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Equipamentos Dinâmicos

CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA


EQUIPAMENTOS DINÂMICOS

1
Equipamentos Dinâmicos

2
Equipamentos Dinâmicos

EQUIPAMENTOS DINÂMICOS
MARIANO PACHOLOK

Equipe Petrobras
Petrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
3

CURITIBA
2002
Equipamentos Dinâmicos
Módulo
Equipamentos Dinâmicos

Ficha Técnica

Contatos com a Equipe da Repar: Maurício Dziedzic


Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Repar (Coordenador do Curso de Engenharia Civil)
Rodovia do Xisto (BR 476) – Km16 Júlio César Nitsch
83700-970 Araucária – Paraná (Coordenador do Curso de Eletrônica)
Mario Newton Coelho Reis Marcos Roberto Rodacoscki
(Coordenador Geral) (Coordenador do Curso de Engenharia
Tel.: (41) 641 2846 – Fax: (41) 643 2717 Mecânica)
e-mail: marioreis@petrobras.com.br Carlos Alexandre Castro
Uzias Alves (Coordenador do Curso de Jornalismo)
(Coordenador Técnico) Mariano Pacholok
Tel.: (41) 641 2301 (Autor)
e-mail: uzias@petrobras.com.br Marcos Cordiolli
(Coordenador Geral do Projeto)
Décio Luiz Rogal
Maria Zaclis Veiga
Tel.: (41) 641 2295
(Coordenação de Fotografia)
e-mail: rogal@petrobras.com.br
Ledy Aparecida Carvalho Stegg da Silva Iran Gaio Junior
Tel.: (41) 641 2433 (Coordenação Ilustração, Fotografia e
e-mail: ledyc@petrobras.com.br Diagramação)
Adair Martins Carina Bárbara R. de Oliveira
Tel.: (41) 641 2433 (Coordenação de Elaboração dos Módulos
e-mail: adair@petrobras.com.br Instrucionais)
Juliana Claciane dos Santos
UnicenP – Centro Universitário Positivo (Coordenação dos Planos de Aula)
Oriovisto Guimarães Luana Priscila Wünsch
(Reitor) (Coordenação Kit Aula)
José Pio Martins Angela Zanin
(Vice Reitor) Leoni Néri de Oliveira Nantes
Aldir Amadori Érica Vanessa Martins
(Pró-Reitor Administrativo) (Equipe Kit Aula)
Carina Bárbara Ribas de Oliveira
Elisa Dalla-Bona
(Coordenação Administrativa)
(Pró-Reitora Acadêmica)
Cláudio Roberto Paitra
Maria Helena da Silveira Maciel Marline Meurer Paitra
(Pró-Reitora de Planejamento e Avaliação (Diagramação)
Institucional) Marcelo Gamballi Schultz
Luiz Hamilton Berton (Ilustração)
(Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa) Ana Paula Martins dos Santos
Fani Schiffer Durães (Fotos)
(Pró-Reitora de Extensão) Cíntia Mara Ribas Oliveira
Euclides Marchi (Coordenação de Revisão Técnica e Gramatical)
(Diretor do Núcleo de Ciências Humanas e Contatos com a equipe do UnicenP:
Sociais Aplicadas) Centro Universitário do Positivo – UnicenP
Pró-Reitoria de Extensão
Helena Leomir de Souza Bartnik
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza 5300
(Coordenadora do Curso de Pedagogia)
81280-320 Curitiba PR
4 Marcos José Tozzi
Tel.: (41) 317 3093
(Diretor do Núcleo de Ciências Exatas e Fax: (41) 317 3982
Tecnologias) Home Page: www.unicenp.br
Antonio Razera Neto e-mail: mcordiolli@unicenp.br
(Coordenador do Curso de Desenho Industrial) e-mail: extensao@unicenp.br
Equipamentos Dinâmicos

Apresentação

É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você.


Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife-
renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de
você e de seu perfil empreendedor.
Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o
Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada
pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos
que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.
Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos
de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc-
nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po-
dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um
processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado
pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da
Petrobras.
Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras
fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar
seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na
Petrobras.

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5
Equipamentos Dinâmicos

Sumário
1 EQUIPAMENTOS DINÂMICOS ............................................. 7 7.6 Conceituação moderna de cavitação .............................. 47
1.1 Introdução ......................................................................... 7 7.6.1 Pressão crítica para o início da cavitação ........... 47
1.2 Equipamentos Estáticos e Dinâmicos .............................. 7 7.7 Análise da cavitação em bombas .................................... 49
7.8 Equacionamento da cavitação em bombas ..................... 49
2 BOMBAS INDUSTRIAIS ...................................................... 10 7.9 Curva NPSHr x vazão ..................................................... 50
2.1 Características das bombas industriais ........................... 11 7.10 Cálculo do NPSH disponível .......................................... 50
2.1.1 Turbobombas ou dinâmicas ................................ 11 7.11 Critérios de avaliação das condições de cavitação ......... 50
2.1.2 Volumétricas ou de deslocamento positivo ........ 13 7.11.1 Cálculo da vazão máxima permissível de uma
2.2 Bombas centrífugas ........................................................ 14 bomba em um sistema ........................................ 50
2.2.1 Composição ........................................................ 14 7.11.2 Altura máxima de sucção ................................... 51
2.2.2 Princípio de funcionamento ................................ 18 7.12 Fatores que modificam o NPSH disponível ................... 51
2.2.3 Principais problemas em bombas centrífugas ....... 20 7.12.1 Altura estática de sucção (Zs) ............................. 51
2.2.4 Operação de bombas centrífugas ........................ 21 7.12.2 Altitude do local da instalação ........................... 52
7.12.3 Temperatura de bombeamento ............................ 52
3 TURBINAS A VAPOR .......................................................... 23 7.12.4 Tipo de líquido bombeado .................................. 52
3.1 Princípio de funcionamento ............................................ 23 7.12.5 Tipo de entrada, comprimento, diâmetro e
3.1.1 Percurso do vapor ............................................... 24 acessórios da tubulação de sucção ...................... 52
3.1.2 Composição ........................................................ 26 7.12.6 Vazão .................................................................. 52
3.1.3 Conjunto rotativo ................................................ 26 7.12.7 Pressão no reservatório de sucção (Ps) ............... 52
3.1.4 Sistema de controle de velocidade e desarme .... 26 7.13 Fatores que modificam o NPSH requerido e
3.1.5 Regulador ............................................................ 27 procedimentos para melhorar o desempenho
3.1.6 Principais problemas em turbinas a vapor ......... 28 das bombas quanto à cavitação ...................................... 52
3.1.7 Operação de turbinas a vapor ............................. 28 7.13.1 Possibilidade de redução da perda
na entrada da bomba (hfi) ................................... 52
4 COMPRESSORES .................................................................. 30 7.13.2 Possibilidade de redução das velocidades
4.1 Tipos de compressores .................................................... 30 absoluta e relativa no olho do impelidor
4.2 Compressores centrífugos ............................................... 32 (V1) e (Vr1) ........................................................ 52
4.2.1 Características do compressor centrífugo ........... 33 7.13.3 Uso do indutor .................................................... 53
4.3 Compressor de fluxo axial .............................................. 34 7.13.4 Variação da rotação ............................................. 53
4.4 Compressores rotativos ................................................... 34
4.4.1 Compressores alternativos .................................. 34 8 LEITURA COMPLEMENTAR 2 ........................................... 55
4.4.2 Controle do compressor alternativo .................... 34 8.1 Variáveis características em bombas centrífugas ........... 55
8.1.1 Curva carga (H) x vazão (Q) ............................... 55
5 LUBRIFICAÇÃO .................................................................. 36 8.1.2 Curva inclinada (Rising) .................................... 55
5.1 Atrito ............................................................................ 36 8.1.3 Curva ascendente/descendente (Drooping) ........ 55
5.2 Mancais ........................................................................... 37 8.1.4 Curva altamente descendente (Steep) ................. 55
5.3 Lubrificantes .................................................................. 38 8.1.5 Curva plana (flat) ................................................ 55
5.4 Rotina diária de lubrificação .......................................... 38 8.2 Curvas de potência absorvida x vazão ............................ 56
5.5 Lubrificação de turbinas a vapor .................................... 39 8.2.1 Potência útil cedida ao fluido (Potc) .................. 56
8.2.2 Potência absorvida pela bomba (Potabs) ............ 56
6 EJETORES ................................................................................. 40 8.3 Curva rendimento total (h) x vazão (Q) ......................... 56
6.1 Restrição no escoamento ................................................ 40 8.4 Formas de apresentação das curvas características ........ 57
6.2 Ejetor ............................................................................... 40 8.5 Características do sistema ............................................... 57
6.3 Usos do ejetor ................................................................. 41 8.5.1 Conceituação da altura manométrica do sistema ... 58
8.5.2 Calculo de altura manométrica de sucção (hs) ... 58
7 LEITURA COMPLEMENTAR 1 – CAVITAÇÃO ................. 42 8.5.3 Cálculo da altura manométrica de descarga (hd) . 59
7.1 Descrição do fenômeno de cavitação ............................. 42 8.5.4 Cálculo da altura manométrica total (H) ............ 61
7.2 Conceituação clássica de cavitação ................................ 42 8.6 Determinação da curva do sistema ................................. 62
7.3 Comparação entre cavitação e vaporização .................... 43 8.7 Determinação do ponto de trabalho ................................ 62

6 7.4 Inconvenientes da cavitação ........................................... 43


7.4.1 Barulho e vibração .............................................. 43 EXERCÍCIOS .............................................................................. 63
7.4.2 Alteração das curvas características ................... 43
7.4.3 Danificação do material ...................................... 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................... 64
7.5 Cavitação, erosão e corrosão .......................................... 47
Equipamentos Dinâmicos

Equipamentos
Dinâmicos 1
1.1 Introdução compreender o princípio de funcionamento dos
Os equipamentos industriais constituem o equipamentos como um todo e dos elementos
que se conhece por “hardware” de uma planta constituintes para sua adequada operação.
industrial. Neste volume, serão estudados os
equipamentos classificados como dinâmicos, 1.2 Equipamentos Estáticos e Dinâmicos
enfatizando bombas, turbinas a vapor e com- Os equipamentos industriais são classifi-
pressores. Serão abordados também ejetores e cados, dentro de uma visão abrangente, em
lubrificação. Os equipamentos dinâmicos têm Estáticos e Dinâmicos.
grande importância devido ao fato de realiza- Os equipamentos estáticos não possuem
rem movimentos mecânicos para cumprirem movimento contínuo em seus componentes.
sua função de transferência de energia de uma Como exemplo, podem ser citados tanques,
modalidade para outra. Tornam-se críticos para vasos, permutadores (trocadores de calor),
a continuidade operacional dos processos in- válvulas, linhas (tubulações), geradores de
dustriais. Há, portanto, a necessidade de se vapor (caldeiras) e outros.

Equipamentos Estáticos –Tanque. Equipamentos Estáticos – Vaso. Equipamentos Estáticos – Trocador


de calor.

7
Equipamentos Estáticos – Linhas. Equipamentos Estáticos – Válvula.

Fonte: AUTOR Equipamentos Estáticos – Torre.


Equipamentos Dinâmicos
Os equipamentos dinâmicos possuem movimentos contínuos, rotativos e ou alternativos,
nos seus componentes. Como exemplo, são citados motores elétricos, turbinas a vapor, bombas,
compressores, redutores, sopradores, ventiladores e outros.

Equipamentos Dinâmicos – Motor elétrico. Equipamentos Dinâmicos – Turbina a vapor.

Equipamentos Dinâmicos – Bomba. Equipamentos Dinâmicos – Compressor.

Equipamentos Dinâmicos – Soprador. Equipamentos Dinâmicos – Ventilador.

Equipamentos Dinâmicos – Redutor.


8

Fonte: AUTOR
Equipamentos Dinâmicos
Os equipamentos dinâmicos podem ser
classificados em acionadores e acionados, mas,
Anotações
em ambos os casos, têm a função de transfor-
mar energia. Os principais equipamentos clas-
sificados como acionadores são motores elé-
tricos e turbinas a vapor, que convertem sua
forma específica de energia em energia mecâ-
nica. Os principais equipamentos classificados
como acionados são bombas, compressores,
redutores, sopradores e ventiladores, sempre
recebendo energia mecânica. Em ambos os
casos, a ligação entre acionadores e acionados
será feita pelo acoplamento. Quando a rota-
ção do eixo do acionador não for adequada para
o acionado, haverá, entre eles, um redutor, para
redução, ou um multiplicador, para ampliação.
Também, em substituição ao redutor, pode-se
variar a freqüência do sistema elétrico e se
obter a adequação da rotação.
Nas plantas industriais, há necessidade de
se estabelecer um referencial sobre os equi-
pamentos dinâmicos. Então, para referenciar
o lado do equipamento adotam-se as expres-
sões “lado do acoplamento (LA)” e “lado opos-
to ao acoplamento (LOA)”. Para referenciar
as laterais, usa-se direita e esquerda, olhando-
se do acionador para o acionado. A necessida-
de de se utilizar as referências LA ou LOA
pode ser demonstrada, por exemplo, caso o
equipamento tenha dois selos e um esteja com
vazamento. Nesse caso, a comunicação preci-
sa de qual selo está com problema será o selo
LA ou LOA está com vazamento.

Acoplamento

LOA LA LA LOA
Referência de lados em Equipamentos Dinâmicos.

Fonte: AUTOR

Nesse curso, serão estudados os equipa-


mentos dinâmicos com ênfase em bombas, 9
turbinas a vapor e compressores, bem como
lubrificação pelo fato de ser um item de
altíssima importância presente em quase to-
dos os equipamentos dinâmicos.
Equipamentos Dinâmicos

Bombas
Industriais
As bombas são máquinas cuja função é a
2
Classificação das bombas industriais
de transferir energia para um fluido. Este fluido
deve ser considerado no estado líquido com CENTRÍFUGAS

ponderação para a viscosidade. Quando a vis-


cosidade for muito elevada, estado pastoso, FLUXO MISTO

DINÂMICAS OU
não poderão ser usadas bombas sem uma ri- TURBOBOMBAS

gorosa análise. FLUXO AXIAL

Relembrando o conceito de transformação PERIFÉRICAS OU

de energia estudado em física: REGENERATIVAS

– acionamento por motor elétrico: O


motor recebe a energia elétrica do gerador, BOMBAS
PISTÃO
INDUSTRIAIS
transforma em energia mecânica, através do
acoplamento, transfere a energia mecânica para ALTERNATIVAS ÊMBOLO

a bomba, que, por sua vez, a transforma em


energia hidráulica manifestada como pressão DIAFRAGMA

no fluido.
– acionamento por turbina a vapor: A VOLUMÉTRICAS
OU DESLOCAM.
POSITIVO ENGRENAGENS
turbina recebe a energia térmica do gerador de
vapor (caldeira) ou de outros sistemas, trans-
LÓBULOS
forma em energia mecânica, através do aco-
plamento, transfere a energia mecânica para a
ROTATIVAS PARAFUSO
bomba, que por sua vez, transforma em ener-
gia hidráulica manifestada como pressão no
PALHETAS
fluido.
A pressão adquirida pelo fluido será, ob- FUSO HELICOIDAL
viamente, maior, após passar pela bomba e será
Fonte: AUTOR
chamada de pressão de descarga. Analogamen-
te, antes da bomba, tem-se a pressão de suc- Tipos de bombas industriais
ção. Desta forma, tem-se estabelecido o con-
ceito de fluxo do fluido: para ter-se fluxo, des-
locamento de um fluido, é necessário ter-se
diferença de pressão. Então, pode-se entender
que o fluido terá energia para ser deslocado de
um local para outro local, mais alto, mais dis-
tante ou a combinação destes.
Em uma planta de processamento de pe-
tróleo ou de outros produtos, há a necessidade
de injeção e de extração de fluidos com dife-
10 rentes valores de pressão, vazão, temperatura,
impurezas sólidas e demais características fí-
sico-químicas. Para atender a estas diferentes
necessidades dos processos foram desenvol-
vidos diversos tipos de bombas. Centrífuga
Equipamentos Dinâmicos

Centrífuga Êmbolo

Diafragma Fuso helicoidal


Fonte: AUTOR

2.1 Características das bombas industriais ter origem puramente centrífuga ou de arras-
2.1.1 Turbobombas ou dinâmicas te, ou a combinação das duas, dependendo da
São bombas nas quais a movimentação do forma do impelidor. A pressão ao fluido, ou
líquido, ou a transferência de energia, é produ- seja energia, é transferida pela combinação da
zida por forças decorrentes da rotação de um passagem do fluido através do impelidor e de
impelidor (rotor). A forma do impelidor faz a uma região da carcaça onde o volume é cres-
distinção entre os diversos tipos de turbobom- cente. O volume é crescente para a pressão
bas e define a direção do fluxo na sua saída. permanecer constante.
Os tipos de turbobombas são centrífugas, As bombas centrífugas podem ser radiais
fluxo misto, fluxo axial e periféricas ou re- ou tipo Francis. As radiais têm a saída do fluido
generativas. a noventa graus da entrada, e são chamadas de
Em bombas centrífugas, a energia forne- bombas centrífugas puras. As do tipo Francis
cida ao líquido é convertida principalmente em caracterizam-se pela curvatura das palhetas do
energia de pressão. A energia fornecida pode impelidor em dois planos.

11

Bomba centrífuga radial.


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Equipamentos Dinâmicos
a) Bombas de fluxo axial c) Bombas periféricas ou regenerativas
Nas bombas de fluxo axial, toda energia é Nas bombas periféricas ou regenerativas,
fornecida ao fluido por forças puramente de o fluído é arrastado através de um impelidor
arraste. A direção de saída do líquido é para- com palhetas em sua periferia, de tal forma
lela ao eixo. Estas bombas são usadas quando que a energia fornecida é convertida em ener-
necessárias grandes vazões e pequenas pres- gia de pressão pela redução de velocidade na
sões. Alguns autores classificam este tipo de carcaça.
bomba como centrífuga, porém não é adequa-
do, em função de não corresponder ao princí-
pio físico de centrifugação.

Impelidor de fluxo axial


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.

b) Bombas de fluxo misto


As bombas de fluxo misto têm uma con-
figuração intermediária entre as bombas cen-
trífugas puras e as bombas axiais. As bombas
centrífugas mistas fornecem energia ao fluido
tanto por ação da força centrífuga quanto por
arrastamento.
A direção do fluxo do fluido ocorre entre
90º e 180º da entrada.

12

Bomba de fluxo misto. Bomba periférica.


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992. Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Equipamentos Dinâmicos
2.1.2 Volumétricas ou de deslocamento positivo Nas bombas alternativas de diafragma, o
Nas bombas volumétricas ou de desloca- elemento que fornece a energia para o líquido
mento positivo, o fluido é obrigado a executar é uma membrana acionada por uma haste com
um movimento de deslocamento igual ao de movimento alternativo, ou por câmara de óleo.
um componente da bomba, como há resistên- O princípio de funcionamento é semelhante à
cia a ser vencida, tem-se o aumento de pres- bomba alternativa de pistão.
são. Para receber ação de força do componen-
te da bomba, o fluido, inicialmente, enche es-
paços com volume definido e é expulso deste.
Com essas bombas, é possível obter altas pres-
sões de descarga e vazão constante. Sempre é
possível controlar a vazão, porém, após a ação
de controle, essa permanece constante.

a) Bombas alternativas
As bombas alternativas podem ser de pis-
tão, de êmbolo ou de diafragma.
Nas bombas alternativas de pistão, o com-
ponente que produz o movimento do líquido é Bomba alternativa de diafragma.
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
um pistão, que se desloca com movimento al-
ternativo, dentro de um cilindro. Seu funcio- b) Bombas rotativas
namento é dado por um curso de aspiração, As bombas rotativas podem ser de engre-
através do qual o movimento do pistão tende nagens, de lóbulos, de parafuso, de palhetas e
a produzir vácuo. A pressão do líquido no lado de fuso helicoidal.
da aspiração faz com que a válvula de admis- O funcionamento das bombas rotativas de
são abra-se e o cilindro encha-se. Enquanto engrenagens consiste em rotação de duas en-
isto ocorre, a válvula de descarga mantém-se grenagens e arraste do fluido no espaço entre
fechada pela própria diferença de pressão e os dentes e a carcaça. Uma das engrenagens é
pelo curso de recalque, onde o pistão força o acionadora e outra acionada, tem-se então uma
líquido, de modo a empurrá-lo para fora do transmissão de força.
cilindro, através da válvula de descarga.

Pistão
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.

O princípio de funcionamento das bom-


Bomba de engrenagens.
bas alternativas de êmbolo é igual ao das al- Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
ternativas de pistão, apenas a forma do ele-
mento de ação de força sobre o fluido varia As bombas rotativas de engrenagens e de
como o êmbolo sempre tem a área de contato lóbulos têm funcionamento idêntico.
reduzida o com fluido é possível obter pres-
sões mais altas.

13

Bomba alternativa de êmbolo. Bomba de Lóbulos.


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992. Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Equipamentos Dinâmicos
As bombas rotativas de parafusos são Quanto à forma construtiva, pode-se ter:
compostas por dois parafusos com movimen- – “back pull out” – tipo de carcaça que
tos sincronizados através de um par de engre- permite remover o conjunto rotativo
nagens. O fluido percorre o espaço “vazio” dos sem a remoção da carcaça;
filetes da “rosca” dos parafusos das extremi- – bipartida – quando se têm vários está-
dades (admissão) para o centro (descarga). gios, somente é possível remover o con-
Estas bombas têm boa aplicação no caso de junto rotativo partindo-se a carcaça ao
fluido muito viscoso. meio;
– horizontal ou vertical – posição do eixo.

2.2.1 Composição
Uma bomba centrífuga é composta pelas
seguintes partes:
– carcaça,
Bomba de parafuso
– conjunto rotativo,
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
– mancais,
– selagem,
Em bombas rotativas de palhetas deslizan-
tes, as câmaras volumétricas para o arraste do – sistema de lubrificação,
fluido são formadas por palhetas livres radial- – acoplamento,
mente, pressionadas por mola contra a carca- – anéis de desgaste.
ça. O eixo é excêntrico em relação à car-
caça, com isso, um dos lados faz vedação Anéis de Região do
e o outro permite volume. desgaste Sistema de acoplamento
lubrificação

Carcaça

Conjunto
rotativo Mancais

Bomba de palhetas.
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992. Selagem

2.2 Bombas centrífugas Componentes de uma bomba centrífuga tipo “back pull out”.
As bombas centrífugas são máquinas cuja Fonte: ZECHEL, 1995.
função é transferir energia para um fluido e
promover, com isso, a transferência de uma
massa, fluido, de um local para outro. a) Carcaça
As bombas centrífugas podem ser classi- A carcaça é o componente que faz a con-
ficadas pelo número de estágios e pela forma tenção do fluido, contribuindo, como reação,
construtiva. para que este receba a energia e ganhe pressão.
Quanto ao número de estágios, pode-se ter: Existem várias formas geométricas de car-
– Um estágio – a energia é transferida em caça e todas têm um projeto com vistas ao equi-
uma única vez. Existirá apenas um im- líbrio de pressão radialmente sobre o impeli-
pelidor; dor. As principais formas de carcaças para
– Dois ou mais estágios – a energia é bombas centrífugas são: em voluta, com pás
14 transferida em etapas. Existirão tantos difusoras, em dupla voluta. Existem ainda car-
impelidores quantos forem os estágios caças tipo concêntrica e mista.
e, conseqüentemente, pressões interme-
diárias entre a pressão de sucção e a
Em conjunto com este item, recomenda-se a leitura do item leia o item
pressão de descarga. “Princípio de funcionamento”.
Equipamentos Dinâmicos
Tipos de carcaças des”. A figura a seguir, demostra também que
um impelidor pode ser aberto, semi-aberto ou
fechado.

Voluta

Aberto

Pás difusoras

Semi-aberto

Dupla voluta
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Fechado
b) Conjunto rotativo
O conjunto rotativo é formado pelo eixo, Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.

impelidor(es), porcas de fixação, cubo do aco-


plamento, luva(s) do eixo e anéis salpicadores A luva do eixo tem a função de protegê-lo
de óleo. contra desgastes na região de selagem. Uma
O impelidor é o componente de maior selagem por gaxetas tem atrito direto sobre a
importância em uma bomba centrífuga, por- luva promovendo desgaste. No caso de selo
que é através dele que ocorre a conversão de mecânico, poderá ocorrer desgaste por
energia mecânica para energia hidráulica. Um “fretting” (contato + vibração). Quando a luva
impelidor possui aletas ou pás em forma de fica danificada por desgaste, é substituída, pre-
espiral, sustentadas por uma ou duas “pare- servando-se assim, o eixo, que é mais caro.
c) Anéis de desgaste
Um anel de desgaste é um inserto de custo baixo, cuja finalidade é evitar que a carcaça e o
impelidor sofram desgaste na região de restrição. A região de restrição tem a função de minimizar
o retorno do fluido da descarga para a sucção. Como o impelidor gira e a carcaça é fixa, deve
existir uma folga entre os dois para que não haja roçamento.

15

Anéis de desgaste.
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Equipamentos Dinâmicos
Normalmente têm-se anéis na carcaça e que este vazamento seja minimizado ou eli-
no impelidor. Há bombas que dispõem de anéis minado, utiliza-se a selagem.
somente na carcaça, ou não usa anéis de des- Existem duas formas principais de sela-
gaste na região de restrição. gem: gaxetas e selo mecânico.
Ao longo do tempo de operação de uma As gaxetas promovem a minimização de
bomba, a região de restrição vai sofrendo des- um vazamento e não uma vedação total. São
gaste por erosão e ou roçamentos de partida. usadas quando o fluido bombeado pode ter um
Quando o desgaste for excessivo, a bomba pequeno vazamento ou quando não é possível
perderá eficiência, pois haverá muito retorno e viável o uso de um selo mecânico. Pode-se
de fluido da descarga para a sucção. ter um pequeno vazamento de água, por exem-
plo, porque o custo da perda é pequeno, não
d) Mancais oferece impacto ambiental e não oferece risco
Os mancais têm a função de suportar o de incêndio e risco de toxicidade ao homem.
conjunto rotativo de tal maneira que este te- Por que é necessário um pequeno vazamen-
nha somente liberdade de rotação, sem que to pelas gaxetas? Porque como existe uma re-
ocorra qualquer roçamento com os componen- gião de atrito entre a luva do eixo e as gaxetas,
tes estáticos da bomba. gerando calor, o pequeno vazamento de fluido
refrigera e lubrifica essa região de atrito.
e) Selagem Quando o fluido bombeado tem caracte-
Em uma bomba centrífuga, o fluido é pres- rísticas agressivas às gaxetas é necessário in-
surizado contra a carcaça e vazará para a at- jetar um líquido limpo de outra fonte chama-
mosfera caso encontre algum caminho aberto. do líquido de selagem ou “flushing”. Em al-
Como o eixo necessita entrar na carcaça para gumas configurações de bombas centrífugas,
sustentar e girar o impelidor, é inevitável ha- mesmo o fluido bombeado não sendo agressivo,
ver uma folga para que isso ocorra. Logo, ha- é necessário ter-se uma linha de “flushing” reti-
verá vazamento de fluido por essa folga. Para rada da carcaça de um ponto de maior pressão.
Vida útil do engaxetamento
Caixa de gaxetas

Injeção de líquido de lavagem/


Preme-gaxetas ou refrigeração (“Flushing”)
sobreposta.
Promove o aperto
das gaxetas Folga por onde o fluido
bombeado irá vazar

Região de atrito: a luva Luva do eixo


gira com eixo e as Gaxetas
gaxetas são estáticas
Eixo

Selagem por gaxetas. Fonte: AUTOR

Os selos mecânicos promovem a redução Existem duas classes importantes de se-


de um vazamento a zero ou muito próximo los mecânicos: simples e duplo. Os simples
disto. São usados quando o fluido bombeado têm uma interface de vedação, enquanto que
tem custo de perda alto, oferece impacto am- os duplos têm duas.
biental, risco de incêndio ou risco de toxicidade Num selo simples, caso ocorra falha, o
ao homem. fluido bombeado vaza diretamente para atmos-
Um selo mecânico é um conjunto de pe- fera e pode promover acidentes. Com apenas
ças com alto grau de precisão dimensional e uma interface de vedação sempre ocorrerão
16 geométrico e materiais especiais. Veja nas fi- micro-vazamentos, chamados emissões fugi-
guras a seguir os principais componentes de tivas. Essas emissões, ou seja, vapores de pro-
um selo mecânico, como anéis e sedes de dutos agressivos, já estão sendo proibidas por
vedação. leis ambientais.
Ver item 6.2 para maiores detalhes.
Equipamentos Dinâmicos
Injeção de A interface de vedação é uma região de
líquido lavagem/
Interface de refrigeração atrito formada pela sede rotativa, móvel, e pela
vedação (“Flushing”) sede estacionária, fixa. Nessa região de atrito,
há grande geração de calor que é retirado pela
Luva do eixo injeção de líquido de selagem ou refrigeração,
conhecida como “flushing”. O líquido de se-
lagem, normalmente, é o próprio fluido bom-
Eixo beado que é retirado de um ponto da carcaça
onde a pressão já é de descarga. Na região da
câmara de selagem, a pressão é levemente su-
perior à pressão de sucção, com isso, injetan-
do-se o líquido de selagem à pressão de des-
Injeção de
líquido de carga, tem-se fluxo passando pelo selo e reti-
Sobreposta
lavagem rando o calor gerado pelo atrito. Quando o lí-
(“Quench”)
quido de selagem é sujo, é necessário filtrá-lo,
Selo mecânico simples. quando se encontra muito quente, é necessá-
Fonte: adaptado pelo autor de Flowserve, Products & Services. rio resfriá-lo e quando apresenta muitos sóli-
USA, 1999. Catálogo FSD101.
dos em suspensão (sujeira) é necessário limpá-
Em um selo duplo, caso ocorra falha, o lo ou uso de um ciclone.
fluido bombeado não vaza diretamente para Trocador Ciclone
atmosfera e sim para uma câmara onde há um de calor
outro fluido pressurizado, chamado fluido de Filtro

barreira. Esta câmara possui instrumentos de


Retorno
alarme que avisam sobre o vazamento. Impor-
tante: há bombas em que o impelidor fica no
meio do eixo e este “fura” a carcaça dos dois
lados, logo é fundamental a vedação de am-
bos os lados e portanto, duas selagens são ne-
cessárias. Isto não deve ser confundido com
selo duplo que serve para uma selagem, po-
rém com duas interfaces de vedação.
Injeção de líquido de Injeção de líquido de Sistema auxiliares para injeção de selagem.
refrigeração (“Flushing”) lavagem (“Quench”) Fonte: adaptado pelo autor a partir de Flowserve, Products &
Sobreposta Services. USA, 1999. Catálogo FSD101.

Anel de vedação
A injeção de líquido de lavagem (“quench”)
Interface de vedação tem a função de arrastar e diluir emissões fu-
gitivas, evitando incêndio. Também pode aju-
dar na refrigeração.
Eixo
Luva do eixo Molas Sede rotativa Sede f) Sistema de lubrificação
(carvão) estacionária Toda bomba necessita de lubrificação em
Selo mecânico simples. seus mancais. Geralmente, o lubrificante é
Injeção de fluido de barreira
óleo, porém pode também ser graxa. Um sis-
tema de lubrificação varia em função da for-
ma como o lubrificante é suprido ao ponto de
rolamento ou deslizamento dos mancais.

g) Acoplamento
A função de um acoplamento é a ligação
entre equipamentos acionadores e acionados, 17
conforme citado no item anterior.
Interfaces de vedação
Selo mecânico duplo. Os acoplamentos podem ser classificados,
inicialmente, em dois grupos: rígidos e flexíveis.
Fonte: adaptado pelo autor de Flowserve, Products & Services.
USA, 1999. Catálogo FSD101. Veja o item “Lubrificação”.
Equipamentos Dinâmicos
Um acoplamento rígido promove uma li-
gação entre os eixos do equipamento aciona-
dor e acionado de forma que se pode conside-
rar um único eixo. É possível, portanto, dis-
pensar parcialmente os mancais no equipamen-
to acionado. Como não existe qualquer movi-
mento relativo entre as partes desse acopla-
mento, não é necessário lubrificá-lo ou subs-
tituir elementos por desgaste ou quebra.
Um acoplamento flexível promove uma
ligação entre os eixos do equipamento acio-
nador e acionado de forma que ambos os eixos
continuam com liberdade de movimento,
exceto para liberdade de movimento relativo
angular, ou seja, têm o movimento de rotação
“amarrado”. Isto implica na necessidade de
mancais radiais e axiais tanto no equipamento
acionado quanto no acionador. Devido a um
inevitável desalinhamento entre os eixos, ocor-
re movimento relativo entre as partes desse aco- Acoplamento flexível
plamento e, com isso, é necessário lubrificá-lo de lâminas.
ou substituir elementos por desgaste ou quebra.
Os acoplamentos flexíveis são os mais
usados em equipamentos dinâmicos e podem
ser classificados como:
– Lubrificados
– Grade – Engrenagem
– Não lubrificados
– Lâminas – Elastômero
– Pinos (pouco usado)
– Magnético (pouco usado)
– Correias

Acoplamento
flexível de
elastômero.
Fonte: Catálogo Powerflex.

Acoplamento flexível de grade. O acoplamento por correias, normalmen-


te, é tratado como transmissão mecânica e não
como acoplamento.

2.2.2 Princípio de funcionamento


Para o entendimento do funcionamento de
uma bomba centrífuga temos que retornar à
18 disciplina de física e rever movimento circu-
lar e, principalmente, força centrípeta. Relacio-
nando essa idéia ao fluido em uma bomba cen-
trífuga teremos o entendimento ao observar a
Acoplamento flexível de engrenagem. figura a seguir.
Equipamentos Dinâmicos
Antes de mostrarmos o princípio de fun-
cionamento das bombas centrífugas vamos
examinar as partes fundamentais neste funcio-
namento, que são:
O impelidor, que consta essencialmente de
palheta ou pás que impulsionam o líquido e a
carcaça, que envolve o impelidor, contém o
Ação centrífuga que ocorre em uma bomba.
Fonte: Desconhecida líquido, servindo de invólucro global.

Corte de bomba mostrando a linha de fluxo de líquido.


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.

Para o funcionamento, é necessário que a impelidor fornecendo energia ao fluido, sendo


carcaça esteja completamente cheia de líqui- em seguida, parte de energia cinética transfor-
do, e portanto, que o impelidor esteja mergu- mada em energia de pressão devido ao aumen-
lhado no líquido. to progressivo da área da carcaça na região de
O funcionamento da bomba centrífuga ba- difusão, após o líquido atravessar a voluta. Na
seia-se praticamente na criação de uma zona de realidade, um certo aumento de pressão ocorre
baixa pressão e de uma zona de alta pressão. durante a passagem do fluido desde a entrada
A criação da zona de baixa pressão decor- até a saída do canal formado pelas pás do im-
re do fato de que o líquido, recebendo através pelidor, visto que este canal é divergente. En-
das pás o movimento de rotação do impelidor, tretanto, boa parte do ganho de pressão é nor-
fica sujeito à força centrífuga que faz com que malmente obtida após a saída do impelidor,
as partículas do líquido se desloquem em di- quando o fluído é orientado através de uma re-
reção à periferia do impelidor. Este desloca- gião de área crescente (região difusora).
mento acarreta a criação de um vazio (baixa A correlação entre a quantidade de ener-
pressão) na região, vazio este que será preen- gia transferida no impelidor, que implica mu-
chido por igual quantidade de líquido prove- dança da pressão estática do fluido passando
niente da fonte, estabelecendo-se assim a pri- através do impelidor e a energia total transfe-
meira condição para o funcionamento que é rida pelo impelidor, recebe a denominação de
um fluxo contínuo (regime permanente). grau de reação.
A criação da zona de alta pressão na peri- O aumento progressivo da área na carca-
feria, alta pressão que é a responsável pela ça, pode ser obtido de duas formas:
possibilidade de transporte do fluido e atendi- – utilizando a carcaça em voluta com re-
mento das condições finais do processo, deve-se gião difusora.
ao fato de que o líquido que parte para a peri- – utilizando a carcaça com pás difusoras.
feria, sob a ação centrífuga, vai encontrar um
aumento progressivo na área de escoamento,
que causará queda de velocidade e aumento
de pressão (teorema de Bernouilli). Está, as- 19
sim, criada a alta pressão na periferia, neces-
sária para que a bomba cumpra a sua função.
Analisando o que dissermos, poderíamos
Carcaça em voluta.
afirmar que, resumidamente, o que ocorre é o Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.
Equipamentos Dinâmicos

Bomba de múltiplos estágios.


Fonte: MATTOS & FALCO, 1992.

Observação: ver leitura complementar 1 e 2.

2.2.3 Principais problemas em bombas


Carcaça em difusor.
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992. centrífugas
Uma bomba centrífuga poderá apresentar
No primeiro caso, seria interessante notar problemas em seu funcionamento. Esses pro-
que a voluta não tem por finalidade direta au- blemas poderão ocorrer em função da condi-
mentar a pressão, mas acomodar a corrente lí- ção operacional imposta à bomba ou em fun-
quida. Na realidade, tendo em vista as quanti- ção de falha mecânica. É importante associar
dades crescentes de líquido a serem acomoda- o conteúdo deste item ao de “Cavitação”. Uma
das no sentido do fluxo, através da voluta, o condição operacional inadequada poderá re-
perfil em voluta é projetado objetivando um sultar em falhas mecânicas. Os principais pro-
blemas que constituem falhas mecânicas e
equilíbrio de pressões na direção radial.
poderão tornar uma bomba indisponível a um
Assim sendo, o aumento de pressão é, em processo são: vazamentos, vibração, ruído,
verdade, obtido na parte difusora da carcaça, aquecimento excessivo e perda de eficiência.
após o líquido ter passado pela voluta (ponto Em uma bomba centrífuga, pode-se ter
A). Este tipo de carcaça é normalmente utili- vazamentos do produto (fluido bombeado), de
zado em bombas que possuem um único im- lubrificante e de água de refrigeração. O pro-
pelidor, comumente chamadas de bombas de duto poderá vazar, tanto para a atmosfera quan-
simples estágio. to para sistemas de contenção, através do sis-
No segundo caso, o canal divergente é pro- tema de selagem, das juntas dos flanges, da
junta da caixa de selagem, de trincas na carca-
piciado por pás difusoras fixadas à carcaça.
ça ou pela válvula do dreno.
Neste caso, a simetria do fluxo na direção ra-
Um vazamento através do sistema de se-
dial estabelece, do ponto de vista prático, o lagem ocorrerá principalmente pelos seguin-
desejado equilíbrio de pressão radial. Este ar- tes motivos:
ranjo tem aplicação usual para bombas que – vazamento em gaxetas:
possuem vários impelidores em série, comu- – todo engaxetamento vaza!
mente chamadas de bombas de múltiplos es- – falta de aperto nas gaxetas;
tágios. – falta de injeção de líquido de selagem;
– desgastes excessivos na luva, na bucha
de restrição e na caixa.
– vazamento em selos mecânicos:
– falta de injeção de líquido de selagem;
– presença de impurezas no sistema;
– falha de material;
– solidificação de produto nas molas.
Um vazamento através das juntas dos
flanges, da junta da caixa de selagem, de trin-
20 cas na carcaça ou pela válvula do dreno ocor-
rerá por:
É importante rever o item selagem. O lubrificante poderá vazar através
do dreno do lubrificante, da vedação dos mancais ou de trincas na caixa
Detalhe das pás difusoras em bombas de múltiplos estágios. de mancais. A água de refrigeração poderá vazar através das conexões
Fonte: MATTOS & FALCO, 1992. e trincas.
Equipamentos Dinâmicos
– falta de aperto nas juntas; – fechar dreno da bomba;
– grandes variações de temperatura; – garantir lubrificação adequada;
– trincas; – garantir circulação da água de refrige-
– válvula de dreno dando passagem. ração;
Um vazamento de lubrificante ocorrerá em – garantir injeção de líquido de selagem;
função dos seguintes motivos: – fechar válvula de descarga;
– vazamento de óleo: – abrir válvula de sucção;
– dreno mal fechado; – partir;
– nível acima do normal; – abrir válvula de descarga.
– retentor ou labirinto danificado;
– respiro obstruído;
– corrente de ar passando pela caixa.
– vazamento de graxa:
– quantidade acima do normal;
– retentor ou labirinto danificado;
– especificação inadequada.
Em uma bomba centrífuga, pode ocorrer
vibração excessiva devido à:
– condição operacional inadequada:
– cavitação;
– carga excessiva;
– carga muito baixa.
– falha mecânica:
– desbalanceamento;
– desalinhamento;
– folgas inadequadas;
– outros.
Pode-se ter ruído excessivo principalmen-
te em uma bomba centrífuga pelos seguintes
motivos:
– danificação dos mancais;
– roçamento;
– cavitação.
Pode ocorrer aquecimento excessivo em Componentes do sistema de uma bomba centrífuga.
Fonte: AUTOR
uma bomba centrífuga em função dos seguin-
tes motivos: No caso de partida automática, tem-se
– falta de lubrificante nos mancais; apenas o passo “partir”, de forma remota. Po-
– excesso de lubrificante nos mancais; rém, é necessário colocar a bomba em condi-
– falha no sistema de refrigeração; ção de partida automática e observar os seguin-
– recirculação excessiva; tes passos:
– bloqueio da descarga pela válvula de – fechar dreno da bomba;
descarga ou pela check valve. – garantir lubrificação adequada;
A perda de eficiência em uma bomba cen- – garantir circulação da água de refrige-
trífuga pode ocorrer principalmente devido: ração;
– à recirculação interna devido a desgas- – garantir injeção de líquido de selagem;
te dos anéis de desgaste; – abrir válvula de descarga;
– ao vazamento excessivo; – abrir válvula de sucção.
– outros. O acompanhamento pode ser através da
2.2.4 Operação de bombas centrífugas observação e intervenção do operador, do uso
A operação de uma bomba centrífuga de instrumentos portáteis de monitoramento
compõe-se das fases de partida, acompanha- da condição e de instrumentos residentes de 21
mento e parada. monitoramento e proteção. O uso de cada um
A partida pode ser manual ou automática. desses métodos ou a mesclagem deles é fun-
Para partida manual, é necessário observar os ção da importância do equipamento e da polí-
seguintes passos: tica da empresa. A observação do operador
Equipamentos Dinâmicos
deverá ocorrer mais de uma vez por dia e, em Anotações
caso de anormalidades, é necessária interven-
ção para evitar que uma condição operacional
inadequada torne-se uma falha mecânica ou
esta se agrave a ponto de danificar severamente
o equipamento e ou cause um acidente. Para
facilitar a observação da condição dos equi-
pamentos, é recomendável que sejam usados
instrumentos portáteis de monitoramento da
condição como medidores de vibração, medi-
dores de temperatura, avaliadores de ruído e
detectores de vazamentos. Os instrumentos
residentes de monitoramento e proteção têm
um sensor instalado em cada equipamento e
possuem cabos transmitindo o sinal até a esta-
ção de controle. Este sinal constitui-se em si-
nal de entrada e é processado pelo “software”
de controle que gera uma saída indicativa, de
alarme ou promove a parada do equipamento
como medida de proteção.
A parada pode ser manual ou automática.
Para parada manual, é necessário observar os
passos da partida na seqüência inversa. Para
parada automática, é necessário apenas parar
pelo software de comando remoto.
É muito importante observar que, na op-
ção automático, as vávulas sempre ficarão
abertas, a menos que se tenham acionadores
com comando remoto, e, com isso, caso haja
falha na válvula de retenção, o conjunto
rotativo vai girar ao contrário, devido ao flu-
xo no sentido inverso. Isto se ocorrer e perma-
necer por muito tempo, têm-se conseqüências
graves como a possibilidade de soltar o impe-
lidor do eixo e a possibilidade de danos no sis-
tema elétrico e mancais, pois o motor vai fun-
cionar como um gerador numa rotação incerta
e descontrolada.

Instrumento portátil de medição de vibração.


22
Fonte: AUTOR

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