase dez) nem
sempre conseguem entender aquilo que o intérprete canta, e dividem-se entre
as conversas presenciais e virtuais,
Foi possível notar na dinâmica do “repertório” pelo qual a roda seguiu em uma
média de duas horas de duração, algumas lideranças nas escolhas das
canções. Elas se enunciavam mais em silêncios do que em declarações. Em
algumas oportunidades, uns dos presentes na roda dirigiam-se a um e falavam
diretamente a ele tentando “puxar” a próxima canção. Em vão, os músicos
variavam em expressões faciais e se mantinham executando seus ritmos. Os
pedidos de música muito dificilmente eram atendidos, ou mesmo
compreendidos entre os barulhos da rua e o som dos instrumentos. O que
efetivamente “puxava” músicas na roda era uma melodia entoada pelo
banjo/violão e reconhecida pela roda que dava continuidade aos versos, ou
ainda,